Em Briga De Marido E Mulher... Representações Da Violência Doméstica Na Telenovela O Outro Lado Do Paraíso E Valores Da

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Em Briga De Marido E Mulher... Representações Da Violência Doméstica Na Telenovela O Outro Lado Do Paraíso E Valores Da Danielle Silva Peixoto Em briga de marido e mulher... Representações da violência doméstica na telenovela O Outro Lado do Paraíso e valores da sociedade brasileira contemporânea Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Março de 2020 Danielle Silva Peixoto Em briga de marido e mulher... Representações da violência doméstica na telenovela O Outro Lado do Paraíso e valores da sociedade brasileira contemporânea Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Comunicação Social. Área de Concentração: Comunicação e Sociabilidade Contemporânea Linha de pesquisa: Processos Comunicativos e Práticas Sociais Orientadora: Prof.ª. Drª. Paula Guimarães Simões Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Março de 2020 A Deus e à minha família, pois sem eles nada disso faria sentido. Em especial, às mulheres da minha vida. Elas me inspiram e me motivam a lutar por um mundo melhor para todxs nós, como iguais. Agradecimentos A gratidão é um ato de reconhecimento, praticado com amor. É ação. Ação transformadora; de nós mesmos e, potencialmente, do outro, a quem somos gratos. Ela nos coloca em situação de olhar para nossas experiências e para aqueles que viveram conosco, para retribuir a eles esse estado de gratidão. Hoje é isso o que desejo fazer: agradecer. Agradeço, primeiramente, a Deus, que me mostrou a hora de voltar e lutar, me fortalecendo durante a caminhada. Não há palavras para descrever o quão importante essa experiência foi e como cresci e me fortaleci como profissional, como mulher e como ser humano. Esse é um caminho ascendente e sem volta, de conhecimento e autoconhecimento. A Paula, minha querida orientadora e professora, pela disponibilidade, pela orientação cuidadosa e pela parceria em cada uma das etapas, além dos conselhos, especialmente nos momentos das grandes dúvidas e inseguranças. Profissional impecável, professora dedicada, você se tornou uma inspiração para mim. Você fez despertar novamente o desejo de seguir o caminho da pesquisa e da docência. Me deu a oportunidade de estágio docente, onde pude ter certeza que conhecimento é fonte que não esgota. Por tudo isso (e mais), eu agradeço por estes dois anos de experiências e aprendizados intensos. A Regiane e Lígia, pela leitura cuidadosa e pelas ricas contribuições no Exame de Qualificação, o que certamente deixou marcas em meu trabalho. Minha gratidão. Aos professores, amigos e colegas do Gris, grupo de pesquisa onde pude apreender conhecimentos transformadores. A Vera, pela paciência e pelo carinho ao doar seu conhecimento durante nossas discussões mensais e por aceitar nosso convite para a defesa. Aos colegas griseiros, pelas trocas acadêmicas e por doarem suas visões de mundo, além das risadas: Leticia, Fernanda, Afonso, Gáudio, Malu, Pedro, Mayra, Cecília, Chloé, Maíra, Paulo, Mariana, Bárbara, Lucianna, Raquel e Vívian. Aos colegas do mestrado, que apesar do tempo ágil, sempre estiveram presentes e contribuíram para uma caminhada menos solitária. Em especial, a Bruna, Pablo, Maiara, Dôuglas, Duda e Iasminny, pelas trocas e produções. À UFMG e ao corpo docente do PPGCom, pela partilha de conhecimentos e incentivo para os próximos passos. Em especial a Simone Rocha, Márcio Simeone, Regiane Garcêz, Geane Alzamora e Ângela Marques. À Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável por promover oportunidades para a capacitação dos servidores. Aos meus colegas de trabalho pelo apoio, em especial, Inês, João Márcio, Daniela, Maria José, Jadir, Patrícia, Viviane, Marcelo, Milene, Valquiria, Kelly e Filipe. A Pâmela, por ter sido a primeira a me acolher nas minhas dúvidas para entrar no programa de mestrado e me guiar nesses primeiros passos. Dedicada e disponível, ajudou a uma “estranha” pelo simples prazer de emancipar mentes. Minha eterna gratidão pela sua ajuda. Você foi fundamental nessa caminhada. À minha família (meus irmãos Dhiampool, Dhiancarlo, meus afilhados Allana e Thor) por me apoiar, por compreender a minha ausência em determinados momentos, mas acima de tudo por me suportarem e estarem comigo na caminhada. Em especial às mulheres da minha vida pelo amor e companheirismo: à minha mãe, Renilde, por ser minha inspiração, como mulher, por me mostrar que emancipação é uma escolha possível de se fazer e que nenhuma amarra pode nos colocar limite para a realização de um sonho; como mãe, corajosa e forte em sua carreira solo na maternidade, doando exemplo e amor, e me incentivando a estudar na certeza de que a educação é um dos únicos patrimônios que ninguém pode nos tomar; como profissional responsável e comprometida, sempre me fez acreditar que eu poderia realizar e ser o que eu desejasse, com muita dedicação, responsabilidade e honestidade. Desde criança eu já era feminista e não sabia! A ela eu agradeço e dou amor. À minha irmã e (alma) gêmea, Danilla, por ser exemplo de positividade, amor incondicional e por sempre me ajudar a ver o lado bom. Por acolher, com carinho e sabedoria, minhas angústias, minhas frustrações, minhas lágrimas, meus medos, mas também a minha felicidade, minha excitação, meu alívio e por viver comigo cada pequena e íntima fase do mestrado, por fazer parte da minha vida e de mim. É também por elxs que eu penso em um mundo mais justo e igualitário. Aos queridxs amigxs, Mariana (minha mana), Thais, Nath e Tiago, pelo apoio e acolhimento, e a Fernanda (minha migs) por, além de me apoiar, ser também responsável por me tirar da frente do computador, sendo minha principal companhia nas horas do “necessário lazer”. A todxs a minha gratidão! Triste, louca ou má Será qualificada Ela quem recusar Seguir receita tal A receita cultural Do marido, da família Cuida, cuida da rotina Só mesmo, rejeita Bem conhecida receita Quem não sem dores Aceita que tudo deve mudar Que um homem não te define Sua casa não te define Sua carne não te define Você é seu próprio lar Eu não me vejo na palavra Fêmea, alvo de caça Conformada vítima Prefiro queimar o mapa Traçar de novo a estrada Ver cores nas cinzas E a vida reinventar E um homem não me define Minha casa não me define Minha carne não me define Eu sou meu próprio lar. Juliana Strassacapa (Banda Francisco, El Hombre) Resumo A proposta desta pesquisa é analisar as representações da violência doméstica, os valores e os papéis sociais atribuídos a mulheres e homens que emergem na telenovela O Outro Lado do Paraíso e o que revelam da sociedade brasileira contemporânea. O ponto de partida é a situação interacional que coloca mulheres e homens em um quadro de violência dentro da obra ficcional, exibida pela Rede Globo, entre 2017 e 2018, na faixa das 21 horas. Para tanto, nossa base teórica é construída a partir da discussão de conceitos como telenovela, representação, violência doméstica, questões de gênero e valores sociais, sob a ótica do campo da Comunicação. A metodologia operacionalizada é a análise da situação interativa (MENDONÇA; SIMÕES, 2012), convocando o conceito de enquadramento, proposto por Erving Goffman (2012). O recorte empírico da pesquisa é composto pelos principais acontecimentos violentos entre o casal Clara (Bianca Bin) e Gael (Sérgio Guizé), na telenovela, tomando por base três categorias para a seleção das cenas analisadas: 1) Gael apresentado como o agressor e Clara como a vítima, na primeira fase da telenovela. Neste caso, serão selecionadas as cenas em que há representação da situação de violência, conforme categoria prevista pela Lei Maria da Penha; 2) o uso estratégico da violência doméstica como teste de confiança em Gael, na segunda fase da telenovela; e 3) como a história das personagens Clara e Gael foi concluída, levando em conta o envolvimento na situação de violência. A partir da apreensão das formas de representação da violência doméstica na telenovela da Rede Globo, o trabalho procurou analisar: 1) quais quadros de sentido são acionados na representação da violência doméstica e como as personagens são posicionadas na situação interativa; 2) partindo desses sentidos, como os valores e papéis sociais de mulheres e homens emergem a partir da representação da violência; 3) e quais os traços presentes nessas representações que apontam para a experiência do sujeito em face dessa violência na sociedade brasileira contemporânea. A análise revelou que a telenovela representou, ao longo da telenovela, os cinco tipos de violência doméstica categorizados pela Lei Maria da Penha. Contudo, em razão dos limites da representação deste formato televisivo, apenas a violência física foi enquadrada de maneira explícita como violência doméstica e familiar. Quanto aos demais tipos de violência doméstica (sexual, psicológica, patrimonial e moral), pudemos perceber que foram tratados, muitas vezes, como recurso para compor a narrativa. Consideramos que essa representação limitada apresenta como risco o reforço da ideia presente no senso comum: apenas mulheres espancadas são vítimas de violência doméstica. Outros achados, ligados aos valores e papéis sociais de homens e mulheres presentes na obra demonstram que, muitas vezes, a telenovela acaba por reforçar valores e papéis de gênero tradicionais, como a virilidade, possessividade e agressividade do homem em contraposição à submissão, inocência e domesticidade femininas. Assim, podemos afirmar que a telenovela O Outro Lado do Paraíso ao mesmo tempo em que traz à luz a violência doméstica e familiar contra a mulher, tema importante de ser abordado e debatido na cena pública, também recorre a representações tradicionais dos sentidos das relações de gênero, que confinam a mulher à subordinação e à dependência masculina, assim como à realização feminina através casamento. Palavras-chave: representação; telenovela; violência doméstica; valores e papéis sociais. Abstract The purpose of this research is to analyze the representations of domestic violence, values and social roles attributed to women and men which emerge in the closed soap opera O Outro Lado do Paraíso as well as what they reveal about contemporary Brazilian society.
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