Universidade Candido Mendes Instituto a Vez Do Mestre Pós-Graduação “Lato Sensu”
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Wi INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” O DESENVOLVIMENTO E A EVOLUÇÃO DO CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE E SUA APLICAÇÃO NAS ÁREAS DE PRODUÇÃO DE BENS DE CAPITAL E SERVIÇOS O PANORAMA BRASILEIRO Carlos Alberto Gonçalves Alfredo ORIENTADORA: Profª. Ana Paula Ribeiro Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” O DESENVOLVIMENTO E A EVOLUÇÃO DO CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE E A SUA APLICAÇÃO NAS DE PRODUÇÃO DE BENS DE CAPITAL E SERVIÇOS O PANORAMA BRASILEIRO Carlos Alberto Gonçalves Alfredo Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração da Qualidade. Rio de Janeiro 2010 3 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais que, com a sua dedicação, amor e carinho me conduziram na edificação da minha personalidade, permitindo-me chegar até aqui. A minha esposa Kylma e aos meus filhos, Daniel, Davi, Nathália e Mere, pelo amor e incentivos recebidos durante a minha caminhada. Aos meus amigos, Wagner, Dr. Luiz de Rose e Padre Marcos William pela sua presença sempre amiga e presente, incentivo e apoio. A todos muito obrigado. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao amor de Deus, sem o qual nada poderia ser realizado. “Tomou então Samuel uma pedra e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: até aqui nos ajudou o Senhor” (I Samuel, 7:12). 5 RESUMO O Controle Estatístico de Qualidade – CEQ é formado por um conjunto de atividades semelhantes entre si, abrangendo: Estudos de capacitação de processos, Inspeção por amostragem e estudos experimentais. As primeiras técnicas de CEQ foram desenvolvidas na década de 30, por W. A. Shewart, utilizando gráficos de controle e por Dodge e Roming, com a metodologia de Aceitação por Amostragem. Esses princípios disseminaram-se pelas empresas americanas até o final da segunda guerra mundial. Posteriormente houve uma diminuição de interesse no que diz respeito ao Controle Estatístico de Qualidade, porém graças aos esforços do Dr. W. Edwards Deming e ao interesse da União Japonesa para a Ciência e Engenharia (JUSE), o CEQ propagou-e pelo Japão (Bartmann, 1986). Graças ao emprego das técnicas de CEQ, os produtos japoneses mantém uma grande reputação de Qualidade (Starkey et al., 1996) (Rabbitt e Bergh, 1994) (Bartmann, 1986). O Dr, Deming tem a seu crédito as maiores contribuições para os seus gigantescos passos na qualidade e produtividade, existindo um elo entre estas duas, pois a medida que a qualidade se eleva, o mesmo acontece com a produtividade. O Dr. W. Edwards Deming é o fundador da Terceira fase da Revolução Industrial e o introdutor do CEQ nas indústrias de diversos países. 6 METODOLOGIA O conteúdo deste trabalho baseia-se na minha experiência profissional ao longo de pouco mais de quatro décadas de trabalho, desde o ano de 1956 até 2002, quando formalmente me aposentei, porém, aos 67 anos continuo trabalhando como Consultor Autônomo, principalmente na área de Transportes, que é um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira. Por mais paradoxal que seja o setor de Transportes afetado pelo PIB informal, vem gradativamente se modernizando, para fazer frente à exigente demanda da população. Para descrever esse panorama, esta monografia tem cinco capítulos abaixo descritos: CAPÍTULO 1: Desenvolvimento do quadro técnico do conceito de Qualidade Descreve a Fundamentação teórica e o desenvolvimento da tecnologia utilizada na prática do Controle de Qualidade, desde a sua primeira etapa em 1947, conforme implantada por Deming até o seu status atualmente, considerando-se a utilização das modernas técnicas de Certificação da Qualidade. CAPÍTULO 2: Capacitação de pessoal para a utilização do Controle de Qualidade Descreve todas as todas as etapas do processo de Capacitação de Pessoal para a utilização do Controle de Pessoal, fazendo uma introdução teórica sobre o mesmo, detalhando todos os componentes desse processo. CAPÍTULO 3: O cenário atual da Qualidade no parque industrial brasileiro. Discorre sobre o status do Controle de Qualidade, no Parque industrial brasileiro. CONCLUSÃO. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I Desenvolvimento do quadro teórico do conceito de Qualidade 12 CAPÍTULO II Capacitação de pessoal para a utilização do Controle de Qualidade 33 CAPÍTULO III O cenário atual da qualidade no parque industrial brasileiro 61 CONCLUSÃO 81 BIBLIOGRAFIA 88 ÍNDICE 91 ANEXOS 93 8 INTRODUÇÃO A industrialização do Brasil, completa neste ano de 2010, 55 anos de existência, pois foi implantada no governo do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira que governou o Brasil de 1956 até 1961. No começo de seu governo, Juscelino Kubitschek apresentou ao Brasil o seu PLANO DE METAS, cujo lema era “cinqüenta anos em cinco”; o plano consistia no investimento e no desenvolvimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento econômico, principalmente, infra-estrutura (rodovias, hidrelétricas, aeroportos e indústrias). Sem o aporte econômico e ausência de capitais, capazes de sustentar a implantação de BENS DE CAPITAL e SERVIÇOS, foi necessário criar mecanismos capazes de sustentar em longo prazo, o recente plano de desenvolvimento traçado pelo governo. Com base no modelo econômico keynesiano, que preconiza a participação do estado na economia, foram criados diversos órgãos de suporte capazes de alavancar o desenvolvimento industrial do país. Dentre esses mecanismos, dois foram preponderantes ao novo modelo de desenvolvimento nacional: • A CRIAÇÃO DO BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (BNDE), criado em 1952; 9 O GEIPOT - em 1965 o GEIPOT – Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, vinculado ao Ministério de Viação e Obras Públicas, (atual Ministério dos Transportes) na gestão do Ministro Lúcio Meira. Esses dois mecanismos foram criados, conforme frisado, de fornecer suporte econômico às recentes indústrias que estavam se instalando no país, com destaque para o setor automobilístico com a implantação de grandes montadoras, como por exemplo: FORD, VOKSWAGEN, GENERAL MOTORS, MERCEDES-BENZ, SCANIA VABIS, AGRALE, e a RANDON. Mas havia um óbice que impedia o crescimento do parque industrial brasileiro e por essa razão um amplo programa de implantação de rodovias tornou-se necessário para escoar a produção do parque industrial brasileiro, que inicialmente se instalou na região Sudeste. O GEIPOT nasceu com essa missão, cujos objetivos estabelecidos por lei, foram o de prestar apoio técnico e administrativo aos órgãos do Poder Executivo, com o objetivo de formular, orientar, coordenar e executar a Política Nacional de Transportes nos seus diversos modais, bem como promover, executar e coordenar atividades de estudos e pesquisas necessários ao planejamento dos Transportes no país, transformando-se em um centro de referência internacional para os estudos de Transportes no Brasil. O GEIPOT existiu durante 36 anos, porém, com a reestruturação do Setor de Transportes no ano de 2001, esse órgão colaborou no acompanhamento e na realização de análises técnicas do projeto de Lei nº 1615/99, consolidado na Lei nº 10.233 de 05/06/2001, que criou o Conselho Nacional de Integração de Política de Transportes Terrestres (CONIT), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). Com a criação dessas Agências reguladoras, o 10 GEIPOT foi extinto pela Medida Provisória nº 427 de 09/05/2008, convertida na Lei nº 11.772/2008. Já em 1952, ano de criação do BNDE, instalava-se no Brasil a montadora alemã VOLKKSWAGEN, que se dedicou à fabricação do modelo popularmente conhecido como “FUSCA”, que durante muitos anos foi o carro chefe da indústria automobilística brasileira. Com foco em investimentos de infra-estrutura, o BNDE teve participação fundamental na construção da Hidrelétrica de Paulo Afonso, que entrou em operação em 1955. O período de 1962 a 1972 foi marcado por rupturas políticas, mas nem por isso o país deixava de avançar; em 1962 foi criada a ELETROBRÁS, e em 1966 entrava em atividade o Porto de Tubarão no Espírito Santo. Na década que se seguiu (1972 a 1982) foi de grande prosperidade; descobrimos petróleo na plataforma continental e intensificamos as exportações. A economia brasileira bateu recordes de crescimento e o Brasil investia em mais hidrelétricas, sistemas de Metrô, navios e aviões. Nos anos seguintes, reformulações políticas e estratégicas levaram o então BNDE a incorporar o S do Social em seu nome – e a inserir aspectos ambientais entre os mais importantes na avaliação de projetos. Versátil, o BNDES partiu para uma nova etapa: conduzir o projeto de privatização, tornando o Brasil mais ágil e competitivo. De 1992 até 2002, o BNDES intensificou investimentos na área social, na preservação do patrimônio histórico, além de facilitar o crédito a micro e pequenos empresários nos quatro cantos do país. 11 Porém, ainda havia um problema a ser superado, pois tornava-se necessário dotar o parque industrial brasileiro de padrões e níveis de qualidade, de forma a melhorar os níveis qualitativos dos setores de produção de BENS de CAPITAL e SERVIÇOS. Esse objetivo foi sendo gradativamente alcançado com a participação da ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, criada em 1940 e que passou a atuar de forma decisiva como um Órgão reconhecido pelo Governo Brasileiro como entidade normatizadora responsável pelo processo de gestão de elaboração de normas brasileiras de qualidade, aplicáveis aos diversos tipos de produtos industriais e serviços em operação no Brasil. A ABNT é um órgão certificador de produtos e sistemas industriais. Todos esses aspectos refletem o esforço dos sucessivos governos, na implementação de sistemas de CEQ, com vistas a enfrentar a competitividade, não só interna, como a nível global. 12 CAPÍTULO I DESENVOLVIMENTO DO QUADRO TEÓRICO DO CONCEITO DA QUALIDADE Na atualidade, o mercado consumidor está exigindo cada vez mais Qualidade dos produtos e serviços que pretendem adquirir. Dessa forma a manutenção e a melhoria da Qualidade são fatores determinantes para a sustentabilidade organizacional.