As Nossas Constelações
As Nossas Constelações A origem de algumas constelações pivotais ao longo da Eclíptica parece remontar a muitos séculos antes da nossa Era. O Touro, o Leão ou o Escorpião estão documentados desde remota antiguidade, na Mesopotâmia. Outras constelações têm origem clássica. Por fim, veremos o contributo moderno da era da expansão marítima europeia (em especial nas constelações que povoam os céus austrais). Origens, o Zodíaco Na Mesopotâmia, foi agilizada uma divisão da esfera em três “caminhos” ou faixas (com referência ao equador celeste), desde cedo, no segundo milénio (os “caminhos” de Anu, Enlil e Ea). Posteriormente, a astronomia documentada nos MUL.APIN (ver infra) antecipa o zodíaco ao estabelecer 17 ou 18 “markers” ou balizas (nem todos especificamente situados na Eclíptica) para o percurso da Lua (Sin), que atravessava os “caminhos” previamente referidos (sistema análogo aos Nakshatras Hindus, decerto relacionado). A redução para 12 estará comprometida com a divisão ideal do ano em outros tantos meses solares, determinados pelo calendário adoptado. De acordo com Lis Brack-Bernsen e Hermann Hunger, o zodíaco foi, antes de mais “…percebido como sistema de arcos ao longo do horizonte, sobre os quais as constelações nasciam”. Eram utilizadas estrelas como referência inicial, ab initio não especificamente o ponto vernal “matemático” (Franz Kugler, Bartel van der Waerden e Otto Neugebauer). As inscrições MUL.APIN (compêndio babilónico que lida com aspectos diversos da astronomia/astrologia descritiva e resume provavelmente material mais antigo) terão sido compiladas por volta de 1000 A.C., datando o exemplar recuperado mais antigo do sétimo século. Uma interpretação moderna foi efectuada por Hermann Hunger e David Pingree (Mul.Apin: An Astronomical Compendium in Cuneiform, 1989).
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