Cotidiano, Trabalhadores, Costumes, Conflitos E Solidariedades. 1879 – 1910
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – FFCH Programa de Pós-graduação em História – PPGH MundosMundos dodo TrabalhoTrabalho nono RecôncavoRecôncavo Sul:Sul: Cotidiano,Cotidiano, trabalhadores,trabalhadores, costumes,costumes, conflitosconflitos ee solidariedades.solidariedades. 18791879 –– 19101910 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – FFCH PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇÃO EM HISTÓRIA – PPGH CLEIDIVALDO DE ALMEIDA SACRAMENTO Mundos do Trabalho no Recôncavo Sul: Cotidiano, trabalhadores, costumes, conflitos e solidariedades. 1879 – 1910 Salvador 2007 2 Cleidivaldo de Almeida Sacramento Mundos do Trabalho no Recôncavo Sul: Cotidiano, trabalhadores, costumes, conflitos e solidariedades. 1879 – 1910 Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- graduação em História da Universidade Federal da Bahia, sob orientação do professor Dr. Antonio Luigi Negro. Salvador Junho/2007 3 Cleidivaldo de Almeida Sacramento Mundos do Trabalho no Recôncavo Sul: Cotidiano, trabalhadores, costumes, conflitos e solidariedades. 1879 – 1910 BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Antonio Luigi Negro (orientador) (Programa de Pós-Graduação em História -PPGH - UFBa) Profa. Dra. Tânia Salgado Pimenta (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - ISC - UFBa) Prof. Dr. Wellington Castellucci Junior (Programa de Pós-Graduação em História Regional e Local - UNEB Campus V) 4 5 Resumo O objetivo deste trabalho é analisar as relações e práticas de trabalho existentes no Recôncavo Sul da Bahia, durante os anos de 1879 a 1910. O principal recorte desta análise é o cotidiano de específicas categorias de trabalhadores que se organizaram em torno de serviços e atividades produtivas, algumas delas consideradas primazes na formação da economia baiana no final do século XIX e início do século XX. Em um segundo momento, são analisados os conflitos desses trabalhadores e estratégias na busca de direitos e garantias, demonstrando o “amadurecimento” de suas experiências e as divergências existentes nos “mundos do trabalho”. Tentou-se seguir, aqui, a proposta da Historiografia Social do Trabalho, abordando aspectos da história regional, e, privilegiando o estudo das ações coletivas em um universo de trabalhos marcado por conflitos. Palavras – chaves: Bahia, trabalho, trabalhadores, Recôncavo Sul, greve, mutualismo operário. Abstract The objective of this paper is to analyze the relations and practises of labor in the Recôncavo Sul of Bahia, during the years from 1879 until 1910. The meaning clipping of this analysis is the daily life of categories of free workers that had been organized around services and productive activities, some of them, considered first in rank in the Bahia’s economic formation in the end of century XIX and beginning century XX. In a later moment, the conflicts of these workers are analyzed and, strategies in the search of rights and guarantees, demonstrating the "growth" of its experiences and the divergences inside the "worlds of work". It was tried to follow, here, the proposal of the Social Work Historiography, approaching features of regional history, and, privileging the study of the labor class attitudies in a universe marked by conflicts. Key words: Bahia, work, working, Recôncavo Sul, strikes, workers mutualism. 6 Aos meus pais, Edvaldo e Jandira Sacramento, e, à Beatriz, minha filha. 7 Agradecimentos Quando as dificuldades pareciam não ter fim, restou-me, apenas, erguer a cabeça, seguir em frente e agradecer à “Força Criadora” a qual chamamos Deus. Não foram poucos os amigos e parceiros de pesquisa que me incentivaram a continuar, e, dessa maneira, agradeço a todos, sem exceção. Agradeço àqueles que ajudaram de forma direta ou indireta, contribuindo para a produção desse trabalho. Os agradecimentos especiais ficam para o professor “Gino”, Dr. Antonio Luigi Negro, que, pacientemente, me entendeu, socorreu e “corrigiu” nas horas de dificuldades, tanto na pesquisa quanto na escrita. Agradeço também aos meus pais: Edvaldo e Jandira. Em especial a ela, minha mãe, que, de forma gentil, com a pressa que lhe impus, fez a revisão ortográfica e gramatical deste trabalho. A eles, meus agradecimentos por tudo o que investiram em minha formação humana e profissional. À minha “pequena” Beatriz pela tolerância nesses últimos seis meses de minhas constantes e necessárias ausências, enquanto pai e estudante. Aos meus irmãos, Jean, Jane e Cídney que suportaram a “violação” que fiz do nosso espaço coletivo, por meus livros e material de pesquisa, cuidando, também, de auxiliar-me com o silêncio necessário. Aos professores e funcionários do Programa de Pós-graduação em História; à professora Dra. Maria Hilda Baqueiro Paraíso, coordenadora do PPGH, pela compreensão e paciência. Agradecimentos extensivos a sra. Soraya e ao sr. Carlos, funcionários do Departamento. Também, à Marina, bibliotecária da UFBa, pela atenção e preocupação em prestar-me auxílio, sempre que, dela, necessitei. Em especial à professora Dra. Lina Maria Brandão de Aras que acreditou, desde o início, ser possível esta longa “caminhada”. Ao professor Dr. Wellington Castellucci e à professora Dra. Tânia Salgado Pimenta, pelas importantes “dicas”, no exame de qualificação. Ao professor Aldrin Castellucci, pela disponibilidade e presteza de informações. Aos colegas e amigos, sempre preocupados: Gilvando, Miguel, Jacira, Ednaldo, Robério e Misael. Aos funcionários do Arquivo Público do Estado, a todos, sem exceção; ao sr. Paulo, sr. Daniel, srta. Samara, sr. Lindemberg, sr. Jornandes, e tantos outros. Agradecimentos, também, aos funcionários da Biblioteca Pública do Estado da Bahia “Barris”, especialmente 8 aos Srs. Pedro e José. Aos funcionários do IGHBa, e Fundação Pedro Calmon, pela disponibilidade de algumas fotografias e xerox de documentos. Aos funcionários do CEDIC, Fundação Clemente Marianni, em especial a sra. Graça Maria, pela atenção, a mim, dispensada. Aos amigos e pesquisadores Carlos de Santana, professor Lamartine Augusto de Souza Vieira (presidente da Sociedade Montepio dos Artistas Nazarenos), aos poetas: Abinael Morais Leal e Cláudio Soares (caco) e não poderia esquecer do amigo José Amaranto de Andrade “Tito”, que me prestou informações importantes a respeito dos objetos de estudo deste trabalho, recebendo-me sempre de forma atenciosa. Às funcionárias do Arquivo Público Municipal de Nazareth, em especial, Sônia Brito, pelo acolhimento e atenção. Aos funcionários do Arquivo Municipal de Santo Antonio de Jesus, especialmente ao sr. Augusto, pela presteza e dedicação àquele arquivo. À Santa Casa de Misericórdia, na pessoa do seu provedor, Edvaldo Leal que me disponibilizou cópias de Estatutos e permitiu a consulta de livros daquela instituição. Aos serventuários dos cartórios de registros cíveis e de imóveis da Cidade de Nazareth: sra. Edelzuíta e a todas às muitas “Ritas”, que ali trabalham. Em especial, ao amigo e escrivão, Cristóvão Peninne, em sua incansável pesquisa sobre seus familiares “italianos”. Finalmente, aos colegas do magistério e amigos colaboradores: Ana Virgínia, Ramilton Cordeiro, Ademir Barros, Herbert Correia, Joelito Palha e outros tantos que deram suas parcelas de contribuição para que o meu trabalho atingisse as metas traçadas no início da minha pesquisa. Salvador, junho de 2007 9 Índice Introdução...................................................................................................................11 Capítulo I: Trabalhadores escravos e livres...................................................16 1 – Em busca de trabalhadores...............................................................................16 2 – O Recôncavo Sul e sua população....................................................................17 3 – Trabalhadores (as), onde estão?....................................................................... 21 4 – Construindo ídolos, desconstruindo lutas.........................................................23 5 – A santa casa de misericórdia de Nazareth.........................................................36 6 – A “modernidade” no recôncavo .......................................................................43 7 – Capital e interior: espaços de circulação...........................................................46 8 – Associações em Nazareth..................................................................................47 9 – Espaços de sociabilidade e conflitos.................................................................48 Capítulo II: Trabalho, costumes e cotidiano...................................................59 1 – Entre o costume e a lei.......................................................................................59 2 – Cobradores de impostos.....................................................................................62 3 – “limpando” as ruas.............................................................................................71 4 – Carroceiros.........................................................................................................75 5 – O comércio local e as feiras semanais...............................................................79 6 – Novos comerciantes...........................................................................................84 7 – Os censos eleitorais de 1893 e 1894..................................................................88 8 – Os artistas...........................................................................................................91 9 – Outros trabalhadores..........................................................................................95