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Universidade Federal de Goiás Instituto de Ciências Biológicas Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal

ESTUDO TAXONÔMICO DAS ESPÉCIES DA FAMÍLIA Juss. OCORRENTES NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL.

Iada Anderson Barbosa Leal

Orientadora: Profa Dra. Vera Lúcia Gomes-Klein

Goiânia, 2013 ii

Estudo taxonômico das espécies da família Cucurbitaceae Juss. ocorrentes no Distrito Federal, Brasil.

Iada Anderson Barbosa Leal

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal da Universidade Federal de Goiás, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Biodiversidade Vegetal.

Orientadora: Profa Dra. Vera Lúcia Gomes-Klein

Goiânia, 2013

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DEDICATÓRIA:

Aos meus pais, Francisco e Maria Ionirce (in memoriam). À minha Renata. iv

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AGRADECIMENTOS

Escrever uma dissertação de mestrado é uma experiência enriquecedora e de plena superação. Nos modificamos e crescemos a cada tentativa de buscar respostas às nossas aflições de ‘pesquisador’. Para aqueles que compartilharam conosco este processo, parece uma tarefa interminável e enigmática que só se torna realizável graças a muitas pessoas que participam, direta ou indiretamente, mesmo sem saber realmente ‘o que’ e ‘para que’ nos envolvemos em pesquisa. Agradecer a todos que ajudaram a construir esta dissertação não é tarefa fácil. O maior perigo que se coloca para o agradecimento seletivo não é decidir quem incluir, mas decidir quem não mencionar. A fim de ressaltar a importância de todos dentro do contexto que é a minha atribulada vida dividirei em tópicos:

Agradecimentos especiais:

A Deus Pai e à Mãe Natureza, arquitetos maiores deste mundo, responsáveis por todas as formas de vida, ambos indispensáveis em todos os momentos;

A Maria Ionirce e Francisco Leal, meus pais (in memoriam), pela vida, amor e apoio irrestrito aos meus estudos;

À minha família: Igor e Yuri, meus irmãos, não poderia ter melhores, obrigado por existirem; Karla e Sabrina, cunhada e sobrinha, que vieram acrescentar às nossas vidas;

Aos meus filhos, Maria Clara e Lucas, minhas luzes, fagulhas de alegria, papai ama vocês onde quer que estejam;

A Renata (amooorrrrr), Celsa e Adail, pelo amor incondicional e por terem me feito um ser humano melhor, ou por estarem tentando sem perder as esperanças;

À “família Barbosa”: filhos, genros e noras, sobrinhos, netos e bisnetos de Dona Maria e Seu Onofre, pela acolhida gentil me fazendo sentir amparado e protegido;

À professora Vera Lúcia Gomes-Klein, minha orientadora, a pessoa que me estendeu a mão quando outros duvidaram da minha capacidade e que, sabiamente, aos trancos e barrancos, (especialmente por minhas próprias dificuldades) me “alfabetizou” no abecedário botânico das cucurbitáceas e, após muitos pepinos e inúmeras abobrinhas, podemos hoje colher o fruto doce que é esta dissertação.

Agradecimentos profissionais:

Colégio Degraus: à direção: Cordilina, Nicinha e Lurdinha; ao coordenador do ensino médio: Fernando Zaffalon; aos alunos do 3° ano 2013, pelo carinho e confiança recebidos e a todos os demais professores, coordenadores e funcionários.

Colégio Lúcia Vasconcelos: à professora Lúcia Vasconcelos; às coordenadoras Viviane e Samanta; aos ex-funcionários e amigos Marcelo e Liliane e a todos os demais funcionários e professores. vi

Faculdade União de Goyazes (FUG): aos coordenadores Nilton Carlos e Aline Brito; ao professor Leonardo Teófilo, pela amizade e parceria profissional; à Luciene Francis, pela amizade e a todos os demais professores, coordenadores e funcionários.

Agradecimentos UFG:

Aos amigos do PPGBV: Carlos de Melo, José Neiva, Túlio Filgueiras, Josimar Santos, Márcia Yuriko, Giselle Lopes, Joicy Martins, Suyá Samara, Luma Mota, Raphael Matias, Elga Almeida, Yanne Fernandes, Cinthia Silva, Bárbara Regina, Cellini Oliveira, Lorena Lana, Felipe Carvalho e Vinícius Pina, pelos inúmeros e inesquecíveis momentos que apenas nossas memórias são capazes de registrar, como discussões sérias e não-sérias, expedições e coletas, aulas e seminários, caronas, alegrias, decepções, lamúrias, lágrimas, almoços, lanches, “caféééés” e, até mesmo, piadas.

Aos demais amigos conquistados ao longo desse retorno: Saturnina da Costa, Leonardo de Jesus, Nathânia Sabath, Túlio Max, Lucas Camargo, Augusto Francener, Marcos Queiroz, Dayana Abdalla, Professor Welinton Ribamar.

Aos professores do PPGBV: Aristônio Teles, Marcos José, Letícia Gonçalves, Simone Sabóia, Maria Helena Rezende, Lee Chen Chen, Edivani Villaron, Helder Nagai, Ina Nogueira, Francis Júlio e Hyrandir Cabral, pela transmissão de conhecimento e inspiração durante as disciplinas ministradas;

Aos professores Tomás Portes, Alexandre Alonso, Sirlene Felisberto e aos professores aposentados Irani Fernandes, Luciano Vannucci, Heloisa Câmara, Eliane Stacciarini, todos do Departamento de Botânica da UFG, responsáveis também pela minha inspiração na área;

Aos estagiários da professora Vera: Rodolph, Sara, Marco, Sandro, Ludmilla, Vanessa, Sonilda, Daniela e outros; este trabalho também é de vocês, grato eternamente pela ajuda inestimável;

À Carmen Helena pela ajuda nos “desembaraços” do Herbário UFG;

Ao professor Heleno Dias Ferreira, ídolo e referência, por todas as sugestões, apoio e auxílio, pelos longos anos de amizade e a presença nas bancas de qualificação e defesa final;

Ao professor José Ângelo Rizzo, ícone maior para todos acima citados;

À Gleizilene (Gleize), ex-aluna e amiga, pelos desabafos e ajuda nos árduos momentos burocráticos;

Aos demais colegas do PPGBV.

Outros agradecimentos (não menos importantes, listados aqui apenas pela falta do adjetivo apropriado a esse tópico):

À FAPEG, pela bolsa concedida; vii

Ao professor Luís Fernando Paiva Lima, por todas as sugestões, apoio e auxílio durante a fase de finalização e a presença nas bancas de qualificação e defesa final;

Ao professor José Divino, pelo empréstimo do dicionário de inglês para a prova de seleção (achou que eu iria me esquecer?) e pela tradução do resumo;

Aos curadores e funcionários dos herbários visitados;

À Roberta Chacon, pela autorização no uso de suas fotografias realizadas com espécies da família;

Ao site posgraduando.com, visita obrigatória de todo estudante de pós-graduação no Brasil, ajudou demais a relaxar nos momentos mais tensos;

Ao professor Divino Brandão, ídolo e referência a quem devo, de certa forma, uma dissertação que deveria ter sido escrita há 19 anos, espero ter quitado a dívida;

À professora Cleusa Bona e Leocádia Bona, pela amizade de longa data e pelo apoio logístico em Joinville e Curitiba;

À Maria Aparecida Silva (Cida), do IBGE-DF, pelo apoio logístico durante as coletas de material botânico e consultas a herbários no Distrito Federal;

A Marcelo Levy e aos diretores da Santa Branca Ecoturismo, pela oportunidade concedida na realização de projetos científicos na Fazenda;

A TODOS os meus alunos: os atuais, os ex e os futuros, são 22 anos na estrada tortuosa da educação brasileira e vocês ainda me suportando;

A Cleiber Marques Vieira, pela amizade e as discussões intermináveis sobre as idiossincrasias científicas;

Às músicas de Alice in Chains, Amy Winehouse, Audioslave, Barão Vermelho, The Beatles, Black Drawing Chalks, Black Sabbath, Blur, Caetano Veloso, Capital Inicial, Cássia Eller, Cazuza, Charlie Brown Jr, Chico Buarque, Chico Science E Nação Zumbi, The Clash, Coldplay, The Cure, David Bowie, Depeche Mode, The Doors, Elvis Presley, Engenheiros Do Hawaii, Faith No More, Foo Fighters, Garbage, Guns n’ Roses, INXS, Ira!, Joy Division, Kings Of Leon, Legião Urbana, Led Zeppelin, Leoni, Lobão, Lulu Santos, Metallica, New Order, Nirvana, Oasis, Os Paralamas do Sucesso, Pearl Jam, Pink Floyd, The Pixies, Placebo, Plebe Rude, The Police, Queens Of The Stone Age, Ramones, R.E.M., Radiohead, Raimundos, Raul Seixas, Red Hot Chili Peppers, The Rolling Stones, RPM, Sepultura, Smashing Pumpkins, Soundgarden, Stone Temple Pilots, The Smiths, The Strokes, Tim Maia, Titãs, U2, Ultraje A Rigor, The White Stripes, Zé Ramalho e outros mais; por terem preenchido os silêncios durante as adversidades dos últimos dois anos, seja no som do carro, na escrita desta dissertação, nas madrugadas repletas de trabalho ou, até mesmo, antes de dormir.

Finalmente o agradecimento a todos que duvidaram, em algum (ou em vários) momento(s), que a execução deste trabalho não seria possível: a inveja, o desprezo, o desrespeito, o descaso, a ironia, o sarcasmo, o cinismo, a arrogância, a intolerância etc. que viii exalaram de vocês foram devidamente convertidos em muita força de vontade e superação para este momento tão especial. Felicidade é tudo o que desejo a cada um de vocês. “Quem tem brilho próprio incomoda quem vive no escuro”.

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SUMÁRIO

Resumo xii Abstract xiii Lista de tabelas, figuras, gráfico e anexo xiv I.INTRODUÇÃO 01 I.1.Estudos sobre Cucurbitaceae no Brasil e no Distrito Federal 03 II.OBJETIVOS 04 III.ÁREA DE ESTUDO 05 IV.METODOLOGIA 06 IV.1.Levantamento bibliográfico 06 IV.2.Trabalho de campo 06 IV.3.Visitas e consultas a herbários 08 IV.4.Análise do material 11 V .RESULTADOS E DISCUSSÃO 12 V.1.Chave para o reconhecimento dos gêneros nativos de Cucurbitaceae encontrados no Distrito Federal 13 V.2. Tratamento taxonômico 14 1.Cayaponia Silva Manso 14 1.1. Chave para identificação das espécies do gênero Cayaponia encontradas no Distrito Federal 16 1.2.Cayaponia espelina Silva Manso (Cogn.) 17 1.3.Cayaponia floribunda Cogn. 24 1.4.Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. 26 1.5.Cayaponia triangularis (Cogn.) Cogn. 30 1.5.Cayaponia weddellii (Naudin) Gomes-Klein 31 2.Gurania (Schltdl.) Cogn. 35 2.1.Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. 36 3.Melothria L. 41 3.1.Chave para identificação das espécies do gênero Melothria encontradas no Distrito Federal 42 3.2.Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner 42 3.3.Melothria Vell. 47 x

3.4.Melothria pendula L. 50 4.Melothrianthus Mart. Crov. 56 4.1.Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov. 56 5.Psiguria Neck. ex Arn. 61 5.1. Chave de identificação das espécies do gênero Psiguria encontradas no Distrito Federal 61 5.2.Psiguria ternata (M. Roem.) C. Jeffrey 61 5.3.Psiguria umbrosa (Kunth) C. Jeffrey 65 6.Sicyos L. 69 6.1.Sicyos polyacanthus Cogn. 69 7.Wilbrandia Silva Manso 72 7.1.Wilbrandia hibiscoides Silva Manso 73 V – ESPÉCIES CULTIVADAS E SUBESPONTÂNEAS 76 V.1-Chave para a identificação das espécies cultivadas e subespontâneas de Cucurbitaceae encontradas no Distrito Federal, Brasil 76 1.Cucumis L. 76 1.1.Cucumis dipsaceus Erenberg ex Spach 77 2.Cucurbita L. 78 2.1.Cucurbita maxima Duchesne 79 3.Lagenaria Ser. 79 3.1.Lagenaria siceraria (Molina) Standl 80 4.Luffa Mill. 82 4.1.Luffa cylindrica (L.) M. J. Roem 82 5. Momordica L. 83 5.1.Momordica charantia L. 84 VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS 87 VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 90 VII – ANEXO 96

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RESUMO

Estudo taxonômico das espécies da família Cucurbitaceae Juss. ocorrentes no Distrito Federal, Brasil - A família Cucurbitaceae Juss. é numerosa e abrangente em seus respectivos taxa, porém com informações conflitantes sobre a exatidão dos números em relação aos mesmos. O presente trabalho trata do levantamento executado sobre as plantas da família encontradas no Distrito Federal, Brasil a fim de contribuir para melhorar a precisão de tais dados. Para tal intuito foram realizadas análises de exsicatas depositadas em herbários nacionais e internacionais e realização de expedições na área de estudo. Foram localizados sete gêneros e quatorze espécies nativas para a área em questão, assim como cinco gêneros e cinco espécies de plantas cultivadas ou subespontâneas. Em relação às plantas nativas, o gênero Cayaponia Silva Manso apresentou um número maior de espécies (5), seguido de Melothria L. (3) e Psiguria Neck ex. Arn. (2), sendo que os gêneros Gurania (Schltdl.) Cogn., Melothrianthus Mart. Crov.; Sicyos L. e Wilbrandia Silva Manso são representados por apenas 1 espécie cada um deles. Com base apenas em material botânico depositado em herbários foram constatadas 5 espécies cultivadas ou subespontâneas: Cucumis dipsaceus Ehrenb., Cucurbita maxima Duch., Lagenaria siceraria (Molina) Standl., Luffa cylindrica M. Roem. e Momordica charantia L.

Palavras-chave: Centro-Oeste, Cucurbitaceae, Distrito Federal, taxonomia.

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ABSTRACT

Taxonomical study of species from the family Cucurbitaceae Juss. that occur on the Federal District (Distrito Federal), Brazil – The Cucurbitaceae Juss. family is numerous and widespread in its respective taxa, however, with conflicting data about the exact numbers regarding them. The present work is a survey of of this family found in the Federal District, Brazil, with the scope of refining the accuracy of such data. With this intention, some analysis of exsicates deposited in national and international herbaria were made and some expeditions were done at the area of study. Seven genera and fourteen native species were found in the researched area, as well as five genera and five species cultivated or subespontaneus. Related to native plants, the genus Cayaponia Silva Manso presented a greater number os species (5), followed by Melothria L. (3) and Psiguria Neck ex Arn. (2), being the genera Gurania Cogn., Melothrianthus Mart. Crov.; Sicyos L. and Wilbrandia Silva Manso are represented by only one specie for each one of those. Considering only the material deposited in herbaria, five species were found cultivated or subespontaneous: Cucumis dipsaceus Ehrenb., Cucurbita maxima Duch., Lagenaria siceraria (Molina) Standl., Luffa cylindrica M. Roem. and Momordica charantia L.

Key words: Midwest, Cucurbitaceae, Federal District, .

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LISTA DE FIGURAS, TABELAS, GRÁFICO E ANEXO

Figura 1: Mapa mundial de distribuição geográfica de Cucurbitaceae ...... 1 Figura 2: Mapa do Brasil evidenciando a posição do Distrito Federal e Unidades de Conservação localizadas no Distrito Federal...... 5 Figura 3: Fotos das expedições realizadas para coleta de material botânico ...... 7 Figura 4: Fotos de visitas técnicas a herbários ...... 10 Figura 5: Cayaponia espelina Silva Manso (prancha) ...... 22 Figura 6: Cayaponia espelina Silva Manso e Cayaponia weddelli (Naudin) Gomes-Klein (fotos) ...... 23 Figura 7: Cayaponia floribunda Cogn. (prancha) ...... 25 Figura 8: Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. (fotos) ...... 28 Figura 9: Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn.(prancha)...... 29 Figura 10: Cayaponia triangularis (Cogn.) Cogn...... 31 Figura 11: Cayaponia weddellii (Naudin) Gomes-Klein (foto) ...... 35 Figura 12: Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. (foto) ...... 40 Figura 13: Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. (prancha) ...... 41 Figura 14 e 15: Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner. (pranchas) ...... 46 Figura 16: Melothria cucumis Vell.e Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner (fotos) ...... 50 Figura 17, 18 e 19: Melothria pendula L. (prancha) ...... 54 Figura 20, 21 e 22: Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov. (prancha) ...... 59 Figura 23: Psiguria ternata (M. Roem.) Jeffrey. (prancha) ...... 65 Figura 24: Psiguria umbrosa (Kunth) C. Jeffrey (fotos) ...... 68 Figura 25: Psiguria umbrosa (Kunth) C. Jeffrey (prancha) ...... 69 Figura 26: Sicyos polyacanthus Cogn. (prancha) ...... 72 Figura 27: Wilbrandia hibiscoides Silva Manso (prancha) ...... 76 Figura 28: Espécies cultivas e subespontâneas localizadas no Distrito Federal, Brasil...... 87 Tabela 1: Listagem dos gêneros e espécies nativas de Cucurbitaceae encontradas no Distrito Federal, Brasil ...... 12 xiv

Tabela 2: Listagem de gêneros e espécies cultivadas e subespontâneas de Cucurbitaceae encontradas no Distrito Federal, Brasil ...... 13 Gráfico 1: Análise dos meses de floração e frutificação das espécies do gênero Cayaponia Silva Manso no Distrito Federal, Brasil ...... 89 Anexo 1: Lista de exsicatas...... 97

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I- INTRODUÇÃO

A família Cucurbitaceae Juss. é numerosa e heterogênea e, assim como muitos dos taxa vegetais, apresentam informações duvidosas acerca de seus gêneros e espécies. Segundo Judd et al. (2009) são mencionados cerca de 118 gêneros e 825 espécies. Schaefer & Renner (2011) informam aproximadamente 95 gêneros e um número estimado entre 950 e 980 de espécies distribuídas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, sendo raras em regiões temperadas (Fig. 1).

Figura 1: Mapa mundial com a distribuição geográfica de Cucurbitaceae (fonte: http://www.mobot.org/MOBOT/Research/APweb/), acesso em 23/07/2013.

Para a América tropical são mencionados 53 gêneros nativos e aproximadamente 325 espécies (Nee 2007; Schaefer & Renner 2011). No Brasil a família está representada por cerca de 29 gêneros, com um total de 155 espécies (Gomes-Klein et al. 2013). Em sistemas de classificação basseados em filogenia molecular, a família foi incluída no clado juntamente com Begoniaceae C. Agardh, Coriariaceae DC., Corynocarpaceae Engler, Datiscaceae Dumortier, Anisophylleaceae Ridley e Tetramelaceae Airy Shaw, (Zhang et al. 2006; APG III 2009), e segundo Schaefer & Renner (2011) a família Apodanthaceae Tiegh & Takht também deve ser incluída em tal taxon. Na região Centro-Oeste do Brasil são encontrados 20 gêneros e 47 espécies de Cucurbitaceae, dos quais 15 gêneros e 32 espécies são ocorrentes no Estado de Goiás e 10 gêneros e 17 espécies são listadas para o Distrito Federal (Gomes-Klein et al. 2013). No Distrito Federal a referida família está representada, até o momento, segundo 2

Gomes-Klein et al. (2013), pelos gêneros Cayaponia Silva Manso. (4 spp.), Lagenaria Ser. (1 sp.), Luffa Mill. (1 sp.); Melothria L. (3 spp., incluindo o gênero Melancium), Melothrianthus Mart. Crov. (1 spp.); Psiguria Neck.ex Arn.(2 spp.); Sicyos L. (2 spp., incluindo o gênero Sechium) e Wilbrandia Silva Manso (1 sp.); sendo válido ressaltar que Schaefer & Renner (2011) apresentaram o gênero Melancium como sinonímia de Melothria e Sechium como sinonímia de Sicyos. Muitos representantes de Cucurbitaceae possuem grande importância econômica, incluindo várias espécies cultivadas, representadas principalmente pelo uso de seus frutos e sementes comestíveis. Alguns frutos secos são usados no comércio como utensílios, esponjas etc. sendo que outras espécies do grupo são muito utilizadas pela população como fitoquímicos medicinais (Peckolt 1941; Bezerra et al. 2002; Pereira et al. 2010).ssseM Em se tratando de plantas monoicas e dioicas, a maioria das espécies encontra-se mal representadas nas coleções dos diversos herbários, uma vez que o material depositado e registrado nem sempre apresenta frutos e flores pistiladas ou estaminadas, dificultando a identificação e o estudo do grupo. Além disso, levantamentos preliminares em herbários on- line também se mostram incompletos e imprecisos, o que reforça a necessidade de uma revisão mais detalhada e realização de mais coletas de material botânico. Diante de algumas dúvidas existentes, controvérsias bibliográficas e de sites com informações incompletas ou errôneas, assim como a carência de exemplares corretamente identificados e depositados em herbários, o presente trabalho tem como finalidade esclarecer e ampliar o conhecimento da família Cucurbitaceae por meio do estudo dos taxa ocorrentes no Distrito Federal e, consequentemente, com o estudo das floras do Centro Oeste e do Brasil.

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I.1. Estudos sobre Cucurbitaceae no Brasil e no Distrito Federal.

Devido às suas espécies cultivadas, são vários os estudos com Cucurbitaceae no Brasil envolvendo polinização e produção de frutos e sementes, especialmente na área agronômica. São comuns também os trabalhos com plantas medicinais nesta família, por serem muito utilizadas de forma popular. O mesmo não pode ser dito em relação às espécies nativas, cujos estudos taxonômicos e florísticos ainda são escassos e com algumas controvérsias quanto à identificação correta de gêneros e espécies e seus respectivos números. No Brasil temos os estudos que foram desenvolvidos no estado de Minas Gerais (Gomes- Klein, 1991) com a listagem de espécies para o gênero Wilbrandia Silva Manso, e nos estados Rio de Janeiro (Gomes-Klein, 1997) e Mato Grosso do Sul (Gomes-Klein, 2013) com suas respectivas floras regionais. Temos também pesquisas realizadas em unidades de conservação como: Gomes-Klein (2001) na Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, no estado de São Paulo; Nee (2007) na Reserva Ducke, no Amazonas; e Gomes-Klein (2011) no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba no estado do Rio de Janeiro. Em estudos mais abrangentes Gomes-Klein (2009) realiza o levantamento das espécies de Cucurbitaceae na Floresta Atlântica e Lima (2010), além de revisões para alguns gêneros da família, também propõe análises morfopolínicas para algumas espécies brasileiras. Para o Distrito Federal foram encontradas apenas três referências em relação à família. No trabalho de Filgueiras & Pereira (1993) são citados 6 gêneros e 4 espécies para as plantas nativas, e 7 gêneros e 5 espécies consideradas exóticas. É válido ressaltar que tal levantamento foi realizado com base apenas nas exsicatas depositadas nos herbários UB, CEN e IBGE. No estudo de Cavalcanti & Ramos (2001) são citados 11 espécies e 8 gêneros sem a distinção entre espécies cultivadas e exóticas. Além disso, de acordo com informações apresentadas no site da Flora do Brasil (Gomes-Klein et al., 2013), são listados 10 gêneros e 17 espécies para a área em estudo, com a distinção mencionada anteriormente entre as espécies.

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II - OBJETIVOS

Realizar estudos morfológicos e taxonômicos dos gêneros e espécies da família Cucurbitaceae encontrados no Distrito Federal, visando o conhecimento e a divulgação de informações sobre o grupo, não apenas relacionadas à morfologia das peças florais, frutos e sementes; como também sob o aspecto da importância e do potencial das espécies. Como objetivos complementares tem-se em vista uma exploração da variabilidade morfológica inter e intraespecífica, os aspectos da biologia e a distribuição geográfica das plantas da família.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Realizar expedições botânicas visando à observação e estudo das espécies em material vivo como também realização de coletas a fim de contribuir para o enriquecimento das coleções dos herbários nacionais e do Distrito Federal;  Analisar e identificar os exemplares resultantes das expedições encontrados nos herbários visitados;  Apresentar a adequação taxonômica: classificação, posicionamento e nomenclatura das espécies encontradas na área em estudo;  Elaborar chaves dicotômicas visando à identificação dos taxa estudados;  Fornecer informações sobre a distribuição geográfica e dados fenológicos das espécies;  Localizar e divulgar coleções históricas, visando à atualização e resgate de importantes coleções existentes nos herbários;  Estimular o desenvolvimento de projetos de pesquisas relacionados à taxonomia de taxa do grupo em estudo;

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III - ÁREA DE ESTUDO Situado no Estado de Goiás e com uma pequena porção em divisa com o estado de Minas Gerais, o Distrito Federal tem, aproximadamente, área de 5802 km2 e por sua ocupação humana ser relativamente recente na história brasileira (pouco mais de 60 anos), ainda apresenta grandes áreas de cerrado preservado. Merecem destaque o Parque Nacional de Brasília, a Reserva Ecológica do IBGE, o Jardim Botânico e a Área de Proteção Ambiental (APA) do Cafuringa, locais em que a maioria das coletas de material botânico e exsicatas provenientes dos herbários consultados foram estudadas neste trabalho.

Figura 2: Mapa do Brasil evidenciando a posição do Distrito Federal e Unidades de Conservação localizadas no Distrito Federal (Cavalcanti, T. B. & Ramos, A. E., 2001).

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IV- METODOLOGIA

IV.1. – Levantamento bibliográfico Foi realizado um levantamento bibliográfico, assim como a localização e consulta dos protólogos visando o estudo e classificação dos tipos nomenclaturais dos taxa estudados. Também foram consultados sites de busca abrangentes com literatura científica adequada e especializada disponível na Internet.

IV.2. – Trabalho de campo Realizaram-se expedições científicas durante o período de setembro de 2011 a maio de 2013, principalmente em unidades de conservação localizadas no Distrito Federal, com o intuito de se confirmar a localização dos espécimes de Cucurbitaceae e a realização de coletas de tais plantas, com vistas ao conhecimento de seu habitat e sua relação com outras espécies. As expedições científicas ocorreram na Reserva Ecológica do IBGE (5 expedições), Jardim Botânico de Brasília (3 expedições), Área de Proteção Ambiental Salto Tororó (1 expedição), APA do Cafuringa e Parque Nacional de Brasília (1 expedição em cada área), localizados no Distrito Federal. Outras expedições para coleta de material botânico adicional foram realizadas em unidades de conservação localizadas nos municípios de Mossâmedes (2 expedições), Terezópolis (4 expedições), Caldas Novas (1 expedição), Jardim Botânico de Goiânia (2 expedições) e Pirenópolis (2 expedições), todos localizados no estado de Goiás. No total foram realizadas 22 expedições, sendo 11 expedições no Distrito Federal e 11 expedições no estado de Goiás, sendo que em algumas expedições foram visitadas mais de uma área a cada incursão. Durante o período das expedições realizadas todos os exemplares coletados foram tratados, organizados e conservados segundo as normas usuais de trabalhos taxonômicos (Mori et al., 1985). A documentação fotográfica do hábito e dos detalhes das estruturas morfológicas das amostras, bem como dos principais aspectos das formações vegetacionais onde as mesmas foram encontradas, foi devidamente executada durante esse período utilizando uma câmera fotográfica semiprofissional Nikon P510. 7

Figura 3: Fotografias das expedições realizadas para coleta de material botânico.A, E – APA do Cafuringa; B – Reserva Ecológica da Serra Dourada; C, G – Reserva Ecológica do IBGE; D, I - APA Salto Tororó; F – Jardim Botânico de Brasília; H – Morro do Frota (Pirenópolis); J – Preparação e conservação do material botânico coletado (Brasília, estacionamento UnB)

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IV.3. – Visitas e consultas a herbários Visitas técnicas aos herbários, principalmente da região Centro-Oeste, foram realizadas com os objetivos de analisar, identificar e estudar as espécies observadas e coletadas na área em estudo, além de obtenção de informações sobre a distribuição geográfica, usos, habitats dentre outras. Foram visitados e/ou consultadas as coleções de 42 herbários, sendo 27 nacionais e 15 internacionais, que são listados abaixo cujos acrônimos estão de acordo com o Index Herbariorum (Thiers, 2013): ALCB – Herbário Alexandre Leal Costa, Universidade Federal da Bahia, Campus Universitário de Ondina, Salvador, Brasil.** BAH – Herbário Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Salvador, Brasil.** BM - Herbarium, Department of Botany, The Natural History Museum, Londres, Inglaterra.** B - Herbarium, Botanischer Garten und Botanisches Museum Berlin-Dahlem, Zentraleinrichtung der Freien Universitat Berlin, Berlim, Alemanha.** BR – Herbarium, National Botanical Garden of Belgium, Meise, Bélgica.** C – Herbarium Botanical Garden, Natural History Museum of Denmark, Copenhague, Dinamarca.*** CEN – EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN, Brasília, Brasil.* ESA – Herbário, Departamento de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, Brasil.*** F – Herbarium, Botany Department, Field Museum of Natural History, Chicago, EUA.*** FUEL – Herbário Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Brasil.*** G – Herbarium, Conservatoire et Jardin botaniques de la Ville, Genéve, Suíça.** GH – Harvard University Herbaria, Cambridge, EUA.*** GUA – Herbário Alberto Castellanos, Rio de Janeiro, Brasil.** IAN – Herbário Laboratório de Botânica, Embrapa Amazônia Oriental, Belém, Brasil.** HBR – Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí, Brasil.** HEFS – Herbário, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Brasil.** HEPH – Herbário Ezechias Paulo Heringer, Jardim Botânico, Brasília, Brasil.* HUEG – Herbário da Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Goiás, Brasil ** HVASF – Herbário Vale do São Francisco, Petrolina, Brasil.** 9

IAN – Herbário, Laboratório de Botânica do CPATU, Embrapa, Belém, Brasil.** IBGE – Herbário, Reserva Ecológica do IBGE, Brasília, Brasil.* INPA – Herbário, Departamento de Botânica, Instituto Nacional de Pesquisas Amazônica, Manaus, Brasil.** JOI – Herbário Joinvillea, Joinville, Brasil.** K – Herbarium, Royal Botanic Gardens, Kew, Inglaterra** L - Nationaal Herbarium Nederland, Leiden University branch, Leiden, Holanda.*** LE – Herbarium Russian Academy of Sciences, V. L. Komarov Botanical Institute, São Petesburgo, Rússia. *** M – Herbarium Botanische Staatssammlung, Munique, Alemanha.** MBM – Herbário Museu Botânico Municipal, Curitiba, Brasil.* MO - Herbarium, Missouri Botanical Garden, Saint Louis, E.U.A.*** NX – Herbário Universidade Federal do Mato Grosso-Campus de Nova Xavantina, Nova Xavantina.** NY – Herbarium, New York Botanical Garden, Nova Iorque, EUA.** P – Herbier, Laboratoire de Phanérogamie, Muséum National d’Histoire Naturalle, Paris, França.** R – Herbário, Departamento de Botânica, Museu Nacional, Rio de Janeiro, Brasil.** RB – Herbário, Instituto de Pesquisas, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.** RFA – Herbário, Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, CCS, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ** SI – Herbário Museo Botánico, Buenos Aires, Argentina** SP – Herbário, Instituto de Botânica, São Paulo, Brasil.** SPF – Herbário, Departamento de Botânica, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.** UB – Herbário, Departamento de Botânica, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.* UEC – Herbário Instituto de Biologia (IB), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.** UFG – Herbário Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil.* UPCB – Herbário Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil.*

Os herbários marcados com um asterisco (*) foram visitados por Iada Anderson B. Leal, aqueles marcados com dois asteriscos (**) foram visitados por Vera Lúcia Gomes-Klein e três 10

asteriscos (***) representam as coleções dos herbários cujo material foi recebido por empréstimo. Foram solicitados o empréstimo dos tipos, exsicatas e coleções históricas aos herbários nacionais e internacionais (C, NY e SI), sempre que necessário. Também foram catalogadas e organizadas em um banco de dados informações de exsicatas como dados da(s) etiqueta(s), identificações, número de coletas, de registro e o herbário procedente, compreendendo todos os exemplares coletados e recebidos por empréstimo.

Figura 4: Fotografias de visitas técnicas realizadas aos herbários nacionais. A, C – Herbário MBM (PR); B – Herbário UB (DF); D – Herbário CEN (DF); E – Herbário HBR (SC); F – Herbário IBGE (DF); G - Herbário HVASF (BA); H – Herbário HEPH (DF); I – Herbário HB (RJ); J – Herbário MBM (PR); L – Herbário JOI (SC).

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IV.4. – Análise do material

A descrição morfológica das espécies foi realizada no Laboratório de Morfologia e Taxonomia Vegetal (LMTV) do Departamento de Botânica, no Instituto de Ciências Biológicas I (ICB I) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Foram confeccionadas ilustrações em nanquim de parte das espécies estudadas, porém algumas pranchas ilustrativas foram utilizadas dos trabalhos de Gomes-Klein (1990, 1997 e 2000). Em ambos os procedimentos, ou seja, na realização das descrições morfológicas e confecção de ilustrações, foram utilizados microscópio óptico e estereoscópico com câmara clara da marca Zeiss, em diferentes escalas de aumento. Posteriormente foi realizada a identificação de todo o material botânico coletado, assim como o material encontrado nas coleções dos herbários consultados, através de comparações dos exemplares com material previamente determinado, consultas a especialistas e também a diagnoses, descrições e espécimes-tipo (sempre que possível) e chaves analíticas existentes na literatura especializada. Dentre os artigos consultados ressaltamos principalmente os trabalhos de Cogniaux (1878, 1881, 1916), Augusto (1946); Martinez-Crovetto (1954c/d, 1965, 1974 e 1984); Naudin (1962); Jeffrey (1962, 1964a/b e 1975); Wunderlin (1978); Bates et al. (1990); Jeffrey &Trujillo (1992); Kearns (1998); Gomes-Klein (1997, 1998, 2000, 2001e 2006); Nee (2007); Lima (2010); Lyra-Lemos et al. (2010); Schaefer & Renner (2011); Gomes-Klein et al. (2013). Após todos esses procedimentos, o material botânico coletado foi devidamente depositado no Herbário UFG e suas duplicatas serão enviadas para os principais herbários da região Centro-Oeste consultados durante a execução deste trabalho.

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V – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 7 gêneros da família Cucurbitaceae no Distrito Federal: Cayaponia Silva Manso, Gurania (Schltdl.) Cogn., Melothria L., Melothrianthus Mart. Crov., Psiguria Neck.ex Arn.; Sicyos L. e Wilbrandia Silva Manso. O gênero Cayaponia é o mais representativo com 5 espécies, Melothria com 3 espécies, Psiguria com 2 espécies e os demais com apenas 1 espécie cada, num total de 14 espécies, conforme demonstrado na tabela abaixo.

Tabela 1: Listagem dos gêneros e espécies nativas de Cucurbitaceae encontradas no Distrito Federal, Brasil.

Gêneros Espécies Cayaponia Silva Manso C. espelina (Silva Manso) Cogn. C. floribunda Cogn. C. tayuya (Vell.) Cogn. C. triangularis (Cogn.) Cogn. C. weddellii (Naudin) Gomes-Klein

Gurania (Schltdl.) Cogn. G. spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn.

Melothria L. M. campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner M. cucumis Vell. M. pendula L.

Melothrianthus Mart. Crov. M. smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov.

Psiguria Neck. ex Arn. P. ternata (M. Roem.) C. Jeffrey P. umbrosa (Kunth) C. Jeffrey

Sicyos L. S. polyacanthus Cogn.

Wilbrandia Silva Manso W. hibiscoides Silva Manso

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Em relação aos gêneros e espécies cultivadas e subespontâneas da família foram encontrados 5 gêneros: Cucurbita L., Cucumis L., Lagenaria Ser., Luffa Mill. e Momordica L.. A listagem dos gêneros e suas respectivas espécies pode ser observada na tabela 2, totalizando 5 espécies.

Tabela 2: Listagem de gêneros e espécies cultivadas e subespontâneas de Cucurbitaceae encontradas no Distrito Federal, Brasil.

Gêneros Espécies Cucurbita L. C. maxima Duch. Cucumis L. C. dipsaceus Ehrenb. Lagenaria Ser. L. siceraria (Molina) Standl. Luffa Mill. L. cylindrica M. Roem. Momordica L. M. charantia L.

V.1. Chave para a identificação dos gêneros nativos de Cucurbitaceae encontrados no Distrito Federal.

1– Trepadeiras com flores estaminadas com 2 estames; 2 - Flores com cálice e corola alaranjado; anteras curvadas na base...... 2.Gurania 2`- Flores com cálice verde e corola rósea ou alaranjada; anteras retas...... 5.Psiguria 1`- Trepadeiras com flores estaminadas com 3 estames; 3 - Flores pistiladas com ovário estriado longitudinalmente ou aculeado. 4 – Gavinhas simples; folhas inteiras com pecíolo ressupinado; ovário liso ou estriado longitudinalmente; frutos 2,5 – 3,5 cm de compr...... 4.Melothrianthus 4´- Gavinhas ramificadas; folhas 3-5 lobadas com pecíolos não ressupinados; ovário fortemente aculeado; frutos 1-2 cm de compr...... 6.Sicyos 3´- Flores pistiladas com ovário liso, piloso ou glabro. 5 – Frutos fusiformes ou globosos, lisos, glabros, quando jovens verdes totalmente ou com pontuações claras (variegado). 6 - Flores pistiladas amarelas, de 0,3-0,4 cm de compr.; fruto com muitas sementes (mais de 10) dispostas horizontalmente...... 3.Melothria 14

6´- Flores pistiladas branco, esverdeadas a creme, de 1,5-4cm de compr.; fruto com poucas sementes (até 3) pêndulas ou dispostas verticalmente...... 1.Cayaponia 5´– Frutos ovalados, elipsoides, densamente tomentosos, costados ou estriados longitudinalmente, sempre verdes...... 7.Wilbrandia

V.2. Tratamento taxonômico:

1.Cayaponia Silva Manso, Enum. subst. bras.: 31. 1836; Poeppig & Endlicher, Nov. Gen. Sp. Pl. (2): 55. 1838; Endlicher, Gen. pl. Suppl. 2: 91. 1842; Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2: 12, 48. 1846; J. Correa de Mello, Jorn. Lin. Soc. 11: 256. 1871; Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6(4): 72, figs. 1-4. 1878; Cogniaux in Candolle, A. de Candolle & C. de Candolle, Monogr. Phan. 3: 738. 1881; Müller & Pax in Engler & Plantl, Nat. Pflanzenfam. 4 (5): 34. 1889; Loefgren, Fl. Paul. 3: 71. 1897; Arechavaleta, Anales Mus. Nac. Montevideo 5 (2): 145. 1903; Glaziou, Mém. Soc. bot. France. 3: 319. 1909; Standley in Macbride, Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 6 (2): 374. 1937; Standley in Macbride, Field. Mus. Pub. 18: 1387. 1938; Barroso, Consid. Fam. Cucurb. 3: 12, est.1-3. 1946; Lemée, Fl. Guyane Française 3: 584. 1953; Martinez-Corvetto, Not. Syst., Paris 15 (1): 52. 1954; Fernandes & Fernandes, Garcia de Orta. 7 (4): 752. 1959; Fernandes & Fernandes, Garcia de Orta. 9 (2): 238. 1961; Schultes, Bot. Mus. Leafl. Harvard Univ. 20: 321. 1964; Melchior in Engler, Pflanzenfam. 2: 344. 1964; Angely, Fl. Paraná: 645. 1965; Martinez- Crovetto in Cabrera, A. Fl. De la Prov. Buenos Aires 5: 402. 1965; Hutchinson, Gen. Fl.Pl. 2: 418. 1967; Jeffrey, Kew Bull. 25: 201. 1971; Porto in Schultz, Fl. Ilus. Rio Grande do Sul: 32. 1974; Martinez-Crovetto in Burkart, Fl. Ilus. Entre Rios 6: 86. 1974; Diertele in Nash, Fieldiana 24: 316. 1976; Cabrera & Zardini, Man. Fl. Alr. Buenos Aires: 600. 1978; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978; Gentry, Woody Plantas of Northwest S America: 383. 1993; Martinez, Flórula de Las Reservas Biológicas de Iquitos: 245. 1997; Kearns, D. M., Cucurbitaceae in J.A Steyemark, P.E.Berry & B. K. Holst, Fl. of the Venezuelan Guayana 4: 434. 1998. Espécie-tipo: Cayaponia diffusa Silva Manso [=Cayaponia pilosa (Vell.) Cogn.].

Perianthopodus Silva Manso, Enum. subst. bras.: 28, 31. 1836; Endlicher, Gen. pl. Suppl.3: 94. 1839; Walpers, Repert. 5(1): 764. 1846; Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2: 12, 48. 1846; Naudin, Ann. Sci. Nat. Bot. Ser. 4, 16: 189. 1862; Naudin, Ann. Sci. Nat. Ser. 18: 202.1862; Cogniaux in Martius, Fl. Brs. 6 (4): 94. 1878; Loefgren, Fl. Paul. 3: 86. 1897; Cogniaux in A. de 15

Candolle & C. de Candolle, Mongr. Phan. 3: 1881; Baillon, Hist. Pl. 8: 286, 430. 1886; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn. Espécie tipo: Perianthopodus espelina Silva Manso [=Cayaponia espelina (Silva Manso) Cogn.].

Dermophylla Silva Manso, Enum. subst. bras.:30. 1836; Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2: 12, 49. 1846. Espécie-tipo: Dermophylla pendulina Silva Manso.

Alternasemina Silva Manso, Enum. subst. bras. 35: 1836; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn.. Espécie-tipo: Alternasemina tayuia Silva Manso.

Druparia Silva Manso, Enum. subst. bras.: 35. 1836; Endlicher, Gen. Supp.3: 91. 1839; Walpers, Repert. 5(1): 765. 1846; Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2: 21, 11. 1846 (non Rafin.1808); Wunderlin in Woodson et al,. Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn.. Espécie-tipo: Druparia racemosa Silva Manso.

Arkezoztis Rafinesque, New. Fl. N. Amer. 4: 100. "1836"(1838); Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn. Espécie-tipo: Arkezoztis quinqueloba Rafinesque [=Cayaponia quinqueloba (Raf.) Shinners].

Bryonia sect. Trianospermum Torrey & Gray , Fl. North. Am. 1: 540. 1840. Espécie-tipo: Bryonia boykinii (Torrey & Gray) Roemer [= Cayaponia quinqueloba (Raf.) Shinners].

Trianosperma (Torrey & Gray) Martius, Sys. Mat. Med. Bras.: 79. 1843; Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2: 11,45. 1846; Naudin, Ann. Sci. Nat. Ser. 4, 16: 189. 1862; Naudin, Ann. Sci. Nat. Ser. 18: 201. 1862; Naudin, Ann. Sci. Nat. Ser. 5, 6: 14. 1866; Bentham & Hooker, Gen. Pl. 1: 835. 1867; Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 81. 1878; Loefgren, Fl. Paul. 3: 77. 1897; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn.. Espécie-tipo: Trianosperma boykinii (Torrey &Gray) Roemer [=Cayaponia quinqueloba (Raf.) Shinners].

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Allagosperma Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2: 15, 68. 1846; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn.. Espécie- tipo: Não designado.

Cionandra Grisebach, Fl. Brit. W. Ind.: 286. 1864; Stahl, Estud. Fl. Puerto Rico, 2 ed., 2: 142. 1936; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn.. Espécie-tipo: Cionandra racemosa (Miller)Grisebach [=Cayaponia rcemosa (Miller) Cogn.].

Antagonia Grisebach, Pl. Lorentz: 96. 1874; Wunderlin in Woodson et al., Ann. Missouri. Bot. Gard. 65: 288. 1978, pro syn.. Espécie-tipo: Antagonia citrullifolia Grisebach [=Cayaponia citrullifolia (Griseb.) Cogn. ].

Etimologia: Nome indígena do Brasil (Barroso, 1946).

Trepadeiras dioicas ou monoicas; folhas simples ou compostas; gavinhas simples ou bífidas. Flores estaminadas solitárias, em racemos ou panículas; perianto 5-lobulados; estames 3; anteras unidas; 1 monoteca e 2 ditecas; pistilódio glandular. Flores pistiladas brancas, esverdeadas a cremes, com 1,5-4 cm de compr.; perianto semelhante ao das flores estaminadas, ovário 2-6 locular, óvulos 1 a muitos, eretos ou pêndulos, estigmas 3, bilobados. Frutos baga, peponídeos, indeiscentes, carnosos, com poucas sementes (até 3) pêndulas ou dispostas verticalmente.

1.1.Chave para identificação das espécies do gênero Cayaponia encontradas no Distrito Federal:

1- Plantas trepadeiras; 2- Gavinhas simples; folhas com pecíolo não decurrente; flores isoladas ou em fascículos 3- Flores estaminadas isoladas, corola campanulada...... C. triangularis 3’- Flores estaminadas dispostas em fascículos; corola infundibuliforme...... C. floribunda 2’- Gavinhas bífidas ou ramificadas, folhas com com pecíolo decurrente; flores dispostas em panículas...... C. tayuya 1’- Plantas prostradas; 5- Folhas tripartidas ou trifolioladas, com segmentos lineares; 17

sementes 3...... C. espelina 5’-Folhas trilobadas, com segmentos obovado-oblongos; sementes 2...... C. weddellii

Descrição das espécies:

1.2.Cayaponia espelina Silva Manso (Cogn.) in Monogr. Phan. 3: 792. Perianthopodus espelina Silva Manso, Enum. Subst. Bras. 28.1836. Tipo: BRASIL, São Paulo, s.d. (est.), Silva Manso & Lhotsky (holótipo BR!; fotos de F em F!, GH!, IAN!, INPA!) (Figs. 5 - 6 A-D)

= Perianthopodus tomba Silva Manso, Enum. Subst. Bras. 28.1836. Tipo: BRASIL. São Paulo, s.d. (est.), Silva Manso (holótipo BR!). = Perianthopodus carijo Silva Manso, Enum. Subst. Bras. 28.1836. Tipo: BRASIL. Mato Grosso, Cuiabá, Silva Manso et Lhotsky (holótipo BR!). = Perianthopodus espelina var. longifolia Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 95.1878. Cayaponia espelina (Silva Manso) Cogniaux var. longifolia (Cogniaux) Cogniaux in Candolle, A. de Candolle & C. Candolle, Monogr. Phan. 3: 793.1881. Tipo: BRASIL: Brasilia occidentali, s.d. (fl. est.), Tamberlik (holótipo BR!, isótipo W n.v.)

Planta monoica, prostrada; ramos herbáceos, sulcados, glabros ou glabrescentes, entrenós 0,5-10,6 cm; folhas sésseis ou com pecíolos até 0,8 cm compr.; lâminas foliares trifolioladas, coriáceas, folhas variando entre 1,2-17,6 x 1,0-7,8 cm; segmentos lineares com dentículos no bordo, glabros ou glabrescentes em ambas as faces; gavinhas simples, sulcadas, glabras, 3,3-11,8 cm. Flores estaminadas isoladas, axilares, pedicelo sulcado, pubescente, 0,1-1,4 cm compr.; sépalas ovaladas; pétalas ovaladas ou oblongas, com nervuras longitudinais, filetes exsertos. Flores pistiladas isoladas, axilares, sépalas lanceolado-ovaladas, 8,5-10,3 x 3,2- 5 mm; pétalas triangulares com nervuras longitudinais, 4,5 x 2,5 mm, pedicelo sulcado, 0,2-2,4 cm compr.; fruto jovem verde, amarelo a vermelho quando maduro, ovalado, liso, 0,3-5,2 x 0,4-1,9 cm; sementes ovaladas, 0,8-1,3 x 0,4-0,8 cm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal as flores de ambos os sexos foram observadas durante os meses de janeiro e de setembro a dezembro, com frutos ocorrendo nos meses de janeiro a maio e de outubro a dezembro. 18

Habitat: Cerrado, cerrado perturbado.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Cerrado. Elevation 975m, 29 Out 1965 ,fls. est.,, H. S. Irwin et al. 8273 (UB 28085); Planaltina. Área de chapadão BR-020 Sobradinho – Planaltina Km 15 à direita da rodovia, 16 Fev 1995 (frs), J. C. S. Silva 801 (UB s. n.); Chapada da Contagem ca. 10 km E of Brasília, DF. Elevation 1000m, 13 Set 1965 (fls. pis.), H. S. Irwin et al. 9675 (UB 32264); Brasília Km 16 BR-020 (Rod. Brasília-Fortaleza). Área do CPAC/EMBRAPA, 07 Fev 1980 (frs.), M. C. G. Kirkbride 1121 (UB s. n., UFG 15025); Brasília Reserva Ecológica do Guará. Erva rastejante, 10 Oct 1993 (fls. est.), G. P. da Silva 1998 (UB s. n.); Brasília, Campus Universitário UnB, 10 Out. 1978 (fls. est.), M. M. Parada 4 (UB s. n.); Águas Emendadas, DF, Cerrado. 02 Jul 1971 (frs.), M. B. Ferreira 768 (HEPH 811-7); Águas Emendadas, DF. Cerrado, 17 Nov 1971 (frs.), M. B. Ferreira 937 (HEPH 1425-7); Águas Emendadas, DF. Cerrado, 15 Mai 1972 (frs.), M. B. Ferreira 1406 (HEPH 1774-4); Jockey Club de Brasília, DF. 31 Oct 1972 (fls. est.), Q. J. Silva 70 (HEPH 2307-8); Águas Emendadas, DF. 17 Nov 1971 (fl. est.), M. B. Ferreira 915-A (HEPH 954-7); QI-11. Península Norte-DF. 01 Nov 1985 (fls. est.), A. J. E. H. Salles 344 (HEPH 6074-7); Arredores da UnB, Brasília, cerrado, 17 Nov 1971 (frs.), M. B. Ferreira 995 (HEPH 1034-1), Reserva Biológica de Águas Emendadas. Entre 15o32’ S-15o38’ S e 47o33’ W e 47o37’W. Alt. 1000m-1150m. Cerca de 40 km a NE de Brasília, 24 Nov 1983 (fls. est.), A. E. Ramos 314 (HEPH 3743-5); Jardim Botânico de Brasília. Centro-Oeste. Levemente inclinado. 15o52’0’’ S 47o51’0’’ W. Alt.: 1025-1150m, 18 Nov 1998 (frs.), V. F. Paiva 7 (HEPH 14231-0, UB s.n.); Jardim Botânico de Brasília, entre as Divisões DEA e DECO. 15o52’0’’ S 47o51’0’’ W. Alt.: 1025-1150m, 27 Fev 1997, M. G. Nobrega & M. Oliveira 698-A (HEPH 12561-0); Lago Sul-DF, EEJBB, caminho da tapera, Jan. 2008 (frs.), R. C. Martins et al. 785 (HEPH 23486); Lago Sul-DF, EEJBB, caminho da tapera, 29 Jan. 2008 (frs.), R. C. Martins et al. 786 (HEPH 23487); Brasil. Centro Oeste. Distrito Federal. Brasília. Jardim Botânico de Brasília. Cerrado sentido restrito., 23 Jan. 2008, M. Kuhlmann & M. R. V. Zanatta 31 (HEPH 27252); Lago Sul- DF, EEJBB-campo após a área de lazer, 2008 (frs.), R. G. Chacon et al. 254 (HEPH 23632); Brasília. Prox Entrada da Estação Ecológica c/ o portão de saída do JBB, 13 Jan 2004 (frs.), J. S. Oliveira et al. 74 (HEPH 20245); Brasília. Estação Ecológica Jardim Botânico de Brasília, prox a Q. 117, 05 Abr. 2005 (frs.), I. N. C. de Azevedo et al. 359 (HEPH 21702-6); Reserva Ecológica do IBGE, Área do Córrego Taquara, Alt. Média: 1015 m; 27 Dez 1999 (fr.), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 2248 (IBGE 48053, UFG 27182, ESA 78953); APA Gama – Cabeça de Veado – R. A. do Núcleo Bandeirante. SMPW Q. 26 conjunto 10. Altitude 1035 m, 19

16 Dez 2002 (fls. est.), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 3991 (IBGE 55729, UFG 27187); APA Gama-Cabeça de Veado. ARIE do Córrego do Cedro- R.A. do Núcleo Bandeirante. SMPW Q. 26 conj. 3. Próximo à A. E. E. (EMBRAPA) Altitude 1050m. Coordenadas: 15o54’49’’ S 47o57’50’’ W, 25 Nov 2002 (frs., fls. est.), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 3802 (IBGE 55497, UFG 27184); APA Gama-Cabeça de Veado. Fazenda Água Limpa (FAL-UnB)- Área da “MOA” – RA do Lago Sul. Altitude: 1050 m. Coordenadas: 15o55’07’’ S e 47o55’06’’ W; 04 Dez 2002 (frs.); M. L. Fonseca & D. Alvarenga 3902 (IBGE 55813, UFG 27185); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu; 26 Jan 1981 (frs.); E. P. Heringer et al. 6054 (IBGE 10123); APA Gama- Cabeça de Veado. ARIE do Córrego do Cedro- R.A. do Núcleo Bandeirante. Lagoa do Córrego do Cedro. Em frente ao SMPW Q. 16 conj. 1 lote 01. Altitude: 1020 m. Coordenadas: 15o54’05.0’’ S 47o56’40.7’’ W; 09 Dez 2002 (frs. e fls. pis.); M. L. Fonseca & D. Alvarenga 3911 (IBGE 55744, UFG 27186); Reserva Ecológica do IBGE, área do Projeto Fogo, altitude: 1105 m s.m., lat. 15o57’08’’ S & long.47o52’13’’ W, 28 Out 1997 (frs., fls. pis.), R. Marquete & R. C. Mendonça 2823 (IBGE 41910, UFG 25128); Brasília DF. Trevo de Unaí, 12 Nov 1980 (fr.), E. P. Heringer 17968 (IBGE 6868); Brasília DF. (Monumento do Candango), 12 Nov 1980 (fr. e fls. pis.), E. P. Heringer 17977 (IBGE 6994); Reserva Ecológica do IBGE. Coord: 15o56’41’’ S 47o53’07’’ W. Altitude ca. 1100 m, 10 Jan 1995 (fl. pis.), M. A. da Silva 2592 (IBGE 36146); Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas: 15o56’41’’ S 47o53’07’’ W. Altitude: 1100 m, 19 Fev 2001 (frs.), M. A. da Silva 489 (IBGE 51947); Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas 15o56’41’’ S 47o53’07’’ W. Altitude ca. 1100 m, 13 Nov 2000, M. A. da Silva 4677 (IBGE 51690); Reserva Biológica de Águas Emendadas, 28 Fev 1989 (frs.), T. S. Filgueiras (IBGE s. n.); Cristo Redentor. Área queimada, campo limpo. 15o57’07’’ S 47o53’37’’ W, 10 Jan 1990 (fr. e fls. pis.), D. Alvarenga & E. C. Lopes 598 (IBGE 25119, ESA 6432); Reserva Ecológica do IBGE-DF, próximo a meteorologia, 09 Mar 1992 (fr.), A. E. Morbeck 24 (IBGE 29063); Reserva Ecológica do IBGE-DF, 26 Set 1983 (fls. pis.), B. A. S. Pereira 791 (IBGE 10119, ESA 6988); Reserva Ecológica do IBGE 15o56’ S 47o 55’ W, 23 Nov 1987 (fls. pis.), M. A. da Silva 2465 (IBGE 40055, UFG 23874); Reserva Ecológica do IBGE. Coord: 15o56’41’’ S 47o53’07’’ W. Altitude de 1048 a 1150 m, 13 Dez 1994 (frs.), M. A. da Silva 430 (IBGE 17325, ESA 6997); Fazenda Água Limpa, UnB. Ca. 1 km do canto sul da Reserva Ecológica do IBGE. 15o57’54’’ S47o53’55’’ W, 08 Jan 1990 (fls. pis.), M. A. da Silva & E. C. Lopes 906 (IBGE 25159, ESA 6433); Ponta Alta – Gama – Distrito Federal, 06 Nov 1976 (fls. pis.), A. Allem 313 (CEN s. n.); Reserva Ecológica do Guará, lat. 15o48 S long. 47o 58’ W, 10 Oct 1993 (fls. fem), G. P. da Silva 1988 (CEN 20080); Chapada da Contagem, entre o Posto Colorado e a estação de cartografia do CCAEX. Alt: 1200m. Lat: 15o41’00’’ S, Long: 20

47o50’00’’, 12 Set. 1994 (fls.pis. e fls.est.), G. P. da Silva 2310 (CEN 38651), Ponte Alta-Gama- Distrito Federal, 06 Nov. 1976 (fl. est. e frs.), A. Allem (CEN s. n.); Jardim Botânico de Brasília. Ca. de 20 km de Brasília. Latitude 15o52’ S, Longittude 47o51’ W, Altitude 1025-1150 m, 24 Fev. 1989 (frs.), C. Proença 706 (HEPH 6278-2); Brasília, south side of Campus of University de Brasília. 15o45’ S. 47o51’ W, 16 Nov 1977 (frs.), Taxonomy Class of Univ. de Brasília (UB s. n.); E. of Lagoa Paranoá, DF. Elevation 975 m. 09 Dez. 1965 (frs.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); DF, Brasília, burned cerrado, 1 ha plot., 10 Nov 1975 (frs e fls. est.), F. H. F. & V. V. Mecenas (UB s. n.); Brasília, SQN 208, 15o45’. 45o53’. 20 Fev. 1986 (frs.), E. A. Nascimento & B. Catharina (UB s. n.); E. of Sobradinho, DF. Elevation 1115 m. 07 Out. 1965 (frs. e fls. est.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Creek margin near waterfall, ca. 25 km SW of Brasília, DF.Elevation 950 m. 19 Fev 1966 (fr.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Campo slopes at Rajadinha, ca. 15 km S. of Planaltina, BR-13. Elev. Ca. 1000m, 22 Fev 1970 (frs.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Cerrado, ca. 12 km W of Taguatinga on road to Braslândia. Elevation 1250 m, 26 Nov 1965 (frs. e fls. est.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Entre a Colina e o Lago Norte, Brasília DF, 01 Abr. 1980 (frs.), M. C. G. Kirkbride (UB s. n.); Cerrado, summit of Chapada da Contagem. Elevation 1100 m, 14 Jan 1966 (frs.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Granja do Tamanduá, 06 Out. 1965 (fls.masc e fls.pis.), E. P. Heringer (UB s. n.); Campo cerrado aberto e perturbado. Na região de Barra Alta, este do Córrego São Gonçalo, 15o48’S. 47o31’O, 19 Fev. 1981, J. H. Kirkbride (UB s. n.); Brasília, south side of campus of Universidade de Brasília. Cerrado woodland, Out-Nov. 1971(fls. pis. e fls. est.), Taxonomy Class of Universidade de Brasília (UB s. n.); Distrito Federal: SW edge of grounds of Brasília Botanical Garden.(11 km due SSE of tha Brasilia TV Tower), 25 Fev. 1988 (fr), S. Ginzbarg & G. Eiten (UB s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas geográficas 15o57’03’’ S 47o52’18’’ W, 06 Jan 2004 (frs.), M. A. Silva (UFG s. n.); Taguatinga Norte 15o 44.85’ S, 47o 03.02’W. Alt: 1252 m, 04 Fev. 2003 (frs.), C. L. Ramalho & Z. de J. G. Miranda 169 (UFG 43514, UB 12262); Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas 15o 46’ 07’’ S 47o 53’ 07’’ W. Altitude 1100 m. Projeto Fogo, 19 Fev 2001 (frs.), M. A. Silva 4819 (UFG 27175); Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas geográficas 15o57’06” S 47o 52’10” W, 22 Out. 2003 (fls. est. e pis.), M. A. Silva 5528 (UFG 29635, IBGE s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas geográficas 15°57'03" S 47° 52' 18"W, 06 Jan 2004 (frs.), M. A. da Silva 5646 (UFG 29640, IBGE s.n.); Escola Fazendária/Jardim Botânico de Brasília, Altitude ca. 1100m, 11 Nov. 1995 (fls. est.), M. A. da Silva 2832 et al. (IBGE 36794); Rod. DF-345, 5 km do trevo com BR-020, Distrito Federal, 7 Fev. 1994 (frs.), G. & M. Hatsbach 59915 & J. M. Silva (MBM 169045); Cerrado, summit of Chapada da Contagem. Elevation 1100 m, 14 Jan. 1966 (frs.), H. S. Irwin et al. (MBM 65441); Brasil, Distrito Federal, Brasília, Parque 21

Olhos D’Água-lado oposto à Lagoa dos Sapos. 15°44’40”S, 47°53’16”W. Alt.: 1050 m, 21 Dez 2005 (fls. est. e pis.), S. M. Fank-de-Carvalho et al. 27 (UB s.n.); Brasil, Distrito Federal, Brasília, Reserva Ecológica do IBGE, 12 Nov. 1996 (fls. est.), R. I. P Dantas & G.S. Freitas s.n. (UB s. n.); Brasil Distrito Federal, Brasília, Centro Olímpico da Universidade de Brasília, 17 Jan. 2006 (frs.), S. M. Fank-de-Carvalho 77 (UB s.n.); Brasília, Distrito Federal, Centro Olímpico..., 15 Dez 2005 (frs.), L. V. Zuani 23 (UB s. n.); Parque Nacional de Brasília-estrada descendo para o cerrado rupestre, 23 Nov 2006 (fls. est.), J. Roveratti et al. 592 (UB s. n.; CEN 76107), Parque Nacional de Brasília, 01 Dez 2006 (frs.), E. B. A. Dias et al. 247 (CEN 74755); Cerrado na margem direita do córrego Riacho Fundo, 08 Mar. 2001 (frs.), E. S. Guarino & J. B. Pereira 660 (CEN 57718); BR da Polícia Federal, entroncamento Colorado, 15 Jan. 2003 (frs.), J. F. B. Pastore et al. 248 (CEN 50992); Riacho Fundo-DF/ Fazenda Sucupira, 19 Jan. 2003 (fls. est.), A. S. Rodrigues et al. 161 (CEN 54625); Reserva Ecológica do IBGE.15°57’03”S 47°52’18”W, 10 Dez. 2002, M. A. Silva 5416 (IBGE s. n.); Reserva Ecológica do IBGE.15°57’03”S 47°52’18”W, 18 Dez. 2002, M. A. Silva 5428 (IBGE s. n.).

Espécie muito frequente nas formações vegetais de cerrado, caracterizada pelo hábito prostrado e a lâmina foliar trifoliolada com folíolos lineares. 22

Figura 5: Cayaponia espelina Silva Manso (Cogn.) (A, E, F, G -V.L.Gomes-Klein et al. 3425; B, C, D - B.A.S. Pereira 791); A - Hábitos; B - Botões estaminados ; C - Detalhes anteras; D - Botão pistilado; E – Disco nectarífero; F - Gineceu; G - Pétalas face ventral e estaminódios. H- Detalhe do pecíolo (Gomes-Klein, 2000).

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Figura 6: A, B, C, D - Cayaponia espelina Silva Manso (Cogn.) (V.L.Gomes-Klein et al. 2922); E e F – Cayaponia weddellii (Naudin) Cogn. (V.L.Gomes-Klein et al. 2720; J.R. Pirani et al. 1712). (Gomes-Klein, 2000).

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1.3. Cayaponia floribunda Cogn., Monogr. Phan. 3: 779-1881. Trianosperma floribunda Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 88.1878. Tipo: BRASIL: Minas Gerais, 1845, Wildgren 311. (lectótipo BR!; isolectótipo C!, K!, P!, LE!) (Fig. 7).

Planta monoica, escandente; ramos sulcados, herbáceos, entrenós 7,3-11,5 cm. comp.; folhas com pecíolos sulcados, pubescentes, 4-9 cm comp.; lâmina foliar tri-5-lobadas, coriáceas,10,5-16,7 x 8,2-15,3 cm, sino basal 3,5-7,2 x 2,1-3 cm, glanduladas na base; gavinhas bífidas; inflorescências de ambos os sexos dispostas em fascículos. Flores estaminadas infundibuliformes; pedicelo sulcado, pubescente, 2,5 mm compr.; sépalas triangulares pubescentes, 2,3 x 1,4 mm; pétalas ovaladas pubescentes 7,2 x 3,4 mm; anteras glabras, hipanto nervado longitudinalmente. Flores pistiladas axilares, pedicelo idêntico ao das flores estaminadas; sépalas idênticas às das flores estaminadas; pétalas triangulares, pubescentes, 4,3- 5,7 x 2,5-4,6 mm, hipanto semelhante ao das flores estaminadas; ovário globoso, glabro, 2-3 x 2- 2,5 mm; estigmas 3; frutos jovens verdes, amarelos quando maduros, oblongos, glabrescentes, lisos, 7,5-10,7 x 6,3-8,2 mm; sementes geralmente 2, oblongas, glabras, 6,4 x 4,3 mm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores de ambos os sexos durante os meses de maio e agosto, com frutos ocorrendo no mês de agosto. Habitat: Cerrado.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Lago Sul-DF, EEJBB-Mata do Taquara, 09 Ago. 2012 (fls. est.e frs.), L. Miranda et al. 24 (HEPH 28899); Lago Sul-DF, EEJBB, Área próxima do canal de adução de água bruta da CAESB, entre as captações 2/3, 10 Mai. 2012 (fls. est. e pis), M . G. G. Nóbrega et al. 2147 (HEPH 28808).

Espécie de distribuição aparentemente restrita, reconhecida por suas flores estaminadas infundibuliformes, com hipanto nervado longitudinalmente e lâminas foliares glanduladas na base. 25

Figura 7: Cayaponia floribunda Cogn. A-Hábito; B-Detalhe do fruto; C e D – Botões pistilados; E – Flor estaminada. (HEPH 24488).

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1.4.Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn., Monogr. Phan. 3: 772. 1881. Bryonia tayuya Vellozo, Fl. Flumin. 10, T.89.1831 (1827). Tipo: Estampa de Vellozo (lectótipo – iconotipo) (Figs. 8-9).

= ? Bryonia cordatifolia Godoy Torres, Patriota 3: 71.1814. Tipo: Não mencionado. = Trianosperma tayuya Martius, Syst. Mat. Med. Brasil: 80. 1843. Tipo: Mar. Herb. Fl. Bras, s.d. (fls. est.), Martius 248 (holótipo M, isótipos BM!, BR!, G!, GH!, K!, L!, MO! E P!). = Cayaponia piauhiensis Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 83.1878; Trianosperma piauhiensis Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 83.1878. Tipo: BRASIL: Estado do Piauí, Oeiras, Mai (fls. est. e pis.), Martius s.n. (holótipo M!; isótipo BR!; fotos de M em F!, NY!, M!, de F em F!, IAN! INPA!, K!). = Trianosperma tayuya var. pallida Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 83.1878. Cayaponia tayuya (Vellozo) Cogniaux var. pallida Cogniaux in Candolle, A. de Candolle & C. de Candolle, Monogr. Phan. 3: 774. 1881. Tipo: BRASIL: Estado da Bahia, Fev. 1903 (fls. est. e fr.), Salzmnn 287 (lectótipo BR!, isolectótipos P!, G!; fotos de BR em F!, IAN!). = Cayaponia setulosa (Cogniaux) Cogniaux in Candolle, A. de Candolle & C. de Candolle, Monogr. Phan. 3: 767. 1881. Trianosperma setulosa Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 83.1878. Tipo: BRASIL: Estado do Rio de Janeiro, entre Funel et S. João: Mai 1865 (fls. est., pis. e fr.), Burchell 8924 (lectótipo P!, isolectótipos K!, BR!, GH!, fotos de F em GH!, F!).

Planta monoica, escandente; ramos herbáceos; entrenós 2,3-11,4 cm. comp.; folhas com pecíolos fortemente decurrentes e glandulosos 3,2-5,2 cm. comp., sulcados, glabrescentes; lâmina foliar palmatilobada ou palmatifendida, coriácea ou cartácea, pubescente, bordo denticulado, 4,2-15,1 x 1,9-14,1 cm.; gavinhas bífidas de 4,6-8,7 cm, herbáceas, glabras ou glabrescentes. Flores estaminadas em panículas axilares; pedicelo sulcado, pubescente, 0,3 cm. compr.; bractéolas 2-3mm compr.; sépalas ovaladas, glabrescentes, 0,1-0,3 x 0,1-0,2 mm; pétalas ovaladas, com nervuras longitudinais; filetes filiformes; anteras glabras, com tricomas no ápice, 0,2-0,4 cm compr. Flores pistiladas dispostas em panículas axilares; pedicelo glabro, 0,1-1,1 mm. compr.; sépalas lanceoladas, 0,1 x 0,1 mm; pétalas com nervuras longitudinais, 0,3-0,5 x 0,2-0,3 cm; ovário fusiforme, liso, 0,3-0,5 x 0,1-0,3 cm; estigmas bífidos no ápice, glabros, 1- 1,5mm compr.; frutos jovens verdes, maduros amarelados ou alaranjados a vermelhos, oblongo- ovalados, glabrescentes, 1,0-2,6 x 0,6-1,1 cm; sementes ovaladas, pubescentes, 0,7-1,0 x 0,5-0,7 cm. 27

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal a presença de flores estaminadas foi observada durante os meses de março a maio e as flores pistiladas no mês de abril, com frutos ocorrendo entre os meses de abril a outubro. Habitat: Cerrado, cerrado perturbado. Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Brasília. Parque Olhos D’Água . 15o44’40’’ S, 47o53’16’’ W. Alt: 1050m. Cerrado perturbado, 14 Mai 2003 (fr. e fls. Est.); A. M. Teles et al. (UB s. n.); Parque Boca da Mata na Mata de Galeria, Samambaia, DF, Lat: 15o52’ S. Long: 48o03’ W, 29 Abr 1996 (frs.), J. M. de Rezende 423 (CEN 35373); Reserva Ecológica do IBGE. Coord.: 47o 53’ 07” W 15o 56’ 41” S. Alt. ca. 1100 m; 27 Set. 1995 (frs.); M. A. Silva & M. L. M. Azevedo (UFG s. n.); Brasília. ARIE/Riacho Fundo. Trecho prox. ao estuário, Rod. DF-047, Margem esquerda do Riacho Fundo. Mata perturbada, solo com areia úmida, 01 Jun. 1999 (frs), A. E. Ramos et al. 1369 (MBM 264377, IBGE 54275); Forested slopes, rocky talus, Córrego Landim, ca. 20 km NE of Brasília, DF, elevation 950 m, 17 Mar. 1966 (fls. est.), H. S. Irwin et al. (MBM 65443; UB 32154); Wet campo and adjacent gallery margin, ca. 25 km NW of Brasília, DF, Elevation 900 m, 12 Mai 1966 (frs.), H. S. Irwin et al. (MBM 65422); Distrito Federal, Memorial das Idades do Brasil. Em frente à ML 11. Cerrado. 15° 46’48” S, 47° 48’16” W, Alt.: 1053 m, 29 Out. 2008 (frs.), C. Proença et al. 3589 (UB s. n.); Brasília, campus da UnB. Norte do ICB. Mata ciliar perturbada, 01 Abr. 1980 (fls. est. e frs.), M. C. G. Kirkbride 1143 (UB s.n.); Brasília-DF, Planta do cerrado, com frutos, 3 Mai 1967 (frs.), G. M. Barroso s.n (UB 28090); Wooded rocky talus, Côrrego Landim, ca. 25 km N. of Brasília, D.F. Elevation 950 m, 17 Mar 1966 (fls. est.), H. S. Irwin et al. s. n. (UB 13984); Brasília, Parque Olhos D’Água. 15°44.40’S, 47°53.16’W. Alt. 1050 m. Cerrado perturbado, 30 Mai 2003 (frs.), A. M. Teles et al. 125 (UB 15367); Reserva Ecológica do IBGE, 14 Jul. 1981 (frs.), E. P. Heringer et al. 7140 (IBGE 10113); Reserva Ecológica do IBGE, mata ciliar do córrego Taquara/UnB, 15°54’44”S 47°54’28”W, 03 Ago. 1989 (frs.), D. Alvarenga & F. C. A. Oliveira 382 (IBGE 23929); Brasília, DF. RECOR, 3 Abr. 1981 (frs. e fls. pis.), E. P. Heringer et al. 6740 (IBGE 10115).

Cayaponia tayuya é uma espécie comum em áreas de cerrado, com uma grande diversidade foliar, mas sendo reconhecida por suas folhas com pecíolos decurrentes, flores dispostas em panículas e frutos oblongos. 28

Figura 8: Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. (V. L. Gomes-Klein & R. Marquete n. 2564).A – Botão estaminado; B – Botão pistilado; D – Hábito. (Gomes-Klein, 2000); C, E, F – Frutos e flores pistiladas. (Gomes-Klein et al. 2724). 29

Figura 9: Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. (Gomes-Klein, 2000) A - Hábito (A. Glaziou n. 3657); B e C - Botões estaminados (L. C. Giordano et al. 754); D – Botão estaminado em secção longitudinal, evidenciando os estames e pistilódio (V.L.Gomes-Klein et al. 3278); E - Detalhe do pistilódio (V.L.Gomes-Klein et al. 3278); F - Estaminódio (L. C. Giordano et al. 754); G - Detalhe de parte da corola (V.L.Gomes-Klein et al. 3278); H – Botão pistilado; I - Gineceu (L. C. Giordano et al. 754); J - Ovário em secção transversal (L. C. Giordano et al. 754); K e L - Fruto e sementes (R. Marquete & V.L.Gomes-Klein 2564); M – Lâmina foliar, base face abaxial (V.L.Gomes-Klein et al. 3278). 30

1.5.Cayaponia triangularis (Cogn.) Cogn., Monogr. Phan. 3: 774-1881. Trianosperma triangularis Cogniaux in Martius, Fl. Bras. 6 (4): 86. 1878. Tipo: Suriname: Habitat in Surinamia, fls. pist. e est., Wullschlaeget n. 207 pr. P. (holótipo BR!; isótipo K!; foto K!)

= Cayaponia subsessilis (Cogn.) Sandwth & Cheesman, Fl. Trin. Tobago 1: 446. 1940. = Melothria subsessilis Cogn. in Engler, Pflanzer. 66 (IV.275. I): 103. 1916. Tipo: Brasil: Provinz des Amazonenstromes: Gebiet des Rio Surumu, bei der Serra do Mel, Set. 1909 (fl. pis. e fr.), E. Ule n° 8344 (holótipo B!; isótipo K!).

Plantas monoicas, escandentes, ramificadas; ramos sulcados e herbáceos, entrenós 4-12 cm compr; folhas com pecíolos simples não decurrentes, pubescentes, 1,6- 4,3 cm compr.; lâmina foliar inteira, 7,9 x 5,7 cm, gavinhas pubescentes, simples 6,3 cm, sino basal 1,1 cm. Flores estaminadas isoladas 0,5 x 0,3 cm, pedicelo sulcado, glabro a glabrescente 1-1,2 cm compr., sépalas triangulares pubescentes 1 x 0,5 mm, pétalas ovaladas, 2 x 2,3 mm. Flores pistiladas 1,2 x 0.3 cm, isoladas ou em fascículos, pedicelo pubescente 0,7 cm, sépalas triangulares 1 x 1,3 mm; pétalas triangulares 2-2,7 x 1,5 cm, ovário oblongo 3-4 x 2-3 mm, estigmas 3. Fruto oblongo-ovalados, 1,6 x 1,0 cm; sementes 1-2, escuras, ovaladas, 4,2 x 3,3 mm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal a presença de flores de ambos os sexos e frutos foi observada em fevereiro. Habitat: Cerrado, cerrado perturbado. Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Lugar muito perturbado, na margem do Rio Preto onde cruza DF 6, 47°19'O, 15°43'S, 12 Fev. 1981 (fls. est. e pis., frs.), J. H. Kirkbride Jr. 3770 (UB s. n.). Cayaponia triangularis, aparentemente, é uma espécie rara na área em estudo. Segundo Gomes-Klein (2000), a espécie teria sido encontrada apenas nos estados do Pará e Roraima, e em outros países na América do Sul. Registra-se, portanto, uma nova ocorrência de tal espécie no Distrito Federal. 31

Figura 10: Cayaponia triangularis (Cogn.) Cogn. Exsicata mostrando hábito. (Kirkbride Jr., 3770, UB)

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1.6.Cayaponia weddellii (Naudin) Gomes-Klein, Monogr. Phan. 3:793. 1881. Perianthopodus weddellii Naudin, Ann. Sc. Nat. 4. Ser. 18: 203. 1862. Tipo: BRASIL: Minas Gerais, Ouro Branco, Nov. 1843 (fr.), Weddell s.n, [Cat., n. 1298] (holótipo M n. v., isótipos F!, NY!; fotos de F em F!, IAN!, NY!) (Fig. 10).

= Cayaponia weddellii (Naudin) Cogniaux var. angustiloba (Cogniaux) Cogniaux in Candolle, A. de Candolle & C. de Candolle, Monogr. Phan. 3: 796.1881. Perianthopodus weddellii Naudin var. angustiloba Cogniaux in Martius in Fl. Bras. 6 (4): 96. 1878. Tipo: Brasil: Minas Gerais, S. João Batista, s.d. (est.), Martius s.n (holótipo M n. v.; isótipos F!, NY!; fotos de F em F!, IAN!, NY!).

Planta monoica, prostrada; ramos herbáceos e sulcados; folhas trilobadas, com segmentos obovados-oblongos; pecíolo pubescente, 0,3-0,6 cm. comp.; lâmina foliar coriácea ou cartácea, face adaxial escabrosa, denticulada e com pequenas glândulas na base, oblonga, 2-8 cm x 0,7- 4cm, vilosas em ambas as faces; gavinhas simples, sulcadas, glabras ou glabrescentes. Flores estaminadas isoladas, axilares, pedunculadas; pedicelos sulcados, glabrescentes, 1-2mm compr.; sépalas ovaladas, aspecto velutíneo, 0,5-1,0 x 0,1-0,2 cm; pétalas ovalado-lanceoladas, com nervuras longitudinais, 0,1-0,2 x 0,2-0,3 cm; filetes curtos. Flores pistiladas isoladas, axilares; pedicelo 0,2-0,6 cm compr., pubescente; sépalas triangulares, com tricomas, 0,3-0,4 x 0,4-1,2 cm; pétalas triangulares, 0,2-0,3 x 0,2 cm; ovário globoso, liso, 0,4-0,8 x 0,5-0,6 cm; estilete cilíndrico; estigmas 3, bífidos, 0,2-0,4 x 0,2-0,3 cm; frutos jovens verdes, maduros amarelos a vermelhos, elipsóides, globosos, glabrescentes, lisos, 1,2-3 x 1-1,1 cm; sementes ovalado- oblongas, lisas, glabras, 1,2-1,4 x 0,4-0,6 cm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores estaminadas ocorrendo no mês de fevereiro, flores pistiladas e frutos ocorrendo entre os meses de janeiro a maio e também durante o mês de setembro. Habitat: Cerrado.

Material examinado:

DISTRITO FEDERAL, DF: Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas: 15o46’ S 47o53’W. Altitude: 1100 m, Cerrado ao lado da estrada que liga a Sede a Estação Metereológica, 18 Fev 2001 (frs.), M. A. da Silva & O. A. Santana 6079 (IBGE 54740); Reserva Ecológica do IBGE. Coord: 47o53’07’’ S15o46’41’’ W. Altitude ca. 1100 m. Projeto Fogo, 20 Mar 2001 (fr.), 33

M. A. da Silva 4945 (IBGE 51600); Cerrado após o Paranoá, sentido Sobradinho – DF, 24 Set. 1979 (frs.), L. Coradin et al. 2401 (CEN 37340); Reserva Ecológica do IBGE próximo a portaria da guarda da Reserva.Lado direito, 28 Mar 1995 (frs.), V. L. Gomes-Klein et al. (UFG s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Coord.: 47o53’07’’ S15o46’41’’ W. Altitude ca. 1100 m, 28 Mar 1995 (frs.), M. A. Silva 2532 (UFG 17703, IBGE 35139); Reserva Ecológica do IBGE. Próximo ao Ribeirão Taquara, 29 Mar 1995 (frs.), V. L. Gomes-Klein et al. 2720 (UFG 25070, IBGE s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Lado direito da portaria da guarda da Reserva, 28 Mar 1995 (frs.), V. L. Gomes- Klein et al. 2708 (UFG 25076, IBGE 39593); APA Gama Cabeça de Veado. Fazenda Água Limpa (FAL-UnB). R. A. do Lago Sul. Altitude: 985 m. Coord: 15o55’53.6” S & 47o54’57.3’’ W, 21 Mai. 2003 (frs), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 4810 (UFG 27193; IBGE 57139); APA – Gama e Cabeça de veado. R. A. do Núcleo Bandeirante, SPMW Q. 26 conj. 3. Área vizinha à Associação dos Empregados da EMPRAPA (A. E. E.). Altitude: 1050 m. Coord: 15o54’48.9” S & 47o57’50.2’’ W, 29 Abr. 2003 (frs.), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 4631 (UFG 27181, IBGE s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Coord: 15o46’41” S & 47o53’07.3’’ W. Altitude ca. 1100 m, 20 Mar. 2001 (frs.), M. A. Silva 4945 (UFG 27176); Reserva Ecológica do IBGE. Próximo ao Ribeirão Taquara. Cerrado no sentido M5, 29 Mar 1995 (frs.), V. L. Gomes- Klein et al. 2725 (UFG 23563, IBGE s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Altitude: 1100 m. Coordenadas: 15o46’ S 47o53’ W. 18 Fev 2001 (fls. est.), M. A. Silva & O. A. Santana 6079 (UFG 27171); Lago Sul-DF, Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, 01 Jun 2010 (frs.), F. B. Passos et al. 220 (HEPH 26765); Brasil, Distrito Federal, Núcleo Rural Lago Oeste, em frente à Rua 15. Beira da cerca do Parque Nacional de Brasília. 15°36’S, 47°57’W, 26 Mai 2007 (frs.), A. C. E. Dias et al. 36 (UB 38340); Fazenda Água Limpa-DF, campo sujo (47°56’WG/15°57’S), 30 Jan. 1980 (frs.), H. L. Cesar 137 (UB 59864); Planaltina, CPAC- Chapada entre Sobradinho e CPAC à direita da rodovia, 21 Mar. 1983, S. P. Almeida et al. s. n. (UB s.n.); Fazenda Água Limpa (University of Brasília field station), near Vargem Bonita, ca. 18 km SSW of Brasília TV tower, 29 Abr. 1976 (frs.), J. A. Ratter & S. G. da Fonseca 2965 (UB 34496); Cerrado ca. 2 km E. of Lago Paranoá, DF-6. 26 Fev. 1970 (frs.), H. S. Irwin et al. s. n. (UB 26678); Brasil. Centro Oeste, Distrito Federal, Brasília, ARIE do Cerradão, 15°51’ S, 47°49’ W., 27 Fev. 2008 (fls. est.), J. S. Silva et al. 343 (UB s. n.); Parque Nacional de Brasília. Área queimada entre os portões 6 e 7, 22 Mar 2007 (frs.), J. Roveratti et al. 819 (CEN 76331); Brasília-DF, Condomínio Residencial Atenas, 04 Mar. 2000 (frs.), G. P. Silva & G. Abdala 4238 (CEN 63670); Distrito Federal, Reserva Ecológica do IBGE 15°57’04”S 47°52’38”W, 18 Mai. 1988 (frs.), M. A. da Silva 666 (IBGE 20574); Distrito Federal. Reserva Ecológica do IBGE, 11 Jul. 1980 (frs.), M. L. M Azevedo & R. D. Lopes 808 (IBGE s. n.); Reserva Ecológica do IBGE, 34 coord: 47°53’07”W 15°56’41”S, 08 Fev. 1995 (frs.), M. A. Silva 2476 (IBGE 36770); Reserva Ecológica do IBGE, lado direito da portaria da guarda da Reserva, 28 Mar. 1995 (frs.), V. L. Gomes-Klein et al. 2707 (IBGE 39575); Brasília, DF-RECOR-Cerrado da Reserva, 17 Abr. 1977 (frs.), E. P. Heringer et al. 450 (IBGE 10118, ESA 6994); Brasília DF, Reserva Ecológica do IBGE, Picada M5 cerrado 6 Mar. 1978 (frs.), E. P. Heringer et al. 388 (IBGE 1988); Brasília, DF, Reserva Ecológica do IBGE, 09 Mar. 1981 (frs), E. P. Heringer et al. 6394 (IBGE 10116); Cabeça do Veado, 2 km S da Escola Fazendária, 47°50’O 15°54’S, 09 Mai. 1980 (frs.), M.C. G. Kirkbride 1214 (IBGE 63224); Brasília. Fazenda Água Limpa. UnB. Folha SD-23-Y-C., 13 Abr. 2007 (frs.), A. G. Amaral & S. Miranda 1305 (IBGE s. n.); Brasília. Fazenda Água Limpa, UnB, 14 Mar. 2007 (frs.), A. G. Amaral et al. 1076 (IBGE 66638); Gama, Parque e Reserva Ecológica do Gama, 22 Fev. 2001 (frs.), D. S. de Brito 222 et al. (IBGE s. n.); Brasília DF, Cerradão próximo a Escola Fazendária, 26 Fev. 1980 (frs.), E. P. Heringer et al. 3558 (IBGE 4294, ESA 3673); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu , 28 Jan 1981 (fl. est.), E. P. Heringer 6079 et al. (IBGE 10143); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu, 17 Mar. 1980 (frs.), E. P. Heringer et al. 4033 (IBGE s. n.); Distrito Federal. Reserva Ecológica do IBGE. Coord.: 47°53’07”W 15°56’41”S, 29 Mar. 1995 (frs.), M. A. da Silva 2532 (IBGE s. n.).

Espécie bastante comum na área em estudo, sendo identificada por suas folhas trilobadas e com segmentos obovado-oblongos.

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Figura 11: Cayaponia weddellii (Naudin) Gomes-Klein. Hábito com frutos. (L. Q. Silva et al. 32 – HEPH 27744). Foto: Roberta Chacon.

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2. Gurania (Schltdl.) Cogn., Bull. Soc. bot. Belg. 14:239. 1875; idem in Diagn. Cucurb. 1:13,23. 1876; idem loc. cit. 2:11 t.1. 1877; idem in Martius, C.F.P. von, Fl. Bras. 6(4):44. 1878; idem in De Candolle, A.L.P.P. et Candolle, A.C.P. de, Monogr. Phan. 3:678. 1881; Müeller et Pax in Engler et Prantl. Nat. Pflanzenfam. 4(5):19. 1894; Löfgren, Fl. Paul. 3:61. 1897; Cogniaux in Engler, Pflanzenr. 66(IV.275.I):192. 1916; Cuatrecasas in Caldasia 5:21. 1942; idem, loc. cit. 6:141. 1943; Barroso in Consid. Fam. Cucurb. 3:16. 1946; Lemeé, Fl. Guyana Française 3:577. 1953; Hutchinson, Gen. Fl. Pl. 2:391. 1967; Diertele in Nasch. Fieldiana 24:354. 1976; Wunderlin in Woodson et al. An. Missouri Bot. Gard. 65:319. 1978. = Anguria Sect. Gurania Schlechtd, Linnaea 24:789. 1851.

Planta escandente, dioica, raramente monóica, com caules robustos, glabros, pubescentes ou pilosos. Folha inteira, angulada, 3-5-lobada ou 3-5-foliolada. Gavinhas simples. Flores pequenas, ebracteadas, com cálice alaranjado e corola amarela. Flores estaminadas dispostas em umbelas, glomérulos ou racemos, longopedunculadas. Receptáculo cilíndrico; sépalas alaranjadas, longas, raro curtas, e estreitas. Corola pequena, 5-partida, pétalas crassas, densamente papilosas, lineares ou triangulares, geralmente eretas. Estames 2, livres, dispostos na parte mediana do tubo do receptáculo; anteras ditecas, lineares, oblongas, cordadas ou orbiculares com lóculos retos, curvos ou replicados na base; conectivo estreito ou raramente largo, obtuso ou com um apêndice prolongado no ápice. Pistilódio nulo. Flores pistiladas solitárias, fasciculadas. Hipanto oblongo; ovário biplacentar, com numerosos óvulos, dispostos horizontalmente; estilete colunar, bífido no ápice com 2 estigmas bífidos. Frutos oblongos, cilíndricos, polispérmicos. Sementes ovais, comprimidas, emarginadas.

Espécie tipo: Gurania speciosa (Poepp. & Endl.) Cogn. Distribuição geográfica: ocorre no México e nas Américas Central e do Sul. Habitat: Ocorre somente em formações florestais. Etimologia: Barroso (1946) revela que Gurania é um anagrama de Anguria, que por sua vez significa pepino.

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2.1.Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. in Diagn. Cucurb. Nouv.1: 17. 1876. (Jan-Feb 1876); 17, 2,t.1.fig. 11 (1877); Mart. in Fl. Bras.. 6.4:53.1878; in DC. Mon. Phan. 3:697.1881; Cogn. in Engl. Pflanzenr. 66(IV.257.I):216.1916. Anguria spinulosa Poepp.& Endl., Nov. Gen. Sp. 2:52, t. 170. 1837; Schlechtd. in Linnaea 24:726.1851. Mart., in Fl. Bras. loc. cit.; Cogn. in Engl. Pflanzenr. loc cit. (Figs. 5 A-B; 6). Tipo: in Peruvia: Poeppig n. 1393 (holótipo W, foto K) Segundo Jeffrey 1984. (Figs. 11-12).

=Gurania spinulosa var. glabrata Cogn. in Engl. Bot. Jahr. 50 (Beibl. 111): 76. 1913; Anguria spinulosa var. glabrata (Cogn.) J.F. Macbr. in Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(6/2): 353. 1937; Tipo: Peru: ad viam a Tambo ad Osno secus flum. Apurimac, alt. 1800 m, Weberbauer n. 5606; Ecuador: in sylvis tropicis prope Angamarca et secus flum. Pilaton, Sodiro n. 577b et 577b* (sintipos). = Gurania kegeliana (Schltdl.) Cogn. , Diangn. Cucurb.1; 16.1876;Cogn. In Engl., loc.cit. (1):206.1916; Pulle, Enum. Vasc. Pl. Surinam 451.1906. Anguria kegeliana Schltdl., Linnaeae 24:776.1851. Tipo: Suriname, Kegel 689 (hotótipo U). =Gurania killipii Standl. ex J.F. Macbr. in Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(6/2): 349. 1937; Tipo: Peru, 1-5 Sept 1929, Killip et A. C. Smith 28907 (holótipo US). = Gurania wageneriana (Schltdl.) Cogn. in Diagn. Cucurb. Nouv. 1: 17. 1876. Anguria wagneriana Schltdl. in Linnaea 24:785. 1851. Anguria wagneriana Schltdl. in Linnaea 24:785.1851.Tipo: In Columbia ad Puenta a Carucuti, Decembri 1849 palantam masculam florentem, leg. Wagener (holótipo).

Planta monoica, escandente; com caule sulcado, pubescente e suberoso; folha com pecíolo tomentoso, folhas 5-lobadas, variando de 13,4-31,2 x 15,2-25 cm.; lâmina foliar membranácea, face adaxial pubescente-escabrosa e face abaxial tomentosa-vilosa, trilobada, com lobos ovalados (o central maior em comprimento e largura), triangulares ou oblongo-lanceolados com dentículos na margem; sino basal 1,9-6,2 cm; gavinhas pubescentes, 6,5-22,4 cm.comp. Flores estaminadas 15-25, dispostas em inflorescências do tipo corimbo, congestas, dispostas no ápice de um pedúnculo com 17,2-32,7 cm. comp.; pedicelos pubescentes, 1,0-2,7 cm. comp.; sépalas alaranjadas triangulares, eretas, 0,6-0,9 x 0,1-0,2 cm; pétalas alaranjadas triangulares, eretas, pubescentes, 0,5-0,8 x 0,1 cm.; anteras oblongas, 0,2-0,3 x 0,2 cm. Flores pistiladas agrupadas em fascículos; com pedicelos curtos, 2,0-3,0 cm de compr.; perianto semelhante ao 38 das flores estaminadas; ovário oblongo, glabro a glabrescente. Frutos oblongos,com tons de alaranjado mesclado à cor verde, levemente fusiformes, estriados, 6-7 cm de comprimento e 15- 18 mm de diâmetro; sementes ovalado-oblongas, lisas, 0,7 x 0,4 cm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal as flores estaminadas foram observadas nos períodos de janeiro a fevereiro e de setembro a dezembro. Flores pistiladas e frutos registrados apenas em outubro. Habitat: Formações florestais e matas ciliares

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Brasília. Fazenda Água Limpa/UnB. Mata de galeria do Córrego da Onça. Coletada na cabeceira da mata, a meia distância entre o bordo e córrego principal; em uma grande clareira, 27 Set. 1994 (fls. est.), B. M. T. Walter (UB s. n.); Brasília DF. Bacia do Rio São Bartolomeu. 22 Out 1979 (fls. est.), E. P. Heringer et al. 2571 (IBGE 10138); Brasília, Próx. ao caixa d’água e Laboratório Multidisciplinar – JBB. Centro-Oeste, 15o 52’0’’, 47o 51’ 0’’. Alt: 1025 1150 m, 27 Oct 1998 (fls. est.), M. G. Nóbrega 970-B (HEPH 14668-4); Reserva Biológica de Águas Emendadas. Entre 15o 32’ S-15o 38’ S e 47o 33’W e 47o 37’W. Alt. 1000m-1150m. Ca. de 40 km a NE de Brasília, 24 Nov 1983 (fls. pis.), A. E. Ramos (HEPH s. n.); Fazenda Água Limpa/UnB. Mata de galeria do Córrego da Onça. 15o57’ S, 47o55’ W. Alt: 1060m. 27 Set.1994 (fls. est.), B. M. T. Walter 2237 (CEN 18434, IBGE 33440, UFG 19928); Fazenda Sucupira. Alt.: 1100. Lat: 15o52’00’’. Long: 48o00’00’’. 04 Set 2000 98, E. S. G. Guarino et al. 401 (CEN 39501); Brasília. DF. Estação Florestal Cabeça de Veado. Ca. de 20 km a SE de Brasília. Altitude 1025-1150m. 31 Oct. 1983. (fls. est.), G. Reis (HEPH s. n.); Área de Proteção Ambiental Salto do Tororó, Brasília, DF, 15 Oct. 1996 (Bot. est.), V. L. Gomes- Klein et al. 3201 (IBGE 40677); Ponte Alta – DF 290, 16o01.82’S, 48o14.53’ W. Alt.: 940 m, 18 Dez 2002 (fls. est.), C. L. Ramalho et al. 154 (UFG 43513); Área de Proteção Ambiental Salto do Tororó, 15 Out. 1996 (fls. est.), V. L. Gomes-Klein et al. 3201 (UFG 20520); Reserva Ecológica do IBGE. Floresta de galeria do Córrego Monjolo ao lado da Chácara no 4, 20 Fev. 1995 (fls. est.), D. Alvarenga 918 (UFG 17701, IBGE 35076); Brasília.DF. Fazenda Sucupira. Alt. 1100 m. Lat.: 15o52’00’’. Long.: 48o00’00’’, 04 Set. 2000 ,fls. est., E. S. G. Guarino et al. 401 (UFG 28795); DF. Brasília. Ponte do Rio São Bartolomeu. BR-251.Unaí, 23 Jan. 1996 (fls. est.), M. A. C. Costa 102 et al. (UFG 18595); LAGO SUL-DF, EEJBB, área de recuperação da CAESB, Alt.: 1024 m, Lat.: 15° 53’44’’, Long.: 47°50’40’’, 21 Nov. 2007 (fls. est.), R. G. Chacon 196 et al. (HEPH 23405); Bacia do Rio São Bartolomeu, Córrego do Gavião, floresta de 39 galeria, 06 Dez. 1995 (fls. est.), D. Alvarenga 921 et al. (IBGE 42383); Brasília, DF, Seminário Diocesano, 05 Nov. 1973, E. P. Heringer 12979 (IBGE 10128); Reserva Ecológica do IBGE, Floresta de galeria do Córrego Monjolo ao lado da Chácara n° 4, 20 Fev. 1995 (fls. est.), (IBGE 35076); Fazenda Água Limpa/UnB, Mata de Galeria do Córrego da Onça, 27 Set. 1994 (fls. est.), B. M. T. Walter 2237 (IBGE 33440); Brasília. Prox. a Caixa d'água e Laboratório Multidisciplinar-JBB. CENTRO OESTE. 15° 52' 0'' S, 47° 51' 0''. alt. 1025-1150 m. Mata de galeria do Córrego Cabeça de Veado. 27 Out 1998 (fls. est.), M. G. Nóbrega 970 (MBM 261690; MBM 264376); Ponte Alta-DF 290 16°01.82’S, 48°14.53’W, Alt. 940 m. Mata ciliar, 18 Dez 2002 (fls. est.), C. L. Ramalho et al. 154 (UB 12247); Distrito Federal, Brasília, Setor de Laticínios da FAL (Fazenda Água Limpa-Universidade de Brasília (Cerradão), 21 Fev. 2006, L. C. Nogueira & V. C. Mendes 6 (UB 75497); Jardim Botânico de Brasília, próximo à Educação Ambiental, 22 Nov 2011 (fls. est. e frs.), V. F. Paiva et al. 802 (HEPH 28299).

Gurania spinulosa é facilmente reconhecida pelo perianto colorido de suas flores estaminadas, com cálice alaranjado e corola amarela.

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Figura 12: Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. A; C. Detalhe de flores estaminadas; B. Hábito. (Fotos: Carlos de Melo, 2441).

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Figura 13: Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. A – Hábito; B – Detalhe dos frutos; C – Detalhe da inflorescência estaminada. (M. A. C. Costa 102 et al.- UFG 18595).

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3.Melothria L. ex L.; Linnaeus, Hort. Cliff. 63:490. 1737; Idem, Sp. Pl. ed. 1:35. 1735; Idem, Gen. Pl. ed. 5:21. 1754; Plumier, Pl. Amer. 3:55. 1756; Lamarck, Encycl. 4(1):86. 1797; Willdenow, Sp. Pl. ed. 4, 1:189. 1797; Séringe in De Candolle, A.P., Prod. 3:313. 1828; Poeppig et Endlicher, Nov. gen. Sp. Pl. (2):55. 1838;

= Pilogyne Schrader, Index Sem. Hort. Goett. 5. 1835;

= Landersia Macfadyen, Fl. Jamaica 2:142. 1850;

= Karivia Arnott, J. Bot. (Hooker) 3:274.1841;

= Aechmandra Arnott, loc. cit. :274;.

= Diclidostigma Kunze, Linnaea 17:576. 1843;

= Bryonia Sect. Melanampelos Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2:9,27. 1846;

= Juchia Roemer, loc. cit. ;

= Harlandia Hance in Walpers, Ann. Bot. Syst. 2(4):648. 1852;

Trepadeiras monoicas. Folhas inteiras, 5 anguladas ou 3-5 lobadas; pecíolos longos, herbáceos, vilosos; lâmina membranácea. Gavinhas simples. Flores estaminadas amarelas ou esverdeadas, em racemos laxos, raramente fasciculadas ou isoladas; receptáculo campanulado; sépalas subuladas; corola 5 partida, lacínias emarginadas e dorsalmente apiculadas no ápice; estames 3; anteras 3, livres ou coerentes, glabras ou ornamentadas com tricomas curtos, conectivo em geral não prolongado acima dos lóculos; pistilódio glanduliforme ou trilobado. Flores pistiladas amarelas ou esverdeadas, de 0,3-0,4 cm de compr.; axilares; hipanto tubuloso, estriado ou não longitudinalmente; sépalas e corola idênticas às flores estaminadas; estaminódios presentes ou ausentes; ovário globoso ou fusiforme, bi ou triplacentar, estilete curto, colunar, inserido em um disco anelar ou cupuliforme; estigmas 3. Frutos globosos, ovoides ou fusiformes, polispérmicos, lisos; sementes muitas, dispostas horizontalmente, claras, obovoides, com arilo mucilaginoso, comprimidas, marginadas ou não, lisas.

Espécie tipo: Melothria pendula L. Etimologia: Videira selvagem (Barroso, 1946).

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3.1.Chave para identificação das espécies do gênero Melothria encontradas no Distrito Federal: 1-Plantas trepadeiras; gavinhas simples; frutos oblongos, fusiformes; 2-Flores pistiladas com pedúnculo curto, até 3,0 cm de compr.; frutos (jovens ou maduros) de cor verde com máculas claras dispostas longitudinalmente...... M. cucumis 2-Flores pistiladas com pedúnculo longo, acima de 3,0 cm de compr.; frutos jovens verdes com pontuações claras e cor escura quando maduros...... M. pendula 1’-Plantas prostradas; gavinhas ausentes; frutos globosos...... M. campestris

3.2. Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner in Taxon 60 (1): 134. 2011. Melancium campestre Naudin in Ann. Sci. Nat., Bot., sér. 4. 16: 175. 1862. Tipo: Speimina habemus e provincial Minas Geraes, Leg. Aug. Sainth-Hillaire (síntipo P! isosintipo B n.v.), Weddel (síntipo M n.v.) (Fig. 13, 14, 14 D, F, G, H).

= Melancium campestre var. grandifolia Cogn. in Martius, C.F.P. von, Fl. Bras. 6(4):23. 1878; idem in De Candolle, A.L.P.P. et Candolle, A.C.P. de, Monogr. Phan. 3:659. 1881; Löfgren, Fl. Paul. 3:45. 1897; Cogniaux in Engler, Pflanzenr. 66(IV.275.I):175. 1916. Tipo: in prov. Minas Geraes ad Lagoa Santa: Warming (holótipo C!).Syn. nov. =Melancium campestre va. intermedia Cogn. in Martius, C.F.P. von, Fl. Bras. 6(4):23. 1878; idem in De Candolle, A.L.P.P. et Candolle, A.C.P. de, Monogr. Phan. 3:660. 1881; Löfgren, Fl. Paul. 3:45.1897; Cogniaux in Engler, Pflanzenr. 66(IV.275.I):176. 1916. Tipo: prope Caldas prov. Minas Geraes: Lindberg n. 358a (holótipo BR).Syn. nov. = Melancium campestre va. quinquefida Cogn. in Martius, C.F.P. von, Fl. Bras. 6(4):24. 1878; idem in De Candolle, A.L.P.P. et Candolle, A.C.P. de, Monogr. Phan. 3:660. 1881; Löfgren, Fl. Paul. 3:46. 1897; Cogniaux in Engler, Pflanzenr. 66(IV.275.I):176. 1916. Tipo: in Brasilia meridionali loco haud indicato: Sello (holótipo B).Syn. nov.

Planta monoica, prostrada; ramos herbáceos, vilosos/hirsutos, entrenós 1,6-5,8 cm.; folha com pecíolos densamente hirsutos, 0,1-2,1 cm, lâmina foliar membranácea, 2,0-6,6 x 0,8-3,2 cm, levemente denticulada no bordo, nervuras hirsutas na face abaxial; sino basal 0,4-1,3 cm; gavinhas ausentes. Flores estaminadas (2-7) amarelas, racemosas; pedúnculo glabrescente a viloso de 0,2-2,1 cm. comp.; pedicelos pubescentes; sépalas triangulares, vilosas, de 0,1-0,3 cm x 0,3-0,5 mm de largura; corola com lacínias ovaladas, 0,4-0,6 x 0,3-0,5 cm.; estames inclusos; anteras oblongas. Flores pistiladas, isoladas, axilares, com pedúnculo viloso; sépalas curtas, 44 triangulares, vilosas, de 0,2-0,3 x 0,3-0,5 cm; corola com lacínias ovaladas, 0,3-0,6 x 0,2-0,6 cm; ovário globoso, 1,9-2,4 x 0,8-1,4 cm; estilete filiforme, glabro, 0,2-0,3 x 0,1-0,2 cm; estigma 3, 0,1-0,2 cm x 0,3-0,5 mm de largura; fruto verde com máculas longitudinais verde-claras, globoso, glabro, liso, 0,7-2,2 x 0,6-2,5 cm; sementes oblongas, dispostas horizontalmente, 1,2- 1,5 x 0,5-0,7 cm.

Época de floração e frutificação: Flores estaminadas registradas nos meses de fevereiro, março, agosto e dezembro; flores pistiladas encontradas em janeiro, março, abril e dezembro. A frutificação foi observada nos meses de abril e dezembro. Habitat: Cerrado, cerradão, campo cerrado, formações rupestres, cerrado perturbado e mata ciliar.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Escola Fazendária 1130m, 19 Ago 1980 (bot. Est.), C. A. B. de Miranda & J. C. Dantas (UB s. n.);Brasília, Reserva Ecológica do Guará, Latossolo Vermelho-Amarelo, 28 Dez 1993 (fls. est.), G. P. Silva (UB s. n.); Brasília, Cerrado, immediately west of Setor Industrial, elevation 1100 m, 27 Nov 1965 (fls. est.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Reserva Ecológica do IBGE. Altitude 1100m. Coord: 15o46’ S 47o53’ W, 18 Fev 2002, M. A. da Silva & O. A. Santana 6080 (IBGE 54741); Reserva Ecológica do IBGE, Área do Córrego Taquara, Alt. Média: 1015 m; 27 Dez 1999 (fls. pis.), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 2247 (IBGE 48054, ESA 78954), Reserva Ecológica do IBGE. Coord: 15o56’41’’ S 47o53’07’’ W, 14 Abr 1994 (fl. pis.), M. A. da Silva 2489 (IBGE 36018); Reserva Ecológica do IBGE. Coord: 15o56’41’’ S 47o53’07’’ W. Altitude ca. 1100 m, 13 Fev 1995, M. A. da Silva 1918 (IBGE 33214); Reserva Ecológica do IBGE. Estrada junto ao viveiro, local alterado, 08 Jan 1990 (fl. pis.), M. A. da Silva & E. C. Lopes 926 (IBGE 25175, ESA 6430); Reserva Ecológica do IBGE, no aceiro que divide a Reserva e a UnB, próximo ao córrego Taquara, 29 Mar 1995 (fls. pis.), V. L. Gomes-Klein et al. 2728 (IBGE 39585); Reserva Ecológica do IBGE, na divisa da Reserva com a Fazenda Água Limpa da UnB, 03 Nov 1994, V. L. Gomes-Klein 2739 et R. Marquete (IBGE 39594); Área próximo à Reserva Ecológica do IBGE. Aceiro entre a Reserva e o Jardim Botânico de Brasília, em direção à área do Cristo Redentor, 30 Mar 1995 (fls. est.), V. L. Gomes-Klein & R. Marquete 2602 (IBGE 34205); Reserva Ecológica do IBGE, próximo a cerca que divide a Reserva e a área da UnB, 29 Mar 1995 (fls. pis.), V. L. Gomes-Klein et al. (IBGE s. n.); Parque Boca da Mata. Samambaia, DF. Lat: 15o52’ S. Long: 48o03’ W., 16 Fev. 1996 (frs.), J. M. de Rezende 364 (CEN 31232); Parque Rural – Pátios do CENARGEN – 45

Brasília, 21 Fev. 1977 (frs.), A. Allem 816 (CEN 905); Brasília. Área próxima a mata da estrada da portaria privativa do JBB. 15o52’0’’ S, 47o51’0’’ W, 25 Abr 1995 (frs.), M. G. Nóbrega 303 (HEPH 11128-7); Ponte Alta (Gama-DF), 07 Out. 2010, F. J. de Carvalho & H. J. da C. Moreira 228 (HEPH 27498); Região Administrativa (RA) – XVI. Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas geográficas cerca de 15o 46’ S. 47o53’ W. Altitude 1100m; 13 Mar. 2003, M. A. Silva et al. 5469 (UFG 29583; IBGE 62837); Reserva Ecológica do IBGE. Coord. 15o 56’41’’ S. 47o53’ 07’’ W. Altitude ca. 1100m. 13 Fev. 1995 (fls. est.), M. A. Silva 2489 (UFG 17702); Reserva Ecológica do IBGE. Altitude 1100 m. Coord.: 15o 46’ S. 47o53’ W. 18 Fev. 2002 (fls. est.), M. A. Silva & O. A. Santana 6080 (UFG 27173); Reserva Ecológica do IBGE. Área do Córrego Taquara. Alt. Média: 1015 m. Local queimado há 5 meses e 7 dias. Coord: 15o 55’55’’ S& 47o83’ 81’’ W, 27 Dez. 1999 (bot. est.), M. L. Fonseca & D. Alvarenga 2247 (UFG 27189); DF. Brasília. Reserva Biológica do IBGE na divisa da Reserva com a Fazenda Água Limpa (UnB), 03 Nov. 1994, V. L. Gomes-Klein 2602 et al. (UFG 16005); Reserva Ecológica do IBGE no acero que divide a Reserva e a UnB próximo ao córrego Taquara, 29 Mar. 1995 (fl. pis.), V. L. Gomes-Klein et al. 2727 (UFG 23562); Reserva Ecológica do IBGE próximo a cerca que divide a Reserva e a área da UnB, 29 Mar 1995 (fls. pis.), V. L. Gomes-Klein et al. 2728 (UFG 23890); Brasília. Área próx. a mata da estrada da Portaria privativa do JBB. 15° 52' 0'' S, 47° 51' 0'' W. Alt: 1025-1150 m. Mata ciliar, 25 Abr. 1995 (frs.), M. G. Nóbrega 303 (MBM 26168); Brasília, DF. em resto de cerrado perto de Brasília-Palacio Hotel, 23 Jan. 1966, Pabst et al. 8741 (MBM 55126); Região Administrativa (RA)- XVI. Reserva Ecológica do IBGE. Coordenadas geográficas cerca de 15°46’S 47°53’W, 13 Mar. 2003, M. A. Silva et al. 5469 (UB s. n.); Coletas no Parque Olhos D’Água, 20 Fev 1997, A. Pires & K. Calago 219 est. (CEN 57160); Brasília, Distrito Federal, Brasil, Reserva Ecológica do Guará, 28 Dez 1993 (fr.), G. P. da Silva 2131 (CEN 20134); Brasilia, leg. H. S. Irwin 10713 et al., fls. est., 27 Nov. 1965 (RB 172869 e UB 28023); Rod. Brasilia-Anapolis, leg. R. P. Belém 1908, fls. est., 08 Dez. 1965 (UB 28029);Brasilia, leg. E. P. Heringer 2269 et al., fls. est., 09 Out. 1979 (IBGE 829).

As variedades intermedia, quinquefida e grandifolia, descritas anteriormente por Cogniaux (1878), foram sinonimizadas dentro da espécie, por falta de caracteres diferenciais evidentes, pois os utilizados para a distinção dos referidos taxa foram observados diversas vezes em um mesmo indivíduo, em exsicatas e no campo, onde verificamos que as dimensões e morfologia foliares podem sofrer variações de acordo com as condições ambientais. 46

Figura 14: Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner. Hábito. (V. L. Gomes- Klein et M. V. Pereira 562) (Gomes-Klein,1990).

47

b

c

d e

Figura 15: Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner. A - Flor pistilada; B - Detalhe da inflorescência estaminada; C - Flor estaminada ressaltando os estames; D - Flor estaminada; E - Detalhe da flor estaminada em secção longitudinal. (Gomes-Klein, 1996). 48

3.3.Melothria cucumis Vellozo in Fl. Flum. Icon. 1: t. 70. 1827. Tipo: Fl. Flumin. Icon. tab. 70, text. p. 29. (lectótipo) (Fig. 15 A, B, C, E)

Planta monoica, escandente; ramos herbáceos, sulcados, glabros, entrenós 4-7-9,7 cm; folhas simples, alternas, inteiras a 3-5 lobadas, pecíolos hirsutos 2,0-7,7 cm; lâmina 3-4 × 4,2- 5,2 cm, ovalada-cordiforme; face adaxial áspera com tricomas tectores (brancos ou translúcidos); abaxial glabra com tricomas presentes nas nervuras; ápice mucronado; margem denteada; base cordada; sino basal 0,6-1,7 cm.; pecíolo 1,8-2,3 cm, estriado, viloso. Flores estaminadas em racemos; pedicelo pubescente; sépalas triangulares, pubescentes, 0,5-0,8 mm compr.; pétalas oblongo-lanceoladas, 0,1-0,3 cm comp., anteras curvadas no ápice. Flores pistiladas isoladas, axilares, 1,2-2 cm compr.; pedúnculo até 3,0 cm compr.; sépalas verdes triangulares, pubérulas, ca. 0,1 cm comp.; pétalas amarelas oblongo-lanceoladas, 0,1-0,2 cm compr.; estaminódios ausentes. Frutos pepônio ovalado-oblongos, glabros, 3-8 x 2-3 cm, verdes com máculas brancas. Sementes 0,5 x 0,3 cm., obovadas, amarelas. Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores pistiladas ocorrendo nos meses de fevereiro a abril, flores estaminadas ocorrendo nos meses de março e abril; frutos observados em março, abril e agosto. Habitat: Cerrado próximo a mata de galeria.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Área próxima ao Ribeirão Cafuringa, divisa DF/GO, 15 Mar. 2013 (fls. est., fls. pis e frs.), Gomes-Klein et al. 7833. Material examinado adicional: Município de Goianápolis-Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. PEAMP-Trilha do Tamanduá. Coord.: 16°33’06.5”S 49°07’57,8”W, 31 Mar. 2005 (bot. est.), R. C. Mendonça et al. 5921 (UFG 29402); A 2 km. da margem esquerda do Rio Meia Ponte, na fazenda Louzandira, mun. Goianira. Mata., 21 Fev. 1970 (bot. est.), J. A. Rizzo 4774 & A. Barbosa 4020 (UFG 4925); As margens do Rib. João Leite, que a 400 Mts. Deságua no rio Meia Ponte. Mata e zonas alagadas., 01 Mar. 1969, J. A. Rizzo & A. Barbosa 3776 (UFG 1880); Estado do Tocantins, município de Dianópolis, Fazenda São Pedro Boa Sorte. Cerradão/Pastagem, situado nas coordenadas 0305769/8680922 (UTM) em um transecto de 1000 m., 06 Abr. 2008 (fls. pis., fls. est. e frs.), Vilela 108 et al. (UFG 40048); De Goiânia a Leopoldo de Bulhões. 18 km de Goiânia, Mata e capoeira. 06 Ago. 1968 (frs.), J. A. Rizzo & A. Barbosa 1880 (UFG 10353); Brasil, GO, Mun. Aruanã, próximo à Praia do Cavalo., 03 R. César 117 (UFG 17410); Município 49 de Monte Alegre de Goiás. Fazenda Ponta da Serra. Saída cidade em direção a Campos Belos. Coord.: 13°13’06”S 46°47’36”W, 11 Abr.. 2000 (bot. est.), M. A. da Silva 4342 et al. (UFG 27174); Município de Monte Alegre de Goiás. Fazenda Ponta da Serra. Coord.: 13°13’06”S 46°47’36”W, 11 Abr. 2000 (bot. est.), M. L. Fonseca 2252 et al. (UFG 27192); Pela GOM-2, p/ Bela Vista, atravessando o rio Meia Ponte a esquerda da estrada. Mata, 13 Abr. 1968, J. A. Rizzo & A. Barbosa 290 (UFG 1580).

Melothria cucumis pode ser identificada principalmente pela presença de flores pistiladas curto-pedunculadas e pelos frutos oval-oblongos, medindo entre 3 e 8 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura, e verdes com máculas claras.

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Figura 16: Melothria cucumis Vell. A – Hábito com fruto; B – Detalhe do fruto; C – flor pistilada; E – flor estaminada. (Gomes-Klein et al. 7833). Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner. D – Fruto; F – Hábito; G – flores estaminadas; H – flor pistilada. (Gomes-Klein, 2000).

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3.4.Melothria pendula L. in Sp. Pl. 1: 35. 1753. (1 May 1753). Tipo: sem localidade e coletor, In Linn 35.1 (lectótipo segundo Jeffrey, 1984 e Wunderlin, 1978) (Figs 16 a 18).

= Bryonia convolvulifolia Schltdl. in Linnaea 26: 640. 1855. Tipo: Venezuela, d Maiquetia circ. 1000´, Nov. Suffruticosa, scandens, flor luteis, circ. 10`, in frticetis, Wagener 23, s.d. ( Tipo: não mencionado) = Bryonia guadalupensis Spreng in Syst. Veg. 3: 15. 1826; = Melothria guadalupensis (Spreng.) Cogn in A. & C. DC., Mon. Phan. 3: 580–581. 1881; in Engl., loc. cit. (1):83.1916. Tipo: Guadelupe Il, Bertero (holótipo F!). = Melothria donnell-smithii Cogn. in Bot. Gaz.16(1): 9. 1891. Tipo: Guatemala: Escuintla: Masagua, alt. 400 ft., Apr. 1890, J. Donnell Smith 2203 (holótipo US); = Melothria donnell-smithii var. hirtella Cogn. in Bot. Gaz. 16(1): 9. 1891; Tipo: Guatemala: Escuintla: San Luis, alt. 1.000ft., Mar. 1890, J. Donnel Smith 2208 (holótipo US); = Melothria donnell-smithii var. rotundifolia Cogn. in Bot. Gaz.16(1): 9. 1891; Tipo: Guatemala: Escuintla alt. 1.100ft., Mar. 1890, J. Donnel Smith 2206 (holótipo US); = Melothria fluminensis Gardner in Hook., London Journ. Bot. 1: 173. 1842; Cogn. in Mart., loc. cit.27.1878; in A. et C. DC., loc. cit.583.1881; in Engler, loc. cit. (1):85. 1916; Pulle, loc. cit. 450. 1906; Stahel, loc. cit. 23. 1944; Ostendorf, loc. cit. 206. 1962. Tipo: Brasil: Rio de Janeiro, Gardner 45 (BM!, isótipos G! e W! e fotótipo K!). = Melothria fluminensis var. microphylla Cogn in Fl. Bras. 6(4): 28. 1878. in A. et C. DC., Mon. Phan. loc. cit.; Cogn. in Engler, loc. cit. Tipo: “In Brasilia meridionali”, Sello n. 2482, 2484; “in Brasilia occidentalis”, Tamberlik; “prope Rio de Janeiro”, Burchell n. 2611, Raben n. 739, St. Hilaire C2 n.31, Gaudichaud n. 1025, Meyen, Dr. Mertens; “inter Victoria et Bahia”, Sello; “loçcis cultis prope Ilheus”, Riedel et Langsdorff; “in vicinia Santarem prov. Para”, Spruce n. 297, 443; “prope S. Gabriel da Cachoeira ad Rio Negro, Brasilia borealis”, Spruce n. 2152; “Etiam in Nova Granata” , Holton n. 715 (síntipos B!, LE!, W!, K!, P!, BM!; fototipo K! e isosíntipo LE! e C!). = Melothria fluminensis var. ovata Cogn. in A. et C. DC., Mon. Phan. 3: 585. 1881. Tipo: Peru, Dombey s.n.(sintipos B e P); Peru, Mathews 512 (síntipo K); Peru: prope Lima, Lesson s.n.(sintipo B). = Melothria scabra Naudin in Ann. Sci. Nat. Bot. sér. 5, 6: 10-11. 1866.Tipo: Cultivated from seeds collected in Mexico, Borgeau s.n. (holótipo P).

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Planta monoica, escandente; ramos sulcados, pubescente, entrenós 4,2-7,9 cm. comp.; gavinhas simples, sulcadas, glabras a glabrescentes, 1,2-6,8 cm comp.; folhas membranáceas, inteiras, 1,3-8,1 x 1,3-6,1 cm, cordiformes a ovalado-cordiformes, sino basal 0,4-1,7 cm., face adaxial escabrosa/ áspera, face abaxial pubescente, nervuras glabras; pecíolos 1,3-3,4 cm comp., pubescentes.Flores estaminadas em racemos com até 10 flores; pedúnculo 2,5-3 cm glabro a glabrescente; sépalas lanceoladas, 0,1 cm, glabrescentes; pétala 0,3 cm, oblongas, pubescentes; anteras orbiculares/rotundas, retas no ápice. Flores pistiladas com pedúnculo 2,5-4,5 cm; sépalas lanceoladas 0,1 cm, glabrescentes; pétalas 0,3 cm, oblongas, emarginadas, pubescentes, ovário 0,5 x 0,3 cm, glabro a glabrescente; frutos 1,2-2,0 x 0,7-0,9 cm, globoides, glabros, verdes com pontuações claras; sementes obovado-ovaladas, pubescentes, 0,4x 0,3 cm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores pistiladas ocorrendo nos meses de fevereiro, abril, maio e outubro; flores pistiladas ocorrendo nos meses de fevereio, junho e outubro; frutos observados em fevereiro, abril, maio, outubro e novembro. Habitat: Cerrado próximo a mata de galeria. Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Chapada da Contagem. Limestone outcrop, near Córrego Landim, ca. 25 Km N.E. of Brasília. Ca. 1000m elevation, 02 Feb. 1968 (bot. est., bot. pis. e fr.), H.S. Irwin et al. (UB s. n.); APA Gama-Cabeça de Veado. Região Administrativa do Núcleo Bandeirante. SMPW- Q. 17 Conj. 4. Altitude: 1010 m; Coordenada: 15o 55’33’’ S & 47o56’ 55’’ W, 16 Oct 2002 (fr.; fls. est.), M. L. Fonseca et al. 3705 (IBGE 55659); Mata próximo à ponte do Rio São Bartolomeu-DF, 20 Mai 1987 (fr. e fls. est.), T. S. Filgueiras 1268 (IBGE 12181); Brasília DF – Barragem do São Bartolomeu, margem do Rio São Bartolomeu, 23 Abr 1979 (fr. e fls. Est.), E. P. Heringer et al. 1213 (IBGE 10133), Distrito Federal. Brejo entre SAI e Guará, 22 Nov 1981 (fr. e fls. pis.), B. A. S. Pereira 123 (IBGE 10153); Parque Boca da Mata. Lat: 15o52’ S. Long: 48o03’ W, 09 Mai 1997 (frs.), J. M. de Rezende 493 (CEN s. n.); APA Gama-Cabeça de Veado. Região Administrativa do Núcleo Bandeirante. SMPW-Q17 Conj. 4. Mata de Galeria Inundável, perturbada do Córrego Mato Seco. Altitude: 1010 m. Coordenada: 15o 55’33’’ S& 47o56’ 55’’ W; 16 Out. 2002 (frs. e fls. pis.), M. L. Fonseca et al. 3705 (UFG 27183); Brasília- DF, Campus Cenargen, na borda da mata do Córrego do Bananal, 29 Nov. 2010 (frs.), B. M. T. Walter & M. F. Simon 6022 (CEN 77879); Parque Boca da Mata, Mata de Galeria Antropizada, Samambaia, Distrito Federal, Brasil, 09 Mai 1997 (frs.), J. M de Rezende 493 (CEN 35381); Região Administrativa (RA) de Recanto das Emas. Córrego Vargem da Benção, 28 Jun. 1996 (fls. pis.), P. E. Nogueira et al. 764 (IBGE 63568). 53

Espécie de ampla distribuição, encontrada principalmente em formações florestais. Pode ser diferenciada das demais espécies do gênero pelas flores pistiladas longopedunculadas e frutos verdes com pontuações claras quando jovens.

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Figura 17: Melothria pendula L. – Hábito (V. L. Gomes-Klein et M. V. Pereira 562) (Gomes- Klein,1990).

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Figura 18: Melothria pendula L., peças florais pistiladas. A. Parte do ramo mostrando a disposição da folha e flores; B. Flor inteira; C. Flor com receptáculo e corola removidos; E/F. Ovário com secções longitudinal e transversal; D. Detalhe da flor. (V. L. Gomes-Klein et M. V. Pereira 562) (Gomes-Klein,1990).

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Figura 19: Melothria pendula L., peças florais estaminadas A. Inflorescência;; B. Detalhe da inflorescência; C. Receptáculo e corola, face dorsal; D. Pistilódio; E. Anteras ditecas, vista frontal e lateral; F. Flor aberta; G. Detalhe das lacínias da corola e sépalas, face dorsal. (V. L. Gomes-Klein et M. V. Pereira 562) (Gomes-Klein,1990).

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4. Melothrianthus Mart. Crov.; Notul. Syst. 15: 58. 1954. Plantas dioicas. Folhas membranáceas a cartáceas, inteiras e lanceoladas. Pecíolo ressupinado. Gavinhas simples. Flores estaminadas dispostas em racemos com sépalas lanceoladas e corola profundamente partida; anteras basifixas e oblongas. Pistilódio glanduliforme. Flores pistiladas isoladas ou dispostas em racemos; cálice e corola idênticos aos da flor estaminada; ovário oblongo-ovalado, estilete colunar e bilobado no ápice. Frutos oblongos, levemente costados e esverdeados.

Espécie tipo: Melothrianthus smilacifolius (Cogn) Mart. Crov, Notul. Syst. 15:60. 1954

Etimologia: Flor de Melothria segundo Lima, 2010.

4.1.Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov., Notul. Syst. 15. 60. 1954. Apodanthera smilacifolia Cogn., Dian. 2:42.1877; Cogn. in Mart. in Fl. Bras. 6(4):38. 1878; Cogn. in DC. Monogr. Phan. 3. 558. 1881; Loefgren, Fl. Paul. 3:58.1897; Cogn. in Engler, Pflanzenr. 66(IV.275. I):60, fig. 16.1916; Peckolt, O. L., Rev. Bras. Med. Pharm.: 93.1933; Porto in Schultz, Fl. Ilus. Rio Grande do Sul.:24, est. 4.1974 (Figs. 10 A-C; 11). Tipo: In Prov. Minas Geraes, in locis umbrosis, secus rivos ad Ponte-Alta, Saint Hilaire B 1. n.851 (lectótipo P!) (Figs. 19 a 21). = Apodanthera smilacifolia var. angustifolia Cogn. in loc. cit.:61,fig. 16. 1916; Martinez- Crovetto, loc. cit.Tipo: Prov. Rio de Janeiro, Petropolis, fls. fem., Glaziou 17009 (lectótipo BR!, isolectótipo C!, R! et fototipo K!).

Planta dioica, caule escandente; ramos herbáceos, sulcados, glabros; folhas membranáceas, pecíolos ressupinados, sulcados, 1,1-1,4 cm comp.; lâmina foliar lanceolada, 7,7- 13,1 x 2,3-4,2 cm.; sino basal 0,7-1,0 cm.; gavinhas simples, 6,4-13,3 cm. comp., glabrescentes. Flores estaminadas dispostas em racemos 8-18; pedúnculo glabro, estriado, 1,0-8,0 cm de comprimento; pedicelos filiformes, glabrescentes, 0,2-1,3 cm de comprimento; bractéola escariosa, 0,2 comp.; sépalas triangulares, eretas, 0,4 x 0,8-1,2 cm.; corola com lacínias oblongas, 0,3-0,6 x 0,2-0,3 cm; estames inclusos. Flores pistiladas isoladas ou em grupos(1-3 flores), pedúnculo estriado, pubescente com 0,7-1,6 cm comp., hipanto tubuloso, constricto no terço médio superior, 0,6-07 cm comp., cálice e corola idênticos aos das flores estaminadas. Ovário oblongo, 0,5-0,7 cm comp.. Fruto ovalado-oblongo, levemente costado, rugoso e glabrescente, 2,7-3,1 x 1,2-1,9 cm; semente ovaladas, glabras, 0,6-0,8 x 0,3-04 cm. 58

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores de ambos os sexos ocorrendo nos meses de junho, agosto e setembro; frutos observados apenas no mês de agosto. Habitat: Matas subcaducifólias, matas de galeria.

Material examinado:

DISTRITO FEDERAL, DF: Área de Proteção Ambiental Salto do Tororó. Mata Ciliar, 15 Oct. 1996, V. L. Gomes-Klein et al. 3203 (IBGE 40779); Fazenda Sucupira, Mata de Galeria do Riacho Fundo, atrás da churrasqueira. Alt: 1100m. Lat: 15o52’00’’. Long: 48o00’00’’. 02 Ago 2000 (frs.e fls. est.), E. S. G. Guarino et. al. 352 (CEN 39451); Área de Proteção Ambiental Salto do Tororó. Mata Ciliar, 15 Out. 1996, V. L. Gomes-Klein et al. 3202 (UFG 23871, IBGE 39986); Fazenda Sucupira, Mata de Galeria do Riacho Fundo, atrás da churrasqueira, 02 Ago. 2000 (bot. est. e pis.), E. S. G. Guarino et al. 352 (CEN 39451); Brasília, Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, 15° 52’ 0” S 47° 51’0” W, 13 Jun. 1997 (fls. pis. e est.), M. G. Nobrega 763 (HEPH 12679-9); Reserva Ecológica do IBGE. Mata ciliar do córrego Monjolo. 15°57’56” S 47°53’00”W, 28 Set. 1989 (fls. pis.), M. L. M. Azevedo et al. 358 (IBGE 23494).

Melothrianthus smilacifolius foi encontrado na área de estudo somente em formações florestais, sendo diferenciada principalmente por apresentear folhas simples, lanceoladas, com pecíolo ressupinado e também pelo odor desagradável da planta após o processo de coleta. 59

Figura 20: Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov. – Hábito. (Gomes-Klein, 1996). 60

Figura 21: Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov., peças florais pistiladas: A. Detalhe da disposição da flor no ramo; B. Flor inteira; C/D. Parte do hipanto e corola, faces ventral e dorsal; E. Detalhe do gineceu; F. Ovário, secção transversal. (Gomes-Klein, 1996). 61

Figura 22: Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. Crov., peças florais estaminadas, A. Inflorescência; B/C. Detalhe da flor estaminada; D. Anteras, vista frontal, dorsal e lateral; E. Botão aberto; F. Bractéolas, vista dorsal e lateral; G. Pecíolo ressupinado; H. Folhas encontradas no taxon. (Gomes-Klein, 1996).

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5. Psiguria Neck. ex Arn. in Hook., Journ. Bot. 3:274. 1841.

Espécie Tipo: Psiguria pedata (L.) R. A. Howard (lectótipo – Steele, 2010) = Anguria Jacq. 1760, nom. illegit.

Planta dioica, raramente monoica; folhas inteiras ou 3-5 lobadas ou folioladas; Gavinhas símples. Flores estaminadas racemosas ou espiciformes; receptáculo 5 denteado; cálice com cor verde; corola rósea ou alaranjada, rotácea; segmentos amplos, obovais; estames 2, livres; anteras oblongas, retas ou replicadas; conectivo rostrado. Flores pistiladas solitárias, estaminódios 2; ovário oblongo com 2 placentas; estilete bífido, estígmas 2, bífidos; óvulos numerosos, horizontais; fruto oblongo com muitas sementes; sementes oblongas.

5.1.Chave para identificação das espécies do gênero Psiguria ocorrentes no Distrito Federal:

1-Trepadeiras com folhas coriáceas, trifolioladas; flores com corola rósea...... P. ternata 2-Trepadeiras com folhas membranáceas, inteiras, 3-5 lobadas, nunca trifolioladas, flores com corola alaranjada...... P. umbrosa

5.2.Psiguria ternata (M. Roem.) C. Jeffrey in: Kew Bull. 33(2): 354. 1978. Anguria ternata M. Roem.Fam. Nat. Syn. Monogr. 2:26.1846. Tipo: t. 2 in Vell., Fl. Flumin. p. 10.1835 (holótipo Vide Jeffrey 1978) (Fig. 22; 23 C-D)

= Anguria kunthiana Schltdl. in Linnaea 24: 762.1851. Tipo: Brazil. Dec, 1836, Humbolt 8978 (holótipo B destruído e fotografia F). =Anguria grandiflora Cogn. in Diagn. Cucurb. fasc. 1:11.1876. Tipo: Brazil. Maynas: Yurimaguas, 1831, Poeppig 2416 (holótipo W e fotografia F). =Anguria gloriosa S. Moore in Trans. Linn. Soc. Lond. ser. 2(4): 366, t. 25. 1895. Tipo: Localidade desconhecida, 1891-1892, Moore 659 (holótipo NY).

Planta monoica, escandente; ramos sulcados, glabros, entrenós 5,2-19,6 cm. comp.; folhas coriáceas, trifolioladas, pecíolos glabros, 2,2-3,8 cm; lâmina foliar glabras em ambas as faces, folíolos ovalado-lanceolados, folíolo central mais largo que os folíolos laterais; gavinhas simples 7,4-12,7 cm. comp. Flores estaminadas dispostas em inflorescências axilares 10-20, 63 racemosas, no ápice de um pedúnculo 7,5-29,3, pedicelo 0,1-1,2 cm ou sésseis, cálice verde, corola rosa, pétalas obovadas 3,0-10,5 x 2,4-7,2 cm, anteras retas 0,4-0,8 cm, apêndice triangular 0,1 mm. Flores pistiladas dispostas em inflorescências laxas (2-4 flores), axilares, cálice tubuloso, glabro, 1,9-3,2 x 0,3-05 cm, glabro ou pubescente, lacínias 0,2-0,3 cm comp.; pétalas obovadas com ápice arredondado, 0,8-1,6 x 0,3-0,9 cm, ovário oblongo-ovalado, 0,1-0,2 x 0,4- 0,7 cm, estilete 0,3-0,5 cm. Frutos verdes, escuros quando maduros, 0,2-0,5 x 1,0-1,8 cm. Sementes muitas, 0,6-0,8 x 0,4 cm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Fedeal foram observadas flores estaminadas ocorrendo nos meses de janeiro a abril e entre os meses de setembro a novembro; flores pistiladas observadas no mês de fevereiro; frutos observados durante os meses de fevereiro, abril, setembro, novembro e dezembro. Habitat: Matas de galeria, florestas mesofíticas.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Brasília, Setor de Mansões Internas Norte, altitude 1014 m, 19 Nov 1986 (fls. est.), A. Mireyza (UB s. n.); Brasília, Fercal, Mata Fechada, Latossolo Vermelho, 10 Nov 1986 (fl. est.), D. M. Pinheiro (UB s. n.); Sobradinho, Fercal, Mata Ciliar, Barranco à margem do riacho, 10 Nov 1986 (fls. est.), C. C. Rocha Filho (UB s. n.); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu. Mata Ciliar, 13 Jan 1981 (fls. est.), E. P. Heringer et al. 5960 (IBGE 10145); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu, 02 Dez. 1980 (fls. est.), E. P. Heringer et al. 5817 (IBGE 10139); Perto de DF 2, 15o36’S, 47o54 W. alt. 840 m; 23 Out. 1981 (fls. Est.); J. H. Kirkbride Jr. (UFG s. n.); 1,6 km após a Chácara Orient 15o 54.92’S48o 14.85’ W. Alt. 965 m, 22 Out. 2002, C. L. Ramalho et al. 144 (UFG 43511); Ponte Alta – DF 290, 16o01.82’S, 48o14.53’ W. Alt.: 940 m, 18 Dez 2002 (fls. est. e frs.), C. L. Ramalho et al. 153 (UFG 43512); Ponte sobre o Rio Descoberto. 15o54.52’S, 48o14.95’ W. Alt.: 920 m, 26 Nov 2002 (fls. est.), C. L. Ramalho et al. 146 (UFG 43515); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu, 29 Nov. 1979 (frs.), E. P. Heringer 2840 et al. (IBGE 10121); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu, 20 Out. 1980 (fls. est.), E. P. Heringer 5593 et al. (IBGE 10144); DF-110 sentido Bsb-Formosa, a montante da ponte sobre o rio Jardim, 27 Nov. 2002 (fl. est.), A. A. Santos et al. 1686 (CEN 47676); DF 330, 600 m após a entrada, sentido Comunidade Córrego do Ouro, 28 Nov. 2001 (bot. est.), A. A. Santos (CEN 65985); Brasília-DF, Lago Sul, 27 Out. 2010 (fl. est.), F. J. de Carvalho et al. 173 (HEPH 27443); DF 100 15° 58’ S, 47° 23’ W, Alt: 853 m, Beira de estrada, 03 Set. 2002 (fls. est.), C. L. Ramalho et al.120 (UB 12212); Brasil. Centro- 64

Oeste. Distrito Federal. APA de Cafuringa. Fazenda Dois Irmãos, Perto da tapera, antes do córrego e depois da parcela 10, 29 Jan. 1998 (fl. pis.), V. V. Mecenas (UB s. n.); Ponte sobre o Rio Descoberto. 15° 54.52’ S, 48° 14.95’ W, 26 Nov 2002 (fls. est.), C. L. Ramalho et al. 146 (UB 12239); Brasil, Distrito Federal, Brasília, APA de Cafuringa, Dolina da Garapa, Mata, 19 Mai 2006, L. C. Nogueira & F. L. Antezana (UB 75511); Ponte Alta DF 290 16°01.82’S 48° 14.53’ W. Alt.: 940 m. Mata Ciliar. 18 Dez 2002 (fls. est. e frs.), C. L. Ramalho et al. 153 (UB 12246); Coleção de Plantas Medicinais do CENARGEN, 08 Abr. 1992 (frs. e fls. est.), R. F. Vieira & J. B. Pereira 1280 (CEN 55927); Coleção de Plantas Medicinais do CENARGEN, 08 Abr. 1992 (frs. e fls. est.), R. F. Vieira & J. B. Pereira 1281 (CEN 55928); CENARGEN. BAG- plantas medicinais, SAIN, Parque Rural, 28 Set. 1989 (frs. e fls. est.), Agripp/MJPP 72 (CEN 10391); SAIN-Parque Rural-CENARGEN/EMBRAPA, Brasília-DF, 22 Jan. 1986 (fls. est.), R. F. Vieira et al. 93 (CEN 10295);

Material examinado adicional: Ponte sobre o Rio Descoberto 15°54.52’S, 48°14.95’W. Alt:920 m. Mata Ciliar, 26 Nov. 2002 (fls. est.), C. L. Ramalho et al. 146 (UFG 43515); Pela GOM-2, p/ Bela Vista, atravessando o rio Meia Ponte a esquerda da estrada. Mata., 04 Nov. 1968 (fls. est.), J. A. Rizzo & A. Barbosa 2658 (UFG 1655); Estado de Goiás, mun. de Goiânia, Fazenda Caveira. 14 Fev. 1996 (frs.), R. César 566 et al. (UFG 19169); Brasil. Estado de Goiás, Município de Caiaponia, Estrada que segue a BR 060 a Montividiu, em direção a Rio Verde. 12 Out. 1998, V. L. Gomes-Klein et al. 3507 (UFG 22072).

Espécie de ampla distribuição no Distrito Federal, frequentemente observada em lugares úmidos e próximos a córregos. Pode ser diferenciada principalmente por apresentar folhas trifolioladas e flores com pétalas geralmente róseas.

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Figura 23: Psiguria ternata (M. Roem.) C. Jeffrey. A. Hábito com detalhe da inflorescência masculina; B. Detalhe da Inflorescência, flores pistiladas e frutos; C – Detalhe da antera; D – Flor estaminada. (C. L. Ramalho et al. 146 - UFG 43515; R. César 566 et al. - UFG 19169).

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5.3. Psiguria umbrosa (Kunth) C. Jeffrey in Kew Bull. 33(2): 353. 1978. Anguria umbrosa Kunth in Nov. Gen. Spec. 2:121. 1817. Tipo: VENEZUELA. Sucre: Camanacoa, Bordones, Bonpland 165 (holótipo P segundo Jeffrey 1978; Fotografia F). (Figs. 23 A-B e 24).

= Anguria jacquiniana Schltdl. in Linnaea. 24: 708. 1851. Psiguria jacquiniana (Schltdl.) R.A. Howard in J.Arnold Arbor 54(4): 442. 1973. Tipo: N. J. Jacquin, Sel. Stirp. Amer. Hist.242-246 tab. 156. 1763 (iconotipo). =Anguria integrifolia Nees et Mart. in Nov. Acta Acad. nat. cur. 12(1): 9. 1825. Tipo: BRASIL.S. Pedro d´Alcantara, Dec. 1816, Wied s.n. (holótipo on line BR); =Anguria warmingiana Cogn. in Diag. Cucurb. 1: 21. 1876. Psiguria warmingiana (Cogn.) C. Jeffrey in Kew Bull. 33(2): 354. 1978. Tipo: BRAZIL.1860, Peckolt 512 (holótipo fotografia on line BR).

Planta monoica, escandente; ramos sulcados; gavinhas simples 9,3 cm. compr., glabras ou pubescentes; folhas simples, membranáceas, 3-5 lobadas, pecíolos pubescentes, 1,2-7,5 cm. compr.; lâmina foliar com superfície glabra, nervuras pubescentes, sino basal 2,9-4,7 cm. Flores estaminadas alaranjadas em inflorescência corimbiformes no ápice de um pedúnculo 7,0-20,5 cm compr., pedicelos glabrescentes 0,5-1,9 cm. comp.; cálice verde, sépalas 1,0-3,5 cm. comp, pétalas ovalado-elípticas com ápice acuminado, 0,5-1,6 cm; anteras retas, 0,4-1,1 cm comp. Flores pistiladas dispostas em inflorescências laxas (2-3 flores), axilares, cálice tubuloso, cilíndrico, pubescente, 2,0-3,1 x 0,2-0,3 cm, ovário elíptico-oblongo, 1,0-1,5 x 0,2-0,6 cm, estilete 0,4-0,5 cm. Frutos verdes, 2,1- 3,9 x 0,1-0,2 cm. Sementes muitas, 0,5-06 x 0,2-0,3 cm.

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores estaminadas ocorrendo no mês de novembro; flores pistiladas nos meses de outubro a novembro; frutos observados durante o mês de outubro. Habitat: Matas de galeria, florestas mesofíticas.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: DF 330, 600 m após a entrada, sentido Comunidade Córrego do Ouro, 28 Nov. 2001 (fls. est.), A. A. Santos 1004 (CEN 65985).

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Material examinado adicional: Município de São Domingos, Parque Estadual de Terra Ronca. Fazenda Capim Branco, primeira fazenda depois da caverna de Terra Ronca em direção a cidade de São Domingos. Coord: 13°44’S 46°21’W, 29 Out. 2000 (frs.), M. A. da Silva et al. 4586 (UFG 27202); GO. Município de Campos Belos. Estrada velha. São Domingos/ Campos Belos, 22 Out. 2001, F. C. A Oliveira et al. 1216 (UFG 27198); Brasil – TO – Munic. Pedro Afonso, rio Sono. Faz. Paraíso. 18 Jan. 2001 (fls. est.), S. F. Lolis et al. 396 (UFG 29762); TO. Município de Dianópolis, Km 75 da estrada Dianópolis (TO) / Taquatinga (TO), flores , Lopes, R. D. et al 041 (IBGE 29166).

Espécie de distribuição restrita no Distrito Federal, porém distinta de P. ternata por apresentar folhas simples, 3-5 lobadas e flores com pétalas alaranjadas.

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Figura 24: Psiguria umbrosa (Kunth) C. Jeffrey. A – Flor estaminada; B – Detalhe da folha. (http://www.sbs.utexas.edu/roxisteele/Default.htm), acesso em 12/07/2013. Psiguria ternata (M. Roem.) C. Jeffrey. C – Hábito; D – Inflorescências com flores estaminadas. (Carlos de Melo, 2442).

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Figura 25: Psiguria umbrosa (Kunth) C. Jeffrey. A – Hábito; B – Detalhe de flor pistilada; C – fruto; D – Detalhe de flor estaminada; E – Semente. (M. A. da Silva et al. 4586-UFG 27202).

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6. Sicyos L., Sp. Pl. 1013.1753.

=Baderoa Bertol. Ex. Hook, Bot. Misc. 3: 324.1833. =Anomalosicyos Gentry, Bull. Torey Bot. Club. 73 (6): 565.1946 = Sicyoides Mill. 1754. = Sechium P. Browne 1756, nom. cons. = Bryoniastrum Heist. ex Fabr. 1759. = Chayota Jacq. 1780. = Sicyosperma A. Gray. 1853. = Microsechium Naudin 1866.

Trepadeiras, herbáceas, anuais ou perenes, monoicas. Caule glabro e pubescente. Folhas pecioladas ou subsésseis, simples, palmatilobadas, membranáceas; pilosas à glabrescentes. Gavinhas ramificadas. Flores estaminadas poucas a numerosas, em racemos pedunculados, simples ou ramificados; sépalas 5, filiformes ou subuladas quanto em botão, e inconspícuas ou vestigiais na maturidade das flores; corola rotácea ou subcampanulada, 5-7 lacínias; estames 2-5, filetes conados em uma coluna central, anteras coniventes ou livres, tecas flexuosas a quase retas. Flores pistiladas subsésseis ou capitadas sobre um pedúnculo comum da mesma axila das flores estaminadas, estilete delgado, estigmas 2-3, ovário ovalado a fusiforme, rostrado, comumente cerdoso ou espinhoso, unilocular, com rudimento seminal único e pêndulo. Frutos aquênio, pequenos, ovalados a fusiformes, frequentemente rostrados, geralmente aculeados. Sementes elipsoidais ou ovaladas, lisas com protuberâncias apicais, testa membranácea. (Lima, 2010)

Espécie tipo: Sicyos angulatus L.designado por Green, Prop. Brit. Bot. 190 (1929). Etimologia: Pepino, segundo Barroso (1946).

6.1.Sicyos polyacanthus Cogn. in: Fl. Bras. 6(4): 107–108. 1878. (Fig. 15 A-C). Tipo: Brasil. Minas Geraes ad Caldas, Regnell III.632 (Fig. 25). = Sicyos glaziovii Cog. in Bull. Soc. Bot. France, Lett. Bot. 3d. :321.1909.Tipo: Brasil, s.n., Glaziou 18381(holótipo C).

Plantas monoicas, escandentes; ramos sulcados, folhas 3-5 lobadas, ovalado-lanceoladas, membranáceas, 8,2-9,9 x 5,1-11,2 cm.; lâmina foliar com segmentos largos, tomentosos; gavinhas ramificadas (4-5), 10,5-12,9 cm. comp. Flores estaminadas em racemos corimbiformes; 71 pedicelo glabrescente 0,4-1,2 cm. comp.; sépalas reduzidas, pubescentes; pétalas triangulares, tomentosas, 0,2-0,4 cm comp.; estames 3. Flores pistiladas dispostas em inflorescências congestas, flores sésseis ou subsésseis, pedúnculo hirsuto, 3-4 cm comp., cálice e corola semelhantes aos das flores estaminadas, estigmas trilobados; ovário ovalado-lanceolado, 2-3 cm comp. Frutos amarelos, com acúleos, ovalado-fusiformes, 1,5-2,3 x, 0,3-0,5 cm; semente oblongo-obovada, 0,7 x 0,4 cm.

Época de floração e frutificação: flores estaminadas e frutos ocorrendo nos meses de maio e agosto; flores pistiladas ocorrendo nos meses de maio e setembro. Habitat: formações florestais.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL, DF: Brasília. DF. Parque do Guará. 01 Mai. 1974 (fls. est. e frs.), E. P. Heringer 13272 (HEPH 63240; UB s. n.; IBGE s. n.; ESA 6982); Brasília. Fercal (Sobradinho), 19 Ago. 1976 (fls. est. e frs.), E. P. Heringer 15933 (HEPH 6334-7; IBGE 10130); FERCAL-Planta proveniente da Fercal, cultivada no jardim do minhocão da Universidade de Brasília (UnB). 05 Out. 1976 (fls. est.), E. P. Heringer (IBGE 10131); Brasília, DF. (Fucal, Sobradinho) Nativa no afluente culecreo da Fercal. 09 set. 1976 (bot. Est.). E. P. Heringer 15946 (IBGE 10112).

Material examinado adicional: Brasil, Estado de Minas Gerais, Município de Juiz de Fora, Próximo ao morro da Glória, margem direita da estrada, que segue para a Universidade Federal de Juiz de Fora. Mata. 07 Jun. 1997. V. L. Gomes-Klein et al. 3243 (UFG 19858).

Espécie de rara ocorrência no Distrito Federal, reconhecida por suas gavinhas ramificadas, flores de ambos os sexos em inflorescências congestas e o típico fruto aculeado (ou equinado).

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Figura 26: Sicyos polyacanthus Cogn. A. Hábito com inflorescências estaminadas; B - Fruto jovem; C - Detalhe da flor pistilada; D – Inflorescência com flores pistiladas; E – Detalhe da flor estaminada. (V. L. Gomes-Klein et al. 3243 - UFG 19858).

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7. Wilbrandia Silva Manso; Enum. Subst. Braz. 30. 1836; Endlicher, Gen. Pl. Supp. 3:91. 1843; Roemer, Fam. Nat. Syn. Monogr. 2:67. 1846; Naudin, Ann. Sci. Nat. Bot. Sér. 4(16):184. 1862; Wawra, Oesterr. Bot. Z. :109. 1863; Ibidem in Maximilian, Bot. Erg. :234, est. 51. 1866; Bentham et Hooker f., Gen. Pl. 1:831. 1867; Cogniaux in Maritus, C.F.P.von, Fl. Bras. 6(4):29. 1878; Idem in Candolle, A.L.P.P.de et Candolle, A.C.P.de, Monogr. Phan. 3:555. 1881; Baillon, Hist. Pl. 8:449. 1885; Barbosa-Rodrigues, Pl. Jard. Rio de Janeiro. :192. 1894; Mueller et Pax in Engler et Prantl Nat. Pflanzenfam. 4(5):15. 1894; Loefgren, Fl. Paul. 3:52. 1897; Arechavaleta, Anales Mus. Nac. Montevideo, 2:144; 1905; Cogniaux in Engler, Pflanzenr. 66(IV.275.I):69. 1916; Barroso, Consid. Fam. Cucurb. 3:20. 1946; Martinez-Crovetto, Darwiniana, 12(1):17, fig. 1-4. 1960; Hutchinson, Gen. Fl. Pl., 2:394. 1967; Porto in Schultz, Fl. Il. Rio Grande do Sul. 20, est. 2. 1974.

Plantas monoicas ou dioicas. Folhas membranáceas, 3-7 palmatilobadas ou sagitadas. Gavinhas simples, robustas. Flores masculinas em rácemos ou espigas laxas ou congestas; bractéolas presentes ou ausentes; receptáculo tubuloso ou cilíndrico, nervado ou costado longitudinalmente; cálice com sépalas estreitas, eretas ou reflexas; corola tubulosa 5-lobada, com lacínias membranáceas, eretas ou reflexas, nervadas longitudinalmente. Androceu com 3 estames; anteras geralmente livres, dorsifixas, com lóculos oblongos, retos ou levemente curvos, conectivo estreito, não prolongado acima dos lóculos. Pistilódio em geral cupuliforme. Flores femininas axilares, isoladas ou agrupadas, sésseis ou raramente pedunculadas, geralmente dispostas no ápice dos ramos; hipanto tubuloso ou cilíndrico, constricto, nervado ou costado longitudinalmente; sépalas estreitas, eretas ou levemente reflexos; corola tubulosa 5-lobada, com lacínias membranáceas, eretas ou reflexas. Estaminódios 3-4, simples ou bilobados, glabros. Gineceu com ovário ovoide ou oblongo, com 2-3 placentas; estilete colunar ou anelar, curto, inteiro ou ramificado no ápice, disposto sobre um disco cupular ou anelar; estigma 2, bífidos ou 3 simples. Frutos ovoides, elipsoides ou globosos, lisos ou costados, polispérmicos; sementes obovadas ou ovaladas, claras ou escuras, com arilo mucilaginoso a subcarnoso, comprimidas e marginadas.

Espécie tipo: Wilbrandia hibiscoides Silva Manso Etimologia: Nome dado em homenagem ao botânico Joan Bernard Wilbrand (1789- 1846), informação segundo Barroso, 1946.

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7.1. Wilbrandia hibiscoides Silva Manso, Enum. Subst. Braz. 30.1836. Manso, Enum. Subst. Bras. 30.1836; Martius, Syst. Mat. Med. Bras.: 80. 1843; Endlicher, Gen. Pl. Suppl. 3.91:1843; Cogniaux in Martius, C.F.P.von, Fl. Bras. 6(4):31, est. 6. 1878; Idem in Candolle, A.L.P.P.de et Candolle, A.C.P.de, Monogr. Phan. 3:568.1881; Mueller et Pax in Engler et Prantl, Nat. Pflanzenfam. 4 (5):15.1894; Cogniaux in Engler, Pflanzenr. 66 (IV:275.I):71. 1916; Martinez-Crovetto, Darwiniana 12(1):31. 1960; Corrêa et Penna, Dic. das Pl. Úteis Brasil Exót. Cult. 6:173. 1975. Tipo: Glaziou 21465 (neótipo P e isoneótipo LE!”) (Fig. 26).

=Wilbrandia hibiscoides var. angustiloba Cogniaux in Martius, loc. cit.: 32; Idem in Candolle, A.L.P.P de et Candolle, A.C.P. de, loc. cit.:569.1881; Loefgren, Fl. Paul., 3:54.1897; Cogniaux in Engler, loc. cit.:72; Martinez-Crovetto, loc. cit., pro syn. (“Ad Caldas: Regnell III. n° 627b” - lectótipo BR). =Wilbrandia hibiscoides var. parvifolia Cogniaux in Martius, loc. cit.:32; Idem in Candolle, A.L.P.P. de et Candolle, A.C.P. de, loc. cit.; Loefgren, loc. cit.; Cogniaux in Engler, loc. cit.:73.1916; Martinez-Crovetto, loc. cit, pro syn. (“as Caldas- Lindberg n° 357”- holótipo BR). = Wilbrandia hibiscoides var. latiloba Cogniaux in Martius, loc. cit.; Idem in Candolle, A.L.P.P.de et Candolle, A.C.P.de, loc. cit.; Loefgren, loc. cit., Congiaux in Engler, loc. cit., Martinez-crovetto, loc. cit. :32, pro syn. (“In sepibus ad Lagoa Santa: Warming” - holótipo C!).

Planta monoica, escandente; ramos cilíndricos, herbáceos, sulcados; entrenós 1,7-12,5 cm comp; folha com pecíolo sulcado, pubescente 1,9-3,4 cm comp.; lâmina foliar palmatilobada, membranácea, com 6,4-13,6 x 7,2-8,6 cm com sino basal 0,4-3,7 cm; lobos ovais ou lanceolados; gavinhas simples, sulcadas, pubescentes 7,2-14,6 cm comp. Flores estaminadas dispostas em racemos; pedúnculo sulcado, pubescente 1,4-1,7 cm. comp.; bractéolas triangulares com ápice estreitado, pubescentes, 0,3-0,5 cm. comp.; sépalas triangulares, pubescentes; corola com lacínias ovalado-triangulares, estames exsertos; anteras obovadas. Flores pistiladas axilares 5-8, sésseis ou com pedúnculo 0,1-0,4 cm; sépalas triangulares, pubescentes; corola com lacínias lanceoladas, pubescentes na face externa, pubérula e papilosa na face interna, 0,2-0,3 x 0,1 cm. Ovário oblongo, 0,3-0,5 cm x 0,2 cm; estilete filiforme, glabro, 0,1-0,2 cm comp., ramificado no ápice, estigmas 2, bífidos, 0,1 cm comp. Fruto ovalado, pubescente, 0,2-0,3 x 0,1-0,2 cm; sementes escuras, ovaladas, pubescentes, 0,4-0,7 x 0,2-0,5 cm. 75

Época de floração e frutificação: No Distrito Federal foram observadas flores estaminadas ocorrendo em fevereiro e abril; flores pistiladas ocorrendo durante o mês de fevereiro; frutos ocorrendo nos meses de janeiro a abril e também em novembro. Habitat: Cerrado, cerrado perturbado, mata de galeria antropizada, cerrado de altitude.

Material examinado:

DISTRITO FEDERAL: Córrego Landim. Ca. 25 km. N. of Brasília, DF. Elevation 950 m. 16 Mar. 1966 (fr), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Estação Florestal Cabeça de Veado. Ca. de 20 km a SE de Brasília. Altitude 1025-1150m. 02 Fev 1983 (fls. pis.), G. Reis 11 (HEPH 3161-5); Brasília DF. Bacia do Rio São Bartolomeu, 29 Nov 1979 (fr.), E. P. Heringer et al. 2829 (IBGE 10140); DF-130 Rodovia que liga PAD-DF a Planaltina. Córrego Cariru, mata ciliar, 23 Jan 1990 (fr.), D. Alvarenga & E. C. Lopes 624 (IBGE 25727); Estação Florestal Cabeça de Veado. Ca. de 20 km a SE de Brasília. Altitude 1025-1150m, 02 Fev. 1983 (fls. pis. e frs.), G. Reis 11 (CEN 7252); Jardim Botânico de Brasília. Ca. de 20 km de Brasília. Latitude 15o52’ S, Longitude 47o51’ W. 29 Jan 1980 (frs.), Turma de Estagiários do Colégio Agrícola de Brasília 10 (HEPH 6021-6); Distrito Federal. Estação Florestal Cabeça de Veado. Ca. de 20 km a SE de Brasília. Altitude 1025-1150 m, 02 fev. 83 (bot. est.), G. Reis 11 (CEN 7252); Fazenda Sucupira, encosta da margem esquerda do alto Córrego Riacho Fundo, 19 Abr. 2004 (frs. e bot. est.), B. M. T. Walter et al. 4835 (CEN 58772); Fazenda Sucupira, Mata de galeria antropizada, Lat: 15°54'23'' S, Long: 48°00'42'' O, 24 Fev. 2010 (frs.), E. B. A. Dias et al. 702 (CEN 75169).

Espécie relativamente comum na área em estudo, devido a sua capacidade de vegetar em várias áreas de cerrado e, inclusive, em ambientes antropizados. 76

Figura 27: Wilbrandia hibiscoides Silva Manso – Hábito. (Gomes-Klein, 1990).

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V – ESPÉCIES CULTIVADAS E SUBESPONTÂNEAS

V.1.Chave para a identificação das espécies cultivadas e subespontâneas de Cucurbitaceae encontradas, até o momento, no Distrito Federal, Brasil.

1. Plantas geralmente prostradas; folhas simples e inteiras; 2. Frutos ovoides, cremes a amarelados quando maduros, densamente espinhosos, ca. 3-8 cm de compr...... 1. Cucumis dipsaceus 2. Frutos oblongos, amarelos com manchas longitudinais verdes quando maduros, lisos, 15-30 cm de compr...... 2. Cucurbita maxima 1´Plantas geralmente trepadeiras; folhas simples, anguladas a 3-7lobadas; 3. Folhas 5-7 lobadas; ovário fortemente tuberculado; frutos 3-15 cm de compr...... 5.Momordica charantia 3´.Folhas anguladas a 3-5 lobadas; ovário liso; 4.Folhas cordadas a orbiculares; frutos amarelados de tamanho e formas variadas, indeiscentes, obovadas, 7-20mm compr...3. Lagenaria siceraria 4´.Folhas 3-5 lobadas; frutos verdes, estriados longitudinalmente, cilíndricos a fusiformes, deiscentes, de 10 – 30 cm de compr.; ovoides,8 -12mm...... 4. Luffa cylindrica

1. Cucumis Linnaeus in Sp. Pl. 2: 1011-1012.1753; Gen. Pl. ed. 5:442. 1754; H. Shaefer, Blume 52: 165-177. 2007;

= Melo Mill., Gard. Dict., abr. Ed. 4. 1754. Tipo: Cucumis melo L. = Mukia Arn. 1840. = Oreoscyce Hook. 1871. =Dicoelospermum C.B. Clarke. 1879. (Dicaelospermum, correção T. Post and O. Kuntze. 1903 (1904). = Hymenosicyos Chiov. 1911. = Cucumella Chiov. 1929. =Myrmecosicyos C. Jeffrey 1962.

Trepadeiras monoicas, caule estriado. Folhas lobadas, sem glândulas, gavinhas simples. Flores estaminadas solitárias ou dispostas em fascículos, perianto 5-lobulado, campanulado; 78 estames 3, inseridos no hipanto, anteras livres, 1 monoteca e 2 ditecas. Flores pistiladas com perianto idêntico ao das flores estaminadas, estaminódios 3, ovário globoso ou oblongo, estigmas 3-5, unidos. Fruto baga peponídeo, indeiscente, carnoso, globoso ou oblongo; sementes numerosas. Espécie tipo: Cucumis sativus L. (lectótipo designado por Green, prop. Brit. Bot. 190. 1929). Distribuição geográfica: Cerca de 25 espécies no Velho Mundo, principalmente africanas. Introduzidas na América, 5 espécies na Venezuela (C. Jeffrey. et Trujillo, 1992). Etimologia: Vaso côncavo, segundo Barroso (1946).

1.1.Cucumis dipsaceus Erenberg ex Spach, Hist. Nat. Vég., 6:211.1838. Tipo: Saudi Arabia: Wadi Kamme east of al-Quinfidha, Feb. 1825, Erenberg et Hemprich s.n (Holotipo b, destruido (Jeffrey, 1967) e lectótipo MPU, designado por Kirkbride, Biosyst. Monogr. Cucumis 45.1993) .

= C. dasycarpa Hochst. ex A. Rich. in Tent. Fl. Abyss. 1: 291. 1847. Tipo: Quartin Dillon s.n.; Crescit in provincia Chiré (síntipo). = C. bardana Fenzl. ex Naucl., Ann. Sci. Nat. Bot. skr. 11. 4: 25. 1859. Tipo: não conhecido. = C. ambigua Fenzl. ex Hook. f. in Oliver, F1. Trop. Afr. 2: 543. 1871, pro part. Tipo: não conhecido.

Planta anual, monoica; caule rastejante ou trepador, sulcado, pubescente; entrenós 6-9 cm comp. Gavinhas simples, 1,5-6 cm compr.Folhas com pecíolos 5-14 cm comp., sulcados, pubescentes. Lâmina foliar inteira ou trilobada, sino basal 2,3-3,5 cm, 7,5-12 x 7-12 cm; glabrescente na face adaxial e pubescente nas nervuras na face abaxial. Flores estaminadas isoladas ou dispostas em fascículos (1-5 flores sésseis), hipanto infundibuliforme, cálice com lacínias oblongas e agudas no ápice, 1,6-4 x 0,1-0,3 cm, glabrescentes. Corola infundibuliforme, glabrescente externamente, glabra internamente, lacínias obovadas e agudas no ápice, 5,5-8,5 x 3-5 mm. Estames glabros 0,4-0,8 x 0,2 mm. Flores pistiladas isoladas, hipanto fusionado ao ovário na porção inferior, cálice com lacínias filiformes 4,8-5,6 x 0,4-0,6 mm, glabrescentes. Corola tubular 6,5-15 x 3-8,5 mm, estaminódios glabros 0,4-0,8 mm; ovário 8-19 x 4-8 mm; estilete 1,5 mm comp.. Frutos amarelos, elípticos, ovoides ou globoides, 3-6,5 x 2,5-4 cm, cor creme a amaralado quando maduros, densamente aculeados. Sementes elípticas, 3-8 cm compr. 79

Material examinado:

Brasília-DF, material feito a partir de descartes efetuados pelo pessoal da Quarentena, 14 Mar. 2003 (fls. est.; fls pis. e frs.), A. A. Santos 1950 (CEN 47168);

2. Cucurbita Linnaeus in Sp. Pl.:1010. 1753; Gen. Pl., ed. 5:441. 1753.

= Melopepo Mill. 1754. = Pepo Mill., 1754. = Ozodycus Raf. 1832. = Spenantha Schrad. 1838. = Mellonia Gasp. 1847.

Trepadeiras anuais ou perenes, monoicas. Folhas lobadas, sem glândulas; gavinhas 2-5 ramificadas. Flores estaminadas solitárias ou fasciculadas; perianto campanulado 4-5-7 lóbulos recurvados; estames 3 inseridos no hipanto, filamentos livres, anteras unidas em uma coluna cilíndrica, 1 monoteca e 2 ditecas; flores pistiladas solitárias; estaminódios 3; ovário 3-5 carpelar, oblongo, estiletes 3, estigmas 3-5, bilobados ou bifurcados. Frutos pepônios, indeiscentes, carnosos, fibrosos ou lenhosos, variando em forma e tamanho, sementes numerosas.

Espécie tipo: Cucurbita pepo L. (lectótipo: ver Jarvis, Taxon 41: 562. 1992) Distribuição geográfica: cerca de 15-20 espécies, cinco das quais são conhecidas apenas em cultivo, sendo as demais nativas da América Central (C. Jeffrey, 1984). Etimologia: Abóbora ou vaso que se pareça com ela, de acordo com Barroso (1946).

2.1. Cucurbita maxima Duchesne in Essai Hist. Nat. Courges 7, 12-15. 1786. Tipo: “melopepo fructu maximo albo” Tournefort, Inst. 1:106, t. 34. 1700. (Designado por Jeffrey, 1980). 80

Plantas herbáceas anuais, rasteiras, trepadoras ou subarbustivas, monoicas; caule estriado pubescente. Folhas com pecíolos robustos, estriados, pubescentes com poucos acúleos. Lâmina foliar coriácea, 11-36 x 14,5-44 cm, inteira ou trilobada , pubescentes em ambas as faces, especialmente nas nervuras. Gavinhas 3-5 ramificadas. Flores estaminadas com pedúnculos 14- 28 cm compr., sépalas filiformes ou triangulares, 10-30 x 1-1,5 mm; corola pilosa em ambos os lados, pentâmera, 4,5-10 cm compr. Estames 3, coluna das anteras robusta, 12-16 x 5-10 mm. Flores pistiladas dispostas em pedúnculos menores e mais robustos que as flores estaminadas, ovário oblongo-ovalado, pubescente, perianto idêntico ao das flores estaminadas, estilete 9-10 mm compr., estigmas ligeiramente bilobados. Frutos de formatos e pesos variados, geralmente oblongos, lisos, com casca macia ou rígida, amarelos com manchas longitudinais verdes, pedúnculo estriado, lenhoso ou não, 15-30 cm compr. Sementes elípticas, 13-24 x 8-12 mm, de cores claras, lisas.

Material examinado: Reserva Ecológica do IBGE, DF, cultivada na chácara n° 2, 16 Mai. 1983 (fls. est., fls pis.), B. A. S. Pereira 519 (IBGE 10111);

3. Lagenaria Seringer in Mém. Soc. Phys. Hist. Nat. Genève 3:25, t.2. 1825.

= Lagenaria Ser., Mém. Soc. Phys. Genève 3:26.1825. = Adenoopus Benth. 1849. = Sphaerosicyos Hook.f. 1867.

Trepadeiras monoicas; folhas simples palmatilobadas; pecíolos com um par de glândulas apicais laterais; gavinhas bífidas. Flores estaminadas solitárias ou dispostas em racemos. Flores pistiladas solitárias. Perianto pentâmero. Estames 3, um monoteca e dois ditecas. Frutos cilíndricos, indeiscentes, pericarpo duro. Sementes ovaladas-oblongas.

Espécie tipo: Lagenaria vulgaris Ser. (= L. siceraria (Molina) Standl.).

Distribuição geográfica: Ocorre cerca de 6 espécies, uma na região pantropical e as demais na Africa tropical.

Etimologia: Garrafa (Barroso, 1946). 81

3.1. Lagenaria siceraria (Molina) Standl. Publ. Field Mus. Nat. Hist. Chicago Bot. Ser. 3(3): 435. 1930; Heiser in Meggers, B. J. et al., Tropical Forest Ecosystems in Africa and South America: A Comparative Review: 121-128. 1973. Cucurbita siceraria Molina, Sagg. Chile:133.1782. Tipo: Chile, não localizado, Molina (Holotipo BOLO).

=Cucumis mairei H. Lév. in Catalogue des Plantes de Yun-Nan 64. 1916; =Cucurbita idolatrica Willd.in: Species Plantarum. Editio quarta 4: 607. 1805; =Cucurbita lagenaria L. in Species Plantarum 2: 1010. 1753. (1 May 1753); =Cucurbita leucantha Duchesne in Encyclopédie Méthodique, Botanique 2(1): 150. 1786. (16 Oct 1786); =Cucurbita siceraria Molina Saggio sulla Storia Naturale cel Chili . . . 133. 1782.; =Lagenaria bicornuta Chakrav. in Annals of the Missouri Botanical Garden 55(1): 69, f. 1–2. 1968; =Lagenaria idolatrica (Willd.) Ser. ex Cogn. in Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 3: 299. 1828.; =Lagenaria lagenaria (L.) Cockerell in Bulletin of the Torrey Botanical Club 19(3): 95. 1892; =Lagenaria leucantha Rusby in Memoirs of the Torrey Botanical Club 6(1): 43. 1896. =Lagenaria leucantha var. clavata Makino in Ill. Fl. Nippon. 89, f. 265. 1940; =Lagenaria leucantha var. depressa (Ser.) Makino in Ill. Fl. Nippon. 89. 1940; =Lagenaria leucantha var. makinoi Nakai in Journal of Japanese Botany 18(1): 25. 1942; =Lagenaria leucantha var. microcarpa (Naudin) Nakai in: Journal of Japanese Botany 18(1): 23–24. 1942; =Lagenaria microcarpa Naudin in Revue Horticole, sér. 4, 4: 65. 1855; =Lagenaria siceraria var. depressa (Ser.) H. Hara in Botanical Magazine 61: 5. 1948; =Lagenaria siceraria var. laevisperma Millán in Darwiniana 7(2): 196–197, t. 1, f. Q, t. 2. 1946; =Lagenaria siceraria var. microcarpa (Naudin) H. Hara in Botanical Magazine 61: 5. 1948; =Lagenaria vulgaris Ser. in Mémoires de la Société de Physique et d'Histoire Naturelle de Genève 3(1): 25, pl. 2. 1825; 82

=Lagenaria vulgaris subsp. afrikana Kobjakova in: Trudy po Prikladnoi Botanike, Genetike i Selektsii 23(3): 487–488,f. 15b. 193; =Lagenaria vulgaris subsp. asiatica Kobjakova, Trudy po Prikladnoi Botanike, Genetike i Selektsii 23(3): 487–488, f. 15a. 1930; =Lagenaria vulgaris var. depressa Ser.,Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 3: 299. 1828; =Lagenaria vulgaris var. microcarpa Matsum. & Nakai,Cat. Sem. Hort. Univ. Tokyo 30. 1916.

Trepadeiras anuais, monoicas. Caule estriado, pubescente a glabrescente. Folhas inteiras, cordadas a orbiculares, 10-20 x 11-19 cm, pecíolos 6-12 cm compr, pubescentes. Lâmina foliar com duas glândulas na união com o pecíolo. Gavinhas bífidas, pubescentes. Flores estaminadas axilares, solitárias, pedúnculos 5-20 cm compr., pubescentes; sépalas 5, triangulares, 4 mm compr.; corola de cor branca, lacínias 5, obovadas, 3-4 cm compr.emarginadas ou truncadas no ápice; estames 3, livres, 8-19 mm compr., conatos, anteras 1 monoteca e 2 ditecas; flores pistiladas solitárias, pedúnculo 5-15 cm compr., perianto idêntico ao das flores estaminadas; ovário 3-carpelar, cilíndrico-ovalado, viloso; estaminódios 3; estigmas 3, 4 mm compr.. Fruto indeiscente, casca lisa e lenhosa, variáveis em tamanho e forma, geralmente grandes, amarelos quando maduros, glabros; sementes escuras, numerosas, obovadas, 15 mm compr. Nomes vulgares: cabaça, cabacinha.

Material examinado: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN (Prédio do Controle Biológico-PCB), 27 Nov. 2003, P. H. R dos Santos 1 (CEN 49195); Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN (Prédio do Controle Biológico-PCB), 27 Nov. 2003, P. H. R dos Santos 2 (CEN 49196); Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN (Prédio do Controle Biológico-PCB), 27 Nov. 2003, P. H. R dos Santos 3 (CEN 50861).

4. Luffa Miller, Gard. Dict. Abridg., ed. 4. 1754.

= Trevouxia Scopoli. 1777.

= Turia Forssk. 1775, vide I. Friis, Taxon 33:666. 1984. 83

Trepadeiras monoicas. Folhas simples palmatilobadas, 3-5 lobadas com glândulas discoidais na superfície abaxial. Gavinhas 3-5 ramificadas. Flores estaminadas dispostas em racemos, pétalas 5, estames (5) monotecos ou (3) 1 monoteca e 2 ditecas. Flores pistiladas solitárias, perianto idêntico ao das flores estaminadas, estigmas 3. Fruto ovalado, rostrado, liso, seco, estriado longitudinalmente, deiscente por opérculo apical. Semente oblongo-elípticas, 8-12 mm.

Especie tipo: Luffa aegyptiaca Mill. (= L. cylindrica (L.) M. J. Roem.).

Distribuição geografica: Observa-se cerca de 5 espécies na região Pantropical.

Etimologia: Nome árabe (Barroso, 1946).

4.1. Luffa cylindrica (L.) M. J. Roem., Syn. Monogr. 2: 63. 1846; Cogn. in A. et C.DC., loc. cit. 456. 1881; in Engl., loc. cit. (2): 62. 1924; Pulle, loc. cit. 452. 1906; Stahel, loc. cit. 23. 1944; Ostendorf, loc. cit. 206. 1962. Momordica cylindrica L., Sp. Pl. :1009. 1753. Tipo: “Pepo indicus reticulatus seminibus nigris” Herm., Hort. Acad. Lugd. Bot. Cat.: 482. 1687 (lectótipo segundo C. Jeffrey 1984).

=Cucumis fricatorius Sessé & Moc., Flora Mexicana. 2: 227. 1894; =Luffa acutangula var. subangulata (Miq.) Cogn., Monographiae Phanerogamarum 3: 461. 1881; =Luffa aegyptiaca Mill., The Gardeners Dictionary: . . . eighth edition no. 1. 1768.; =Luffa subangulata Miq. , Flora van Nederlandsch Indië 1(1): 667. 1855; =Melothria touchanensis H. Lév., Flore du Kouy-Tchéou 122. 1914.; =Momordica cylindrica L., Species Plantarum 2: 1009. 1753, 1 May 1753; =Momordica luffa L., Species Plantarum 2: 1009. 1753, 1 May 1753; =Momordica luffa Vell., Florae Fluminensis 10: t. 93. 1827.

Trepadeira monoica; caule pubescente; folhas palmatilobadas a palmatífidas, pecíolo 5- 10 cm compr.; lâmina foliar com lobos triangulares, acuminados e escabrosos. Gavinhas 3-5 ramificadas. Flores estaminadas dispostas em racemos no ápice de um pedúnculo de 10-15 cm compr., pedicelos das flores 4-10 mm compr., bracteólas glandulares, perianto pentâmero, sépalas oblongo-triangulares, 10-15 mm compr., ciliadas, pétalas 3-4 cm compr., estames 3-5, filetes livres, tecas contorcidas. Flores pistiladas solitárias, axilares, pedúnculos 8-11 cm de 84 compr., ovário cilíndrico, 3-carpelar, perianto semelhante ao das flores estaminadas, estigmas e estiletes conatos, 3, bilobados, papilosos. Frutos grandes cilíndricos, estriados longitudinalmente, chegando até 40 x 15 cm, verdes, escuros e ressecados quando maduros, deiscente por um poro terminal, rico em fibras no interior. Sementes numerosas, coloração escura, oblongo-ovaladas, 8- 12 x 4-7 mm. Nomes vulgares: bucha, pepino-bravo, esfregão (SC), bucha-dos-paulistas, esponja, bucha-de-pescador, buchinha, fruta-dos-paulistas,quingobô-grande. Época de floração e frutificação: flores de ambos os sexos ocorrendo durante os meses de junho e julho e frutos ocorrendo em março e julho. Habitat: cerrado, cerrado em transição, áreas antrópicas. Material examinado: DISTRITO FEDERAL: Área de cerrado atrás do Centro Olímpico da UnB, Brasília, 01 Jul 1985 (fls. pis.), F. S. Gardel (UB s. n.); Proximidades do Centro Olímpico da UnB, trepadeira, 02 Jul 1985 (fl. pis.), M. Gonçalves (UB s. n.); Brasília, próximo a uma nascente d’água, vegetação Cerrado em transição p/ ciliar, solo latossolo húmico, 02 Jul 1985 (fl. pis.), M. S. Boiteux (UB s. n.); Campus Universitário, Centro Olímpico, L2 N. Cerrado aberto devastado, 07 Jun 1984, M. P. Ferreira (UB s. n.); Cerrado do C.O., 02 Jul 1985 (fls. est.), A. V. Dias (UB s. n.); Proximidade do Clube do Servidor Público e do Lago Paranoá, perto do Campus UnB na L4N, 14 Mar 1980 (fr.), M. C. Garcia Kirkbride (UB s. n.); Brasília, DF, Estrada para Planaltina, ponte sobre o Rio São Bartolomeu, 12 Jun. 1979 (frs.), E. P. Heringer et al. 1544 (IBGE 2531; ESA 3674); Brasília DF, Bacia do Rio São Bartolomeu, 21 Jan. 1981, E. P. Heringer 6006 et al. (IBGE 7155);

5. Momordica Linnaeus , Sp. Pl. 1009. 1753; Gen. Pl. ed. 5:440. 1754. = Dimorphochlamys Hook.f. 1867. = Raphanocarpus Hook.f. 1871. = Raphanistrocarpus (Baill.) E. G. O. Müll. & Pax. 1889. = Calpidosicyos Harms 1923.

Trepadeiras monoicas ou dioicas, caule estriado. Folhas simples a 3-9 lobadas, sem glândulas, gavinhas simples a bipartidas. Flores estaminadas ou em corimbos ou em racemos, perianto pentâmero, cálice infundibuliforme ou campanulado, corola rotácea a campanulada, estames 2-3, anteras conatas, 1 monoteca e 2 ditecas; flores pistiladas solitárias, com perianto idêntico ao das flores estaminadas, ovário oblongo ou fusiforme, estiletes 3, estigmas bilobados. 85

Fruto baga peponídeo, indeiscente ou explosiva, carnosa, oblonga, fusiforme ou cilíndrica; sementes numerosas, lisas ou rugosas.

Espécie tipo: Momordica charantia L. Distribuição geográfica: Cerca de 40 espécies distribuidas no Velho Mundo, frequentemente na Africa, sendo uma espécie introduzida e amplamente naturalizada nos neotrópicos (C. Jeffrey, 1984) Etimologia: Reduplicação do verbo morder (Barroso, 1946).

5.1.Momordica charantia L., Sp. Pl. 2: 1009. 1753; Cogn. in Mart. loc. cit. 14. 1878; in A. et C. DC., loc. cit. 436. 1881; in Engl., loc. cit. (2): 24, t.3. 1924; Pulle, loc. cit. 452. 1906; Stahel, loc. cit. 23. 1944; Ostendrof, loc. cit. 203. 1962. Tipo: De plantas cultivadas em Hartekamp, Holland (BM). =Cucumis argyi H. Lév. in: Memorias de la Real Academia de Ciencias y Artes de Barcelona 12(22): 8. 1916; =Momordica charantia var. abbreviata Ser.in: Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 3: 311. 1828; =Momordica charantia var. longirostrata Cogn.in: Monographiae Phanerogamarum 3: 438. 1881; =Momordica chinensis Spreng.in: Arboretum Amazonicum 18: 14, f. 4. 18??; =Momordica elegans Salisb.in: Prodromus stirpium in horto ad Chapel Allerton vigentium 158. 1796; =Momordica indica L.in: Herbarium Amboinenese 24. 1754; =Momordica muricata Willd in: Species Plantarum. Editio quarta 4: 602. 1805; =Momordica operculata Vell. in: Florae Fluminensis 10. 1827; =Momordica sinensis Spreng. in: Arboretum Amazonicum 18: 14. 18??; =Sicyos fauriei H. Lév. in: Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 10(243– 247): 150. 1911. (5 Dec 1911).

Trepadeiras ramificadas, caule delgado, pubescente a glabro, folhas profundamente 3-5 (-7) lobadas, 4-11 cm compr., ligeiramente denteadas, pecíolos 1,5-4 cm compr. Flores estaminadas solitárias, axilares, dispostas em pedúnculos pubescentes 4,5-8,5 cm compr., sépalas ovaladas 4 mm compr., corola 7-10 mm compr., anteras conatas. Flores pistiladas em pedúnculo 86 menores que as flores estaminadas, perianto semelhante ao das flores estaminadas com sépalas menores, ovário fusiforme e tuberculado, estigmas 3, bilobados. Fruto fusiforme, carnoso, deiscente quando maduro em 3 valvas, com sementes vermelhas aderidas à parede do pericarpo. Sementes oblongas, 8-10 x 4-6 mm.

Nomes populares: melão-de-são-caetano, erva-das-lavadeiras, erva-de-lavadeira, erva- de-são-caetano, erva-de-são-vicente, fruto-de-cobra, fruto-de-negro, melão-de-são-vicente, melãozinho, fruta-de-sabiá.

Material examinado: DISTRITO FEDERAL: Sobradinho, 15o42’ S, 47o52’ O, 22 Jun 1993 (fr. e fls. pis.), Taxonomy Class of Universidade de Brasília (UB s. n.); Gallery forest and adjacent cerrado, ca. 30 km NE of Brasília, DF. Elevation 950 m, 15 Mai 1966 (fr.), H. S. Irwin et al. (UB s. n.); Coletas no Parque Olhos D’Água, 26 Set. 1996 (fls. est.), A. Pires et al. 6 (CEN 57042);

87

Figura 28: Espécies cultivas e subespontâneas localizadas no Distrito Federal. A - Luffa cylindrica (L.) (http://www.tajagroproducts.com/Sponge%20gourd.html); B - Cucumis dipsaceus Erenberg ex Spach (http://www.plantarium.ru/page/image/id/124465.html); C - Momordica charantia L. (http://www.phytoitalia.it/piante.php?id=8) e D - Lagenaria siceraria (Molina) Standl. (http://www.kuerbis.net/lagenaria/)

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VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho compreendeu o estudo das espécies da família Cucurbitaceae Juss. como contribuição com o projeto institucional “Flora do Distrito Federal, Brasil”, desenvolvido pelo Cenargen/EMBRAPA-DF. O referido estudo reconheceu 7 gêneros, 14 espécies nativas e 05 gêneros e espécies cultivadas e subespontâneas encontradas, até o momento, para o Distrito Federal. Neste estudo são apresentadas descrições morfológicas, chaves dicotômicas com vistas à identificação dos taxa estudados além de informações importantes para a distinção de espécies do gênero, como hábito, características dos frutos e sementes, assim como ilustrações e comentários sobre alguns nomes vulgares, distribuição geográfica, etimologia e usos das mesmas. Também são apresentadas 3 novas sinonimizações para Melothria campestris (Naudin) H. Schaef. & S. S. Renner e sempre que possível foi realizado a tipificação dos taxa nativos mencionados. Nenhuma das espécies encontradas pertence à Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. No presente trabalho foi aceita a classificação de Schaefer & Renner (2011) e foram analisadas as divisões infragenéricas já apresentadas (Cogniaux, 1881; Jeffrey 1971 e outros), constatando-se que todas não são válidas. Estudos mais amplos, envolvendo todas as espécies dos gêneros e um número representativo de amostras de todas as áreas de distribuição das Cucurbitaceae, no Distrito Federal e da região Centro-Oeste serão necessários para estabelecer um eficiente e completo estudo de todos os taxa do grupo, ocorrentes na região. No Distrito Federal ainda se faz necessário a realização de mais coletas de material botânico da família Cucurbitaceae, uma vez que a maioria das exsicatas depositadas nos herbários é antiga e também foi observada a grande carência de flores pistiladas preservadas. Também é válido considerar que alguns dos materiais examinados são provenientes de plantas relacionadas a áreas urbanas que, em virtude do próprio crescimento e expansão da cidade de Brasília, infelizmente não puderam ser devidamente localizadas. Acredita-se também, que em coletas posteriores, novos taxa sejam descobertos ampliando assim as informações apresentadas neste estudo. Em relação a coletas de material botânico no campo, isto é, nas áreas com vegetação preservada, notou-se a dificuldade em coletar material fértil, ou seja, com flores de ambos os sexos e, também, frutos. Isso se deve, talvez, a um ciclo reprodutivo rápido ocasionado pelas condições específicas de sazonalidade climática do bioma Cerrado. A fim de se ilustrar tais fatos foi realizada, de forma paralela a este trabalho, uma discreta e superficial observação dos 89 períodos de floração e frutificação de alguns gêneros, tendo como referência a análise do material examinado, conforme pode-se observar no gráfico abaixo:

Gráfico 1 – Análise dos meses de floração e frutificação das espécies do gênero Cayaponia Silva Manso no Distrito Federal, Brasil.

20

18

16

14

12

10 Cayaponia Flores

8 Cayaponia Frutos

6

4

2

0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Foi escolhido o gênero Cayaponia Silva Manso para tal análise devido à abundância de material depositado nos herbários e pôde-se constatar que a presença de flores de ambos os sexos observadas nas exsicatas está relacionada com a ocorrência das chuvas, onde o pico de floração ocorre durante o mês de novembro havendo uma queda depois deste período. O período observado para a frutificação tende a acompanhar o período de floração, mas com pico observado durante o mês de fevereiro havendo a queda nos meses seguintes, correspondendo ao fim do período chuvoso no bioma Cerrado. No mesmo gráfico nota-se a ausência de flores e frutos durante os meses de junho e julho, o que pode ser explicada por dois supostos fatores: que a biologia reprodutiva do grupo está diretamente relacionada ao período chuvoso ou o simples fato que coletas de material botânico não foram realizadas durante estes meses devido às dificuldades naturais impostas pelo clima no Distrito Federal, afinal nesta época são registrados baixos índices de umidade relativa do ar e alta insolação, o que dificulta o trabalho dos coletores botânicos. Ainda neste trabalho, no caso das espécies cultivadas e subespontâneas, o tratamento taxonômico dos gêneros e a confecção de pranchas ilustrativas foram evitados devido ao fato de que as espécies relacionadas aos mencionados gêneros são escassos e incompletos nas coleções 90 dos herbários consultados, além de que o artigo que será encaminhado posteriormente os referidos taxa serão apenas citados, conforme as normas de publicação do Projeto Institucional da Embrapa – Flora do Distrito Federal; sendo assim o tratamento taxonômico completo foi priorizado para as espécies nativas. Acredita-se que este estudo represente uma contribuição significativa para o conhecimento das espécies brasileiras da família Cucurbitaceae Juss. e também possa auxiliar e estimular futuros estudos de florística, filogenia, fitoquímica e palinológicos, dentre outros.

91

VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO 1 Lista de exsicatas:

Allem, A.: 313 (C. espelina); 816 (M. campestris);

Alvarenga, D.: 918 (G. spinulosa);

Alvarenga, D. et al.: 921 (G. spinulosa);

Alvarenga, D. & Lopes, E. C.:598 (C. espelina); 624 (S. polyacanthus);

Alvarenga, D. & Oliveira, F. C. A.: 382 (C.tayuya);

Amaral, A. G. & Miranda, S.: 1305 (C. weddellii); 1076 (C. weddellii);

Azevedo, I. N. C. et al.: 359 (C. espelina);

Azevedo, M. L. M. & Lopes, R. D.: 808 (C. weddellii);

Brito, D. S. et al.: 222 (C. weddellii);

Carvalho, F. J.: 173 (P. ternata);

Carvalho, F. J. & Moreira, H. J. C.: 228 (M. campestris);

Cesar, H. L.: 137 (C. weddellii);

César, R.: 117 (M. cucumis);

Chacon, R. G. et al.: 254 (C. espelina); 196 (G. spinulosa);

Cobra, L.: (C. espelina);

Coradin, L.: 2401 (C. weddellii);

Costa, M. A. C. et al.: 102 (G. spinulosa);

Dias, A. C. E. et al.: 36 (C. weddellii);

Dias, E. B. A. et al.: 247 (C. espelina); 702 (W. hibiscoides);

Fank-de-Carvalho, S. M. et al.: 27 (C. espelina); 77 (C. espelina);

Ferreira, M. B.: 768 (C. espelina); 937 (C. espelina); 1406 (C. espelina); 915-A (C. espelina); 995 (C. espelina);

Filgueiras, T. S.: 1268 (M pendula);

Fonseca, M. L. & Alvarenga, D.: 2248 (C. espelina); 3991(C. espelina); 3802 (C. espelina); 3902 (C. espelina); 3911 (C. espelina); 4810 (C. weddellii); 4631 (C. weddellii); 2247 (M. campestris); 3705 (M. pendula); 98

Fonseca, M. L. et al.: 2252 (M. cucumis); 3705 (M. pendula);

Gomes-Klein, V. L. et al.: 2720 (C. weddellii); 2708 (C. weddellii); 2725 (C. weddellii); 2707 (C. weddellii); 3201 (G. spinulosa); 2728 (M. campestris); 2739 (M. campestris); 2602 (M. campestris); 2727 (M. campestris); 7833 (M. cucumis); 3202 (M. smilacifolius); 3203 (M. smilacifolius);

Gomes-Klein, V. L. & Marquete, R.: 2602 (M. campestris);

Guarino, E. S. & Pereira, J. B.: 660 (C. espelina); 401 (G. spinulosa);

Hatschbach, G.: 1994 (C.espelina);

Heringer, E. P. et al.: 6054 (C. espelina); 7140 (C.tayuya); 6740 (C. tayuya); 450 (C. weddellii); 388(C. weddellii); 6394 (C. weddellii); 3558 (C. weddellii); 6079 (C. weddellii); 4033 (C. weddellii); 2571 (G. spinulosa); 1213 (M. pendula); 5960 (P. ternata); 5817 (P. ternata); 2840 (P. ternata); 5593 (P. ternata); 2829 (W. hibiscoides); 1544 (L. cylindrica); 6606 (L. cylindrica);

Heringer, E. P.: 17968 (C. espelina); 17977 (C. espelina); 12979 (G. spinulosa); 13272 (S. polyacanthus); 15933 (S. polyacanthus);

Irwin, H. S. et al.: 8273 (C. espelina); 9675 (C. espelina);

Kirkbride, M. C. G.: 1121 (C. espelina); 1143 (C. tayuya); 1214 (C. weddellii);

Kuhlmann, M. & Zanatta, M. R. V.: 31 (C. espelina);

Marquete, R. & Mendonça, R. C.: 2823 (C. espelina);

Martins, R. C. et al.: 785 (C. espelina), 786 (C. espelina);

Mendonça, R. C. et al.: 5921 (M. cucumis);

Morbeck, A. E.: 24 (C. espelina);

Nóbrega, M. G.: 970-B (G. spinulosa); 970 (G. spinulosa); 303 (M. campestris); 763 (M. smilacifolius); 358 (M. smilacifolius);

Nóbrega, M. G. & Oliveira, M.: 698-A (C. espelina);

Nogueira, L. C. & Mendes, V. C.: 6 (G. spinulosa);

Nogueira, P. E.: 764 (M. pendula);

Oliveira, J. S. et al.: 74 (C. espelina);

Pabst et al.: 8741 (M. campestris);

Paiva, V. F.: 7 (C. espelina);

Parada, M. M.: 4 (C. espelina); 99

Passos, F. B. et al.: 220 (C. weddellii);

Pastore, J. F. B. et al.: 248 (C. espelina);

Paula-Souza, J. et al.: 4247 (M. campestris);

Pereira, B. A. S.: 791 (C. espelina); 352 (G. spinulosa);123 (M. pendula); 519 (C. maxima);

Pires, A.: 6 (M. charantia);

Pires, A. & Calago, K.: 219 (M. campestris);

Proença, C.: 706 (C. espelina);

Proença, C. et al.: 3589 (C. tayuya);

Ramalho, C. L. et al.: 154 (G. spinulosa); 144 (P. ternata); 153 (P. ternata); 146 (P. ternata); 120 (P. ternata);

Ramalho, C. L. & Miranda, J. G.: 169 (C. espelina);

Ramos, A. E.: 314 (C. espelina);

Ramos, A. E. et al.: 1369 (C. tayuya);

Ratter, J. A. & Fonseca, S. G.: 2965 (C. weddellii);

Reis, G.: 11 (W. hibiscoides);

Rezende, J. M.: 423 (C. tayuya;, 364 (M. campestris); 493 (M. pendula);

Rizzo, J. A. & Barbosa, A.: 4774 (M. cucumis); 3776 (M. cucumis); 1880 (M. cucumis); 290 (M. cucumis); 493 (M. pendula);

Rodrigues, A. S. et al.: 161 (C. espelina);

Roveratti, J. et al.: 592 (C. espelina); 819 (C. weddellii);

Salles, A. J. E. H.: 344 (C. espelina);

Santos, A. A.: 1004 (P. umbrosa); 1950 (C. dipsaceus);

Santos, A. A. et al.: 1886 (P. ternata);

Santos, P. H. R.: 1 (Lagenaria siceraria); 2 (Lagenaria siceraria);

Silva, G. P.: 1998 (C. espelina); 1988 (C. espelina); 2310 (C. espelina); 2131 (M. campestris);

Silva, G. P. & Abdala, G.: 4238 (C. weddellii);

Silva, J. C. S.: 801 (C. espelina);

Silva, J. S.: 343 (C. weddellii); 100

Silva, M. A.: 489 (C. espelina); 2592 (C. espelina); 4677 (C. espelina); 2465 (C. espelina); 430 (C. espelina); 4819 (C. espelina); 5528 (C. espelina); 5646 (C. espelina); 5416 (C. espelina); 5428 (C. espelina); 4945 (C. weddellii); 2532 (C. weddellii); 666 (C. weddellii); 2476 (C. weddellii); 2489 (M. campestris); 1918 (M. campestris); 2489 (M. campestris); 4342 (M. cucumis);

Silva, M. A. et al.: 2832 (C. espelina); 5469 (M. campestris); 4586 (P. umbrosa);

Silva, M. A. & Lopes, C.: 906 (C. espelina); 926 (M. campestris);

Silva, M. A. & Santana, O. A.: 6079 (C. weddellii); 6080 (M. campestris);

Silva, Q. J.: 70 (C. espelina);

Teles, A. M. et. al: 125 (C. tayuya);

Turma de estagiários do Colégio Agrícola de Brasília: 10 (W. hibiscoides);

Vieira, R. F.: 93 (P. ternata);

Vieira, R. F. & Pereira, J. B.: 1280 (P. ternata); 1281 (P. ternata);

Vilela et al.: 108 (M. cucumis);

Walter, B. M. T.: 2237 (G. spinulosa);

Walter, B. M. T. et al.: 4835 (W. hibiscoides);

Walter, B. M. T. & Simon, M. F.: 6022 (M. pendula);

Zuani, L. V.: 23 (C. espelina).