Relatório Do Observatório De Luta Contra a Pobreza Na Cidade De Lisboa
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[ficha técnica Título: Primeiro Relatório do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Edição: Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa REAPN - Rede Europeia Anti-Pobreza / Portugal (Núcleo Distrital de Lisboa) Rua Soeiro Pereira Gomes, n.º 7 - Apartamento 311 - 1600-196 Lisboa Tel: 21.798 64 48 Fax: 21.797 65 90 E-mail: [email protected] www.observatorio-lisboa.reapn.org Autores: Elizabeth Santos, Jordi Estivill, Sérgio Aires Arranjo gráfico: make_up design - augusto pires Data de Edição: Dezembro 2007 Apoios: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Nota: Este documento poderá ser reproduzido ou transmitido por qualquer forma, ou qualquer processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia, xerocópia, e-mail desde que seja citada a fonte e os respectivos autores. 1º Relatório do Observatório de luta contra a Pobreza na Cidade de Lisboa 2] [índice Prefácio ........................................................................................................................ 4 1 Introdução ................................................................................................................. 8 1.1. A Observação Social e os Observatórios Locais de Luta Contra a Pobreza ...... 8 1.2. A iniciativa do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa ...... 9 2 A Cidade de Lisboa: números e factos ................................................................. 11 2.1. Breve caracterização demográfica da Cidade de Lisboa ...................................... 11 2.2. A Educação ............................................................................................................ 19 2.3. A situação Económico-financeira ........................................................................... 23 2.4. A Saúde ................................................................................................................. 26 2.5. A Justiça ................................................................................................................ 28 2.6. A Cultura ............................................................................................................... 29 2.7. Os Equipamentos Sociais ...................................................................................... 30 3 Principais indicadores sociais: um "retrato falado" ................................................ 33 3.1. A pobreza: enquadramento do fenómeno .............................................................. 33 3.2. A pobreza na União Europeia e em Portugal ......................................................... 35 3.3. Lisboa: um primeiro retrato social ........................................................................... 41 3.3.1. Grupos Etários .................................................................................................... 41 3.3.2. Tipos de Agregado Familiar ................................................................................ 42 3.3.3. Situação face ao Emprego ................................................................................. 44 3.3.4. Educação ............................................................................................................ 50 3.3.5. Habitação ........................................................................................................... 53 3.3.6. Deficiência .......................................................................................................... 65 3.3.7. População Estrangeira ....................................................................................... 68 3.3.8. Principal meio de vida ................................................................................................. 69 3.3.9. Equipamentos e respostas sociais ............................................................................. 72 3.3.10. Protecção Social ....................................................................................................... 91 3.3.11. Rendimento Social de Inserção .............................................................................. 96 3.3.12. Quadro dos principais indicadores relevantes por freguesia ............................. 104 3.3.13. Mapificação de alguns indicadores .......................................................................... 156 3.4. Análise de Políticas, Programas e Medidas ................................................................... 188 3.4.1. Uma primeira leitura .................................................................................................... 188 3.4.2. Sistematização da análise das políticas, programas e medidas ............................... 191 4 Um primeiro balanço conclusivo e recomendações ............................................... 198 4.1. Um primeiro balanço conclusivo ................................................................................. 198 4.2. Algumas orientações para o futuro ........................................................................... 202 5 Construindo um Modelo para o Observatório ......................................................... 206 5.1. As características do Observatório: principais questões ...................................... 206 5.2. Principais eixos de intervenção propostos para o Observatório ............................ 208 5.3. O modelo proposto para o Observatório ....................................................................... 209 Anexos ............................................................................................................................................... 210 A. Plano Estratégico para o Observatório 2008-2010 ......................................................... 211 B. Proposta de Plano de Acção 2008-2009 .................................................................. 214 C. Índice de produtos disponíveis ................................................................................ 216 3] 1º Relatório do Observatório de luta contra a Pobreza na Cidade de Lisboa [prefácio Com este primeiro relatório cumpre-se uma importantíssima primeira etapa do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa. Na realidade, desde a fundação da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal que sempre defendemos a investigação, o estudo e a utilização de diferentes formas de diagnóstico como meios primordiais no combate à pobreza. Se actualmente isto se tornou uma evidência, e se vai consolidando como prática, não o era assim nos idos anos 90. Nessa altura, em que tão pouco se sabia sobre a pobreza em Portugal e em que a exclusão era ainda um conceito de difícil definição, já a Rede Europeia Anti-Pobreza se batia, aqui e em Bruxelas, pela promoção de mecanismos de observação e de diagnóstico credíveis como formas fundamentais de combater a pobreza. Perdida que foi a batalha pela criação de um Observatório Europeu (perdida a batalha, mas não a guerra…), alguns Estados da União Europeia conseguiram - sobretudo no âmbito de iniciativas comunitárias e de projectos europeus - pôr em marcha diferentes observatórios. Este movimento de observação social ganha cada vez mais expressão. Os Observatórios parecem uma moda, surgem como cogumelos e, de repente, parece que não se pode viver sem eles. Ora isto não deixa, de facto, de ser verdade. A sociedade muda todos os dias, a uma velocidade cada vez mais estonteante e esta necessidade de observar e diagnosticar em permanência é cada vez mais forte. As necessidades são sempre relativas e o que é hoje cada vez mais importante, particularmente para quem tem que tomar decisões, é conhecer o que é verdadeiramente prioritário. A crescente complexidade dos problemas também está na base da necessidade que os actores, particularmente os responsáveis políticos, têm de conhecerem cada vez melhor a realidade. No fundo, vivemos actualmente numa sociedade de risco, de incerteza. Existem muitos problemas para os quais é difícil encontrar soluções. É nesta perspectiva que surge a necessidade de ter nas mãos a melhor informação possível. De resto, as políticas sociais são hoje feitas disto mesmo. A política tem que ser um "fato à medida" e, por isso mesmo, baseada numa informação muito qualificada. Por outro lado, existe uma cada vez maior preocupação com a eficácia, com a boa gestão dos sempre parcos recursos. A gestão por objectivos, que começa a ser ensaiada, é outra das razões que justificam a existência de estruturas dedicadas à observação. Não é fácil ter indicadores para medir tudo o que queremos ou necessitamos. Por outro lado, a complexidade dos conceitos também não ajuda: pobreza, exclusão, vulnerabilidade, inclusão… Um Observatório é um instrumento para um observar atento, que utiliza métodos específicos e adaptados a cada uma das realidades que se pretende observar. E estas realidades não se dão a ver com facilidade. É necessário fazer um enorme e permanente esforço para vencer a subjectividade. Ora isto faz-se precisamente se tivermos sistemas organizados de informação com uma duração suficiente de tempo que nos permita comparações, medir tendências, apresentar cenários, avaliar… Por outro lado, um Observatório social pode ainda ter outras funções: pode optar por produzir um tipo de conhecimento mais qualitativo; por acoplar diferentes cartografias de indicadores sociais dando visibilidade e expressão social aos fenómenos através de estudos de casos paradigmáticos; pode construir e manter painéis de actores sociais relevantes e inquiri-los periodicamente (como reagem às mudanças, como as incorporam - é o caso dos painéis de famílias) tentando