O Idiomatismo Musical De Dom Um Romão
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ARTES GILBERTO ALVES FAVERY O IDIOMATISMO MUSICAL DE DOM UM ROMÃO: UM DOS ALICERCES DA LINGUAGEM DO SAMBAJAZZ NA BATERIA Campinas 2018 GILBERTO ALVES FAVERY O IDIOMATISMO MUSICAL DE DOM UM ROMÃO: UM DOS ALICERCES DA LINGUAGEM DO SAMBAJAZZ NA BATERIA Dissertação apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Música, na área de Música: Teoria, Criação e Prática. Orientador: Prof. Dr. Fernando Augusto de Almeida Hashimoto Este exemplar corresponde à versão final de Dissertação defendida pelo aluno Gilberto Alves Favery e orientado pelo Prof. Dr. Fernando Augusto de Almeida Hashimoto. Campinas 2018 COMISSÃO EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO GILBERTO ALVES FAVERY ORIENTADOR: FERNANDO AUGUSTO DE ALMEIDA HASHIMOTO MEMBROS: 1. PROF. DR. FERNANDO AUGUSTO DE ALMEIDA HASHIMOTO 2. PROF. DR. AFONSO CLAUDIO SEGUNDO DE FIGUEIREDO 3. PROF. DR. LEANDRO BARSALINI i v Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas. A ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros da Comissão Examinadora encontra-se no SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da Unidade. DATA DA DEFESA: 24/08/2018 v Para Dinian e Julia, com todo meu amor. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Diógenes Marins Favery (in memorian) e Thaisa Maria Alves Favery, meus irmãos Gigi, Junior e Cecília e nossa grande amiga Juraci pelo amplo apoio irrestrito desde sempre. Ao orientador Prof. Dr. Fernando Hashimoto pelo apoio, confiança e orientações precisas. A Dino Barioni pelo apoio de sempre, e, em especial com a ajuda nas transcrições das músicas; a Guilherme Marques, destacado baterista e motivador da minha vida na academia; a Dhieego Andrade e Mauricio Figueiredo, colegas de mestrado e grande incentivadores. Aos grandes músicos e mestres Afonso Claudio, André Tandeta, Casey Scheuerell, Charles Gavin, Chico Batera, Dudu Portes, Lauro Lellis, Lica Cecato, Pascoal Meirelles, Pedro Mauricio Sidoia, Raul de Souza, Nenê, Zé Eduardo Nazario e Tarik de Souza, pelas orientações e entrevistas imprescindíveis no trabalho; em especial a ajuda do músico Jorge Pescara que favoreceu o contato com o produtor, jornalista e crítico musical Arnaldo DeSouteiro, nos concedendo uma extensa e rica entrevista, imprescindível para o levantamento biográfico de Dom Um Romão. Muitíssimo obrigado Arnaldo DeSouteiro! Ao mestre e amigo Bob Wyatt, pelos ensinamentos, apoio e a oportunidade de trabalhar ao seu lado no âmbito acadêmico. Aos professores da Unicamp Manuel Falleiros e Leandro Barsalini pelas contribuições preciosas nas bancas de qualificação e defesa. v Aos professores e pesquisadores: Celso Mojola, Dinho Gonçalves, Emilio Mendonça, Fabio i Bergamini, Hélio Cunha, José Alexandre Carvalho, José Roberto Zan, Leandro Lui, Paulo Tiné, Roberto Saltini, Rubinho Barsotti e Vinícius Barros pelos ensinamentos e inspiração. Aos amigos e músicos: Christiano Rocha, Caio Dohogne, Diego Gil, Helio Ishitani, João Carlos Fávaro, Laura Scheuerell, Marcelo Sampaio, Sergio Lyra e Tato Andreatta. Aos músicos que tocam no meu quinteto: Jarbas Barbosa, Zéli Silva, Dino Barioni, Vitor Alcantara, Ogair Junior, Leo Mitrulis e Robertinho Carvalho. Aos alunos que participaram desse processo comigo: Amaury Filho, Erick Araújo, Davi Boruszewski, Jonathan Mauger e Victor Alencar. Às revisoras Gabriela Nakagawa, Thaisa Maria Alves Favery e Dinian Kfouri, pelas precisas ideias e revisões. À CAPES, Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pelo financiamento desta pesquisa entre setembro de 2017 a agosto de 2018. Obrigado a todos que contribuíram de forma direta e/ou indireta para a confecção deste trabalho. RESUMO Esse presente trabalho investiga os traços idiomáticos característicos da performance do baterista e percussionista Dom Um Romão (1925-2005), observado no período da música brasileira referente ao estilo denominado sambajazz (década de 1960), quando ainda Romão atuava essencialmente como baterista dentro desse contexto musical. O mapeamento do cruzamento de dados advindos de entrevistas, em conjunto com a análise musical de transcrições de faixas selecionadas de dois álbuns referenciais dessa fase, ambos lançados em 1964: O Som do saxofonista J. T. Meirelles, e Dom Um, primeiro álbum solo de Romão, nos permitiu identificar procedimentos idiomáticos recorrentes com uma abordagem bastante peculiar na bateria, conferindo a Dom Um Romão significativa representatividade dentro da segunda geração da bateria brasileira. Palavras Chaves: Dom Um Romão, percussão, prática interpretativa, bateria, música brasileira. ABSTRACT The present work investigates the idiomatic characteristics of the drummer and percussionist Dom Um Romão’s (1925-2005) performance, focused in the period of Brazilian music named sambajazz (1960's), when Romão acted essentially as a drummer within this musical context. The mapping of data raised by the cross-referencing between the interviews performed and the musical analysis of transcripts from selected tracks from the two reference albums from this period, both released in 1964: O Som, by J. T. Meirelles, and Dom Um, the first solo album by Romão, allowed us to identify recurrent idiomatic procedures with a very peculiar approach in the drumset, giving Dom Um Romão a significant representation within the second generation of the Brazilian drumming. Key words: Dom Um Romão, percussion, interpretive study, drum set, brazilian music. Índice de Ilustrações Figura 1. álbum: Canção do Amor Demais..............................................................................35 Figura 2. Beco das Garrafas....................................................................................................39 Figura 3. Sexteto Bossa Rio no Bottle’s no Beco das Garrafas...............................................42 Figura 4. Sergio Mendes com o Sexteto Bossa Rio no Festival da bossa nova do Carnegie Hall............................................................................................................................................46 Figura 5. Músicos no embarque para o Festival da Bossa Nova no Carnegie Hall................47 Figura 6. Capa do álbum: Bossa Nova at Carnegie Hall (1962) Ao vivo no Carnegie Hall..49 Figura 7. Copa Trio com Elis Regina cantando no Bottle´s, no Beco das Garrafas...............51 Figura 8. Capa do disco Flora é M.P.M. (1964)......................................................................54 Figura 9. Capa do álbum de Jorge Ben: Samba Esquema Novo (1963)..................................61 Figura 10. Capa do álbum Caymmi Visita Tom (1964)...........................................................62 Figura 11. Capa do CD O Som dos Catedráticos de Eumir Deodato, 1964............................64 Figura 12. Capa do álbum O Som de 1964, do grupo Meirelles e os Copa 5..........................65 Figura 13. Foto do Meirelles e os Copa 5 no Beco das Garrafas............................................67 Figura 14. Capa do álbum Dom Um (1964) ............................................................................70 Figura 15. Gravação do disco solo de Dom Um Romão: Dom Um (1964).............................72 Figura 16. Fotos de Dom Um Romão no Beco das Garrafas...................................................95 Figura 17. Dom Um Romão na gravação do álbum solo: Dom Um (1964)............................95 Figura 18. Fábrica americana Leed (1923) produzindo peles (empachamento).....................96 Figura 19. Fábrica americana Leed (1923) montagem das peles de couro animal (calfskin) em aros......................................................................................................................................96 Figura 20. Reconhecidos na foto: A dupla Miéle e Bôscoli...................................................99 Figura 21a. Procedimento da raspadeira: preparação do toque...........................................110 i Figura 21b. Procedimento da raspadeira: apojatura no tambor...........................................110 Figura 21c. Procedimento da raspadeira: toque principal no aro da caixa..........................110 x Figura 22. Notação musical de bateria adotada para esse trabalho.....................................111 Figura 23. Introdução de Telefone.........................................................................................114 Figura 24. Trecho final da introdução da faixa Telefone......................................................117 Figura 25. Trecho da parte (A) e (A`) da faixa Telefone.......................................................120 Figura 26. Solo de bateria em 20 compassos da faixa Telefone............................................122 Figura 27. Recorte dos compassos 15 e 16 do improviso de bateria em Telefone.................123 Figura 28. Associação da frase de repinique e “raspadeira” em Telefone...........................125 Figura 29. Associações mão esquerda de Romão com melodia e rítmica do piano em Birimbau..................................................................................................................................129 Figura 30. Análise motívica e interação da mão esquerda em Birimbau .............................132 Figura 31. Trecho transcrito da música Birimbau, compasso 13 ao 20................................133 Figura 32. Ocorrência da “raspadeira”, improviso de piano em Nordeste..........................136 Figura 33a. Variação do procedimento