Representações Cinematográficas Da Argentina Em Crise (1999-2004)
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UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História REPRESENTAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS DA ARGENTINA EM CRISE (1999-2004) Breno de Souza Juz Dissertação de Mestrado Área: História Cultural Linha de Pesquisa: Narrativas e Representações Orientador: Prof. Dr. José Alves de Freitas Neto (IFCH/UNICAMP) Dezembro/2010 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH - UNICAMP Bibliotecária: Cecília Maria Jorge Nicolau CRB nº 3387 Juz, Breno de Souza J989r Representações cinematográficas da Argentina em crise (1999- 2004) / Breno de Souza Juz. - - Campinas, SP : [s. n.], 2010. Orientador: José Alves de Freitas Neto. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. 1. Cinema argentino – História – 1990-2004. 2. Cinema e história. 3. Representação cinematográfica. 4. Cultura no cinema. I. Freitas Neto, José Alves de. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III.Título. Título em inglês: Cinematic representations of the crisis in Argentina (1999- 2004) Palavras chaves em inglês (keywords) : Argentine cinema – History – 1990-2004 History and moving-pictures Cinematic representation Culture in motion pictures Área de Concentração: História Cultural Titulação: Mestre em História Banca examinadora: José Alves de Freitas Neto, Iara Lis Schiavinatto, Paulo Renato da Silva Data da defesa: 13-12-2010 Programa de Pós-Graduação: História 2 A identidade é uma construção que se narra . - Néstor García Canclini, Consumidores e cidadãos Na profusão de ´´realidades´´, quer dizer, das narrativas que se cruzam, se superpõem, se combinam, concorrem entre si, se combatem, o cinema vem puxar o fio de um narrativa suplementar que se junta às outras e que se eleva do fundo das narrativas já presentes, que se extrai, que se subtrai delas. O cinema faz surgir o mundo como filmável. Cinematografia: o que o cinema tem a escrever? O mundo. Pergunta do olhar, pergunta do poder. Quem olha quem. Quem mostra o que. O que é mostrado, o que é escondido? Onde estou no olhar do outro, na mise-en-scène do outro? Perguntas do cinema. O cinema é um pensamento desenvolvido sobre a arte da mise-en-scène simplesmente porque é mise-en-scène do espectador. - Jean-Louis Comolli , ´´Estudos em Toulosse: representação, mise-en-scène, mediatização´´ 5 Agradecimentos Agradeço aos meus pais, Lucila de Souza e Mario Celso Juz, à minha irmã Tayná, aos meus avós Cândida Luzia Primola de Souza (in memoriam), Wilson de Souza (in memoriam), Luiza Germine Juz (in memoriam) e Mário Juz (in memoriam), não só pelo apoio, mas sobretudo pela convivência e amor incondicional. Aos amigos e interlocutores mais próximos Rafael Pavani, Caio Pedrosa e Taís Machado, pelas conversas acadêmicas e não-acadêmicas, e especialmente por permitirem que eu convivesse com eles e me tornasse uma pessoa melhor. Nesse sentido, agradeço também aos amigos Felipe César, Filipe Joel, Thiago Stering, Marcos Silva responsáveis (alguns diriam “culpados”) pela minha escolha em estudar História, e à Bruna Mussolin por despertar minha paixão pelo cinema. Do mesmo modo, agradeço pelos conselhos, amizade, convivência e paciência aos colegas e amigos de graduação e pós-graduação Kleber Amancio, Juliana Lopes, Gustavo de Almeida, Lis Coutinho, Marcelo Gaudio, Bárbara Cogni, Camila Medina, Ívia Minelli, Raquel Gryszczenko, Marcelo Cunita, Renata Xavier, Rafael Abreu, Valéria, Laura Fraccaro, Rafaela Martins, Luna Lobão, Flávia Godoy, Mariana Teixeira, Priscila Pereira, Alessandra Pedro, Marcos Tolentino e Henrique “Fartura”. E também aos amigos de São João da Boa Vista (do presente e do passado): Lucas Syrto, Raul Valim, Carlos Francisco, Cassio Eduardo, Juliana Ladeira, Lucas Valim, Fábio Garcia, Eduardo Sidney, “Carlinhos”, Raphael Zancra, Raul Borges, Rafael Valim, Anderson Petroni, Mariana França, Cesar Rodrigues, Amadeu Rubbo e David Lira pela amizade e cumplicidade que me foi e continua sendo tão importante. Entre aulas, debates, trabalhos, provas, assim como festas e tardes de conversas triviais, tenho a agradecer a todos, mesmo aqueles cuja minha falta de memória deixou de fora desses agradecimentos. 7 Agradeço também ao prof. Dr. Jorge Coli e à profª. Drª Miriam Gárate que ampliaram meus horizontes sobre o cinema em suas disciplinas. Sou grato também ao grupo de estudos de história latino-americana pelos debates e espaço ímpar para pensar a história da América. Agradeço aos prof. Dr. Leandro Karnal e profª. Drª Iara Lis Schiavinatto pelas importantes considerações da banca de qualificação. Agradeço novamente à prof. Drª Iara Lis Schiavinatto e ao prof. Dr. Paulo Renato da Silva pela presença na banca de defesa da dissertação. Agradeço ao orientador, mestre e amigo, prof. Dr. José Alves de Freitas Neto, que muito me ensinou ao longo desses sete anos de convívio, sempre demonstrando muita paciência e confiança na orientação dessa pesquisa, com comentários e críticas indispensáveis para o desenvolvimento e finalização dessa pesquisa. Finalmente, agradeço ao CNPQ e à FAPESP pelo imprescindível apoio financeiro que permitiu a realização desta pesquisa. 8 Índice Agradecimentos ............................................................................................................ 7 RESUMO ..................................................................................................................... 11 ABSTRACT ................................................................................................................... 13 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 15 Cinema e História ................................................................................................. 19 CAPÍTULO 1 Nuevo cine argentino : problematização do conceito ................................................... 25 CAPÍTULO 2 Mundo Grúa (Pablo Trapero, 1999) ............................................................................. 41 O Pântano / La Ciénaga (Lucrecia Martel, 2001) ......................................................... 65 Bolivia (Israel Adrián Caetano, 1998/2001) ................................................................. 85 Cinema “industrial” - A trilogia de Juan José Campanella .......................................... 103 O mesmo amor, a mesma chuva / El mismo amor, la misma lluvia (1999) ......... 106 O filho da noiva / El hijo de la novia (2001) ........................................................... 115 Clube da Lua / Luna de Avellaneda (2004) ............................................................. 119 CAPÍTULO 3 Nuevo cine argentino como “cinema da crise” .......................................................... 131 Considerações finais ................................................................................................. 153 ANEXO I – ESTATÍSTICA DE ESTRÉIAS ANUAIS NA ARGENTINA DE FILMES ARGENTINOS (1933-2004) .............................................................................................................. 155 ANEXO II – BILHETERIAS DE FILMES ARGENTINOS ..................................................... 156 Ficha Técnica dos filmes ............................................................................................ 157 Mundo Grúa (1999) ............................................................................................... 157 O Pântano / La ciénaga (2001) .............................................................................. 158 Bolivia (1998/2001) ............................................................................................... 159 O mesmo amor, a mesma chuva / El mismo amor, la misma lluvia (1999)............. 160 O filho da noiva / El hijo de la novia (2001) ........................................................... 161 O clube da Lua / Luna de Avellaneda (2004) .......................................................... 162 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 163 9 RESUMO No final dos anos 1990 e início do século XXI, o cinema argentino viveu uma vigorosa retomada na produção nacional com o surgimento de novos realizadores, conquistando diversos prêmios em festivais e ampla repercussão internacional. Este cinema atraiu o interesse da crítica e do público devido a uma série de fatores, entre os quais cabe destacar uma exemplar e instigante renovação da linguagem. A isso se soma a viabilização de produção independente calcada no baixo orçamento. A retomada da produção vivida pelo cinema argentino na virada de século XXI foi simultânea à crise social, econômica e institucional ocorrida a partir de dezembro de 2001. Este fato potencializou as significações do nuevo cine argentino devido à capacidade de diálogo que certas obras apresentaram em relação ao momento histórico vivido pelo país. Este trabalho tem como objetivo analisar, a partir de obras referenciais, as representações da Argentina no cinema argentino contemporâneo, investigando quais as estruturas narrativas e estilos cinematográficos foram utilizados na construção dessas obras e da crise por elas representadas. Busca-se também perceber os sujeitos, tramas, relações com os espaços e instituições escolhidos no constructo da Argentina contemporânea e sua crise. Com isso, é possível analisar a historicidade dessa cinematografia, e os desdobramentos implicados nas representações construídas pela escrita cinematográfica.