Estudos Históricos Corporativismo E Neocorporativismo
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estudos históricos EH 64 Corporativismo e neocorporativismo ISSN 2178-1494 Estudos Históricos, volume 31, número 64, mai.-ago. de 2018. Rio de Janeiro: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas, 1988 Quadrimestral Resumos em português, inglês e espanhol Editada e distribuída pela Editora Fundação Getulio Vargas ISSN: 2178-1494. 1. História 2. Historiografia 3. Periódicos 4. Ciências Sociais 5. Economia e Sociedade. I – : Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas CDD 981.005 CDU 981(051) E-mail: [email protected] Endereço na internet: http://www.fgv.br/cpdoc/revista Endereço postal: Fundação Getulio Vargas/CPDOC Secretaria da Revista Estudos Históricos Praia de Botafogo, 190, 14º andar, Rio de Janeiro 22.523-900 RJ estudos históricos 64|Corporativismo e neocorporativismo HRio de Janeiro, vol. 31, no 64, P. 125-319, maio-agosto 2018 Sumário CORPORATIVISMO E NEOCORPORATIVISMO |129 CORPORATISM AND NEOCORPORATISM CORPORATIVISMO Y NEOCORPORATIVISMO Angela Moreira Domingues da Silva, Marco Aurélio Vannucchi e Paulo Fontes Artigos LA REPRESENTACIÓN POLÍTICA EN ESPAÑA DURANTE LA DICTADURA DE PRIMO DE RIVERA |131 A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NA ESPANHA DURANTE A DITADURA DE PRIMO DE RIVERA POLITICAL REPRESENTATION IN SPAIN DURING THE DICTATORSHIP OF PRIMO DE RIVERA Miguel Ángel Giménez Martínez CORPORATISM AND THE BRITISH CONSTITUTIONAL HERITAGE: EVIDENCES FROM THE HISTORY OF IDEAS |151 O CORPORATIVISMO E O LEGADO CONSTITUCIONAL BRITÂNICO: EVIDÊNCIAS DA HISTÓRIA DAS IDEIAS EL CORPORATIVISMO Y EL LEGADO CONSTITUCIONAL BRITÁNICO: EVIDENCIAS A PARTIR DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS Valerio Torreggiani NA GÊNESE DA CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DE 1933: O IDEÁRIO CORPORATIVO E A ESTRUTURA ECONÔMICO-SOCIAL DO AUTORITARISMO PORTUGUÊS |173 IN THE GENESIS OF THE POLITICAL CONSTITUTION OF 1933: THE CORPORATE IDEOLOGY AND THE ECONOMIC-SOCIAL STRUCTURE OF PORTUGUESE AUTHORITARIANISM EN LA GÉNESIS DE LA CONSTITUCIÓN POLÍTICA DE 1933: LA IDEOLOGÍA CORPORATIVA Y LA ESTRUCTURA ECONÓMICA Y SOCIAL DEL AUTORITARISMO PORTUGUÉS Paula Borges Santos A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO “SOCIAL” NO ESTADO NOVO PORTUGUÊS: PREVIDÊNCIA CORPORATIVA E SEGUROS SOCIAIS VOLUNTÁRIOS |197 THE INSTITUCIONALIZATION OF THE “SOCIAL” IN THE PORTUGUESE NEW STATE: CORPORATIST WELFARE AND VOLUNTEER SOCIAL INSURANCES LA INSTITUCIONALIZACIÓN DEL “SOCIAL” EN LO ESTADO NUEVO PORTUGUÉS: PREVIDÊNCIA CORPORATIVA Y SEGUROS SOCIALES VOLUNTARIOS Álvaro Garrido CORPORATISM AND NEO-CORPORATISM: DEVELOPMENTS IN THE 20TH -CENTURY ITALIAN LEGAL ORDER |219 CORPORATIVISMO E NEOCORPORATIVISMO: DESENVOLVIMENTOS NA ORDEM JURÍDICA ITALIANA NO SÉCULO XX CORPORATIVISMO Y NEO-CORPORATIVISMO: DESAROLLOS EN EL ORDEN JURÍDICO ITALIANO EN EL SIGLO XX Irene Stolzi Ensaio bibliográfico CORPORATIVISMO E NEOCORPORATIVISMO | 243 CORPORATISM AND NEOCORPORATISM CORPORATIVISMO Y NEOCORPORATIVISMO Cláudia M. R. Viscardi Colaboração especial THE CONCEPT OF VOCATIONAL ORDERS IN HUNGARY BETWEEN THE TWO WORLD WARS |257 O CONCEITO DE ORGANIZAÇÕES CORPORATIVAS NA HUNGRIA ENTRE AS DUAS GUERRAS MUNDIAIS EL CONCEPTO DE ORGANIZACIONES CORPORATIVAS EN HUNGRÍA ENTRE LAS DOS GUERRAS MUNDIALES Péter Krisztián Zachar CORPORATIVISMO Y POLÍTICA SOCIAL EN ESPAÑA. ORÍGENES Y EVOLUCIÓN | 277 CORPORATIVISMO E POLÍTICA SOCIAL NA ESPANHA: ORIGEM E EVOLUÇÃO CORPORATISM AND SOCIAL POLICY IN SPAIN: ORIGIN AND DEVELOPMENT Miguel Ángel Perfecto Entrevista ENTREVISTA COM RENATO BOSCHI | 297 INTERVIEW WITH RENATO BOSCHI ENTREVISTA CON RENATO BOSCHI Concedida a Marco Aurélio Vannucchi e Marcio Grijó Vilarouca Editorial Corporativismo e neocorporativismo Corporatism and neocorporatism Corporativismo y neocorporativismo Angela Moreira Domingues da SilvaI* Marco Aurélio Vannucchi1* e Paulo FontesI* Editores urgido em meio à ampliação da participação dos setores sociais subalternos na política Se à consolidação do capitalismo industrial, o corporativismo foi apresentado por seus defensores como uma modalidade de representação de interesses e de organização societal e estatal alternativa tanto à democracia liberal quanto ao socialismo. Propondo-se garantir estabilidade social pela conciliação de classes, o corporativismo irradiou-se da Europa para o restante do mundo (e a América Latina foi-lhe um terreno fértil) nas primeiras décadas do sé- culo passado.1 Tema prestigiado pela historiografia e pela ciência política, tem conhecido, no último decênio, um interesse renovado, que tem gerado livros, artigos e eventos acadêmicos http://dx.doi.org/10.1590/S2178-14942018000200001 I Escola de CIências Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV) – Rio de Janeiro – Brasil. *Professores da Escola de CIências Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV) e Editores da Revista Estudos Históricos. ([email protected]; [email protected]; [email protected]) Estudos Históricos Rio de Janeiro, vol 31, nº 64, p. 129-130, maio-agosto 2018 129 Angela Moreira Domingues da Silva, Marco Aurélio Vannucchi e Paulo Fontes no Brasil e no exterior. Um dos traços marcantes da nova produção sobre o corporativismo é o debate sobre sua relação com regimes autoritários e democráticos. Arriscaríamos a afirmar que a posição dominante, atualmente, entre os estudiosos é de recusa de uma associação ne- cessária entre corporativismo e autoritarismo. Entre os argumentos mobilizados pelos acadê- micos que comungam de tal posição está o exemplo escandinavo, que adotou formas corpo- rativas para implementar, em um ambiente político democrático, Estados de bem-estar social. O presente número de Estudos Históricos dispõe-se, assim, a contribuir para aprofundar a reflexão em torno das experiências do corporativismo histórico (anterior à Segunda Guerra) e do neocorporativismo (posterior à Segunda Guerra) no Brasil e na Europa. No primeiro artigo da edição, Miguel Ángel Martínez investiga a introdução, por meio da Assembleia Nacional Consultiva, da representação política de inspiração corporativa na Espanha da década de 1920, durante a ditadura de Primo de Rivera. O segundo artigo, de autoria de Valerio Tor- reggiani, estuda a presença da modalidade corporativa de representação de interesses no repertório político britânico da primeira metade do século XX. Em seguida, Paula Borges dos Santos ilumina o debate em torno de soluções corporativas, nos âmbitos econômico e social, durante a elaboração da Constituição portuguesa de 1933. Álvaro Garrido também trata do corporativismo português, examinando o (frágil) aparato de seguridade social instaurado pela ditadura salazarista. Por sua vez, Irene Stolzi acompanha o corporativismo no ordenamento jurídico italiano, tanto no contexto fascista quanto no democrático dos anos 1980 e 1990. Na seção Ensaio bibliográfico, Cláudia Viscardi recenseia a produção contemporânea sobre corporativismo, em diálogo com a literatura clássica sobre o tema. Na seção Colabora- ção especial, Péter Zachar explora a elaboração de um projeto, informado parcialmente pelo ideário corporativo, de reforma social, econômica e política na Hungria do entreguerras. E Mi- guel Ángel Perfecto traça uma genealogia das propostas corporativas na Espanha, ao mesmo tempo que investiga sua implementação no país a partir da década de 1920. O número encerra-se com uma entrevista concedida a Estudos Históricos por Renato Boschi, um dos mais importantes estudiosos do corporativismo no Brasil. Referência Bibliográfica SCHMITTER, Philippe. Still the century of corporatism?. The Review of Politics, v. 36, n. 1, 1974. 130 Estudos Históricos Rio de Janeiro, vol 31, nº 64, p. 130-130, maio-agosto 2018 Artigo La representación política en España durante la dictadura de Primo de Rivera A representação política na Espanha durante a ditadura de Primo de Rivera Political representation in Spain during the dictatorship of Primo de Rivera Miguel Ángel Giménez MartínezI* http://dx.doi.org/10.1590/S2178-14942018000200002 I Universidade Autônoma de Madri – Espanha. *PhD em história pela Universidade de Castilla-la Mancha e pesquisador do programa “Juan de la Cierva” na Universida- de Autônoma de Madri. ([email protected]) Artigo recebido para publicação em 26 de junho de 2017 e aprovado para publicação em 29 de maio de 2018. Estudos Históricos Rio de Janeiro, vol 31, nº 64, p. 131-150, maio-agosto 2018 131 Miguel Ángel Giménez Martínez Resumen La dictadura de Miguel Primo de Rivera supuso el ensayo, por primera vez en España, de fórmulas representativas alejadas del modelo liberal parlamentario. La asunción de postulados corporativos, fundamentados en una concep- ción orgánica de la sociedad, permitió la creación de la Asamblea Nacional Consultiva, cuerpo llamado a colaborar en las tareas de gobierno y ofrecer una salida constitucional a la dictadura. Esta asamblea llegó a alumbrar un anteproyecto de Constitución en el que se preveían unas Cortes de tintes corporativos que, sin embargo, no llegaría a aprobarse. Combinando la exégesis de textos jurídicos, la revisión de los diarios de sesiones y el contraste con las aportaciones doctrinales, este artículo estudia la naturaleza, composición, organización y funciones de estos órga- nos, así como el papel político que desempeñaron dentro del esquema de poder de la época. Palabras clave: Corporativismo; Representación política; Parlamento; Dictadura; Primo de Rivera; España; Siglo XX. Resumo A ditadura de Miguel Primo de Rivera representou, pela primeira vez na Espanha, a implementação de fórmulas representativas distantes do modelo liberal parlamentar.