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República Federativa do Brasil Ministério de Minas e Energia Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Diretoria de Geologia e Recursos Minerais Departamento de Recursos Minerais

DIAMANTE DE SANTO INÁCIO ESTADO DA

Luiz Carlos de Moraes José da Silva Amaral

Superintendência Regional de Salvador 2001

EQUIPE TÉCNICA

ELABORAÇÃO DO INFORME EXECUÇÃO DA PESQUISA

Geól. Roberto Campelo de Melo Geól. Luiz Carlos de Moraes Gerente de Geologia e Recursos Minerais Supervisão Técnica

Euvaldo Carvalhal Britto Geól. José da Silva Amaral Gerente de Relações Institucionais e Desen- Chefe do Projeto volvimento

Geól. Luiz Carlos de Moraes Geól. José da Silva Amaral Executor do Informe Geól. Raimundo José da Sá Filho Geól. Carlos Anunciação da Silva Executores DWG – Computação Gráfica Digitalização Geól. Paulo Eduardo L. da Silva Geofísica Ricardo Eddie Hagge Silva Revisão das Figuras Geól. Henri Dupont Consultor Mabel Pedreira Borges Ana Cristina Neves da Conceição Digitação e Revisão do Texto

Neuza de A. Souza Diagramação e Montagem

Editoração Final e Impressão pela Superintendência Regional de Porto Alegre Coordenação: Geól. Luís E. Giffoni

Informe de Recursos Minerais Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, nº 19

Ficha Catalográfica

M82 Moraes, Luiz Carlos de Diamante de Santo Inácio : Estado da Bahia / Luiz Carlos de Mora- es.- Salvador: CPRM, 2001.

42 p. : il - (Informe de Recursos Minerais, Série Oportunidades Mine- rais - Exame Atualizado de Projeto, nº. 19)

1. Geologia Econômica - Diamante. 2. Depósitos Minerais - Brasil. I. Tí- tulo. II. Série. CDD 553.3098141

Apresentação

O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das ativi- dades técnicas da CPRM nos campos da geologia econômica, prospecção, pesquisa e econo- mia mineral. Tais resultados são apresentados em diversos tipos de mapas, artigos bibliográfi- cos, relatórios e estudos.

Em função dos temas abordados são distinguidas oito séries de publicações, abaixo relacionadas:

1) Série Metais do Grupo da Platina e Associados;

2) Série mapas Temáticos do Ouro, escala 1:250.000;

3) Série Ouro – Informes Gerais;

4) Série Insumos Minerais para Agricultura;

5) Série Pedras Preciosas;

6) Série Economia Mineral;

7) Série Oportunidades Minerais – Exame Atualizado de Projeto;

8) Série Diversos.

A aquisição de exemplares deste informe poderá ser efetuada diretamente na Superin- tendência Regional de Salvador ou na Divisão de Documentação Técnica, no Rio de Janeiro.

RESUMO

O projeto localiza-se na região de Santo Inácio, município de , centro- noroeste do Estado da Bahia. Teve o objetivo de avaliar o potencial diamantífero relacionado a depósitos tipo placer, formados durante a evolução do Neoterciário ao Pleistoceno, e admitidos como sendo um produto da reciclagem erosiva de paleoplaceres diamantíferos mesoprotero- zóicos, tendo como metalotecto principal a Formação Tombador, especificamente os seus ní- veis conglomeráticos.

Geomorfologicamente, os depósitos se situam na zona da planície aluvionar do Rio São Francisco, imediatamente adjuntos às escarpas de serras que delimitam a parte terminal da Zona da Chapada Diamantina Ocidental.

As cinco áreas remanescentes onde se acham inseridos os depósitos têm uma exten- são de 2.400 ha, sendo aí delimitadas as zonas portadoras de uma espessa seqüência detríti- ca, incluindo cascalhos, areias e argilas, em graus variáveis de mistura e com estruturação vertical e lateral controladas pelos regimes de sedimentação, representados por duas fases distintas: uma, para a Zona Basal/N-1, mais rica em diamantes detríticos, e a outra para a Zona Superior/N-2 e N-3, sendo a última mais empobrecida em diamantes detríticos.

Nessas cinco áreas foi quantificada, com base num programa de 2.648 m de sonda- gem rotativa diamantada, uma reserva medida de aluviões de, aproximadamente, 42 milhões de m3, onde se admite, pelos testes realizados, um teor médio para diamante detrítico de 1,70 pontos/m3, sendo portadoras de níveis de cascalhos diamantíferos (camadas econômicas) da ordem de 27 milhões de m3, onde se admite um teor médio de 2,64 pontos/m3, o que condicio- na uma expectativa de conter uma quantidade de diamantes detríticos de cerca de 713 mil quilates. O dimensionamento de um reservatório, com possibilidade de ser mecanicamente lavrado por dragas, com extensão de 2,2 km por 1,2 km, abrangendo os setores Cajueiro, Pe- ga e Pintor, que representam 92% do potencial da área, constituiu a principal conquista das atividades de pesquisa. Neste reservatório, estima-se que seja recuperado um volume de detri- tos da ordem de 39 milhões de m3 (93% do total de 42 milhões de m3), com uma proporção de cascalhos diamantíferos da ordem de 25 milhões de m3 (93% do total de 27 milhões de m3). Tem-se uma expectativa de aí se poder recuperar uma quantidade de diamantes detríticos da ordem de 663 mil quilates, considerando o teor médio da aluvião em torno de 1,70 ponto/m3 (39x106x0,017). A qualidade esperada para os diamantes é a seguinte: 47,67% para o tipo GEMA; 39,78% para o tipo INDUSTRIAL CHIPS e 12,54% para o tipo CARBONADO.

A perspectiva de aí se poder viabilizar um projeto econômico de lavra mecanizada por dragas, constitui um desafio a ser alcançado. Os dados obtidos, conforme demonstrados pelos estudos preliminares, mostraram-se animadores, considerando os parâmetros enfocados e relativos ao teor do depósito, preço médio do diamante e aos custos totais de mineração (ope- racional e de investimento). No entanto, ainda necessita-se de estudo adicionais de pesquisa, que garantam atingir as condições mínimas de segurança a implantação de um projeto mineiro, especificamente no tocante ao teor do depósito, distribuição, tamanho e qualidade dos diaman- tes, assim como aos problemas básicos de engenharia de lavra e de preservação ambiental.

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ABSTRACT

The area of the project is located in the Santo Inácio region, in the Gentio do Ouro mu- nicipality, in the center-northwestern of the State of Bahia. The aim of the project was to evalu- ate the diamond potential related to placer type deposits, developed during the geologic evolu- tion from the Neotertiary until the Pleistocene, and supposed as being a product of the erosive re-working of mesoproterozoic diamond paleoplacers, having as the main metallotect the Tom- bador Formation specifically its conglomeratic levels.

Geomorphologically, the deposits are situated in the São Francisco River alluvial plain zone, just besides the steep slopes of the ridge that limits the end part of the Western Chapada Diamantina Zone.

The five remnant areas where the deposits are located have an extent of 2.400 ha, in which are limited the bearing zones of a thick debris sequence, including gravels, sands and clays, in variable degrees of mixture, with vertical and lateral structuring controlled by the sedi- mentation regimes, represented by two distinct phases: one, to the Lower Zone/N-1, richer in remainder diamonds, and the other to the Upper Zones/N-2 and N-3, the last one being poorer in remainder diamonds.

In those five areas it was quantified, according to a program of 2.648m of drilling holes, an alluvium measured content of, approximately, 42 million of m3, were it is admitted, according to achieved tests, a remainder diamond average content of 1,70 spots/m3, bearing diamond gravel levels (economic layers) of about 27 million of m3, where is accepted an average content of 2,64 spots/m3, what gave rise to a hope of a content on remainder diamonds of about 713,000 carats. The sizing of a deposit, with the possibility to be mechanically mined by dredges, with an extension of 2,2 km by 1,2 km, enclosing the Cajueiro, Pega and Pintor sec- tors, that represent 92% of the potential area, constituted the main result of the searching activi- ties. In that deposit, it is estimated that is possible a recovering of a debris volume of about 39 million of m3 (93% from the total of 42 million of m3), with a diamond bearing gravels proportion of about 25 million of m3 (93% of the total of 27 million of m3).

There is an expectation of recovering a remainder diamond quantity of about 663,000 carats, considering the alluvium average content of about 1,70 spots/m3 (39x106x0,017). The waited quality of the diamonds is: 47,67% of the GEM type; 39,78% of the INDUSTRIAL CHIPS, and 12,54% of the GLAZIER’s type.

The perspective that an economic project of mechanical mining by dredges can be de- veloped is a challenge to be reached. The obtained data, as demonstrated by preliminary stud- ies, are encouraging, considering the parameters related to the deposit, average price of the diamond and the total mining costs (operational and investments). However, more searching studies are needed in order to assure the minimum conditions of security to the establishment of a mining project, specifically in relation to the deposit content, distribution, size and diamond quality, and to the basic problems of mining engineering and environmental preservation.

ii

1. Introdução

O projeto Santo Inácio, cujas ativi- tantes das ravinas, em fisiografia serrana, dades de pesquisa remontam ao período por serem estes locais propícios à remoção de agosto/1985 a maio/1988, foi empreen- de material para lavagem e apuração. dido inicialmente em um bloco de 14 áreas de 500 hectares, cada uma, totalizando A linha de conduta do projeto foi 7.000 hectares (70 km2). Executou-se um calcada visando apenas o modelo de depó- programa de pesquisa, cujo objetivo era sito atrelado à interação dos processos uma avaliação do potencial diamantífero ocorridos durante a evolução de sistemas relacionado a depósitos tipo “placer”, até de paleo-leques aluviais no período do então conhecidos a nível de trabalhos ga- Neoterciário ao Pleistoceno, com sítios de rimpeiros. Posteriormente, foram descarta- deposição à jusante desses paleo-sistemas das as áreas desinteressantes, ficando de drenagem, atualmente localizados na apenas 5 áreas que totalizavam 2.400 hec- região aplainada da planície aluvionar do tares. Mais adiante, em cumprimento a Rio São Francisco, nas adjacências da exigência do DNPM, a área foi reduzida linha de escarpa de serras, na parte termi- aos limites da jazida, correspondente a nal do Domínio Fisiográfico da Chapada 1.560 hectares. A atividade garimpeira teve Diamantina Ocidental, moldurados segundo seu ápice em meados do século XVIII, com a direção aproximadamente meridiana. sítios de produção ao longo das mon-

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2. Localização, Acesso, Fisiografia e Infra-Estrutura

As áreas do projeto estão localiza- mente orientadas na direção N-S; a outra das na parte centro-noroeste do Estado da morfologia é aproximadamente aplainada Bahia, no distrito de Santo Inácio, municí- na altitude média dos 390 m., com suave pio de Gentio do Ouro. declive em direção ao curso do Rio São Francisco, no domínio da área da bacia O acesso é feito desde Salvador hidrográfica homônima. até a cidade de Xique-Xique pelas vias asfálticas da BR-324 (Salvador-Feira) e No tocante a infra-estrutura, a regi- BA-052 (Estrada do Feijão), num total de ão tem como base econômica a atividade 584 km. A partir de Xique-Xique, o acesso agrícola (cebola, melão e tomate), seguida é feito por estrada de terra, por cerca de 36 pela pecuária de corte. A atividade garim- km, onde o terço final é de difícil acesso, peira, muito ativa na região em meados do por situar-se em região serrana (figuras 1 século XVIII, encontra-se consideravelmen- e 2). te reduzida, limitando-se a pequenos regis- tros individuais localizados. O distrito de Fisiograficamente, a região apre- Santo Inácio, distante aproximadamente 35 senta duas morfologias distintas: uma no km em linha reta ortogonal ao curso do Rio domínio de serras, com variações altimétri- São Francisco, é servido por energia elétri- cas de 400 a 860 m, parcialmente disseca- ca da rede estadual (COELBA), água en- das por uma forte erosão flúvio-eólica (re- canada e postos de Correios e Telégrafos levo ruiniforme), com cristas grosseira- (EBCT).

2 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

46° 44° 42° 40° 38° P E R N A M B U C O

9° 9°

Í U ALAGOAS O I A Ã P H N

A Rio R V A a sa M -B ar ris

Senhor do o Bonfim c is Ribeira do c Pombal ra n F Xique-Xique io Ita R picuru 11° Barra 11° Irecê

e o R d ã n io ra S Mangue Seco G J o a i c R u i p Conde e Feira de Sítio Santana Camaçari o çu i a Arembepe R u R g io ra a 13° P 13° Sta. Maria SALVADOR da Vitória Jequié

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Rio de Jequié

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Guanambi ta Á s

Camamu

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Brumado Itacaré

O

G Vitória da Ilhéus Conquista 15° 15° Rio Una P ar do

Jequitinhonha Belmonte Rio Eunápolis Santa Cruz Cabrália

17° 17°

Teixeira de Freitas Prado

R io M uc ESPÍRITO u ri SANTO

42° 40° 38° 46° 44°

85 0 85 170 255km

ESCALA 1:8.500.000

Figura 1: Mapa de localização da área do Projeto Santo Inácio no Estado da Bahia.

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3. Situação Legal das Áreas

O Quadro I resume a situação legal atual das áreas de pesquisa:

Quadro 1 - Situação Legal Atualizada dos Processos

Controle DNPM Alvará Área Situação Atual DNPM Nº Nº (ha) Publicada aprovação do RFP BA-87/84 870.387/84 6.635/85 350 no D.O.U. de 17/10/2001 Publicada aprovação do RFP BA-88/84 870.388/84 7.674/85 250 no D.O.U. de 17/10/2001 Publicada aprovação do RFP BA-89/84 870.389/84 5.211/85 350 no D.O.U. de 17/10/2001 Publicada aprovação do RFP BA-90/94 870.390/84 3.981/85 250 no D.O.U. de 09/10/2001 Em análise no Distrito do BA-01/91 870.808/91 676/97 360 DNPM - Salvador

Do quadro acima, pode-se verificar das áreas dos 5 processos aos limites da que a área de projeto, originalmente de jazida, cumprida pela CPRM em 14.000 ha, ficou reduzida a 1.560 ha, em 13/10/2000. razão de exigência do DNPM para redução

5 Informe de Recursos Minerais

44° 43° 42° 9°

10°

11°

12°

BREJOLÂNDIA

SERRA DOURADA

WANDERLEY

13°

km20 0 20 40 60km

Figura 2: Mapa de situação da área do Projeto Santo Inácio no Estado da Bahia.

4 Informe de Recursos Minerais

42°40'

11°00'

LAGOA ITAPARICA

a g r a L

1 BA-87/84 DNPM-870.387/84

2 BA-88/84 a DNPM-870.388/84 h l o F 3 BA-89/84 3 2.000m 4 2 2.000m 3 DNPM-870.389/84

4 BA-90/84 DNPM-870.390/84 2 2.500m 1

2.500m 2.500m BA-01/91

2.500m 5 DNPM-870.808/91

a o r h

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a

p i 2 2.000m 2.000m 4 a R 1 1 u ç 4 2.000m 1 1 2.000m 2 u s

3 4 2.500m 2.500m

a 2.500m

d 2.500m P. A . N08°13'W 11.548m S 3 2.000m 4 4 2 2.000m 3 4 7 1 °0 00 0 1.800m m ' E 2

o . h 0

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2 N10°28'W 9.081m 1.800m

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a d re e V 42°40'

O 11°10' BÃ u M o U P.A. C

. 0 1Km SE O h RRA D c

R

ÁREA ATUALMENTE EM VIGOR, APÓS A EXIGÊNCIA PARA REDUÇÃO AOS LIMITES DA JAZIDA (1.560 ha) E DISPONÍVEL PARA NEGOCIAÇÃO

ÁREA ONDE FORAM EXECUTADOS TRABALHOS DE AVALIAÇÃO DE RESERVA EM ESCALA DE DETALHE

ÁREA TRABALHADA EM ESCALA DE SEMI-DETALHE

ÁREA DESCARTADA (COMPUNHA A ÁREA ORIGINAL DO PROJETO, RELATIVA AOS 14 PROCESSOS).

Figura 3: Localização da área disponível para negociação na região de Santo Inácio (situação em out/2000).

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4. Contexto Geológico/Metalogenético Regional

As áreas diamantíferas no Estado nário, referências paleogeográficas condu- da Bahia, tradicionalmente lavradas por zem a admissão de que a proveniência dos processos garimpeiros rudimentares, me- diamantes esteja ligada a paleoplacers do canizados ou semi-mecanizados, acham-se Proterozóico Médio e Superior, que por sua situados no contexto de terrenos de idade vez tiveram sua proveniência de prováveis terciária ou quaternária, onde os principais focos quimberlíticos ou similares, atualmen- focos localizam-se, por ordem de importân- te sub-aflorantes a não expostos. A reci- cia, nas regiões de Andaraí/Len- clagem erosiva, no período do Neoterciário çóis/Mucugê, Santo Inácio, Piatã/Serra do ao Pleistoceno, imposta sobre esses pale- Bastião, Morro do Chapéu e região aluvio- oplacers proterozóicos, teria sido o agente nar do Rio Salobro (figura 4). para a formação de novos depósitos, tam- bém tipo placer, caracteristicamente mais Não obstante ao fato de que todas jovens, como é o caso dos depósitos dia- essas áreas diamantíferas estejam situa- mantíferos nas regiões acima assinaladas. das em terrenos do Terciário e do Quater-

7 Informe de Recursos Minerais

41° 39° 40° 42° 38° 43° 9°

44° Juazeiro

Uauá 46° 45° 10° o c is c n Euclides da Cunha ra Xique Xique F 11° 11° SANTO Jacobina A INÁCIO o ã S 12° 12° Barreiras MORRO DO CHAPÉU

B PIATÃ/SE. DO BASTIÃO 13° 13° Bom Jesus D ANDARAÍ SALVADOR o i da Lapa Valença R MUCUGÊ Jequié 14° 14°

C Ilheús Vitória da Conquista

Itabuna O

15° 15° C I 45° 44° 43° T 46° N Â 42° L

T

A 16° 16°

O SALOBRO N A

E 17° 17° C

O

Canavieiras 18° 18° 39° 40°

Domínio de Paraplataforma Sistema de Dobramentos do Espinhaço (sub-domínios): A - Zona do Espinhaço Sententrional; B - Bloco do ; C - Bloco do Gavião; D - Zona da Chapada Diamantina Ocidental

Focos de garimpos de diamante detrítico

II

REGIÃO DE DOBRAMENTOS III CHAPADA - ESPINHAÇO

o ORT c is PAR- DOMÍNIO PARAPLATAFORMAL c I n ra (ESPINHAÇO) F SANTO INÁCIO ORT- DOMÍNIO ORTOPLATAFORMAL (CHAPADA) MORRO DO CHAPÉU

o PAR ã S Focos de garimpos de diamante SALVADOR detrítico ANDARAÍ

o i MUCUGÊ

R PIATÃ SE. DO BASTIÃO

SALOBRO I - Região de Dobramentos Rio preto

II - Sistema de Dobramentos Riacho Pontal

III - Sistema de Dobramentos Sergipano IV IV - Região de Dobramentos Araçuaí Alinhamentos Estruturais Foliação metamórfica ESBOÇO REGIONAL DA FASE I DE DEFORMAÇÕES NO ESTADO DA BAHIA

Figura 4: Situação dos depósitos e ocorrências de diamante secundário no Estado da Bahia, dentro do modelo tectônico do Estado da Bahia, concebido por Inda e Barbosa (1978).

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5. Trabalhos Realizados/Metodologia Aplicada

Foram realizadas atividades de pes- do bedrock, que se constituia no principal quisa no período de agosto/85 a maio/ 1988. objetivo desses métodos geofísicos. O nível A metodologia aplicada abrangeu uma se- de resolução mais eficaz foi alcançado com qüência de atividades desenvolvidas em 4 o emprego de métodos diretos (poços, catas fases distintas: 1) fase de prospecto; 2) fase e sondagem). A sondagem rotativa diaman- da prospecção preliminar; 3) Etapa I e 4) tada tornou-se o método mais eficaz do que Etapa II. A tabela I sintetiza os dados quan- os outros tipos de sondagens rotativas e titativos alcançados em cada uma dessas roto-percursivas, em razão do seu eficiente fases. Convém salientar que, durante a poder de penetração, sendo possível, atra- evolução do projeto, pôde-se avaliar a efici- vés da inspeção do tempo de avanço da ência de cada método aplicado, no tocante coluna de perfuração e da cor da água ao seu grau de resolução e confiabilidade de circulante, inferir os tipos litológicos atraves- resultados, afastando-se aqueles julgados sados (se material argiloso, ou níveis de pouco consistentes ou que posteriormente cascalhos) e predizer, com relativa seguran- foram substituídos por métodos mais efica- ça, a profundidade do bedrock, quando en- zes. Situam-se, neste caso, os métodos tão se confirmava pela recuperação de tes- geofísicos de “Radiohm” e “Sondagem Elé- temunhos. Alcançou-se a importante cifra de trica Vertical (SEV)”, que sofreram bastante 2.648,37 m de perfuração, distribuídos em influência de refletores falsos (nível freático, 123 furos e arranjados em malha de camada argilosa), que induziram ao dimen- 400x100 metros e 200x200 metros. sionamento pouco preciso da profundidade

Tabela I - Dados Físicos de Produção. Fases Prospecção Pesquisa Prospecto Atividades Preliminar Etapa I Etapa II Fotointerpretação Geológica 7.000 ha 7.000 ha - - Reconhecimento Geológico 7.000 ha - - - Mapeamento Geológico 1:25.000 - 7.000 ha - - Mapeamento Geológico 1:5.000 - - 18 km2 9 km2 Topografia - 12,0 km 99,25 km 180,4 km Radiohm - - 72,1 km 56,7 km CA

FÍSI- SEV N° - - - 52 GEO- Poços nº 5 - 9 8 m3 24,31(1) - 43,77(1) 38,92 Catas nº - - 03 5 m3 - - 507,50(1) 2.464,18(1) Diamantes ct - - 12,207 17,583

ESCAVAÇÕES Apurados Trado nº 40 55 100 500 m 220 302,5 550 2.750 Banka nº - - - 75 m - - - 429,58 Rocky nº - - - 44 m - - - 993,70 Winkie nº - - - 01

SONDAGEM m - - - 5,5 Rotativa nº - - - 123 m - - - 2.648,37 Relatório nº 01 01 01

(1) Referente a quantidade de material retirado.

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6. Nível de Conhecimento Alcançado

6.1 - Geologia Regional/Local 120 m. A distribuição superficial da Forma- ção Tombador com potencial metalogenético A área do Projeto Santo Inácio está para diamantes, no contexto da região de inserida no âmago de uma compartimenta- Santo Inácio e adjacências, é mostrada na ção tectônica referida como Rift Espinhaço, figura 7, evidenciando registros garimpeiros a qual foi preenchida, no decorrer do Prote- em aproximadamente 50 km de extensão rozóico Médio, por seqüências vulcano- meridiana dessa formação. sedimentares. A fase inicial desse preen- chimento está representado pelas seqü A atividade garimpeira pretérita teve ências vulcano-sedimentares, em estilo seus sítios preferenciais em sistemas de dobrado, com extensivo vulcanismo ácido- fraturas NW-SE e NE-SW, por serem estes intermediário de caráter continental (Grupo mais susceptíveis à desagregação. No Rio dos Remédios), sucedido por seqüên- entanto, o volume trabalhado era geralmen- cias sedimentares com pouco vulcanismo te pequeno, por estarem situados em mor- (Grupo Paraguaçu ). A fase final é repre- fologia serrana, não propícia para gerar sentada por seqüências sedimentares que amplas áreas de acumulação detrítica. se espalharam em ampla sinéclise, fazendo parte do Grupo Chapada Diamantina. Os As perspectivas metalogenéticas grupos Rio dos Remédios, Paraguaçu e foram então delineadas para sítios mais Chapada Diamantina compõem o denomi- abertos, onde a análise paleogeográfica con- nado Supergrupo Espinhaço (figura 5). duzia para a possibilidade da existência de processos acumulativos ligados a interação Estratigraficamente, a zona dia- de paleo-leques aluviais esculpindo uma mantífera na região de Santo Inácio está provável linha de escarpa de falha, de postura controlada pela distribuição superficial da meridiana, com outros sistemas de paleo- Formação Tombador, uma unidade estrati- drenagens, ligados a evolução da bacia gráfica que marca o início da sedimentação hidrográfica do Rio São Francisco. Nessas flúvio-marinha do Grupo Chapada Diaman- condições, presume-se ter se instalado outras tina. Muito embora exista uma tendência de acumulações detríticas contendo diaman- considerar a Formação Tombador como o tes, oriundas do retrabalhamento da Forma- principal metalotecto do paleoplacer dia- ção Tombador, especificamente com relação mantífero, alguns autores admitem a exis- aos seus conglomerados basais, num perí- tência de unidades arenosas subjacentes à odo admitido estar compreendido entre o Formação Tombador, com larga abrangên- Neoterciário ao Pleistoceno. Estas acumu- cia na região de Santo Inácio, a que eles lações acham-se representadas por espes- denominaram de Formação Lavras. Admi- sas seqüências de cascalhos interacama- te-se aqui, que a Formação Tombador seja, dados por sedimentos areno-argilosos, estes no entanto, o principal metalotecto estrati- últimos oriundos do regime de inundação gráfico do paleoplacer diamantífero. do sistema fluvial do Rio São Francisco.

A distribuição superficial da Forma- A evolução paleogeográfica da ca- ção Tombador no Estado da Bahia é bem lha de deposição foi provavelmente contro- ampla, conforme pode ser visto na repre- lada pelas irregularidades do relevo do sentação da figura 6. Na região de Santo substrato, constituído pelas unidades clás- Inácio, esta formação é representada por ticas da Formação Tombador. uma espessa seqüência clástica arenosa, com conglomerados polimictos basais, Os trabalhos de pesquisa, calcados gradando para conglomerados monomictos notadamente em métodos diretos de pros- intraformacionais, à medida que se distan- pecção, demonstraram a presença até a cia da base. Acredita-se que o pacote ba- distância de 2.000 m da linha da escarpa sal, com alternância de níveis conglomerá- de serras, de uma espessa seqüência de- ticos a arenosos, possa atingir, na região trítica, incluindo cascalhos, areias e argilas, de Santo Inácio, espessura da ordem de

10 43°30' 43°00' 42°30' 42°00' 11°00' 11°00' sd sf

SANTO INÁCIO sf sd1 sf sf

sd2 sd1 sf

sd vsd sd sf sd1

ib sf sf sd1 sf

sf sf 11°30' sd2 11°30'

sd1 sd1 sd1 vsd sd1 vsd sf

sd1 sf sd1 sf

sf sd1 sd1 sf a vsd sf sf sd sf sf ib sf sf sd1 sf sd1 sd1 sf sf sd1 sf sf sd1 vsd sd1 vsd vsd vsd ib ib sf sf sf 12°00' 12°00' 43°30' 43°00' 42°30' 42°00' 0 10 20 30 40Km DIVISÃO TECTONO - GEOLÓGICA

TERCIÁRIO - QUATERNÁRIO

sf Cobertura superimposta final.

PROTEROZÓICO SUPERIOR

Cobertura sedimentar dobrada tipo bacia epicontinental marinha ( Bacia Una / Bambuí, sd2 Sub - bacia de Irecê ).

PROTEROZÓICO MÉDIO

ib Intrusivas básicas. SUPER GRUPO ESPINHAÇO Cobertura sedimentar dobrada do Aulacógeno Espinhaço - Chapada sd1 (Sinéclise Chapada Diamantina / Aulacógeno Espinhaço - Chapada). - GRUPO CHAPADA DIAMANTINA.

Cobertura vulcano - sedimentar dobrada tipo "rift" ( "Rift" Espinhaço / Aulacógeno vsd Espinhaço - Chapada ). - GRUPO PARAGUAÇU.

ARQUEANO INDIVISO

a Área de crosta antiga ( embasamento arqueano ) remobilizada ou não ( Craton de Lençóis ).

Área do Projeto

Figura 5 Divisão Tectono - Geológica (Extraída da Carta Metalogenética - Folha Barra), com situação da área do Projeto Santo Inácio. Adaptação: Projeto Santo Inácio, 1988. Informe de Recursos Minerais

43° 42° 41°

10° 10°

MIMOSO

UPAMIRIM

11° 11°

SANTO INÁCIO MORRO DO CHAPÉU

GENTIO DO OURO AFRÂNIO PEIXOTO

CAFARNAUM

BARRA DO MENDES

12° 12°

OURICURI M. DO DO OURO ESPÍRITO SANTO

CAMPESTRE

SEABRA

PALMEIRAS LENÇÓIS

IBITIARA SERRA DO BASTIÃO ANDARAÍ

13° 13°

MUCUGÊ

PIATÃ Formação Morro do Chapéu e Formação Tombador (paleoplacer diamantífero) PARAMIRIM

Focos diamantíferos secundários ESCALA - 1:2.000.000 de idade terciária/quaternária.

43° 42° 41°

Figura 6: Distribuição geográfica das formações Tombador (principal paleoplacer proterozóico) e Morro do Chapéu na zona central do Estado da Bahia, com a localização dos focos diamantíferos secundários de idade terciário-quaternária.

12 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

43°00' 11°00' GARIMPO DO ALTO DO VIDAL GARIMPO LAGOA LAVRINHA ITAPARICA 8780

GARIMPO PEDRA VERMELHA 20

GARIMPO DO PINTOR

TQ 87 88 GARIMPO DO PINTOR GARIMPO DO PEGA TQ 89 90 SANTO INÁCIO GARIMPO ROÇA a 01 ar DO CAMPO ap POSSES çu Su GARIMPOS DE POSSES

TQ

o

d

8760

o

h

c

a

i

R 11°15'

TQ

GAMELEIRA TQ GARIMPO DO DO AÇURUÁ MÚSICO

GARIMPO DO MÚSICO

8740 ITAJUBAQUARA TQ

GARIMPO DO OVO CHOCO

TQ 15

720 740 42°45' 02,55 7,5 10Km 760

15 Estratificação com indicação do caimento TERCIÁRIO/QUATERNÁRIO Estratificação Horizontal Areias eólicas sotopostas por sedimentos TQ cascalhosos de matriz areno-argilosa a argilo- Falha Indiscriminada arenosa, intercados com níveis arenosos, areno- argilosos e argilo-arenosos, típicos de fácies de Eixo de Braquianticlinorium planície de inundação Garimpo abandonado PROTEROZÓICO MÉDIO FORMAÇÃO TOMBADOR (LAVRAS) Codificação da área requerida Meta conglomerados basais e intraformacionais (polimictos quando basais, diamantíferos; meta- Área trabalhada em escala de detalhe renitos no topo) (sondagem avaliativa)

FORMAÇÃO PARAGUAÇU Área trabalhada em escala de semi- Metassedimentos detríticos, predominantemente detalhe (sem sondagem avaliativa) finos e metavulcanicas associadas

Figura 7: Mapa geológico da Zona Garimpeira da região de Santo Inácio

13 Informe de Recursos Minerais em graus variáveis de mistura, com granu- regime de planície de inundação, em razão lometria e pureza (fração argilosa) decres- de se encontrar separado da Zona N-2 por centes de leste (linha de encosta atual de um espesso intervalo de sedimentação serras e margem da calha) para oeste, argilosa. Composicionalmente, é um casca- sedimentada em 2 regimes distintos: um, lho similar ao da Zona N-2, porém do ponto para a Zona Basal e o outro para a Zona de vista metalogenético, tem grau de im- Superior, conforme mostra o bloco diagra- portância menor, em razão do seu conteú- ma esquemático da figura 8. A Zona Basal do em diamantes decrescer consideravel- (zona N-1) corresponde aos primeiros ní- mente em relação àqueles das zonas N-1 e veis de sedimentação detrítica, natureza N-2. As razões para isto estão na anatomia colúvio-aluvionar, formados pela interação do fundo da bacia na época da sua deposi- de leques de detritos procedentes da dis- ção, invariavelmente representado por uma secação de uma provável escarpa de falha, extensa capa de sedimentos areno- de traço paralelo à atual linha erosiva de argilosos, uma maior abrangência da rede encosta de serras, com sistemas fluviais hidrográfica e sua interação com uma mul- precoces do estágio de formação da bacia tiplicidade de rochas-fonte. A figura 9 ser- hidrográfica do Rio São Francisco. São ve para mostrar as espessuras das zonas constituídos comumente por produtos detrí- de cascalhos atravessados nas diversas ticos de alta energia de sedimentação, seções de sondagem, assim como a rela- representados por areias e cascalhos gros- ção de cascalhos para sedimentos areno- seiros, oriundos da parte basal da Forma- argilosos, mais elevada para a parte central ção Tombador, incluindo seus níveis de do depositário investigado. conglomerados diamantíferos, daí seu mai- or enriquecimento em diamantes. Apresen- 6.2 - Métodos Diretos de Prospecção com tam uma razão matriz/cascalho de aproxi- Maior Grau de Resolução madamente 1/1, com componente argilosa subordinada. O tamanho máximo de blocos 6.2.1 - Poços e Catas não excede a 1m de diâmetro, numa pro- porção nunca superior a 10%. A espessura Poços e catas foram abertos com o máxima pode atingir 20 m, mas a média objetivo de realizar testes de apuração do situa-se em torno de 10-12 m. A Zona Su- teor e qualidade de diamantes. O quadro II perior de cascalho foi subdividida em 2 abaixo discrimina os resultados alcança- subzonas: a mais inferior - Zona N-2, tem dos: também regime de sedimentação ligado aos estágios iniciais de evolução da bacia Quadro II - Resultado das Operações em hidrográfica do Rio São Francisco, daí sua Poços e Catas interdigitação faciológica com a Zona Ba- Totais sal, notadamente quando esta atinge cerca Poços Catas Zonas Remo- de 500 m da atual linha de encosta de ser- Executados Executadas ras. A sua natureza composicional guarda vidos Investi- Volume Volume 3 muita similaridade com a desta última zona. Nº 3 Nº 3 (m ) As diferenças residem numa maior interdi- gadas (m ) (m ) gitação com produto areno-argilosos, que Zona Basal 19 87 5 961 1.048 se reflete na razão matriz/cascalho, um N-1 pouco mais elevada, e no presumido con- Zona Sup. 3 20 3 2.010 2.030 teúdo de diamantes, aqui provavelmente N-3 menor em decorrência de fatores concen- Total 22 107 8 2.971 3.078 tradores ligados a anatomia e a constitui- ção do substrato e a energia do agente As operações de apuração do teor transportador. A espessura, no entanto, é foram realizadas, inicialmente, em sistemas bem expressiva, podendo atingir, mais de de bicas rifladas e, posteriormente, em 20 m, com uma média em torno de 10-15 equipamento mecanizado tipo “OUROTEC m. A subzona superior - Zona N-3 marca M-10”. um novo sítio de regime fluvial de grande energia, instalado após um estágio mais avançado de preenchimento da calha, sob

14 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Cascalho basal ( ZONA N-1 ) Quartzitos conglomerados da Formação Tombador Leques aluviais.

N E

W S

Areias eólicas

Cascalho superior (ZONA N-3)

Nível argiloso

Cascalho superior (ZONA N-2)

Fonte: Adaptado de H. Dupont, 1992. Relatório de Consultoria.

Figura 8: Esquema mostrando a disposição espacial das duas zonas de cascalhos diamantíferos.

15 Informe de Recursos Minerais Furo de sonda Furo Poço Exploratório Poço SECÇÃO H F-10 P-43 LEGENDA 460m 440m 420m Material areno-argiloso de pla- nície deinundação Zona Superior Cascalho/N-3de Zona Superior de Cascalho/N-2 Zona Basal de Cascalho/N-1 Material arenosocobertura de Metarenito de Embasamento 440m 420m 460m ar EMB ar-arg P-43 30E SECÇÃO D F-9 SECÇÃO G EMB Zona Basal/N-1 Zona 460m 440m 420m 400m F-67 20E F-10 SECÇÃO F SECÇÃO E SECÇÃO C EMB ar 460m 440m 420m 400m 460m 440m 420m 460M 440M 420M Zona Basal/N-1 Zona F-68 F-58 F-11 10E F-89 F-91 SECÇÃO B Zona Basal/N-1 Zona EMB ar F-6 EMB 430m 450m Zona Basal/N-1 Zona ar EMB F-59 F-69 F-77 00 F-12 Zona Basal/N-1 Zona ar-arg ar-arg SECÇÃO A Zona Basal/N-1 ar-arg ar F-97 100m 450m 430m ar-arg EMB F-60 F-78 F-70 F-88 F-90 EMB 10W F-13 EMB Zona Basal/N-1 0-29 ar Zona Basal/N-1 F-79 F-71 F-61 ar F-5 Zona Basal/N-4 Zona 20W F-14 ar Zona Superior/N-3 Zona EMB EMB ar-arg Zona Superior/N-3 F-80 F-101 F-87 EMB EMB F-72 F-62 F-93 30W F-15 ar ar-arg Zona Superior/N-2 Zona P-38 Zona Superior/N-2 Zona ar-arg Zona Superior/N-2 Zona Superior/3 Zona Zona Superior/N-2 Zona Zona Superior/N-2 F-81 F-73 Zona Superior/N-3 Zona F-63 40W F-16 Zona Superior/N-2 Zona Zona Superior/N-2 Zona Zona Superior/N-3 ar Zona Superior/N-3 F-8 ar-casc ar-casc ar-arg ar-arg ar-casc Zona Superior/N-2Zona F-82 F-85 F-102 F-74 F-64 EMB F-92 F-17 Zona Superior/N-3 EMB ar-arg Zona Superior N-3 EMB ar EMB ar-arg F-83 EMB F-75 EMB F-65 60W F-18 ar-arg EMB ar ar ar-arg ar ar ar ar ar EMB : Secções: de sondagem ortogonais ao eixo maiorcalhada detritos de do Setor adjacênciasePega dos setores Pintor e Cajueiro. EMB F-84 ar-arg F-86 F-100 F-76 F-94 F-66 F-7 70W 50W F-19 450m 430m 410m 440m 430m 410m 440m 420m 450m 430m 410m 440m 450m 430m 450m 430m 410m 450m 430m 410m 9 Figura 450m 430m 410m

16 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Com relação ao número de pedras e IV discriminam os resultados nas opera- de diamantes encontradas, os quadros III ções de poços e catas.

Quadro III - Resultados das Operações em Poços

Teor no Poços Nº Pedras Peso Peso Médio Teor no Zonas Poços Cascalho Executa- Achadas Total por Pedras Cascalho Investigadas Positivos Estéril dos (Gema+Ind.) (Pontos) (Pontos) (Pontos/M3) (Pontos/M3) Zona Basal/ 22 5 13 126 9,69 2,10 1,91 N-1 Zona Basal/ 2 02 25 12,50 1,29 0,95 N-3

Quadro IV - Resultados das Operações em Catas

Teor no Catas Nº Pedras Peso To- Peso Médio Teor no Zonas Catas Cascalho Executa- Achadas tal por Pedras Cascalho Investigadas Positivas Estéril das (Gema+Ind.) (Pontos) (Pontos) (Pontos/m3) (Pontos/m3) Zona Basal/ 8 5 174 2374 13,64 4,14 2,80 N-1 Zona Basal/ - 3 54 555 10,27 0,34 0,28 N-3

Com relação aos teores médios poços, o quadro V discrimina os resultados encontrados nas operações das catas e obtidos, pelo método convencional.

Quadro V - Resultados dos Teores Médios (Método Convencional) em Catas e Poços (Pontos/m3)

Setores Zonas Setores Pega Garimpinho e Material Investigadas e Cajueiro Roça do Campo 4,51 3,96 Cascalho Zona Basal/N-1 2,37 0,29 Cascalho+Estéril - 0,35 Cascalho Zona Sup/N-3 - 0,29 Cascalho+Esteril

Com relação ao teor médio de dia- em conta sua similaridade composicional e mantes obtido por inferências probabilísti- textural com a Zona Basal/N-1, os resulta- cas, para a Zona Superior/N-2, levando-se dos são discriminados no quadro VI.

Quadro VI - Estimativa do Teor de Diamante para a Zona Superior / N-2 (Pontos/m3)

Teores da Zona N-2 para Parâmetros Grau de Grau de Teor da Índices de os diversos índices de Considerados Similaridade Probabilidade Zona N-1 Confiabilidade Confiabilidade Paleogeografia 100% 63% 3,12 Regime de 90% 63% 3,12 90% 2,18 Sedimentação Rocha Fonte 70% 99% 1,99

17 Informe de Recursos Minerais

No tocante a classificação dos di- diamantes encontrados. Verifica-se, pela amantes encontrados nas operações de tabela, que 47,67% das pedras são do tipo abertura de catas e poços, a tabela II GEMA; 39,78% são tipo INDUSTRIAL/ quantifica e classifica todos os tipos de ‘CHIPS’ e 12,54% são do tipo CARBONADO.

Tabela II - Classificação dos diamantes encontrados em Catas (C) e Poços (P) do Projeto Santo Inácio. Gema Industrial/Chips Carbonado Total Local Quan- Quan- Quan- Gema + Classifi. Classific. Classific. Carbon. tidade tidade tidade Indus. 01 3x1 C-2 02 5x1 35 - 7 - 14 +FF Ex 13 FF 2ª Subtotal 30 35 - 7 - 65 7 2 5x1 C-3 11 +FF Ex 22 - 5 - 7 FF 2ª Subtotal 20 22 - 5 - 42 5 C-1 1 5x1 ------Subtotal 1 - - - - 1 -

C-5 10 +FF Ex 15 - 5 - 7 FF 2ª Subtotal 17 15 5 32 5

C-7 2 +FF Ex 2 - 2 - Subtotal 2 - 2 - 4 2

C-8 14 +FF Ex 8 - 5 - 3 FF 2ª Subtotal 17 8 - 5 - 25 5

C-9 10 +FF Ex 12 - 6 - 3 FF 2ª Subtotal 13 12 - 6 - 25 6

C-4 15 +FF Ex 13 - 4 6 FF 2ª Subtotal 21 13 - 4 - 34 4

P-1 5 FF 2ª - - - - Subtotal 5 - - - - 5 -

P-22 2 +FF Ex 4 - 1 - Subtotal 2 4 1 6 1

P-32 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - 1 -

P-23 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

P-24 1 FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

P-30 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

P-43 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

Total 133 - 111 - 35 - 244 35 47,67 39,78 12,54 87,46% 12,54% % % %

18 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

6.2.2 - Sondagem tipos BANKA, ROCK, WINKIE e ROTATI VA DIAMANTADA. Desses tipo, o que teve A sondagem foi utilizada com os maior poder de resolução foi a sondagem seguintes objetivos: (i) conhecer a anato- rotativa diamantada. A malha estabelecida mia de fundo do depositário, indicada pela foi, inicialmente, de 400x100 m. Em segui- profundidade do substrato da pilha de se- da e onde necessário, a malha foi rebaixa- dimentos; (ii) conhecer a seqüência estrati- da para 200x200 m., para verificação do gráfica do pacote sedimentar, especifica- comportamento das espessuras. As pro- mente com respeito aos níveis de casca- fundidades do bedrock variaram de 3,5 a lhos que poderiam conter diamantes detríti- 44 m, aumentando sempre em sentido cos. oeste. Na tabela I (já citada), relaciona-se os quantitativos alcançados em cada tipo Foram realizadas sondagens dos - de sondagem.

19

7. Mineralizações

7.1 - Tipo Genético Quadro VII - Variações e Médias das Razões Estéril/Cascalho nas Zonas N-1, A mineralização é do tipo “placer”, N-2 e N-3 para as Reservas Lavráveis e sendo originada a partir da reciclagem ero- não Lavráveis siva do paleoplacer conglomerático da Formação Tombador, do Proterozóico Mé- Zonas dio, pertencente ao Grupo Chapada Dia- de Variação da Razão Tipos de mantina, do Supergrupo Espinhaço. Postu- Casca- Razão Média Reservas la-se que a formação do depósito ocorreu lho no período compreendido do Neoterciário 0,00 - 3,28 0,91 lavrável N-1 não ao Pleistoceno, pela interação de proces- 5,20 - 14,57 8,31 sos fluviais de alta energia que esculpiam lavrável uma provável linha de escarpa de falha, de 0,10 - 4,50 1,24 lavrável N-2 direção aproximadamente meridiana, com não 11,21 - 73,40 42,30 lavrável aqueles relacionados com a evolução da 0,00 - 5,00 1,22 lavrável bacia hidrográfica do Rio São Francisco. N-3 não 5,00 - 21,00 10,51 lavrável 7.2 - Descrição Sumária Considerando as reservas em ter- Ocorre associada a níveis espes- mos de CASCALHO+ESTÉRIL, foi quantifi- sos de cascalhos relacionados a três zonas cado um total de 41.846.583 metros cúbi- específicas: Zona Basal/N-1, Zona Superi- cos de material lavrável, sendo 82,22% na or/N-2 e Zona Superior/N-3. As caracterís- categoria de reserva medida e 17,78% na ticas dessas zonas já foram abordadas no categoria de reserva indicada. Como anali- item 6.1. sado anteriormente, o Setor Pega detém 75,74% da reserva total e em associação 7.3 - Reservas com os setores Pintor e Cajueiro, que lhe são adjuntos, responde pela cifra de Com relação às reservas lavráveis 92,47% da reserva total, estando os 7,53% de cascalho diamantífero, foi quantificado restantes distribuídos pelos setores Garim- um total de 27.781.873 metros cúbicos, pinho e Roça do Campo. Como o teor mé- estando 84% na categoria de reserva me- dio do cascalho+estéril, pelo método con- dida e 16% na categoria de reserva indica- vencional, ficou em 1,70 pontos/m3, admi- da. A distribuição do cascalho nas diversas tindo-se um grau de confiabilidade de 99% zonas investigadas é a seguinte: 28% na para o teor da Zona Superior/N-2, estimou- Zona Superior/N-3; 50% na Zona Superi- se uma expectativa de diamantes no depo- or/N-2 e 22% na Zona Basal/N-1. O Setor sitário (5 setores) de 712.779 quilates. Nes- Pega deteve 79% da reserva total quantifi- tes cálculos, admitiu-se uma taxa de recu- cada e em associação com os setores Pin- peração de 70% no processo de lavra por tor e Cajueiro, que lhe são adjuntos, alcan- dragas (tabela IV). A tabela V simula, tam- ça a cifra de 94% dessa reserva, com os bém, taxa de recuperação de 80% no pro- 6% restantes compondo os setores Garim- cesso de lavra. pinho e Roça do Campo, já com situações mais desfavoráveis com relação a implan- A figura 10 é relativa ao Mapa de tação de um projeto de lavra com utilização Isópaca Total das zonas de cascalho supe- de dragas (tabela III). As reservas lavrá- rior (N-3 e N-2) e basal (N-1), ao longo dos veis foram calculadas em função da razão 6 km de área trabalhada pela CPRM, com estéril/cascalho nas diversas zonas de delimitação das áreas de requerimento. A cascalho, segundo os índices do quadro Formação Tombador corresponde ao rele- VII. vo de serras, e a área adjunta, de fisiogra-

20 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19 fia semi-aplainada, pertence a parte mais sul são os setores Pintor, Pega, Cajueiro, distal do curso do Rio São Francisco, no Roça do Campo e Garimpinho. Também contexto da bacia hidrográfica homônima. acham-se localizadas as 8 catas realiza- Na figura também acham-se delimitados os das. 5 setores investigados, que de norte para

Tabela III - Reservas Lavráveis de Cascalho Diamantífero nos Setores Investigados

Medida Indicada Total Setores 3 (m ) (m3) (m3) 913.125 1.948.125 2.861.250 Pintor (4%) (43%) (10%) 20.777.570 1.086.870 21.864.440 Pega (89%) (24%) (79%) 555.375 792.500 1.347.875 Cajueiro (2%) (17%) (5%) Roça do 630.528 506.250 1.136.778 Campo (3%) (11%) (4%) 363.750 207.780 571.530 Garimpinho (2%) (5%) (2%) 6.761.625 1.146.495 7.908.120 Zona N-3 (29%) (25%) (28%) 11.057.125 1.995.000 13.052.125 Zona N-2 (48%) (44%) (50%)

1.400.030 6.821.628 Zona N-1 5.421.598 (32%) (22%) (23%) 23.240.348 4.541.525 Total 27.781.873 (84%) (16%)

Tabela IV - Reservas Lavráveis de Aluvião Diamantífero e Expectativa da Qualidade de Diamantes, Admitindo-se Taxas de Recuperação de 70% e Grau de Confiabi- lidade do Teor da Zona N-2 de 99%

Expectativa da Quantidade Reservas de Aluvião Diamantífero Teor Médio Setores de Diamantes Med. (m3) Ind. (m3) p/m3 Med. (Ct) Ind. (Ct) 1.372.280 3.204.198 1,96 28.594 61.023 Pintor (1) 4.576.475 89.617 30.263.968 1.428.566 1,70 505.888 31.960 Pega (2) 31.692.534 537.848 984.764 1.441.476 1,50 19.290 17.201 Cajueiro (3) 2.426.240 36.491 Roça do Cam- 1.182.583 988.707 1,67 21.160 15.005 po (4) 2.171.290 36.165 606.178 373.863 1,29 9.138 3.520 Garimpinho (5) 980.041 12.658 Total 32.621.012 6.074.240 1,72 533.772 110.184 1+2+3 38.695.252 663.956 Total 1.788.761 1.362.570 1,55 30.298 18.525 4+5 3.151.331 48.823 Total 34.409.773 7.436.810 1,70 584.070 128.709 1+2+3+4+5 41.846.583 712.779

21 Informe de Recursos Minerais

Tabela V - Reservas Lavráveis com Expectativas da Qualidade de Diamantes, Admitindo- se Taxas de Recuperação de Lavra de 80% e 70% e Graus de Confiabilidade do Teor a Zona N-2 de 63%; 90% E 99%.

Reservas Lavráveis Expectativa da Medida + Indicada Teor Médio Quantidade de Setores Aluvião Diamantífero p/m3 Diamantes (m3) (CT) 80% de Recuperação de Lavra 05 Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 63% Setores 47.824.664 2,26 1.081.040 80% de Recuperação de Lavra 05 Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 90% Setores 47.824.664 1,80 858.879 80% de Recuperação de Lavra 05 Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 99% Setores 47.824.664 1,70 814.777 70% de Recuperação de Lavra 05 Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 63% Setores 41.846.583 2,26 945.709 70% de Recuperação de Lavra 05 Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 90% Setores 41.846.583 1,80 751.359 70% de Recuperação de Lavra 05 Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 99% Setores 41.846.583 1,70 712.779

As curvas de isópacas, que na fi- lho+estéril) da ordem de 42 milhões de gura 10 acham-se delineadas de uma ma- metros cúbicos, com uma razão capeamen- neira simplificada, foram traçadas com to/cascalho compatível a um empreendi- auxílio de um programa de sondagem rota- mento de mineração, com utilização de tiva diamantada, em malhas de 400 x 100 e dragas, incentivou a adoção de alguns 200 x 200 metros. Pela verificação das estudos preliminares para testar a viabili- curvas de isópacas nota-se que a zona de dade econômica do depósito. maior espessura localiza-se no âmago do Setor Pega e adjacências dos setores Ca- É óbvio que qualquer estudo que jueiro e Pintor, com espessura superior a se proponha a viabilizar economicamente o 30 metros na seção S8+0. Este trecho, depósito quantificado na região de Santo com 2,2 km de extensão longitudinal meri- Inácio, terá que passar naturalmente por diana, e 1,2 km de largura, constitui a zona uma série de considerações, com minucio- mais importante delimitada pelas atividades sa ponderação nos parâmetros de enge- do projeto, por se conceber que possa aí nharia de lavra. Isto implica numa maior ser desenvolvido um processo de lavra consistência no dimensionamento de fato- mecanizada, com utilização de dragas, por res específicos, como aqueles relacionados armazenar um volume de detritos da ordem às condições de flutuabilidade de dragas de 35 milhões de metros cúbicos, com uma de grande porte, no dimensionamento das proporção de cascalhos da ordem de 25 características técnicas de equipamentos milhões de metros cúbicos. de lavra, e a outros problemas básicos da engenharia de lavra, além da obtenção de 7.4 - Perspectivas Econômicas um maior grau de segurança nos teores de diamantes, e uma maior precisão na análi- Já se prevendo taxas de recupera- se do grau de variabilidade dos parâmetros ção de lavra da ordem de 70 a 75%, o di- teor/espessura e tamanho das pe- mensionamento de uma reserva de casca- dras/pureza (qualidade) ao longo do depó- lho diamantífero da ordem de 27 milhões sito. Mesmo assim, ainda correr-se-á o de metros cúbicos, relacionada a um paco- risco da te de sedimentos detríticos (casca-

22 BA-87/84 BA-88/84

N S10 + 0

S9+80

5,00 S9+60 C4

R

,50 1,00 2 S9 + 40

O

S9 + 20

PINT

OR S9+0

0,00 5,00 SET S8+80

20,00 S8+60

S8+40 BA-90/84 BA- 89/84 20,00 C5 S8 + 20 25,00 30,00 S8 + 0 C9

25,00 S7 + 80

PEGA C8 S7+60 OR 20,00

SET C7 S7 + 40

S7+20 5,00 S7 + 0 CONVENÇÕES DO MAPA S6+80 1,00 TERCIÁRIO-QUATERNÁRIO

5,00 S6 + 60

CAJUEIRO

R S6 + 40 O Areias eólicas superficiais sotopostas por

2,50 sedimentos areno-argilosos e cascalhos

SET S6 + 20 diamantíferos 2,50 S6 + 0 PROTEROZÓICO MÉDIO

1,00 S5+80 1,00 BA-01/91 S5 + 60 FORMAÇÃO TOMBADOR - metaconglo C2 merados basais, polimictos, diamantífe-

PO S5 + 40 ros, gradando no topo para metarenitos 1,00

CAM 5,00 e quatzitos com níveis de metaconglo OR S5 + 20 merados intraformacionais e espessa

DO 0 sequência de metarenitos/quartzitos

SET ,0

0 S5 + 0 1,00 S7 + 40

ROÇA SEÇÕES GEOLÓGICAS DE S4+80 S7+20 SONDAGEM 1,00 S4 + 60 C2 Cata

OR

PINHO S4+40 Curvas de Isópacas das zonas de C3 0,00 cascalhos diamantíferos SET 6,00 2,50 (N1 + N2 + N3) C1 S4+20 20,00

GARIM

S4 + 0 BA-87/84 * * 200 0 200 80W 60W 40W 20W 00 20E 40E 60E 400m Áreas com alvarás de

180W

100W

160W

140W 120W * * * pesquisa e com pedido * de aprovação do Relatório Final no DNPM

Figura 10 Mapa de isópaca total das zonas de cascalho diamantíferos (N-1, N-2 e N-3). Informe de Recursos Minerais

PROJETO SANTO INÁCIO 1,70 p/m3 ESCALA PARA CURVA ESCALA PARA p/m3 1,70 TEOR DE

90 TEOR DO DEPÓSITO

1,00

80 ESCALA PARA CURVA ESCALA PARA TEORDE 1,42 p/m3 70 TEOR DO DEPÓSITO 1,42 p/m3

60

1,00 1,20 OP (US$ 42x106 ) + I (US$ 10x10 6) CM 1,2381 49,66 50

1,30 1,10 40 6 6 OP (US$ 42x10 ) + I (US$ 15x10 ) CM 1,3571 36,54

1,40 30 1,20 6 6 25,52 OP (US$ 42x10 ) + i (US$ 20x10 ) CM 1,4762 1,50 25,01 OP (US$ 42x106 ) + I (US$ 10x106 ) CM 1,2381 20 1,30 OP (US$ 42x106 ) + I (US$ 15x10 6) CM 1,3571 1,60 14,05 1,40 10 1,70 OP (US$ 42x106 ) + I (US$ 20x10 6) CM 1,4762 4,85

RENTABILIDADE(LUCRO LÍQUIDO) ) - ( VAL.+ % 1,50 1,80 0 1,60 1,90 2,00 1,70 10 2,10 1,80

2,20 m3) MINERAÇÃO DE / (US$ CUSTO TOTAL 1,90 2,30 20 2,00 2,40 2,10 2,50 2,20 30 2,30 2,40 2,50 40

50 PREJUÍZO - % ( VAL - ) RENDIMENTO LÍQUIDO (RL)

60 RL 4,85% - US$ 3 X 10 6 / 15 anos ( US $ 200.000 / ano ) 1,42 ponto / m3 OP = Custo Operacional RL14,05% - US$ 8 X 106 / 15 anos ( US $ 533,000 / ano ) I = Custo de Investimento 70 6 6 RL25,52% - US$ 16 X 10 / 15 anos ( US $ 1,05X10 / ano ) CM = Custo Total de Mineração 6 1,70 ponto / m3 RL36,54% - US$ 21 X 106 / 15 anos ( US $ 1,39X10 / ano ) RL49,66% - US$ 26 X 106 / 15 anos ( US $ 1,72X10 6 / ano )

VIDA ÚTIL - 2.640.000m3 / ano, ou 220.000m3 / mês ( Draga de 12 pés cúbicos 39 x 10 6 m3 / 2,64 x 106 15 anos ).

Figura 11: Análise gráfica da rentabilidade líquida do empreendimento de lavra em função do teor do depósito e do custo total de mineração.

24 Informe de Recursos Minerais e a outra, relativa ao teor de 1,70 pon- No caso de redução do custo de tos/m3, obtida pelo cálculo convencional. mineração para US$ 1,3571/m3, que prevê Nas escalas à direita, relacionam-se os investimento de US$ 15 milhões de dólares diversos custos de mineração (US$/m3) (caso de equipamentos de lavra parcial- obtidos, respectivamente, para os teores mente amortizados), a rentabilidade (lucro de 1,42 pontos/m3 e 1,70 pontos/m3. Na líquido) poderia ser elevada para 37,45%. escala à esquerda, figuram as diversas E, para a última simulação, se o custo de taxas de rentabilidade positiva (acima do mineração fosse reduzido para US$ referencial ZERO) e negativas (abaixo des- 1,2381/m3, que prevê investimento de US$ te referencial). Na construção do gráfico 10 milhões de dólares (caso de equipamen- utilizam-se os parâmetros do preço de co- tos de lavra totalmente amortizados), ter- mercialização do diamante em US$ US$ se-ia uma rentabilidade (lucro líquido) de 109,00/quilate, na razão US$ PARALELO/ 49,81%. U$ OFICIAL igual a unidade (câmbio unitá- rio). Analisando o gráfico pela curva de teor Para o teor de 1,42 pontos/m3, a si- de 1,70 pontos/m3, verifica-se que, para um tuação é menos promissora, pois permitiria custo de mineração de US$ 1,4762/m3, que obter taxas de rentabilidade (lucro líquido) prevê custos operacionais de US$ 42 mi- de 5%; 14,20% e 25,22% para, respecti- lhões de dólares e de investimentos de vamente, custos de mineração de US$ US$ 20 milhões de dólares, a rentabilidade 1,4762/m3, U$ 1,3571/m3 e U$ 1,2381/m3. do empreendimento (lucro líquido) seria de 25,64%.

25

8. Conclusões

A pesquisa empreendida pelo Proje- do to Santo Inácio permitiu chegar ao seguinte resultado econômico: o dimensionamento de A perspectiva de aí se poder viabili- um módulo (reservatório), com dimensões zar um projeto econômico de lavra mecani- de 2,2 km por 1,2 km, abrangendo os seto- zada com utilização de dragas, constitui um res Cajueiro, Pega e Pintor, onde estima-se desafio a ser alcançado. Os dados obtidos, que seja recuperado um volume de detritos conforme demonstrados pelos estudos pre- da ordem de 39 milhões de metros cúbicos, liminares de simulações objetivando a viabi- (93%do total de 42 milhões de m3), com lização econômica do depósito, mostraram- uma proporção de cascalhos diamantífero se animadores considerando os parâmetros da ordem de 25 milhões de metro cúbicos analisados relativos ao teor do depósito e (93% do total de 27 milhões de m3), admi- aos custos totais de mineração (operacional tindo-se taxa de recuperação na lavra de e de investimento). No entanto, necessita-se cerca de 70%).Ai tem-se uma espectativa de estudos adicionais de pesquisa, que de encontrar uma quantidade de diamantes garantam atingir as condições mínimas de de cerca de 663 mil quilates, considerando- segurança à implantação de um projeto de se um teor médio do depósito em torno de lavra de diamantes, especificamente no 1,70 pontos/m3 (39x106 x 0,017). A qualida- tocante ao teor do depósito, distribuição, de esperada para os diamantes é a seguin- tamanho e qualidade das pedras e aos pro- te: 47,67% do tipo gema, 39,78% do tipo blemas básicos de engenharia de lavra. industrial / chips e 12,54% do tipo carbona-

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9. Relação dos Relatórios Disponíveis

– COMPANHIA DE PESQUISA DE RE- – Relatórios de Consultoria do Geólo- CURSOS MINERAIS - CPRM - PRO- go Henri Dupont JETO SANTO INÁCIO Relatório Preli- minar de Pesquisa, maio/1988 (entre- • Relatório a respeito o documento emi- gue ao DNPM como cumprimento da tido pelo projeto: “Análise Técnica e exigência legal). Programação Complementar no perío- do nov/86 a Jun/88”. Emissão do rela- Contém: Aspectos Fisiográficos; situa- tório: 16/01/1987. ção legal; geologia regional e aspectos metalogenéticos; trabalhos de pesqui- • Relatório da Reunião de 13.03.87, em sa; reservas e considerações econô- Salvador. Emissão do relatório: micas. 06/abril/1987.

– COMPANHIA DE PESQUISA DE RE- • Relatório da Reunião de 18.08.92, em CURSOS MINERAIS - CPRM. PRO- Salvador. Emissão do relatório: JETO SANTO INÁCIO. Informe Parcial 02/setembro /1992. Sintético, março/93 (encaminhado ao DEPEM/RJ em 2 vias através do memo – Outros Relatórios Técnicos Internos 250/SUREG/SA/93, de 03/05/93).

• Relatório de visita a área do projeto Contém: Situação legal das áreas; geo- em agosto/92, emitido pelo geólogo logia regional e aspectos metalogené- José Guedes de Andrade e pelo esta- ticos; geologia da zona diamantífera da tístico Luiz Gonzaga Oliveira e Silva e região de Santo Inácio; metodologia da datado de setembro de 92. pesquisa e dados físicos de produção;

quantificação de reservas; comentários • preliminares sobre a viabilidade eco- Avaliação Econômica da Jazida de Di- nômica do depósito; programação amante de Gentio do Ouro - Bahia complementar mínima de pesquisa a (Projeto Santo Inácio) - emitido pelo ser empreendida no projeto. geólogo José Guedes de Andrade, chefe da DIECON/ DEPEM-RJ e pelo – COMPANHIA DE PESQUISA DE RE- estatístico Luiz Gonzaga de Oliveira CURSOS MINERAIS - CPRM PROJE- Silva, da DIECON/DEPEM-RJ, emitido TO SANTO INÁCIO. Relatório Final de em setembro/1992. Pesquisa, maio de 1998(entregue ao DNPM solicitando aprovação). – Laudo Analítico

Contém todos os dados pertinentes a Laudo de avaliação de um lote de dia- pesquisa. mantes do Projeto Santo Inácio, efetua- do em 7/10/87.

27

APÊNDICE

29 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Tabela XXVI - Teores Necessários para Viabilização Econômica do Depósito de Santo Inácio, Considerando Diversas Faixas de Lucro, para um Custo Somente Computado para as Operações de Lavra e Beneficiamento, Estimado em US$ 1,00/m3, sem Considerar os Custos de Investimento. Admite-se o Preço Médio do Diamante (Gema + Industrial) em US$ 109,00/quilate, Es- tabelecendo-se para esta Condição a Razão US$ Par/US$ Oficial como U- nitária.

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$ PAR/ RAZÃO 1,0 RAZÃO 1,2 Razão 1,4 RAZÃO 1,6 US$ OFC. Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 LUCRO 0 0,92 0,76 0,66 0,57 LUCRO 10% 1,00 0,84 0,72 0,63 LUCRO 20% 1,10 0,92 0,79 0,69 LUCRO 30% 1,19 0,99 0,85 0,75 LUCRO 40% 1,28 1,07 0,92 0,80 LUCRO 50% 1,37 1,14 0,98 0,86 LUCRO 60% 1,46 1,22 1,05 0,92 LUCRO 70% 1,55 1,30 1,11 0,97 LUCRO 80% 1,65 1,38 1,12 1,03 1,70 LUCRO 90% 1,74 1,45 1,25 1,08 LUCRO 100% 1,83 1,53 1,31 1,15 LUCRO 110% 1,93 1.61 1,38 1,20 LUCRO 120% 2,02 1,68 1,44 1,26 1,70 LUCRO 130% 2,11 1,76 1,51 1,32 LUCRO 140% 2,20 1,83 1,57 1,38 LUCRO 150% 2,29 1,91 1,64 1,43

31 Informe de Recursos Minerais

Tabela XXVII - Teores Necessários para Viabilização Econômica do Depósito de Santo Inácio, Considerando Diversas Faixas de Lucro e um Custo Total (Inves- timento + Operacional) de US$ 1,4762/m3, Considerando o Preço Médio do Diamante (Gema + Industrial) em US$ 109,00/quilate, Estabelecendo- se para esta Condição a Razão US$ Par/US$ Oficial como Unitária.

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$PAR/ US$ OFC. RAZÃO 1,0 RAZÃO 1,20 Razão 1,40 RAZÃO 1,60

Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 LUCRO 0 1,35 1,13 0,97 0,85 LUCRO 10% 1,49 1,24 1,06 0,93 LUCRO 20% 1,63 1,35 1,16 1,02 1,70 LUCRO 30% 1,76 1,47 1,26 1,10 LUCRO 40% 1,90 1,58 1,35 1,19 LUCRO 50% 2,03 1,69 1,45 1,27 1,70 LUCRO 60% 2,17 1,81 1,55 1,37 LUCRO 70% 2,30 1,92 1,69 1,44 1,70 LUCRO 80% 2,44 2,03 1,74 1,52

INVESTIMENTOS ADMITIDOS

1. US $ 10 X 106 – compra de maquinário (dragas e equipamentos de apoio) 2. US$ 5 x 106 – aquisição do direito de lavra, supervisão do projeto e estudo de pré- viabilidade de pesquisa. 3. US$ 5 x 106 – obras de infra-estrutura US$ 20 x 106 – total dos custos (1+2+3) 4. Custo da Mineração (Operacional + Investimento) US$ 42 x 106 + US$ 20 x 106/42 x 106 = US$ 1.4762/m3 5. Teor de Equilíbrio Econômico = 1,4762/109 x 100 = 1,35p/m3

32 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Tabela XXVIII - Simulação das Variações da Taxa de Lucratividade de um Empreendimen- to de Mineração na Área do Depósito de Santo Inácio, para Diversos Custos de Mineração (Investimento + Operacional), em Diversas Razões de Câmbio US$ Par/US$ Oficial, Considerando o Preço de Comercializa- ção do Diamante em US$ 109,00/quilate, na Razão de Câmbio Unitário, e o Teor do Depósito nas Condições Mais Exigentes, pelo Valor Registra- do no Cálculo Tradicional (1,70 pontos/m3).

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$PAR/ US$ RAZÃO 1,00 RAZÃO 1,20 RAZÃO 1,40 RAZÃO 1,60 OFICIAL CUSTO Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade MINERAÇÃO US$/m3 Líquida Líquida Líquida Líquida 1,00 85,30% 122,36% 159,42% 196,48

1,20 54,42% 85,30% 116,18% 147,07 1,2381 49,66 1,30 42,54% 71,05 99,55% 128,06 1,3571 36,54 1,40 32,36% 58,83% 85,30% 111,77 1,4762 25,52 1,50 23,53% 48,24% 72,95% 97,65 1,6113 15,00 1,60 15,81% 38,98% 62,14% 85,30

1,70 9,00% 30,80% 52,60 74,40 1,6845 10,00 1,80 2,94% 23,53% 44,12% 64,71

1,90 -2,47% 17,03% 36,54% 56,04

2,00 -7,35% 11,18% 29,71% 48,24

2,10 -11,76% 5,89% 23,53% 41,18

2,20 -15,77% 1,07% 17,92% 34,76

2,30 -19,43% -3,32% 12,79 28,90

2,40 -22,79% -7,35% 8,09% 23,53

2,50 -25,88% -11,06% 3,76% 18,59

2,60 -0,22% 14,03%

2,90 2,23%

3,00 -1,17%

33 Informe de Recursos Minerais

Tabela XXIX - Simulações das Variações da Taxa de Lucratividade de um Empreendimen- to de Mineração na Área do Depósito de Santo Inácio, para Diversos Cus- tos de Mineração (Investimento + Operacional), em Diversas Razões de Câmbio US$ Par/US$ Oficial, Considerando o Preço de Comercialização do Diamante em US$ 109,00/quilate na Razão US$ Par/US$ Oficial. Unitá- ria e o Teor do Depósito, nas Condições mais Exigentes, pela Média do Cálculo Tradicional e de Poisson (1,42 Pontos/m3).

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$PAR/US$ RAZÃO 1,00 RAZÃO 1,20 RAZÃO 1,40 RAZÃO 1,60 OFICIAL CUSTO Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade MINERAÇÃO US$/m3 Líquida Líquida Líquida Líquida 1,00 54,78% 85,74 116,69% 147,65%

1,10 40,71% 68,85% 96,99% 125,13%

1,20 28,98% 54,78% 80,58% 106,37% 1,2381 25,01 1,30 19,06% 42,87% 66,69% 90,50% 1,3571 14,05 1,40 10,55% 32,67% 54,78% 76,89% 1,4762 4,85 1,50 3,18% 23,82% 44,46% 65,10%

1,60 -3,26% 16,09% 35,43% 54,78%

1,70 -8,95% 9,26% 27,47% 45,67%

1,80 -14,01% 3,19% 20,38% 37,58%

1,90 -18,54% -2,24% 14,05% 30,34%

2,00 -22,61% -7,13% 8,35% 23,82%

2,10 -26,30% -11,55% 3,19% 17,93%

2,20 -29,65% -15,57% -1,50% 12,56%

2,30 -32,70% -19,25% -5,78% 7,67%

2,40 -35,51% -22,61% -9,71% 3,19%

2,50 -38,09% -25,71% -13,32% -0,94%

34 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Foto 1- Vista geral da área do Projeto Santo Inácio

Foto 2 - Local da cata 4 (Setor Pintor), onde ocorre cascalho da zona basal N- 1. No fundo, vê-se início da escarpa da Formação Tombador (Prote- rozóico Médio), onde ocorre os conglomerados basais diamantíferos (paleoplacer).

35 Informe de Recursos Minerais

Foto 3 - Setor Garimpinho - Local de abertura de cata. Ressalta-se a cobertura arenosa de 1,5 m de espessura sobrejacente aos primeiros níveis de cascalho da zona superior N-3.

Foto 4 - Cata 8 (Setor Pega) - Exposição da zona superior de cascalho N-3. Nível d’água ocorre aos 4,5 m de profundidade. Não existe capeamento arenoso acima do cascalho. Os blocos maiores não excedem 30 cm em diâmetro.

36 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Foto 5 - Cata 09 - Setor Pega - Expo- sição da zona superior de cascalho N-3. Nível d’água ocorre aos 4,5 m de profundidade. Não existe cape- amento arenoso sobre o cascalho. Os blocos maiores não excedem 20 cm de diâmetro

Foto 6 - Cata 09 - Setor Pega - Detalhe da zona superior de cascalho N-3. Nota-se que os blocos maiores não excedem a 20 cm de diâmetro (intervalo nu- mérico da escala=10 cm). Razão matriz/blocos aproximadamente igual.

37 Informe de Recursos Minerais

Foto 7 - Cata 9 - Setor Pega - Operações de beneficiamento na zona superior de cascalho N-3. Vê-se no fundo da cata a caixa separadora do cascalho com tela na sua parte superior. Em cima, bomba de sucção do material da caixa.

Foto 8 - Cata 8 - Zona superior de Cas- calho N-3. Vagonete sobre tri- lho para retirada dos blocos maiores de cascalho que en- tram no processo de benefici- amento

38 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Foto 9 - Vista do equipamento OUROTEC M-10 em operação. Na parte superior caixa de entrada e “Tromel”; na parte mediana, sistema de três “Jigs” paralelos e na parte inferior outro “Tromel” (concentrador final). Na saí- da, bica inclinada concentradora.

Foto 10 - Peneiramento para apuração do concentrado de minerais pesados onde s encontra o diamante na parte central.

39 Informe de Recursos Minerais

Foto 11 - Operação com trado para determinação da espessura do capeamento arenoso sobre os níveis de cascalho.

Foto 12 - Operação de abertura de poço manual exploratório para retirada do cascalho para beneficiamento

40 Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

Foto 13 - Sonda roto-percussiva “ROCKY” em operação

Foto 14 - Sonda rotativa diamantada em operação.

41 Informe de Recursos Minerais

Foto 15 - Sistema OUROTEC em operação mostrando, na entrada, cone de- saguador, objetivando maior ren- dimento nas operações de benefi- ciamento do cascalho. Na saída, bica concentradora.

Foto 16 - Detalhe do cone desaguador na entrada do sistema OUROTEC.

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