GAIOSO, PIRES *Rev. 1930; Const. 1934; Dep. Fed. PI 1935-1937

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GAIOSO, PIRES *Rev. 1930; Const. 1934; Dep. Fed. PI 1935-1937 GAIOSO, PIRES *rev. 1930; const. 1934; dep. fed. PI 1935-1937. Francisco Pires de Gaioso e Almendra nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 1º de novembro de 1901, filho de João Henrique de Sousa Gaioso e Almendra e de Josefina Pires de Castro Gaioso e Almendra, ambos de tradicionais famílias piauienses. Seu pai, conhecido como João Gaioso, grande proprietário de terras, foi deputado federal pelo Piauí em quatro legislaturas. Seu irmão, Jacó Manuel Gaioso e Almendra, militar, governou o Piauí de 1955 a 1959 e foi deputado federal de 1963 a 1967. Iniciou os estudos em Teresina, transferiu-se depois para o internato do Colégio Pedro II, no Rio, e concluiu o curso secundário no Colégio Aldridge, de Niterói. Ingressou em seguida na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, pela qual se formou em 1924. De volta ao Piauí, foi nomeado em 1925 oficial de gabinete do governador Matias Olímpio de Melo. Professor de clínica no Ginásio Municipal de Teresina e de medicina legal na Faculdade de Direito do Piauí, em 1928 deixou o cargo no governo para assumir a direção do Hospício de Alienados de Teresina, em cuja organização havia trabalhado. Foi um dos fundadores e secretário-geral do Centro Médico do Piauí em 1929. Também em 1929 participou da campanha da Aliança Liberal, integrando caravanas que percorreram o interior do estado. Em 1930 tornou-se chefe da clínica do Hospital da Misericórdia de Teresina, e em outubro participou ativamente do movimento revolucionário no Piauí, obtendo a patente de tenente-médico. Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, apoiou o governo federal. Com a convocação de eleições para a Assembleia Nacional Constituinte em maio de 1933 e a reorganização partidária daí decorrente, foi um dos fundadores do Partido Nacional Socialista do Piauí. Nessa legenda foi eleito deputado, assumindo o mandato em novembro do mesmo ano. Representou a bancada piauiense na Comissão Constitucional, também conhecida como Comissão dos 26, nomeada no início dos trabalhos da Constituinte com a incumbência de estudar o anteprojeto governamental e as emendas a ele encaminhadas. Relatou os capítulos “Ministros”, “Poder Legislativo” e “Conselho Federal” do projeto de Constituição e coordenou a elaboração de normas sobre a representação profissional no Legislativo. Em março de 1934 a comissão encerrou seus trabalhos, apresentando o substitutivo de anteprojeto constitucional. Pires Gaioso participou ainda de debates e reuniões até a aprovação da nova Carta Constitucional (16/7/1934), após o que, como os demais constituintes, teve seu mandato prorrogado até a diplomação dos deputados federais que seriam eleitos em outubro. Candidato ao pleito, conseguiu se eleger deputado federal pelo Piauí, ainda na legenda do Partido Nacional Socialista. Empossado em maio de 1935, exerceu o mandato até o advento do Estado Novo (10/11/1937), quando todos os órgãos legislativos do país foram suprimidos. Retornou à política nas eleições de outubro de 1950. Candidatou-se então a deputado federal em na legenda do Partido Social Democrático (PSD), e obteve a terceira suplência. Novamente candidato no pleito de outubro de 1958, dessa vez na legenda da Coligação Democrática Piauiense, formada pelo PSD, o Partido Republicano (PR), o Partido de Representação Popular (PRP) e o Partido Social Progressista (PSP), ficou com a quarta suplência. Não chegou a assumir o mandato nas duas legislaturas. Como empresário, foi diretor do Banco Agrícola do Piauí e participou da firma Irmãos Gaioso e Almendra. Faleceu no dia 18 de agosto de 1968. Deixou publicados: Considerações sobre o vaginismo (tese), Febre de Pfeiffer, Infanticídio, Aborto em presença do Código Penal, Reconhecimento e cronologia da morte, Evolução da medicina legal e Evolução étnica brasileira. FONTES: ASSEMB. NAC. CONST. 1934. Anais (1); Boletim Min.Trab. (5/36); CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Relação dos dep.; Câm. dep. seus componentes; CONSULT. MAGALHÃES, B.; Cronologia da Assembléia; Diário do Congresso Nacional; GODINHO, V. Constituintes; PEIXOTO, A. Getúlio; RIBEIRO FILHO, J. Dicionário. GALRÃO, MANUEL LEÔNCIO *religioso; dep. fed. BA 1918-1923 e 1935-1937. Manuel Leôncio Galrão nasceu em Jaguaribe (BA) no dia 14 de fevereiro de 1864, filho de Leôncio Egídio Galrão e de Eudóxia Freire de Carvalho Galrão. Estudou no Seminário da Bahia e ordenou-se padre em Recife em março de 1887. No mesmo ano foi nomeado professor de filosofia e direito natural no Seminário da Bahia. Em outubro de 1888 fez concurso para a freguesia de São Vicente Ferrer, em Areia, atual Ubaíra (BA). Classificado em primeiro lugar, foi nomeado vigário colado pelo governo imperial em julho do ano seguinte. Foi também cônego honorário da Igreja Metropolitana da Bahia. Ingressou na política em 1890, filiando-se à corrente liderada pelo governador de seu estado, José Gonçalves da Silva. Em 1893 foi eleito pela oposição local membro do Conselho Municipal de Areia, que passou a presidir pouco tempo depois. Foi prefeito de Areia de 1894 a 1902, e nesse período fundou o jornal local A Tribuna, que dirigiria por 17 anos. Eleito senador estadual em 1906, foi presidente do Senado baiano em 1910. Vice- governador do estado em 1911, no governo de João Ferreira de Araújo Pinho (1908-1911), pediu habeas-corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) por se sentir ameaçado de morte na acirrada luta política que culminou com a renúncia do governador em dezembro do mesmo ano. Tendo perdido, em consequência, o cargo de presidente do Senado baiano, exerceu-o, no entanto, até o ano seguinte. Em 1918 elegeu-se deputado federal pela Bahia. Novamente candidato, reelegeu-se em 1921. Participou, em 1921-1922, da campanha da Reação Republicana, movimento que promoveu a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República, em oposição à de Artur Bernardes, afinal eleito em março de 1922. Mais uma vez eleito deputado federal em 1924, não teve sua eleição reconhecida pela Comissão de Verificação de Poderes da Câmara em virtude de sua participação na campanha da Reação Republicana. Impedido de permanecer no Congresso Nacional, foi novamente eleito senador estadual em 1925. Após a Revolução de 1930, foi chamado a Salvador para sindicâncias do Tribunal Revolucionário. Elegeu-se deputado federal no pleito de outubro de 1934 para a legislatura ordinária que se iniciou em maio do ano seguinte e exerceu o mandato até novembro de 1937, quando os órgãos legislativos do país foram suprimidos pelo golpe do Estado Novo. Além do órgão que fundou e dirigiu em Areia, A Tribuna, colaborou em vários jornais de Salvador e do interior da Bahia. FONTES: ASSEMB. NAC. CONST. 1934. Anais; Boletim Min. Trab. (5/1936); CÂM. DEP. Deputados; Câm. Dep. seus componentes; Diário do Congresso Nacional; GODINHO, V. Constituintes; Ilustração Brasileira (1922). GALVÃO, ARISTIDES *dep. fed. BA 1894-1899. Aristides Galvão de Queiroz nasceu em Salvador em 23 de maio de 1847, filho de Alexandre José Queiroz e de Ana Maria da Cunha Galvão. Seu pai foi professor da Faculdade de Medicina da Bahia. Formou-se em engenharia civil e colou grau de doutor em matemática e ciências naturais pela antiga Escola Central em 1868. Foi membro do Instituto Politécnico Brasileiro e do Instituto Baiano de Agricultura. Exerceu a função de médico e professor na Faculdade de Medicina da Bahia. Foi chefe da primeira Diretoria de Obras Públicas da Secretaria do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Foi também encarregado de várias comissões de engenharia, tornando-se muitas vezes engenheiro chefe, como no caso da estrada de ferro Alto Muriaé, em São Paulo, em 1870. Deputado à Assembleia Constituinte da Bahia, presidiu a Assembleia Estadual que se seguiu de 1891 a 1893. Em 1894 foi eleito deputado federal para o período legislativo de 1894 a 1896, garantindo sua reeleição para o seguinte, de 1897 a 1899. No biênio 1898- 1899 foi intendente do município de Valença (BA). Faleceu em Valença no dia 26 de agosto de 1925 Escreveu vários livros sobre física, matemática e estradas de ferro, destacando-se Bases para a organização de uma escola normal de agricultura na província da Bahia, apresentadas à diretoria do Imperial Instituto Baiano de Agricultura (1880) e Síntese universal e a teoria física, matemática da razão (memória oferecida ao Instituto Politécnico Brasileiro 1880). Na década de 1890, vários ensaios relativos a municípios, e a diversos aspectos do governo republicano, foram publicados no Diário da Bahia. Liliane de Brito Freitas/ Consuelo Novais Sampaio FONTES: ASSEMB. LEGISL. BA. Anais da Câmara dos senhores (p. 98-98); BLAKE. A. Dicionário; CÂM. DEP. Disponível em: <http://www.camara.gov.br>. Acesso em: 20/2/2009; Revista doInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1964); SAMPAIO, C. Partidos (p. 61); Wikipédia. Disponível em: <http:// pt.wikepedia.org/wiki/Companhia_Ytuana_de" wikepedia.org/wiki/Companhia_Ytuana_de _Estadas_de _Ferro>. Acesso em: 10/2/2009. GALVÃO, Eneias * magistrado; min. STF 1912-1916. Eneias Galvão nasceu em São José do Norte (RS) no dia 20 de março de 1863, filho de Rufino Eneias Gustavo Galvão e de Maria Faustina Passos Galvão. Seu pai fez carreira militar no Império e teve sob seu comando tropas na Guerra do Paraguai, na campanha de Paissandu. Responsável pela demarcação das fronteiras brasileiras no alto Paraná e comandante do Arsenal de Guerra da Corte, foi ministro do Supremo Tribunal Militar (STM). Por serviços prestados à monarquia, recebeu do imperador o título de visconde de Maracaju. Formou-se em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de São Paulo em 1886. Iniciou sua carreira na magistratura na província do Rio de Janeiro ao ser nomeado promotor público da comarca de Barra Mansa, em outubro de 1886, e juiz substituto da comarca de Vassouras, em abril de 1889. Sobrevinda a República, foi removido para capital federal, no cargo de juiz substituto. Com a reorganização da Justiça do Distrito Federal pelo novo regime em 1890, foi nomeado juiz-pretor da 6ª Pretoria, espécie de juizado cuja jurisdição se fazia em reduzido território e destinava-se ao julgamento de causas de pequena complexidade e valor.
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