Universidade Federal De Goiás Escola De Música E Artes Cênicas

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Universidade Federal De Goiás Escola De Música E Artes Cênicas 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS ENRICO JOSEPH CARINCI TÉCNICA ESTENDIDA NA PERFORMANCE DE BATERISTAS BRASILEIROS Goiânia 2012 2 TÉCNICA ESTENDIDA NA PERFORMANCE DE BATERISTAS BRASILEIROS Produto Final (produção artística e artigo) apresentado ao Curso de Mestrado em Música da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás como requisito parcial para obtenção do título de MESTRE EM MÚSICA. Área de concentração: Música, na Contemporâneidade Linha de Pesquisa: Música, Criação e Expressão [música de câmara]. Orientadora: Profª. Drª. Sônia Ray Co-Orientador: Prof. Dr. Fabio Oliveira Goiânia 2012 3 ENRICO JOSEPH CARINCI TÉCNICA ESTENDIDA NA PERFORMANCE DE BATERISTAS BRASILEIROS Trabalho final de curso (recital e artigo) defendido em 31 março de 2012, e aprovado na mesma data pela banca examinadora constituída pelos professores: ________________________________________________ Profª. Drª. Sônia Marta Rodrigues Raymundo EMAC/UFG Presidente da banca _________________________________________________ Profa. Dra. Sonia Regina Albano de Lima UNESP/SP ___________________________________________________ Prof. Dr. Fabio Fonseca de Oliveira EMAC/UFG 4 Dedico este trabalho À minha esposa Adriane pelo amor, apoio, dedicação e motivação constante. À minha linda filha Giovanna pelos seus abraços e seu carinho. À meu velho amigo Fanucci, saudades. À minha família em New York, especialmente meus pais e irmãos. À minha família Barrenechea em Brasília, pelo total apoio. Aos meus primeiros professores de bateria, Russ “Styles” DiBona e Tim Horner. Ao mestre Elvin Jones, pela eterna inspiração. E finamente à Deus por tornar tudo isso possível. 5 Agradecimentos Ao Profª.Drª. Sonia Ray pelo apoio, orientação e motivação durante todo o mestrado. Ao Prof. Dr. Fabio Fonseca de Oliveira pelo encorajamento, apontando novos horizontes em meu instrumento. Ao programa de Pós-Graduação em música na EMAC e todos meus professores que enriqueceram meus estudos na UFG. Ao Carlos Bartnicki Tort, por suas valiosas lições. Para os bateristas maravilhosos que participaram na minha pesquisa. Para os músicos que tocaram comigo nos recitais da defesa e durante o mestrado. Para todos meus colegas do mestrado. 6 RESUMO O objetivo principal deste estudo é pesquisar o uso de técnicas estendidas na bateria por bateristas brasileiros. Pretende-se primeiramente realizar uma revisão da literatura, seguido de um estudo das obras escritas para bateria e finalmente a aplicação de uma consulta à bateristas profissionais brasileiros que atuam em MPBI (Música Popular Brasileira Instrumental) ou que lecionem em escolas que oferecem o ensino do instrumento em cursos de nível técnico ou superior. O trabalho se desenvolve em sete partes principais: A parte 1 apresenta a introdução, explicando o contexto da pesquisa; a parte 2 é a revisão da literatura e consiste na apresentação das fontes desta pesquisa sobre as técnicas estendidas em geral, a bateria e seus aspectos idiomáticos. Também discute o surgimento da bateria incluindo sua presença na música brasileira e discute o repertório de obras escritas para bateria e/ou partes da bateria; a parte 3 relaciona uma lista parcial das técnicas estendidas usadas na bateria; a parte 4 apresenta a metodologia de pesquisa, a elaboração e aplicação da consulta a bateristas; a parte 5 apresenta a organização dos dados da pesquisa; a parte 6 discute os resultados da pesquisa e a parte 7 apresenta a conclusão. Palavras-chaves: bateria; técnica estendida; música popular; música contemporânea; performance musical; 7 ABSTRACT The main objective of this study is to research the use of extended techniques on the drum set by Brazilian drummers. The first step is a revision of literature, followed by a study of written scores for the drum set and finally a questionnaire was conducted to professional Brazilian drummers that perform Brazilian Instrumental Music (MPBI) or teach in schools that offer programs in technical, graduate and undergraduate levels. This article is divided into seven parts. Part one, the introduction, explains the general overview of this work. Part two is an analysis of the literature consisting of resources on extended techniques in general, on the drum set and it´s idiomatic aspects. It also presents the drum set history and its presence in Brazilian music and presents the repertory of music written for the drum set and/or its parts. Part three discusses a partial list of extended techniques used on the drums. Part four discusses the research methodology and the development and application of a questionnaire sent to the drummers. Part five shows the organization of the data. Part six discusses the results of the questionnaire and part seven presents the conclusion of this research. Keywords: drum set; extended technique; popular music; contemporary music; musical performance. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1 Patente do pedal de bumbo criado por Ludwig............................................ 30 Ilustração 2 Bumbo com clanger e prato suspenso por corda e snow shoe..................... 32 Ilustração 3 Jack “Papa” Laine toca o bumbo com baqueta, com a banda de Alfred “Baby” Laine, Alexandria, Louisiana, 1919................................................ 33 Ilustração 4 Ao piano, o maestro Gaó. O baterista talvez seja João Leme. Note que o bumbo já apresentava um pedal, 1920 no Cine Pavilhão (Salto, SP). (História da bateria no Brasil, p.18)............................................................. 34 Ilustração 5 Floor-tom Multisound Hollywood President……………………………... 39 Ilustração 6 Han Bennink toca bateria feita de genuínos queijos holandeses.................. 42 Ilustração 7 Glenn Kotche e sua caixa com molas e microfone de contato..................... 43 Ilustração 8 Jererê, gentilmente cedida por Márcio Bahia............................................... 44 Ilustração 9 Music for Pure Waves, Bass Drum and Acustic Pendulums de Alvin Lucier, (1980)................................................................................................ 48 Ilustração 10 Arco friccionando o prato.............................................................................. 49 Ilustração 11 Walter Perkins curvando o prato enquanto percute....................................... 50 Ilustração 12 Han Bennink utiliza o pé para produzir variação na tensão.......................... 51 Ilustração 13 Warren “Baby” Dodds pisa na pele do floor tom.......................................... 51 Ilustração 14 Mangueira acoplada ao suspiro do tambor.................................................... 51 Ilustração 15 Baquetas criadas por Louie Bellson, Jingle Stick acima e Brustick abaixo.. 52 Ilustração 16 Uso de pedais em “Attitudes...Assumptions Shattered” de Derek Keller..... 53 9 LISTA DE EXEMPLOS Exemplo 1 Detalhe 1 da peça Blue Too de Smith, (2002).............................................. 45 Exemplo 2 Detalhe 2 de Blue Too de Smith (2002)...................................................... 45 Exemplo 3 Indicação das peças para o baterista improvisar em Chronos X de Victorio (2002)............................................................................................. 45 Exemplo 4 Bula para bateria de Chronos X (Victorio, 2002)........................................ 46 Exemplo 5 Cort Lippe pede para salpicar a corrente levemente sobre o chimbau....... 47 Exemplo 6 Arcada longa e única, bem devagar, como em um ritual, variando os harmônicos, o mais expressivo possível...................................................... 47 Exemplo 7 Orientação para posicionamento da caixa e equipamento em Music for snare drum, pure wave oscillator and one or more reflective surfaces de Alvin Lucier (1990)..................................................................................... 48 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Respostas dos bateristas sobre o tópico “preparar” a bateria....................... 62 Tabela 2 Respostas dos bateristas sobre recursos que utilizam na bateria.................. 63 Tabela 3 Proporção entre bateristas que tocaram de forma não-tradicional no meio acadêmico................................................................................................... 63 Tabela 4 Proporção entre bateristas que ouviram seu professor comentar sobre técnica estendida.......................................................................................... 64 Tabela 5 Respostas dos bateristas sobre a performance de técnicas estendidas na música escrita e improvisada....................................................................... 65 Tabela 6 Respostas dos bateristas sobre publicações para bateria.............................. 65 Tabela7 Respostas dos bateristas citando publicações para bateria (Métodos 66 mencionados em resposta à questão 17)...................................................... Tabela 8 Respostas dos bateristas sobre publicações com artigos de técnicas estendidas na bateria.................................................................................... 66 Tabela 9 Ocorrência de respostas citando publicações com artigos de técnicas estendidas em geral...................................................................................... 67 Tabela 10 Respostas dos bateristas sobre a percepção de limites na performance....... 67 Tabela 11 Menção de superfícies percutidas além da bateria....................................... 68 Tabela 12 Respostas dos bateristas sobre a performance em diferentes estilos........... 68 Tabela 13 Respostas dos bateristas sobre
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