PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA nºnº 1635 1594 - 17- 15 de de Março Abril de 20102009

Director: Jorge Manuel Ferraz de Freitas Neto Periodicidade Semanal Registo na ERC nº 105690

Propriedade: PSD - Rua de São Caetano, nº 9 1249-087 Lisboa

XXXII CONGRESSO DO PSD 13 e 14 de Março de 2010

Esta edição do “Povo Livre” é totalmen- EDITORIAL te dedicada ao XXXII Congresso do nosso Partido e pretende dar aos militantes uma panorâmica do que ali se discutiu, sendo esta a primeira grande apresentação pública dos quatro candidatos à liderança social- As eleições no PSD democrata, a decidir em eleições directas no No próximo dia 26 de Março cumpre-se um dos mais significativos actos da vida próximo dia 26 de Março. interna do PSD: a eleição do seu líder. Na próxima edição recuperaremos al- Não é uma eleição qualquer. gumas intervenções de outros destacados Vivemos um momento histórico no País e no Partido. No País, com uma crise económica e social graves e que militantes - que foi impossível incluir neste se ancora em razões conjunturais externas mas também estruturais internas. No Partido, com a imperiosa neces- número - e assim completaremos o nosso sidade da sua afirmação como alternativa credível e consistente de poder por contraponto ao desvario socialista. dever, definido por Sá Carneiro, de ser “A Vencer no Partido, para a seguir vencer no País é, em traços gerais, o desafio que se coloca aos candidatos memória escrita do PSD, no Poder ou fora á liderança do PSD. E é essa também a enorme responsabilidade que recai sobre o militante anónimo do PSD. dele”. Saibamos estar à altura das nossas responsabilidades. Saibamos escolher o melhor. O próximo líder do PSD. In- Ainda incluímos neste número alguns arti- contornavelmente, o próximo Primeiro-Ministro de . É a hora! gos de Opinião, que perderiam oportunidade, bem como a rubrica “Cartas e Mensagens Jorge Neto ao PSD”, o nosso contacto semanal com os O Director leitores do “Site do PSD” e do “Povo Livre”.

1 XXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010 XXXII Congresso (Extraordinário) do Partido Social Democrata

Os trabalhos do XXXII Congresso do Leite, num discurso que foi, simultanea- da oposição. Consenso sobre quê? Con- “Sabíamos que a História nos iria dar PSD tiveram início às 13:53, com o presi- mente, de abertura e de despedida, lem- senso sobre as medidas a aplicar? Não. razão, mas também sabíamos dos enor- dente da mesa, a apresentar brou que Governo propõe no Programa Estas medidas só são necessárias porque mes custos que comporta, em política os objectivos do Congresso. de Estabilidade e Crescimento (PEC) a política errada deste Governo as tornou - como muitas vezes na vida - ter razão Estavam inscritos 830 congressistas, aumentar impostos a pelo menos três inevitáveis”. antes de tempo. Não nos arrependemos, entre 500 a 600 observadores e 350 ele- milhões e meio de portugueses - e logo “O consenso que demos responsa- antes pelo contrário”, acrescentou. mentos da comunicação fizeram a cober- aos que se encontram em escalões que velmente aos instrumentos necessários Ferreira Leite leu ainda um excerto tura da reunião magna social-democrata. menos podem suportar erosões grandes para acalmar as instituições financeiras do seu discurso no congresso de 2008, O XXXII Congresso do PSD foi dos seus rendimentos - além de não con- internacionais não resulta de qualquer realizado em Guimarães, em 2008, e de- solicitado por 2500 militantes, que corres- ter virtualidades de crescimento real da apreciação positiva dos documentos em pois observou: “Infelizmente, isto podia ponderam a um apelo de Pedro Santana economia e recuperação do desemprego.. causa ou das medidas preconizadas. Re- ter sido escrito hoje. Os sinais de há dois Lopes, para debater a situação política e Na sua intervenção, Manuela Ferreira sulta de neste momento não haver outra anos estavam bem à vista”. alterações estatutárias. Leite apelidou o PEC de “programa de solução perante as instituições internacio- A presidente do PSD reclamou ter Houve, logo antes da abertura, uma estabilidade e estagnação” e recusou nais. Ou seja, resulta exclusivamente do actuado sempre para servir o país, “ sem proposta polémica de concentração dos contribuir para um consenso sobre me- nosso entendimento sobre o que significa medo de ir contra a corrente”, e ter conse- trabalhos num só dia. didas que “só são necessárias porque a o interesse nacional”. guido “cimentar o PSD como alternativa Esta proposta foi de imediato cri- política errada deste Governo as tornou “Neste momento a posição do PSD é credível ao Governo socialista”. ticada pelo ex-presidente do PSD, que inevitáveis”. decisiva para tranquilizar os mercados”, O próximo presidente do PSD “ini- considerou não ter sido para isso que Apesar disso, considerou que “neste considerou. ciará o seu mandato com um património promoveu o requerimento subscrito por momento a posição do PSD é decisiva A presidente do PSD chamou ainda que muito me orgulho de ter reforçado: a 2500 militantes, que impôs a convocação para tranquilizar os mercados”. atenção dos Congressistas, para o facto credibilidade do partido”, disse. deste congresso extraordinário. De acordo com Manuela Ferreira de “ter tido razão antes de tempo; e que Quanto ao futuro do PSD, defendeu Assim, o presidente da Mesa do Con- Leite, as medidas contidas no PEC “são agora é evidente que os portugueses que o partido deve manter “a defesa in- gresso do PSD, Rui Machete, anunciou as medidas adequadas a uma situação foram enganados pelo PS”, lamentando, transigente de um Estado independente logo na abertura, que este órgão tinha desesperada” que é da responsabilidade por Portugal, o resultado das passadas dos interesses particulares, deste ou da- decidido não apresentar qualquer pro- da governação socialista que andou “a legislativas. quele grupo empresarial ou determinado posta de alteração da ordem de trabalhos, vender perspectivas sem sentido” aos Num balanço do seu mandato de dois grupo financeiro”. mantendo os dois dias de trabalhos, como portugueses. anos como presidente do PSD, Manuela referiu nunca estava previsto. “Só por desespero se podem aumentar Ferreira Leite disse que a tranquiliza “ter viu no requerimento que impôs a rea- O anúncio feito por Rui Machete no impostos a, pelo menos, três milhões e sempre falado verdade aos portugueses” lização deste congresso extraordinário início do congresso extraordinário de meio de portugueses, afirmando com a e ter escolhido o caminho “mais difícil” “intenções malévolas ou contrárias aos Mafra foi recebido com palmas pelos con- maior desfaçatez que não há aumento de não apresentar “promessas fáceis e interesses do partido”. gressistas e muitos gritos de “PSD, PSD”. de impostos. Só por desespero o Governo falsas soluções”. “Por isso, não fiz qualquer movimento “Foi-nos sugerido proceder a uma propõe reduzir as despesas sociais quando “Passados quase dois anos sobre a para o contrariar e, também por isso, não alteração na ordem dos trabalhos”, não há melhoria no nível de desempre- data em que assumi a liderança do PSD, aceito que possa através da comunicação referiu Machete, mas “…essa sugestão go”, criticou. o balanço que faço tranquiliza-me. Dos social ter sido sugerido que a Comissão porém - fizemos uma recolha informal de A líder social-democrata (e ex-Minis- três actos eleitorais que disputámos per- Política Nacional tinha alguma intenção opiniões - tem provocado dissentimentos tra das Finanças) referiu também à “lista demos um, muito importante: as eleições de intervir numa hipotética alteração da importantes e levaria porventura à perda apressada de privatizações” proposta legislativas. Em democracia os eleitores ordem de trabalhos deste congresso”, de algum tempo a discutir esta matéria. no PEC, dizendo que dá razão aos seus têm razões que não se discutem, e por acrescentou, recebendo palmas. Portanto, a Mesa decidiu manter a ordem avisos de que Portugal estava a perder a isso eu não o faço. Não o discuto, mas Sobre a questão da duração deste dos trabalhos tal como se encontrava sua independência económica. lamento, por Portugal”, disse. congresso, Ferreira Leite considerou definida na convocatória”, acrescentou. Ferreira Leite lamentou que não tives- Segundo a presidente do PSD, “a que “qualquer tempo de discussão não Após a abertura formal dos trabalhos, sem ouvido os seus avisos, acrescentando. situação em que nos encontramos hoje é demais”. a presidente do PSD, Manuela Ferreira “Agora reclamam consenso aos partidos era previsível e era evitável”.

2 Texto completo da intervenção de Manuela Ferreira Leite

Começo por saudar todos os militan- Queremos que floresçam e conquistem no seu dia a dia. E essas questões são hoje as situação gravíssima em que nos encon- tes - não só os que estão presentes mas novos mercados. de natureza social. tramos. também os que nos acompanham na Disso depende a vitalidade duradoura do É cada vez mais difícil a situação de muita E não nos cansamos de afirmar que transmissão on-line do site do Partido e nosso tecido económico e o progresso pessoal e gente que trabalha, mas vê o seu nível de vida toda esta análise foi feita pelo nosso pela Comunicação Social, que se reúnem profissional a que naturalmente todos aspiram. piorar. De gente que desespera por ter perdido Partido, como nenhum outro mais o fez. neste belíssimo e moderno Concelho de E também só assim é que poderemos estan- o emprego ou que vive de pequenas pensões ou Caros Companheiros, hoje, passada Mafra, beneficiando da hospitalidade do car a saída para o estrangeiro de muitos jovens das suas magras economias. a fase em que valeu tudo para ocultar os Presidente da Câmara, Engº. Ministro altamente qualificados e nos quais Portugal Chegámos ao ponto de termos hoje uma maus resultados antes das eleições, em dos Santos, a quem agradeço a sua pronta tanto investiu. situação de quase emergência social, que exige que a propaganda e as promessas deli- disponibilidade para nos receber. Um País que não sabe utilizar as qua- uma acção imediata, determinada e corajosa. rantes criaram uma espessa névoa sobre Este é um Congresso Extraordinário lificações e valências dos seus cidadãos, que Não se trata de instituir novos subsídios a realidade, hoje está à vista de todos que que tem lugar a pedido de militantes num não valoriza o seu capital humano, está a que perpetuam as dependências, mas de centrar o PSD tinha razão. movimento liderado pelo Pedro Santana empobrecer-se todos os dias. a nossa atenção em políticas que criem oportu- Hoje, passada a fase da campanha Lopes. eleitoral, em que o Partido Socialista se Foi um processo legítimo e conduzido uniu para escamotear as suas gravíssimas de forma muito correcta. responsabilidades, em que o Líder do Nunca vi nesta iniciativa intenções PS fingia nada ter a ver com o Primeiro- malévolas ou contrárias aos interesses Ministro dos últimos 4/5 anos, hoje está do Partido. desmascarada a farsa mantida à custa de Por isso, não fiz qualquer movimento todos os contribuintes e dos cidadãos que, para o contrariar. em situações de desespero, acreditavam E também, por isso, não aceito que poder receber ajuda do Estado. possa ter sido atribuído à Comissão Polí- Hoje, já são mesmo muito poucos os tica Nacional uma hipotética intromissão que continuam a tecer loas ao Governo nos trabalhos deste Congresso. anterior e ainda menos os que acreditam Acredito que o objectivo deste Con- no Governo actual e na sua capacidade gresso é discutir o futuro do País e do de regenerar a economia e o tecido social Partido. cada vez mais frágeis. Os temas são tão importantes que \Hoje, os Portugueses assistem estu- qualquer tempo que lhes seja dedicado, pefactos à dimensão galopante da dívida não é demais. externa, zelosamente omitida ou desva- Se o soubermos fazer com elevação lorizada no discurso oficial até há pouco e sentido de responsabilidade, sairemos mais de um mês. reforçados deste nosso encontro. Hoje, já não suscitam exclamações Desejo, assim, ardentemente que no escandalizadas as vozes que se insur- final dos trabalhos possamos concluir que gem contra os investimentos públicos valeu a pena. megalómanos, tendo em conta a insus- E terá valido a pena se desta nossa tentabilidade dos encargos com a dívida reunião resultar um maior esclarecimento e é mesmo o próprio Governo que tenta dos Portugueses sobre a situação real fazer passar a ideia de que tudo há-de do País, sobre o que está em causa nos fazer, a seu tempo, como se esse tempo próximos anos, sobre o papel do PSD na não fosse o de um horizonte tão largo que sociedade Portuguesa, sobre a forma mais não conseguimos abarcá-lo. correcta de fazer política, sobre os hori- Finalmente, hoje já ninguém tem zontes que o nosso Partido pode abrir no dúvidas de que tudo o que denunciámos, futuro e sobre a nossa responsabilidade tudo a que nos opusemos, ponto por nesse futuro. ponto, sistematicamente, com coerência Caros Companheiros, a situação real O crescimento económico português tem nidades de intervenção e que complementem a e com indignação, tudo está hoje con- do País foi há muito evidenciada pelo sido totalmente insatisfatório. É um mau de- acção do Estado, como é desejável. firmado. PSD e foi feita num tempo que provocou sempenho que não decorre apenas de qualquer Esta situação de emergência pode justificar O Partido Socialista e o Eng. Só- ataques violentos por parte de muitos crise internacional. É antes o resultado de uma que se abdiquem de alguns investimentos para crates tentam agora com um frenesim dos que hoje reconhecem que era tudo política mal conduzida ou inconsistente. afectar recursos aos casos mais prementes. desajeitado, remendar todas as miragens verdade. Já não é gastando recursos públicos que É um assunto que tem de ser pondera- que venderam como benefícios ao nosso A situação em que nos encontramos Portugal avança e isso exige que a política de do… “ alcance e têm rasgado uma a uma todas as hoje era previsível e era evitável. investimentos públicos seja muito criteriosa. medidas que defenderam anteriormente As decisões nesta matéria têm que con- Sócrates tenta com um fre- e que não podiam ter defendido porque Vou recordar-vos o diagnóstico feito seguir responder a duas questões: precisamos nesim desajeitado, remendar não dispunham de meios para o fazer. em Junho de 2008. Disse, na altura: realmente dos investimentos? Temos meios Tentam fazê-lo com recurso aos méto- para os pagar? todas as miragens que vendeu e dos de sempre, a vitimação, a propaganda “O nosso tecido empresarial merece um A vaga avassaladora de propostas de rasga, uma a uma, as medidas e a ocultação, tanto quanto possível, da olhar atento. infra-estruturas que este Governo anuncia e de que defendeu sem dispor de realidade dos factos. O coração da nossa economia está nos que o País nem sempre carece, e para os quais Hoje, sente-se mesmo o desespero muitos milhares de pequenas e médias empre- manifestamente não tem dinheiro, ficará para meios para o fazer revoltado dos que se sentem agora enga- sas que dia a dia lutam pela sobrevivência num a história como um dos maiores erros políticos nados. É o preço de se conquistar o poder ambiente de incerteza e perante obstáculos que cometidos. O que acabei de ler é uma transcrição à custa de enganos ou de ilusões. tardam em ser removidos. Não é por esta via que o País se desenvolve- do que disse há 2 anos no Congresso de Hoje, o tempo é de pagar a factura. São sobretudo elas que criam emprego. São rá, que se criarão empregos ou que a economia Guimarães. Mas hoje está aí a confissão pública as que inovam mais rapidamente. São o que vai prosperar. Infelizmente, isto mesmo podia ter e oficial de que os Portugueses andaram há de melhor no potencial de desenvolvimento Passada a glória dos anúncios e das inau- sido escrito hoje. a ser enganados e de que, afinal, o PSD económico português. gurações, ficará apenas uma pequena valia e E os sinais há dois anos estavam bem é que tinha razão. Temos, pois, que lhes dar reais condições uma enorme factura a pagar pelos cidadãos e à vista. Se os não viram foi porque não Essa confissão pública, por parte do de desenvolvimento e competitividade. Não pelas empresas. quiseram ver. Governo, está contida no Programa de nos basta que sobrevivam. Mas faltarão os meios para acudir às ver- E foi pena que não se tivesse visto a Estabilidade e Crescimento, esse progra- dadeiras questões que afligem os Portugueses tempo, porque hoje não estaríamos na

3 XXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010

ma que o Governo apresenta ao País até 2013 e que, na realidade é um Programa de Estabilidade e Estagnação. Neste programa está escrito que até 2013 Portugal vai continuar a afastar-se do nível médio da Europa, que o nosso crescimento não irá além de 1,7% no fi- nal do período e, por isso, o desemprego manter-se-á sempre acima de 9%. Os encargos já assumidos para muitos anos futuros, não podem perspectivar me- lhorias significativas para além de 2013. É um cenário desanimador e tanto mais desanimador quanto se andaram a vender falsas perspectivas sem sentido. Agora os Portugueses têm de gerir uma desilusão. Acreditaram no que era apenas propaganda sem adesão à realidade. Tomámos agora consciência de que andámos a ser enganados. As medidas propostas nesse programa confirmam tudo o que sempre dissemos. Nós sempre dissemos que a política que estava a ser seguida nos estava a conduzir para o abismo. O Dr. Vítor Constâncio diz agora que as medidas propostas são as adequadas. Eu acrescentarei que são as adequa- das a uma situação desesperada. Tomámos consciência de que andá- mos a ser enganados. causa ou das medidas preconizadas. litantes que engrossam as nossas fileiras. está ao serviço de Portugal. Só por desespero se podem aumen- A nossa posição resulta de neste mo- A eles se devem a implantação do Partido, Por isso, falámos de asfixia democráti- tar impostos a pelo menos 3 milhões e mento não haver outra solução perante as a sua força e o seu crédito. ca porque só em plena liberdade o Estado meio de Portugueses, afirmando com a instâncias internacionais, ou seja, resulta Não deixemos que esse crédito seja é independente. maior desfaçatez que não há aumento exclusivamente do nosso entendimento desbaratado porque é na sua mão que É necessário um Estado em que seja de impostos. sobre o que significa o interesse nacional. está o futuro do Partido. percepcionada de forma clara a separação Só por desespero o Governo propõe entre os poderes político, legislativo e ju- reduzir as despesas sociais quando não há Este Congresso também foi realizado Outro grande desafio do PSD diciário. Um Estado que seja tão exigente melhoria no nível de desemprego. para pensar o Partido! é a defesa intransigente de um consigo próprio como com o cidadão. Por isso a questão que se coloca a Estado independente Um Estado suficientemente forte para propósito deste programa não é se as Caros Companheiros: Este Congres- que não possam existir dúvidas quanto à so também foi realizado para pensar o sua independência perante os interesses medidas são adequadas, se são certas ou Outro grande desafio do PSD é a Partido! particulares. Um Estado com funções são erradas. defesa intransigente de um Estado inde- E neste momento, entendo que a po- claramente definidas, cioso das suas A questão política que se coloca é pendente. sição do PSD é decisiva para tranquilizar competências e escrupuloso no respeito como é que foi possível tanta irres- Um Estado independente dos inte- os mercados. pela esfera privada. ponsabilidade para conduzir o País a resses particulares, independente deste Se temos necessidade de reflectir, não Só assim seremos capazes de trans- uma situação tal como a presente, cuja ou daquele grupo empresarial ou de é por enfrentarmos problemas diferentes formações profundas, de que resultem correcção implica medidas tão duras determinado grupo financeiro. de outros Partidos, mas por percebermos impulsos de desenvolvimento e bem estar para os Portugueses que não lhes permite Temos consciência de que esta é uma que o sistema partidário está em crise, significativos. perspectivar melhoria no seu nível de vida tarefa pesada, da qual nunca desistimos. com a sociedade a olhá-lo de forma Sabemos que esta é uma tarefa muito nos próximos anos? E o desenrolar dos acontecimentos pouco confiante e a virar-se para formas difícil. E é uma tarefa muito difícil porque Como é que foi possível ignorar o que deu-nos razão. de intervenção cívica fora dos Partidos. o poder socialista criou uma nebulosa aconteceria aos Portugueses quando fos- É já evidente para todos que a malha Precisamos de saber adaptar-nos a entre os interesses públicos e privados. semos obrigados a viver mais de acordo de interesses em que o estado foi envolvi- esta nova realidade que nos rodeia. com as nossas possibilidades? do só prejudicaram, e prejudicam, o País, Realidade em que os Partidos estão a E isto ocorreria, obviamente, mais seja porque viciam a afectação de recursos O balanço de dois anos de ser subalternizados pelo peso crescente da cedo ou mais tarde. públicos, seja porque criam um clima de Presidência do PSD sociedade civil, porque esta se preocupa Como foi possível fingir que se des- desconfiança generalizada. com os problemas reais dos cidadãos conhecia o nosso nível de endividamento A tentativa de compra da TVI pela Caros Companheiros, passados quase e não com as fórmulas de satisfazer e imaginássemos ainda mais projectos, PT, que oportunamente denunciámos, é dois anos sobre a data em que assumi a clientelas. ainda mais fantasias, como se tivéssemos disso um bom exemplo. Presidência do PSD, o balanço que faço Ora, a maior riqueza que existe nos dinheiro para os pagar. Mas também o recurso sistemático tranquiliza-me. Partidos são os militantes. Temos dito muitas vezes que está- às adjudicações directas em detrimento Dos três actos eleitorais em que parti- Os militantes dedicam-se por devoção vamos a perder a nossa independência de concursos públicos é uma prática que cipámos, perdemos um, muito importan- e espírito de serviço, por ideário político, económica. mina a confiança no Estado. te: as Eleições Legislativas. pela defesa de princípios e valores em A lista apressada das privatizações, O acesso diferenciado a apoios públi- Em Democracia os eleitores têm que acreditam e que desejam para o País. agora anunciadas, confirma aquela afir- cos fomenta a suspeita. razões que não se discutem, e, por isso, Uma Democracia não vive sem Par- mação. Apesar dos ataques quase diários e não o faço. Não discuto, mas lamento, tidos Políticos fortes. Nunca quiseram ouvir os nossos avi- das acções inéditas, em 30 anos de De- por Portugal. Assim, os Partidos que querem sobre- sos, mas agora reclamam consenso aos mocracia, contra um Partido da Oposi- Tranquiliza-me o facto de termos viver à actual onda de desconfiança por Partidos da Oposição. ção, nada nos demoveu na defesa de um sempre falado verdade aos Portugueses e parte da sociedade, têm de preservar o Consenso sobre quê? Estado independente. assim contribuímos decisivamente para a valor e a genuinidade dos seus militantes. Consenso sobre as medidas a aplicar? Ora, uma marca do PSD sempre credibilização do PSD. Eles não podem ser olhados como Não, estas medidas só são neces- considerar que a prioridade, a primeira E este é um ponto a que atribuo enor- “joguetes” de interesses individuais ou sárias porque a política errada deste obrigação de um Governo é estar ao me importância, pois o maior património de grupos. Governo as tornou inevitáveis. serviço de todos os Portugueses. de um Partido é o reconhecimento da sua Eles têm de ser olhados, um a um e O consenso que demos, responsa- Uma Democracia de qualidade assim seriedade política. não como grupo. velmente, aos instrumentos necessários o exige. Mas a imagem do Partido e a men- É por isso que o PSD tem na sua gé- para acalmar as instituições financeiras Um Governo que privilegia um pe- sagem que transmite ao eleitorado não nese um potencial de vitalidade imbatível. internacionais, não resulta de qualquer queno grupo de grandes interesses não é apenas resultado da acção do líder, apreciação positiva dos documentos em Porque são muitos os verdadeiros mi- mas também muito da acção conjunta

4 dos seus militantes, dos protagonistas de ganda enganadora com eco diário nos cularmente delicado. momento de crise não quiseram deixar todos os seus órgãos, desde a Comissão meios de comunicação social. Este quadro exigir muito do PSD. de estar presentes, para com a sua expe- Política ao Grupo Parlamentar, da JSD Sabíamos que a História nos iria dar Mas a futura liderança Social-Demo- riência saber, se tornarem úteis e mesmo aos TSD. razão, mas sabíamos também dos enor- crata, iniciará o seu mandato com um imprescindíveis, ao sucesso da reunião. É, por isso, que aqui partilho esse mes custos de ter razão antes do tempo. património que muito me orgulho de ter Assim estiveram presentes Ruy Ma- valioso contributo que demos, ao cimen- Não nos arrependemos, bem pelo reforçado a credibilidade do Partido. chete (que se mantém no activo, como tar o PSD como alternativa credível ao contrário. Deste modo, o PSD mantém-se ins- Presidente da Mesa e regulador do Governo Socialista. A política só vale a pena quando tem crito no futuro de Portugal! Congresso, , Estou consciente de que o caminho como principal objectivo servir o País. Foi Marques Mendes, Luis Filipe Menezes escolhido era o mais difícil. o que fizemos, sem medo de ir contra a Antigos Presidentes e actuais e . Repudiámos, de forma clara e frontal, Marcelo Rebelo de Sousa, o mais me- corrente. Sem medo das críticas fáceis e Candidatos… as promessas fáceis e as falsas soluções rejeitando o tacticismo oportunista. diático dos nossos ex-dirigentes, disse ao assentes em slogans que ficam no ouvido. chegar ao Congresso de Mafra que “não A política só nos interessa quando é Uma das marcas mais positivas do Conhecíamos bem a situação em que o entra candidato nem sairá candidato” à feita por convicção e assente em valores. Congresso, foi a presença, há muito não País se encontrava, a despeito da propa- liderança do partido. Portugal atravessa um período parti- verificada, de antigos “leaders”, que neste

Marcelo Rebelo de Sousa «Não entro candidato nem saio candidato!»

Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Pavilhão Ministro dos Santos, onde decorreu o XXXII Congresso do PSD, cerca das 15:30 horas, num momento em que os congressistas tinham feito um intervalo para almoço. “Uma coisa é certa: não entro can- didato nem saio candidato”, disse o ex-presidente do PSD aos jornalistas, reiterando aquilo que tem dito sobre esta matéria. Questionado sobre a decisão da Mesa do Congresso de não propor a alteração da ordem de trabalhos e a concentração do congresso num só dia, Marcelo con- siderou que isso “dá mais tempo para discutir o país e depois para discutir os estatutos”. Os candidatos à liderança, e saudaram a participação no congresso do ex-líder Marcelo Rebelo de Sousa, mas rejeita- ram que essa presença signifique uma candidatura. “Em primeiro lugar aproveito para lhe mandar um abraço, a última vez que estive com ele foi no congresso em 1996, já lá vão uns anos valentes”, afirmou Pas- sos Coelho, questionado pelos jornalistas. Questionado se entende que esta presença significa uma candidatura, o Marcelo defendeu que “é preciso partidos, ressalvou que a excepção é o interna durante a próxima liderança do ex-líder da JSD recusou fazer essa leitura. mudar de gente” na política e ter como “património regional e autárquico”, que PSD porque “o partido precisa de todos”. “Ele faz o que qualquer militante com líderes “gente de quem se possa dizer que saudou (entre grandes aplausos e gritos de No que respeita à situação económica responsabilidades faz, vem dar o seu con- trabalhou na vida, mostrou o que valia “PSD, PSD) “na pessoa do Alberto João do país, Marcelo criticou o Governo por tributo para a elevação do debate, é isso fora da política” e que “aquilo que tem Jardim”, presidente PSD/Madeira e do pretender “votar o Programa de Estabili- que espero que faça”, disse, admitindo, em patrimónios e rendimentos seja fácil Governo Regional da Madeira. dade e Crescimento – que se atrasou dois contudo, que Marcelo tem o direito de de dizer de onde veio”. A propósito da unidade, Marcelo meses – na véspera da eleição do líder do se candidatar “como todos”. “Gente séria apoiada por gente de apontou que nas décadas de 70, 80 e 90 PSD, cujo apoio futuro se quer alcançar, Paulo Rangel, por seu lado, consi- série. Que tenha subido na vida como a regra no PSD foi haver uma candida- sem o adiar sequer três ou quatro dias”. derou a presença de Marcelo Rebelo de a maioria dos portugueses e não pelo tura única e que “isso mudou a partir de Por outro lado, defendeu que se deve Sousa, como um “indicativo do momento partido, o protector, o compadre, ou o 2000”. exigir que “aqueles que mais podem su- do país”. padrinho”, prosseguiu, considerando “Este era o momento para repetir portem mais sacrifícios, a começar pelos “A presença uma pessoa como Mar- que, caso contrário, por mais leis que se o esforço de unidade nas candidaturas, políticos e gestores públicos, que devem celo Rebelo de Sousa é essencialmente, mudem ou discursos que se façam “o para ultrapassar guerras recentes cá dar o exemplo: sem privilégios, sem bó- julgo eu, indicativo do momento que o povo não acredita”. dentro e afirmar o partido com maior nus, sem prémios, sem reformas”. partido atravessa”, afirmou. “Pode até resignar-se ou tolerar por vigor lá fora”, disse, considerando que No início do seu discurso, o comenta- Tendo sido dos primeiros militantes a mais uns tempinhos, mas não confia “teria valido a pena o esforço de unidade, dor político dirigiu-se a Manuela Ferreira dirigir-se ao Congresso, após o intervalo neles”, acrescentou. tanto mais fácil quanto as divergências Leite, dizendo-lhe: “Senhora presidente de almoço, o ex-presidente do PSD, Mar- Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, visíveis são, afinal, menos doutrinárias, do partido, quando o distanciamento celo Rebelo de Sousa lamentou que não é também “preciso mudar a maneira de ideológicas e até menos estratégicas do o permitir, a história registará o que tenha havido uma candidatura unitária à fazer política em Portugal” e os partidos que noutros tempos”. significou ter sido neste país misógino liderança do partido, considerando que precisam de “redescobrir as suas origens “Assim não aconteceu e essa matéria a primeira mulher a liderar um partido “este era o momento certo para repetir sociais”. é já irreversível”, acrescentou, apelando e o maior partido político de Portugal”. o esforço de unidade nas candidaturas”. Nesta sua crítica ao estado dos a todos para que promovam a unidade Antes, Marcelo Rebelo de Sousa,

5 XXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010 tinha igualmente considerado no congres- simpático, mas “não soube encontrar irão até ao fim, mas o que ganhar é bom No seu discurso, o ex-presidente do so extraordinário de Mafra, que a nova o discurso afectivo”. E deixou a receita que não lhe suba à cabeça, não pode ser PSD tinha também apontado, como ta- liderança social democrata não deve “ir certa: “com Alberto João tem de se falar arrogante, tem que ir buscar os outros, refa dos sociaisdemocratas fazer oposição a correr por correr atrás dos seis meses de com o coração e não com a cabeça”. e os que perderem não podem ficar en- “inteligente e responsável” e “preparar teórica possibilidade de dissolução, que De qualquer forma, não considerou costados, do género, eu perdi vou ver se uma solução de Governo que não dure começam daqui a duas semanas”. esta parte menos boa como decisiva, te lixo para daqui a dois anos ganhar.” um instante e sirva a legítima ambição de “Portugal precisa de outro Governo, “ninguém está estragado definitivamente, Justificando a sua presença no con- dar a volta a Portugal”. mas com garantias de horizonte e de es- mas não se saiu muito bem, apesar de ter gresso, disse que “era mais importante Marcelo afirmou que os sociais-de- tabilidade, não da aventura de uma crise tido uma parte inicial muito boa”. o apelo de unidade no partido, foi esse mocratas têm “de trabalhar para reeleger prematura que se salde num fracasso Sobre o congresso, o ex-líder do o meu entendimento e neste momento Cavaco Silva” porque ele “é, neste tempo político e atinja a nossa nova liderança, partido diz que “ninguém sabe se vai ser não tenho ainda candidatura escolhida, histórico, o melhor” para a Presidência o PSD e, portanto, Portugal”, considerou determinante” para a eleição do líder. no sentido de publicamente apoiar uma da República”. Marcelo. Este congresso “é muito importante, candidatura. Vim aqui para dizer, aten- “Não porque concordemos com tudo Mais tarde, falando a jornalistas, e devemos isso a Santana Lopes”, disse o ção, vejam a lição do passado, apostem o que fez, não porque foi nosso líder ou Marcelo elogiou os quatro discursos dos professor, explicando o que gostaria que candidatos à liderança e apelou ao esforço acontecesse: “Aquilo que tentei explicar de unidade depois da eleição, “é preciso no meu discurso, o Partido fazia Con- todos remarem na mesma direcção”. gressos, cada um defendia as suas ideias, Foi na pausa dos trabalhos para o jan- depois ia a votos, e havia um que ganhava, tar que o professor fez a análise de cada os outros retiravam as candidaturas e um dos discursos dos quatro candidatos, uniam-se todos”. elogiando todos eles. “O problema do Partido nos últimos “O Castanheira Barros fez um tes- anos, é que como vão sempre até ao fim temunho muito basista, que lhe veio do as candidaturas, fica sempre aquela ferida coração, muito sincero, muito directo”, e fica a divisão. Isso perpetua-se para o disse, da prestação do candidato advo- mandato seguinte. É preciso fazer um gado de . esforço de unidade depois desta eleição. Sobre Paulo Rangel, disse que “fez E todos remarem no mesmo sentido”, uma grande peça de oratória, muito bem afirmou o ex-líder. escrita e bem dita”. A terminar, o professor manifesta a Quanto a José Pedro Aguiar Branco, sua indignação com o papel do partido Marcelo registou que “ teve três ou quatro no País, explicando que, ao ouvir todos ideias fortes, um discurso mais doutriná- os discursos, constata que “este partido rio e acabou também com muita força”. tem quadros que são melhores que os do Também Pedro Passos Coelho, “co- PS, como é que este partido não está no meçou muito bem, teve uma primeira Governo?”. parte muito bonita, do ponto de vista em- Mas tem o diagnóstico e a solução, na unidade, uma vez eleito um, remem mesmo porque representou período mais pático, muito pessoal”, mas reconheceu diz, “há qualquer coisa de errado, e a meu no mesmo sentido, e depois vamos longo de progresso económico e social na que no final algo correu mal: “Perdeu-se ver o errado relaciona-se com a divisão esperar, ainda faltam duas semanas de política portuguesa. Apenas – e é o que com o tempo, na parte final não lhe saiu do partido. Ficam enquistadas posições. campanha”. mais importa – porque é neste tempo bem, aquele cumprimento ao Jardim, ele Tornou-se regra “e fulano está a falar não Sobre qual o candidato pode apoiar, histórico o melhor, mas mesmo o melhor queria simpático, e acabou em “gaffe”; … entro na sala”… não pode ser! A riqueza voltou a insistir na defesa da unidade, para exercer a Presidência da República mas às vezes com o nervoso da situação, do partido está em convergir.” “para quebrar a defesa da unidade é pre- de Portugal”, considerou Marcelo Rebelo sai, não sai…” Questionado pelos jornalistas sobre ciso eu convencer-me que há uma razão de Sousa. Afirma o professor que, na sua in- se os candidatos devem desistir, defendeu muito forte para apoiar um em desfavor “Temos de trabalhar para reeleger terpretação, Passos Coelho queria ser que “pela lógica do sistema, os candidatos dos outros”. Cavaco Silva”, repetiu.

Luís Marques Mendes “Cheira a fim de regime”

Desta forma, recordando que o seu projecto político. candidato seria Marcelo Rebelo de Sou- No seu discurso perante os congres- sa, o ex-líder social-democrata justificou sistas, Marques Mendes disse que Portu- assim o facto de não ir apoiar ninguém. gal vive um momento “absolutamente “Ele não é candidato, eu respeito, excecional”, com as suas finanças “sob tenho pena mas as minhas convicções são vigilância internacional” e com “um estas e as convicções não se transferem primeiro-ministro recém eleito que está e portanto eu não tenho que apoiar nin- politicamente sob suspeita e fragilizado”. guém, o que é normal de resto”, realçou. “Olha-se para tudo isto, que é sério Marques Mendes sublinhou ainda que e que é grave, e tem-se a sensação de Marcelo Rebelo de Sousa “é um histórico viver uma espécie de fim de regime. Um do partido, é um fundador do partido, é pântano político, uma encruzilhada eco- um ex-líder do partido e é uma figura de nómica e social. Por muito que seja duro, referência”. a verdade é esta: cheira a fim de regime, O ex-líder social democrata disse ain- e isto é muito e muito preocupante”, da esperar que o Congresso venha a ser acrescentou. um “momento importante e interessante “Mas atenção, a reviravolta que te- para falar do País e para o País”, uma vez mos de fazer na governação de Portugal que “na altura difícil em que Portugal vive também precisa de tempo. Tempo na ninguém perceberia que o PSD perdesse consolidação de um pensamento políti- tempo com as questões internas em vez de co estruturado, tempo na melhoria e na Por seu lado, o ex-líder Marques nenhum dos candidatos, não obstante falar dos problemas de Portugal”. elevação da qualidade do pessoal político, Mendes disse que o seu candidato seria o respeito e até estima que tenho por Luís Marques Mendes considerou tempo para gerar unidade, esperança e Marcelo Rebelo de Sousa e, uma vez que todos eles. De resto também já o fiz há que Portugal está numa “encruzilhada ambição”, considerou. ele não entra na corrida à liderança do dois anos, nas outras eleições”, afirmou económica e social” e “cheira a fim de Segundo Marques Mendes, o PSD partido, não vai “apoiar ninguém”. Marques Mendes à entrada para o XXXII regime”, mas que os sociais-democratas tem “de chegar depressa ao poder, sem “Eu já disse que não iria apoiar congresso nacional do PSD. precisam de tempo para consolidar um dúvida”, mas tem “acima de tudo de

6 chegar bem”. rematou. PSD precisa de Passos Coelho, de Aguiar de “distribuir dinheiro a eito às empresas, “Chegar pelos nossos méritos e não Marques Mendes apelou à unidade Branco e de Paulo Rangel e também de sem critério, o que só conduz ao compa- apenas pelo mérito alheio é a única for- interna, dizendo que “o líder que vier a cumprir os lemas das suas candidaturas: drio, ao descalabro financeiro e sempre, ma de termos sucesso na governação do ser eleito tem de ter tempo e ter condições Mudar, Unir e Romper. sempre, a mais aumento de impostos”. futuro. Não nos precipitemos, por isso para se afirmar e para afirmar o partido” Quanto à política económica, de- O PSD não pode, quando for para mesmo, em aventuras ou na abertura de e “não pode ser demolido, minado ou fendeu que o PSD deve tornar o Estado o poder, “trocar os favores rosa pelos crises políticas. Empenhemo-nos, sim, em fragilizado a seguir à eleição”, porque “mais pequeno, menos gastador, com favores laranja, a ajuda às empresas do definir com clareza as nossas causas, em “um partido sem unidade cá dentro não menos funções” e ter “a coragem de pri- regime de hoje pela ajuda às empresas mobilizar o país para o nosso projecto, em é um partido respeitado lá fora”. vatizar sem medo”, de pôr fim às ‘golden do futuro”, reforçou o ex-ministro dos apostar numa nova ideia para Portugal”, Marques Mendes considerou que o shares’ e acabar com “a pouca vergonha” Assuntos Parlamentares.

Pedro Santana Lopes “O primeiro-ministro não pode viver sob suspeita sobre o seu carácter e manter-se em funções”

Na sua alocução ao Congresso, o ex- negativa, a Pedro Santana Lopes. líder do PSD, Pedro Santana Lopes apelou “Eu quero acreditar que se Cavaco Sil- ao primeiro-ministro José Sócrates para que va soubesse o que sabe hoje teria preferido “ou se demita ou dê um murro na mesa”, que tivesse continuado a governar um go- exigindo um esclarecimento total dos pro- verno liderado pelo nosso partido”, disse. cessos duvidosos em que se tem envolvido. Apesar desta crítica, Santana Lopes “O primeiro-ministro não pode viver manifestou o seu desejo de que Cavaco sob suspeita sobre o seu carácter e manter- Silva se mantenha como Presidente da se em funções: das duas uma ou se demite; República e o candidato presidencial e que ou dá um murro na mesa e exige o cabal Manuel Alegre “continue a fazer os seus esclarecimento da situação”, afirmou Pedro belíssimos poemas”. Santana Lopes, na sua intervenção perante Num diagnóstico da situação do país, Congresso, que foi aplaudida em pé e mui- o ex-primeiro ministro considerou que já tas vezes interrompida com gritos de “PSD! foi dado tempo de mais a este Governo PSD!” dos Delegados e Observadores. e não poupou também críticas ao ainda Dizendo que “ninguém pode ser governador do Banco de Portugal, Vítor achincalhado” como tem sido o primeiro- Constâncio. ministro, Santana Lopes considerou que Recordando casos em que o nome do Santana Lopes ainda se recordou de deixar “Enfiou o maior barrete a Portugal que José Sócrates não pode, como um cidadão primeiro-ministro esteve envolvido - como uma pergunta razoavelmente envenenada, alguma vez foi enfiado sobre a gestão das comum, dizer apenas que ‘está inocente’ e o da licenciatura ao Domingo e por fax, na ao Presidente da República, Cavaco Silva: finanças públicas, foi à conta desse embus- que ‘confia na justiça’. universidade Independente; os projectos “O sr. Presidente da República não te que José Sócrates e Vítor Constâncio “Se alguns de nós nos indignamos que teria assinado como engenheiro; os poderá levar a mal que lhe pergunte: era construíram um projecto de poder pessoal com a forma como o primeiro-ministro casos “Portucale” e Freeport”, a tentativa esta a boa moeda?”, questionou, referindo- e partidário, partindo de um imaginário tem sido tratado, há uma pessoa que de- de manipular a Comunicação Social e se a um artigo publicado no por défice de mais de seis por cento”, recor- via indignar-se muito, mas mesmo muito ainda outras acusações de favorecimento e Cavaco Silva sobre a boa e a má moeda e dou, terminando com o seu já habitual, mais, que era José Sócrates”, disse. de colocação de amigos em lugares-chave, que foi entendido como um recado, pela “Viva o PPD-PSD, Viva Portugal” Luís Filipe Menezes “Tenho pena de não poder votar em dois candi- datos, apetecia-me votar em dois candidatos”

O ex-presidente Luís Filipe Me- a Pedro Passos Coelho, Menezes “Porque é que o PSD tem esta be- nezes na sua intervenção, anunciou lembrou que nos últimos 35 anos licosidade excessiva, porque é que há pela primeira vez, que irá votar em estiveram “sempre em lados dife- dirigentes a serem digeridos na praça Pedro Passos Coelho nas directas rentes” nas disputas políticas. pública?”, questionou. de 26 de Março. O ex-líder do PSD lamentou Na sua intervenção, o ex-líder do Ao contrário dos outros anti- ainda que há 15 anos que o PSD PSD apelou ao partido para que “não gos líderes, que não manifestaram “não é uma família política uni- embarque num justicialismo fácil” em apoio a qualquer dos candidatos, da”, considerando que o partido relação ao Governo e ao primeiro- Menezes sublinhou que, como e o país foram prejudicados por ministro. militante, faz questão de votar e esse facto. “O primeiro ministro tem de ser de escolher. “Nos últimos 15 anos tivemos derrotado politicamente, com pro- “Tenho pena de não poder votar sete líderes, três perderam eleições postas politicas, o julgamento da sua em dois candidatos, apetecia-me nacionais, dois deles de forma personalidade e do seu carácter cabe votar em dois candidatos”, disse, generosa, mas copiosa e evidente, aos portugueses”, defendeu. sem nunca referir quem seria o três foram destituídos por animo- Luís Filipe Menezes deixou ainda outro nome. sidade interna excessiva e só um, um apelo a Manuela Ferreira Leite No entanto, Luís Filipe Mene- Durão Barroso, venceu eleições para que, como a votação do Programa zes fez uma apreciação de todos por uma escassa margem contra de Estabilidade e Crescimento (PEC) os candidatos, sublinhando que o um PS muito frágil”, enumerou. ocorre um dia antes das diretas de 26 facto de Rangel ser militante há ex-presidente do partido destacou a sua Em comparação, acrescentou, de março, se reúna com os quatro can- poucos anos não lhe dá menos direi- “seriedade intocável”.. “neste mesmo período o PS teve três lí- didatos para aprovarem “uma cartilha tos, enquanto sobre Aguiar-Branco o Apesar do apoio que acabou por dar deres e dois foram primeiros-ministros”, de exigência” sobre o documento.

7 XXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010

Intervenções dos candidatos: Um passo importante para que os Militantes os conheçam melhor

Paulo Rangel «Chegou a hora de o PSD marcar a diferença e fazer a ruptura»

gal, se for capaz, com essa mesma clareza, credibilidade e confiança. Iam fomentar com essa mesma força de afirmação, de um plano tecnológico e terminaram na fazer a ruptura e liderar a agenda política. mais pura política do betão, ao serviço das grandes e improdutivas obras públi- «Hoje, temos de afastar o PS e a cas. Iam reanimar a concertação social sua teia de interesses instalados e acabaram na guerra de todos contra e negócios prometidos na área da todos, dos agricultores aos magistrados; dos enfermeiros aos professores. governação» Eis o que prova, por completo, que o PS, ao contrário do que alardeou, é inca- Ao fim de quinze anos, quase ininter- paz de fazer reformas, deixando Portugal ruptos, de políticas socialistas, é preciso muito pior do que estava á quinze ou há falar claro, é preciso falar forte, é preciso cinco anos. falar firme a Portugal. Tudo isto, sempre usando e abusando Chegou a hora da ruptura, da propaganda, do condicionamento da E mais uma vez, tal como nos anos comunicação social, da promiscuidade 70 e tal como nos anos 80, uma ruptura entre interesses públicos, interesses pri- com os socialistas e com a sua forma de vados e interesses partidários. governar. Em 70, rejeitamos uma aliança Tudo isto, valendo-se de uma de- com o PS; em 80, desfizemos o bloco magogia e de um populismo de tipo central; hoje, temos de afastar o PS e a sua “chavista”, promovendo a fulanização e teia de interesses instalados e negócios a personalização do poder. prometidos na área da governação. O poder está agora tão fulanizado e O PSD tem de se distanciar do PS, personalizado em José Sócrates, que ele mas tem também – digo-o aqui sem ti- é hoje o rosto e o símbolo dos bloqueios midez e sem meias palavras – de afirmar da vida portuguesa. a sua absoluta independência e de ser Assim hoje, José Sócrates e o seu capaz de estar acima desses interesses PS – o “socratismo” – representam um financeiros, económicos e corporativos projecto de poder baseado no controlo de toda ordem que hoje são a marca e a dirigista da sociedade, das empresas e mancha dos governos PS. da comunicação social, na propaganda Eis o que para nós é óbvio, é hoje uma populista, na confusão dos interesses evidência: todas as reformas socialistas públicos e privados, no mais cerrado falharam, falharam estrondosamente. sectarismo partidário. Só rompendo com essa política, podemos Não nos podemos conformar com aspirar a restaurar a esperança. esse destino para Portugal, unicamente Portugal está hoje numa situação de centrado no controlo do poder, no poder bloqueio e esse bloqueio tem um respon- Caras e caros Congressistas, caras e Sempre que o PSD falou claro, pelo poder, já sem horizonte, já sem fina- sável: o Partido Socialista. lidade alguma. caros Companheiros, Militantes espalha- primeiro aos seus militantes e depois à Portugal está hoje numa situação de dos por todo o País sociedade portuguesa, sempre que o PSD bloqueio e esse bloqueio tem um rosto: É urgente, necessária e inadiável, Depois de vos saudar, em primeiro protagonizou um projecto de ruptura, José Sócrates. lugar e antes de todos os outros, como sempre que o PSD definiu prioridades, Ao fim de quase cinco anos de maio- a «DES-SOCRATIZAÇÃO» mandam as regras democráticas, pois sois o PSD venceu eleições, mobilizou os ria absoluta, eles iam criar centenas de vós os titulares do direito de voto, saúdo portugueses, liderou a agenda política. milhar de empregos; e temos a maior Sem medo das palavras e utilizando- agora os nossos representantes e as nossas Foi assim nos anos 70. Foi o PSD que, taxa de desemprego da nossa história. as todas: se José Sócrates é o rosto dos estruturas /…/ . com Sá Carneiro, recusou uma aliança Iam sanear as finanças públicas e temos bloqueios da vida portuguesa, então Estava, nestes últimos minutos, a com os socialistas, galvanizou a sociedade um dos maiores défices da nossa história. Portugal precisa urgentemente de uma olhar para esta sala, repleta da gente boa portuguesa, pilotou a ruptura com a tutela Iam reformar o sistema de pensões e “des-socratização”! e o rompimento com do nosso partido, com aquele “nervoso militar e assegurou a passagem definitiva consumaram o truque de deixar os futu- o PS e com as políticas socialistas. miudinho” de quem tem de fazer um para uma democracia plena e lideramos ros pensionistas com valores de cerca de Caras Companheiras, caros Compa- discurso importante, estava - dizia eu - a agenda de tal maneira que, com Pinto metade do salário. Iam apostar na justiça nheiros, fica espaço, fica margem para a olhar para esta sala, cheia da “alma Balsemão, arrastamos o PS para a revisão social e temos um dos países com mais realizarmos o nosso programa, para social-democrata”, com aquela “ansieda- constitucional de 1982. assimetrias sociais e com menos mobi- realizarmos o nosso desígnio, para reali- de” natural de quem tem um dia ou uma Foi assim nos anos 80, lidade social da Europa. Iam qualificar zarmos o nosso sonho. noite de estreia, com essa tremura da voz Foi o PSD, foram os seus militantes, os portugueses e inovar na educação e Sim, porque eu acredito, estou mesmo e das mãos, com essa insegurança pessoal, que, com Cavaco Silva e a rejeição do temos um sistema educativo facilitista, intimamente convencido de que nada, com essa insegurança humana, e, vendo bloco central e da sua incapacidade re- laxista, crispado e injusto. Iam fazer uso mas nada, impede que Portugal se torne o potencial, o enorme potencial nacional formista, nos libertaram da colectivização dos fundos comunitários e só foram capa- num país mais próspero, mais desenvol- que está dentro desta sala, pensei, «Hoje da economia, acabaram com as naciona- zes de executar 9% e, mesmo assim, não vido, mais justo. o PSD tem de falar ao País, o PSD tem lizações, criaram uma economia social de hesitaram em desviar fundos das regiões Tenho, aliás, a certeza, de que só de falar claro, tem de falar forte. Chegou mercado e instauraram o pluralismo nos mais pobres para a região mais rica. Iam há um Partido, que é capaz de pegar finalmente a hora de o PSD falar claro. meios de comunicação social. fazer a grande reforma da justiça e dei- nesta onda de desalento, de resignação Chegou a hora de o PSD marcar a dife- E hoje, não tenham dúvidas, o PSD só xaram o poder judicial na maior crise de e de desistência que assola o País, e de, rença e fazer a ruptura». vencerá eleições e só transformará Portu- tocando naquela reserva última de ener-

8 mo – sem ilusões, sem mentira, sem pro- individual. paganda –, com competência e confiança, Cada militante é senhor e dono do seu podemos construir um Portugal mais voto, do voto que deve fazer em absoluta competitivo, mais atractivo e mais justo. consciência e sem qualquer pressão. Cada um é dono da sua mão, do seu polegar e Um apelo final, em nome da do seu indicador com os quais segura a Liberdade que é tradição do PSD. caneta que há-de marcar o seu voto. Este apelo à liberdade, em que cada Caras Companheiras, caros Compa- um é dono do seu destino e é dono do nheiros, vim aqui num acto de pura dispo- destino do Partido, é hoje, em Março nibilidade e de pura liberdade, fazer-vos de 2010, também um apelo à responsa- este apelo, apresentar-vos esta proposta. bilidade, à enorme responsabilidade, de Faço-o totalmente livre de interesses ou quem, por ser dono do destino do partido, de ambições, faço-o na grande tradição de é agora dono do destino do país. liberdade que é a tradição do PSD. É essa a vossa responsabilidade indivi- E queria dizer-vos, a vós mulheres, dual e intransmissível: a responsabilidade homens e jovens, que sois militantes do de saber escolher o que queremos para o PSD, que também no dia 26 de Março futuro de Portugal. devemos todos – mas todos – honrar essa Eu acredito que em 26 de Março tradição de liberdade. Não há dirigentes vamos libertar o futuro, o futuro de Por- tugal. E mais do que isso eu acredito que gia, de alma, de sentido patriótico dos nacionais nem internacionais, não há Estas têm de ser as nossas causas os militantes do nosso partido acreditam portugueses, consegue transformar esse dirigentes distritais nem locais, não há comuns: as causas do PSD, as causas da “resíduo” de expectativa em garra e raça, barões nem caciques nem marqueses que comigo. -Viva o PSD, Viva Portugal! esperança. Acreditamos que, com realis- em ambição e esperança. possam pressionar ou influenciar o voto Só há um partido capaz de criar uma onda, de lançar um movimento de rege- neração do país e esse é o nosso partido, Intervenção de Castanheira Barros o PSD. A larga maioria dos portugueses e dos nossos militantes é essa gente boa e disponível, capaz de fazer renúncias pelo “A crise é uma ficção, não existe” interesse nacional e pelo bem comum. O que as pessoas precisam hoje é de um rumo, de uma esperança, de uma verdadeira “luz ao fundo do túnel”. Pre- cisam, digo mais uma vez, de um Partido (Nota: Castanheira Barros fez a sua Castanheira Barros realçou o facto que fale forte e fale claro, que não ceda intervenção em completo improviso e, de no XXXII congresso nacional do aos interesses particulares e ao mundo como junto das outras candidaturas, o PSD terem sido apresentadas “excelentes dos negócios, que não fique pelos con- “Povo Livre”, pelo seu dever de isenção e ideias para o país” por parte dos três com- sensos moles e oportunistas, que chame equilíbrio, tentou obter o texto em causa. panheiros que estão com ele na corrida os portugueses, que toque a rebate, que O candidato afirmou-nos ser impossível, pela presidência do partido, considerando os convoque para uma ruptura política no neste momento e assim a notícia da sua que o seu projecto terá que ser “avaliado sentido do crescimento e da justiça social. intervenção é limitada aos elementos que por outrem”. Eu acredito, e sei que o PSD também vieram a lume em agências e órgãos de “Deixamos aqui uma imagem que já acredita, que Portugal pode tornar-se informação) não dávamos ao país há muito tempo. num dos países mais dinâmicos e compe- E portanto qualquer que venha a ser o titivos da Europa nos próximos dez anos. Castanheira Barros considerou que “a vencedor, acho que o partido já ganhou Nós sabemos que é possível reduzir o crise é uma ficção, não existe”, garantin- neste momento”, realçou. peso da dívida para as famílias, as empre- do que a sua candidatura pretende “re- Castanheira Barros considera que é sas e o Estado e assim libertar os cidadãos novar”, começando o discurso por pedir “o partido quem vai decidir no dia 26 de desse estrangulamento. um minutos de aplausos para a Madeira. Março” e por isso é necessário aguardar, Nós sabemos que é possível apoiar Castanheira Barros foi o primeiro dos sendo que há ainda duas semanas de as pequenas e médias empresas que quatros candidatos à presidência social campanha. produzem bens exportáveis, diminuindo democrata a discursar no XXXII con- Também Castanheira Barros afirmou custos, apostando na inovação, adiando gresso nacional que decorreu em Mafra, no seu discurso, que, se for eleito líder do os “elefantes brancos do regime” – mas tendo começado por dar uma primeira PSD, apoiará a reeleição de Cavaco Silva todos os elefantes brancos e não apenas palavra e um minuto de aplausos “ao a Presidente da República mas criticou os de uma ou outra região. povo estóico da Madeira”. a sua “cooperação estratégica” com o Nós sabemos que é possível apostar Depois de uma “notícia de última Governo de José Sócrates. na exigência e na disciplina na educação, hora” sobre a criação de “um clube de fãs uma “aposta no turismo e nas indústrias “Apoio Cavaco Silva caso ele aceite dar prioridade ao ensino e formação pro- do José Sócrates”, que o candidato disse não poluentes”, referindo-se ao emprego recandidatar-se. Mas não posso deixar de fissional e ao pré-escolar. dar pelo “nome de sondagens”, andando como um “grande problema”. criticar a sua cooperação estratégica com Nós sabemos que é possível inverter com o Primeiro-ministro “ao colo há As propostas de Castanheira Barros o Governo. A Constituição da República a discriminação regional, e com medidas cinco anos”, Castanheira Barros passou nesta área são “incrementar o auto- não diz isso”, afirmou. simples e sem gastos supérfluos, começar para as questões do PSD. emprego” e “apostar no emprego na Castanheira Barros defendeu uma a trabalhar já para o equilíbrio territorial, “Uns falam em unir, outros em função pública”. segunda volta na eleição do líder do PSD, nomeadamente entre o litoral e o interior. romper, outros em mudar, eu falo em Defensor de um “capitalismo soli- mas não já nestas eleições, para que “as Nós sabemos que é possível agilizar renovar”, sublinhou Castanheira Barros, dário, de rosto humano”, o advogado regras não sejam alteradas a meio do a justiça, reduzindo drasticamente a mo- defendendo um “regresso às origens, ao de Coimbra considera que “o PSD tem jogo”. rosidade, e que é possível credibilizá-la pensamento de Sá Carneiro”. futuro risonho”. Propôs ainda que as eleições decor- com novas regras e até com uma revisão Para Castanheira Barros “mais do “Eu proponho a criação de um senado ram conjuntamente com os congressos constitucional. que ‘slogans’ o PSD precisa de ação”, no nosso partido que seja composto por ordinários do partido, podendo os de- Sim: sim, numa Revisão Constitucio- garantindo que o partido precisa de todas as gerações”, avançou. legados votar no próprio encontro e os nal – aí a nossa prioridade política, antes uma “via verde para o desenvolvimento Para o candidato, “a crise é uma fic- restantes militantes nas suas secções. de qualquer outra reforma, tem de ser a de sustentável”. ção, não existe, é uma arma dos políticos Como balanço dos cinco meses de re-legitimar e credibilizar o poder judicial. “Quanto ao Plano de Estabilidade medíocres”. campanha interna que efectuou, durante Nós sabemos que é possível um novo e Crescimento (PEC) não vou perder O candidato considerou que, o que se os quais garante ter contactado com cerca equilíbrio social na luta contra a pobre- muito tempo porque o PEC mais parece pensava que ia ser o congresso “dos aplau- de oito mil militantes, Castanheira Barros za, na eficácia do sistema de saúde, no um PID - Programa de Instabilidade e sos” foi um “debate riquíssimo de ideias”, adiantou que a frase que mais ouviu foi a combate à fraude e ao desperdício na Desemprego”, ironizou. tendo o PSD dado uma imagem ao país de que “são sempre os mesmos, é preciso segurança social. O candidato afirmou que é necessária que já não dava “há muito tempo”. mudar”. - Fonte: Lusa

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Intervenção de Pedro Passos Coelho «Respeito o caminho que cada um quer seguir e as convicções que tem»

«Não levem a mal que comece por eu aqui diga que há muita gente preocu- dirigir uma palavra muito especial à Se- pada com o engenheiro Sócrates, como nhora Doutora Manuela Ferreira Leite. se se o PS substituísse o engenheiro Só- Com ela disputei a eleição de há dois crates no governo, os problemas do país anos, com ela e com o Dr. Pedro Santana acabassem. Mas não é assim. O Partido Lopes que aqui está. É sabido que não Socialista começou mal há quinze anos defendíamos o mesmo caminho para o atrás e começou a distribuir mal a pouca PSD, é público que não concordámos em riqueza que tínhamos e mais, distribuiu muitas matérias, mas a Senhora Doutora mesmo aquilo que não tínhamos e foi Manuela Ferreira Leite sabe que nunca isso que resultou na situação em que hoje tive, a fazer política, o vício de atribuir estamos. Nós hoje vamos ter de pagar, aos outros más intenções nem boas in- como os nossos filhos terão de pagar, as tenções. Respeito o caminho que cada dívidas desde que em quinze anos, porque um quer seguir e as convicções que tem. os partidos que estiveram no governo Reconheço, Senhora Doutora, que soube com uma orientação socialista estiveram servir as suas convicções e por isso serviu há quinze anos a distribuir mal aquilo o PSD e serviu Portugal. Não chegámos que nós produzimos e a distribuir aquilo aonde queríamos, não tínhamos todos que Portugal não tinha. Por isso é que razão, mas todos fizemos, todos lutámos nós hoje temos uma mancha de pobreza de acordo com as nossas convicções para muito maior do que aquela que tivemos que Portugal ganhasse e para que o PSD há quinze anos atrás. chegasse mais longe. Respeito-a por isso Não foi nenhum governo do PSD que e presto-lhe a minha homenagem pela tornou a sociedade portuguesa dependen- forma como soube guiar o PSD nestes te das prestações sociais, não foi nenhum dois anos. governo do PSD que deixou o endivida- Cada um de nós é o que é, tem a sua mento público e o endividamento externo história. Vou fazer 46 anos; estou no PSD que nós hoje temos, não foi nenhum go- há muitos. Habituei-me a ouvir muitas verno do PSD que deixou o país com mais palavras, em muitos congressos. assimetrias regionais do que tínhamos no inicio do processo europeu. Foi a ilusão “Habituei-me a prestar o tributo socialista de que devemos ter o coração na que podia com a juventude boca e a mão na carteira dos outros para portuguesa na JSD” resolver os problemas de toda a gente. E o que é que temos hoje? Temos um exército de portugueses que vivem na pobreza Às vezes, recordo-me ainda quando porque fazendo parte de uma geração o PSD tinha um governo grande que nos de poucas qualificações, que ficaram orgulhou durante muitos anos, com todos desempregados aos 40 ou aos 45 anos, os ministros presentes. No começo, as que ao contrário da oportunidade que eu salas estavam sempre cheias, no final éra- tive, não fizeram nem o 12.º ano, nem o mos sempre vinte ou trinta na sala até às ensino superior, nem as pós-graduações, cinco da manhã a ouvir os congressistas pedir a reforma parlamentar e fui tratar outros. Não sabia com quem ia disputar nem os mestrados, nem os doutoramen- que achavam que o Governo, o Primeiro- da minha vida sem saber bem ainda os a eleição. Não me candidatei, portanto, tos, que não se habituaram a adquirir e a Ministro e o Presidente do Partido tinham caminhos que havia de seguir. Fui para a contra ninguém e desta vez também não manejar ferramentas que lhes permitam de ouvir as bases. Foi assim há muitos universidade e fui para as empresas. Não me candidato contra ninguém. Conheço hoje procurar outras possibilidades e que anos atrás. Depois, habituei-me a pres- fui logo para o “terrível” Ângelo Correia. o José Pedro Aguiar-Branco há trinta ficam em casa à espera do subsídio e que tar o tributo que podia com a juventude Ó Ângelo, não sei onde está: não teve a anos, conheço o Paulo Rangel desde há vivem do subsídio e o governo sempre portuguesa na JSD. primazia no convite que me fizeram para dois anos a esta parte, conheço o Casta- lhes lembra que dependem de um gover- Sei que muita gente no PSD me não trabalhar. E quando saí do parlamento nheira Barros… Eu não posso mentir, no socialista para terem os subsídios. Há perdoa esse facto. Sei que muita gente pelo meu pé para ir tratar da minha vida, não esperam que eu minta no congresso. uns que não vivem felizes por causa disto, olha desconfiada e pergunta: Passos Co- houve quem dissesse: Ó Passos Coelho, Conheço o Castanheira Barros desde o há outros que acumulam tantos subsídios elho, que andou você a fazer tanto tempo porque é que não ficou lá a ajudar o congresso de Torres Vedras. Respeito-os e prestações que chegam a ter mais ren- na JSD, porque andou tanto tempo por lá, partido, aonde é que você estava quando a todos e estou certo que cada um deles dimento do que muitos portugueses que porque não andou a fazer outras coisas? E era preciso? acredita que defende um projecto para vivem do seu trabalho, do seu esforço e quando eu saí da JSD e fui no parlamento Estive a fazer o que pude pela minha Portugal. Eu também defendo um pro- do seu emprego. Esta é a injustiça em vice-presidente da bancada, muita gente família, por mim próprio também, achan- jecto para o meu país. que nós estamos a cair e deixem-me me disse: Passos Coelho, você quer ficar do que se algum dia tivesse de regressar a Olhando para a nossa história, já aqui dizer, porque eu sei que estamos quase dependente da política, então você agora uma actividade partidária ou política, não foi dito, eu quero reafirmá-lo, é preciso todos de acordo neste diagnóstico, não não tem outras coisas para fazer na vida? devia depender dela para viver. E se hoje perceber como foi possível em quinze sou original, não quero ser, mas devemos E em 99 decidi que ia fazer outras coisas não sou rico, nem tenho heranças, vivo do anos chegarmos a uma situação em que fazer a diferença mostrando que pode ser na vida, que não queria ficar empregado meu trabalho com honestidade. Creio que os fundos estruturais que foram colocados diferente daqui para a frente. da política. isso deve ser importante. Espero, por isso, à nossa disposição criaram mais injustiça Em primeiro lugar, devemos lançar Não tinha lá estado com esse propósi- que se alguma insinuação existir sobre a e mais assimetria no país. um alerta cívico no país que seja mo- to, diga-se de passagem, nunca fui funcio- forma como me comportei em política Eu tenho uma resposta para isso: há ralizador para aqueles que trabalham e nário da política. Comecei a trabalhar aos desde os meus 14 anos, que o possam uma orientação socialista que quer atirar incentivador para os que recebem presta- 18 anos, fui pai aos 24, nunca ninguém dizer para que me possa defender, mas dinheiro para cima de tudo e mal. Repa- ções. Chamei-lhe um “tributo solidário”, na política me deu emprego, nunca pedi que o digam na minha cara. rem que nestes quinze anos, não foi só aqueles que recebem a solidariedade da emprego para ninguém na política. Saí Há dois anos atrás anunciei a inten- o engenheiro Sócrates, eu sei que agora, sociedade em algum momento impor- depois de oito anos de Parlamento sem ção de me candidatar antes de todos os não leve a mal o senhor Presidente que tante devem retribuir com solidariedade

10 para aqueles que mais precisam. Eis uma anos com os óculos de ver ao perto, a sa complacência? Deixem-me dizer, por proposta para fazer ao governo socialista. resolver com miopia os mesmos proble- favor, que eu estou convencido que se o Eu não me importo que o governo socia- mas financeiros e renovando sempre esses Partido Socialista e o engenheiro Sócrates lista faça aquilo que a gente sugere, só problemas para futuro, obrigando aque- soubessem que nós não andaríamos com não gosto é de fazer a chantagem que o les que trabalham e aqueles que geram eles ao colo e que não podia explorar o partido socialista faz sobre nós e nos obri- poupança a pagar as crises financeiras nosso sentido de responsabilidade, talvez ga a decidir. Organizem uma espécie de do estado, se andamos nestes anos todos o Orçamento tivesse sido outro, talvez o trabalho ocupacional para todos aqueles preocupados com o nosso futuro, não po- PEC ainda possa ser outro. que junto das juntas de , junto demos deixar no imediato de pôr a coisa Deixem-me, por favor, concluir com de câmaras municipais, junto de organi- em pratos limpos. Não aceitamos que a uma palavra ao Alberto João Jardim. zações não-governamentais, instituições visão de curto prazo prejudique sempre Conhecemo-nos, Alberto João Jardim, há de solidariedade social possam receber o os mesmos e mantenha sempre o país na muitos anos, ainda me está devedor de um contributo, horas de trabalho e dedicação pobreza e na dependência de políticas almoço, de uma aposta que traçámos na à comunidade daqueles que recebem da socialistas. O que nós queremos não é altura das eleições presidenciais de 95. É sociedade apoios sociais. Mas nós chegá- ver um primeiro-ministro a apelar ao verdade, é verdade. Tive ocasião de pedir mos também… Já passaram 15 [minutos], nosso sentido de responsabilidade, nem que lhe transmitissem, porque não pude senhor Presidente? Muito obrigado, o de patriotismo porque nós não pedimos a falar consigo directamente, que lhe trans- meu relógio atrasou-se, mas cumprirei, ninguém lições de patriotismo, o que nós mitissem a si e ao Miguel Albuquerque, não precisam de estar ansiosos. queremos é que o governo não pense que presidente da Câmara do Funchal, as mi- Em segundo lugar, nós podemos e de- faz essa chantagem connosco e que nós nhas sentidas condolências pela tragédia vemos acabar com os mecanismos auto- vamos andar com o partido socialista ao que aconteceu na Madeira. E deixe-me máticos nas prestações que são criadas, é colo, a deixar apodrecer a situação na dizer-lhe, Alberto João Jardim, que e há preciso avaliar se aqueles que recebem são sociedade portuguesa porque temos sen- muito tempo, demasiado, nos andamos realmente os que mais precisam. Mas foi a ser feita a figuras públicas e a membros tido de responsabilidade. É por isso que a desentender… Não se importam que aqui dito também que é preciso moralizar do governo, de que estamos à espera para digo, é por isso que discordo de alguns eu diga isto. Se há muito nos andamos e responsabilizar e eu concordo e lembro- perguntar ao primeiro-ministro de que companheiros nossos, se este Orçamen- a desentender, deixe-me dizer-lhe, não me do que se passou há um ano atrás, em receia ele para propor a substituição do to de Estado não serve ao país, qual é o é só o senhor que sabe perdoar ao enge- que o governo explicou ao país que tinha Procurador-Geral da República se está sentido de responsabilidade que nos leva nheiro Sócrates, eu também sei perdoar sido surpreendido por uma grande crise de consciência tranquila relativamente à a deixá-lo passar? Se, vou concluir senhor e também espero que saiba perdoar. Eu importada do sistema financeiro global. E sua actividade? Presidente, se o Programa de Estabilidade sei, eu sei que algumas pessoas, pelos o que aconteceu? Aconteceu, como aqui Caros companheiros, nós temos de ter e Crescimento só faz o emagrecimento vistos, talvez gostassem de ver aqui um já foi notado, porque quem devia ter feito clareza se queremos falar para o futuro. das famílias e não do estado e se não espectáculo que, creio, ninguém quer dar. a supervisão não fez e porque quem esteve Se nos preocupamos com a tirania do tem nada para crescer no futuro, porque Nunca irei por esse lado. Nunca irei por à frente de alguns bancos não teve nem presente, em que andamos há quinze é que os socialistas hão-de esperar a nos- esse caminho. Viva o PSD! Viva Portugal! consciência ética, nem consciência social, o que aconteceu é que o estado precisou de intervir no BPP e no BPN. E passado um ano e meio, o que acontece? Aguiar Branco O governador do Banco de Portugal, que nunca reconheceu nenhuma falha na supervisão, que nunca despediu ninguém ou nunca instaurou nenhum processo ou «É preciso bom senso para inquérito a ninguém por essa falhas que ocorreram, foi por mérito com certeza, promovido a vice-presidente do Banco avaliar e coragem para tomar Central Europeu responsável pela su- pervisão. O presidente do BPP dá entre- vistas a vangloriar-se de gerir hoje um fundo para as empresas ainda de maior as decisões» dimensão do que aquele que tinha no BPP e entretanto, a justiça não actuou, entretanto, os órgãos de supervisão não actuaram e no governo ninguém se mos- Caras companheiras, caros compa- Companheiras, Companheiros, Porém, temos um governo mancha- trou preocupado com os portugueses que nheiros, ser líder da oposição não é uma Reunimo-nos, nesta sala, depois de do de escândalos. Um governo que fez pagaram as intervenções que tivemos de honra, nem um privilégio. Nem sequer termos sido derrotados numas eleições promessas que sabia não poder cumprir. fazer nestes bancos. Temos por isso de uma sorte ou um estatuto. Ser líder da legislativas. Um governo que tomou posse há fazer diferente, temos de moralizar e de oposição em Portugal é um dos cargos cerca de seis meses e que não governa. responsabilizar com certeza, mas então mais difíceis que podemos desempenhar. «Este é um governo que se Um governo que se resguarda na temos de ser consequentes quando faze- Se viabilizamos o orçamento alguém resguarda na chantagem para chantagem para esconder a sua incapa- mos estas afirmações. dirá que estamos a levar o governo ao esconder a sua incapacidade de cidade para resolver os problemas. colo. Se não o viabilizamos alguém nos Um governo que aumentou a dívida Se é preciso mudar o Banco de resolver os problemas» Portugal, de que estamos à espera para acusará de colocar os interesses partidá- pública e o desemprego para níveis his- apresentar uma alteração à forma como rios à frente do interesse nacional. tóricos. Que quase destruiu a economia funciona esta entidade reguladora? Se Porque em cada momento, em cada do pais. é preciso que a justiça penal ande mais instante, é preciso saber medir, avaliar E mesmo assim não ganhámos as depressa e atenta, porque Madoff nos e depois decidir. Porque é preciso bom eleições legislativas. Estados Unidos conseguiu ser julgado senso para avaliar e coragem para tomar É verdade que nós tínhamos razão em menos de meio ano, como é que nós as decisões. E, no dia seguinte precisamos quando denunciámos o caos nas contas estamos há mais de um ano à espera que de frieza para viver com as críticas e as públicas, muito antes de conhecermos a justiça se faça em Portugal? E como me consequências. os números. querem convencer que não é necessário Mas decidimos. Bem ou menos bem. É verdade que nós tínhamos razão substituir o Procurador-Geral da Repú- Todos os dias temos que decidir! quando denunciámos a pressão sobre blica? Se a justiça não funcionou, se a Ser líder da oposição significa firmeza a comunicação social muito antes das investigação não foi accionada, de quem é e determinação. Significa suportar as escutas serem notícia. a responsabilidade senão do Procurador- pressões e as chantagens de quem governa É verdade que nós tínhamos razão Geral da República? Se ainda para mais e a sistemática agilidade retórica de quem quando insistíamos que o governo socia- há convicção no país de que a procurado- gostaria de ocupar o nosso lugar. lista escondia no marketing dos anúncios ria tem, já aqui foi dito, dois pesos e duas Para se ser um bom líder da oposição a triste realidade do país. medidas, de que não actua em relação aos não basta dizer o que os outros querem Tudo isso é verdade. Podemos culpar cidadãos da mesma maneira, se em Por- ouvir. Ser líder da oposição exige coe- o governo. Podemos culpar a comu- tugal muita gente está convencida de que rência, responsabilidade e uma superior nicação social pela nossa derrota. Até há uma protecção especial que possa estar noção do que é o Interesse Nacional. podemos culpar a direcção cessante e os

11 XXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010

portugueses por não terem acreditado conhecer muito o partido para saber que em nós. temos talvez os melhores tribunos do Podemos fazer tudo isso e passar o país. Se as próximas eleições fossem um resto desta campanha interna a discutir as concurso de retórica nós ganharíamos. culpas, ou podemos olhar para o amanhã. Podíamos pensar que é o melhor E como quero olhar para o amanhã técnico. E o PSD tem milhares de extra- digo-vos que Sei o que quero para o nosso ordinários quadros. Especialistas em de- partido. Sei o que quero para o nosso país. zenas de diferentes áreas. E nem é preciso Aderi ao PSD em 1974. E aderi por- conhecer muito o partido para saber que que este era – e é - o único partido que temos talvez os melhores técnicos do país. entende o país. Que reflecte o país, os por- Se as próximas eleições fossem um con- tugueses e as suas preocupações. E não curso de especialistas nós ganharíamos. quero que o partido perca essa génese. Ter apenas e tão só um grande ora- Em 35 anos, o mundo mudou, o país dor como líder não basta para ganhar mudou e os portugueses mudaram ainda eleições. Tal como ter um grande téc- mais. É hoje mais fácil para qualquer nico como líder não basta para ganhar cidadão, do norte ao sul, do litoral ao eleições. interior, participar em discussões globais O que nos faz então ganhar eleições? do que se envolver na vida da sua secção O que nos faz então mobilizar o partido ou da sua junta de freguesia. e o país? Não podemos deixar de fora esta Não é o número de personalidades, gente. Como não podemos deixar de fora individualidades, quadros, intelectuais, os milhares e milhares de militantes que facções, tendências ou tribos que faz a anualmente ficam esquecidos em lista- Francisco Sá Carneiro. desígnios estratégicos. Como actividades diferença. Não é o número de notáveis gens eleitorais. É preciso saber ouvir os E não quero perder isso. criadoras de emprego em áreas que hoje mediáticos que faz a força deste partido. seus contributos, é preciso mobilizá-los, Mas é preciso, também, novas apos- estão completamente ao abandono por é fundamental abraçar as suas causas e tas. Precisamos de um novo paradigma culpa dos governos socialistas. A força do PSD está na económico. Ou, ainda, olhar para o sector da saber envolver as comunidades. capacidade de, no instante certo, Fazê-lo passa obrigatoriamente pelo Justiça e perceber que o problema é a sua O partido moderno, diferente e se unir em torno de um único preparado é isso mesmo: um partido de terceiro sector, pela economia social. credibilidade aos olhos dos portugueses, causas. É um partido que reforma o seu Passa por abandonarmos definitiva- para lá da morosidade que bloqueia a objectivo – PORTUGAL! paradigma de organização passando de mente uma visão retrógrada meramente economia e mina a confiança. uma estrutura base exclusivamente geo- assistencialista e avançarmos para uma Sei o que quero para o nosso partido. A força deste partido está na capaci- gráfica para uma que inclua os temas, as outra que concilie a resposta às necessi- Sei o que quero para o nosso país. dade de, no momento certo, no instante causas e os sectores de actividade. dades sociais com a criação de riqueza e Aderi ao PSD porque era o grande certo, se unir numa mesma sala, numa Às nossas secções locais devemos de emprego. partido das comunidades. Porque era o mesma mesa em torno de um único ob- somar as secções temáticas regressando Uma visão moderna da social-demo- único que defendia que o Estado não ti- jectivo concreto – PORTUGAL! à génese da matriz fundadora do nosso cracia que dá prioridade às pessoas que nha de prestar serviços directamente mas partido. tão desprezadas têm sido pelos governos que o podia fazer através da sociedade e Durante anos conseguimos fazer esse A isto chamamos devolver o partido socialistas. das instituições locais. exercício. aos portugueses. Passa por promover a figura das em- Debatíamos com vivacidade e paixão. E isso, sim, é romper. É mudar presas sociais para estimular o empreen- «A localidade está na matriz e Discutíamos com lealdade e respeito. Sei o que quero para o nosso partido. dedorismo nesta área. génese do Partido» Mas no fim, quando saímos por Sei o que quero para o nosso país. Passa por desenvolver o sector social aquela porta, voltávamos a ser um único partido. De uma vez por todas: insistir nas aumentando as suas capacidades, profis- Delegar competências, serviços e Isto não é romper, nem mudar é unir. grandes obras públicas não resolve nada sionalismo e especialização. receitas a organizações locais, retirando- Isto é a força de todos. a curto prazo. Passa por uma relação com o Estado as à administração central é devolver o Disse-vos no princípio que ser líder E o problema da economia é, sobre- que já não é baseada em contratos, proto- poder às comunidades é o que chamamos da oposição era uma das funções mais tudo, de curto prazo. O problema das colos ou subsídios mas em concursos que de localidade. difíceis que podemos desempenhar. Há empresas é, sobretudo, de curto prazo. asseguram a criação de serviços públicos E a localidade está na matriz e génese uma ainda mais difícil e até ingrata: a de Fora desta sala há milhares e milha- inovadores. Concursos que geram desen- do partido. primeiro-ministro. Especialmente nestas res de portugueses que não sabem se volvimento, que geram inovação social. Não quero perder essa matriz. E, por circunstâncias. amanhã vão ter emprego. Não podemos Um novo paradigma económico isso, quero avançar para um referendo Mais do que a honra, o privilégio e responder-lhes que se a empresa fechar passa também pela focalização da capaci- interno sobre a regionalização. Sem medo a vaidade do título fica a enormíssima sempre podem ir para Madrid de TGV. dade promotora do Estado nas indústrias dos resultados, sem vergonha na palavra. responsabilidade de restituir a confiança Mas podemos dizer, sem medos e criativas e na investigação. Quero avançar porque um partido refor- nos valores e nas instituições, de restaurar complexos, que temos uma solução para Economia global significa que Portu- mador é assim mesmo. Não disfarça. a credibilidade nas contas públicas e de o nosso desenvolvimento. gal não pode concorrer com as economias Não adia as suas decisões para quando devolver a esperança aos portugueses. Podemos dizer que vamos concretizar emergentes. der mais jeito. Caras companheiras e caros compa- um conjunto de obras de proximidade O modelo de uma economia nacional Isso, sim, é romper. É mudar. nheiros, capazes de dinamizar a economia e a baseada na sua capacidade industrial Caras companheiras, caros compa- Não podemos ter ilusões. No dia 26 criação de emprego. tradicional está esgotado. O modelo de nheiros, de Março não elegemos só o presidente Falamos da recuperação ou da cons- uma economia nacional baseada na sua Todos sabemos fazer o diagnóstico. do PSD. trução de muitos centros de saúde, de capacidade tecnológica está, também, Todos sabemos o que temos de fazer Elegemos o próximo primeiro-minis- esquadras das forças de segurança, bem esgotado. Outros produzem mais rápido quando chegarmos ao governo. tro de Portugal. E este simples facto deve como a aposta na reabilitação urbana. e mais barato. Que é preciso mudar na justiça ou determinar a forma como vamos tomar Mas devemos dizer mais… A investigação e as indústrias criativas romper na economia e em muitas outras essa decisão. Não nos podemos dar ao Portugal nunca será a Finlândia. são áreas onde a mais valia não é de pre- áreas. luxo de falhar. Não vamos falhar. Nunca será a Irlanda. Nunca será a Cali- ço, não é de tecnologia, nem de hardware. Todos sabemos isso. Estou aqui para dar o meu contributo, fórnia da Europa como os socialistas nos A mais valia é a nossa geração eras- Mas há um obstáculo no caminho a minha total disponibilidade para esse quiseram fazer crer. mus. dessas reformas. Há um estorvo no desen- desígnio – colocar, de novo, Portugal na O desenvolvimento não é um modelo Uma extraordinária geração, especial- volvimento do país. E esse estorvo, esse senda do crescimento. importável. Temos, mais do que nunca, mente ambiciosa, culta, empreendedora obstáculo tem um nome: José Sócrates e de procurar o nosso próprio caminho que hoje desperdiçamos na emigração ou o governo socialista. Os portugueses merecem melhor. numa economia globalizada. em funções para as quais não estudou ou E por isso temos que pensar em quem Merecem um governo com coragem. Aderi ao PSD porque este era o único que vagueia nos corredores dos centros tem melhores condições para tirar esse Merecem um novo primeiro-ministro partido reformador e progressista. Porque de emprego. obstáculo do nosso caminho. com bom senso. É para isso que estou aliava ao humanismo a capacidade de A geração erasmus é a nossa aposta. Podíamos pensar que é o melhor disponível. É para isso que conto com a inovar. Porque era um partido com uma Isso, sim, é mudar. É romper orador. E o PSD tem algumas centenas Força de Todos. liderança clara e um rumo certo, com Mas é, também, olharmos para a de grandes oradores. E nem é preciso nossa agricultura e para o Mar como

12 As segundas intervenções dos candidatos

Paulo Rangel “Sem reservas e sem dúvidas, nas próximas eleições pedirei uma maioria absoluta para o nosso Partido!”

afirmou. Na sua segunda intervenção, já tarde O candidato apresentou depois duas na noite, o candidato Paulo Rangel, de- “prioridades fundamentais” que devem fendeu que, com a reeleição de Cavaco orientar o PSD no futuro, “conseguir Silva, o PSD poderá conseguir esse “velho libertar os portugueses do peso da dívida sonho de Sá Carneiro, que é capaz de e fomentar a ascensão social das classes finalmente transformar Portugal: um Go- mais baixas”. verno, uma Maioria, um Presidente, para Em relação ao peso da dívida, defen- Portugal e para a Social- Democracia”. deu que o problema que se põe em Portu- Paulo Rangel, perante o congresso, re- gal é que se está “a sequestrar o futuro das forçou a ideia de que o PSD deve, “desde gerações mais jovens, torná-las escravas de já, e independentemente de qualquer data uma dívida que não fizeram. Temos que de eleições, pôr-se ao lado, sem dúvidas, libertá-las de uma dívida que não é delas”. sem hesitações, de uma recandidatura de “É esse o sonho social democrata, o Cavaco Silva”. sonho de uma forte classe média onde as “Também aqui não há lugar a hesi- pessoas vivam, não com luxos, mas com tações, não há duvidas, não há reservas, conforto, sem necessidade de contar os apoiaremos sem quaisquer restrições a tostões quando há despesas para pagar”, recandidatura de Cavaco Silva”, afirmou, disse o eurodeputado social- democrata. provocando fortes aplausos junto dos Para cumprir esse “projecto de es- congressistas. perança”, Paulo Rangel diz não haver Rangel deixou claro que esse apoio Silva, com este projecto galvanizador nenhuma razão para “nas próximas nenhuma razão para “nas próximas deve ser feito “não só porque é o melhor de conquistar uma maioria, talvez con- eleições não pedir mais uma vez para o eleições não pedir mais uma vez para o candidato, mas porque é o melhor dos sigamos esse sonho de Sá Carneiro, que PSD uma maioria absoluta como uma PSD a maioria absoluta. candidatos que um partido poderia apre- poderá finalmente, transformar Portugal! grande meta para o partido”. “Isto, para mim não é um sonho, é sentar às presidenciais”. Para cumprir esse “projecto de es- “Isto, para mim não é um sonho, é uma realidade que está ao nosso alcance”, “Se conseguirmos eleger Cavaco perança”, Paulo Rangel diz não haver uma realidade que está ao nosso alcance”, afirmou.

Pedro Passos Coelho «Quem quiser governar no País, tem de ter pensado Portugal!»

O candidato Passos Coelho desafiou reponderam pela negativa a este apelo de de reduzir as deduções fiscais, defenden- hoje o primeiro-ministro a adiar a votação Passos Coelho) do que “o Estado não faz nenhum favor do Programa de Estabilidade e Cresci- Passos Coelho disse, desde já, a José em devolver-nos aquilo que nós gastá- mento (PEC) para o discutir com o novo Sócrates que “deve saber que o PSD não mos” com a saúde e com a educação. líder social democrata. aceitará um PEC que possa satisfazer “Se nós pagamos para ter uma saúde A votação do PEC na Assembleia Bruxelas porque daqui a três anos exibe tendencialmente gratuita, é justo que da República está marcada para dia 25 um défice não superior a três por cento nos devolva aquilo que o Estado não nos de Março, véspera das directas para a e se isso for feito à custa das famílias retribui no serviço a que temos direito. Na liderança do PSD. portuguesas, à custa do futuro, se for feito área da saúde, diz o primeiro ministro: os “Se o primeiro-ministro quer, do por aqueles que são o motor da mudança senhores que em 2007 tiveram devoluções lado do PSD, algum acordo para exibir em Portugal”. de 610 milhões de euros e em 2008 tive- no estrangeiro, para exibir aos mercados Os sociais-democratas não aceitarão ram quase 650 milhões, este ano, para o externos, para exibir em Bruxelas de que “escolher os maus caminhos que este ano, daqui a dois e três vão ter de descon- na sociedade portuguesa nós apoiamos Governo está a seguir”, reforçou. tar muito menos, mas não se preocupem, o caminho que vai ser seguido, que não “Não iremos por aí. Se quiserem a nós pagaremos todos os anos para a RTP escolha ele o caminho sozinho”, declarou nossa ajuda e o nosso apoio, não para mais de 400 milhões de euros. Não é este Passos Coelho. demagogia, mas para apoiar nas dificul- o caminho, com seriedade, que podemos “E que aceite, então, não votar o dades, então que nos ouçam também, seguir”, criticou. PEC no dia 25 de Março, mas que o que já não há uma maioria absoluta – e Passos Coelho recordou que, há cerca aceite votar quinze dias depois, se isso mesmo que existisse ter uma maioria de dez anos, ajudou “a fundar um movi- for necessário, depois de o discutir com absoluta e governar o país não é ser dono mento que se designava Pensar Portugal”, o novo líder eleito do PSD”, completou. de Portugal”, rematou. no qual participaram, entre outros, Vasco - (Nota: O PM e o seu Partido, o PS, já Passos Coelho contestou a intenção Rato e Paulo Teixeira Pinto.

13 XXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010

“Dez anos depois, é importante que sentar. E essa visão não é apenas a visão dúvidas de que aguarda um golpe de sa em chegar ao Governo, o que temos se diga que quem quiser governar no país da dívida”, defendeu. misericórdia. O que nos deve preocupar, é de dar significado ao nosso regresso à tem de ter pensado Portugal e tem de ter “Eu não tenho dúvidas de que este portanto, não é saber quando é que este área governativa. Devemos fazê-lo com uma visão do país para futuro para apre- Governo está ferido de morte e não tenho Governo vai cair. Não temos de ter pres- cuidado”, considerou.

O fim do Congresso: votações e encerramento

Assim o XXXII Congresso do PSD terminou os seus trabalhos em Este foi, sem dúvida, um dos mais fortes e apreciados Congressos do Mafra, com a discussão e votação das propostas de alterações estatutá- PSD nos últimos anos. rias, depois de mais de 12 horas de discussão política no Sábado, com Era comum ouvir-se entre Delegados e Observadores, o comentário constantes apelos à unidade. “Já tinha saudades de um Congresso assim!”. O segundo dia do congresso chegou a ser posto em causa por uma pro- A vibração, o entusiasmo, o calor da discussão e o sentimento geral de posta saída de uma reunião das várias candidaturas com o presidente amor ao PSD, foram patentes para quanto tiveram a sorte de assistir a da mesa, Rui Machete, mas não chegou a ser apresentada. este XXXII Congresso. Na ordem dos trabalhos do congresso estava prevista a possibilidade Regressemos, pois, a este entusiasmo e à tradição: “No Congresso, de a presidente do partido encerrar os trabalhos, mas Manuela Ferreira discussão forte, dura e sem preconceitos; após o Congresso, Unidade Leite não discursou, tendo falado por último, Pedro Santana Lopes, a e dedicação a uma só causa: a do PSD e a Portugal” - Coordenação da cuja iniciativa e recolha de assinaturas, se deve a realização do Con- Redacção do “Povo Livre” gresso.

14 Convocatórias

CONVOCATÓRIAS DO PSD SANTA MARTA DE PENAGUIÃO Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção de Recepção Santa Marta de Penaguião, para reunir no próximo dia 24 de Abril de 2010 (sábado), pelas 15h00 na sede concelhia, com a seguinte Terça – feira até 12h00 Ordem de Trabalhos 1 – Eleição dos órgãos da Secção Para: Fax: 21- 3973168 Nota Email: [email protected] As listas candidatas devem ser entregues, ao Presidente da Mesa, até às 24h00 do terceiro dia anterior ao acto eleitoral. As urnas estão abertas das 15h00 às 19h00

SÃO MARTINHO DE BOUGADO / NÚCLEO

Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia do Núcleo de São Martinho do Bougado, para reunir no próximo dia 25 de Março de 2010 (quinta-feira), pelas 21h00 na sede concelhia, sita na Rua Camilo Castelo Branco, na Trofa, com a seguinte Ordem de Trabalhos Ponto único – Análise da situação ÁGUEDA SECÇÃO B / LISBOA Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção de Águeda, para reunir no próximo dia 29 de Março de 2010 (segunda-feira), pelas Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção 21h00 na sede sita na Quinta dos Oliveiras, com a seguinte B - Lisboa, para reunir no próximo dia 24 de Março de 2010 (quarta-feira), pelas Ordem de Trabalhos 21h00 na sede sita no Campo Grande, 16 3º, com a seguinte 1 – Apresentação e votação das Contas da Secção do ano de 2009 Ordem de Trabalhos 2– Apresentação e votação do Orçamento da Secção para o ano de 2010 1 – Informações 3 – Análise da situação político-partidária 2 – Análise da situação Política 3 – Apreciação e votação das contas da Secção B relativas ao ano de 2009 BARCELOS VALE DE CAMBRA Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção de Barcelos, para reunir no próximo dia 23 de Abril de 2010 (sexta-feira), pelas 18h30 Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção de na sede sita na Av. Alcaides de Faria, 270-1º, com a seguinte Vale de Cambra, para reunir no próximo dia 16 de Abril de 2010 (sexta-feira), pelas Ordem de Trabalhos 19h00 na sede sita na Av. Camilo Tavares de Matos, com a seguinte Ponto único – Eleição da Mesa da Assembleia de Secção e da Comissão Política Ordem de Trabalhos de Secção Ponto único – Eleição dos órgãos da Secção Nota Mesa da Assembleia de Secção As listas candidatas devem ser entregues, ao Presidente da Mesa, até às 24h00 do Comissão Política de Secção terceiro dia anterior ao acto eleitoral. Nota As urnas estão abertas das 18h30 às 23h00 As listas candidatas devem ser entregues, ao Presidente da Mesa, até às 24h00 do terceiro dia anterior ao acto eleitoral. MARINHA GRANDE As urnas estão abertas das 19h00 às 21h00

Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção da Marinha Grande, para reunir no próximo dia 07 de Maio de 2010 (sexta-feira), pelas 21h00 na sede sita na Av. 1º de Maio, com a seguinte Ordem de Trabalhos Ponto único – Eleição da Mesa da Assembleia de Secção e da Comissão Política de Secção Nota As listas candidatas devem ser entregues, ao Presidente da Mesa, até às 24h00 do terceiro dia anterior ao acto eleitoral. As urnas estão abertas das 21h00 às 23h00

LISBOA AO / DISTRITAL

Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia Distrital CONSELHO DISTRITAL DE LEIRIA da Área Oeste, para reunir no próximo dia 23 de Março de 2010 (terça-feira), pelas Ao abrigo dos Estatutos Nacionais da JSD, convoco o Conselho Distrital de Leiria, 21h00 na sede do PSD da Lourinhã, sita na Urbanização Parque Desportivo – Lote para o dia 27 de Março de 2010, pelas 15h30, na Sede Distrital da JSD, sita na Av. 27 c/v, com a seguinte Dr. José Jardim, em Leiria, com a seguinte ordem de trabalhos: Ordem de Trabalhos 1 – Aprovação do Calendário Eleitoral para os Órgãos Distritais da JSD; 1 – Análise da situação político-partidária 2 – Análise da Situação Política. 2 - Aprovação de Moções a apresentar no 33º Congresso Nacional O Vice-Presidente do Conselho Distrital de Leiria da JSD (Luís Almeida Santos) SÃO JOÃO DA PESQUEIRA ALVAIÁZERE Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca-se a Assembleia de Secção Ao abrigo dos Estatutos Nacionais da JSD, convoco o Plenário Eleitoral da Sec- de São João da Pesqueira, para reunir no próximo dia 19 de Abril de 2010 (segunda- ção de Alvaiázere, para o dia 17 de Abril de 2010, pelas 15h30, na Sede Concelhia feira), pelas 17h30 na sede da Junta de Freguesia, com a seguinte da JSD, sita na Rua D. João I, em Alvaiázere, com a seguinte ordem de trabalhos: Ordem de Trabalhos 1 – Eleição da Mesa do Plenário de Secção e da Comissão Política de Secção. Ponto único – Eleição dos órgãos da Secção O Vice-Presidente do Conselho Distrital de Leiria da JSD Nota (Luís Almeida Santos) As listas candidatas devem ser entregues, ao Presidente da Mesa, até às 24h00 do terceiro dia anterior ao acto eleitoral. As urnas estão abertas das 17h30 às 20h00

15 ConvocatóriasXXXII Congresso Nacional Mafra,13 e 14 de Março de 2010

TSD de Lisboa de candidatura; Assembleia Distrital dos TSD/AML 5. Nenhum militante poderá subscrever, na qualidade de proponente, a sua própria candidatura; Ao abrigo dos Estatutos do PSD e dos TSD convoca-se a Assembleia Distrital 6. Para efeitos da votação, as urnas estarão abertas, no dia da eleição, das 18H00 dos TSD/AML para o dia 26 de Março de 2010, das 17h00 às 19h00, com a seguinte às 20H00. ordem de trabalhos: .Eleição dos 5 Delegados ao XXXIII Congresso do PSD A Assembleia irá ter lugar na Secção B do PSD, sito no Campo Pequeno, nº Ao abrigo dos Estatutos Nacionais dos TSD, convoca-se a Assembleia Distrital 16-3 – Lisboa de Setúbal dos TSD, para reunir no dia 26 de Março de 2010, sexta-feira, entre as 18H00 e as 20H00, na Sede Distrital do PSD, sita na Av. Dr. Manuel Arriaga, nº Lisboa, 12 de Março de 2010 16-3º Esq., em Setúbal, com a seguinte: O Presidente da Mesa da Assembleia Distrital Prof. Carlos Chagas ORDEM DE TRABALHOS

Assembleia Distrital de Setúbal Ponto Único – Eleição de 1 Delegado ao XXXIII Congresso Nacional do PSD

Ao abrigo dos Estatutos Nacionais dos TSD, convoca-se a Assembleia Distrital de Setúbal, 15 de Março de 2010 Setúbal dos TSD, para reunir no dia 26 de Março de 2010, sexta-feira, entre as 18H00 e as 20H00, na Sede Distrital do PSD, sita na Av. Dr. Manuel Arriaga, nº 16-3º Esq., em Setúbal, com a seguinte: O Presidente da Mesa Aureliano Moreira Guedes ORDEM DE TRABALHOS Nota: Ponto Único – Eleição de 1 Delegado ao XXXIII Congresso Nacional do PSD 7. As listas de candidatos a Delegados são entregues ao Secretariado Distrital até Setúbal, 15 de Março de 2010 5 dias úteis anteriores à data das eleições; O Presidente da Mesa 8. Para efeitos de entrega de listas, a sede distrital estará aberta no dia 21 de Aureliano Moreira Guedes Março, até às 22H00; Nota: 9. As listas terão de ser subscritas pelo mínimo de 20 militantes ou 5% dos mem- 1. As listas de candidatos a Delegados são entregues ao Secretariado Distrital até bros do órgão competente para a eleição; 5 dias úteis anteriores à data das eleições; 10. Os candidatos deverão assinar um termo individual ou colectivo de aceitação 2. Para efeitos de entrega de listas, a sede distrital estará aberta no dia 21 de de candidatura; Março, até às 22H00; 11. Nenhum militante poderá subscrever, na qualidade de proponente, a sua 3. As listas terão de ser subscritas pelo mínimo de 20 militantes ou 5% dos mem- própria candidatura; bros do órgão competente para a eleição; 12. Para efeitos da votação, as urnas estarão abertas, no dia da eleição, das 18H00 4. Os candidatos deverão assinar um termo individual ou colectivo de aceitação às 20H00.

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