Universidade Cândido Mendes Pós-Graduação Lato Sensu Instituto a Vez Do Mestre

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Universidade Cândido Mendes Pós-Graduação Lato Sensu Instituto a Vez Do Mestre UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE AS CORES DO CRIME Por: Luciana Vicente Portugal Pereira Orientador Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE AS CORES DO CRIME Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em psicologia jurídica. Por: Luciana Vicente Portugal Pereira 3 AGRADECIMENTOS ....aos colegas de turma pelo carinho e amizade...... 4 DEDICATÓRIA .....dedico ao meu maior incentivador, meu marido, e aos meus pais pelo amor incondicional....... 5 RESUMO É instigante observarmos como as cores estão presentes e influenciam o nosso dia-a-dia. Talvez nunca tenhamos nos dado conta de sua interferência ou de seus significados. Sob um olhar mais atento, conseguiremos perceber a abrangência das cores em várias circunstâncias de nosso cotidiano, principalmente no que diz respeito ao crime no estado/cidade do Rio de Janeiro, pois se analisarmos sob a ótica das cores observaremos claramente que a história do crime organizado e de seus atores, se desenha de maneira curiosa através delas (cores). São vermelhos (Comando Vermelho), verdes (Terceiro Comando), azuis (Polícia Militar- Comando Azul), pretos (Polícia Civil, BOPE e Milícias), negros (os detentores da “cor padrão”, pela cor da pele), enfim, um mundo “paralelo” e “colorido” que está bem de baixo de nossas vistas e não percebemos. Um mundo de comandos, facções, vilões e vítimas de uma escalada impiedosamente violenta e avivada pelas cores que, provavelmente, nunca tenhamos nos interessado. É dentro deste contexto que podemos entender que as cores, nestes casos, funcionam como um importante instrumento de composição da identidade e reconhecimento daqueles que integram estas organizações, possibilitando aos seus componentes a formação de uma reconhecida individualidade, notadamente negada pelo poder público. 6 METODOLOGIA A metodologia empregada para a composição desta monografia foi a utilização basilar de pesquisas através de livros como: Cromoterapia a cor e você, do psicólogo Valcapelli; As cores de Acari, do antropólogo Marcos Alvito, além de constantes pesquisas realizadas pela internet. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Cores e significados 10 CAPÍTULO II - Facções, Cores e Crimes 21 CAPÍTULO III – Polícia e Cores 29 CAPÍTULOIV – Cor Padrão 37 CONCLUSÃO 48 BIBLIOGRAFIA 51 ANEXOS 53 ÍNDICE 57 FOLHA DE AVALIAÇÃO 59 8 INTRODUÇÃO Preto? Branco? Será assim o mundo em que vivemos? De acordo com o psicólogo, escritor, metafísico, cromoterapeuta e professor de auto-ajuda, Valcapelli, com certeza não! Vivemos num mundo multicolorido, um mundo de sensações, de diversidades culturais, raciais que transbordam numa louca profusão de cores por todos os lados. Tudo, tudo ao nosso redor é colorido, cores que saltam aos nossos olhos a todo momento. Será que nos damos conta disso? Será que realmente observamos tudo aquilo que vemos? Quais as cores do seu time de futebol? Da bandeira do seu país? De sua escola de samba preferida? E da sua pele? Dos seus cabelos? O dia-a-dia nos cega para questões que muitas vezes julgamos sem importância ou simplesmente não queremos enxergar, deixando de lado evidências quem fazem parte do nosso cotidiano inclusive na formação de nossas identidades. Toda vez que falamos em cores temos boas sensações que nos remetem, não por acaso, à beleza, à natureza, ao arco-íris, a tudo de bom que está ao nosso redor, porém nem sempre as cores estão relacionadas às coisas boas da vida. Podemos tomar como exemplo a cor preta que, na nossa cultura, está associada ao luto, a dor da perda de alguém. Outro exemplo que podemos usar é em relação a cor vermelha, que pode ser associado ao sangue, logo, à violência, principalmente se levarmos em conta o atual contexto em que estamos inseridos, onde mortes acontecem com uma assustadora “normalidade” e passividade. Através destas reflexões podemos entender que as cores estão presentes também no mundo do crime. Talvez nunca tenhamos nos dado conta dessa estreita relação entre cores e crimes, mas se observarmos com mais cuidado, notaremos que a história do crime organizado no Rio de Janeiro se desenha de maneira curiosa através delas (as cores), possibilitando um estudo de sua estrutura organizacional a partir da observação de suas “personalidades coloridas”. 9 Essa estrutura tem início nos anos 70 quando presos da Ilha Grande fundam a famosa FALANGE VERMELHA, (hoje COMANDO VERMELHO) dando o ponta- pé inicial para a consolidação do modelo atual, onde podemos encontrar várias outras organizações (ou facções) criminosas. Tendo como estopim divergências internas surgem novos comandos como o TERCEIRO COMANDO, representado pela cor verde, A.D.A. (amigos dos amigos), COMANDO VERMELHO JOVEM, entre outros pouco expressivos. Paralelo a tudo isso observamos o surgimento do COMANDO AZUL, assim denominados os policiais militares do Rio de Janeiro, fazendo referência à cor da farda que usam. Também dentro da polícia militar encontramos os “HOMENS DE PRETO”, alusão aos integrantes da tropa de elite, o famoso BOPE (Batalhão de Operações Especiais), pela cor do uniforme usado. Dentro desta “louca lógica”, verificamos, ainda, o nascimento das chamadas MILÍCIAS, formadas por policiais civis e militares, agentes penitenciários e bombeiros. Essas organizações adotaram em muitas comunidades o uso da cor preta como forma de reconhecimento e conseqüente intimidação no sentido de impor respeito (leia-se medo) na comunidade onde atuam. Em última análise e não menos importante, pelo contrário, na ponta de todo esse organismo, encontramos os atores principais desta macabra engrenagem, o NEGRO, leia-se COR PADRÃO, predominante. Quando, mais uma vez temos a chance de observarmos o desenho traçado pela ótica das cores! Na opinião de Valcapelli, grande estudioso do mundo das cores, elas exercem grande influência na vida das pessoas desde a parte psicológica até a saúde física. Ele acredita que através do uso das cores podemos encontrar a cura para diversos males ressaltando, porém, que o uso indiscriminado delas poderá produzir efeitos contrários a saúde física e mental. Serão estes efeitos diversos que abordaremos. 10 CAPÍTULO I CORES E SIGNIFICADOS São inúmeros os significados das cores, principalmente se levarmos em conta suas possibilidades terapêuticas dentro de um contexto da medicina alternativa cada vez mais procurada e respeitada. Será dentro desta ótica que vamos tentar compreender os padrões de influências comportamentais da psique humana na utilização das cores. As cores representam um papel de maior importância para a vida humana, mesmo não percebendo, essa influência existe e atua vivamente em nosso físico, mental, e emocional. Enquanto algumas cores tem efeito deprimente, outras despertam alegria, algumas tristeza e outras excitam as atividades motoras. A verdade é que cada cor e cada tonalidade desperta em nós alguma reação, quer física, emocional ou psicológica. (Valcapelli, 2000, p. 15, 16). 1.1 - Vermelho No dicionário seu significado aparece como: (substantivo masculino), 1 a cor do sangue. 2 Que é dessa cor (bandeira vermelha). De acordo com Valcapelli (2000), o vermelho possui uma onda de freqüência vibracional que mais se aproxima da matéria, sendo assim, considerada a cor relacionada ao mundo físico, causa-nos uma sensação puramente física e ambientalista. Relaciona-se com as experiências humanas ligadas às pessoas com que convivemos e com o meio ambiente que participamos. O vermelho desperta nas pessoas o poder sobre o ambiente, criando condições de controle sobre as coisas ou situações da vida. É exatamente no campo da matéria que se desenrola a experiência humana e encontramos no vermelho as condições adequadas para vivenciá-la. 11 Esta cor proporciona as condições básicas necessárias para a vida, o que se traduz por vitalidade física. É capaz de trazer e manter a pessoa em contato com a realidade física, fazendo-a sentir-se centrada no “aqui agora” e com total domínio das situações. É por isso que o vermelho é considerado a cor do poder sobre o ambiente e o controle das situações. Por ser uma cor capaz de trazer a pessoa para o presente e proporcionar estímulo e vitalidade, induz a pessoa à ação, para realizar e concretizar projetos, dominando e manipulando as situações que envolvem o mundo físico. É a cor que faz emergir em nós força, garra e coragem, dando condições de desempenharmos as funções que fazem parte do nosso cotidiano. O vermelho é a cor que nos proporciona o prazer que sentimos na vida e que gera a vitalidade necessária para o corpo. De todas as cores, o vermelho é a mais poderosa no que diz respeito aos efeitos mentais. 1.1.1 – Aspectos Psicológicos do vermelho Em seu estudo, Valcapelli traça os efeitos psicológicos produzidos pelas cores, aqui, especificamente, abordaremos esses efeitos a partir da cor em foco. O vermelho produz uma forte sensação de estar presente no “agora”, desperta a sensação de poder, consciência física, vontade e sexualidade. Estimula a auto-estima recupera a consciência de si próprio, estimulando a criatividade. Cor apaixonante, sensual, chamativa, agradável e extrovertida. Sua tendência é estimular os comportamentos externos e, ainda estimula a praticidade e a objetividade; é força de vontade e determinação necessárias para a obtenção do sucesso. Representa, ainda, saúde, fogo, sangue quente, raiva, mau humor, perigo e destruição, agindo também como elemento de irritação. 12 O excesso da cor vermelha pode provocar, segundo Valcapelli, revolta, barbarismo, violência, agressividade, paixão, vulgaridade, extroversão, alerta e bravura. 1.2 – Verde No dicionário seu significado aparece como: (substantivo masculino) 1 A cor das folhas das plantas, da relva etc. 2 A vegetação: preservar o verde. 3 Que é da cor verde (bandeiras verdes). 4 Que ainda não amadureceu (diz-se do fruto). 5 Que tem pouca experiência: assistente muito verde para o cargo. 6 Que tem frescor, viço: os verdes anos da infância. 7 Mencionar algo, propositalmente, com a intenção de colher da resposta ou comentários de interlocutor(es) alguma declaração ou maiores informações sobre o assunto.- “Jogar verde”.
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