Trocando Em Miúdos – Gênero E Sexualidade Na TV a Partir De Malu

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Trocando Em Miúdos – Gênero E Sexualidade Na TV a Partir De Malu TROCANDO EM MIÚDOS Gênero e sexualidade na TV a partir de Malu Mulher Heloísa Buarque de Almeida Começar de novo e contar comigo Malu mulher Vai valer a pena ter amanhecido Ter me rebelado, ter me debatido A canção de Ivan Lins e Vitor Martins na voz Ter me machucado, ter sobrevivido Ter virado a mesa, ter me conhecido de Simone era o tema de Malu mulher, e fecha o pri- Ter virado o barco, ter me socorrido meiro episódio, que estreou em 24 de maio de 1979, uma quinta-feira, no horário das 22hs.1 O seriado, Começar de novo e contar comigo que visava atingir mulheres escolarizadas de classe Vai valer a pena ter amanhecido média urbana, tratava da história de Maria Lucia (in- Sem as tuas garras sempre tão seguras Sem o teu fantasma, sem tua moldura terpretada por Regina Duarte), socióloga, 32 anos, Sem tuas escoras, sem o teu domínio com uma filha, Elisa (Narjara Tureta), que se separa Sem tuas esporas, sem o teu fascínio no primeiro episódio, buscando, como diz a canção, encontrar-se com si mesma e libertar-se do marido Começar de novo e contar comigo e do casamento. O ex-marido (Pedro Henrique, in- Vai valer a pena já ter te esquecido terpretado por Denis Carvalho), que no primeiro Ivan Lins e Vitor Martins capítulo poderia soar como uma espécie de “vilão” melodramático, ao longo dos dois anos do seriado e de algumas disputas, torna-se uma pessoa normal, com defeitos e qualidades, nem sempre assumindo Artigo recebido em 22/02/2011 posturas antagonistas em relação a Malu, chegan- Aprovado em 11/07/2011 do mesmo a se tornar seu amigo. A crítica incidia RBCS Vol. 27 n° 79 junho/2012 12027_RBCS79_AF3b.indd 125 7/2/12 4:36 PM 126 REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - VOL. 27 N° 79 efetivamente sobre os “vilões”, ou seja, o machismo, categoricamente: “Assim que a gente assinar a peti- os preconceitos (de toda ordem, contra negros, ho- ção para o juiz [do pedido do desquite], eu assino mossexuais, desquitadas), a hipocrisia, o casamento seu documento [abrindo mão de seus direitos sobre tradicional, a opressão e a violência (não apenas dos parte da herança do sogro].” O diálogo entre Malu, homens contra mulheres, mas também a violência sua filha e a amiga Vilma (Natália do Vale) é emble- urbana e até mesmo a violência da polícia). Conju- mático das ideias reiteradas em todo o seriado: galidade, autonomia feminina e sexualidade foram temas centrais discutidos em diversos episódios. Al- Malu: Estou aprendendo a me defender, né? guns constituíam questões importantes para grupos Vilma: Mas é isso que eu sempre te falei. Mulher feministas, particularmente na sua vertente de classe para viver sozinha tem que saber se defender. média, como espelha o perfil estereotipado da soció- Malu: Engraçado que homem não tem vergo- loga Malu. No entanto, a seleção e o tratamento nha de ser agressivo. E mulher tem, por que ter particular desses temas refletem o quanto a emissora esse pudor, né? visava alcançar um público determinado, além de ter Elisa: Mamãe, do que é que vocês estão falan- que lidar com outros constrangimentos, tais como a do, hein? censura do regime militar e a reação do público. Malu: Que mulher não tem que ser essa coisi- No primeiro episódio (“Acabou-se o que era nha frágil, indefesa, não. Mulher tem que saber doce”2), os espectadores entram em contato com a ser agressiva também de vez em quando, saber história de Malu, acompanhando sua tentativa de lutar para se defender, enfim... Vai aprendendo conversar com o marido para tentar renovar um porque a barra é pesada, minha filha.3 casamento que, a seu ver, tinha se tornado uma re- lação formal e falsa. Nas palavras do marido, “ca- ”Defender-se”, “saber se virar sozinha”, “lutar”, samento é assim mesmo”, mas a protagonista se “impor-se” são insígnias da luta feminista explicita- recusa a aceitar esta ideia, iniciando sua jornada por das ao longo do seriado, sobretudo quando se trata uma relação mais verdadeira. Os conflitos neste epi- de aconselhar as mais jovens sobre os direitos da sódio mostram cenas em que Malu tenta conver- mulher. O feminino deve ser forte. sar e esclarecer a situação diante do desinteresse do Ainda neste episódio, Malu e Pedro aproximam- marido. Uma delas ficou marcada na memória do -se na cena em que dividem objetos afetivos e simbó- público: Pedro Henrique joga pela janela do apar- licos da vida em comum – os discos; acabam tendo tamento o texto datilografado que Malu lhe dera uma relação sexual que termina num clima melancó- poucos minutos antes. Nesse episódio, a discussão lico. Depois de finalizarem os trâmites da separação se torna cada vez mais acalorada até acabar numa no fórum, a cena final mostra Malu sozinha em casa, agressão física, que não é a primeira, como se pode pés descalços sobre a mesa, sorridente, quando chega deduzir pelas falas dos protagonistas. Porém, naque- sua filha, sentando-se ao seu lado. As duas brincam le momento Malu dá um ultimato: é o fim, não com os pés descalços, numa cena singela de intimi- quer mais aturar agressões, não quer mais aceitar dade e afeto entre mãe e filha: em primeiro plano, os aquela dupla moral sexual que supõe “natural” que pés, ao fundo, os rostos sorridentes das duas.4 Ame- seu marido “dê umas transadinhas por aí”. Ela não nizados todos os conflitos envolvidos no processo de acredita mais, esta não é mais uma relação verda- separação, a sensação é de alívio e de certa libertação, deira, ela precisa “respirar” e “sobreviver”. como sugere a canção-tema. Os dois negociam a separação em meio à influên cia dos pais: de um lado, os pais de Malu a aconselham sobre seus direitos (partilha de bens, Construções de gênero na teledramaturgia 30% do salário do marido como pensão), de outro, a mãe de Pedro Henrique mostra-se receosa quanto Para a construção da personagem Malu e no ao que poderia acontecer com a herança deixada por intuito de torná-la verossímil como mulher de clas- seu marido já falecido. A esse respeito Malu afirma se média altamente escolarizada, a pesquisadora da 12027_RBCS79_AF3b.indd 126 7/2/12 4:36 PM TROCANDO EM MIÚDOS 127 rede Globo, Cristina Medicis, seguindo o conselho por exemplo “anistia” – não aparecem, mas há re- da antropóloga Ruth Cardoso, fez uma visita de ferências à tortura durante o regime militar ainda campo à Universidade Estadual de Campinas. As- vigente e críticas ao “custo de vida”.7 sim nasceu a personagem, que mora num aparta- Trata-se de um certo feminismo com evidente mento de dois dormitórios, cuja sala de estar serve foco na vida privada – o trabalho aparece na medi- também como lugar de trabalho com escrivaninha e da em que é o meio de acesso a certa autonomia, uma máquina de escrever; cenário repleto de objetos mas grande parte dos episódios fala de relaciona- de artesanato, tapete de sisal e samambaias, como mentos íntimos, vida a dois, vida em família, rela- era comum nas casas de classe média da época. ções entre pais e filhos, e muitos deles com foco na No período em que o seriado foi exibido, entre sexualidade (o prazer e a experiência sexual vistos maio de 1979 e dezembro de 1980, suas referências como um encontro consigo próprio).8 e proximidade com algumas pautas do movimento Na visão de Mariza Corrêa, o seriado causou feminista eram explícitas. A ONU decretou 1975 impacto ao popularizar alguns temas do feminis- como o Ano Internacional da Mulher; a partir de mo de então, expondo publicamente, “com uma então, no Brasil, cresceu a visibilidade não só do linguagem acessível, várias das questões que eram movimento feminista, mas também de movimen- discutidas nos centenas de grupos de mulheres que tos associados às demandas da periferia no que diz foram criados no país nesta época” (2001, p. 16). respeito às mulheres (reivindicação de creches, por Euclydes Marinho, que participou da equipe de exemplo). Esse momento político é central na con- criação (com Armando Costa,9 Lenita Plonczynski cepção da personagem e das histórias contadas. e Renata Palottini) e escreveu o primeiro episódio, Em linhas gerais, como de fato acontecia em considerado um guia do “clima” do seriado, conta várias correntes do feminismo brasileiro, vemos que na época em que escrevia Malu mulher partici- Malu discutir formas de desigualdade que afetam pou de reuniões feministas a convite de Ruth Car- especialmente as mulheres; o casamento tradicional doso e Rosiska de Oliveira, lembrando que as femi- é questionado, assim como a dupla moral sexual; nistas “estavam muito ativas” naquele momento.10 os episódios defendem uma ideia de autonomia e A própria Renata Palottini, em entrevista sobre o independência da mulher, valorizando o trabalho seriado, afirma-se feminista. feminino como realização pessoal – uma pauta tí- A análise deste seriado tem como objetivo uma re- pica do movimento de classe média, para o qual o flexão sobre as construções do gênero na produção de trabalho feminino pode ser visto como realização televisão. Considero que Malu mulher faz parte pessoal e autonomia financeira, o que nem sempre de um movimento de transformação das constru- acontece com as mulheres de camadas populares, ções simbólicas sobre a mulher na TV brasileira, para as quais o trabalho fora de casa pode ser condi- uma vez que se desprende das “heroínas” melodra- ção e não escolha. Em alguns episódios, são discuti- máticas mais tradicionais para criar uma imagem dos temas que até hoje estão em pauta: politização de mulher mais “moderna” e menos submissa.
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