Guia Da Libertadores De 2015.Pdf
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COPA LIBERTADORES DA AMERICA #NÚMEROS 2015 TRICOLORES Em 17 de junho de 1992, o Estádio Cícero Pompeu de Toledo presenciou a maior explosão de alegria já vista NESTAS TERRAS Mais de 115 mil pessoas assistiram À épica conquista da Copa Libertadores da América. Milhares das quais, inclusive, em êxtase, proporcionaram a lendária invasão de campo (civilizada - bom ressaltar), que tornou o fato ainda mais marcante e diferenciado de tudo o que já aconteceu no futebol brasileiro. Carregando os ídolos nos ombros, do campo à pista olímpica, aliviando-os do peso dos problemas superados e percalços ultrapassados durante toda a competição (e claro, também de seus mantos, grandes relíquias), os torcedores celebraram aquele feito que, se não inédito, ressuscitou o interesse do povo brasileiro PELA conquista da América. Desde então, o são-paulino tem um olhar diferente para o futebol como um todo e, especificamente, para esse torneio. O Clube logo se tornou tricampeão, o primeiro brasileiro a alcançar o feito, e muitas outras façanhas e vitórias vieram depois. Sabemos onde tudo começou. Foi ali, em 1992. Sabemos também que essa paixão não terá fim. Bem-vinda, Copa Libertadores da América 2015! 1992A história vencedora do São Paulo FC com a competição mais desejada pela torcida começou com o grande Telê Santana recusando-se a encarar o torneio de modo sério. Isso porque a peleja sul-americana sempre foi caracterizada, até aqueles dias, pela violência de seus competidores. Contudo, convencido da importância do campeonato, Telê e a equipe são-paulina entraram para valer em campo. Um esquema todo especial foi montado pela comissão técnica para superar as grandes distâncias percorridas, jogo após jogo, e as peculiaridades do torneio, como partidas na altitude de La Paz. Adversidades e adversários No primeiro jogo, derrota pelo placar mínimo. A confiança foi depositada no Morumbi. superados, as PARTIDAS FINAIS 17 de junho: Massacre do início ao fim, FORAM contra o argentino mas, mesmo após tanto martelar a defesa argentina, o tempo regulamentar terminou Newell’s Old Boys, do técnico com o placar do jogo de ida (AGORA A FAVOR): 1x0. Marcelo “El Loco” Bielsa. Gol de Raí, após pênalti de Gamboa em Macedo. Como de costume nos grandes títulos são-paulinos até então, a decisão veio nas penalidades máximas. Berizzo perdeu, na trave. Raí marcou o seu, novamente. Zamora venceu Zetti, mas Ivan também anotou. Até aí, 2 a 1 para o Tricolor. Llop empatou, e o placar permaneceu assim, pois Ronaldão errou o seu. Então, Mendoza retribuiu, batendo por cima do travessão, e Cafu pôs o São Paulo na frente, 3x2. A última cobrança da série normal foi de Gamboa. Zetti, magistral, saltou para a esquerda e, de mão trocada, espalmou a bola para fora! Estava decidido. O São Paulo FUTEBOL CLUBE era, pela primeira vez, Campeão da Taça Libertadores da América! O gramado do Morumbi viu a maior festa de sua história. Comemorando, milhares o invadiram, trocando completamente o verde do campo pelo vermelho, branco e preto do Tricolor! ESCALAÇÃo 1 ZETTI GOLEIRO 18 PALHINHA ATACANTE 2 CAFU LATERAL-DIREITO 19 GILMAR ESTEVAM ATACANTE 3 ANTÔNIO CARLOS ZAGUEIRO 20 ALEXANDRE GOLEIRO 4 RONALDÃO ZAGUEIRO 21 MONA VOLANTE 22 MENTA ZAGUEIRO 5 SÍDNEI VOLANTE 23 RINALDO ATACANTE 6 NELSINHO LATERAL-ESQUERDO 24 ERALDO MEIO-CAMPO 7 MÜLLER ATACANTE 25 CLÁUDIO MOURA ATACANTE 8 SUÉLIO VOLANTE CT TELÊ SANTANA TÉCNICO 9 MACEDO ATACANTE CT MÁRCIO ARAÚJO AUXILIAR TÉCNICO 10 RAÍ MEIO-CAMPO CT MORACI SANT’ANNA PREPARADOR FÍSICO 11 ELIVÉLTON ATACANTE CT ALTAIR RAMOS PREPARADOR FÍSICO 12 MARCOS GOLEIRO CT VALDIR JOAQUIM DE MORAES PREP. DE GOLEIROS 13 ADÍLSON ZAGUEIRO CT MARCO A. BEZERRA E HELDIO GASPAR MÉDICOS 14 PINTADO VOLANTE CT SIDNEY NEGRÃO FISIOTERAPEUTA 15 IVAN LATERAL-ESQUERDO CT DR. TURÍBIO LEITE DE BARROS FISIOLOGISTA 16 RONALDO LUÍS LATERAL-ESQUERDO CT HÉLIO SANTOS MASSAGISTA 17 CATÊ ATACANTE CT ARAÚJO E JAIRINHO ROUPEIROS ARTILHEIRO: Palhinha, 7 gols CAMPANHA *também artilheiro geral da competição FASE DE GRUPOS QUARTAS 06.03.1992 SPFC 0 X 3 Criciúma Heriberto Hülse 13.05.1992 SPFC 1 X 0 Criciúma Morumbi 17.03.1992 SPFC 3 X 0 San Jose / BOL Jesús Bermudez 20.05.1992 SPFC 1 X 1 Criciúma Heriberto Hülse 20.03.1992 SPFC 1 X 1 Bolívar / BOL Hernando Siles 01.04.1992 SPFC 4 X 0 Criciúma Morumbi SEMIFINAL 07.04.1992 SPFC 1 X 1 San Jose / BOL Morumbi 27.05.1992 SPFC 3 X 0 Barcelona / EQU Morumbi 14.04.1992 SPFC 2 X 0 Bolívar / BOL Morumbi 03.06.1992 SPFC 0 X 2 Barcelona / EQU Mon. de Guayaquil OITAVAS FINAL 28.04.1992 SPFC 1 X 0 Nacional / URU Centenário 10.06.1992 SPFC 0 X 1 Newell’s Old Boys / ARG Mon. de Rosario 06.05.1992 SPFC 2 X 0 Nacional / URU Morumbi 17.06.1992 SPFC 1 X 0 Newell’s Old Boys / ARG Morumbi 1993 Mais difícil que chegar ao topo é manter-se nele o São Paulo FC permaneceu soberano do mundo em 1993, apesar da incrível maratona de 97 jogos disputados (somente em abril SÃO PAULO FC jogou 16 vezes em 30 dias e, por falta de datas, recusou-se até a jogar o RJ-SP!). Ao menos, por ter sido o último campeão, o Tricolor estreou na Taça Libertadores da América já na segunda fase, diretamente no ‘mata-mata’. Curiosamente, seu primeiro adversário foi justamente o último do ano anterior, o Newell’s Old Boys. Seria a desforra? Os argentinos assim pensavam e, motivados pelo sentimento de vingança, venceram o jogo de ida, em Rosario, por 2x0. Mas isso não bastava. No Morumbi, os são-paulinos massacraram ‘los leprosos’ por 4x0, com incrível atuação de Raí, mesmo com o pulso quebrado. Nas quartas-de-final, confronto caseiro contra o Flamengo. 1x1 no Maracanã (com gol antológico de Palhinha), e 2x0 no Morumbi, com 97 mil pagantes. Da mesma maneira, o Cerro Porteño, de Gamarra, Arce e do técnico Carpegiani, não foi páreo. Superados por 1x0 em casa e 0x0 fora. A finalíssima seria contra A Universidad Católica, do Chile. eSSA, eliminara o favorito América de Cali (base da seleção colombiana que goleou a Argentina por 5x0, em Buenos Aires). Contudo, as surpresas pararam por ai. Em casa, o Tricolor proporcionou a maior goleada da história das finais da Libertadores até hoje. 5x1, fora o baile. Gols de López, contra, Vítor, Gilmar, Raí e Müller. Especial menção também a Zetti, que realizou uma série memorável de 4 defesas seguidas. Fim de jogo, ao técnico chileno só restou aplaudir: “O São Paulo é um time de mestres, uma equipe iluminada”. Posto isSo, pouco importava o jogo de volta. ESCALAÇÃo 1 Zetti GOLEIRO 18 Catê ATACANTE 2 Vítor LATERAL-DIREITO 19 Vaguinho MEIO-CAMPO 3 Válber ZAGUEIRO 20 Rogério Ceni GOLEIRO 4 Ronaldão ZAGUEIRO 21 Elivélton ATACANTE 5 Pintado VOLANTE 22 Cláudio Moura ATACANTE 6 Ronaldo Luís LATERAL-ESQUERDO 23 Suélio VOLANTE 7 Müller ATACANTE 24 Marcos Adriano LATERAL-ESQUERDO 8 Toninho Cerezo MEIO-CAMPO 25 Jamelli ATACANTE 9 Palhinha ATACANTE CT Telê Santana TÉCNICO 10 Raí MEIO-CAMPO CT MÁRCIO ARAÚJO Auxiliar Técnico 11 Cafu LATERAL-DIREITO CT Moraci Sant’Anna Preparador Físico 12 Gilberto GOLEIRO CT Altair Ramos Preparador Físico 13 Lula ZAGUEIRO CT MARCO A. BEZERRA E HELDIO GASPAR MédicoS 14 Adílson ZAGUEIRO CT SIDNEY NEGRÃO Fisioterapeuta 15 Gilmar ZAGUEIRO CT Dr. Turíbio Leite de Barros Fisiologista 16 André Luiz LATERAL-ESQUERDO CT Hélio Santos Massagista 17 Dinho VOLANTE CT ARAÚJO E JAIRINHO RoupeiroS CAMPANHA ARTILHEIRO: Raí, 4 gols OITAVAS SEMIFINAL 07.04.1993 SPFC 0 X 2 Newell’s Old Boys / ARG Mon. de Rosario 05.05.1993 SPFC 1 X 0 Cerro Porteño / PAR Morumbi 14.04.1993 SPFC 4 X 0 Newell’s Old Boys / ARG Morumbi 12.05.1993 SPFC 0 X 0 Cerro Porteño / PAR Def. del Chaco QUARTAS FINAL 21.04.1993 SPFC 1 X 1 Flamengo Maracanã 19.05.1993 SPFC 5 X 1 Univ. Católica / CHI Morumbi 28.04.1993 SPFC 2 X 0 Flamengo Morumbi 26.05.1993 SPFC 0 X 2 Univ. Católica / CHI Nac. l de Santiago 2005A equipe são-paulina já havia realizado quatro partidas na primeira fase da Libertadores (2 vitórias, 2 empates). O auxiliar Milton Cruz comandou a equipe na 5ª (empate fora de casa contra o Universidad de Chile). Seria necessário um nome de peso para levar o Tricolor ao título. Ele veio, e chegou com absoluta moral. Logo de cara, no BRASILEIRÃO, 5x1 no Corinthians. Paulo Autuori levaria o São Paulo a avançar a passos largos para a conquista de seu tricampeonato sul- americano. Na fase decisiva da COPA Libertadores da América Nas quartas-de- de 2005 (o popular “mata-mata”), o São Paulo FC final, em casa, desbancou um tradicional ADVERSÁRIO no torneio. partida sensacional O Palmeiras caiu frente ao Tricolor com duas do capitão Rogério derrotas (1x0 no Palestra Itália e 2x0 no Morumbi Ceni (dois gols - Cicinho mandou lembranças! Duas, aliás). marcados e ainda um pênalti perdido), 4x0 no Tigres, do México. O jogo de volta seria a passeio, mas custou aO TRICOLOR invencibilidade nA COMPETIÇÃO. A semifinal, contudo, contra o River Plate, pararia TODA a América Latina. Sabendo das dificuldades, o São Paulo FC investiu um pouco mais. Trouxe o goleador Amoroso. O que o Tricolor desconhecia era um esquema envolvendo o árbitro do jogo para favorecer a equipe portenha. De nada adiantou. com seu novo atacante, o SÃO PAULO FC faturou: 2x0 em casa (“El Morumbi te mata”), e 3x2 fora. Rumo à 5ª final de Libertadores na história! As pelejas, contra o Atlético Paranaense, foram no Beira-Rio - o CAP, à época, ainda não possuía um estádio que se encaixasse nas exigências do regulamento para a final do torneio internacional - e no Morumbi.