Göldi, Émil August

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Göldi, Émil August 1 GÖLDI, ÉMIL AUGUST Outros nomes e/ou títulos: Goeldi, Emílio Augusto; Goeldi, Emílio DADOS PESSOAIS Émil August Göldi (Emílio Augusto Goeldi) nasceu em Ennetbühl, distrito de Toggenburg Superior, no Cantão de Sankt Gallen (Suíça), em 28 de agosto de 1859 (GOELDI, 2006). Era o único filho de Johannes Göldi e de Margaretha Kuntz, falecida em 22 de março de 1863. Chegou no Brasil em 1880, fixando residência na região da Serra dos Órgãos, próxima à cidade de Teresópolis (província do Rio de Janeiro), onde seus compatriotas haviam fundado o núcleo da colônia alpina. Em 1889 se casou, na cidade do Rio de Janeiro, com Adelina Meyer, com quem teve sete filhos: Walther Eugenio Goeldi (1890-1960), Cornélia Goeldi (1891-1975), Leonie Goeldi (1892 -1965), Mathilde Goeldi (1894-1983), Oswaldo Goeldi (1895-1961), importante gravador e ilustrador brasileiro, e Arnaldo Goeldi (1897-1977). Émil August Göldi faleceu no dia 05 de julho de 1917, em sua residência na cidade de Berna (Suíça), vítima de um ataque cardíaco. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Émil August Göldi cursou idiomas clássicos e científicos, em 1875, na escola Untergymmasium, e em 1877 foi admitido na escola superior de Schaffhausen, ambas no Cantão de Schaffhausen (Suíça). Estudou francês na Neuenstadt Ornithological, de 1879 a 1880. Foi para Nápoles (Itália), em 1880, para estudar italiano, e no ano seguinte ingressou na Stazione Zoológica, em Nápoles, fundada por Felix Anton Dohrn (1840 -1909), onde fez estudos ornitológicos e ictiológicos. Émil August Göldi em outubro de 1881 viajou para a Alemanha onde iniciou sua formação em zoologia e anatomia em universidades de Leipzig e de Jena. Freqüentou cursos de Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834-1919) na Friedrich Schiller Universität, em Jena, e de Karl Georg Friedrich Rudolph Leuckart (1822-1898) na Universität Leipzig. Em 1882 foi assistente de Ernst Häckel no Zoological Institute, em Jena. Retornou ao Cantão de Schaffhausen, onde lecionou. Em 1884 defendeu, em Jena, sua tese de doutoramento intitulada “Ossos cranianos e região escapular da Loricaria cataphracta, Balistes capriscus e Accipenser ruthenus. Estudos anatômico-históricos -evolutivos comparados sobre a questão dos ossos revestidores”. Após seu doutoramento permaneceu em Jena, onde lecionou na Universidade local, e continuou com seus estudos sobre a fauna da América do Sul. No final do ano de 1884 foi convidado por Ladislau de Souza Mello Netto, então diretor do Museu Imperial e Nacional, para trabalhar naquela instituição, e em novembro deste ano desembarcou na cidade do Rio de Janeiro. Inicialmente foi subdiretor interino da seção de zoologia, e em fevereiro de 1885 assumiu efetivamente aquela função. Permaneceu por cinco anos no Museu Imperial e Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930) Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br) 2 Nacional, durante os quais publicou diversos artigos científicos, notas de pesquisa sobre répteis, mamíferos, aves, insetos, aranhas e crustáceos. Entre seus trabalhos de destaque naquele período estão a descrição de uma nova espécie de quelônio (Podocnemis coutinhii), de uma espécie de besouro e de espécies do inseto conhecido por “piolho branco” (SANJAD, 2005). Em 1886 Émil August Göldi recebeu do Ministério dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas a incumbência de estudar uma praga que acometia os cafezais na província do Rio de Janeiro, e assim dedicou-se também ao estudo de enfermidades na agricultura. Seus trabalhos obtiveram repercussão, tendo sido, então, convidado a colaborar com a Revista Agrícola do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, onde publicou vários artigos. Posteriormente também foi incumbido a propor medidas para o controle da praga filoxera que causava estragos nos vinhedos na província de São Paulo. Compôs, juntamente com Orville Adelbert Derby e com Amaro Ferreira das Neves Armond, do Museu Imperial e Nacional, a comissão incumbida pela organização das coleções que integrariam a mostra preparatória para a Exposição Universal, de 1889 em Paris. Em 1889 afastou-se de suas funções no Museu Imperial e Nacional, e de acordo com Nelson Sanjad as “disputas internas no Museu Nacional – por recursos, espaço e privilégios – parecem estar na origem do conflito que levou ao desligamento de Göldi e Derby da instituição, em maio de 1890” (SANJAD, 2005, p.159). Émil August Göldi permaneceu ainda na província do Rio de Janeiro, e no ano seguinte associou- se a seu sogro, Carl Eugen Meyer, em um projeto de colonização na Serra dos Órgãos, em Teresópolis (Rio de Janeiro). Os recursos, as terras e a posição de Carl Eugen Meyer na Associação de Assistência Suíça do Rio de Janeiro possibilitaram a criação da Colônia Alpina, como foi denominada. A direção da Colônia ficou a seu cargo, e ainda em 1890 viajou com seu sogro para a Suíça, para lá com prar sementes e instrumentos e obter a permissão do Conselho Federal para a Colônia Alpina. Em 1891 Émil August Göldi e sua família se estabeleceram na Colônia, a qual passou a receber em seguida inúmeros imigrantes. Posteriormente, a ocorrência de conflitos com os imigrantes e de reclamações referentes às condições de moradia e à qualidade das terras, acabou ocasionando, em 1892, o cancelamento da permissão concedida para o funcionamento da Colônia Alpina. Durante o período em que viveu na Colônia, na Serra dos Órgãos, Émil August Göldi realizou várias pesquisas e coletas de pássaros e outros animais, manteve contato com cientistas e instituições européias, e escreveu trabalhos sobre a fauna da Mata Atlântica. Nesta época estabeleceu importantes intercâmbios com a Zoological Society of London e com a British Ornitholgists` Union, e escreveu duas de suas mais conhecidas obras, “Os Mamíferos do Brasil” (1893) e “As Aves do Brasil” (1894). Foi convidado por Lauro Sodré, governador do Estado do Pará (1891-1897), para a direção do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, fundado em 1871 na cidade de Belém, o qual encontrava-se em processo de reorganização. Göldi foi nomeado diretor em 1893, e partiu para o Pará em 12 de maio de 1894. Desembarcou em Belém em 7 de junho de 1894, justamente numa época de prosperidade e valorização dos museus e da extração da borracha na Amazônia. Ambos os fatores proporcionaram mais verbas para aquela instituição, na qual Göldi desenvolveu um trabalho fundamental, fortificando a imagem de museu científico no final do século XIX. Émil August Göldi assumiu a direção do Museu Paraense de História Natural e Etnografia em 9 de junho de 1894, e em uma Carta-Circular apresentou sua proposta para o Museu. Entendia que este deveria ser um instituto direcionado para a história natural do Amazonas, um estabelecimento onde se observaria, colecionaria e divulgaria os objetos da natureza indígena (Apud SANJAD, 2005). A instituição, durante sua gestão, alcançou esse objetivo, apresentando toda a história Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930) Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br) 3 natural da região, por meio de coleções classificadas e organizadas, de conferências públicas, além de publicações da própria instituição. Publicar o Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, lançado a partir de 1894, foi uma das alternativas encontradas por Göldi para divulgar o acervo das seções de zoologia, botânica, geologia, etnologia, antropologia e arqueologia da instituição. Émil August Göldi constatando que a instituição estava situada em um espaço impróprio para seu funcionamento, na rua São João, ao lado do Liceu Paraense, requisitou uma outra área mais adequada ao funcionamento do museu. Ponderou junto ao governador do Estado que se o museu permanecesse naquele local, continuaria a ter uma existência precária. Uma vez tendo sido atendida sua solicitação, a instituição, e todo seu acervo, foi transferida para o terreno da “Rocinha”, de propriedade do coronel Bento José da Silva Santos, local onde se encontra ainda hoje. O Museu Paraense de História Natural e Etnografia , já no novo espaço, passou a contar, também, com um jardim zoológico e um horto botânico. Durante sua gestão à frente daquele museu, Émil August Göldi procurou dar mais atenção aos setores que julgava necessitados de um maior investimento. Para o setor de arqueologia, por exemplo, promoveu novas pesquisas na área e ainda incentivou uma retomada da tradição iniciada anteriormente por Domingos Soares Ferreira Penna. Defendia a idéia de que era importante que o museu fosse grandioso, direcionado para pesquisas e publicações de alto nível, e não apenas uma instituição voltada unicamente para exposições de seu acervo. Com relação ao Jardim Zoológico, localizado numa área anexa ao museu, tanto o número de coleções quanto de espécies de animais vivos triplicou durante sua administração. A população do Pará também contribuiu para a prosperidade da instituição, não apenas visitando o local, mas inclusive fazendo doações de mudas, sementes, animais vivos e mortos. Göldi dedicou uma atenção especial aos doadores do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, constantemente examinando a lista nominal destes e em agradecimento, e citando-os nos relatórios anuais da instituição, que eram encaminhados ao governador do Estado do Pará. Contudo, as doações e permutas de material científico não foram suficientes para engrandecer o acervo do museu nos termos desejados por Göldi. A instituição encontrava-se instalada em uma região tropical, de grande biodiversidade, e por tal fato, Émil August Göldi intensificou as excursões científicas para coleta de material da flora, fauna, minerais do local, dentro e fora do Estado do Pará, como também estabeleceu intercâmbios com outras instituições, nacionais e estrangeiras. As excursões oneravam os cofres do Museu, fazendo com que seu diretor tivesse que adotar verdadeiros “malabarismos” para contrabalançar os gastos. Além disso, possuía uma estrutura física ainda precária e necessitava de obras, como a construção de muros, grades, poços, gaiolas novas, etc, o que restringia ainda mais o montante de recursos para a realização de expedições científicas.
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