O Jogo Como Atividade Mediadora Da Interação Na Sala De Aula De Inglês Oral
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PALMA SIMONE TONEL RIGOLON O JOGO COMO ATIVIDADE MEDIADORA DA INTERAÇÃO NA SALA DE AULA DE INGLÊS ORAL MESTRADO Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas PUC / SÃO PAULO - 1998 - PALMA SIMONE TONEL RIGOLON O JOGO COMO ATIVIDADE MEDIADORA DA INTERAÇÃO NA SALA DE AULA DE INGLÊS ORAL Dissertação apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas, à Comissão Julgadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação da Prfa. Dra. Leila Barbara. PUC / SÃO PAULO - 1998 - BANCA EXAMINADORA ________________________ ________________________ ________________________ ABSTRACT This research aims to show the use of games as a mediated activity of the interaction in the English as a foreign language classroom, as well as, a useful instrument for the learning process of a foreign language. The main hypothesis of this study is that the games provide situations in a way that the students interact and learn collaboratively through the games that work as interaction mediating agents, that results in knowledge and language construction in the new language. This research was accomplished in the classroom, with two basic four level groups, which is previous to the intermediary level. The participants ages were about 15 and 45 years old. They attended an Oral English as a foreign language course in the university Oral English Department. The data collection was done during the course, which lasted 30 hours, i.e., from March to June 1996, with the coordinator’s permission. In order to have a theoretical basis for the activity concept, we are based on Leontiev (1944). Bakhtin/Volochinov’s concept of voices, will also be part of our theoretical framework. The concepts of Zone of Proximal Development (ZPD), actual and potencial development, as well as the mediation constructs are going to be used from vygotskyan’s approach (1930, 1934), we are also going to use some of Vygotsky’s followers, like: Cazden (1996), Goodman & Goodman (1996), Moita Lopes (1996). Our work is also based on the bakhtinian dialogic principle of “voices appropriation” (1929, 1952). In relation to the data analysis categories, The modes of participation proposed by Góes were adopted, as an starting point. The analysis shows that students, during the games, construct knowledge collaboratively in the foreign language, negotiating with their peers. The analysis also shows the interactive movement and the coconstruction of knowledge in the students’s ZPD, actual development and potential development. RESUMO Esta pesquisa objetiva mostrar a utilização de jogos como atividade mediadora da interação na sala de aula de inglês como língua estrangeira e como um instrumento útil para a aprendizagem da língua-alvo. A hipótese central deste estudo é a de que os jogos propiciam situações para que os alunos interajam e aprendam colaborativamente através dos jogos, que funcionam como mediadores da interação, proporcionando a construção de linguagem e de conhecimento lingüístico na nova língua. Este trabalho foi realizado em sala de aula com dois grupos de nível básico quatro, estágio anterior ao nível intermediário; as idades dos participantes variava entre 15 e 45 anos que frequentam um curso de inglês como língua estrangeira no departamento de inglês oral da universidade, com autorização do coordenador do curso. Os dados foram coletados entre março e junho de 1996, período de duração do curso, totalizando 30 horas. Para embasar o conceito de atividade utilizado nesta pesquisa, adotaremos os princípios da teoria da atividade de Leontiev (1944). O conceito de vozes de Bakhtin/Volochinov (1929, 1952), também dará suporte para nosso embasamento teórico. Os conceitos de de Zona Proximal de Desenvolvimento (ZPD), nível de Desenvolvimento Real (DR) e Potencial (DP), bem como o conceito de mediação serão usados a partir de Vygotsky (1930, 1934), bem como seus seguidores, entre eles Cazden (1996), Goodman & Goodman (1996) e Moita Lopes (1996). Também adotaremos o princípio de apropriação de vozes de Bakhtin/Volochinov (1929). Para o levantamento das categorias, foi adotado como ponto de partida os modos de participação propostos por Góes (1994). Os dados revelam que os alunos, nos momentos de jogos, constróem conhecimento colaborativamente na língua-alvo, negociando com seus pares. A análise também mostra o movimento interativo e a co-construção do conhecimento na ZPD, no DP e no DR dos alunos. Aos três pilares da minha vida: Walter, meu marido, pelo apoio e paciência nos momentos difíceis; à Jéssica e Mariana, minhas filhas, que embora muito pequenas, sempre me ensinam a viver e a repensar conceitos. À minha mãe, Gilda, à minha sogra, Mariângela, ao meu sogro, Walter e à Dna. Ida, que sempre me incentivaram e colaboraram muito cuidando das minhas pequenas com amor e carinho nos momentos de minha ausência. AGRADECIMENTOS À Prfa. Dra. Leila Barbara, pela orientação, atenção, incentivo e acima de tudo por ter acreditado que este trabalho se realizaria. À Prfa. Dra. Maria Cecília Camargo Magalhães, pelo apoio, pelas indicações bibliográficas, pela contribuição no exame de qualificação e por ter me mostrado o caminho e a importância do ensino colaborativo. À Maria do Carmo Martins Fontes, pela maravilhosa contribuição no exame de qualificação. Aos professores do LAEL, que sempre contribuíram para meu crescimento intelectual, em especial ao Prof. Dr. João Telles, pelo respeito ao ser humano, por ter me ajudado a descobrir muitas coisas com relação a minha vida e por permitir que eu percebesse que o profissional é um ser inteiro e não apenas um pedaço de um ser. Ao Waltinho, por seu amor, por seu apoio incondicional, por ter suportado minhas angústias e depressões em muitos momentos e sempre ter me incentivado a continuar. À minha amiga Alzira, pela amizade, pelo apoio, pelas várias leituras e comentários sobre o trabalho sempre com o intuito de ajudar e me fazer crescer, pelo companheirismo no decorrer desta trajetória muitas vezes difícil e por sempre me lembrar da existência e importância do lado espiritual. À minha amiga Patrícia, pelo apoio, companheirismo, bom humor e pela bela amizade que cresceu entre nós. À minha amiga Maraísa que, mesmo sem entender muito do trabalho, sempre me emprestou seus ombros para eu me desabafar, me ouvindo e incentivando, e pela torcida sincera de que este trabalho seria concluído. Ao Orlando, pela revisão deste trabalho e pelo companheirismo no decorrer do curso de pós graduação. À Márcia e à Maria Lúcia, pelo carinho e consideração que sempre demostraram não só com relação a minha pessoa, mas também pelo respeito ao trabalho de pesquisa. Aos meus colegas do LAEL que de uma forma ou de outra contribuíram com esse trabalho. Ao CnPQ, pelo apoio financeiro. A todos que acreditaram em meu trabalho, muito obrigada! ÍNDICE Introdução 001 ................................................................................................................... Capítulo 1 - Fundamentação Teórica 005 ....................................................................... 1.1 Teorias de ensino-aprendizagem de LE 006 ................................................................ 1.1.1 As hipóteses de Krashen 008 .............................................................................. 1.1.2 A hipótese da interlíngua de Selinker 010 ........................................................... 1.1.3 A teoria cognitivista e o uso de estratégias de aprendizagem 011 ..................... 1.2 Fundamentos da teoria vygotskiana 014 ...................................................................... 1.2.1 Desenvolvimento e aprendizagem 014 ............................................................... 1.2.2 Mediação 017 ....................................................................................................... 1.2.3 O processo de internalização 020 ........................................................................ 1.2.4 Interação e o trabalho entre pares 021 ................................................................ 1.3 Teoria bakhtiniana: algumas nuances 023 ................................................................... 1.3.1 A linguagem em Bakhtin 023 ............................................................................... 1.3.2 Enunciação 024 .................................................................................................... 1.3.3 A compreensão ativa e o enunciado 025 ............................................................ 1.3.4 Os enunciados alheios - as vozes 026 ................................................................ 1.4 Vygotsky e Bakhtin: alguns pontos em comum 027 ..................................................... 1.4.1 Linguagem, dialogia e internalização 027 ............................................................ 1.5 Modos de participação .................................................................................. 028 1.6 O jogo na sala de aula de inglês oral ............................................................ 030 1.6.1 Outros trabalhos com jogos em sala de aula de LE .......................... 031 1.6.2 O motivo e o jogo na sala de aula ...................................................... 037 1.7 Os pressupostos teóricos e as perguntas de pesquisa ........................................ 040 Capítulo 2 - Metodologia de pesquisa 042 ..................................................................... 2.1 O projeto de pesquisa inicial 042 .................................................................................