Com MARX, Para Além De Marx Ensaios Sobre Riquezas, Valores E Preços

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Com MARX, Para Além De Marx Ensaios Sobre Riquezas, Valores E Preços COM MARX, Para ALÉM DE Marx Ensaios sobre riquezas, valores e preços Com MARX para além de Marx.indd 1 08/04/2020 18:10:22 Com MARX para além de Marx.indd 2 08/04/2020 18:10:22 Benedito Silva Neto COM MARX, Para ALÉM DE Marx Ensaios sobre riquezas, valores e preços Com MARX para além de Marx.indd 3 08/04/2020 18:10:22 © Benedito Silva Neto Editora Telha Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei nº 9.610/1998) Conselho Editorial Dra. Ana Paula Pereira da Gama Alves Ribeiro, Dra. Camila Gui Rosatti, Dra. Carolina Branco de Castro Ferreira, Dr. Jonas Marcondes Sarubi de Medeiros, Dra. Larissa Nadai, Dra. Ludmila de Souza Maia, Dra. Priscila Erminia Riscado, Dr. Rafael França Gonçalves dos Santos, Dr. Rodrigo Charafeddine Bulamah, Dra. Silvia Aguião Produção Editorial Publisher: Douglas Evangelista Coordenação Editorial: Mariana Teixeira Revisão de Arquivos: Equipe Telha Capa: Paulo Vermelho Diagramação: Regina Paula Tiezzi Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Isabela Lustosa — CRB-77115 Editora Telha Rua Uruguai, 380, Bloco E, 304 Tijuca — Rio de Janeiro/RJ — CEP 20.510-052 Telefone: (21) 2143-4358 E-mail: [email protected] Site: www.editoratelha.com.br Com MARX para além de Marx.indd 4 08/04/2020 18:10:23 Agradecimento Vários tópicos desenvolvidos neste livro foram inspirados em questões discutidas por Michel Husson em vários dos seus livros e artigos, alguns dos quais aqui citados nas referências. Foi, portanto, com grande satisfação que recebi comentários e recomendações realizados a partir da leitura do manuscrito por este autor. Suas recomendações foram valiosas para melhorar a redação do livro e seus comentários (mesmo aqueles que apon- taram problemas e pontos obscuros) muito me estimularam a publicá-lo. Evidentemente, os erros e equívocos porventura presentes neste livro são de minha inteira responsabilidade. Com MARX para além de Marx.indd 5 08/04/2020 18:10:23 Com MARX para além de Marx.indd 6 08/04/2020 18:10:23 Apresentação Qual é a diferença entre valor e preço? Quais são as suas relações com a riqueza? Qual o papel que cada uma dessas categorias desempenha na reprodução econômica das socie- dades contemporâneas? Como essa reprodução econômica se relaciona com a sustentabilidade ecológica? Estas são as questões centrais tratadas nos ensaios que compõem este livro. O ponto de partida para discuti-las é a consideração de que a manutenção e a renovação das condi- ções materiais para a existência das sociedades (ou seja, a sua reprodução econômica) se baseia, fundamentalmente, nas riquezas, no seu sentido físico e qualitativo. Por exemplo, este texto foi digitado em um computador que se encontrava sobre uma mesa. Vamos supor que, com o valor monetário (ou seja, o preço) de um computador seja possível adquirir cinco mesas, mas a digitação do texto não seria possível com seis mesas e nenhum computador. Assim, se em termos monetários seria indiferente possuir um computador ou cinco mesas, do ponto de vista da atividade social específica para a qual cada um deles foi concebido tal equivalência não existe. O mesmo ocorre com todas as demais atividades sociais. Isto implica que os objetos precisam ser disponibilizados em quantidades e proporções precisas entre elas para que as sociedades possam se manter. E só existem duas formas possíveis de obter tais objetos. Ou diretamente a partir da natureza (caso sejam recursos gerados sem intervenção humana), ou produzindo-os pelo trabalho (mas, mesmo neste caso, em última instância, sempre a partir de riquezas obtidas da natureza). A questão que se coloca, então, é Com MARX para além de Marx.indd 7 08/04/2020 18:10:23 8 • Benedito Silva Neto como, em sociedades com uma alta divisão social do trabalho, este processo de apropriação, transformação e consumo de riquezas pode ser realizado de forma minimamente coerente com as demandas da sociedade, considerando a diversidade das condições de produção. Esta coerência pode ser assegurada pela atribuição de preços às riquezas (tanto as naturais, como as geradas pelo trabalho). Como estes preços podem ser definidos? Neste livro, é discutida uma teoria dos preços cujo fundamento é bastante simples: o preço deve ser equivalente ao custo mais alto pela unidade ainda necessária para suprir a demanda social, ou seja, ao custo “marginal”. Isto porque, caso isto não ocorrer, ou a demanda não pode ser satisfeita ou a produção excede a demanda. É por esta razão que os preços correspondentes aos custos marginais são denominados “eficientes”, pois eles induzem o conjunto das unidades de produção a gerar a quan- tidade de produto que corresponde à quantidade demandada nas condições de produção vigentes. De acordo com esta teoria, portanto, o preço corresponde ao custo marginal. Porém, como medir o custo? Para responder a esta questão, valemo-nos da teoria do valor de Marx: o custo total de uma mercadoria, ou seja, o seu valor, é equivalente ao tempo de trabalho socialmente necessário para produzi-la. Por outro lado, a dinâmica das sociedades contemporâneas baseia-se na valorização do capital e, portanto, no valor, e não diretamente nas necessidades sociais de riquezas. Isto faz do capitalismo um sistema econômico essencialmente contraditó- rio e instável, o qual foi magistralmente analisado por Marx, assim como por outros adeptos do materialismo histórico. No entanto, Marx, assim como os marxistas em geral, considera- va os preços fundamentalmente como valores médios, e não marginais. Ocorre que os valores marginais diferenciam-se dos valores médios quando há uma diversidade de condições de produção em um contexto de escassez de recursos, especial- mente de recursos naturais. E são precisamente estes recursos naturais que constituem as fontes primárias das riquezas, das quais as sociedades humanas dependem para assegurar a sua Com MARX para além de Marx.indd 8 08/04/2020 18:10:23 Com Marx, para além de Marx — Ensaios sobre riquezas, valores e preços • 9 reprodução econômica, assim como a sua sustentabilidade eco- lógica. Uma das mais graves consequências de considerar que os preços, fundamentalmente, correspondem a valores médios é que isto induz as análises econômicas marxistas (assim como outras correntes do pensamento econômico) a negligenciar o pa- pel que as riquezas (no seu sentido qualitativo) desempenham na reprodução econômica da sociedade, o que é possível evitar quando os preços são definidos a partir de valores marginais. As possíveis respostas às questões tratadas neste livro possuem múltiplas e profundas consequências. Ao longo dos ensaios, essas questões são analisadas tanto de um ponto de vista teórico, como quando é tratado o problema formulado por Marx da transformação de valores em preços, como a partir de problemas práticos, conforme os relacionados à possibilidade de um capitalismo verde ou às características de uma proposta socialista para o século XXI. Com MARX para além de Marx.indd 9 08/04/2020 18:10:23 Com MARX para além de Marx.indd 10 08/04/2020 18:10:23 Sumário Prefácio .........................................................................................15 Introdução Geral ........................................................................19 Preâmbulo Metodológico: a Programação Linear ................37 1. As Relações entre Riquezas, Valores e Preços ..................45 1.1. Introdução .............................................................................45 1.2. A riqueza como categoria econômica ................................46 1.3. As riquezas na reprodução econômica da sociedade .....59 1.4. Modelagem das relações entre riquezas, valores e preços ......................................................................................75 1.5. Conclusões ..........................................................................122 2. Riquezas, Valores e Preços na Teoria da Renda Diferencial de Marx ............................................................124 2.1. Introdução ...........................................................................124 2.2. A teoria da renda diferencial de Marx ............................125 2.3. As rendas diferenciais nas economias capitalistas ........139 2.4. Conclusões ..........................................................................145 3. Valores e preços em Marx ...................................................149 3.1. Introdução ...........................................................................149 Com MARX para além de Marx.indd 11 08/04/2020 18:10:23 12 • Benedito Silva Neto 3.2. A relação entre valor e preço em Marx ...........................151 3.3. Marx e os processos econômicos de equalização das taxas de lucro .......................................................................154 3.4. As relações entre a oferta e a demanda na equaliza- ção das taxas de lucro .........................................................155 3.5. Formação dos preços e composição orgânica do capital ...................................................................................160 3.6. Equalização das taxas de lucro e reprodução do siste- ma econômico ......................................................................164 3.7. A transformação de valores em preços sem modifica- ção das quantidades produzidas ......................................193 3.8. A equalização das taxas de lucro na dinâmica da economia capitalista ...........................................................196 3.9. Eficiência dos preços e equalização
Recommended publications
  • 16 | 2019 Le Récit Inachevé: Études Sur Mai 68
    Carnets Revue électronique d’études françaises de l’APEF Deuxième série - 16 | 2019 Le Récit inachevé: études sur Mai 68 Maria de Jesus Cabral, Carlos Carreto et Maria João Brilhante (dir.) Édition électronique URL : http://journals.openedition.org/carnets/9588 DOI : 10.4000/carnets.9588 ISSN : 1646-7698 Éditeur APEF Référence électronique Maria de Jesus Cabral, Carlos Carreto et Maria João Brilhante (dir.), Carnets, Deuxième série - 16 | 2019, « Le Récit inachevé: études sur Mai 68 » [En ligne], mis en ligne le 31 mai 2019, consulté le 26 septembre 2020. URL : http://journals.openedition.org/carnets/9588 ; DOI : https://doi.org/10.4000/ carnets.9588 Ce document a été généré automatiquement le 26 septembre 2020. Carnets est mis à disposition selon les termes de la licence Creative Commons - Atribution – Pas d’utilisation commerciale 4.0 International. 1 SOMMAIRE Introduction Mai 68 ou l’art de la parenthèse Maria de Jesus Cabral, Carlos F. Clamote Carreto et Maria João Brilhante Mai-68... et après ? Une nouvelle donne politique. La France de 1962 à 1984 Gilles Richard Mai 1968 : La fête des Dieux Jean-Jacques Wunenburger Mai 68 ou l’imagination paradoxale Carlos F. Clamote Carreto Des « Fins de L’homme » à la Naissance des Fantômes ou comment prendre la parole ? Ana Paiva Morais Faut-il ‘achever’ mai 68 ? Enjeux et réflexions João Domingues L’impromptu de Vincennes Lacan et le discours unis-vers-cythère au lendemain de mai 68 Cristina Álvares Mai est un roman Luis Carlos Pimenta Gonçalves Yes, peut-être de Marguerite Duras : réécriture de l’histoire Ana Fernandes Romain Gary et Mai 68.
    [Show full text]
  • Christophe Guilluy
    Sommaire | avril 2019 Éditorial 4 | Peuple contre élites. Comment « refaire société » ? › Valérie Toranian Dossier | Peuple contre élites. Histoire d’une France brisée 8 | Christophe Guilluy. « Notre modèle de société n’est plus viable » › Valérie Toranian 22 | La société ouverte a-t-elle tenu (toutes) ses promesses ? › Jacques de Saint Victor 34 | Karl Popper, penseur de la société ouverte › Robert Kopp 38 | Pourquoi le libéralisme n’est pas l’ennemi du peuple › Laetitia Strauch-Bonart 44 | Les limites de l’identité › Nathalie Heinich 49 | Le culte dévastateur du « bon vieux temps » › Pierre-Antoine Delhommais 56 | Renaud Beauchard. L’actualité de Christopher Lasch › Laurent Ottavi 65 | Jean-Claude Michéa : portrait du philosophe en gilet jaune › Sébastien Lapaque 73 | Il y a un demi-siècle, l’Europe société ouverte, par Denis de Rougemont › Jean-Paul Clément 78 | Il faut qu’un esprit soit ouvert et en même temps fermé › Marin de Viry Littérature 82 | La littérature au secours de l’histoire › David Diop 89 | Le dernier juif de Westhoffen est mort › Ondine Debré 94 | Barbey d’Aurevilly, le génie du ressentiment › Jean-François Roseau 100 | Une cure de repos par la poésie ? Suivez une poéticothérapie ! › Olivier Cariguel 2 AVRIL 2019 Études, reportages, réflexions 108 | Pathologies médiatiques, pathologies françaises › François d’Orcival 120 | Qu’est-ce que le progrès économique ? › Annick Steta 127 | Le transhumanisme est-il un humanisme ? › Michaël de Saint-Cheron 134 | Génocide arménien : enquête sur les « ordres de tuer » de Talaat
    [Show full text]
  • French Brothers and Capitalism: Pragmatism, Radical Questioning, and Impasses
    French Brothers and Capitalism: Pragmatism, Radical Questioning, and Impasses By Haoues Seniguer Report n. 21, April 2021 FRENCH BROTHERS AND CAPITALISM French Brothers and Capitalism: Pragmatism, Radical, Questioning and Impasses About the author: Haoues Seniguer is an assistant professor in political science at Sciences Po Lyon and a researcher at the Triangle laboratory, UMR, 5206 Lyon. He is a specialist in Islamism and the relationship between politics and Islam in France and Morocco. He is the author of a hundred articles for academic journals and newspapers, and several books, one of which is in French, Les (Néo) Frères Musulmans et Le Nouvel Esprit Capitaliste: Entre Rigorisme Moral, Cryptocapitalisme et Anticapitalisme (2020). European Eye on Radicalization 2 FRENCH BROTHERS AND CAPITALISM Contents Page Introduction……………………………….……………………………………………………4 Tariq Ramadan: Between Islamism, Anti-Globalization, and Capitalist Imprint ……………….. 8 An Ambivalent Relationship with the ‘Capitalist Spirit’………………………………………10 Yamin Makri: A Neo-Muslim BrotHer Critique of tHe General Modern Economy …………… 14 Nabil Ennasri: Hunting Market Vices, Celebrating its (Muslim) Successes …………………… 18 Abdelaziz CHaambi: From tHe Extreme Left to a Politicized Islam ……………….…………... 22 Conclusion…………………………………………………...……………………………….. 26 3 FRENCH BROTHERS AND CAPITALISM Introduction The New Spirit of Capitalism offers “a minimal definition of capitalism”, wHicH attempts to remain normatively neutral: [O]f the different cHaracterizations of capitalism (or, today frequently capitalisms) over the last century and a Half, we sHall employ the minimal formula stressing an imperative to unlimited accumulation of capital by formally peaceful means. The constant reintroduction of capital into the economic circuit witH a view to deriving a profit — that is to say, increasing the capital, wHicH will in turn be reinvested — is the basic mark of capitalism, endowing it witH a dynamic and transformative power that has fascinated even the most Hostile of observers.
    [Show full text]
  • Évolution De La Critique Libertaire Du Travail Entre Le Xixe Siècle Et Le Xxe Siècle
    JO LE TARTE Évolution de la critique libertaire du travail entre le XIXe siècle et le XXe siècle Mémoire présenté à la Faculté des études supérieures de l'Université Laval dans le cadre du programme de maîtrise en sociologie pour l'obtention du grade de maître ès arts (M.A.) DÉPARTEMENT DE SOCIOLOGIE FACULTÉ DES SCIENCES SOCIALES UNIVERSITÉ LAV AL QUÉBEC 2009 © Jo Letarte, 2009 Résumé La recherche est le résultat d'une analyse sur l'évolution du contenu de la critique libertaire du travail entre le XIXe et le XXe siècle. La recherche montrera que la critique libertaire du travail au XlXe siècle se centre sur ce que l'industrialisation a fait perdre à l'ouvrier sur le lieu de production: le monopole de son savoir technique et des conditions de travail qui le satisfassent. Divers mouvements porteront ces luttes, tels que les luddites, le Capitaine Swing, les D1anifestations précédents le massacre de Haymarket Square, le système des COD1D1unes françaises et le regroupement en syndicats révolutionnaires. Tandis qu' au XXe siècle, la critique libertaire du travail va au-delà du milieu de production en apportant une sévère mIse en accusation: de l'institutionnalisation des luttes ouvrières, de la société de consommation; de la marchandisation des rapports sociaux et du caractère hétéronome des techniques de production. Ceci s'incarne dans diverses révoltes comme les émeutes de Watts~ Berkeley ou de Mai 68, dans le mode de vie adopté par les punks, dans des mouvements qui ont théorisés sur la transformation du travail afin qu'il puisse s'allier à l'art et au jeu ainsi que par la mondialisation de la lutte ouvrière.
    [Show full text]
  • Analyse Sociocritique De Représentations De La Liberté Sexuelle De L'individu Contemporain Dans La Littérature Française
    UNIVERSITÉ DU QUÉBEC À ~10NTRÉAL ANALYSE SOCIOCRITIQUE DE REPRÉSENTATI ONS DE LA LIBERTÉ SEXUELLE DE L'INDIVIDU CONTEMPORAIN DANS LA LITTÉRATURE FRANÇAISE ET QUÉBÉCOISE EN SCIENCES HUMAINES ET SOCIALES DES ANNÉES 70 À AUJOURDHUI (1969-2019) THÈSE PRÉSENTÉE COMME EXIGENCE PARTIELLE DU DOCTORAT EN SOCIOLOGIE PAR DAVID RISSE AVRIL 2019 U!'JIVERSITÉ DU QUÉBEC À MONTRÉAL Service des bibliothèques Avertissement La diffusion de cette thèse se fait dans le respect des droits de son auteur, qui a signé le formulaire Autorisation de reproduire et de diffuser un travail de recherche de cycles supérieurs (SDU-522 - Rév.0?-2011 ). Cette autorisation stipule que «conformément à l'article 11 du Règlement no 8 des études de cycles supérieurs, [l'auteur] concède à l'Université du Québec à Montréal une licence non exclusive d'utilisation et de publication de la totalité ou d'une partie importante de [son] travail de recherche pour des fins pédagogiques et non commerciales. Plus précisément, [l'auteur] autorise l'Université du Québec à Montréal à reproduire, diffuser, prêter, distribuer ou vendre des copies de [son] travail de recherche à des fins non commerciales sur quelque support que ce soit, y compris l'Internet. Cette licence et cette autorisation n'entraînent pas une renonciation de [la] part [de l'auteur] à [ses] droits moraux ni à [ses] droits de propriété intellectuelle. Sauf entente contraire, [l'auteur] conserve la liberté de diffuser et de commercialiser ou non ce travail dont [il] possède un exemplaire.» REMERCIEMENTS À n'.en point douter, Louise Vandelac s'illustre parmi ces très rares professeur.e.s incarnant avec noblesse et sobriété ce lien pédagogique fort permis par 1'exigeante réserve qu'appelle l'éthique de la non-intervention, qui favorise également le cheminement plus libre et plus autonome de la pensée critique.
    [Show full text]
  • Pico Della Mirandola Descola Gardner Eco Vernant Vidal-Naquet Clément
    George Hermonymus Melchior Wolmar Janus Lascaris Guillaume Budé Peter Brook Jean Toomer Mullah Nassr Eddin Osho (Bhagwan Shree Rajneesh) Jerome of Prague John Wesley E. J. Gold Colin Wilson Henry Sinclair, 2nd Baron Pent... Olgivanna Lloyd Wright P. L. Travers Maurice Nicoll Katherine Mansfield Robert Fripp John G. Bennett James Moore Girolamo Savonarola Thomas de Hartmann Wolfgang Capito Alfred Richard Orage Damião de Góis Frank Lloyd Wright Oscar Ichazo Olga de Hartmann Alexander Hegius Keith Jarrett Jane Heap Galen mathematics Philip Melanchthon Protestant Scholasticism Jeanne de Salzmann Baptist Union in the Czech Rep... Jacob Milich Nicolaus Taurellus Babylonian astronomy Jan Standonck Philip Mairet Moravian Church Moshé Feldenkrais book Negative theologyChristian mysticism John Huss religion Basil of Caesarea Robert Grosseteste Richard Fitzralph Origen Nick Bostrom Tomáš Štítný ze Štítného Scholastics Thomas Bradwardine Thomas More Unity of the Brethren William Tyndale Moses Booker T. Washington Prakash Ambedkar P. D. Ouspensky Tukaram Niebuhr John Colet Abū Rayhān al-Bīrūnī Panjabrao Deshmukh Proclian Jan Hus George Gurdjieff Social Reform Movement in Maha... Gilpin Constitution of the United Sta... Klein Keohane Berengar of Tours Liber de causis Gregory of Nyssa Benfield Nye A H Salunkhe Peter Damian Sleigh Chiranjeevi Al-Farabi Origen of Alexandria Hildegard of Bingen Sir Thomas More Zimmerman Kabir Hesychasm Lehrer Robert G. Ingersoll Mearsheimer Ram Mohan Roy Bringsjord Jervis Maharaja Sayajirao Gaekwad III Alain de Lille Pierre Victurnien Vergniaud Honorius of Autun Fränkel Synesius of Cyrene Symonds Theon of Alexandria Religious Society of Friends Boyle Walt Maximus the Confessor Ducasse Rāja yoga Amaury of Bene Syrianus Mahatma Phule Chhatrapati Shivaji Maharaj Qur'an Cappadocian Fathers Feldman Moncure D.
    [Show full text]
  • France Bans the Veil: What French Republicanism Has to Say About It
    6. MECHOULAN - SUMMER 2017 - BU ILJ.DOCX (DO NOT DELETE) 5/1/17 12:24 PM FRANCE BANS THE VEIL: WHAT FRENCH REPUBLICANISM HAS TO SAY ABOUT IT Stéphane Mechoulan∗ ABSTRACT In 2010, France banned the wearing of face-veils in public. This criminalization of face covering was criticized by the U.S. State Department, prominent non-governmental organizations (“NGOs”), and legal academics of the Anglo-liberal tradition as a violation of freedom of religion and expression. Against this backdrop, the European Court of Human Rights’ 2014 decision to uphold the ban provides a timely opportunity to better understand the French republican rationale behind it. Through reconsidering the competing conceptions of the common good produced by Anglo-liberalism and French republicanism this article explores how the ban aims to preserve an organizing principle of the Rousseauist social contract. Specifically, it investigates the legal concept of “immaterial public order” which operationalizes the political and philosophical foundations of that principle. Teasing out how French republican values mesh with French identity, this article exposes the political threat that the practice of hiding one’s face triggers, while questioning how far those values and cultural identity concerns may go in curbing fundamental freedoms. Ultimately, as a friction point between competing rights, the face-veil ban invites commentators to analyze the political and historical tenets of human rights ideology and investigate whether their purported universality can accommodate substantive variations in their implementation. This inquiry is all the more relevant as Western countries, now pluralist and secular, struggle to integrate an increasing number of individuals of foreign cultural and religious backgrounds.
    [Show full text]
  • Capitalisme Et Économie De Marché
    Capitalisme et ´economiede march´e S´ebastienGroyer To cite this version: S´ebastienGroyer. Capitalisme et ´economiede march´e. Philosophie. Universit´ePanth´eon- Sorbonne - Paris I, 2015. Fran¸cais. <NNT : 2015PA010515>. <tel-01222227> HAL Id: tel-01222227 https://tel.archives-ouvertes.fr/tel-01222227 Submitted on 29 Oct 2015 HAL is a multi-disciplinary open access L'archive ouverte pluridisciplinaire HAL, est archive for the deposit and dissemination of sci- destin´eeau d´ep^otet `ala diffusion de documents entific research documents, whether they are pub- scientifiques de niveau recherche, publi´esou non, lished or not. The documents may come from ´emanant des ´etablissements d'enseignement et de teaching and research institutions in France or recherche fran¸caisou ´etrangers,des laboratoires abroad, or from public or private research centers. publics ou priv´es. Université Paris 1 Panthéon - Sorbonne THESE pour l’obtention du grade de DOCTEUR DE L’UNIVERSITE PARIS 1 PANTHEON-SORBONNE en philosophie soutenue publiquement par Sébastien GROYER le 19 mai 2015 Capitalisme et Economie de marché JURY : Directrice : Madame Catherine LARRERE, Professeur à l’Université Panthéon-Sorbonne (Paris, France) Membres : Monsieur Emmanuel PICAVET, Professeur à l’Université Panthéon-Sorbonne (Paris, France) Monsieur Jérôme LALLEMENT, Professeur à l’Université Paris Descartes (Paris, France) Monsieur Jean CARTELIER, Professeur à l’Université Paris X-Nanterre (Nanterre, France) 2 Remerciements Je remercie les professeurs Catherine Larrère et Emmanuel Picavet pour leur soutien depuis plusieurs années, ainsi que pour la confiance qu’ils m’ont accordée. Je voudrais également exprimer ma gratitude à l’égard des confrères et partenaires liés à ma profession, et en particulier mes collègues de Seventure Partners, pour leur aide, volontaire ou involontaire.
    [Show full text]
  • Agroecology and Social Classes, an Approach Based on the Works by György Lukács and Michel Clouscard
    AGROECOLOGY AND SOCIAL CLASSES, AN APPROACH BASED ON THE WORKS BY GYÖRGY LUKÁCS AND MICHEL CLOUSCARD BENEDITO SILVA NETO1 Introduction The term Agroecology has currently been used to designate a wide field of social practices comprehending academic activities, productive processes and actions of politi- cal demands (NORDER et. al., 2016; WEZEL et al., 2009). Despite its heterogeneity, a certain identity is observed in that “agroecological field” as from its antagonism to the technological standard currently hegemonic in agriculture, supported by organizations that produce inputs and equipments of industrial origin, major land owners, processing industries and large networks trading agricultural products, that is, the so-called Agri- business2. In the agroecological field, great attention is thus devoted to peasantry, whose diversified agriculture, developed in limited scales and, therefore, less aggressive towards the environment and less dependent on external inputs, has been considered one of the bases of Agroecology (PETERSEN, 2009). Moreover, we highlight the importance of intellectual workers, such as researchers, lecturers and technicians, in the agroecological field (PETERSEN et al., 2009). From the point of view of the social classes playing the leading role, therefore, Agroecology is far from being homogeneous. The present article, of exploratory character, aims mainly at indicating elements in György Lukács’s and Michel Clouscard’s works for analyzing the possible contradictions generated by this diversity, especially those regarding the class interests of the peasantry and of intellectual workers, the latter herein considered members of a “new middle class”, (CLOUSCARD, 1996, p. 25-28). The importance of György Lukács’s and Michel Clouscard’s thought for analyzing this issue is due to the contribution of their work to understanding the political-ideological positioning of the social classes along the development of capitalism.
    [Show full text]
  • Counterrevolution? What Revolution? Author(S): Eugen Weber Source: Journal of Contemporary History, Vol
    Revolution? Counterrevolution? What Revolution? Author(s): Eugen Weber Source: Journal of Contemporary History, Vol. 9, No. 2 (Apr., 1974), pp. 3-47 Published by: Sage Publications, Ltd. Stable URL: http://www.jstor.org/stable/260045 Accessed: 31-08-2015 15:38 UTC Your use of the JSTOR archive indicates your acceptance of the Terms & Conditions of Use, available at http://www.jstor.org/page/ info/about/policies/terms.jsp JSTOR is a not-for-profit service that helps scholars, researchers, and students discover, use, and build upon a wide range of content in a trusted digital archive. We use information technology and tools to increase productivity and facilitate new forms of scholarship. For more information about JSTOR, please contact [email protected]. Sage Publications, Ltd. is collaborating with JSTOR to digitize, preserve and extend access to Journal of Contemporary History. http://www.jstor.org This content downloaded from 128.103.149.52 on Mon, 31 Aug 2015 15:38:49 UTC All use subject to JSTOR Terms and Conditions Revolution? Counterrevolution? What revolution? Eugen Weber Almost any discussion of fascism is bound to involve consideration, explicit or not, of its revolutionary or counterrevolutionary nature. Fascists claimed to engage in a revolution. Their opponents denounced them as counter- revolutionaries. Most students divide unevenly about this: many consider the fascists' counterrevolutionary role self-evident, a few prefer to begin by taking the fascists at their word, some still judge the charges unproven. At any rate, the debate suggests the high symbolic, hence passional and practical, value of terms like revolution and counterrevolution, increasingly loaded, in intellectual and political intercourse, with an ethical burden that even the mass media perceive.
    [Show full text]
  • '1968': Catalyst for Consumer Society
    View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Bangor University: eBangor / Prifysgol Bangor ‘1968’ – a Catalyst of Consumer Society1 Alexander Sedlmaier and Stephan Malinowski Abstract: The emergence of a new type of consumer society was catalysed rather than impeded by the tumultuous events of the late 1960s. The rebels of 1968 contributed considerably to the breaking down of conservative obstacles to consumption, to the opening up of new markets, and to the creation of a new type of consumer. At its heart, ‘1968’ was an intra-bourgeois confrontation pursued by an innovative minority. The many instances of personal transfor- mation from protagonists of protest to pillars of the establishment can be interpreted in the context of communicative and consumerist modernisation. The protesters’ performative he- donism proved highly compatible with consumer culture. Protest culture, on the one hand, sought the publicity of consumer society as a spatial and moral sphere for its activities. The response of the ‘system’ to the protests, on the other hand, was surprisingly flexible, and re- sulted in the further development of capitalism and consumer society in the late 20th century. In 1848, a text which was to make a name for itself announced a revolution: All fixed, fast-frozen relations, with their train of ancient and venerable prejudices and opinions, are swept away, all new-formed ones become antiquated before they can ossify. All that is solid melts into air, all that is holy is profaned, and man is at last compelled to face with sober senses his real conditions of life, and his relations with his kind.
    [Show full text]
  • Revue Politique Mensuelle Du Pcf - 6 Euros
    RdP-43_V07_RDP 15/01/15 14:03 Page1 N°43 JANVIER 2015 - REVUE POLITIQUE MENSUELLE DU PCF - 6 EUROS P. 5 LE GRAND ENTRETIEN P. 52 LIRE P. 58 DANS LE TEXTE NOTRE GÉNÉRATION ENTRETIEN AVEC LA COMMUNE DE PARIS : EST RÉVOLUTIONNAIRE MAXIMILIEN LE ROY LE TRÈS POSSIBLE Nordine Idir COMMUNISME Jean Quétier, Florian Gulli DOSSIER LIBERTÉ ! Les tragiques événements du début du mois de janvier placent la question de la liberté sous une lumière nouvelle. Ce dossier, rédigé avant l'attentat contre Charlie Hebdo , entend (r)ouvrir, dans une perspective communiste, un chantier à la fois vaste et central. Nous espérons que ce numéro pourra notamment contribuer à éclairer une lutte plus que jamais d'actualité : le combat pour la liberté d'expression. Parti communiste français RdP-43_V07_RDP 27/12/14 14:34 Page2 THÈMES DES PROCHAINS exPression Communiste NUMÉROS DE LA REVUE DU PROJET : Média, Féminisme, nation... Vous avez des idées sur ces dossiers n’hésitez pas à nous contacter : Écrivez à [email protected] 3 Édito 40 coMbat d’idÉes Pierre Laurent le chantier des libertés Gérard Streiff extrême droite. la ronde des boucs émissaires 4 PoÉsies 42 MOUVEMENT RÉEL Victor Blanc Vladimir Maïakovski : la voix de la révolution André Tosel liberté et nécessité selon gramsci 5 regard 44 histoire Élodie Laseille garry Winogrand Fabien Archambault Calcio (football) et politique dans l’italie républicaine 6 u 33 le dossier libertÉ ! 46 Production de territoires Pierre Crépel et Nicolas Dutent le spectre de la liberté Corinne Luxembourg et Dalila Messaoudi la ville côté femmes : les usages féminins des espaces publics Marie Leca-Tsiomis la liberté et l’Encyclopédie Stéphanie Roza la liberté des anciens, la liberté des Modernes et le 48 sciences marxisme Marion Cousin les mathématiques japonaises Emmanuel Barot Marxisme et liberté : sartre et nous aujourd’hui Michel Vadée le règne de la liberté 50 sondages Chantal Jaquet le self-made-man à l’épreuve de la complexion Gérard Streiff les Français et l’entreprise.
    [Show full text]