IMAGENS DE OTTO MARIA CARPEAUX Esboço De Biografia
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IMAGENS DE OTTO MARIA CARPEAUX Esboço de biografia IMAGENS DE OTTO MARIA CARPEAUX Esboço de biografia Tese submetida ao Programa de Pós- Graduação em História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutor em História Cultural. EDUARDO GOMES SILVA Orientadora: Profª Drª Ana Lice Brancher FLORIANÓPOLIS – SC 2015 IMAGENS DE OTTO MARIA CARPEAUX Esboço de biografia EDUARDO GOMES SILVA Tese apresentada e aprovada em sua forma final para a obtenção do título de DOUTOR EM HISTÓRIA CULTURAL Banca Examinadora: Profª Drª Ana Lice Brancher – Orientadora e presidente – UFSC Profª Drª Adriana Facina Gurgel do Amaral – UFRJ-MN Profº Drº Rogério Ivano – UEL Profª Drª Maria Teresa Santos Cunha - UDESC Profº Drº Carlos Eduardo Schmidt Capela – UFSC Profº Drº Paulo Pinheiro Machado – UFSC Profº Drº Reinaldo Lindolfo Lohn – Suplente UDESC Profª Drª Janine Gomes da Silva – Suplente - UFSC Florianópolis, 03 de agosto de 2015 A Manoel Gomes da Rocha, quem primeiro acreditou. E a Otto Maria Carpeaux, todos eles. Agradecimentos – Caminhos sugeridos, caminhos compartilhados Meus encontros em Carpeaux não ganhariam o sentido que ganharam ou talvez nem mesmo tivessem existidos se não fossem o auxílio, o incentivo e a inspiração de algumas instituições e de um incontável número de pessoas. A memória retém apenas uma parte desse grande universo, mas faço questão de estender os meus agradecimentos a todos que, de uma forma ou de outra, me inspiraram a escrever essas linhas e a torná-las inteligíveis. Por isso, sou imensamente grato ao: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de estudos, ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina pelo sólido ambiente acadêmico oferecido e às pessoas que dão anima a estas instituições, professores e técnicos administrativos responsáveis por permitir que a ideia de um ensino superior público, gratuito, de qualidade e cada vez mais abrangente seja uma realidade, a despeito de inúmeros interesses contrários. Uma das responsáveis pelo contínuo movimento de resistência em defesa do ensino público e de qualidade atende pelo nome de Ana Lice Brancher, que me concedeu a honra de tê-la como orientadora e o prazer de considerá-la uma amiga. Sou imensamente grato às suas palavras de incentivo e cobrança, sobretudo porque dirigidas em momentos certos e em dosagens precisas, e nunca me esquecerei da extrema confiança depositadas neste projeto e no seu executor. Agradeço aos professores que aceitaram compor as bancas do Exame de Qualificação e de Defesa da Tese, compartilharam suas leituras e fomentaram o bom debate. Estendo meus agradecimentos aos professores dos Programas de Pós-Graduação de História e de Literatura da UFSC, cujas disciplinas oferecidas mostraram-me, acima de tudo, caminhos possíveis. Sou especialmente grato ao Profº Adriano Duarte por ter dividido comigo parte da disciplina História do Brasil Republicano I para a realização do Estágio Docência; à Profª Maria Bernardete Ramos Flores pela delicadeza com que organizou a disciplina Teoria e Metodologia da Pesquisa Histórica II, locus primeiro para o diálogo e desenvolvimento dos projetos de Doutorado do PPGH; e ao Profº Carlos Eduardo Schmidt Capela, responsável pelo curso Arquivo e História. Experiência e Linguagem, por sua vez decisivo para a rumo que este projeto acabou tomando. “Nada sacrificar às falsas certezas do presente e nada sacrificar às duvidosas nostalgias do passado” é o que a concepção crítica e não monumental de História exige, e isso aprendi por meio da leitura delicada e da exposição apaixonada do universo benjaminiano por parte do Profº Capela. Estendo meus agradecimentos aos amigos com quem divide as incertezas e os anseios nos primeiros passos desta jornada. Em especial, aqueles que foram os meus comensais nos momentos de diálogo e confraternização, ratificando a ideia de universidade como um campo vasto, que inclui mas vai além do espaço institucional: Oscar Gallo, Ricardo Machado, Arnaldo Haas Jr., Joachin de Melo Azevedo, Lívia Neves, Douglas Arienti, Alfredo Lopes, Sandor Bringmann, Elton Costa, Elton Francisco, Sabrina Melo, Carina Sartori, Marcos Arraes e André Martinello. Na execução do projeto contei com inúmeras pessoas que têm por nobre tarefa auxiliar pesquisadores sôfregos como eu. A exemplo do corpo profissional universitário, são elas as responsáveis por fazer com que instituições de interesse público de fato cumpram este papel. Por isso, agradeço imensamente aos funcionários do setor de Arquivos Pessoais de Escritores Brasileiros da Fundação Casa de Rui Barbosa, aos funcionários do setor de obras raras da Biblioteca Mário de Andrade, aos funcionários da sala de consultas do Arquivo Nacional, da Biblioteca Fernando Tude de Souza (Rádio MEC-RJ), do Instituto Martius-Staden, do setor administrativo do cemitério São João Baptista, do setor de consultas do Centro de Documentação da Resistência Austríaca (DÖW), e aos funcionários da Biblioteca Nacional Austríaca e da Biblioteca de Estudos Históricos da Universidade de Viena. E no meio do caminho surgiu a Universidade Estadual de Londrina, pedra angular para os primeiros exercícios de docência no ensino superior e espaço privilegiado para a maturação dos dados levantados pela pesquisa então em andamento. Sou muito grato aos colegas do Departamento de História pelo acolhimento e às secretárias Celina Negrão e Fumiko Kayano pelo suporte na rotina das aulas, reuniões e eventos daquela Universidade. Mas não há rotina, departamento ou universidade sem os alunos, e àqueles com quem tive o prazer do diálogo ao longo de dois anos, em sala de aula e fora dela, dirijo um agradecimento emocionado. Em especial, aos motivados alunos da Turma Eduardo Gomes Silva (História UEL Matutino 2010-2014) que, não bastasse suportar o debut de um professor mais voluntarioso do que preparado, deram-me a honra desta homenagem imerecida mas de todo sincera e afetuosa. Transitando entre Florianópolis e Londrina por todos esses anos, foram muitas as pessoas que abriram as suas casas, tornaram suportáveis os momentos difíceis e maravilhosos os momentos alegres desta jornada. Ter pertencido a essas famílias– no sentido pleno da palavra – foi realmente decisivo, por isso registro os meus agradecimentos à Maria Carolina Braune Wiik, Olandim Fonseca Filho, Raquel Fernandes, à Alessandra, André e Pietro Wiik, Alma Ingram, Cristiano Wiik, Cleide Lungarini, Beatriz Boni, Ruth Tortorella, Maria Joana Cruz, Leila Jeolás, Claudio da Costa, „Kiko‟ Penteado Aranha, „Nenê‟ Jeolás, Celso Bezerra de Menezes, Nélio Pinheiro, Cláudia da Silva, „Pituca‟ Penteado Aranha, à Líria, Fábio e Tamires Lanza e à Evelyn Faquin. Agradeço especialmente à Beatriz Pacca pela acuidade e gentileza com que leu e revisou este trabalho – as traduções do francês incluso. Neste campo, os méritos são todos dela e os erros, quiçá estruturais, são exclusivamente meus. Agradeço também a minha „Família Silva‟, tão numerosa quanto acolhedora, e à minha família nuclear: Fátima Gomes da Rocha Silva, Adair da Silva, Érika Gomes da Silva, Alex de Souza e às crianças Cauã e Klaus Gomes de Souza. Em especial, agradeço ao Carlos Eduardo Gomes da Silva – o „Carlos‟, como ele se autodenomina – pela simples razão de sua existência complementar a minha. E às famílias TihMin e Tshu Shin Yuen pelo afeto rotineiro. Agradeço ao „Jó‟ e à „Flocos‟ pelo companheirismo íntegro e desinteressado que lhe são inerentes, e ao Flávio Braune Wiik – o meu querido Flavinho – por tornar prazeroso o caminho que entendemos por vida comum. Uma vida não tem começo nem fim, apenas a sua História. Rogério Ivano – Aforismos sobre a História RESUMO Este esboço de biografia procura citar algumas imagens de Otto Maria Carpeaux: construções biográficas de naturezas múltiplas, elaboradas em contextos, por atores e sob condições igualmente díspares. Está constituído a partir de uma visão crítica da História, o que permite que „outras imagens‟, fragmentárias e não monumentais, também tenham espaço. Em diálogo com o princípio da montagem, este esboço apresenta-se em duas partes. Na primeira, Imagens possíveis, estão citadas as imagens elaboradas em vida e post mortem acerca do austríaco-brasileiro que nasceu em Viena em 1900, se exilou no Brasil em 1939 e morreu no Rio de Janeiro, em 1978. Na segunda, Montagens possíveis, apresentam-se duas possibilidades de exercício biográfico: pela leitura alegórica do documentário O velho e o Novo (Otto Maria Carpeaux), entendido como instrumento de intervenção no contexto ditatorial brasileiro e de uma reelaboração biográfica concernentes às suas experiências europeias; e pelo Caderno de imagens críticas, registro dos encontros em Carpeaux pelo meio de imagens críticas produzidas a partir da cesura do presente. Palavras-chave: Otto Maria Carpeaux – Imagem – Biografia – Ditadura militar brasileira – Walter Benjamin ABSTRACT This biographical sketch attempts to quote some images of Otto Maria Carpeaux: various types of biographical constructions, carried out in different contexts by disparate authors under conditions just as distinct. It stems from a critical view of history, allowing for „other images‟ fragmented and non-monumental – to share the space. In dialogue with the montage principle, this sketch has two parts. The first, Possible Images, quotes the images produced during and after the life of the Austrian-Brazilian, who was born in Vienna in 1900, went to Brazil in exile in 1939 and died in Rio