Vânia Daniela Martins Moreira a Patrimonial

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Vânia Daniela Martins Moreira a Patrimonial Universidade do Minho Instituto de Ciências Sociais Vânia Daniela Martins Moreira a patrimonial spectiv As prisões políticas do Estado Novo no século XXI: uma perspectiva patrimonial vo no século XXI: uma per ado No t As prisões políticas do Es eira tins Mor Vânia Daniela Mar 8 1 UMinho|20 outubro de 2018 Universidade do Minho Instituto de Ciências Sociais Vânia Daniela Martins Moreira As prisões políticas do Estado Novo no século XXI: uma perspectiva patrimonial Dissertação de Mestrado Mestrado em Património Cultural Trabalho efetuado sob a orientação do Professor Doutor José Manuel Lopes Cordeiro outubro de 2018 Agradecimentos Ao longo do período de realização desta dissertação, foram várias as pessoas que contribuiram para o sucesso da mesma. Desde já, ao meu orientador Professor Doutor José Manuel Lopes Cordeiro, que me incentivou a trabalhar sobre este tema, e desde logo se prontificou a auxiliar-me e ser meu orientador, ao qual lhe devo os meus profundos agradecimentos. Também a todos os outros professores que fizeram parte do meu percurso académico e os quais acrescentaram sempre algo à minha formação. Às minhas amigas, pelas conversas de sempre, sobretudo nos momentos de maior ansiedade e pelas palavras amigas. À minha família, pelo apoio incondicional de sempre, pelo interesse mostrado relativamente ao tema do trabalho, ideias para o mesmo, pelas conversas e pela compreensão relativamente ao tempo dispendido para a realização desta dissertação. Sobretudo deixar os meus profundos agradecimentos e a quem dedico este trabalho: Aos meus pais, João e Adelaide, e ao meu irmão, Alexandre, que são os melhores do mundo e a quem devo tudo. Pelo orgulho que sempre mostraram ter e por estarem sempre do meu lado. Pelas palavras de incentivo e também pelo interesse mostrado no tema, incluindo a sua presença numa das visitas no âmbito da realização desta dissertação. Ao meu namorado e companheiro de sempre, que está sempre do meu lado, sempre me apoiou e mostrou interesse em querer ajudar-me. E a quem devo os meus agradecimentos por ter ido sempre comigo às visitas realizadas, por ajudar a tirar as inúmeras fotografias, sempre com muito empenho; pelo carinho e por ser o melhor. E sobretudo ao meu avô, Sebastião, de quem tenho profundas saudades e a quem devo o interesse pelo tema, que ajudou a moldar a minha personalidade e carácter, e que sei que está sempre comigo. Até sempre, camarada. A ti, avô. iii Esta dissertação não segue o novo acordo ortográfico. iv Resumo A presente dissertação de mestrado pretende ir ao encontro a uma perspectiva patrimonial dos edifícios que outrora foram cárceres no contexto do Estado Novo, regime vigente em Portugal de 1926 a 1974. A contextualização deste regime revela-se relevante à compreensão do surgimento das prisões políticas na vasta extensão territorial do Portugal de então. Dotado de um carácter altamente repressivo, este regime culminou na prisão de milhares de portugueses, sujeitos às violências perpretadas pela polícia política. As memórias desses ex-presos políticos constituem uma peça fundamental na percepção e caracterização do regime vigente da altura e, por isso mesmo, a sua memória deve ser preservada. Esta dissertação pretende ir de encontro ao complemento entre a História, a Memória e o Património, já que estes se encontram intrinsecamente interligados. Actualmente, estes edifícios constituem símbolos da resistência e da liberdade e uma homenagem àqueles que lutaram em prol da Democracia e do direito às liberdades individuais e colectivas. Contudo, as actuais funções destes edifícios nem sempre vão ao encontro ao seu papel enquanto tal. Pretende-se, por isso, enfatizar alguns edifícios que se revestiram de cárceres políticos, para uma abordagem relativamente à sua funcionalidade nos dias actuais, e se a sua valorização enquanto património cultural se encontra assegurada. Palavras-chave: Estado Novo; presos políticos; prisões políticas; repressão. v Abstract The following master’s dissertation intend to approach a patrimonial perspective about the buildings that were prisons in Estado Novo, a regime that ruled Portugal from 1926 to 1974. This regime context is relevant to the understanding of the rise of the political prisons on the wide territorial extension of the Portugal of that time. By being a highly repressive regime, it resulted on several prisons of the portuguese people, exposed to the political police violences. The memories of those ex-political prisoners represent a major peace on the percepcion and caracterization of the regime and, that’s why, memory must be preserved. This dissertation intend to approach the complement between History, Memory and Patrimony, therefore they are intrinsically related each other. Nowadays, those buildings represent both symbols of resistance and freedom and an tribute to those who fight for the Democracy and the individual and colective rights. However, the actual functions of those buildings has not always meet their role as such. Thats why is intend to emphasize some buildings that were political prisons, to an approach to their functionality nowadays, and if their valorization as cultural patrimony is guaranteed. Keywords: Estado Novo; political prisoners; political prisons; repression. vii Índice Agradecimentos ............................................................................................................................ 2 Resumo ......................................................................................................................................... 4 Abstract ......................................................................................................................................... 5 Índice ............................................................................................................................................. 6 Índice de Figuras ........................................................................................................................... 7 Introdução .................................................................................................................................... 9 Capítulo I ..................................................................................................................................... 12 “A Bem da Nação” ....................................................................................................................... 12 Capítulo II .................................................................................................................................... 38 As «Prisões Especiais» do Estado Novo ...................................................................................... 38 Sede da Polícia Política ............................................................................................................ 44 Delegação da Polícia Política do Porto .................................................................................... 48 Prisão do Aljube ...................................................................................................................... 50 Forte de Caxias ........................................................................................................................ 55 Forte de Peniche ..................................................................................................................... 61 Fortaleza de S. João Baptista ................................................................................................... 78 Capítulo III: .................................................................................................................................. 80 Memória de um passado recente ............................................................................................... 80 Capítulo IV................................................................................................................................... 98 De Cárcere a Museu ........................................................................................................... 98 Sede e Delegações da Polícia Política.................................................................................... 102 Edifícios Paço do Duque (Sede da Polícia Política, em Lisboa).......................................... 102 Museu Militar do Porto (Delegação da Polícia Política) .................................................... 106 Delegação da Polícia Política de Coimbra (The Luggage Hostel & Suites ) ....................... 115 Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, em Lisboa ....................................................... 116 Fortaleza de Peniche ............................................................................................................. 128 Forte de Caxias ...................................................................................................................... 134 Tarrafal .................................................................................................................................. 134 Conclusão .................................................................................................................................. 137 Bibliografia ................................................................................................................................ 139 ix Índice de Figuras Fig. 1: Indicação manuscrita do interrogatório a Artur Catarino Simões………………………… ………30 Fig.2 : Ilustração alusiva à Revolução dos Cravos…………………………………………………………...........37 Fig.3: Sede da polícia política em Lisboa,
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