A Festa Do Divino Em Viana No Século Xxi: Memórias Afetivas Na Construção De Uma Açorianidade Capixaba
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA FABIENE PASSAMANI MARIANO A FESTA DO DIVINO EM VIANA NO SÉCULO XXI: MEMÓRIAS AFETIVAS NA CONSTRUÇÃO DE UMA AÇORIANIDADE CAPIXABA VITÓRIA 2019 FABIENE PASSAMANI MARIANO A FESTA DO DIVINO EM VIANA NO SÉCULO XXI: MEMÓRIAS AFETIVAS NA CONSTRUÇÃO DE UMA AÇORIANIDADE CAPIXABA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em História, na área de concentração História Social das Relações Políticas. Orientadora: Prof. Dra. Maria Cristina Dadalto VITÓRIA 2019 FABIENE PASSAMANI MARIANO A FESTA DO DIVINO EM VIANA NO SÉCULO XXI: MEMÓRIAS AFETIVAS NA CONSTRUÇÃO DE UMA AÇORIANIDADE CAPIXABA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em História, na área de concentração História Social das Relações Políticas. Aprovada em 18 de dezembro de 2019 COMISSÃO EXAMINADORA: __________________________________________________ Prof. Dra. Maria Cristina Dadalto Universidade Federal do Espírito Santo (Orientadora) _________________________________________________ Prof. Dra. Renata Siuda-Ambroziak (Coorientadora) University of Warsaw __________________________________________________ Prof. Dr. Aparecido José Cirillo (Membro Titular Externo) Universidade Federal do Espírito Santo __________________________________________________ Prof. Dr. João Aires de Freitas Leal (Membro Titular Externo) Universidade Nova de Lisboa __________________________________________________ Prof. Dr. Sebastião Pimentel Franco (Membro Titular Interno) Universidade Federal do Espírito Santo __________________________________________________ Prof. Dr. Sérgio Luiz Marlow (Membro Titular Interno) Universidade Federal do Espírito Santo Dedico esta tese à minha avó, Maria Joacila Vieira Furtado, eterno amor e razão da minha saudade diária. AGRADECIMENTOS Agradecer é, sem dúvidas, uma das atitudes mais nobres da condição humana. Talvez, por isso, seja tão difícil (porém, necessário) transformar em palavras os sentimentos que nutrimos por aqueles que tornam mais amena a caminhada rumo aos nossos objetivos. Neste exercício, tentarei expressar a minha gratidão a todos que, de alguma forma, contribuíram para que eu chegasse até aqui. Começarei com um agradecimento de ordem espiritual: ao Divino Espírito Santo – objeto central desta pesquisa. Sou grata pela oportunidade de vivenciar essa tumultuada, contudo valorosa, experiência como pessoa e pesquisadora. Nos momentos em que a vontade de desistir batia forte, Seu amor me revigorava com as forças suficientes para contornar os obstáculos e seguir em frente. Aos meus pais Gil e Ednéa e ao meu irmão Gilvan, agradeço por me sustentarem com amor e incentivo. Desde pequena, em tudo que decidi fazer na vida, vocês sempre me apoiaram incondicionalmente e disso eu nunca me esquecerei. Muito obrigada! Eu amo vocês! Ao meu marido Marcelo e ao meu filho Caio, agradeço o amor, o companheirismo, a torcida, a paciência. Amo vocês e sou muito grata por tê-los em minha vida. Sei que estive muito ausente durante esses anos de doutorado e agora prometo que estaremos bem juntinhos, curtindo a vida. Essa vitória é nossa. Vamos comemorar! Também não posso esquecer dos meus filhos (de quatro patas) Marrone e Leona, que me acompanharam nos estudos por tantos dias, noites e madrugadas a fio... nem sei como retribuir todo esse amor. Ainda no âmbito familiar, tenho muito a agradecer pelo apoio e carinho que recebi de alguns querid@s que não posso deixar de mencionar aqui. Minha gratidão aos tios João Luiz e Lucimara, José Carlos e Regina, Uilson, Denise, Mauro, Marco e Ana, Felícia e à tia-avó Ozita. Sou grata também aos primos João Carlos e Rodolfo, Thaís e André, Dailse, Déa, Luciene, Melissa... e às “cunhas” Larice, Márcia e Martha. Além disso, não poderia deixar de citar as “meninas” Marinalva e Silvane (Baiana) pelo cuidado com os “bastidores”, deixando tudo ajeitadinho, melhorando meu conforto durante os estudos e me ajudando a cuidar dos pets. Agradeço a todos o carinho, as orações e a torcida de sempre. Enfim, deu tudo certo e vocês também fazem parte desta conquista. À minha orientadora Maria Cristina Dadalto, obrigada por topar esse desafio comigo. Desse convívio, levarei ótimas recordações e sólidos ensinamentos, principalmente aqueles que me fizeram acreditar no meu potencial quando nem eu mesma acreditava. Sua generosidade e seu respeito me fizeram dar conta do recado, apesar de muitas vezes eu achar que não daria. Agradeço sua paciência, sua parceria, e espero que este trabalho seja apenas as primeiras linhas de uma linda história de amizade que começa a ser escrita. À minha coorientadora Renata Siuda-Ambroziak, obrigada por sua valiosa colaboração nesta tese. Mesmo com poucos contatos pessoais, suas análises chegaram num excelente momento para enriquecer o diálogo e nos ajudaram a perceber a Festa do Divino Espírito Santo sob uma nova perspectiva. Que esta parceria estabelecida entre a Universidade Federal do Espírito Santo e a Universidade de Varsóvia cresça e floresça e, dessa forma, possamos nos reencontrar muitas vezes. Aos professores que participaram da minha banca de qualificação, Aparecido José Cirillo (que carinhosamente acompanha minha trajetória desde os tempos de Centro de Artes) e Sebastião Franco Pimentel (meu primeiro orientador na História, quem me incentivou e ajudou a construir o projeto de pesquisa deste doutorado), pelas significativas contribuições, minha sincera gratidão. A todos os membros da banca de defesa, agradeço por aceitarem participar desse momento tão importante da minha vida acadêmica. Ao Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS), agradeço a acolhida, os ensinamentos, as trocas. Assim, externo minha gratidão a todos os professores, aos colegas de curso (destacando, entre eles, a querida Dinorah Rubim, que se tornou amiga de trabalho e de vida) e, por último, mas não menos importantes, aos prestativos funcionários da Secretaria, Filipe Luppi Moreira e Michely Almeida. Aos amigos pesquisadores do Laboratório de Estudos do Movimento Migratório (LEMM), agradeço a parceria, o aprendizado e a energia compartilhada. É sempre um prazer estar junto de vocês! Entretanto, peço licença para fazer um agradecimento especial àqueles que, em diferentes momentos, me ajudaram na “gestação” desta tese: Bianca Pavan, Cione Raasch, Maria Rita e Sérgio Marlow. Esses amigos literalmente me “suportaram” e me acolheram enquanto a professora Maria Cristina esteve na Itália! Ao Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Campus Guarapari, agradeço pela concessão da licença para conclusão deste curso de Doutorado, tempo este em que foi possível me dedicar exclusivamente à pesquisa. Estendo também meus sinceros agradecimentos aos colegas de trabalho e ex-alunos pelas trocas, incentivos e contribuições ao meu desenvolvimento profissional e pessoal. Ao Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES), pelo profissionalismo e pela presteza que sempre dispensaram ao atendimento das demandas levantadas por esta pesquisa. Agradeço especialmente aos servidores Ivana Araújo e Tiago de Matos Alves e. Aos membros da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em especial aos integrantes da comunidade matriz; aos padres Adenilson Schimidt e Luís Oggioni; aos integrantes da família Balestrero de Oliveira e da família Carvalho Cavati e aos demais depoentes, que compartilharam comigo suas histórias, possibilitando a construção de um trabalho carregado de memórias e afetividades. Aos amigos que deixei de lado durante esses quase cinco anos para me dedicar à pesquisa, obrigada pelo carinho, pela torcida e pela espera. Finalmente estou disponível novamente... “bora” celebrar com a doutora Fabi?! RESUMO O início do século XIX foi um período de intensas mudanças políticas, econômicas e socioculturais para a Capitania do Espírito Santo, decorrentes de uma nova mentalidade de desenvolvimento da Colônia, surgida após a vinda da família Real Portuguesa para o Brasil. Com essa nova perspectiva, o Espírito Santo se despontou no cenário nacional e, em 1813, foi fundada a Colônia Agrícola de Viana, com a instalação de imigrantes portugueses naturais das Ilhas dos Açores. As famílias açorianas, além de buscarem sucesso econômico e social, também trouxeram suas bagagens culturais e entre elas se destaca o objeto de estudos desta tese: a Festa do Divino Espírito Santo. A Festa do Divino, assim como é chamada, ocorre em Viana desde o ano de 1817 - mesmo ano da inauguração da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Trata-se de uma Festa bicentenária, carregada de simbolismos materiais e imateriais, que conserva em sua estrutura o script ritual, semelhante ao que ainda ocorre nos Açores, entretanto, mantendo algumas características próprias da cultura local. Neste estudo, revisitamos o contexto histórico da chegada dos açorianos, bem como de sua fixação à Capitania do Espírito Santo; o surgimento da Festa em Portugal; o modo como a Festa é realizada nos Açores; a difusão da Festa nos países da América do Norte e no Brasil e, finalmente, a Festa em Viana, analisada a partir de documentos escritos, fotografias, narrativas e observação participante durante o preparo e a realização das edições da Festa acompanhadas no século XXI. Palavras-chave: Festa do