Fazer Cultura. Arte E Política Cultural Em Salta, Argentina
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Fazer Cultura. Arte e política cultural em Salta, Argentina Laura Belén Navallo Coimbra Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós‐graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, da Universidade Federal de Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Antopologia Social. Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos de Souza Lima Co‐orientador: Prof. Dr. Gustavo Blázquez Rio de Janeiro Fevereiro de 2010 1 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. Navallo Coimbra, Laura Belén Fazer Cultura. Arte e política cultural em Salta, República Argentina. Rio de Janeiro, 2010. Dissertação . Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós – Graduação em Antropologia Social. 258 fl. Orientador: Antonio Carlos de Souza Lima; Co‐orientador: Gustavo Alejandro Blázquez. 1. Cultura. 2. Arte. 3. Política cultural. 4. Antropologia de Estado. 5. Pró – Cultura Salta, Argentina 2 Fazer cultura. Arte e política cultural em Salta, Argentina Laura Belén Navallo Coimbra Prof. Antonio Carlos de Souza Lima Prof. Gustavo Blázquez Dissertação de mestrado submetida ao corpo docente do Programa de Pós‐graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre Aprovada por: ______________________________________________________ Presidente, Prof. Antonio Carlos de Souza Lima Doutor, PPGAS/UFRJ ______________________________________________ Prof. Gustavo Blázquez Doutor, Universidad Nacional de Córdoba ______________________________________ Prof. Adriana de Resende Barreto Vianna Doutora, PPGAS/UFRJ ______________________________________________ Prof. Marcos Otávio Bezerra Doutor, UFF Rio de Janeiro Fevereiro de 2010 3 Agradecimentos Aproveito esta oportunidade para agradecer a todas as pessoas que colaboraram para o desenvolvimento deste trabalho, principalmente aos professores com quem compartilhei diferentes disciplinas e que me ajudaram a pensar os temas aqui tratados. Por isso, meus sinceros agradecimentos a Renata Menezes, Olivia Cunha, Moacir Palmeira. A Lygia Sigaud que, no curto período compartilhado, colaborou para despertar inquietações através de seu rigor teórico e crítico. Sou agradecida aos comentários atentos de Adriana Vianna, seu tratamento sempre respeitoso e ao tempo divertido, irônico, ameno, lúcido. A Fernando Rabossi por me acompanhar desde as teorias antropológicas, as discussões e as leituras compartilhadas, e por sua presença neste trânsito como estrangeira, por tudo o que significa viver a experiência de “mestranda”. Também por seu “encorajamento” nos encontros no chafariz. Eu gostaria de agradecer ao pessoal da Secretaria do Programa, Tania, Izabel, Adriana. Ao carinho ofertado por Alessandra e Carla da biblioteca Meus agradecimentos às pessoas com quem tive a oportunidade de trocar opiniões, que me informaram sobre distintos assuntos vinculados à investigação e que não tiveram dificuldade em atender às minhas perguntas e demandas, algumas delas mantendo a continuidade através do correio eletrônico. Meu respeito à confiança de: Oscar Aguirre, José Mario Carrer, Carmen Martorell, Luciano Tanto, Roberto Salvatierra, Raquel Peñalva, Gabriela Doña, Gabriela Recagno, Agustín Usandivaras. Também agradeço ao pessoal administrativo de diferentes instituições da cidade de Salta que me informaram e guiaram, na medida de suas possibilidades, para conseguir leis, decretos e indicações. Queria oferecer meus mais profundos e sinceros agradecimentos a Gustavo Blázquez, amigo e (co)orientador, que desde o momento em que o conheci, em um congresso de antropologia, soube me acompanhar e me orientar em minhas inquietações. Naquele evento, com aguda perspicácia, bastou uma só avaliação para fazer os presentes rirem enquanto se referia ao meu trabalho. Seu comentário surgiu a partir do convite para um baile que o hotel onde nos alojávamos oferecia aos assistentes. A partir de então dançamos e, embora esse momento acadêmico só tenha gerado horas de estar sentada, é a dança que me faz ser outra. Esse relâmpago também lhe agradeço. Além disso, porque por seu intermédio pude conhecer Antonio Carlos, querido e orientador. Ao Antonio Carlos, por sua imensa confiança, dedicação, generosidade e pela amizade que começamos a compartilhar. Agradeço seu apoio em todos os momentos, seus comentários agudos, críticos e alentadores, a partir dos quais se tornou possível a realização deste trabalho. Deste modo, desejo que o diálogo iniciado seja sucedido de outros. A minha querida família sempre atenta às minhas alegrias, necessidades e aos meus caprichos, por seu incondicional apoio. A minha mamãe Wilma, meu irmão Fernando, minha 4 irmã Tatiana, minha sobrinha Tania, meu cunhado Jorge. A minhas tias que sempre estão presentes lá das terras mais longínquas, mas com muito afeto e proximidade. Ao Tuty e a Niña, e também ao meu primo Bernardo. A passagem pelo mestrado foi cálida e divertida junto à carinhosa companhia de Paula, Martinho, Isis e Aline. Sobretudo com Isis e Aline, pudemos compartilhar este momento de finalização, encorajando‐nos cotidianamente através de encontros, cervejas e telefonemas. Meus sinceros agradecimentos pela amizade iniciada e que promete continuar. Também quero agradecer aos amigos que fui fazendo nesses anos, nesta maravilhosa cidade: Guillermo, Paulo Victor, Isabel, Nina, Camille, Kelly, Caio. Aos amigos com os quais compartilho diferentes experiências e que me acompanham desde diversas latitudes: Negra e Federico, Silvia, Tadeu, Paula, Gala, Romina, Stephanie, Cyro, Jaína, José Luis, Santi e Anita e Mariela e Roly, Latuf, Andrea, o Gallego, Sonia, Mabel, Leo Mercado, Luna. A meus companheiros e amigos da Brasil Soka Gakkai Internacional com quem o drama da vida cotidiana se transforma em alegria, por seu apoio e alento permanentes. A Vera, Vivi, Rafaela, Veridiana, Silvinha, Alexandre, Cleide e sua família, Eliana, Célia, e a todos os que continuam aparecendo… meus mais profundos e sinceros agradecimentos. Também agradeço ao presidente da organização o Sr. Daisaku Ikeda. Ao Hernán, Hernancito, por seu apoio incondicional, sua tolerância, pelas conversas sempre mantidas, pelo amor, a doçura e o afeto, pelos desafios percorridos e os que virão. Sinceramente, sem sua ajuda constante e a coragem ofertada teria sido um pouco mais difícil avançar. Resta‐me nesta oportunidade dedicar‐lhe este texto que, com paciência, vem acompanhando desde os seus inícios. Realmente, o desenvolvimento deste mestrado foi possível graças às bolsas de estudo recebidas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPE), durante 12 meses, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), também concedida pelo mesmo período. Muito obrigada! 5 Fazer cultura. Arte e política cultural em Salta, Argentina Resumo A presente dissertação se pergunta pelos modos de fazer "cultura" entanto política cultural. Para levar adiante esse propósito, uma associação civil sem fins lucrativos –Pro Cultura Salta– realiza na cidade homônima de Argentina, desde sua criação, em 1976, um evento denominado "Abril Cultural Salteño". Neste trabalho se analisa como se faz "cultura", e quais são as relações políticas que diversas pessoas mantêm entre si, que lhes permitiu realizar um "mês cultural". Essas atividades são percebidas por seus atores como práticas não políticas, pois a arte não pertence a esse universo. Porém, me proponho mostrar, partindo da análise, como são produzidas, por meio das atividades artístico‐culturais, formas de governo; como são construídos sujeitos de governo; como são criadas identidades, consolidadas de "imagens de nós" como o “nosso ideal"; como se apresenta "Salta é Cultura" como processo civilizatório. A partir dessas interrogações, e analisando diversos "Abris Culturais", me pergunto neste trabalho como esse projeto transformou‐se numa política de Estado da Provincia de Salta, e pelo lugar que ocupa Pro Cultura nesse processo. 6 Fazer cultura. Arte e política cultural em Salta, Argentina Resumen Esta disertación indaga los modos de hacer “cultura” en tanto política cultural. Para ello analizo una asociación civil sin fines de lucro ‐Pro Cultura Salta‐ realiza en la ciudad homónima de Argentina, desde el momento de su creación (1976‐1977), un evento denominado “Abril Cultural Salteño”. Aquí me propongo analizar cómo se realiza “cultura”, las relaciones políticas que diversas personas mantienen entre sí y que les permitió concretizar un “mes cultural”. Esas actividades son percibidas por sus actores como prácticas no políticas, ya que el arte no pertenece a ese universo. Por lo tanto, me propongo mostrar cómo a través de las actividades artísticas‐culturales se producen formas de gobierno y sujetos de gobierno, cómo se crean identidades, cómo se consolidan “imágenes de nosotros” como “nuestro ideal”, cómo se presenta “Salta es cultura” como proceso civilizatorio. A partir de estos interrogantes, y analizando distintos Abriles Culturales, cuestiono cómo ese proyecto se convierte en una política de Estado de la Provincia de Salta y el lugar que ocupa Pro Cultura en ese proceso. 7 Lista de quadros • Quadro n˚ 1. Pag. 52 • Quadro n˚ 2. Pag. 55 • Quadro n˚ 3. Pag. 132 8 Lista de mapas e fotos 1. Mapa de Salta. Pag. 41 2. Foto do cartaz do Primeiro Abril Cultural Saltenho, 1977. Gravura original de Osvaldo Juane. Pag. 81 3. Foto de El Intransigente, 12/4/1977. Vida Social IV‐V. Pag. 82 4. Foto de El Tribuno, 11/4/1977. Manchete