Entre Práticas E Discursos: Gilberto Mendes, Willy Corrêa De Oliveira E O Campo Da Música Erudita Brasileira Pós 1980 Ciências Sociais Unisinos, Vol

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Entre Práticas E Discursos: Gilberto Mendes, Willy Corrêa De Oliveira E O Campo Da Música Erudita Brasileira Pós 1980 Ciências Sociais Unisinos, Vol Ciências Sociais Unisinos ISSN: 1519-7050 [email protected] Universidade do Vale do Rio dos Sinos Brasil Delgado de Souza, Carla Entre práticas e discursos: Gilberto Mendes, Willy Corrêa de Oliveira e o campo da música erudita brasileira pós 1980 Ciências Sociais Unisinos, vol. 53, núm. 3, septiembre-diciembre, 2017, pp. 467-477 Universidade do Vale do Rio dos Sinos São Leopoldo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93854911008 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto Ciências Sociais Unisinos 53(3):467-477, setembro/dezembro 2017 Unisinos - doi: 10.4013/csu.2017.53.3.07 Entre práticas e discursos: Gilberto Mendes, Willy Corrêa de Oliveira e o campo da música erudita brasileira pós 1980 Beetween practices and discourses: Gilberto Mendes, Willy Corrêa de Oliveira and the Brazilian field of classical music post 1980 Carla Delgado de Souza1 [email protected] Resumo O objetivo deste artigo é entender como ocorreram certas mudanças no campo da música erudita brasileira a partir do final dos anos 1970, por meio do estudo das trajetórias de dois compositores brasileiros de renome: Gilberto Mendes e Willy Corrêa de Oliveira. Na pesquisa empreendida, percebi que houve, nesse momento, uma pulverização de lutas e movimentos estéticos tanto no Brasil como em todo o contexto euroamericano. Essas al- terações nas lógicas de funcionamento do campo musical estiveram atreladas a mudanças de percepções de cunho político e estético por parte de alguns músicos, que começaram a se indagar acerca do papel social da arte que faziam. Neste artigo, analiso de que forma o discurso em prol de uma aproximação do universo popular de criação artística permeou o processo criativo desses compositores, em um movimento caracterizado pelo campo musical como “abertura estética” ou “pós-modernismo musical”. Assim, procuro demons- trar o processo que levou à dissolução de determinadas práticas e discursos dos atores sociais preponderantes da música de vanguarda no período entre 1960 e 1980 no Brasil. Palavras-chave: música, vanguarda, modernidade. Abstract The goal of this paper is to understand how some changes in the Brazilian classical music field since the late 1970s happened, through the analysis of the trajectory of two impor- tant Brazilian composers: Gilberto Mendes and Willy Corrêa de Oliveira. I noticed that a pulverization of aesthetical fights and movements not occurred only in Brazil, but also in the Euroamerican context in that moment. Those alterations were connected to political and aesthetical perceptions. Besides that, the discourse in favor of an approximation of popular artistic creation was present in the creative process of these two composers, in a movement characterized by the musical field as “aesthetical overture” or “post-modernism musical”. Therefore, I seek to demonstrate the process that led to the dissolution of some practices and discourses of important social actors of avant-gard music in the period between 1960 and 1980 in Brazil. Keywords: music, avant-gard, modernity. 1 Universidade Estadual de Londrina. Rodovia Celso Garcia Cid (PR 445), Km 380, Campus Universitário, 86057-970, Londrina, PR, Brasil. Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Entre práticas e discursos: Gilberto Mendes e Willy Corrêa de Oliveira e o campo da música erudita brasileira pós 1980 468 Introdução Nesse sentido, a contribuição do texto restringe-se à perspectiva etnográfica, ancorada nas trajetórias destes dois Poucos termos podem ser considerados mais represen- compositores e leva em consideração a prerrogativa de Pau- tativos da modernidade artística do que a noção de vanguarda. lo de Tarso Salles sobre o pós-modernismo musical, entendido Consideradas, por alguns, como grupos de artistas que estão “à como um momento em que o ecletismo de propostas estéticas frente de seu tempo” e que conseguem, por esse motivo, serem se faz presente, de forma a configurar como “uma síntese in- mais críticos e inventivos do que os demais, as vanguardas tam- definível dos elementos utilizados” (Salles, 2005, p. 184). Este bém são frequentemente acusadas de usar linguagens artísti- novo contexto, que se delineia no Brasil mais fortemente a cas muito difíceis, acessíveis apenas a um público ínfimo. Com partir dos anos 1980, propicia pensar as novas configurações isso, elas tenderiam a estar sintonizadas com a intelectualidade do campo da música erudita brasileira na contemporaneidade, de sua época, que conseguiria entender a radicalidade de suas nas quais a própria existência das vanguardas, como atores so- proposições artísticas, enquanto que estariam divorciadas das ciais, é contestada. massas urbanas, que seriam por elas desprezadas. Nesse senti- Segundo Williams (2011), as vanguardas foram represen- do, a metáfora dos artistas que se enclausuram em uma torre tativas do Modernismo e expressaram a face mais radical deste de marfim e a pecha de que eles representam um formalismo período artístico, no qual o ataque violento contra uma estética consagrada representava a própria ação moderna. Embora pos- artístico extremo são constantes nas caracterizações da arte samos afirmar que todos os movimentos artísticos apostaram na de vanguarda. criatividade para a produção de uma nova linguagem (distin- Neste texto, pretendo discutir, por meio da noção de van- guindo-se, assim, em relação à tradição existente), percebe-se guarda, como ocorreram mudanças significativas nas práticas e uma diferença de atitude fundamental entre os processos ante- nos discursos constituintes das trajetórias de dois músicos de riores de emergência de novas referências estéticas e as práticas renome no campo da música brasileira erudita: Gilberto Mendes modernas de ação e posicionamento no campo artístico. (1922-2016) e Willy Corrêa de Oliveira (1936) a partir do final Enquanto nos períodos anteriores da História da Arte, a dos anos 1970. Para alguns autores, isso aconteceu porque o inovação surgia a partir de um diálogo e de uma aprendizagem campo da música erudita brasileira teria se dissolvido com o fim a partir da tradição, durante o Modernismo as vanguardas fi- da modernidade e de suas proposições de uma arte moderna, ra- zeram questão de enfatizar um posicionamento absolutamente dical. A chamada arte pós-moderna, ou pós-modernidade artís- contrário em relação à qualquer prática artística vigente, com tica, seria organizada de forma menos combativa e mais demo- o argumento de que era necessário investir em uma inovação crática, o que seria visível na poética musical tanto de Gilberto que fosse realmente libertadora em relação aos padrões artís- Mendes, como de Willy Corrêa de Oliveira. ticos existentes. Não se trata, portanto, de inovar com base na Coloco-me nesse debate de forma a tensionar essas afir- tradição como era feito nos períodos artísticos anteriores, mas mações, questionando se podemos afirmar que houve, no final de criar de maneira independente e brutalmente contrária aos dos anos 1970 e no início dos anos 1980 uma dissolução do modos e práticas existentes. É emblemática, nesse sentido, a se- campo da música erudita brasileira. Entendendo muitas vezes guinte afirmação: “A vanguarda, agressiva desde o início, via-se o termo “música pós-moderna” como uma categoria nativa, como desbravadora do futuro: seus membros não eram os por- defendo que houve uma reestruturação do campo da música tadores do progresso repetidamente definido, mas os militantes erudita brasileira nesse momento histórico, que passou a se de uma criatividade que reviveria e libertaria a humanidade” constituir de forma mais pulverizada. Com isso, busco iluminar (Williams, 2011, p. 30). alguns aspectos pertinentes às transformações sociais que afe- Ainda de acordo com Raymond Williams, além da rejeição taram o campo da música erudita brasileira no período entre os da tradição e a aposta na criatividade libertadora, as vanguardas anos 1960 até os anos 1980, quando ambos os compositores, modernas apresentam outra característica que lhes é peculiar: considerados como os principais nomes atuantes da música eru- todas adotaram um posicionamento político “antiburguês”. Nos dita de vanguarda brasileira, desvincularam-se da estética que discursos dos artistas e na maioria dos manifestos averigua-se o defenderam tão duramente nos anos 1960 e 1970. combate à figura do burguês, entendido como cidadão comum Categorizações simples e muito claras sobre as diferen- de crescente prestígio e ascensão econômica durante a moderni- ças estéticas existentes entre a vanguarda do movimento mú- dade. Abalar os padrões burgueses de gosto e de normas sociais sica nova e as propostas pós-modernas de composição não fa- era quase uma regra para as vanguardas modernas, que alme- rão parte do escopo analítico deste texto, pois, por mais que javam promover uma transformação significativa não apenas algumas diferenças estilísticas possam ser assinaladas, há uma nas artes, mas em toda a ordem social e cultural. Isso ocorria, indefinição acerca do que é a música erudita pós-moderna. Sem segundo Williams (2011), com todas as vanguardas, quer elas se um programa estético definido e seguindo lógicas diferenciadas
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