André Nemi Conforte a ESFINGE CLARA EM PROSA

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André Nemi Conforte a ESFINGE CLARA EM PROSA Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidade Instituto de Letras s André Nemi Conforte A ESFINGE CLARA EM PROSA MODERNA A contribuição de Othon Moacyr Garcia aos estudos linguísticos, textuais e literários Rio de Janeiro 2011 André Nemi Conforte A ESFINGE CLARA EM PROSA MODERNA A contribuição de Othon Moacyr Garcia aos estudos linguísticos, textuais e literários Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós- Graduação em Letras, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de Concentração: em Língua Portuguesa. Orientador: Prof. Dr. André Crim Valente Rio de Janeiro 2011 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/CEHB G216 Conforte, André Nemi A esfinge clara em prosa moderna: a contribuição de Othon Moacyr Garcia aos estudos linguísticos, textuais e literários / André Nemi Conforte. - 2011. 260 f. Orientador: André Crim Valente. Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Letras. 1. Garcia, Othon M. (Othon Moacyr), 1912- - Crítica e interpretação – Teses. 2. Garcia, Othon M. (Othon Moacyr), 1912-. Comunicação em prosa moderna – Teses. 3. Literatura brasileira – História e crítica – Teses. 4. Linguística – Teses. 5. Língua portuguesa – Estilo – Teses. 6. Língua portuguesa – Gramática – Teses. I. Valente, André Crim. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Letras. III. Título. CDU 869.0(81)-95:806.90-085 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese, desde que citada a fonte. __________________________ __________________ Assinatura Data André Nemi Conforte A ESFINGE CLARA EM PROSA MODERNA A contribuição de Othon Moacyr Garcia aos estudos linguísticos, textuais e literários Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós- Graduação em Letras, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de Concentração: em Língua Portuguesa. Aprovado em 25 de março de 2011. Banca Examinadora: ______________________________________________________ Prof. Dr. André Crim Valente (Orientador) Instituto de Letras da UERJ ______________________________________________________ Prof. Dr. José Carlos de Azeredo Instituto de Letras da UERJ ______________________________________________________ Prof. Dr. João Baptista M. Vargens Instituto de Letras da UERJ ______________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Eduardo Falcão Uchôa Instituto de Letras da UFF ______________________________________________________ Prof. Dr. Godofredo de Oliveira Neto Faculdade de Letras da UFRJ Rio de Janeiro 2011 DEDICATÓRIA A meus pais. A meus irmãos. A minha madrinha Marly. A Carolina da Costa Santos – Carol. À memória de Othon Moacyr Garcia. AGRADECIMENTOS Antes que tudo, o meu orientador, Prof. Dr. André Valente, por todo o apoio incondicional, desde a graduação, passando pelo Mestrado, até o fim desse longo Doutorado. Sem seu voto de confiança, seus livros, seus ensinamentos e sua amizade, eu jamais teria chegado até aqui. A Eduardo Amorim Garcia, filho carnal e intelectual do Professor Othon, pelo apoio irrestrito e incansável às minhas pesquisas, e, principalmente, pela paciência com tanta curiosidade. Esta tese seria impossível sem sua ajuda e gentileza, que estendo a sua esposa Maria Cristina. Obrigado por deixarem a casa sempre de portas abertas para este então. Espero poder honrar a memória de seu pai e sogro à altura da missão a mim (por mim mesmo!) confiada. Ao grupo de estudos sobre Comunicação em prosa moderna, por mim formado junto a brilhantes alunos de graduação da UERJ: Carol, Ingrid, Igor, Roberto e Clara (& Pedro). Saibam que seus insights gerados na sala do setor de Língua Portuguesa foram fundamentais para toda a primeira parte do trabalho que aqui se apresenta. Aos professores José Carlos de Azeredo e Helênio de Oliveira, prata da casa, não só pelas sugestões importantíssimas quando do exame de qualificação, mas também por todas as valiosas conversas, que muito me ensinaram, nas salas e corredores do instituto. Se você a verve estima, essa afronta à poesia. talvez tenha paciência Ele é só redondilheiro, (essa esperança me anima) quer dizer, bardo barbeiro, pra ler com tanta benevolência que a ser vate não aspira. os exercícios de rima Versejador que delira ou de versificação, à procura de uma rima só de rima-puxa-rima, no prestante Costa Lima, que, empilhadas aí vão, só tolice em versos verte da autoria dum pateta (e com isso se diverte). (o que ele escreve me afeta) Ademais, é meio gira um pateta que pertence (pra não dizer que é senil), à tola camada do ego: pois mistura farsa e lira é o escrevinhador circense e comete a Farsilira, que eu, como tara carrego. pacotilha de seis mil São rimas irreverentes – uff! – frívolas redondilhas, - algumas até chocantes. dispostas todas em “pilhas”, Mas várias são inocentes, que um leitor, com simpatia, ingênuas e quase líricas com bondade e cortesia, (ou são só paulificantes?). diria serem poemas, Inúmeras são satíricas; como se fossem poesia. mas sátira, sendo humor Mas não! são só estratagemas em versos, será poesia? duma versoterapia “Há uma grande diferença”, que, em joco-sérios lexemas, certamente ensinaria sememas ou semantemas qualquer velho professor. (ou será que são só semas?) Portanto, será uma ofensa de tensões o alivia – ao dito escrevinhador – de tensões e de dilemas, pensar alguém que ele pensa, driblando muitos problemas endoidado, que é poeta. do seu turvo dia a dia. Longe dele essa ousadia, essa sandice completa, Othon Moacyr Garcia. (VERSOTERAPIA – Epístola de introdução dirigida a um leitor hipotético. Redondilhas de caçoada. Farsilira, p. 13. Ed. Sette Letras, 1997). RESUMO CONFORTE, André N. A esfinge clara em prosa moderna: a contribuição de Othon Moacyr Garcia aos estudos linguísticos, textuais e literários. 2011. 255 f. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa ) - Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. Esta tese tem por objetivo avaliar a contribuição, a nosso ver pioneira, de Othon Moacyr Garcia para os estudos linguísticos, textuais e literários no Brasil. A primeira parte de nosso estudo se concentrará nas principais contribuições dadas pelo livro Comunicação em prosa moderna, cuja primeira edição data de 1967; a segunda parte estudará sua contribuição à crítica literária brasileira, por meio de seus ensaios estilísticos; a terceira parte consistirá num resumo de sua obra dispersa, e a quarta parte também será um resumo das cartas que recebeu e enviou em sua correspondência com escritores e estudiosos da língua e da literatura. Palavras – chaves: Othon Moacyr Garcia. Comunicação em prosa moderna. Linguística do Texto. Crítica Literária. Análise Estilística. ABSTRACT This work aims at evaluating Othon Moacyr Garcia’s pioneering contribution to linguistic, textual and literary studies in Brazil. The first part of our study will concentrate on his Comunicação em prosa moderna, first edited in 1967; the second part will focus on his contribution to literary criticism through his stylistic essays; the third part consists of a summary of his dispersed works, and the fourth part will be a summary of the letters he received and sent in his correspondence with writers and scholars. Key Words: Othon Moacyr Garcia. Comunicação em prosa moderna;. Linguística do Texto. Crítica Literária. Análise Estilística. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 12 1 PRIMEIRA PARTE: COMUNICAÇÃO EM PROSA MODERNA 22 1.1 Othon M. Garcia e a tradição gramatical 22 1.1.1 Othon M. Garcia e a gramática gerativa 27 1.2 CPM e a Linguística Textual 29 2 A FRASE 32 2.1 Estrutura sintática da frase: frase, período, oração 32 2.2 Frase, gramaticalidade e inteligibilidade 34 2.3 Os processos sintáticos 37 2.4 A correlação 45 2.5 A justaposição 48 2.6 Paralelismo 55 2.7 As circunstâncias e os conectivos 59 2.8 O aspecto 64 2.9 A metáfora 68 2.9.1 Outras distinções: imagem e catacrese 71 2.9.2 Da extensão da metáfora 73 2.10 O discurso relatado 74 3 O VOCABULÁRIO 79 3.1 Palavras e ideias 79 3.2 Polissemia contexto, e polarização 84 4 O PARÁGRAFO 86 4.1 Tópico frasal 86 5 “APRENDER A ESCREVER É APRENDER A PENSAR” 90 PLANEJAMENTO - OS “MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO 6 95 DISCURSO” 6.1 A descrição 95 6.2 A narração 99 6.3 A argumentação 101 6.3.1 A argumentação e a dissertação 104 6.3.2 A estrutura da argumentação 105 6.3.3 A argumentação e a lógica 107 6.3.4 A concordância parcial e a concessão 109 7 SEGUNDA PARTE: ESFINGE CLARA E OUTROS ENIGMAS 112 7.1. Othon M. Garcia e a análise estilística 112 7.1.1 A crítica literária em meados do século XX: polêmicas 113 7.1.2 Uma abordagem linguística do texto literário 117 7.1.3 A importância do elemento lexical 119 8 ESFINGE CLARA: PALAVRA-PUXA-PALAVRA EM C.D.A 121 9 LUZ E FOGO NO LIRISMO DE GONÇALVES DIAS 128 10 A JANELA E A PAISAGEM NA OBRA DE AUGUSTO MEYER 135 A PÁGINA BRANCA E O DESERTO. LUTA PELA EXPRESSÃO EM 11 136 J.C.M.N 11.1 O léxico cabralino 144 OUTROS ENSAIOS ESTILÍSTICOS: RAUL BOPP E CECÍLIA 12 147 MEIRELES 13 TERCEIRA PARTE: DISPERSOS 156 13.1 Introdução 156 14 REVISTA O PROGRESSO 158 15 MACHADO DE ASSIS E A INFLUÊNCIA INGLESA 160 16 PUBLICAÇÕES NO INSTITUTO BRASIL-ESTADOS UNIDOS 163 17 SOBRE A POESIA DE MAURO MOTTA 168 18 JOÃO TERNURA, DE ANÍBAL MACHADO 171 19 CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA 172 20 FRASE CAÓTICA E FLUXO DE CONSCIÊNCIA 174 21 SOCIOLOGISMO E IMAGINAÇÃO NO ROMANCE BRASILEIRO 175 22 QUARTA PARTE: CARTAS 178 22.1 Introdução 178 23 CARTAS RECEBIDAS 179 23.1 Ivan Junqueira 179 23.2 José Paulo Paes 179 23.3 Paulo Rónai 181 23.4 Raul Bopp 182 23.5 Rocha Lima 183 23.6 Cassiano Ricardo 186 23.7 Gilberto Mendonça Teles 188 23.8 Haroldo de Campos 189 23.9 João Cabral de Melo Neto 189 24 CARTAS ENVIADAS 192 24.1 Fundação Getúlio Vargas 192 24.2 Jesus Bello Galvão 192 24.3 Assis Brasil 194 24.4 Evanildo Bechara 195 24.5 Autran Dourado 195 25 CONCLUSÃO 197 REFERÊNCIAS 199 ANEXO A 211 ANEXO B - Biobibliografia de Othon M.
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