PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) PROPOSTA DE PLANO REGULAMENTO

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar –

junho 2013

REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

Alteração ao Regulamento do Plano de Urbanização do Alto de Lumiar, ratificado pela Resolução n.º 126/98, publicada no Diário da República, n.º 248, 1ª Série-B, de 27 de Outubro de 1998

Artigo 1º

São alterados os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 9.º, 10.º, 19.º, 21.º, 22.º, 23.º, 25.º, 26.º, 27.º, 28.º, 29.º, 30.º, 32.º, 42.º, 44.º, 51.º, 61.º, 62.º e 63.º do Regulamento do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, e passam a ter a seguinte redação:

«1 - Disposições Gerais

Artigo 1.º

Objeto, âmbito e vinculação

1 - O Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, adiante designado por PUAL ou por Plano, elaborado ao abrigo do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) em vigor, integra parte da área abrangida pela UOPG 1 – Coroa Norte da 1ª Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, adiante designado por PDML.

2 - O PUAL é um instrumento de planeamento territorial, que estabelece a política de ordenamento do território e de urbanismo, a estrutura, o regime de uso do solo e os critérios de transformação do território.

3 - O PUAL prevalece sobre a 1ª Revisão do PDML, na respetiva área de intervenção, em relação às matérias que ambos regulamentam, e revogando:

a) Nas Áreas Edificáveis (AE) das UOPG 1 a 4 assinaladas na Planta de Zonamento do PUAL, as normas específicas do presente regulamento prevalecem sobre as determinações:

i. do n.º 4 do artigo 46º (loteamentos nos espaços consolidados centrais e residenciais); ii. do n.º 2 do artº 58º (nos espaços a consolidar); iii. do n.º 3, 4 e 5 do artigo 59º, do n.º 1 do artigo 60º e alíneas e), f) e g) do n.º 3, e o n.º 5 do mesmo artigo (nos espaços centrais e residenciais a consolidar); iv. do n.º 1, e das alíneas a) e b) do n.º 3 e n.º 4 do artigo 62º, e do artigo 44º, por remissão daquele (nos espaços de atividades económicas a consolidar); v. dos artigos 88º e 89º (cedências e compensações);

b) Na área da Quinta da Musgueira assinalada na Planta de Zonamento do PUAL, as normas específicas do presente regulamento prevalecem sobre as determinações:

i. do artigo 64º (espaços verdes de recreio e produção a consolidar)

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c) O PUAL tem a natureza de regulamento administrativo e as suas disposições vinculam as entidades públicas e ainda, direta e imediatamente, os particulares.

4 - Nos casos em que nas UOPG se verifique existirem outras áreas que não correspondam a Áreas Edificáveis (AE), e caso o PUAL não contenha regulamentação expressa para as mesmas, têm aplicação as disposições da 1ª Revisão do PDML.

5 - O PUAL tem a natureza de regulamento administrativo e as suas disposições vinculam as entidades públicas e ainda, directa e imediatamente, os particulares.

Artigo 2.º

[…]

1 - A área de intervenção do plano é delimitada:

a) a norte, pelo limite do Concelho de Lisboa; b) a nascente, pela nova vedação do Aeroporto de Lisboa; c) a sul, pela 2ª Circular e o limite do Nó de Calvanas; d) a poente, pelos eixos da Alameda das Linhas de Torres, do Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul e rotunda Norte.

2 - (Revogado.) 3 - (Revogado.)

Artigo 3.º

Elementos do Plano

1 - O Plano é constituído pelos seguintes elementos:

a) Regulamento e Anexos I a IV, que dele fazem parte integrante:

i. Anexo I – Quadro de usos do solo e edificabilidade nas UOPG; ii. Anexo II – Quadro de coordenadas das alturas máximas edificáveis; iii. Anexo III – Parâmetros de dimensionamento do estacionamento de uso privativo para instalações de Micro-logística, logística ou indústria compatível (Zona D); iv. Anexo IV – Parâmetros de dimensionamento do estacionamento de uso público (Zona D); v. Anexo V – Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico - Listagem e Fichas Patrimoniais.

b) Planta de Zonamento, desagregada nas seguintes plantas:

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i. Planta de Zonamento – Qualificação do Espaço Urbano - Esc. 1/ 5 000; ii. Planta de Zonamento – Unidades Operativas de Planeamento e Gestão – Esc. 1/ 10 000;

c) Planta de Condicionantes, desagregada nas seguintes plantas:

i. Planta de Condicionantes - Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública - 1/ 5 000; ii. Planta de Condicionantes – Alturas Máximas –1/ 5 000.

2 - O Plano é acompanhado pelos seguintes elementos:

a) Relatório; b) Plano de Execução e de Financiamento; c) Participações recebidas em sede de discussão pública e respetivo relatório de ponderação; d) Documento síntese da fase de concertação da alteração do plano; e) Plantas do PUAL de 1997 – Esc. 1/10 000; f) Extratos das Plantas de Ordenamento e de Condicionantes da 1ª Revisão do PDML – Esc. 1/10 000; g) Planta de Enquadramento – Esc. 1/10 000; h) Planta de Situação Existente – Esc. 1/5 000; i) Planta da Estrutura Ecológica – Esc. 1/5 000; j) Planta de Hierarquia da Rede Rodoviária – Esc. 1/10 000; k) Planta da Rede de Mobilidade Suave – Estruturante – Esc. 1/5 000; l) Planta da Rede de Mobilidade Suave – Elementos – Esc. 1/5 000; m) Planta de Equipamentos – Geral – Esc. 1/10 000; n) Planta de Equipamentos - Ensino - Esc. 1/10 000; o) Planta de Equipamentos - Saúde - Esc. 1/10 000; p) Planta de Equipamentos - Desporto - Esc. 1/10 000; q) Planta de Equipamentos - Ação Social e Cultural - Esc. 1/10 000; r) Planta de Equipamentos de Recreio – Situação Existente - Esc. 1/10 000; s) Planta de Equipamentos de Recreio – Proposta - Esc. 1/10 000; t) Planta de Equipamentos - Outros Equipamentos - Esc. 1/10 000; u) Planta de Compromissos Urbanísticos – Esc. 1/10 000; v) Mapa de Situação de Referência (Indicador: Lden) – Esc. 1/5 000; w) Mapa de Situação de Referência (Indicador: Ln) – Esc. 1/5 000; x) Mapa de Situação de Futuro (Indicador: Lden) – Esc. 1/5 000; y) Mapa de Situação de Futuro (Indicador: Ln) – Esc. 1/5 000; z) Mapa de Conflito de Situação de Futuro (Indicador: Lden) – Esc. 1/5 000; aa) Mapa de Conflito de Situação de Futuro (Indicador: Ln) – Esc. 1/5 000; bb) Mapa de Situação de Futuro com Implementação das Medidas de Minimização (Indicador: Lden) – Esc. 1/5 000;

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cc) Mapa da Situação de Futuro com Implementação das Medidas de Minimização (Indicador: Ln) – Esc. 1/5 000; dd) Mapa de Conflito Situação de Futuro com Implementação das Medidas de Minimização (Indicador: Lden) – Esc. 1/5 000; ee) Mapa de Conflito Situação de Futuro com Implementação das Medidas de Minimização (Indicador: Ln) – Esc. 1/5 000; ff) Planta de Cadastro – Esc. 1/5 000; gg) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede Rodoviária - Esc. 1/5 000; hh) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Abastecimento de Água - Esc. 1/5 000; ii) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Saneamento Básico – Esgotos Pluviais - Esc. 1/5 000; jj) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Saneamento Básico – Esgotos Residuais - Esc. 1/5 000; kk) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Energia Elétrica – Média Tensão e Postos de Transformação - Esc. 1/5 000; ll) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Energia Elétrica – Iluminação Pública - Esc. 1/5 000; mm) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Telecomunicações e Dados - Esc. 1/5 000; nn) Planta de Infraestruturas Gerais – Rede de Abastecimento de Gás - Esc. 1/5 000.

Artigo 4.º

Componentes do traçado urbanístico

……………………………………………………………………………………………………………………….

Artigo 5.º

[…]

A rede viária organiza-se com base na directriz do tramo intermédio do eixo central, conforme consta na planta de zonamento.

Artigo 6.º

[…]

1 - …………………………………………………………………………………………………………………..

a) O Parque Sul, sobre a Quinta das Calvanas; b) …………………………………………………………………………………………………………….. c) ……………………………………………………………………………………………………………..

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2 - (Revogado.) 3 - ………………………………………………………………………………………………………………….. 4 - É permitida a instalação de equipamento complementar nos parques, observando o que prescreve o n.º 1 do artigo 50.º da 1ª Revisão do PDML quanto a equipamentos e infraestruturas de apoio ao recreio e lazer para os espaços verdes de recreio e produção.

Artigo 7.º

[…]

1 - Os equipamentos de uso e interesse colectivo localizam-se nas áreas de uso especial de equipamentos, assinaladas na planta de zonamento.

2 - Na restante área do plano podem ainda prever-se áreas afectas a equipamentos de uso e interesse colectivo no âmbito de Instrumento de Gestão Territorial, adiante designado por IGT ou de realização de operação urbanística.

3 - (Anterior n.º 2.)

4 - No decurso da execução do PUAL, compete à entidade gestora avaliar e definir o programa de equipamentos, a sua localização, a tipologia, as respetivas áreas de terreno e de construção e as prioridades de execução.

5 - As áreas de construção dos equipamentos de uso e interesse coletivos não se encontram incluídas nos valores de máxima superfície de pavimento estabelecidas para as UOPG, nos termos do quadro que constitui o Anexo I ao presente regulamento.

6 - Na área de uso especial de equipamentos a consolidar adjacente ao Parque Sul, o índice de permeabilidade não pode ser inferior a 50%.

Artigo 9.º

Unidades operativas de planeamento e gestão

1 - Na planta de zonamento delimitaram-se UOPG em função das características urbanísticas propostas.

2 - As UOPG destinam-se a programar a execução do plano e a realização de operações urbanísticas, abrangendo as áreas edificáveis e a parte do sistema viário que lhes serve de suporte.

3 - Definem-se 4 UOPG:

a) A UOPG 1, que compreende as áreas já construídas junto do Parque das Conchas, a área especial junto do Parque Oeste, a área histórica da Estrada da Torre e áreas livres

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adjacentes ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, e a área consolidada do setor sul- poente do PUAL; b) A UOPG 2, que compreende a área singular localizada junto da primeira rotunda do eixo central e as áreas edificáveis apoiadas no lanço intermédio deste eixo; c) A UOPG 3, que corresponde à área organizada à volta do Montinho de São Gonçalo; d) A UOPG 4, que compreende a área singular Norte de transição e de limite, apoiada no último lanço do eixo central e adjacente ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, a área formada pelo núcleo histórico na Charneca e sua área envolvente e os espaços de atividades económicas a consolidar, adjacentes à Nova Av. Eng. Santos e Castro que constitui o limite nascente do plano.

Artigo 10.º

Áreas não abrangidas por UOPG

1 - Nas áreas não abrangidas por UOPG aplicam-se diretamente as regras estabelecidas na 1ª Revisão do PDML para a categoria do solo identificada na Planta de Zonamento do PUAL;

2 - Em caso de desativação do espaço consolidado de uso especial de infraestruturas assinalado na planta de zonamento e correspondente ao parque de manutenção e oficinas do Metro (PMO II), serão estabelecidas as condições de ocupação, uso e transformação deste espaço, mediante alteração, nomeadamente simplificada, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 19.º

Estrutura ecológica

1 - A estrutura ecológica tem como objetivo a valorização dos espaços de maior interesse e sensibilidade biofísica e a promoção nos mesmos de sistemas de lazer, recreio, proteção e produção, assegurando a defesa e valorização dos elementos patrimoniais e paisagísticos relevantes, sendo elemento definidor do desenho e gestão urbana, que deve aproveitar todas as oportunidades, permanentes ou temporárias, para a implementação de espaços permeáveis, produtivos e contínuos.

2 - A estrutura ecológica aplica-se aos espaços consolidados e a consolidar e é constituída pelas seguintes hierarquias e componentes:

a) Estrutura ecológica fundamental:

i. Sistema de corredores estruturantes.

b) Estrutura ecológica integrada:

i. Espaços verdes de recreio e produção;

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ii. Espaços verdes de enquadramento de infraestruturas viárias; iii. Espaços verdes de enquadramento de áreas edificadas; iv. Eixos arborizados.

3 - Os projetos de espaços exteriores devem obedecer aos seguintes critérios:

a) Definição programática compatível com a sua escala, usos e funções; b) Utilização de vegetação bem adaptada edafoclimaticamente, de preferência do elenco vegetal autóctone ou tradicional local e que privilegie a criação de espaços com valor de habitat para a maior complexidade e diversidade possível de espécies de fauna e flora potencialmente ocorrentes; c) Utilização de estratégias de diminuição de consumos de água de rega, nomeadamente, sempre que possível utilizando água de rega proveniente de abastecimentos alternativos ou complementares á rede potável de abastecimento público, tais como efluentes tratados de ETAR, água de infiltração ou de escoamento superficial, devidamente captada e/ou armazenada para esse efeito.

4 - Nos espaços de enquadramento de infraestruturas viárias deve ser assegurada a continuidade da estrutura ecológica, nomeadamente pela presença e reforço da arborização urbana, desempenhando ainda quando aplicável, as funções de estabilização de encostas, proteção contra a poluição e ruído, e potenciando a existência de biótopos naturalizados em meio urbano.

Artigo 21.º

[…]

1 - (Revogado.)

2 - …………………………………………………………………………………………………………………..

3 - Deverá ser respeitada ao máximo a vegetação existente, privilegiando-se a utilização das espécies da Sub região homogénea onde este Parque se insere, respeitando as determinações do diploma que estabelece o regime jurídico do plano de ordenamento florestal da área metropolitana de Lisboa, sem prejuízo de poderem ainda ser privilegiadas outras espécies de árvores florestais quando as características edafo-climáticas locais assim o justifique

4 - (Revogado.)

5 - O Parque terá um número suficiente de entradas por forma a garantir os percursos pedonais.

6 - …………………………………………………………………………………………………………………..

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Artigo 22.º

[…]

1 - …………………………………………………………………………………………………………………..

2 - …………………………………………………………………………………………………………………..

3 - …………………………………………………………………………………………………………………..

4 - …………………………………………………………………………………………………………………..

5 - O eixo pedonal, mencionado no artigo 25.º, entre a 1ª rotunda interior do eixo central e o Montinho de São Gonçalo, poderá contar com uma ponte ligeira para peões e bicicletas, que passe sobre vale ao longo da qual corre a cunha verde mencionada na alínea c) do n.º 1 do art. 6º do presente regulamento.

Artigo 23.º

Eixos arborizados

1 - Os eixos arborizados são sistemas lineares de árvores isoladas ou em caldeira contínua, que asseguram a continuidade da estrutura ecológica.

2 - A valorização dos existentes e implementação dos futuros eixos arborizados seguirá as melhores normas técnicas aplicáveis, nomeadamente em termos de qualidade e cubicagem de terra vegetal (mínimo de 1 m3 por árvore), rega localizada nos primeiros 3 anos de instalação e sempre que se mostre necessário, tutoragem periodicamente verificada e removida assim que desnecessária e respetivas podas.

3 - Os modos de mobilidade suave devem, sempre que possível, estar associados a eixos arborizados.

4 - O eixo central e as avenidas serão arborizados, devendo prever-se arborização nos restantes arruamentos sempre que possível.

Artigo 25.º

[…]

1 - …………………………………………………………………………………………………………………..

2 - Nos troços a executar do eixo pedonal devem ser adotadas as características dos troços já construídos, de forma a garantir a coerência e unidade de todo o percurso.

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8 — Usos do solo e máxima superfície de pavimento

Artigo 26.º

[…]

1 - A planta de zonamento representa a estrutura territorial e o regime de uso do solo, pelo qual se atribui um uso dominante a cada área de solo utilizável.

2 - …………………………………………………………………………………………………………………..

a) …………………………………………………………………………………………………………….. b) A atribuição de um uso dominante a cada área de solo utilizável, que integra as seguintes categorias operativas:

i. Espaços consolidados; ii. Espaços a consolidar.

Artigo 27.º

[…]

1 - A ocupação do solo nas áreas edificáveis deverá ser definida respeitando os parâmetros constantes nas respetivas UOPG.

2 – (Revogado.)

Artigo 28.º

Usos

1 - A qualificação funcional do solo, na área abrangida pelo plano e em função da sua utilização dominante, processa-se segundo as seguintes categorias:

a) Espaços centrais e residenciais; b) Espaços de atividades económicas; c) Espaços de uso especial de equipamentos; d) Espaços de uso especial de infraestruturas; e) Espaços verdes.

2 - Os usos admitidos nas categorias previstas no número anterior são os estabelecidos no Regulamento da 1ª Revisão do PDML, com exceção do espaço verde de recreio e produção a consolidar da Quinta da Musgueira identificado na Planta de Zonamento do PUAL, em que para efeitos deste plano, se consideram também compatíveis o uso habitacional e terciário. 9 Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

3 - (Revogado.)

4 - (Revogado.)

5 - (Revogado.)

6 - (Revogado.)

7 - (Revogado.)

8 - (Revogado.)

9 - (Revogado.)

Artigo 29.º

Máxima superfície de pavimento

1 - A máxima superfície de pavimentos constante do quadro que constitui o Anexo I ao presente regulamento refere-se a edificação nova e já construída, com exceção da estabelecida na UOPG 4 cuja edificação existente não se prevê manter, podendo vir a ser objeto de demolição parcial ou total.

2 - Tais quantidades são limites máximos, servindo como referência para a elaboração de IGT, de execução do plano ou de realização de operação urbanística, salvo o disposto no número seguinte.

3 - Admite-se a transferência de superfície de pavimento entre UOPG, desde que, expressamente aprovada, com base em relatório de monitorização e sem prejuízo do cumprimento da máxima superfície de pavimento do plano para o total das quatro UOPG, sendo interdita a transferência de superfície de pavimento acima da percentagem máxima estabelecida para cada uso, conforme Quadro de Usos do Solo e Edificabilidade nas UOPG (Anexo I).

4 - A superfície de pavimento de cada área edificável será aquela que resultar, da máxima implantação dos edifícios, da altura máxima da fachada, das cotas máximas definidas pela servidão aeronáutica e das áreas de terrenos para equipamentos, espaços verdes e de utilização coletiva, rede viária e estacionamento no interior das áreas edificáveis.

Artigo 30.º

Cotas máximas

1 - Na planta de condicionantes estão indicadas as cotas máximas que poderão atingir os edifícios e outros elementos nos pontos aí considerados em função das limitações impostas por servidões aeronáuticas. Estas cotas servirão para estabelecer o número máximo de pisos em cada uma das áreas edificáveis.

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2 - Entende-se por outros elementos, para efeitos de respeito das cotas máximas, os candeeiros de iluminação pública, sinalização vertical, elementos da construção tais como chaminés, para-raios, antenas, e equivalentes;

3 - Admite-se que mediante uma alteração de circunstâncias que justificadamente e a título excecional, venha a possibilitar em alguns edifícios, superar as referidas cotas máximas, sem ultrapassar as edificabilidades máximas, caso em que se submeterá tal alteração a parecer das entidades aeronáuticas, o qual, sendo favorável, permitirá a sua inclusão em IGT ou de execução do plano.

9 — Critérios para organização da edificação no interior das UOPG

Artigo 32.º

Critérios por UOPG

Os objetivos e conteúdos programáticos para cada uma das UOPG são os seguintes:

UOPG 1

1 - Para a área especial junto do Parque Oeste, devem ser observados os seguintes critérios:

a) A edificação poderá organizar-se em edifícios isolados do tipo torre, com a altura que se julgar justificada em cada caso, mas dentro dos limites estabelecidos pelas servidões aeronáuticas; b) Garantir a permeabilidade, ao menos visual, entre as novas edificações a construir na margem com frente para o parque oeste.

2 - Para a área do núcleo histórico da Estrada da Torre e áreas livres adjacentes a norte estabelecem-se os seguintes critérios:

a) Preservar o bairro histórico e ordenar as suas áreas ainda disponíveis; b) A delimitação poente desta área e o seu ordenamento interno sujeitar-se-ão à solução da confluência da Avenida Padre Cruz com o Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul. As características do nó poderão obrigar à demolição de parte das edificações existentes; c) Nas áreas adjacentes ao lado norte da nova via paralela à Estrada da Torre a organização da edificação será livre;

UOPG 2

1 - Nas áreas adjacentes ao lanço intermédio do eixo central, devem ser observados os seguintes critérios:

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a) Os IGT e as operações urbanísticas das áreas edificáveis, podem prever a abertura de vias complementares no interior da área edificável; b) Ao longo das vias paralelas ou perpendiculares ao eixo central ou que forem definidas nos IGT e nas operações urbanísticas, a edificação poderá recuar até 5m do alinhamento da área edificável. c) A edificação dispor-se-á ao longo do perímetro exterior do quarteirão, deixando livre o espaço interior, e com as fachadas principais paralelas às ruas correspondentes; d) Nos IGT e operações urbanísticas a desenvolver para as áreas edificáveis devem ser respeitadas as condições estabelecidas no projeto do eixo central, nomeadamente, nos edifícios confinantes com o eixo, garantir uma galeria pedonal com 5m de largura, promover os atravessamentos pedonais transversais ao eixo e respeitar o sistema de pavimentação e de iluminação pública definidos para as zonas de arcada e pórticos dos edifícios em questão.

2 - Na área singular AE5, localizada junto da primeira rotunda do eixo central, devem ser observados os seguintes critérios:

a) Há completa liberdade de projeto das edificações nesta área, designada para fins predominantemente terciários, carecendo sempre de um projeto integrado do conjunto; b) No mencionado projeto dar-se-á uma especial importância à condição de marco emblemático e de referência ao edifício que se situar com a frente virada para a rotunda no percurso do eixo central no sentido norte-sul; c) Poder-se-ão dispor edifícios sobrepostos, misturados e destinados a diferentes modalidades dentro dos usos admitidos; d) Os edifícios habitacionais situar-se-ão na frente sul do triângulo, com vistas para o Parque das Conchas e dos Lilases; e) A habitação poderá dispor-se nos andares superiores, reservando os primeiros pisos para terciário ou outros usos compatíveis.

3 - Na área da Quinta da Musgueira, importa preservar o conjunto arquitetónico, os elementos decorativos, o património vegetal e paisagístico existentes, estabelecendo-se para tal, as seguintes condições:

a) A edificabilidade máxima de 14.700m 2, não incluindo os edifícios preexistentes; b) Admite-se o licenciamento das obras de restauro, reabilitação, alteração ou ampliação nos edifícios preexistentes da Quinta, que se mostrem necessárias à consolidação do conjunto arquitetónico e com observância das normas do ponto 5 do presente Regulamento aplicáveis aos imóveis da CMPEP e no caso, ao imóvel n.º 18.18. c) A área da Quinta delimitada na planta de zonamento poderá sofrer alteração dos seus limites físicos, pontualmente, sempre que tal se mostre imprescindível à preservação dos elementos que integram o conjunto arquitetónico preexistente e referido na alínea b) deste número.

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UOPG 3

1 - Na área organizada à volta do Montinho de São Gonçalo, devem ser observados os seguintes critérios:

a) Tratando-se de uma área muito condicionada pela topografia e organizada à volta do Montinho, a disposição da edificação deverá reconhecer essa condição, apoiando-se, nomeadamente, no solo natural; b) Na disposição da edificação dar-se-á especial atenção às vistas tanto desde o interior das casas de habitação como desde outros pontos do Montinho de São Gonçalo.

2 - Na área verde de recreio e produção a consolidar, adjacente ao Eixo Pedonal, é admitida a instalação de equipamento complementar, designadamente, equipamentos coletivos e infraestruturas de apoio ao recreio e lazer, incluindo estabelecimento de restauração e bebidas.

UOPG 4

1 - Na área singular Norte de transição e de limite, apoiada no último lanço do eixo central e adjacente ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, que abrange as áreas edificáveis 27.2, 27.3, 28 e 29, devem ser observados os seguintes critérios:

a) O limite norte deverá ajustar-se ao traçado e características do Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, bem como ao nó da porta norte; b) A organização da edificação é livre, mas sempre ajustando-se à sua condição de área de transição e de limite, apoiada no último lanço do eixo central e adjacente ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul.

2 - Na área formada pelo Núcleo Antigo da Charneca e sua área envolvente, preservar-se-ão os elementos de valor arquitetónico e urbanístico do referido núcleo, a saber, o carácter dos espaços livres (Largo dos Defensores da República e Campo das Amoreiras) e os imóveis que formam frente para esses espaços nos termos do disposto no artigo 25º-C presente Regulamento.

3 - Nas áreas de espaços de atividades económicas a consolidar, adjacentes à Nova Av. Eng. Santos e Castro, devem ser observados os seguintes critérios:

a) A disposição e as características da edificação são livres, adaptando-se à função à qual se destinam; b) A área poder-se-á organizar no seu interior com um só acesso que facilite o controlo de entradas e saídas ou poderá estabelecer um maior número de ligações viárias com a malha reticular; c) No âmbito das operações urbanísticas a promover nesta área, devem ser resolvidos os acessos rodoviários ao nó da Nova Av. Eng. Santos e Castro com , assim como, ao núcleo histórico da Charneca; 13 Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

d) Nas respetivas áreas edificáveis deve-se garantir uma faixa verde de proteção à Nova Av. Eng. Santos e Castro; e) Os limites dessas áreas edificáveis devem ajustar-se ao limite das infraestruturas confinantes por meio de uma vedação construída;

4 - Em qualquer circunstância de execução do plano nesta UOPG, é condicionante obrigatória garantir a relação da envolvente com o núcleo histórico da Charneca.

10 - Execução do plano

Artigo 42.º

Instrumentos de execução

1 - A execução do plano processa-se de acordo com o disposto no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial e Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, e demais legislação aplicável, não sendo obrigatória a delimitação de unidade de execução desde que o respetivo instrumento abranja uma ou mais áreas edificáveis.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, elaborar-se-ão projetos especiais das grandes vias e dos parques.

Artigo 44.º

Projetos especiais

1 - Os projetos especiais das grandes vias são os seguintes:

a) Rotunda da porta sul; b) Rotunda da porta norte; c) Eixo central.

2 - Os projetos deverão abranger a totalidade da via. Podem ser estabelecidas fases de execução para os diferentes lanços ou ligações.

3 - Os projetos especiais das vias envolventes e das respetivas infraestruturas de subsolo, quando existam, constituem condicionantes dos IGT e das operações urbanísticas.

4 - Os projetos especiais dos parques correspondem aos três grandes parques definidos no artigo 6º.

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Artigo 51.º

[…]

1 - A execução das obras de urbanização resultantes de IGT ou de realização de operações urbanísticas deverá contemplar soluções que permitam o funcionamento independente da respetiva área, ainda que não tenham sido executadas as obras de urbanização das áreas limítrofes.

2 - Nos projetos de execução de infraestruturas estas serão obrigatoriamente dimensionadas com função e capacidade suficientes para assegurar o serviço adequado das áreas cujo desenvolvimento venha a processar-se posteriormente.

11 - Disposições complementares

Artigo 61.º

Usos temporários em áreas expectantes

1 - Em áreas expectantes, destinadas a obras de urbanização ou edificação previstas na UOPG4 do Plano, podem ser admitidos de forma precária e temporária os usos de valorização ambiental e produção alimentar local, incrementando a reabilitação do potencial agrícola e paisagístico das antigas quintas ainda existentes na zona da Charneca. Nestes espaços podem ser incentivadas iniciativas de agricultura urbana com vista ao aumento da produção alimentar à escala local, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 50.º da 1ª Revisão do PDML.

2 - Não são admitidos outros usos temporários para além dos previstos no presente artigo, exceto os que justificadamente sejam objeto de avaliação quanto à sua adequação e apenas serão autorizados a título excecional e de forma precária;

3 - Em caso algum, as possibilidades admitidas nos números anteriores poderão comprometer os prazos de execução definidos para a UOPG 4.

Artigo 62.º

Vias e troços de ligação provisórios

1 - …………………………………………………………………………………………………………………..

2 - …………………………………………………………………………………………………………………..

3 - …………………………………………………………………………………………………………………..

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Artigo 63.º

[…]

O Plano entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação no Diário da República .»

Artigo 2º

São aditados ao Regulamento do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, os artigos 2.º-A, 8.º- A, 10.º-A, 10.º-B, 10.º-C, 10.º-D, 25.º-A, 25.º-B, 25.º-C, 25.º-D, 25.º-E, 25.º-F,25.º-G, 25.º-H, 25.º-I e 25.º-J , o título 12 com a seguinte redação:

Artigo 2.º-A

Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública

1 - Na área de intervenção do PUAL identificam-se as seguintes servidões administrativas e restrições de utilidade pública que se encontram assinaladas na Planta de condicionantes:

a) Área sujeita ao regime florestal (parcial); b) Domínio hídrico (Lacustre e Fluvial); c) Aeroporto de Lisboa; d) Servidão militar aeronáutica; e) Servidão militar terrestre; f) Marcos geodésicos; g) Zona de proteção de hospitais; h) Rede rodoviária nacional; i) Sistema de infraestruturas de abastecimento de água; j) Fitomonumentos; k) Imóveis classificados e em vias de classificação e respetivas zonas gerais e especiais de proteção;

2 - Nas áreas abrangidas por Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública, aplicam- se os respetivos regimes jurídicos em vigor, que prevalecem sobre o regime de uso do solo aplicável por força do presente plano.

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Artigo 8.º-A

Áreas Edificáveis

1 - As áreas edificáveis encontram-se identificadas na Planta de Zonamento;

2 - As áreas edificáveis integram as UOPG, para as quais são definidos os parâmetros urbanísticos e um programa de ocupação específico em função dos objetivos propostos.

3 - As áreas edificáveis assinaladas na planta de zonamento podem sofrer alterações dos seus limites físicos, ajustando-se à rede viária geral do plano ou aos limites cadastrais.

4 - A máxima superfície de pavimento e a sua distribuição pelos diversos usos em cada UOPG consta do quadro identificado como Anexo I ao presente Regulamento.

5 - Nas UOPG a área permeável a considerar será a que resultar das operações urbanísticas desenvolvidas para as áreas edificáveis, sempre sem prejuízo do cumprimento da máxima superfície de pavimento definida.

«2.A — Sistema de acessibilidades

Artigo 10.º-A

Hierarquia e características da rede rodoviária

1 - A rede rodoviária é ordenada e hierarquizada de acordo com as funções e características das vias definidas no Anexo VI do Regulamento da 1ª Revisão do PDML e compreende os seguintes níveis:

a) 1º nível – Rede de Distribuição Principal – assegura a distribuição dos maiores fluxos de tráfego internos ao concelho, bem como os percursos médios e o acesso à rede estruturante; b) 2º nível – Rede de Distribuição Secundária – é composta por vias internas e assegura a distribuição de proximidade, bem como o encaminhamento dos fluxos de tráfego para as vias de nível superior; c) 3º nível – Rede de Distribuição Local (rede de proximidade) – é composta pelas vias estruturantes ao nível do bairro, com alguma capacidade de escoamento, mas onde o peão tem maior importância; d) 4º nível – Rede de Acesso Local (rede de bairro) – garante o acesso rodoviário ao edificado, devendo reunir condições privilegiadas para a circulação pedonal.

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2 - A rede viária de Distribuição Principal, de Distribuição Secundária e de Distribuição Local são representadas na Planta de hierarquia da Rede Rodoviária, admitindo-se que os seus traçados e intersecções possam ser ajustados em sede de IGT ou de realização de operação urbanística.

Artigo 10.º-B

Estacionamento

1 - As zonas de estacionamento na área de intervenção do PUAL, encontram-se definidas na Planta de Zonamento e correspondem às zonas A, B e D a que se refere o artigo 74.º da 1ª Revisão do do PDML, nos termos das quais será feito o dimensionamento da oferta de estacionamento de acesso público e privado.

Artigo 10.º-C

Parâmetros de estacionamento de uso privativo

1 - Na realização de operações urbanísticas exige-se a observância de valores mínimos e máximos de áreas destinadas a estacionamento.

2 - Para o dimensionamento de estacionamento no interior da parcela ou lote, deve ser aplicado o disposto no artigo 75º da 1ª Revisão do PDML.

3 - Os valores dos parâmetros de dimensionamento de estacionamento são os constantes do Anexo X à 1ª Revisão do PDML, a que acrescem os parâmetros definidos na tabela constante do Anexo III do presente Regulamento.

Artigo 10.º-D

Parâmetros de estacionamento de uso público

1 - Nas operações de loteamento e nas obras de edificação com impacte relevante ou semelhante a uma operação de loteamento devem ser previstas, além dos lugares de estacionamento de uso privativo, as dotações de lugares de uso público indicadas no anexo IV ao presente regulamento do qual faz parte integrante.

2 - O número mínimo de lugares de estacionamento a assegurar na via pública, em cada operação de loteamento, corresponde ao maior dos valores que forem apurados, considerando as necessidades de estacionamento associadas ao uso habitacional, por um lado, e o somatório da oferta de estacionamento necessária aos outros usos, por outro lado, calculados de acordo com o definido no número anterior .

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3 - Em caso de impossibilidade de assegurar, para cada operação de loteamento, a totalidade da dotação de estacionamento na via pública, admite-se que os lugares em défice possam ser localizados nas áreas edificáveis adjacentes à área onde se localiza a operação de loteamento, até um máximo de 20% da dotação necessária.

4 - Para as operações de loteamento que integram as áreas edificáveis 9 e 10 admite-se que os lugares de estacionamento na via pública em défice possam ser localizados em áreas edificáveis que distem até 300 metros do local da operação de loteamento.

5 — Valores Culturais

Artigo 25.º-A

Estruturas consultivas

Para o exercício dos poderes não vinculados previstos no presente Regulamento, a Câmara Municipal deve recorrer ao parecer das estruturas consultivas, criadas ou a criar nos termos do disposto no Regulamento da 1ª Revisão do PDML, nomeadamente sobre intervenções em bens integrados na Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico.

Artigo 25.º-B

Bens da Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico

classificados e em vias de classificação

1 - Na área abrangida pelo plano localizam-se os seguintes bens imóveis classificados ou em vias de classificação pela tutela e pelo Município, bem como as respetivas zonas gerais e especiais de proteção, assinalados na planta de condicionantes e na planta de zonamento:

a) 3338 Quinta Alegre (Palácio, Jardins, Construções e Elementos Decorativos), Imóvel de Interesse Público; b) 74047 Igreja Paroquial de São Bartolomeu da Charneca, incluindo o Cemitério / Largo Defensores da República, Monumento de Interesse Público; c) CML20 (CMPEP 18.24 e 18.26A) - Edifício da Quinta dos Lilazes e Parque das Quintas das Conchas e Lilazes / Alameda das Linhas de Torres, 198-220 (Em vias de classificação – IIM); d) CML24 (CMPEP 18.26) - Casa da Quinta das Conchas / Alameda das Linhas de Torres, 154- 156 (Em vias de classificação - IIM).

2 - Qualquer intervenção ou obra, no interior ou no exterior dos imóveis referidos em 1 e nas respetivas zonas gerais e especiais de proteção está sujeita aos procedimentos e às restrições

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previstas no Regulamento da 1ª Revisão do PDML e decorrentes do regime legal em vigor aplicável ao património cultural.

Artigo 25.º-C

Outros bens da Carta Municipal do Património Arquitetónico e Paisagístico

1 - Os bens culturais não classificados, integrados na Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico (CMPEP) são assinalados na planta de zonamento. São ainda identificados e caracterizados, respetivamente, na listagem e no conjunto de fichas patrimoniais constantes no Anexo V ao presente Regulamento, do qual faz parte integrante.

2 - Aos bens culturais referidos no número anterior são atribuídos graus de importância relativa, indicados nas fichas patrimoniais respetivas segundo os seguintes critérios:

a) Grau I – Bens de Valor Patrimonial Elevado são aqueles cuja integridade se pretende preservar, dado o seu reconhecido valor cultural no contexto da história arquitetónica, urbanística e ambiental da cidade; b) Grau II – Bens de Valor Patrimonial Relevante são aqueles que se pretende preservar, dado o seu interesse arquitetónico, urbanístico e ambiental no contexto da cidade; c) Grau III - Bens de Valor Patrimonial de Referência são aqueles que contribuem positivamente para a unidade e identidade do lugar onde se inserem e cuja imagem e memória se pretende preservar.

Artigo 25.º-D

Normas de intervenção

1 - As operações urbanísticas relativas aos bens culturais identificados no número 1 do artigo 25.º-C, estão sujeitas às seguintes regras:

a) Genericamente, são permitidas obras de conservação, ampliação ou de alteração desde que se destinem à reposição da coerência arquitetónica, urbanística ou paisagística do bem cultural, ou a melhorar o seu desempenho estrutural e funcional; b) A alteração do uso é admitida quando não sejam comprometidas as características arquitetónicas, decorativas, construtivas ou paisagísticas dos bens culturais; c) Especificamente, as operações urbanísticas devem observar o disposto nas fichas patrimoniais referidas número 1 do artigo 25.º–C, designadamente no que respeita ao grau de importância relativa atribuído ao bem cultural em causa e à indicação, nelas constante, dos espaços e elementos arquitetónicos, decorativos e paisagísticos a preservar; d) As operações urbanísticas devem ser acompanhadas de justificação das propostas de intervenção e da identificação dos elementos a conservar ou a demolir, devendo ainda ser sujeitas a parecer da estrutura consultiva referida no artigo 25.º-A do presente Regulamento. 20 Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

2 - Apenas são admitidas obras de demolição total ou parcial, nas seguintes condições:

a) Em situações de ruína iminente, atestada por vistoria municipal; b) Quando o edifício não seja passível de recuperação e/ou reabilitação, em razão de incapacidade estrutural, atestada por vistoria municipal; c) Para valorização do imóvel ou do conjunto onde este se insere, através da supressão de partes sem valor arquitetónico e histórico, devendo observar-se o procedimento expresso na alínea d) do número anterior; d) Quando as demolições forem consideradas de relevante interesse urbanístico em plano de pormenor ou em unidade de execução.

3 - Nas situações em que, face ao disposto nos números anteriores, as operações urbanísticas em imóveis da Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico não permitam atingir a média das alturas das fachadas, são atribuídos ao respetivo proprietário créditos de construção nos termos do nº 2 do art. 28º do Regulamento da 1ª Revisão do PDML.

Artigo 25.º-E

Áreas de valor arqueológico

1 - As áreas de valor arqueológico existentes na área de intervenção do PUAL encontram-se delimitadas na planta de zonamento e correspondem ao Nível Arqueológico II e III.

2 - Todas as intervenções e operações urbanísticas a desenvolver nas áreas de valor arqueológico abrangidas pelo PUAL obedecem ao disposto na legislação sobre salvaguarda do património arqueológico.

3 - Na área de Nível Arqueológico II abrangida pelo PUAL, deve privilegiar-se uma metodologia de intervenção arqueológica prévia onde os projetos de operações urbanísticas que impliquem qualquer impacto ao nível do sub-solo são acompanhados, obrigatoriamente, de plano de trabalhos aprovado pelo órgão competente da Administração Central, o qual deve contemplar a avaliação de impactos ao nível do sub-solo, descrevendo e fundamentando as ações e medidas a adotar para assegurar a identificação, preservação e/ou registo de valores arqueológicos cuja existência seja conhecida ou considerada provável.

4 - Nas áreas de Nível Arqueológico III abrangidas pelo PUAL, mediante parecer técnico-científico, a Câmara Municipal pode sujeitar as operações que tenham impacto ao nível do subsolo a acompanhamento presencial da obra e à realização de ações ou trabalhos tendo em vista a identificação, preservação e/ou registo de elementos com valor arqueológico eventualmente existentes no local.

5 - Os achados arqueológicos fortuitos devem ser comunicados aos serviços competentes da Secretaria de Estado da Cultura e da Câmara Municipal ou à autoridade policial, nos termos da Lei.

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Artigo 25.º-F

Geomonumentos

1 - O Geomonumento da Quinta do Lambert e a respetiva área de proteção encontram-se assinalados na planta de zonamento.

2 - O Geomonumento deve ser preservado e valorizado tendo em conta o seu interesse científico, pedagógico e cultural.

3 - Na área do Geomonumento não são admitidas operações urbanísticas, com exceção de ações que não coloquem em causa a estabilidade dos sistemas biofísicos, e promovam a salvaguarda do elemento face a fenómenos de instabilidade e de perda de solo. São ainda permitidas operações visando a prevenção da segurança de pessoas e bens, nomeadamente a estabilização de taludes e ações de florestação e reflorestação.

4 - A área de proteção do Geomonumento é definida por um perímetro mínimo de 10 m, a partir do seu extremo e prolongada em toda a sua envolvente, sem prejuízo das construções pré- existentes, a qual visa manter as condições de estabilidade, segurança e proteção de pessoas e bens, condições de acessibilidade ao local e de enquadramento paisagístico.

5 - Na área de proteção do Geomonumento aplicam-se as seguintes regras:

a) Nos casos em que a área de proteção coincida com as vias existentes, exige-se a criação de condições de acessibilidade e visualização do Geomonumento a partir da via; b) São permitidas a instalação de infraestruturas de recreio e lazer e a manutenção dos alinhamentos urbanos existentes, com exceção de situações de instabilidade geológica.

6 — Riscos Naturais e Antrópicos

Artigo 25.º-G

Vulnerabilidade a inundações

Na área de intervenção do PUAL, identificam-se áreas de elevada e moderada vulnerabilidade a inundações, cartografadas na Planta de Riscos Naturais e Antrópicos I da 1ª Revisão do PDML, às quais se aplicam as disposições do n.º 3 do artigo 22.º e n.º 7 do artigo 13.º do Regulamento daquele diploma.

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Artigo 25.º-H

Suscetibilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes

1 - Na área de intervenção do PUAL, identificam-se áreas de moderada, elevada e muito elevada suscetibilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes, cartografadas na Planta de Riscos Naturais e Antrópicos I da 1ª Revisão do PDML.

2 - As zonas cartografadas de elevada e muito elevada suscetibilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes, não correspondem a espaços verdes na Planta de zonamento do PUAL, pelo que têm aplicação as disposições dos n. os 2 e 3 do artigo 23.º do Regulamento da 1ª Revisão do PDML.

Artigo 25.º-I

Vulnerabilidade sísmica dos solos

1 - Na área de intervenção do PUAL, identificam-se áreas de moderada, elevada e muito elevada vulnerabilidade sísmica dos solos, cartografadas na Planta de Riscos Naturais e Antrópicos II da 1ª Revisão do PDML.

2 - Nas zonas cartografadas de elevada e muito elevada vulnerabilidade sísmica dos solos, a Câmara Municipal pode solicitar à entidade interveniente estudos complementares geológicos, hidrogeológicos, geotécnicos, de avaliação da capacidade estrutural do edifício e/ou de definição de soluções técnicas compatíveis com as características do espaço em intervenção e condicionar as obras e trabalhos em razão desses estudos.

3 - As edificações devem ser construídas segundo as leis da engenharia sísmica atendendo à vulnerabilidade sísmica dos solos abrangidos; ficam sujeitas a idênticas restrições as alterações no interior dos edifícios e dos vãos das fachadas que alterem a resistência estrutural dos mesmos.

7 – Ruído

Artigo 25.º-J

Ruído

1 - De acordo com o n.º 1 do artigo 12.º do Regulamento do Plano Diretor Municipal de Lisboa, a área de intervenção classifica-se como zona mista;

2 - Deverão ser adotadas as seguintes medidas de redução do ruído: 23 Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

a) Limitação da velocidade de circulação para 50km/h, através de semaforização na Av. Eugénio de Andrade, Av. Maria Helena Vieira da Silva e Alameda das Linhas de Torres; b) Implementação de pavimento betuminoso modificado com borracha (BMB) na Av. Eugénio de Andrade; c) Barreiras sonoras junto à área de uso especial de equipamentos a consolidar, identificada na Planta de zonamento, adjacente à AE12 e compreendida entre o Eixo Central e a Nova Av. Eng. Santos e Castro, que deverão ter isolamento B2 e absorção A0 (de acordo com a norma NP 1793-1 - Norma de Equipamentos de Redução de Ruído de Tráfego).

3 - Os estabelecimentos de ensino a instalar em áreas com valores não regulamentares do Ln, não poderão ter funcionamento no período de referência noturno (23h00-7h00).

4 - A área de uso especial de equipamentos a consolidar, identificada na Planta de zonamento, compreendida entre a AE 21.2 e a AE 32, e concretamente na zona identificada no mapa de conflitos Lden da situação futura com medidas de minimização, com valores de ruído não regulamentares, não deverá comportar utilização humana, caso venham a ser aí instalados recetores sensíveis.

12- Disposições finais»

Artigo 3º

São revogados os n.º 2 e 3 do artigo 2.º, o n.º 2 do artigo 6.º, o artigo 8.º, o artigo 11.º, o artigo 12.º, o artigo 13.º, o artigo 14.º, o artigo 15.º, o artigo 16.º, o artigo 17.º, o artigo 18.º, o artigo 20.º, os n.º 1 e 4 do artigo 21.º, o artigo 24.º, o n.º 2 do artigo 27.º, os n.º 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do artigo 28.º, o artigo 31.º, o artigo 33.º, o artigo 34.º, o artigo 35.º, o artigo 36.º, o artigo 37.º, o artigo 38.º, o artigo 39.º, o artigo 40.º, o artigo 41.º, o artigo 43.º, o artigo 45.º, o artigo 46.º, o artigo 47.º, o artigo 48.º, o artigo 49.º, o artigo 50.º, o artigo 52.º, o artigo 53.º, o artigo 54.º, o artigo 55.º, o artigo 56.º, o artigo 57.º, o artigo 58.º, o artigo 59.º e o artigo 60.º do Regulamento do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar.

Artigo 4º

É republicado em anexo, o Regulamento do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, com a redação atual, e que inclui os respetivos Anexos I, II, III, IV e V.

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Regulamento do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar

1 - Disposições Gerais

Artigo 1.º

Objeto, âmbito e vinculação

1 - O Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, adiante designado por PUAL ou por Plano, elaborado ao abrigo do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) em vigor, integra parte da área abrangida pela UOPG 1 – Coroa Norte da 1ª Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, adiante designado por PDML.

2 - O PUAL é um instrumento de planeamento territorial, que estabelece a política de ordenamento do território e de urbanismo, a estrutura, o regime de uso do solo e os critérios de transformação do território.

3 - O PUAL prevalece sobre a 1ª Revisão do PDML, na respetiva área de intervenção, em relação às matérias que ambos regulamentam, e revogando:

a) Nas Áreas Edificáveis (AE) das UOPG 1 a 4 assinaladas na Planta de Zonamento do PUAL, as normas específicas do presente regulamento prevalecem sobre as determinações:

i. do n.º 4 do artigo 46º (loteamentos nos espaços consolidados centrais e residenciais); ii. do n.º 2 do artº 58º (nos espaços a consolidar); iii. do n.º 3, 4 e 5 do artigo 59º, do n.º 1 do artigo 60º e alíneas e), f) e g) do n.º 3, e o n.º 5 do mesmo artigo (nos espaços centrais e residenciais a consolidar); iv. do n.º 1, e das alíneas a) e b) do n.º 3 e n.º 4 do artigo 62º, e do artigo 44º, por remissão daquele (nos espaços de atividades económicas a consolidar); v. dos artigos 88º e 89º (cedências e compensações);

b) Na área da Quinta da Musgueira assinalada na Planta de Zonamento do PUAL, as normas específicas do presente regulamento prevalecem sobre as determinações:

i. do artigo 64º (espaços verdes de recreio e produção a consolidar)

4 - Nos casos em que nas UOPG se verifique existirem outras áreas que não correspondam a Áreas Edificáveis (AE), e caso o PUAL não contenha regulamentação expressa para as mesmas, têm aplicação as disposições da 1ª Revisão do PDML.

5 - O PUAL tem a natureza de regulamento administrativo e as suas disposições vinculam as entidades públicas e ainda, direta e imediatamente, os particulares.

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Artigo 2.º

Área do Plano do Alto do Lumiar

1 - A área de intervenção do plano é delimitada:

a) a norte, pelo limite do Concelho de Lisboa; b) a nascente, pela nova vedação do Aeroporto de Lisboa; c) a sul, pela 2ª Circular e o limite do Nó de Calvanas; d) a poente, pelos eixos da Alameda das Linhas de Torres, do Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul e rotunda Norte.

2 - (Revogado.) 3 - (Revogado.)

Artigo 2.º-A

Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública

1 - Na área de intervenção do PUAL identificam-se as seguintes servidões administrativas e restrições de utilidade pública que se encontram assinaladas na Planta de condicionantes:

a) Área sujeita ao regime florestal (parcial); b) Domínio hídrico (Lacustre e Fluvial); c) Aeroporto de Lisboa; d) Servidão militar aeronáutica; e) Servidão militar terrestre; f) Marcos geodésicos; g) Zona de proteção de hospitais; h) Rede rodoviária nacional; i) Sistema de infraestruturas de abastecimento de água; j) Fitomonumentos; k) Imóveis classificados e em vias de classificação e respetivas zonas gerais e especiais de proteção;

2 - Nas áreas abrangidas por Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública, aplicam- se os respetivos regimes jurídicos em vigor, que prevalecem sobre o regime de uso do solo aplicável por força do presente plano.

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Artigo 3.º

Elementos do Plano

1 - O Plano é constituído pelos seguintes elementos:

a) Regulamento e Anexos I a IV, que dele fazem parte integrante:

i. Anexo I – Quadro de usos do solo e edificabilidade nas UOPG; ii. Anexo II – Quadro de coordenadas das alturas máximas edificáveis; iii. Anexo III – Parâmetros de dimensionamento do estacionamento de uso privativo para instalações de Micro-logística, logística ou indústria compatível (Zona D); iv. Anexo IV – Parâmetros de dimensionamento do estacionamento de uso público (Zona D); v. Anexo V – Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico - Listagem e Fichas Patrimoniais.

b) Planta de Zonamento, desagregada nas seguintes plantas:

i. Planta de Zonamento – Qualificação do Espaço Urbano - Esc. 1/ 5 000; ii. Planta de Zonamento – Unidades Operativas de Planeamento e Gestão – Esc. 1/ 10 000;

c) Planta de Condicionantes, desagregada nas seguintes plantas:

i. Planta de Condicionantes - Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública - 1/ 5 000; ii. Planta de Condicionantes – Alturas Máximas –1/ 5 000.

2 - O Plano é acompanhado pelos seguintes elementos:

a) Relatório; b) Plano de Execução e de Financiamento; c) Participações recebidas em sede de discussão pública e respetivo relatório de ponderação; d) Documento síntese da fase de concertação da alteração do plano; e) Plantas do PUAL de 1997 – Esc. 1/10 000; f) Extratos das Plantas de Ordenamento e de Condicionantes da 1ª Revisão do PDML – Esc. 1/10 000; g) Planta de Enquadramento – Esc. 1/10 000; h) Planta de Situação Existente – Esc. 1/5 000; i) Planta da Estrutura Ecológica – Esc. 1/5 000; j) Planta de Hierarquia da Rede Rodoviária – Esc. 1/10 000; k) Planta da Rede de Mobilidade Suave – Estruturante – Esc. 1/5 000; l) Planta da Rede de Mobilidade Suave – Elementos – Esc. 1/5 000; m) Planta de Equipamentos – Geral – Esc. 1/10 000; n) Planta de Equipamentos - Ensino - Esc. 1/10 000; o) Planta de Equipamentos - Saúde - Esc. 1/10 000;

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2 - Estrutura

Artigo 4.º

Componentes do traçado urbanístico

O Plano é estruturado por duas grandes componentes:

a) O solo público, constituído pelo sistema rodoviário, os espaços livres e verdes e os equipamentos coletivos; b) A área utilizável, formada pelo conjunto das áreas edificáveis, destinada à habitação ou outros tipos de uso, de acordo com o estabelecido no presente Regulamento.

Artigo 5.º

Sistema rodoviário

A rede viária organiza-se com base na diretriz do tramo intermédio do eixo central, conforme consta na planta de zonamento.

Artigo 6.º

Espaços verdes

1 - O sistema de grandes espaços verdes configura-se mediante três grandes parques:

a) O Parque Sul, sobre a Quinta das Calvanas; b) O Parque das Conchas e dos Lilases, junto à Alameda das Linhas de Torres; c) O parque oeste, limítrofe com o Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul e que penetra em cunha transversal na parte intermédia do novo desenvolvimento.

2 - (Revogado.) 3 - Ao longo das grandes vias serão criados espaços verdes de proteção onde se incluem espaços residuais. 4 - É permitida a instalação de equipamento complementar nos parques, observando o que prescreve o n.º 1 do artigo 50.º da 1ª Revisão do PDML quanto a equipamentos e infraestruturas de apoio ao recreio e lazer para os espaços verdes de recreio e produção.

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Artigo 7.º

Sistema de equipamentos

1 - Os equipamentos de uso e interesse coletivo localizam-se nas áreas de uso especial de equipamentos, assinaladas na planta de zonamento.

2 - Na restante área do plano podem ainda prever-se áreas afetas a equipamentos de uso e interesse coletivo no âmbito de Instrumento de Gestão Territorial, adiante designado por IGT ou de realização de operação urbanística.

3 - Estabelecem-se dois níveis ou categorias de equipamentos:

a) Que necessitam de reserva de espaço; b) Locais, ao serviço direto das habitações, que não exigem qualificação exclusiva do solo.

4 - No decurso da execução do PUAL, compete à entidade gestora avaliar e definir o programa de equipamentos, a sua localização, a tipologia, as respetivas áreas de terreno e de construção e as prioridades de execução.

5 - As áreas de construção dos equipamentos de uso e interesse coletivos não se encontram incluídas nos valores de máxima superfície de pavimento estabelecidas para as UOPG, nos termos do quadro que constitui o Anexo I ao presente regulamento.

6 - Na área de uso especial de equipamentos a consolidar adjacente ao Parque Sul, o índice de permeabilidade não pode ser inferior a 50%.

Artigo 8.º

(Revogado.)

Artigo 8.º-A

Áreas Edificáveis

1 - As áreas edificáveis encontram-se identificadas na Planta de Zonamento;

2 - As áreas edificáveis integram as UOPG, para as quais são definidos os parâmetros urbanísticos e um programa de ocupação específico em função dos objetivos propostos.

3 - As áreas edificáveis assinaladas na planta de zonamento podem sofrer alterações dos seus limites físicos, ajustando-se à rede viária geral do plano ou aos limites cadastrais.

4 - A máxima superfície de pavimento e a sua distribuição pelos diversos usos em cada UOPG consta do quadro identificado como Anexo I ao presente Regulamento.

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5 - Nas UOPG a área permeável a considerar será a que resultar das operações urbanísticas desenvolvidas para as áreas edificáveis, sempre sem prejuízo do cumprimento da máxima superfície de pavimento definida.

Artigo 9.º

Unidades operativas de planeamento e gestão

1 - Na planta de zonamento delimitaram-se UOPG em função das características urbanísticas propostas.

2 - As UOPG destinam-se a programar a execução do plano e a realização de operações urbanísticas, abrangendo as áreas edificáveis e a parte do sistema viário que lhes serve de suporte.

3 - Definem-se 4 UOPG:

a) A UOPG 1, que compreende as áreas já construídas junto do Parque das Conchas, a área especial junto do Parque Oeste, a área histórica da Estrada da Torre e áreas livres adjacentes ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, e a área consolidada do setor sul- poente do PUAL; b) A UOPG 2, que compreende a área singular localizada junto da primeira rotunda do eixo central e as áreas edificáveis apoiadas no lanço intermédio deste eixo; c) A UOPG 3, que corresponde à área organizada à volta do Montinho de São Gonçalo; d) A UOPG 4, que compreende a área singular Norte de transição e de limite, apoiada no último lanço do eixo central e adjacente ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, a área formada pelo núcleo histórico na Charneca e sua área envolvente e os espaços de atividades económicas a consolidar, adjacentes à Nova Av. Eng. Santos e Castro que constitui o limite nascente do plano.

Artigo 10.º

Áreas não abrangidas por UOPG

1 - Nas áreas não abrangidas por UOPG aplicam-se diretamente as regras estabelecidas na 1ª Revisão do PDML para a categoria do solo identificada na Planta de Zonamento do PUAL;

2 - Em caso de desativação do espaço consolidado de uso especial de infraestruturas assinalado na planta de zonamento e correspondente ao parque de manutenção e oficinas do Metro (PMO II), serão estabelecidas as condições de ocupação, uso e transformação deste espaço, mediante alteração, nomeadamente simplificada, nos termos da legislação em vigor.

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2.A — Sistema de acessibilidades

Artigo 10.º-A

Hierarquia e características da rede rodoviária

1 - A rede rodoviária é ordenada e hierarquizada de acordo com as funções e características das vias definidas no Anexo VI do Regulamento da 1ª Revisão do PDML e compreende os seguintes níveis:

a) 1º nível – Rede de Distribuição Principal – assegura a distribuição dos maiores fluxos de tráfego internos ao concelho, bem como os percursos médios e o acesso à rede estruturante; b) 2º nível – Rede de Distribuição Secundária – é composta por vias internas e assegura a distribuição de proximidade, bem como o encaminhamento dos fluxos de tráfego para as vias de nível superior; c) 3º nível – Rede de Distribuição Local (rede de proximidade) – é composta pelas vias estruturantes ao nível do bairro, com alguma capacidade de escoamento, mas onde o peão tem maior importância; d) 4º nível – Rede de Acesso Local (rede de bairro) – garante o acesso rodoviário ao edificado, devendo reunir condições privilegiadas para a circulação pedonal.

2 - A rede viária de Distribuição Principal, de Distribuição Secundária e de Distribuição Local são representadas na Planta de hierarquia da Rede Rodoviária, admitindo-se que os seus traçados e intersecções possam ser ajustados em sede de IGT ou de realização de operação urbanística.

Artigo 10.º-B

Estacionamento

1 - As zonas de estacionamento na área de intervenção do PUAL, encontram-se definidas na Planta de Zonamento e correspondem às zonas A, B e D a que se refere o artigo 74.º da 1ª Revisão do do PDML, nos termos das quais será feito o dimensionamento da oferta de estacionamento de acesso público e privado.

Artigo 10.º-C

Parâmetros de estacionamento de uso privativo

1 - Na realização de operações urbanísticas exige-se a observância de valores mínimos e máximos de áreas destinadas a estacionamento. 32 Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

2 - Para o dimensionamento de estacionamento no interior da parcela ou lote, deve ser aplicado o disposto no artigo 75º da 1ª Revisão do PDML.

3 - Os valores dos parâmetros de dimensionamento de estacionamento são os constantes do Anexo X à 1ª Revisão do PDML, a que acrescem os parâmetros definidos na tabela constante do Anexo III do presente Regulamento.

Artigo 10.º-D

Parâmetros de estacionamento de uso público

1 - Nas operações de loteamento e nas obras de edificação com impacte relevante ou semelhante a uma operação de loteamento devem ser previstas, além dos lugares de estacionamento de uso privativo, as dotações de lugares de uso público indicadas no anexo IV ao presente regulamento do qual faz parte integrante.

2 - O número mínimo de lugares de estacionamento a assegurar na via pública, em cada operação de loteamento, corresponde ao maior dos valores que forem apurados, considerando as necessidades de estacionamento associadas ao uso habitacional, por um lado, e o somatório da oferta de estacionamento necessária aos outros usos, por outro lado, calculados de acordo com o definido no número anterior.

3 - Em caso de impossibilidade de assegurar, para cada operação de loteamento, a totalidade da dotação de estacionamento na via pública, admite-se que os lugares em défice possam ser localizados nas áreas edificáveis adjacentes à área onde se localiza a operação de loteamento, até um máximo de 20% da dotação necessária.

4 - Para as operações de loteamento que integram as áreas edificáveis 9 e 10 admite-se que os lugares de estacionamento na via pública em défice possam ser localizados em áreas edificáveis que distem até 300 metros do local da operação de loteamento.

3 — Características da rede rodoviária

Artigo 11.º

(Revogado.)

Artigo 12.º

(Revogado.)

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Artigo 13.º

(Revogado.)

Artigo 14.º

(Revogado.)

Artigo 15.º

(Revogado.)

Artigo 16.º

(Revogado.)

Artigo 17.º

(Revogado.)

Artigo 18.º

(Revogado.)

4 — Características dos espaços verdes e itinerários pedonais

Artigo 19.º

Estrutura ecológica

1 - A estrutura ecológica tem como objetivo a valorização dos espaços de maior interesse e sensibilidade biofísica e a promoção nos mesmos de sistemas de lazer, recreio, proteção e produção, assegurando a defesa e valorização dos elementos patrimoniais e paisagísticos relevantes, sendo elemento definidor do desenho e gestão urbana, que deve aproveitar todas as oportunidades, permanentes ou temporárias, para a implementação de espaços permeáveis, produtivos e contínuos.

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2 - A estrutura ecológica aplica-se aos espaços consolidados e a consolidar e é constituída pelas seguintes hierarquias e componentes:

a) Estrutura ecológica fundamental:

i. Sistema de corredores estruturantes.

b) Estrutura ecológica integrada:

i. Espaços verdes de recreio e produção; i. Espaços verdes de enquadramento de infraestruturas viárias; ii. Espaços verdes de enquadramento de áreas edificadas; iii. Eixos arborizados.

3 - Os projetos de espaços exteriores devem obedecer aos seguintes critérios:

a) Definição programática compatível com a sua escala, usos e funções; b) Utilização de vegetação bem adaptada edafoclimaticamente, de preferência do elenco vegetal autóctone ou tradicional local e que privilegie a criação de espaços com valor de habitat para a maior complexidade e diversidade possível de espécies de fauna e flora potencialmente ocorrentes; c) Utilização de estratégias de diminuição de consumos de água de rega, nomeadamente, sempre que possível utilizando água de rega proveniente de abastecimentos alternativos ou complementares á rede potável de abastecimento público, tais como efluentes tratados de ETAR, água de infiltração ou de escoamento superficial, devidamente captada e/ou armazenada para esse efeito.

4 - Nos espaços de enquadramento de infraestruturas viárias deve ser assegurada a continuidade da estrutura ecológica, nomeadamente pela presença e reforço da arborização urbana, desempenhando ainda quando aplicável, as funções de estabilização de encostas, proteção contra a poluição e ruído, e potenciando a existência de biótopos naturalizados em meio urbano.

Artigo 20.º

(Revogado.)

Artigo 21.º

Parque das Conchas e dos Lilases

1 - (Revogado.)

2 - O Parque tem carácter urbano, devendo possuir, sempre que possível, estacionamento próprio junto das entradas.

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3 - Deverá ser respeitada ao máximo a vegetação existente, privilegiando-se a utilização das espécies da Sub região homogénea onde este Parque se insere, respeitando as determinações do diploma que estabelece o regime jurídico do plano de ordenamento florestal da área metropolitana de Lisboa, sem prejuízo de poderem ainda ser privilegiadas outras espécies de árvores florestais quando as características edafo-climáticas locais assim o justifique

4 - (Revogado.)

5 - O Parque terá um número suficiente de entradas por forma a garantir os percursos pedonais.

6 - Os seus limites deverão integrar-se em traçados e modelação das vias às áreas exteriores adjacentes.

Artigo 22.º

Parque oeste

1 - É um parque limítrofe da cidade, que deverá ter um tratamento naturalista, devendo, ainda, servir de proteção do Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul.

2 - Poderá contar com instalações desportivas e de jogos e outro equipamento, integrados no tratamento paisagístico do conjunto, nas condições previstas no Regulamento da 1ª Revisão do PDML.

3 - O parque contará com uma sucessão de pequenas represas unidas por um arroio, que irá desaguar numa lagoa artificial reguladora das torrentes pluviais.

4 - O parque será sulcado por caminhos pedonais, de traçado preferivelmente irregular.

5 - O eixo pedonal, mencionado no artigo 25.º, entre a 1ª rotunda interior do eixo central e o Montinho de São Gonçalo, poderá contar com uma ponte ligeira para peões e bicicletas, que passe sobre vale ao longo da qual corre a cunha verde mencionada na alínea c) do n.º 1 do art. 6º do presente regulamento.

Artigo 23.º

Eixos arborizados

1 - Os eixos arborizados são sistemas lineares de árvores isoladas ou em caldeira contínua, que asseguram a continuidade da estrutura ecológica.

2 - A valorização dos existentes e implementação dos futuros eixos arborizados seguirá as melhores normas técnicas aplicáveis, nomeadamente em termos de qualidade e cubicagem de terra vegetal (mínimo de 1 m3 por árvore), rega localizada nos primeiros 3 anos de instalação e sempre que se mostre necessário, tutoragem periodicamente verificada e removida assim que desnecessária e respetivas podas.

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3 - Os modos de mobilidade suave devem, sempre que possível, estar associados a eixos arborizados.

4 - O eixo central e as avenidas serão arborizados, devendo prever-se arborização nos restantes arruamentos sempre que possível.

Artigo 24.º

(Revogado.)

Artigo 25.º

Eixo pedonal

1 - Será criado um eixo pedonal público que percorre o tecido de edificações entre a 1.a rotunda interior do eixo e o coroamento do Montinho de São Gonçalo. Este eixo pedonal não terá outras interrupções do que as produzidas nas intersecções com o sistema rodoviário. Estas intersecções, caso não sejam evitadas mediante passagens desniveladas, tratar-se-ão de forma que o pavimento das calçadas fique interrompido e seja o mesmo eixo pedonal que mantenha as suas características.

2 - Nos troços a executar do eixo pedonal devem ser adotadas as características dos troços já construídos, de forma a garantir a coerência e unidade de todo o percurso.

5 — Valores Culturais

Artigo 25.º-A

Estruturas consultivas

Para o exercício dos poderes não vinculados previstos no presente Regulamento, a Câmara Municipal deve recorrer ao parecer das estruturas consultivas, criadas ou a criar nos termos do disposto no Regulamento da 1ª Revisão do PDML, nomeadamente sobre intervenções em bens integrados na Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico.

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Artigo 25.º-B

Bens da Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico

classificados e em vias de classificação

1 - Na área abrangida pelo plano localizam-se os seguintes bens imóveis classificados ou em vias de classificação pela tutela e pelo Município, bem como as respetivas zonas gerais e especiais de proteção, assinalados na planta de condicionantes e na planta de zonamento:

a) 3338 Quinta Alegre (Palácio, Jardins, Construções e Elementos Decorativos), Imóvel de Interesse Público; b) 74047 Igreja Paroquial de São Bartolomeu da Charneca, incluindo o Cemitério / Largo Defensores da República, Monumento de Interesse Público; c) CML20 (CMPEP 18.24 e 18.26A) - Edifício da Quinta dos Lilazes e Parque das Quintas das Conchas e Lilazes / Alameda das Linhas de Torres, 198-220 (Em vias de classificação – IIM); d) CML24 (CMPEP 18.26) - Casa da Quinta das Conchas / Alameda das Linhas de Torres, 154- 156 (Em vias de classificação - IIM).

2 - Qualquer intervenção ou obra, no interior ou no exterior dos imóveis referidos em 1 e nas respetivas zonas gerais e especiais de proteção está sujeita aos procedimentos e às restrições previstas no Regulamento da 1ª Revisão do PDML e decorrentes do regime legal em vigor aplicável ao património cultural.

Artigo 25.º-C

Outros bens da Carta Municipal do Património Arquitetónico e Paisagístico

1 - Os bens culturais não classificados, integrados na Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico (CMPEP) são assinalados na planta de zonamento. São ainda identificados e caracterizados, respetivamente, na listagem e no conjunto de fichas patrimoniais constantes no Anexo V ao presente Regulamento, do qual faz parte integrante.

2 - Aos bens culturais referidos no número anterior são atribuídos graus de importância relativa, indicados nas fichas patrimoniais respetivas segundo os seguintes critérios:

a) Grau I – Bens de Valor Patrimonial Elevado são aqueles cuja integridade se pretende preservar, dado o seu reconhecido valor cultural no contexto da história arquitetónica, urbanística e ambiental da cidade; b) Grau II – Bens de Valor Patrimonial Relevante são aqueles que se pretende preservar, dado o seu interesse arquitetónico, urbanístico e ambiental no contexto da cidade; c) Grau III - Bens de Valor Patrimonial de Referência são aqueles que contribuem positivamente para a unidade e identidade do lugar onde se inserem e cuja imagem e memória se pretende preservar.

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Artigo 25.º-D

Normas de intervenção

1 - As operações urbanísticas relativas aos bens culturais identificados no número 1 do artigo 25.º-C, estão sujeitas às seguintes regras:

a) Genericamente, são permitidas obras de conservação, ampliação ou de alteração desde que se destinem à reposição da coerência arquitetónica, urbanística ou paisagística do bem cultural, ou a melhorar o seu desempenho estrutural e funcional; b) A alteração do uso é admitida quando não sejam comprometidas as características arquitetónicas, decorativas, construtivas ou paisagísticas dos bens culturais; c) Especificamente, as operações urbanísticas devem observar o disposto nas fichas patrimoniais referidas número 1 do artigo 25.º–C, designadamente no que respeita ao grau de importância relativa atribuído ao bem cultural em causa e à indicação, nelas constante, dos espaços e elementos arquitetónicos, decorativos e paisagísticos a preservar; d) As operações urbanísticas devem ser acompanhadas de justificação das propostas de intervenção e da identificação dos elementos a conservar ou a demolir, devendo ainda ser sujeitas a parecer da estrutura consultiva referida no artigo 25.º-A do presente Regulamento.

2 - Apenas são admitidas obras de demolição total ou parcial, nas seguintes condições:

a) Em situações de ruína iminente, atestada por vistoria municipal; b) Quando o edifício não seja passível de recuperação e/ou reabilitação, em razão de incapacidade estrutural, atestada por vistoria municipal; c) Para valorização do imóvel ou do conjunto onde este se insere, através da supressão de partes sem valor arquitetónico e histórico, devendo observar-se o procedimento expresso na alínea d) do número anterior; d) Quando as demolições forem consideradas de relevante interesse urbanístico em plano de pormenor ou em unidade de execução.

3 - Nas situações em que, face ao disposto nos números anteriores, as operações urbanísticas em imóveis da Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico não permitam atingir a média das alturas das fachadas, são atribuídos ao respetivo proprietário créditos de construção nos termos do nº 2 do art. 28º do Regulamento da 1ª Revisão do PDML.

Artigo 25.º-E

Áreas de valor arqueológico

1 - As áreas de valor arqueológico existentes na área de intervenção do PUAL encontram-se delimitadas na planta de zonamento e correspondem ao Nível Arqueológico II e III.

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2 - Todas as intervenções e operações urbanísticas a desenvolver nas áreas de valor arqueológico abrangidas pelo PUAL obedecem ao disposto na legislação sobre salvaguarda do património arqueológico.

3 - Na área de Nível Arqueológico II abrangida pelo PUAL, deve privilegiar-se uma metodologia de intervenção arqueológica prévia onde os projetos de operações urbanísticas que impliquem qualquer impacto ao nível do sub-solo são acompanhados, obrigatoriamente, de plano de trabalhos aprovado pelo órgão competente da Administração Central, o qual deve contemplar a avaliação de impactos ao nível do sub-solo, descrevendo e fundamentando as ações e medidas a adotar para assegurar a identificação, preservação e/ou registo de valores arqueológicos cuja existência seja conhecida ou considerada provável.

4 - Nas áreas de Nível Arqueológico III abrangidas pelo PUAL, mediante parecer técnico-científico, a Câmara Municipal pode sujeitar as operações que tenham impacto ao nível do subsolo a acompanhamento presencial da obra e à realização de ações ou trabalhos tendo em vista a identificação, preservação e/ou registo de elementos com valor arqueológico eventualmente existentes no local.

5 - Os achados arqueológicos fortuitos devem ser comunicados aos serviços competentes da Secretaria de Estado da Cultura e da Câmara Municipal ou à autoridade policial, nos termos da Lei.

Artigo 25.º-F

Geomonumentos

1 - O Geomonumento da Quinta do Lambert e a respetiva área de proteção encontram-se assinalados na planta de zonamento.

2 - O Geomonumento deve ser preservado e valorizado tendo em conta o seu interesse científico, pedagógico e cultural.

3 - Na área do Geomonumento não são admitidas operações urbanísticas, com exceção de ações que não coloquem em causa a estabilidade dos sistemas biofísicos, e promovam a salvaguarda do elemento face a fenómenos de instabilidade e de perda de solo. São ainda permitidas operações visando a prevenção da segurança de pessoas e bens, nomeadamente a estabilização de taludes e ações de florestação e reflorestação.

4 - A área de proteção do Geomonumento é definida por um perímetro mínimo de 10 m, a partir do seu extremo e prolongada em toda a sua envolvente, sem prejuízo das construções pré- existentes, a qual visa manter as condições de estabilidade, segurança e proteção de pessoas e bens, condições de acessibilidade ao local e de enquadramento paisagístico.

5 - Na área de proteção do Geomonumento aplicam-se as seguintes regras:

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a) Nos casos em que a área de proteção coincida com as vias existentes, exige-se a criação de condições de acessibilidade e visualização do Geomonumento a partir da via; b) São permitidas a instalação de infraestruturas de recreio e lazer e a manutenção dos alinhamentos urbanos existentes, com exceção de situações de instabilidade geológica.

6 — Riscos Naturais e Antrópicos

Artigo 25.º-G

Vulnerabilidade a inundações

Na área de intervenção do PUAL, identificam-se áreas de elevada e moderada vulnerabilidade a inundações, cartografadas na Planta de Riscos Naturais e Antrópicos I da 1ª Revisão do PDML, às quais se aplicam as disposições do n.º 3 do artigo 22.º e n.º 7 do artigo 13.º do Regulamento daquele diploma.

Artigo 25.º-H

Suscetibilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes

1 - Na área de intervenção do PUAL, identificam-se áreas de moderada, elevada e muito elevada suscetibilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes, cartografadas na Planta de Riscos Naturais e Antrópicos I da 1ª Revisão do PDML.

2 - As zonas cartografadas de elevada e muito elevada suscetibilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes, não correspondem a espaços verdes na Planta de zonamento do PUAL, pelo que têm aplicação as disposições dos n. os 2 e 3 do artigo 23.º do Regulamento da 1ª Revisão do PDML.

Artigo 25.º-I

Vulnerabilidade sísmica dos solos

1 - Na área de intervenção do PUAL, identificam-se áreas de moderada, elevada e muito elevada vulnerabilidade sísmica dos solos, cartografadas na Planta de Riscos Naturais e Antrópicos II da 1ª Revisão do PDML.

2 - Nas zonas cartografadas de elevada e muito elevada vulnerabilidade sísmica dos solos, a Câmara Municipal pode solicitar à entidade interveniente estudos complementares geológicos, hidrogeológicos, geotécnicos, de avaliação da capacidade estrutural do edifício e/ou de definição

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de soluções técnicas compatíveis com as características do espaço em intervenção e condicionar as obras e trabalhos em razão desses estudos.

3 - As edificações devem ser construídas segundo as leis da engenharia sísmica atendendo à vulnerabilidade sísmica dos solos abrangidos; ficam sujeitas a idênticas restrições as alterações no interior dos edifícios e dos vãos das fachadas que alterem a resistência estrutural dos mesmos.

7 – Ruído

Artigo 25.º-J

Ruído

1 - De acordo com o n.º 1 do artigo 12.º do Regulamento do Plano Diretor Municipal de Lisboa, a área de intervenção classifica-se como zona mista;

2 - Deverão ser adotadas as seguintes medidas de redução do ruído:

a) Limitação da velocidade de circulação para 50km/h, através de semaforização na Av. Eugénio de Andrade, Av. Maria Helena Vieira da Silva e Alameda das Linhas de Torres; b) Implementação de pavimento betuminoso modificado com borracha (BMB) na Av. Eugénio de Andrade; c) Barreiras sonoras junto à área de uso especial de equipamentos a consolidar, identificada na Planta de zonamento, adjacente à AE12 e compreendida entre o Eixo Central e a Nova Av. Eng. Santos e Castro, que deverão ter isolamento B2 e absorção A0 (de acordo com a norma NP 1793-1 - Norma de Equipamentos de Redução de Ruído de Tráfego).

3 - Os estabelecimentos de ensino a instalar em áreas com valores não regulamentares do Ln, não poderão ter funcionamento no período de referência noturno (23h00-7h00).

4 - A área de uso especial de equipamentos a consolidar, identificada na Planta de zonamento, compreendida entre a AE 21.2 e a AE 32, e concretamente na zona identificada no mapa de conflitos Lden da situação futura com medidas de minimização, com valores de ruído não regulamentares, não deverá comportar utilização humana, caso venham a ser aí instalados recetores sensíveis.

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8 — Usos do solo e máxima superfície de pavimento

Artigo 26.º

Função do zonamento

1 - A planta de zonamento representa a estrutura territorial e o regime de uso do solo, pelo qual se atribui um uso dominante a cada área de solo utilizável.

2 - Dentro dessa função geral, com o zonamento formaliza-se:

a) A distinção entre solo público e solo utilizável; b) A atribuição de um uso dominante a cada área de solo utilizável, que integra as seguintes categorias operativas:

i. Espaços consolidados; ii. Espaços a consolidar.

Artigo 27.º

Afetação do solo a áreas edificáveis

1 - A ocupação do solo nas áreas edificáveis deverá ser definida respeitando os parâmetros constantes nas respetivas UOPG.

2 - (Revogado.)

Artigo 28.º

Usos

1 - A qualificação funcional do solo, na área abrangida pelo plano e em função da sua utilização dominante, processa-se segundo as seguintes categorias:

a) Espaços centrais e residenciais; b) Espaços de atividades económicas; c) Espaços de uso especial de equipamentos; d) Espaços de uso especial de infraestruturas; e) Espaços verdes.

2 - Os usos admitidos nas categorias previstas no número anterior são os estabelecidos no Regulamento da 1ª Revisão do PDML, com exceção do espaço verde de recreio e produção a consolidar da Quinta da Musgueira identificado na Planta de Zonamento do PUAL, em que para efeitos deste plano, se consideram também compatíveis o uso habitacional e terciário. 43 Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

3 - (Revogado.)

4 - (Revogado.)

5 - (Revogado.)

6 - (Revogado.)

7 - (Revogado.)

8 - (Revogado.)

9 - (Revogado.)

Artigo 29.º

Máxima superfície de pavimento

1 - A máxima superfície de pavimentos constante do quadro que constitui o Anexo I ao presente regulamento refere-se a edificação nova e já construída, com exceção da estabelecida na UOPG 4 cuja edificação existente não se prevê manter, podendo vir a ser objeto de demolição parcial ou total.

2 - Tais quantidades são limites máximos, servindo como referência para a elaboração de IGT, de execução do plano ou de realização de operação urbanística, salvo o disposto no número seguinte.

3 - Admite-se a transferência de superfície de pavimento entre UOPG, desde que, expressamente aprovada, com base em relatório de monitorização e sem prejuízo do cumprimento da máxima superfície de pavimento do plano para o total das quatro UOPG, sendo interdita a transferência de superfície de pavimento acima da percentagem máxima estabelecida para cada uso, conforme Quadro de Usos do Solo e Edificabilidade nas UOPG (Anexo I).

4 - A superfície de pavimento de cada área edificável será aquela que resultar, da máxima implantação dos edifícios, da altura máxima da fachada, das cotas máximas definidas pela servidão aeronáutica e das áreas de terrenos para equipamentos, espaços verdes e de utilização coletiva, rede viária e estacionamento no interior das áreas edificáveis.

Artigo 30.º

Cotas máximas

1 - Na planta de condicionantes estão indicadas as cotas máximas que poderão atingir os edifícios e outros elementos nos pontos aí considerados em função das limitações impostas por servidões aeronáuticas. Estas cotas servirão para estabelecer o número máximo de pisos em cada uma das áreas edificáveis.

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2 - Entende-se por outros elementos, para efeitos de respeito das cotas máximas, os candeeiros de iluminação pública, sinalização vertical, elementos da construção tais como chaminés, para-raios, antenas, e equivalentes;

3 - Admite-se que mediante uma alteração de circunstâncias que justificadamente e a título excecional, venha a possibilitar em alguns edifícios, superar as referidas cotas máximas, sem ultrapassar as edificabilidades máximas, caso em que se submeterá tal alteração a parecer das entidades aeronáuticas, o qual, sendo favorável, permitirá a sua inclusão em IGT ou de execução do plano.

9 — Critérios para organização da edificação no interior das UOPG

Artigo 31.º

(Revogado.)

Artigo 32.º

Critérios por UOPG

Os objetivos e conteúdos programáticos para cada uma das UOPG são os seguintes:

UOPG 1

1 - Para a área especial junto do Parque Oeste, devem ser observados os seguintes critérios:

a) A edificação poderá organizar-se em edifícios isolados do tipo torre, com a altura que se julgar justificada em cada caso, mas dentro dos limites estabelecidos pelas servidões aeronáuticas; b) Garantir a permeabilidade, ao menos visual, entre as novas edificações a construir na margem com frente para o parque oeste.

2 - Para a área do núcleo histórico da Estrada da Torre e áreas livres adjacentes a norte estabelecem-se os seguintes critérios:

a) Preservar o bairro histórico e ordenar as suas áreas ainda disponíveis; b) A delimitação poente desta área e o seu ordenamento interno sujeitar-se-ão à solução da confluência da Avenida Padre Cruz com o Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul. As características do nó poderão obrigar à demolição de parte das edificações existentes; c) Nas áreas adjacentes ao lado norte da nova via paralela à Estrada da Torre a organização da edificação será livre;

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UOPG 2

1 - Nas áreas adjacentes ao lanço intermédio do eixo central, devem ser observados os seguintes critérios:

a) Os IGT e as operações urbanísticas das áreas edificáveis, podem prever a abertura de vias complementares no interior da área edificável; b) Ao longo das vias paralelas ou perpendiculares ao eixo central ou que forem definidas nos IGT e nas operações urbanísticas, a edificação poderá recuar até 5m do alinhamento da área edificável. c) A edificação dispor-se-á ao longo do perímetro exterior do quarteirão, deixando livre o espaço interior, e com as fachadas principais paralelas às ruas correspondentes; d) Nos IGT e operações urbanísticas a desenvolver para as áreas edificáveis devem ser respeitadas as condições estabelecidas no projeto do eixo central, nomeadamente, nos edifícios confinantes com o eixo, garantir uma galeria pedonal com 5m de largura, promover os atravessamentos pedonais transversais ao eixo e respeitar o sistema de pavimentação e de iluminação pública definidos para as zonas de arcada e pórticos dos edifícios em questão.

2 - Na área singular AE5, localizada junto da primeira rotunda do eixo central, devem ser observados os seguintes critérios:

a) Há completa liberdade de projeto das edificações nesta área, designada para fins predominantemente terciários, carecendo sempre de um projeto integrado do conjunto; b) No mencionado projeto dar-se-á uma especial importância à condição de marco emblemático e de referência ao edifício que se situar com a frente virada para a rotunda no percurso do eixo central no sentido norte-sul; c) Poder-se-ão dispor edifícios sobrepostos, misturados e destinados a diferentes modalidades dentro dos usos admitidos; d) Os edifícios habitacionais situar-se-ão na frente sul do triângulo, com vistas para o Parque das Conchas e dos Lilases; e) A habitação poderá dispor-se nos andares superiores, reservando os primeiros pisos para terciário ou outros usos compatíveis.

3 - Na área da Quinta da Musgueira, importa preservar o conjunto arquitetónico, os elementos decorativos, o património vegetal e paisagístico existentes, estabelecendo-se para tal, as seguintes condições:

a) A edificabilidade máxima de 14.700m 2, não incluindo os edifícios preexistentes; b) Admite-se o licenciamento das obras de restauro, reabilitação, alteração ou ampliação nos edifícios preexistentes da Quinta, que se mostrem necessárias à consolidação do conjunto arquitetónico e com observância das normas do ponto 5 do presente Regulamento aplicáveis aos imóveis da CMPEP e no caso, ao imóvel n.º 18.18.

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c) A área da Quinta delimitada na planta de zonamento poderá sofrer alteração dos seus limites físicos, pontualmente, sempre que tal se mostre imprescindível à preservação dos elementos que integram o conjunto arquitetónico preexistente e referido na alínea b) deste número.

UOPG 3

1 - Na área organizada à volta do Montinho de São Gonçalo, devem ser observados os seguintes critérios:

a) Tratando-se de uma área muito condicionada pela topografia e organizada à volta do Montinho, a disposição da edificação deverá reconhecer essa condição, apoiando-se, nomeadamente, no solo natural; b) Na disposição da edificação dar-se-á especial atenção às vistas tanto desde o interior das casas de habitação como desde outros pontos do Montinho de São Gonçalo.

2 - Na área verde de recreio e produção a consolidar, adjacente ao Eixo Pedonal, é admitida a instalação de equipamento complementar, designadamente, equipamentos coletivos e infraestruturas de apoio ao recreio e lazer, incluindo estabelecimento de restauração e bebidas.

UOPG 4

1 - Na área singular Norte de transição e de limite, apoiada no último lanço do eixo central e adjacente ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, que abrange as áreas edificáveis 27.2, 27.3, 28 e 29, devem ser observados os seguintes critérios:

a) O limite norte deverá ajustar-se ao traçado e características do Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul, bem como ao nó da porta norte; b) A organização da edificação é livre, mas sempre ajustando-se à sua condição de área de transição e de limite, apoiada no último lanço do eixo central e adjacente ao Eixo Rodoviário Fundamental Norte-Sul.

2 - Na área formada pelo Núcleo Antigo da Charneca e sua área envolvente, preservar-se-ão os elementos de valor arquitetónico e urbanístico do referido núcleo, a saber, o carácter dos espaços livres (Largo dos Defensores da República e Campo das Amoreiras) e os imóveis que formam frente para esses espaços nos termos do disposto no artigo 25º-C presente Regulamento.

3 - Nas áreas de espaços de atividades económicas a consolidar, adjacentes à Nova Av. Eng. Santos e Castro, devem ser observados os seguintes critérios:

a) A disposição e as características da edificação são livres, adaptando-se à função à qual se destinam;

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b) A área poder-se-á organizar no seu interior com um só acesso que facilite o controlo de entradas e saídas ou poderá estabelecer um maior número de ligações viárias com a malha reticular; c) No âmbito das operações urbanísticas a promover nesta área, devem ser resolvidos os acessos rodoviários ao nó da Nova Av. Eng. Santos e Castro com Loures, assim como, ao núcleo histórico da Charneca; d) Nas respetivas áreas edificáveis deve-se garantir uma faixa verde de proteção à Nova Av. Eng. Santos e Castro; e) Os limites dessas áreas edificáveis devem ajustar-se ao limite das infraestruturas confinantes por meio de uma vedação construída;

4 - Em qualquer circunstância de execução do plano nesta UOPG, é condicionante obrigatória garantir a relação da envolvente com o núcleo histórico da Charneca.

Artigo 33.º

(Revogado.)

Artigo 34.º

(Revogado.)

Artigo 35.º

(Revogado.)

Artigo 36.º

(Revogado.)

Artigo 37.º

(Revogado.)

Artigo 38.º

(Revogado.)

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Artigo 39.º

(Revogado.)

Artigo 40.º

(Revogado.)

Artigo 41.º

(Revogado.)

10 - Execução do plano

Artigo 42.º

Instrumentos de execução

1 - A execução do plano processa-se de acordo com o disposto no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial e Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, demais legislação aplicável, não sendo obrigatória a delimitação de unidade de execução desde que o respetivo instrumento abranja uma ou mais áreas edificáveis.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, elaborar-se-ão projetos especiais das grandes vias e dos parques.

Artigo 43.º

(Revogado.)

Artigo 44.º

Projetos especiais

1 - Os projetos especiais das grandes vias são os seguintes:

a) Rotunda da porta sul; b) Rotunda da porta norte; c) Eixo central.

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2 - Os projetos deverão abranger a totalidade da via. Podem ser estabelecidas fases de execução para os diferentes lanços ou ligações.

3 - Os projetos especiais das vias envolventes e das respetivas infraestruturas de subsolo, quando existam, constituem condicionantes dos IGT e das operações urbanísticas.

4 - Os projetos especiais dos parques correspondem aos três grandes parques definidos no artigo 6º.

Artigo 45.º

(Revogado.)

Artigo 46.º

(Revogado.)

Artigo 47.º

(Revogado.)

Artigo 48.º

(Revogado.)

Artigo 49.º

(Revogado.)

Artigo 50.º

(Revogado.)

Artigo 51.º

Obras de urbanização

1 - A execução das obras de urbanização resultantes de IGT ou de realização de operações urbanísticas deverá contemplar soluções que permitam o funcionamento independente da respetiva área, ainda que não tenham sido executadas as obras de urbanização das áreas limítrofes.

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2 - Nos projetos de execução de infraestruturas estas serão obrigatoriamente dimensionadas com função e capacidade suficientes para assegurar o serviço adequado das áreas cujo desenvolvimento venha a processar-se posteriormente.

Artigo 52.º

(Revogado.)

Artigo 53.º

(Revogado.)

Artigo 54.º

(Revogado.)

Artigo 55.º

(Revogado.)

Artigo 56.º

(Revogado.)

Artigo 57.º

(Revogado.)

Artigo 58.º

(Revogado.)

Artigo 59.º

(Revogado.)

Artigo 60.º

(Revogado.)

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11 - Disposições complementares

Artigo 61.º

Usos temporários em áreas expectantes

1 - Em áreas expectantes, destinadas a obras de urbanização ou edificação previstas na UOPG4 do Plano, podem ser admitidos de forma precária e temporária os usos de valorização ambiental e produção alimentar local, incrementando a reabilitação do potencial agrícola e paisagístico das antigas quintas ainda existentes na zona da Charneca. Nestes espaços podem ser incentivadas iniciativas de agricultura urbana com vista ao aumento da produção alimentar à escala local, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 50.º da 1ª Revisão do PDML.

2 - Não são admitidos outros usos temporários para além dos previstos no presente artigo, exceto os que justificadamente sejam objeto de avaliação quanto à sua adequação e apenas serão autorizados a título excecional e de forma precária;

3 - Em caso algum, as possibilidades admitidas nos números anteriores poderão comprometer os prazos de execução definidos para a UOPG 4.

Artigo 62.º

Vias e troços de ligação provisórios

1 - Enquanto se não construírem as novas vias propostas, manter-se-ão as existentes, assegurando o acesso tanto aos usos instalados como às edificações que venham a construir-se.

2 - Para assegurar tal acesso, construir-se-ão, se necessário, troços provisórios de ligação entre as vias existentes e propostas.

3 - Enquanto não forem transferidas as instalações da Carris, será garantido o adequado acesso aos respetivos veículos, mediante a construção de novos troços de vias ou manutenção das existentes.

12- Disposições finais»

Artigo 63.º

Entrada em vigor

O Plano entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação no Diário da República .

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ANEXO I – Quadro de Usos do Solo e Edificabilidade nas UOPG

SUPERFÍCIE DE PAVIMENTO

N.º TOTAL UOPG ÁREAS TOTAL HABITAÇÃO OUTROS USOS ADMITIDOS OBSERVAÇÕES EDIFICÁVEIS

% % % % m2 m2 m2 m2 m2 min. máx. min. máx. Máxima Sup. 891.735 805.946 90% 846.878 95% 44.857 5% 85.789 10% Pavimento Edificação 1 9 645.252 614.136 95% 614.136 95% 31.116 5% 31.116 5% Construída 246.483 191.810 78% 232.742 94% 13.741 6% 54.673 22% Nova edificação Máxima Sup. 865.283 518.858 60% 659.111 76% 206.172 24% 346.424 40% Pavimento Edificação 2 14 91.240 88.787 97% 88.787 97% 2.453 3% 2.453 3% Construída 774.043 430.071 56% 570.324 74% 203.719 26% 343.971 44% Nova edificação Máxima Sup. 359.388 319.075 89% 336.652 94% 22.736 6% 40.313 11% Pavimento Edificação 3 10 251.561 241.363 96% 241.363 96% 10.198 4% 10.198 4% Construída 107.827 77.712 72% 95.289 88% 12.538 12% 30.115 28% Nova edificação Máxima Sup. 355.528 74.742 21% 136.468 38% 219.060 62% 280.786 79% Pavimento Edificação 4 7 0 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Construída 355.528 74.742 21% 136.468 38% 219.060 62% 280.786 79% Nova edificação

Máxima Sup. 2.471.933 1.718.622 70% 1.979.109 80% 492.824 20% 753.311 30% Pavimento Edificação TOTAL 40 988.053 944.286 96% 944.286 96% 43.767 4% 43.767 4% Construída 1.483.881 774.336 52% 1.034.823 70% 449.057 30% 709.545 48% Nova edificação

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ANEXO II – Quadro de Coordenadas das Alturas Máximas Edificáveis

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -88646,50 -98838,50 140,00 2 -88666,30 -98898,20 140,00 3 -88686,80 -98975,80 140,00 3 4 -88701,90 -99004,10 140,00 5 -88725,00 -98968,50 140,00 6 -88746,70 -98929,60 140,00 7 -88766,50 -98888,10 141,00 1 -88907,10 -98992,30 141,00 2 -88808,30 -98968,30 141,00 3 -88778,50 -99019,50 141,00 4 4 -88794,90 -99065,50 141,00 5 -88851,00 -99081,90 141,00 6 -88903,20 -99094,40 141,00 1 -88590,40 -99069,80 141,00 2 -88543,00 -99055,50 139,00 3 -88500,50 -99042,60 137,00 4 -88456,40 -99029,30 135,00 5 -88411,80 -99015,80 134,00 6 -88396,30 -99034,70 132,00 7 -88342,40 -98975,00 132,00 8 -88316,10 -99190,80 127,00 5 9 -88311,30 -99269,60 125,00 10 -88310,10 -99290,60 125,00 11 -88364,40 -99253,10 128,00 12 -88424,30 -99228,60 131,00 13 -88434,60 -99150,90 125,00 14 -88521,90 -99173,70 136,00 15 -88570,90 -99137,50 139,00 16 -88614,50 -99099,30 143,00 17 -88473,40 -99120,10 128,00 1 -88782,80 -98248,20 144,00 2 -88704,80 -98254,60 143,00 3 -88639,60 -98285,40 143,00 4 -88613,50 -98318,00 143,00 5 -88587,20 -98351,00 142,00 6 -88561,40 -98383,30 142,00 6 7 -88531,50 -98420,00 142,00 8 -88484,40 -98439,20 141,00 9 -88463,30 -98375,60 142,00 10 -88406,40 -98394,40 141,00 11 -88406,30 -98465,10 141,00 12 -88349,30 -98483,90 140,00 (*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO D O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -88475,60 -98850,60 140,00 2 -88484,80 -98863,60 140,00 3 -88487,70 -98883,70 139,00 4 -88501,80 -98926,40 139,00 5 -88512,90 -98959,60 138,00 7 6 -88545,10 -98993,40 139,00 7 -88611,60 -99013,50 140,00 8 -88678,00 -99033,60 140,00 9 -88590,40 -98949,70 140,00 10 -88554,20 -98840,60 140,00 1 -88331,00 -98795,30 136,78 9 2 -88412,30 -98803,40 139,40 10 1 -88284,60 -98790,60 135,00 1 -88241,40 -98881,10 130,58 2 -88243,80 -98964,50 127,00 3 -88220,80 -98866,80 130,44 4 -88165,20 -98906,30 127,00 5 -88184,20 -98900,00 127,00 6 -88203,00 -98957,00 126,00 12 7 -88209,30 -98976,00 126,00 8 -88135,20 -98979,50 123,00 9 -88136,70 -99015,80 122,00 10 -88086,30 -98864,00 126,00 11 -88100,50 -98906,70 125,00 12 -88177,90 -98881,00 128,00 1 -88126,00 -98724,50 133,00 2 -88050,20 -98754,80 130,00 3 -88061,20 -98788,00 129,00 13 4 -88075,30 -98830,70 127,00 5 -88152,70 -98805,10 130,00 6 -88195,70 -98790,90 132,00 1 -88814,50 -98315,00 143,00 2 -88815,10 -98375,00 143,00 14 3 -88825,20 -98442,90 143,00 4 -88847,60 -98448,20 143,00 1 -88489,80 -98646,00 140,00 2 -88405,90 -98636,90 140,00 15 3 -88426,90 -98700,40 140,00 4 -88510,20 -98707,60 140,00

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO D O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -88283,80 -98533,10 139,00 2 -88207,60 -98558,30 137,00 16 3 -88231,80 -98631,40 138,00 4 -88249,60 -98685,00 138,00 5 -88308,00 -98606,10 139,00 1 -88322,80 -98434,80 139,00 2 -88272,30 -98451,50 138,00 3 -88243,80 -98461,00 138,00 17 4 -88182,10 -98481,40 137,00 5 -88194,70 -98519,40 137,00 6 -88284,90 -98489,50 138,00 1 -88101,30 -98506,10 137,00 2 -88058,30 -98520,30 135,00 3 -87981,00 -98546,00 133,00 4 -87999,80 -98602,90 134,00 18 5 -88020,50 -98665,10 134,00 6 -88102,40 -98653,20 136,00 7 -88155,70 -98670,30 137,00 8 -88126,40 -98582,00 137,00 9 -88083,50 -98596,30 135,00 1 -88499,00 -98133,60 143,00 2 -88417,90 -98100,30 141,00 19 3 -88389,70 -98136,60 141,00 4 -88384,60 -98206,70 140,00 5 -88419,50 -98147,80 141,00 1 -88342,50 -98233,60 139,00 20.1 2 -88265,90 -98214,50 138,00 1 -88260,00 -98032,10 138,00 20.2 2 -88204,50 -98029,40 137,00 3 -88210,80 -98048,40 138,00 1 -88157,90 -98153,40 138,00 2 -88081,80 -98178,60 140,00 (*) 3 -88106,00 -98251,70 139,00 (*) 20.3 4 -88131,10 -98327,60 138,00 (*) 5 -88174,10 -98313,40 136,00 6 -88182,20 -98226,50 137,00

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO D O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -88155,40 -98022,50 137,00 2 -88108,90 -98006,30 136,00 3 -88074,10 -98012,60 135,00 4 -88031,40 -98026,70 143,00 (*) 20.4 5 -88054,10 -98063,50 142,00 (*) 6 -88067,30 -98135,00 141,00 (*) 7 -88105,30 -98106,60 136,00 8 -88143,20 -98109,80 136,00 9 -88087,30 -98052,50 135,00 1 -88001,50 -98205,20 140,00 2 -87958,60 -98219,40 133,00 3 -87925,40 -98230,40 132,00 4 -87881,20 -98245,10 131,00 5 -87905,50 -98318,20 132,00 6 -87919,00 -98360,10 132,00 7 -87930,60 -98394,10 132,00 21.1 8 -87953,80 -98464,10 133,00 9 -88007,10 -98430,10 134,00 10 -88008,00 -98368,50 135,00 11 -88050,90 -98354,20 138,00 12 -87997,00 -98335,20 133,00 13 -87982,80 -98292,50 133,00 14 -88025,80 -98278,30 139,00 (*) 15 -87971,80 -98259,30 133,00 1 -87941,70 -98056,50 143,00 (*) 2 -87899,00 -98070,60 132,00 3 -87832,50 -98097,90 131,00 4 -87844,60 -98125,00 131,00 21.2 5 -87866,80 -98201,40 131,00 6 -87934,90 -98178,80 132,00 7 -87976,00 -98159,90 141,00 (*) 8 -87954,90 -98096,30 142,00 (*) 9 -87921,70 -98107,30 132,00 1 -88582,70 -97900,90 145,00 2 -88572,40 -97945,20 144,00 3 -88530,90 -97966,20 144,00 4 -88503,40 -97993,00 143,00 22.1 5 -88476,00 -98019,70 143,00 6 -88448,60 -98046,40 142,00 7 -88506,40 -98075,00 143,00 8 -88549,30 -98021,10 144,00

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO D O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -88537,30 -97708,70 145,00 2 -88509,90 -97705,60 144,00 3 -88535,20 -97785,80 144,00 22.2 4 -88536,50 -97798,90 144,00 5 -88450,60 -97909,30 143,00 6 -88471,20 -97946,10 143,00 7 -88566,70 -97797,80 145,00 1 -88440,20 -97635,80 144,00 2 -88445,90 -97722,40 145,00 (*) 3 -88466,10 -97783,20 145,00 (*) 4 -88471,70 -97801,40 145,00 22.3 5 -88415,21 -97846,19 145,00 6 -88436,60 -97871,28 142,00 7 -88494,26 -97806,34 144,00 8 -88488,85 -97781,88 144,00 9 -88466,70 -97715,50 144,00 1 -88319,00 -97649,30 145,00 (*) 22.4 2 -88301,90 -97727,70 144,00 (*) 3 -88329,10 -97718,00 145,00 (*) 1 -88274,00 -97764,90 144,00 (*) 2 -88245,80 -97774,20 139,00 3 -88193,90 -97791,40 138,00 4 -88160,60 -97802,40 138,00 5 -88132,40 -97811,80 137,00 23.1 6 -88187,60 -97946,80 138,00 7 -88220,40 -97928,80 138,00 8 -88290,80 -97988,30 139,00 9 -88301,60 -97961,40 139,00 10 -88291,50 -97889,70 140,00 11 -88317,10 -97875,60 140,00 1 -88263,30 -97740,50 144,00 (*) 2 -88237,80 -97749,00 139,00 23.2 3 -88212,50 -97757,40 139,00 4 -88191,90 -97764,20 139,00 5 -88152,90 -97777,10 138,00 1 -88107,20 -97867,60 137,00 2 -87998,80 -97870,90 142,00 (*) 3 -88069,20 -97899,20 136,00 24 4 -88080,10 -97932,20 136,00 5 -87987,80 -97895,00 142,00 (*) 6 -88023,20 -98002,10 140,00 (*) 7 -88055,50 -97991,40 135,00

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO D O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -87858,80 -97918,30 132,00 2 -87798,50 -97995,40 134,00 (*) 3 -87804,80 -98014,40 131,00 4 -87848,90 -97999,80 132,00 25 5 -87842,60 -97980,80 132,00 6 -87887,60 -97987,00 132,00 7 -87881,30 -97968,00 132,00 8 -87924,40 -97972,50 140,00 (*) 9 -87910,30 -97929,90 142,00 (*) 1 -88310,50 -97415,30 143,00 2 -88268,00 -97401,80 145,00 (*) 3 -88234,40 -97444,80 142,00 4 -88191,10 -97491,60 141,00 27.1 5 -88222,70 -97498,50 141,00 6 -88249,90 -97504,50 142,00 7 -88289,20 -97513,00 142,00 8 -88311,70 -97517,90 145,00 (*) 9 -88299,80 -97464,20 143,00 1 -88188,70 -97396,40 145,00 (*) 27.2 2 -88113,40 -97468,20 145,00 (*) 3 -88152,60 -97483,30 145,00 (*) 1 -88078,20 -97504,10 139,00 2 -88051,10 -97498,40 145,00 (*) 3 -88029,20 -97600,60 132,00 4 -88005,40 -97707,90 133,00 27.3 5 -88032,40 -97713,60 131,00 6 -88056,30 -97606,30 133,00 7 -88104,70 -97407,80 145,00 (*) 8 -87970,60 -97810,50 142,00 (*) 28 152,00 (a) 29 152,00 (a)

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO D O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

ÁREA COTA MÁXIMA PONTO X Y EDIFICÁVEL (metros)

1 -87996,2 -97410,9 145,00 (*) 2 -87906,3 -97419,9 137,00 3 -87875,8 -97465,2 136,00 4 -87846,2 -97509,5 135,00 5 -87834,8 -97558,7 135,00 6 -87854,1 -97585,5 135,00 7 -87833,0 -97672,7 134,00 8 -87802,2 -97689,0 133,00 9 -87837,0 -97772,7 133,00 30 10 -87949,9 -97755,5 135,00 11 -87875,1 -97682,2 134,00 12 -87956,6 -97634,4 136,00 13 -87968,3 -97610,2 136,00 14 -87978,8 -97561,1 140,00 (*) 15 -87989,3 -97512,0 142,00 (*) 16 -87999,8 -97462,9 144,00 (*) 17 -87839,6 -97846,4 142,00 (*) 18 -87792,2 -97896,6 142,00 (*) 1 -87641,8 -98002,6 120,44 2 -87669,3 -98060,1 119,82 3 -87713,3 -98193,0 118,44 4 -87732,2 -98250,0 117,84 5 -87584,8 -98021,5 120,36 32 6 -87538,6 -98114,0 119,57 7 -87570,2 -98129,8 119,34 8 -87619,0 -98229,5 118,26 9 -87662,0 -98317,6 117,31 10 -87708,0 -98364,6 116,76 1 -87554,0 -97712,2 123,45 2 -87598,0 -97845,1 122,07 3 -87620,0 -97911,6 121,37 4 -87624,5 -97950,4 120,98 5 -87534,5 -97539,0 131,46 6 -87461,9 -97558,3 122,59 33 7 -87429,8 -97618,3 122,30 8 -87427,2 -97649,7 122,83 9 -87423,4 -97718,6 123,38 10 -87483,2 -97867,4 122,09 11 -87494,1 -97941,0 121,35 12 -87559,7 -97945,5 121,17

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

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OUTRAS COTA MÁXIMA PONTO X Y ÁREAS (metros)

1 -88459,20 -98893,20 138,47 2 -88356,00 -98927,40 133,28 Q 3 -88431,50 -98959,10 135,52 4 -88490,70 -98977,00 137,67 1 -88244,60 -99082,30 124,34 E1 2 -88150,80 -99058,60 121,00 3 -88161,90 -99091,80 120,00 E2 1 -88826,10 -98522,90 143,00 1 -88332,00 -97745,60 145,00 (*) E3 2 -88307,30 -97753,90 144,00 (*)

(*) Cotas validadas para materiais não metálicos (a) Foram validados todos os pontos para a cota 152 (Ver carta da ANA n º 1207/CA, de 2000 -11-13)

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ANEXO III - Parâmetros de dimensionamento do estacionamento de uso privativo para instalações de Micro-logística, logística , indústria ou indústria compatível (Zona D)

Uso (lugar por 100 m 2 de S.p) Mínimo Máximo Micrologística, logística, indústria ou indústria compatível 0,3 0,7

S.p. – Superfície de pavimento

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ANEXO IV – Parâmetros de dimensionamento do estacionamento de uso público (Zona D)

Uso (lugar por 100 m 2 de S.p) Mínimo Máximo Habitação coletiva ou unifamiliar 0,4 0,6 Serviços 0,4 0,6 0,75 1,0 Para Centros Comerciais ou unidades comerciais com S.p. superior a 2500 Comércio retalhista m2 é possível acomodar a oferta de estacionamento público, dentro do próprio lote. 0,1 0,3 Micro-logística, logística, industria ou indústria Para as instalações com S.p. superior a 1500 m 2 é possível acomodar a compatível oferta de estacionamento público, dentro do próprio lote.

S.p. – Superfície de pavimento

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ANEXO V – Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico - Listagem e Fichas Patrimoniais

Bens da Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico (CMPEP), a que fazem referência os artigos 25º - B e 25º - C - Listagem e fichas patrimoniais -

I. Bens Classificados ou em Vias de Classficação oficial

3338 Quinta Alegre (Palácio, Jardins, Construções e Elementos Decorativos), Imóvel de Interesse Público 74047 Igreja Paroquial de São Bartolomeu da Charneca, incluindo o Cemitério / Largo Defensores da República, Monumento de Interesse Público CML20 (CMPEP 18.24 e 18.26A) - Edifício da Quinta dos Lilazes e Parque das Quintas das Conchas e Lilazes / Alameda das Linhas de Torres, 198-220 (Em vias de classificação – IIM) CML24 (CMPEP 18.26) - Casa da Quinta das Conchas / Alameda das Linhas de Torres, 154-156 (Em vias de classificação - IIM)

II. Outros bens da CMPEP

05.01 - Forte da Ameixoeira / Estrada do Forte da Ameixoeira 13.01 - Núcleo antigo da Charneca / Campo das Amoreiras, 1-48 e 51-116; Largo dos Defensores da República, 1-4 e 11-30; Estrada do Forte da Ameixoeira, 1 e Estrada do Poço de Baixo, 4 13.02 - Antiga casa rural / Campo das Amoreiras, 41-42 13.05 - Antiga casa rural /Campo das Amoreiras, 35-36 - Pátio da Guiomar (ver 13.05) 13.07 - Cruzeiro da Charneca / Largo dos Defensores da República - Cruzeiro da Igreja de S. Bartolomeu da Charneca: ver 13.07 13.09 - Quinta Grande / Largo dos Defensores da República, 1-2; Av. Santos e Castro 13.12 - Quinta do Bom Jardim / Campo das Amoreiras, 115-116 - Quinta do Bonjardim: ver 13.12 13.13 - Quinta do Louro / Campo das Amoreiras, 47-48 13.14 - Quinta de Nossa Senhora da Conceição / Campo das Amoreiras, 43-45 - Lar da Sagrada Família: ver 13.14 13.15 - Quinta do Poleiro / Largo dos Defensores da República, 11-19 13.17 - Quinta dos Milagres / Azinhaga dos Milagres, 2-6 13.21 - Azinhaga dos Milagres 13.24 - (Antiga) Quinta / Largo dos Defensores da República, 20-23 13.25 - Antiga casa rural / Campo das Amoreiras, 98-103

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13.26 - Conjunto de dois edifícios de habitação / Campo das Amoreiras, 22-23 e 24-25 18.17 - Colégio de S. João de Brito / Estrada da Torre, 28 18.17A - Colégio de S. João de Brito: edifício principal 18.17B - Casa Provincial, Procuradoria e Residência de S. Francisco 18.17C - Igreja do Colégio de S. João de Brito 18.18 - Quinta da Musgueira / Azinhaga da Musgueira 18.24 - Edifício da Quinta dos Lilazes e Parque das Quintas das Conchas e Lilazes / Alameda das Linhas de Torres, 198-220 (Em vias de classificação – IIM, CML20) 18.26 - Quinta das Conchas / Alameda das Linhas de Torres, 154-160 (Em vias de classificação – IIM, CML20) 18.26A – Casa da Quinta das Conchas / Alameda das Linhas de Torres, 154-156 (Em vias de classificação IIM, CML 24) 18.28 - Quinta dos Ulmeiros / Alameda das Linhas de Torres, 150-152A (fachadas) - Quinta de Santo António dos Ulmeiros: ver 18.28 - Quinta do Pedreira: ver 18.28 - Quinta das Pedreiras: ver 18.28 - Palacete Norton de Matos: ver 18.28 18.27 - Tóbis Portuguesa: estúdio e laboratório / Praça Bernardino Machado, s/ nº 18.44 – Palacete (fachadas) / Alameda das Linhas de Torres, 22 (Prémio Valmor 1912) 18.46 - (Antiga) Quinta das Mouras / Alameda das Linhas de Torres, 20-20A 18.47 - Palacete / Alameda das Linhas de Torres, 6 18.48 – (Antiga) Quinta das Calvanas / Alameda das Linhas de Torres, 2-4 18.49 - Colégio de Santa Doroteia / Av. Marechal Craveiro Lopes, 1-3 18.82 - Conjunto de blocos habitacionais / Av. Maria Helena Vieira da Silva, 14-14C e 16; Rua Prof. Salazar de Sousa, 22 e Av. Maria Helena Vieira da Silva, 16; Rua Prof. Salazar de Sousa, 20 (Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura 1991 - Menção Honrosa) 18.84 - Edifício de habitação plurifamiliar / Alameda das Linhas de Torres, 34 18.85 – (Antiga) Quinta de N. Sra. do Livramento / Estrada da Torre, 79-85 18.86 - Fontanário / Estrada da Torre; Estrada da Musgueira 18.87 - Edifício de habitação / Junta de do Lumiar / Estrada da Torre, 19 18.88 - Prédio de rendimento / Estrada da Torre, 35 18.89 – Edifício de habitação pombalino / Estrada da Torre, 53-59 18.90 - Edifício de habitação / Estrada da Torre, 71-73A 18.91 - Conjunto de duas moradias / Alameda das Linhas de Torres, 78-80 e 82-86 18.92 - Antiga central telefónica / Alameda das Linhas de Torres, 98 18.93 - Azinhaga de Entremuros / Alameda das Linhas de Torres, entre os nºs 20 e 22

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.01 Designação patrimonial: Núcleo antigo da Charneca do Lumiar SIG: Outras designações:

Morada: Campo das Amoreiras, 1-48 e 51-116; Largo dos Defensores da República, 1-4 e 11-30; Estrada do Forte da Ameixoeira,1 e Estrada do Poço de Baixo, 4 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): (código): 13.01 Utilização: Mista (habitacional, religiosa, assistencial, agrícola, comercial, industrial, cultural, de lazer) Proprietário: CML, Patriarcado, Santa Casa Misericórdia, etc., particulares Locatário:

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séculos XVI-XX Autoria(s):

Contexto urbano: Extremo nordeste do concelho, próximo do aeroporto de Lisboa, dominando a paisagem a poente até ao rio Tejo. Antigo aglomerado rural dos arredores de Lisboa, atualmente enquadrado pela rede viária projetada e em execução, no âmbito do PUAL (1995)*.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológicas: Aglomerado do termo de Lisboa, constituído como freguesia autónoma no princípio séc. XVI. Organizou-se em dois pólos distintos: o primeiro, a norte, em torno do Campo das Amoreiras, amplo terreiro de configuração triangular onde se realizava importante feira agrícola anual (24 de Agosto, dia de S. Bartolomeu)**; o segundo pólo, a sul, correspondente ao atual Largo dos Defensores da República, coincide com uma antiga encruzilhada de vias da estrutura viária periférica de Lisboa, ligando à cidade (Estrada da Charneca

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) ou das Amoreiras), a Sacavém, a Camarate e Póvoa de St. Adrião, à Ameixoeira e, através da Estrada da Torre, ao Lumiar. Uma antiga ermida em posição dominante sobre o largo, deu lugar à notável Igreja de S. Bartolomeu da Charneca (Monumento de Interesse Público, Portaria nº 740- BL/2012, de 24.12), construída em 1685. Do século XVII data igualmente a primeira vaga de ocupação aristocrática do lugar***: justifica a presença de numerosas quintas de produção e recreio e de casas rurais mais modestas que reproduzem os valores plásticos e de representação das primeiras. O núcleo manteve caraterísticas rurais estáveis e sem alteração morfológica até ao meio do séc. XX. O edificado, de pequena escala e cércea reduzida (em média, 2 pisos), apresenta um espetro tipológico alargado no que respeita à arquitetura corrente como de exceção, com presença significativa de antigas casas rurais. Nestas, deve assinalar-se a ocorrência frequente de poços e pontos de água utilizáveis. As transformações sociais e urbanas do século XIX e XX determinaram acentuado isolamento da Charneca, que acolhe um novo tipo de população de recursos económicos frágeis e se emprega nas zonas industriais mais próximas, como Sacavém. A conversão de algumas quintas em pátios operários insere-se neste último contexto, assim como, mais tarde, a proliferação de conjuntos de habitação precária, em logradouros e terrenos agrícolas abandonados, até aos anos de 1990. A Charneca do Lumiar foi objecto de um Plano de Salvaguarda em 1985 (CML/COPRAD), que não foi executado, e duas das suas quintas (Pátio da Guiomar, ver 13.05), e Pátio 9 – Quinta de S. João, demolido) integraram o Plano de Salvaguarda. Pátios e Vilas, 1993 (CML/Dir. Municipal de Reabilitação Urbana), que não teve sequência.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom Razoável X Mau X

Avaliação patrimonial: Núcleo urbano antigo da periferia de Lisboa, de acentuada ruralidade, mantendo quase intactas as suas caraterísticas morfológicas pré-industriais (ver cartografia histórica), apesar das adulterações e perdas patrimoniais das últimas três décadas. Elemento diferenciador e recurso patrimonial e ambiental significativo no quadro da cidade.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Morfologia e imagem urbana, estrutura ecológica e paisagística, volumetria do edificado, elementos arquitetónicos e construtivos identificadores dos períodos de consolidação e evolução do aglomerado entre os séculos XVII e XIX.

FONTES DE INFORMAÇÃO Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Estudos Preliminares da Carta Municipal do Património, CML-DPE, 1994, 5 vols. (vol. 1 - Núcleos Urbanos de Interesses Histórico), polic.; Plano de Pormenor de Salvaguarda. Pátios e Vilas, Div. Reabilitaçao Urbana dos Patios e Vilas, CML/DMRU, 1993; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985; Vítor Serrão, “Sítio da Charneca”, Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, Fernando de Almeida (dir.), Assembleia Distrital de Lisboa, 2000, vol. 5, tomo 4, parte 2, pp. 346-347.

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Outros inventários patrimoniais: Carta dos Núcleos Urbanos de Interesse Histórico, Proposta nº 331/91, aprovada em Sessão de Câmara de 30 de Julho de 1991. Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, IGC/CML, 1948-50; Maximiano José Serra, Carta Topográfica dos Suburbios de Lisboa – Planta da Charneca, 1:55000, 1827-28

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio; Lisboa Interativa, lxi.cm-lisboa.pt; SIDCARTA (Sistema de Informação para Documentação Cartográfica: o Espólio da Engenharia Militar Portuguesa), www.sidcarta.exercito.pt

Observações: (*) A execução do PUAL determinou a demolição de algumas casas rurais nas franjas da Charneca. Prevê-se ainda a demolição do conjunto do Largo do Médico, na encosta a sudoeste do Largo dos Defensores da República. (**) Plano de Pormenor de Salvaguarda. Pátios e Vilas, Div. Reabilitaçao Urbana dos Patios e Vilas, CML/DMRU, 1993, nº 38 – Pátio da Guiomar, p. 2; (***) Em 1620, Frei Nicolau de Oliveira descreve a Charneca como “um lugar onde há muita gente nobre, que quer viver fora de Lisboa, como também se acha semelhante gente em todos estes lugares do termo da cidade”, Plano de Pormenor de Salvaguarda. Pátios e Vilas, 1993, nº 39 – Pátio nº 9, p. 2. Preenchido por: Maria Helena Barreiros

Planta da Charneca em 1827-28, SIDCARTA, refª 2336-2-16-22

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J.A.V. Silva Pinto, Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, CML, 1904-1911, e Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, CML/IGC, 1948-50, lxi.cm-lisboa.pt

Estrutura de quintas da Charneca Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, CML-COPRAD, 1985

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Campo das Amoreiras, frente edificada norte: portal de pátio com registo azulejar e habitação popular de dois pisos

Campo das Amoreiras, frente edificada poente em junho de 2012. Em maio de 2013, o nº 46, na foto, encontrava-se devoluto e a cobertura do torreão tinha ardido

Campo das Amoreiras, vista para poente e sobre o muro da Quinta Alegre

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Quinta Alegre, Imóvel de Interesse Público (dec. 129/77, de 29.09.1977)

Campo das Amoreiras: aspeto da calçada (lado poente), fachada com portal seiscentista (nascente-sul), portal com registo azulejar em interior de pátio (lado norte)

Campo das Amoreiras, frente edificada norte

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Campo das Amoreiras, frente edificada sul-poente, nºs 14, 15 a 21, na direção do Largo Defensores da República, e coberto vegetal a tardoz

Igreja de S. Bartolomeu da Charneca (foto DGPC), Testemunho de biodiversidade no espaço verde Monumento de Interesse Público (portaria 740-BL/2012, envolvente da igreja de S. Bartolomeu (abril 2013) de 24.12.2012)

Campo das Amoreiras, frente poente, vista de sul e de norte, 1973. AML - Núcleo Fotográfico

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Capela de S. Bartolomeu, Campo das Amoreiras, 1959 (demolida); igreja de S. Bartolomeu da Charneca e envolvente, década de 1950. AML - Núcleo Fotográfico

Conversadeiras e revestimentos azulejares da Quinta Alegre (1961); registo em azulejo desaparecido (foto 1961) que existiu na fachada do nº 43 do Campo das Amoreiras (ver 13.14).

AML - Núcleo Fotográfico

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.02 Designação patrimonial: Antiga casa rural SIG: Outras designações:

Morada: Campo das Amoreiras, 41-42 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): 13.02 (código): 13.02 Utilização: Devoluto Proprietário: CML Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: séculos XVII (?)*-XVIII Autoria(s):

Contexto urbano: Frente edificada poente do Campo das Amoreiras.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica**: Antiga casa rural de pequena escala, de fundação talvez remontando ao século XVII*, contígua à Quinta de N. Sra. da Conceição (ver 13.14). A habitação de dois pisos e planta aprox. rectangular, adapta-se à morfologia da parcela. Dispõe-se perpendicularmente à via, que configura através da fachada menor e do muro alto que a continua. Neste abre-se portal de acesso a pátio, com remate em dupla curva e plinto ao centro, através do qual se acede ao piso habitacional primitivo por imponente escada exterior perpendicular ao corpo da habitação, dotada de patamar e conversadeiras. Na fachada menor sobre a rua, uma porta dá acesso ao piso térreo. Sobre ela, uma janela de sacada com rebordo em pedra confirma possível datação anterior ao terramoto de 1755. Um muro paralelo ao corpo habitacional subdivide o pátio, formando um logradouro junto à casa, que abriga amplo poço e conduzia à zona de cultivo a tardoz.

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Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom Razoável X Mau X**

Avaliação patrimonial: Exemplar relevante de pequena casa rural anterior a c.1750, determinante no desenho da frente poente do Campo da Amoreira.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Edifício de habitação e seus elementos arquitectónicos originais (guarnições dos vãos e outros elmentos em cantaria, conversadeiras), muro ao longo da via, portal e seus elementos arquitetónicos e decorativos, pátio, escadas exteriores, respetivos guarda, patamar e conversadeiras.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

Outras: AML - Núcleo Fotográfico; Lisboa Interativa, lxi.cm-lisboa.pt

Observações: (*) A confirmar. Sobre o portal, um pequeno letreiro em azulejo indica a data de 1609. (**) Sobretudo no que respeita ao pátio, logradouro e piso térreo da casa. Agradecimentos: Preenchido por: Maria Helena Barreiros

J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911, e Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, CML/IPGC

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Vista geral com eucalipto a tardoz, inserido no logradouro do edifício contíguo (ver 13.14)

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Escada exterior, patamar, relação com o pátio, pormenor da guarda

Poço junto à habitação e compartimento intermédio no piso térreo, com porta lateral para o logradouro

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AML – Núcleo Fotográfico, Campo das Amoreiras, nº 41 e seguintes, década de 1960 e início da seguinte

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.05 Designação patrimonial: Antiga casa rural SIG: Outras designações: Pátio da Guiomar

Morada: Campo das Amoreiras, 35-36 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 13.05 (código): (código): 13.05 Utilização: Habitacional Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII (atrib.) Autoria(s):

Contexto urbano: Limite sul-poente do Campo das Amoreiras, em cuja configuração assume papel destacado pela implantação, morfologia e por se tratar, atualmente, do primeiro edifício da frente edificada contínua até à igreja de S. Bartolomeu.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Exemplar de casa rural, tipologicamente semelhante a outras da Charneca (ver 13.02, na mesma frente para o Campo das Amoreiras), embora este evidencie alterações substantivas. A casa primitiva, de dois pisos, planta rectangular de grande profundidade e cobertura de duplo beiral, dispõe-se perpendicularmente à rua. Ao edifício primitivo, foram adossados dois outros corpos em épocas posteriores*: um de planta trapezoidal, prolongando a frente de rua; outro quadrangular, reconfigurando o pátio. O corpo longitudinal primitivo apresenta cobertura de duplo beiral e duas janelas de sacada com guardas de varão e nó** sobre as portas abertas à rua; o corpo trapezoidal, com apenas duas janelas, uma por piso, tem

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) também cobertura de duplo beiral. No pátio, na fachada maior do edifício primitivo, entre os dois acrescentos, abre-se uma porta para escadas de habitação coletiva vernácula, indiciando uma reconversão funcional remontando ao séc. XIX. Na zona de pátio existem vestígios de um ponto de água relevante***. Mantém-se área de horta a tardoz.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom Razoável X Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar relevante de casa rural datável do séc. XVIII. Embora bastante alterada, manteve parte relevante das suas caraterísticas tipológicas originais (volumetria e corpo habitacional com acesso através de pátio, protegido por muro ao longo da via). Pela sua implantação e configuração desde o início do séc. XX, é determinante na imagem urbana do Campo das Amoreiras, como do núcleo da Charneca no seu conjunto.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria, muro de proteção ao longo da via, portal para a rua, pátio, elementos em cantaria antiga, guardas em ferro das sacadas sobre a rua.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Plano de Pormenor de Salvaguarda. Pátios e Vilas, nº 38 – Pátio da Guiomar, CML/Divisão de Reabilitação Urbasna dos Pátiro e Vilas, 1993; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, CML/IPGC; Maximiano José Serra, Carta Topográfica dos Subúrbios de Lisboa – Planta da Charneca, 1:55000, 1827-28; Ortofotomapa 2011, Lisboa Interativa, lxi.cm-lisboa.pt Outras:

Observações: (*) Antes de 1906. Cf. J.A.V. Silva, Levantamento…, extrato 10V, 1906. (**) De tradição construtiva anterior ao terramoto de 1755. (***) O Plano de Pormenor de Salvaguarda. Pátios e Vilas…, 1999, faz referência a um espaço abobadado subterrâneo com interesse arquitetónico, associado ao poço, que não foi possível reconhecer. Agradecimentos:

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

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J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911, e Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML

Fachada sobre a rua e fachada voltada a norte, sobre antigos terrenos da Quinta do Louro

Pátio (à direita, o 2º corpo adossado) e escadas para a(s) habitação(ões) no 2º piso

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Zona do poço no pátio (ver levantamente Silva Pinto, 1906) e postigo com grade em ferro forjado, da tradição setecentista, na parede lateral norte

“Pátio da Guiomar”, 1968. AML – Núcleo Intermédio

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.07 Designação patrimonial: Cruzeiro da Charneca SIG: Outras designações: Cruzeiro da Igreja de S. Bartolomeu da Charneca

Morada: Largo dos Defensores da República Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS Inst. PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Alteração Gestão (código): 13.07 (código): 13.07 (código): 13.07 Territorial Utilização: Religiosa e monumental Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO

Datação: Sécs. XVI/XVII; restauro, 1943 Autoria(s): Manuel Busquets de Aguilar (restauro)

Contexto urbano: Cruzeiro levantado no adro da igreja de São Bartolomeu (séc. XVII), com a qual se encontra directamente relacionado.

Caracterização histórico-arquitectónica: O cruzeiro é constituído por elemento arquitectónico pétreo com forma de cruz latina, assente sobre o astrágalo do capitel de coluna monólita de canelado largo. A base da coluna possui escócia de perfil canelado côncavo entre dois toros quadrangulares e inscrição assinalando a data do restauro (1943) e o seu autor (Manuel Busquets de Aguilar). A peça, onde se reconhecem elementos plásticos manuelinos, assenta em plinto de pedra de base octogonal.

Material/Sistema construtivo: Pedra aparelhada

Estado de conservação: Bom Razoável X Mau AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Bom exemplar de cruzeiro integrando elementos de origem tardo-medieval,

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) relacionáveis com o templo que terá precedudo, no local, a atual Igreja de S. Bartolomeu (igreja do Espírito Santo).

Azulejaria (PISAL): 1 X* 2 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Elemento arquitectónico a preservar in situ na sua totalidade.

Recomendação: Integração explícita do cruzeiro na classificação da Igreja de São Bartolomeu da Charneca como Monumento de Interesse Público (cf. Portaria nº 740-BL/2012, de 24 de Dezembro)

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: Jornal A Voz, de 14-03-1943; Ferreira, Rosa Maria Trindade e Lemos, Fernando Afonso Andrade, Nova Monografia do Lumiar, Ed. Junta de Freguesia do Lumiar, Lisboa, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamentos de Lisboa à esc. 1:1000, 1904-11 (Silva Pinto) e 1948-50 (IGC/CML)

Outras:

Observações: (*) Justifica-se a atribuição do grau 1, entre outras razões, pela associação com um monumento classificado a nível nacional (Igreja de S. Bartolomeu da Charneca) Agradecimentos:

Preenchido por: Gisela Pimentel Revisão: Maria Helena Barreiros

Cruzeiro e pormenores do topo e da base, esta com inscrição assinalando o restauro executado em 1943

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Atual relação do cruzeiro com a igreja de S. Bartolomeu da Charneca (foto de 2004)

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.09 Designação patrimonial: Quinta Grande SIG: Outras designações:

Morada: Largo dos Defensores da República, 1-2; Av. Santos e Castro Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 13.09 (código): 13.09 (código): 13.09 Utilização: Habitacional Proprietário: Particular Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação (foto 2004)

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII Autoria(s):

Contexto urbano: Quinta de grandes dimensões, ocupando toda a encosta a sul da Charneca. A casa de habitação assinala a entrada no aglomerado a partir da antiga Estrada das Amoreiras/Av. Santos e Castro. Situa-se nas imediações da Igreja de S. Bartolomeu, em ponto dominante sobre o núcleo da Charneca.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: O conjunto edificado da Quinta Grande centra-se num pátio quadrangular com muro alto e portal para o largo da igreja. O pátio é definido pela casa de habitação a nascente, por anexos agrícolas, a poente e sul, e pelo muro a norte, prolongamento das fachadas da habitação e anexo agrícola, muro este coberto por um beiral duplo. O portal do pátio, de desenho clássico, rematado por frontão com curva dupla e plintos nas extremidades e ao centro, onde terá ainda existido peça escultórica. O portal terá talvez inspirado os

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) remates de portais de expressão popular, em casas rurais mais modestas da Charneca. A habitação, a que se acede pelo pátio, apresenta planta retangular, com dois pisos no extremo nascente (Av. Santos e Castro) e apenas um voltado ao pátio e ao exterior. A planta de coberturas* denuncia a existência de vários corpos justapostos com telhados independentes, assim como obras de alteração importantes em espaços pré-existentes. Uma delas deve ter dado origem ao corpo a nascente, com dois pisos e soco alto sobre a Av. Santos e Castro. Há notícia da permanência na quinta de diversas estruturas agrícolas, como poço, nora, etc.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial: Exemplar assinalável de quinta dos arredores de Lisboa, de presença marcante no contexto do núcleo antigo da Charneca.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Casa de habitação, muro norte, pátio e portal*.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985; Vítor Serrão, “Sítio da Charneca”, Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, Fernando de Almeida (dir.), Assembleia Distrital de Lisboa, 2000, vol. 5, tomo 4, parte 2, pp. 346-347 Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

Outras: Observações: (*) Não foi possível aceder ao interior da quinta, nem da casa de habitação. Agradecimentos: Preenchido por: Maria Helena Barreiros

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J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911

Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML

Frente norte da Quinta Grande e pormenor do portal. Notar o muro rematado por duplo beiral

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.12 Designação patrimonial: Quinta do Bom Jardim SIG: Outras designações: Bom Jardim (do Miramon)

Morada: Campo das Amoreiras, 115-116 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 13.12 (código): 13.12 (código): 13.12 Utilização: Industrial, habitação* Proprietário: Entidade privada Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação (2011)

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XIX Autoria(s):

Contexto urbano: Confluência das principais vias e espaços públicos da Charneca: gaveto sul do Campo das Amoreiras com a Estrada do Pisa-Pimenta e desta com a Estrada das Amoreiras, frente à Rua dos Defensores da República e ao início da Estrada do Forte da Ameixoeira.

Caracterização histórico-arquitectónica: Edifício com dois pisos e planta retangular, paralelo e recuado em relação à via, com jardim à frente protegido por muro, gradeamento e portão de grades com ombreiras de pedra aparelhada. Jardim, cobertura com platibanda e janela de água-furtada parecem resultar de campanha de obras, com pouca qualidade projetual, datável do final do séc. XIX ou inícios do séc. XX. A presença dos edifícios anexos a sul (provável adega) e a norte (este de dois pisos), com vãos e molduras em pedra análogas aos da casa principal, poderá indiciar a ampliação de um piso desta última. A casa dispunha de terreno agrícola de dimensões razoáveis a tardoz, hoje impermeabilizado e utilizado como estaleiro de empresa de construções.

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O interior, de pouco interesse arquitetónico e em mau estado de conservação, denuncia campanha de obras para transformação em habitação plurifamiliar datável do final do séc. XIX/inícios de XX.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial: Edifício cujo interesse resulta sobretudo da posição marcante que ocupa no contexto do aglomerado. 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Composição geral das fachadas do edifício principal e anexos, molduras dos vãos em cantaria do conjunto, jardim e sua relação com o espaço público fronteiro, registo azulejar com a identificação da antiga quinta.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: Vítor Serrão, “Sítio da Charneca”, Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, Fernando de Almeida (dir.), Assembleia Distrital de Lisboa, 2000, vol. 5, tomo 4, parte 2, pp. 346-347, Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

Outras:

Observações: (*) Residual.

Agradecimentos: Empresa proprietária.

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911, e Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML

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Casa e anexos da Quinta do Bom Jardim, no gaveto do Campo das Amoreiras com a Estrada do Pisa-Pimenta (foto 2004)

Perspetiva da fachada principal

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Pormenor da fachada principal

AML – Núcleo Fotográfico, registo de 1970

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.13 Designação patrimonial: Quinta do Louro SIG: Outras designações:

Morada: Campo das Amoreiras, 47-48 Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS Inst. PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Alteração Gestão (código): (código): 13.13 (código): 13.13 Territorial 13.13 Utilização: Habitação Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO

Datação: Séc. XVIII Autoria(s): Desconhecida

Contexto urbano: Insere-se no núcleo urbano antigo da Charneca (13.01), com terrenos contíguos aos da Quinta de Nossa Senhora da Conceição (13.14), no extremo da frente nascente do Campo das Amoreiras. A parte rústica da quinta estendia-se até a Azinhaga dos Milagres e à Estrada do Forte da Ameixoeira. O terreno agrícola encontra-se devoluto e devassado pela demolição dos muros de delimitação, nomeadamente o que configurava a azinhaga.

Caracterização histórico-arquitectónica: Conjunto edificado de planta irregular. Casa rural de dois pisos e planta retangular, implantada paralelamente à via, tem acesso através de pátio fronteiro protegido por muro sobre a estrada, em que se abre portal centralizado em relação ao plano da fachada da habitação. O corpo anexo a sul, datável do séc. XIX, foi adossado perpendicularmente à habitação a 1/4 da fachada, interrompendo a sua leitura e configurando o pátio retangular. Construções recentes no lado norte, sem interesse, substituíram antigo alpendre. No conjunto de arquitetura desornamentada, releva-se o muro exterior e o portal rematado por friso clássico e frontão contracurvado de inspiração barroca e expressão popular. Em pequena inscrição em pedra

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) no frontão, acima do friso, lê-se F A COLE Gª D S BARTHEV 1801 (transcrição: Foreira à Colegiada de S. Bartolomeu 1801). Em painel de azulejos no friso do portal lê-se “Quinta do Louro”.

Sistema construtivo: Alvenaria de pedra, cimento.

Estado de conservação: Bom Razoável X* Mau X** AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Exemplar modesto de casa rural, integrando o sistema de quintas da Charneca. Compõe significativamente a frente nascente do Campo das Amoreiras.

Azulejaria (PISAL): 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Implantação e configuração geral, ritmo dos vãos, pátio, muros e portal, inscrição em pedra, painel de azulejos.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML – NI): Bibliografia: Vítor Serrão, “Sítio da Charneca”, Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, Fernando de Almeida (dir.), Assembleia Distrital de Lisboa, 2000, vol. 5, tomo 4, parte 2, pp. 346-347; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, CML-COPRAD, 1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamento da Planta de Lisboa: 1904-1911, à esc. 1:1000, CML, 2005 (Planta Silva Pinto), extrato 10X.

Outras: Arquivo da UITN.

Observações: (*) Habitação. (**) Muros, portal, anexo a sul. Agradecimentos: Locatário

Preenchido por: Gisela Pimentel Revisão: Maria Helena Barreiros

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J.A.V. Silva Pinto, Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1904-1911, extrato 10X, 1906

Portal e placa com inscrição: “Foreira à Colegiada de S. Bartolomeu 1801”

Aspecto do pátio, fachada da casa, corpo adossado à esquerda e construções recentes, em cimento, à direita

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Vista do portal a partir do pátio, tanque, pormenores construtivos do corpo adossado (gateamento, suporte de antigo alpendre, vestígios do antigo pavimento, banco em alvenaria de pedra no ângulo com a habitação)

Fachada de tardoz e pormenor do acesso, construído no séc. XX. Note-se o duplo beiral do telhado, também presente no anexo do pátio, tipologicamente associado à “casa saloia” e às quintas mais modestas dos arredores de Lisboa

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Vista panorâmica da envolvente a tardoz

Planta de localização do conjunto das quintas da Charneca e planta de localização da Quinta do Louro, Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, CML – COPRAD, 1985

Imagens de arquivo da fachada principal – vista de conjunto. Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, CML – COPRAD, 1985

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Levantamento do alçado principal. Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, CML – COPRAD, 1985

Quinta do Louro, vista de tardoz datável da década de 1960. A fachada mantém os apoios em pedra de antigo alpendre e vão térreo entaipado , revelando uma cota de soleira original significativamente mais baixa

AML – Núcleo Fotográfico

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.14 Designação patrimonial: Quinta de Nossa Senhora da Conceição SIG: Outras designações: Lar da Sagrada Família

Morada: Campo das Amoreiras, 43-45 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 13.14 (código): 13.14 (código): 13.14 Utilização: Equipamento de assistência e habitação Proprietário: CML Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação (2004)

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII/início do séc. XIX (atrib.) Autoria(s):

Contexto urbano: Frente edificada nascente do Campo das Amoreiras, contígua à antiga casa rural com o nº de polícia 41-42 (13.02).

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Conjunto edificado de planta irregular, compõe-se de edifício de habitação com 2 pisos e águas-furtadas com acesso directo pela rua, prolongado por muro e portal aberto para um pátio. Dois corpos em sequência perfazendo planta aprox. retangular perpendicular à rua, com um piso e fachada menor sobre a rua, configuram a frente urbana e o lado norte do pátio. A habitação, de planta aprox. quadrada, tem características urbanas e apresenta influência dos modelos pombalinos, patente na cobertura em telhado duplo, dito mardeliano, limitado por paredes corta-fogo, com desenho em aletas acompanhado o declive do

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Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial: Edifício relevante na configuração da frente nascente do Campo das Amoreiras, apresentando a particularidade da adaptação de um programa habitacional urbano, de influência pombalina, a um contexto rural.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Habitação, cobertura, muro, portal e respetivo coroamento e a indicação, em azulejo, “Quinta de Nossa Senhora da Conceição”.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IPC/CML.

Agradecimentos: Lar da Sagrada Família e locatária do 1º piso Preenchido por: Maria Helena Barreiros

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Casa de habitação, muro e portal

Pormenor do coroamento do portal, fachada do corpo anexo

Compartimento de acesso e distribuição para quarto, à esquerda, e sala de tecto baixo em madeira e portas simetricamente colocadas nos cantos, à direita

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Janela da sala aberta à rua, com portadas e serralharia de tipo pombalino, pormenor do soalho

Vista a partir da sala para o compartimento da entrada e quarto; pormenor de serralharia de tipo setecentista (1ª metade do séc. XVIII)

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AML – Núcleo Fotográfico, 1968

AML – Núcleo Fotográfico

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Registo azulejar que existiu entre as duas janelas de sacada da Quinta de N. Sra. Da Conceição, embora não tenha sido executado com esse objetivo (ver interrupção do friso superior e a inserção das guardas das sacadas no painel).

AML – Núcleo Fotográfico

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.15 Designação patrimonial: Quinta do Poleiro SIG: Outras designações:

Morada: Largo dos Defensores da República, 11-19 Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS Inst. PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Proposta de Alteração Gestão (código): 13.15 (código): 13.15 (código): 13.15 Territorial Utilização: Centro de Assistência Infantil da Charneca do Lumiar, habitação* Proprietário: Sociedade de São Vicente de Paulo Locatário:

Planta de localização Fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII (atrib.) Autoria(s):

Contexto urbano: Núcleo urbano da Charneca. Quinta fronteira à igreja de São Bartolomeu (Monumento de Interesse Público)**, a cota inferior. O edifício principal, muro e acessos compõem o largo da igreja, dispondo-se ao longo de via estruturante (Rua do Meio, designação em uso em 1906) deste aglomerado dos antigos arredores de Lisboa. Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Exemplar de pequena escala tipologicamente inserido num tipo corrente de casa rural dos arredores de Lisboa, remontando pelo menos ao séc. XVIII: apresenta dois pisos e planta retangular, cujo lado maior e os muros altos se dispõem em continuidade ao longo da via pública; acesso é indirecto através de portal praticado no muro e aberto para um pátio interior, a partir do qual se acede ao andar habitacional por escada exterior em pedra, perpendicular ao eixo da via e adossada ao lado menor do edifício***. O portal de acesso à habitação (nº 16) é rematado por cornija e frontão contracurvado de expressão popular, ao centro do qual foi colocado um registo azulejar. É antecedido por portão de acesso a antigo anexo agrícola a nascente,

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) longo e estreito, perpendicular à via. O muro a poente apresenta segundo portal (nº 11) com ombreiras rusticadas em pedra, de acesso a zona de antigo jardim hortícola e de recreio, com poço. A Quinta do Poleiro estava associada a terrenos de cultivo a tardoz, assinalados na cartografia histórica. Sofreu diversas alterações durante os séculos XIX e XX, entre as quais: introdução de guardas em ferro fundido nos vãos das janelas do piso habitacional, construção de corpo saliente no pátio (1942), construção de alpendre coberto sobre o patamar das escadas exteriores (1944), alteração da cobertura (1960). Exteriormente, apresenta alguns elementos dissonantes como as duas portas em alumínio anodizado e vidro no piso térreo sobre a via. O interior, embora bastante alterado, mantém o espaço amplo da “sala de fora”, as portadas originais das janelas e um armário embutido datável do séc. XIX.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar relevante de quinta dos arredores de Lisboa pelas características arquitetónicas que mantém e pelo lugar que ocupa no desenho da frente da rua e do largo da igreja de S. Bartolomeu da Charneca (Monumento de Interesse Público)*.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Edifício de habitação, seus espaços e elementos arquitectónicos originais mais significativos (“sala de fora”, portas, portadas e respetiva serralharia, eventualmente, o armário embutido), espécie arbórea e poço no logradouro a poente, muros de proteção ao longo da via, portais exteriores e seus elementos arquitetónicos e decorativos, pátio e escadas exteriores de acesso ao piso habitacional.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Obra 38104 Bibliografia: João Vieira Caldas, A casa rural dos arredores de Lisboa no século XVIII, 1999; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, CML-COPRAD, 1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911.

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Intermédio

Observações: (*) No piso térreo aberto à rua. (**) Portaria n.º 740-BL/2012, de 24-12-2012). (***) Corresponde ao Tipo 5 – variante A do estudo de J. Vieira Caldas, A casa rural dos arredores de Lisboa no século XVIII, 1999. Subsistem vários exemplos deste tipo arquitetónico na Charneca do Lumiar. Agradecimentos: Centro de Assistência Infantil da Charneca do Lumiar, Dr. Alves Coelho e Drª Gabriela Brás da Silva. Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

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J.A.V. Silva Pinto, Levantamentos de Lisboa, esc. 1:1000, 1904-1911 e 1948-50

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Vista sobre o pátio a partir do interior, “sala de fora”

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Janela e portadas de tipo pré-pombalino (sala da frente) armário embutido

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO

Código CMP: 13.17 Designação patrimonial: Quinta dos Milagres SIG: Outras designações:

Morada: Azinhaga dos Milagres, 2-6 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 13.17 (código): 13.17 (código): 13.17 Utilização: Habitação Proprietário: Particular Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: 1746* Autoria(s):

Contexto urbano: Quinta histórica de área assinalável situada na área envolvente, a poente, do núcleo antigo da Charneca/Campo das Amoreiras. O conjunto edificado da quinta e respetivos muros configuram o lado poente da Azinhaga dos Milagres (ver 13.21). Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Exemplar tipologicamente relacionável com outras quintas e casas rurais da Charneca (ver 13.02, 13.09 e 13.25), com muro alto e habitação de dois pisos disposta ao longo da via pública, com acesso indirecto ao piso habitacional por escada exterior em pedra a partir de pátio***. A escada apresenta raro apoio de mão de desenho barroco, conversadeiras no patamar coberto por alpendre de execução recente. A parte urbana da quinta tem a particularidade de apresentar dois corpos simétricos a partir do eixo do pátio, de planta quadrada e delimitado pelo muro exterior e outro interior. Neste abre-se portão de acesso ao jardim formal a

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Materiais/Sistema construtivo: Misto.

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Quinta histórica com valor patrimonial e ambiental, comum às quintas de produção e de recreio que ainda subsistem na periferia de Lisboa. Apesar das alterações arquitecónicas e volumétricas recentes, mantém parte ainda significativa do conjunto edificado original e das suas componentes ambientais.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Organização espacial e elementos arquitetónicos originais, incluindo pátio, muros exteriores e interior, molduras de vãos em cantaria antiga, conversadeiras, portais com a respetiva proteção inferior dos rodados, escada exterior e apoio de mão decorativo. FONTES DE INFORMAÇÃO

Volume de Obra (AML - NI): 24781 Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985, p. 67. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, 1:1000, 1948-50 (IGC/CML); SIDCARTA (Sistema de Informação para Documentação Cartográfica: o Espólio da Engenharia Militar Portuguesa), www.sidcarta.exercito.pt

Observações: (*) A planta quadrangular da habitação original é compatível com datação dos meados do século XVIII, ainda que possa resultar de campanha de obras sobre pré-existência. A datação parece confirmar-se pelo painel de azulejos sobre o portal principal, “Quinta dos Milagres - 1746” e a azulejaria observável nas salas do 2º piso da habitação. Existe na posse da família proprietária documento manuscrito, datado do presumível ano de construção da quinta, 1746, cujo conteúdo importaria conhecer. (**) O segundo muro da azinhaga e também da Quinta do Louro, a nascente, foi demolido em anos recentes. (***) Ver J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999 (Tipo 5, variantes B e C). Agradecimentos: Comandante António Simões e família. Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

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Planta da Charneca em 1827, SIDCARTA, refª 2336-2-16-22

J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911

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Levantamento da cidade, esc. 1:1000, 1948-50, CML/IGC

Planta de localização, Obra nº 24781, AML - Núcleo Intermédio

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Portão principal (2004) Casa de habitação, fachada s/ pátio

Escada exterior e pormenor da guarda

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Espécies arbóreas do jardim formal e latada

Portal e fachada da habitação sobre a Azinhaga dos Milagres, antes da ampliação do telhado, in PP Salvaguarda da Charneca do Lumiar, 1985, p. 67

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.21 Designação patrimonial: Azinhaga dos Milagres SIG: Outras designações:

Morada: Azinhaga dos Milagres Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): 13.21 (código): 13.21 Utilização: Via pública pedonal Proprietário: CML e particular Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Século XVIII* Autoria(s):

Contexto urbano: Antiga envolvente rural do núcleo urbano da Charneca. Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Caminho público de pavimento basáltico entre muros largos de delimitação de duas propriedades rurais na envolvente do núcleo urbano da Charneca, as quintas dos Milagres (13.17) e do Louro (13.13), de que já só existe o muro da primeira. Integrava a rede de caminhos rurais da Charneca, estabelecendo a ligação entre o extremo norte do Campo das Amoreiras e uma via antiga, depois chamada Estrada do Forte da Ameixoeira, que conduz ainda hoje ao largo da Igreja de S. Bartolomeu da Charneca.

Materiais/Sistema construtivo: Muro largo em alvenaria de pedra, calçada em basalto.

Estado de conservação: Bom Razoável X Mau

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Avaliação patrimonial: Antiga azinhaga da rede de caminhos rurais da Charneca, qualificadora do ambiente urbano local.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Morfologia de azinhaga, muros que a delimitam e repetivos materiais constutivos e de revestimento (alvenaria de pedra caiada, basalto do pavimento).

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85,CML-COPRAD,1985. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, 1:1000, 1948-50 (CML/IPGC); SIDCARTA (Sistema de Informação para Documentação Cartográfica: o Espólio da Engenharia Militar Portuguesa), www.sidcarta.exercito.pt Outras:

Observações: Terminus ad quem.

Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

Planta da Charneca em 1827-28, SIDCARTA, refª 2336-2-16-22. A azinhaga aparece apontada entre o vértice noroeste do terreiro da feira da Charneca e a futura estrada do Forte da Ameixoeira, servindo a Quinta dos Milagres

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J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911

Muros da azinhaga e, simultaneamente, da Quinta dos Milagres

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Vista parcial da azinhaga para os antigos terrenos e fachada de tardoz da Quinta do Louro. O telhado de 4 águas do mirante em 2º plano (Campo das Amoreiras, 46) tinha ardido em maio de 2013

Vista a partir da Azinhaga dos Milagres com a Igreja de S. Bartolomeu da Charneca em último plano

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IDENTIFICAÇÃO

Código CMP: 13.24 Designação patrimonial: (Antiga) Quinta SIG: Outras designações:

Morada: Largo dos Defensores da República, 20-23 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): 13.24 (código): 13.24 Utilização: Comércio, serviços, habitação Proprietário: Particular Locatário:

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII Autoria(s):

Contexto urbano: Frente urbana do Largo dos Defensores da República (antiga Rua do Meio), voltada à Igreja de S. Bartolomeu.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Casa de quinta de planta quadrangular, composta por dois corpos retangulares contíguos com coberturas independentes* e acesso lateral ao piso habitacional a sul, por escada de pedra** com porta diretamente para a rua. A fachada, de composição erudita, limitada por cunhais de pedra, apresenta modulação regular com 5 janelas de avental, no 2º piso, sobre 5 portas térreas de moldura recortada. As guarnições em pedra dos vãos revelam trabalho qualificado de cantaria. A fachada urbana da casa prolongava-se a norte e a sul por pátios protegidos por muros altos, abertos à rua através de portais e comunicando com os terrenos agrícolas nas traseiras. No caso do pátio sul, essa comunicação fazia-se através de passagem com pavimento em lagedo, sob a escada de pedra. O pátio norte abria-se a tardoz portão no respetivo muro. Foi coberto entre 1904-11 e 1948-50 (ver cartografia), dado lugar a loja de mobiliário. O pátio sul e pequeno terreno nas traseiras encontram-se parcialmente ocupados por habitações recentes.

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Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar muito relevante de casa de quinta com fachada urbana sobre a rua de qualificado desenho erudito e que mantém parte significativa das caraterísticas arquitetónicas originais. Desempenha ainda papel marcante na definição do espaço urbano envolvente da Igreja de S. Bartolomeu (Monumento de Interesse Público, Portaria nº 740-BL/2012, de 24.12). 1 X 2 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Casa de habitação, vãos (portas e janelas) e respetivas guarnições em cantaria, pátios, muros, portais, escada em pedra de acesso ao piso habitacional (2º), passagem coberta sob as antigas escadas exteriores em pedra e seu pavimento original em lagedo.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999; Plano de Salvaguarda da Charneca do Lumiar, P.P.02/COP/85, CML-COPRAD, 1985; Vítor Serrão, “Sítio da Charneca”, Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, Fernando de Almeida (dir.), Assembleia Distrital de Lisboa, 2000, vol. 5, tomo 4, parte 2, pp. 346-347. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

Outras: Lisboa Interativa, www.lxi.cm-lisboa.pt

Observações: (*) Ver levantamento de Lisboa de 1948-50 e ortofotomapa de 2011. (**) Original- mente, as escadas seriam exteriores. Agradecimentos:

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

Levantamentos de Lisboa, esc.1:1000, 1904-11 e 1948-50 (CML e IGC/CML, respetivamente)

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Em cima, aspetos da fachada: cunhal, porta para as escadas e pátio sul; topo norte, muro e portal do antigo pátio

Em baixo: escada em pedra de acesso ao antigo piso habitacional, arco de acesso e cobertura da passagem em pedra, para tardoz, sob a escada

À esquerda, aspeto do pátio sul, com arco de acesso à passagem em pedra ao fundo

À direita,foto de 1967, quando terá funcionado uma escola primária no edifício. AML – NF

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.25 Designação patrimonial: Antiga casa rural SIG: Outras designações:

Morada: Campo das Amoreiras, 98-103 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): 13.25 (código): 13.25 Utilização: Habitacional Proprietário: Particular Locatário:

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII Autoria(s):

Contexto urbano: Frente edificada sul-poente do Campo das Amoreiras. O imóvel é contíguo, a sul, a outra antiga casa rural, recentemente convertida em unidade de habitação plurifamiliar.

Caracterização histórico-arquitectónica: Casa rural de dois pisos com planta retangular disposta ao longo da rua e acesso indireto ao piso habitacional (2º) a partir de pátio, por escadas exteriores de pedra, adossadas ao lado menor. A fachada regular apresenta 3 janelas de sacada com guardas de varão e nó e rebordo na pedra, que se prolonga no friso, e três portas para a rua a eixo das sacadas. O pátio é definido pela habitação principal a norte, corpo nascente, habitação de dois pisos e frente estreita a sul, e muro com portão para a rua a poente. A pequena casa, a sul, apresenta janela de sacada semelhante às do edifício principal e duplo beirado. A habitação principal, com alterações*, apresenta ainda elementos interiores originais: “sala de fora” com teto baixo, conversadeiras, tetos de saia e camisa, armários embutidos. O conjunto confina a tardoz com terrenos da Quinta Alegre (Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, de 29-09-1977). Esta antiga casa rural partilha caraterísticas tipológicas com outras da Charneca (ver, por ex., 13.15, 13.21, 13.24).

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Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar de casa rural com interesse, representativo de tipo identificado de antiga casa rural nos arredores de Lisboa. Integra-se no sistema das antigas quintas e casas rurais da Charneca e configura a frente edificada nascente do Campo das Amoreiras.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria, composição das fachadas, muro, portão, pátio e escadas de pedra, elementos arquitetónicos originais (conversadeiras, guarnições dos vãos e outros elementos em cantaria antiga, guardas das janelas de sacada, de varão e nó). FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

Observações: (*) A frontaria foi prolongada em época recente, englobando o patamar da escada e respetiva janela, como indicia a interrupção do friso que a percorre ao nível das sacadas.

Agradecimentos: Proprietário

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911, e Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

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Frente edificada sul-poente do Campo das Amoreiras: à esquerda, o nº 98-103 (cód. 13.25)

Pormenor do portal e antigo anexo agrícola. Note-se a configuração das ombreiras e lintel do portal, o duplo beirado do anexo agrícola, a pedra de sacada com rebordo e as guardas de varão e nó

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Aspeto parcial da frontaria da habitação. Note-se a janela aberta sobre o patamar da escadas exteriores e o friso interrompido assinalando o limite original da fontaria

Aspeto do pátio com portão, ao fundo, e escada à direita Escada exterior em pedra, de acesso ao piso habitacional

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Registos da década de 1970, documentando, entre outros aspetos, o mau estado de conservação.

AML – Núcleo Fotográfico

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 13.26 Designação patrimonial: Conjunto de dois edifícios de habitação SIG: Outras designações:

Morada: Campo das Amoreiras, 22-23 e 24-25 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): (código): 13.26 Utilização: Habitacional Proprietário: Particular Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Anterior a c. 1750 Autoria(s):

Contexto urbano: Frente urbana poente do limite sul do Campo das Amoreiras.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Trata-se de dois edifícios contíguos de pequena escala, bem integrados na frente de rua. O nº 22-23, de planta em L invertido, apresenta dois pisos sobre a rua de fenestração irregular: o térreo tem uso comercial; o 2º, onde se destacam duas sacadas com guardas de varão e nó, tem uso habitacional. Acede-se à habitação por amplo portão em madeira (nº 22) encimado por cruz em pedra e datável do séc. XVIII/in.XIX, que conduz ao pátio através de passagem abobadada. Deste, que comunica com o jardim nas traseiras, arranca prquena escada exterior de pedra, conduzindo ao piso habitacional. A cobertura de execução antiga, apresenta beiral duplo. O nº 24-25, de planta retangular irregular, com frente estreita e grande profundidade, apresenta fachada urbana de tipo corrente pré-pombalino, com duas portas, uma mais larga e outra de acesso ao 2º piso. Ostenta janela com sacada de tipo seiscentista. A cobertura de duplo beiral foi renovada recentemente.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

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Estado de conservação: Bom Razoável X Mau

Avaliação patrimonial: Exemplares contíguos de arquitectura urbana vernácula anterior ao terramoto de 1755, que mantêm parte significativa das suas caraterísticas originais. Compõem a frente urbana do limite sul do Campo das Amoreiras, a caminho do centro do aglomerado.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, paisagísticos, decorativos e peças móveis a preservar*: Volumetria e coberturas de duplo beiral; portas, janelas de sacada, respetivas molduras em cantaria e pedras de sacada; guardas de varão e nó; no nº 22-23, portão em madeira e respetivas ferragens, cruz de pedra sobre o portão, sabugueiro de grande porte no logradouro.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: J. Vieira Caldas, Casas rurais do século XVIII nos arredores de Lisboa, 1999. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, IGC/CML.

Outras: https://maps.google.pt

Observações:

Agradecimentos: Proprietário do nº 22-23.

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

Levantamentos de Lisboa, esc. 1:1000, respetivamente de 1904-11 e 1948-50

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Campo das Amoreiras, 22-23 e 24-25. Street view, Google Maps

Campo das Amoreiras, 24-25 e pátio do nº 22-23

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Sabugueiro de grande porte no logradouro do nº 22-23

Frente de rua em 1968 (?), com os dois edifícios na metade esquerda da imagem.

AML – Núcleo Fotográfico

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.17 Designação patrimonial: Colégio de S. João de Brito SIG: Outras designações:

Morada: Estrada da Torre, 28 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS

Inst. PU Alto do Lumiar – PDM 1994 PDM 2012 Gestão Alteração (código): 18.17 (código): 18.17 Territorial (código): 18.17

Utilização: Equipamento de ensino primário e secundário

Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO

Datação: 1950 (1º projeto); Autoria(s): Lucínio Cruz, arquitecto

Contexto urbano: O colégio foi implantado numa das antigas quintas de produção e recreio do Lumiar, a Quinta Villa Maria Thereza (mais tarde “do Pessoa”), limitada a poente pela Rua direita do Lumiar* e a norte, pela Estrada da Torre. Caracterização histórico-arquitectónica e tipológica: Por ordem cronológica, o primeiro edifício que hoje integra o Colégio de S. João de Brito foi a atual Casa Provincial (18.17B), originalmente palacete Villa Maria Thereza, construído no princípio da década de 1890* no contexto da quinta suburbana ali existente. A Companhia de Jesus adquire a propriedade nos anos de 1940, para aí instalar um colégio com projeto de 1950 (18.17A), do arquiteto Lucínio Cruz, que acompanhou o processo de construção nas décadas de 1950 e 60. O programa, adaptado à formação primária e secundária em todas as suas vertentes, incluía ainda instalações permanentes para a comunidade docente, auditório e igreja (18.17C) com uma escala urbana. Inicialmente, optou-se por um conjunto de

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) núcleos funcionais interligados, segundo uma composição planimétrica axializada, tendencialmente simétrica e hierarquizada, integrando numerosos pátios, entre os quais o pátio central para recreio. A igreja devia localizar-se no extremo nascente e o auditório a poente, próx. da Estrada da Torre. Previa-se uma obra faseada, que decorreu nas décadas de 1950 e 60, potenciando a alteração do projeto original e de algumas das suas principais opções. A igreja (inaug. 1955), com capacidade para 1000 pessoas, transitou para a localização inicial do auditório, com acesso direto pela Estrada da Torre. Verificaram- se numerosas intervenções de adaptação às solicitações da comunidade escolar, particularmente concentradas na década de 1990, entre elas, a aposição de novo bloco administrativo e de acesso ao corpo saliente do edifício principal (18.17A), com projeto datável dos anos de 1980, e a construção do auditório em terrenos a tardoz deste. Deve registar-se o contínuo enriquecimento do património cultural móvel e integrado do colégio, patente nas áreas de receção do edifício principal (18.17A), na casa provincial (18.17B), na igreja (18.17C).

Sistema construtivo: Estrutura de betão.

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Exemplo de arquitetura escolar da transição do Estado Novo para as correntes funcionalistas, bastante alterado ao longo do processo de projeto e posteriormente. Devem assinalar-se a igreja e o palacete onde está instalada a casa provincial, assim como algumas intervenções contemporâneas mais qualificadas no conjunto edificado do colégio. 1 2 X*** 3 X*** Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Corpos e dispositivos arquitetónicos decorrentes do projeto original; igreja e seu acervo móvel; casa provincial.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volumes de Obra (AML - NI): 8369, 16493 Bibliografia: Ferreira, Rosa Maria Trindade e Lemos, Fernando Afonso Andrade, Nova Monografia do Lumiar, Ed. Junta de Freguesia do Lumiar, Lisboa, 2ª edição, Junho de 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911. Outras: Lisboa Interativa, www.lxi.cm-lisboa.pt; site do Colégio de S. João de Brito, www.csjb.pt

Observações: (*) Alameda do Lumiar e Estrada das Linhas de Torres são outras das designações da atual Alameda das Linhas de Torres registadas nos volumes de obra.(**) Antes de 1894, quando é designado pela primeira vez na documentação administrativa do volume de obra nº 16493. Está representado no levantamento Silva Pinto, extrato 9T (1906). (***) Grau 2 - Casa Provincial e igreja; Grau 3 – colégio. A visita técnica ao colégio e o levantamento fotográfico foram realizados pelos historiadores Carlos Inácio e Gisela Pimentel (CML/UITN). Agradecimentos: Direção do Colégio S. João de Brito Preenchido por: Maria Helena Barreiros

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Edifício principal (18.17A)

Edifício principal (18.17A): sala de aula e espaço de capela, decorrente de intervenção recente

Casa Provincial (18.17B), antiga Villa Maria Thereza

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Casa Provincial (18.17B): capela no piso amansardado e mirante

Igreja (18.17C), fachada principal e torre-campanário

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Igreja (18.17C), perspetivas sobre o coro alto e sobre a cabeceira

Planta topográfica indicando a implantação do edifício do externato (em subtítulo), 1950. A planta corresponde ao primeiro projeto de Lucínio Cruz para o colégio, então entendido como um conjunto polifuncional axializado, simétrico e hierarquizado, integrando numerosos pátios, com a igreja localizada no extremo nascente e o auditório a poente. No centro da antiga quinta adquirida para a construção do estabelecimento, a planta regista a implantação da Villa Maria Thereza (atual casa provincial) e jardim envolvente. AML – Núcleo Intermédio, Obra nº 8369, Proc. 10676/1950, fl. 27

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Lucínio Cruz, Projecto do Externado S. João de Brito. Campo de Jogos, 1950. Previa-se então a demolição do palacete Villa Maria Thereza. AML – NI, Obra nº 8369, Proc. 10676/50, fl. 140

Lucínio Cruz, Planta esquemática indicando a divisão dos conjuntos e linhas de corte, 1951. A vermelho: “conjunto a construir”. AML – NI, Obra nº 8369, Proc. 25290-DAG-PG-1951, fl. 5

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Lucínio Cruz, Alçado e corte 3-3 (norte) formado pelos conjuntos A e C, 1951. AML – NI, Obra nº 8369, Proc. 25290-DAG-PG-1951, fl. 11

Lucínio Cruz, Externato de S. João de Brito. Planta de Conjunto, 1963. Em grisé escuro, as instalações concluídas; em rosa, as instalações por realizar. AML – NI, Obra nº 16493, Proc. 47460/963, fl. 12

Lucínio Cruz, Externato de S. João de Brito. Projecto de ampliação. Conjunto A. Alçado norte, 1965. AML – NI, Obra nº 16493, Proc. 31354-DAG-PG-1965, fl. 49

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.18 Designação patrimonial: Quinta da Musgueira SIG: Outras designações: Quinta de D. Sebastião

Morada: Azinhaga da Musgueira Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Territorial (código): 18.18 (código): 18.18 Proposta de Alteração (código): 18.18 Utilização: Habitacional Proprietário: Particular Locatário:

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XIX-1ª met. Séc. XX* Autoria(s):

Contexto urbano: Inserida numa das áreas edificáveis do PUAL, próximo de rotunda estruturante da rede viária prevista e em construção.

Caracterização histórico-arquitectónica: Sede de antiga propriedade rural de grandes dimensões, composta por habitação, casa de caseiros, instalações agrícolas e sistemas de captação e armazenamento de água. Destaca-se a habitação principal, implantada na parte mais elevada e que se desenvolve acompanhando o declive do terreno. Abre para um terraço empedrado, delimitado por alegretes revestidos a azulejo da Fábrica de Santana, da década de 30 do séc. XX. No largo fronteiro à entrada principal da habitação, existe um fontanário de linguagem neoclássica, igualmente revestido a azulejo do mesmo fabrico e período, que confere monumentalidade ao conjunto edificado. As restantes edificações distribuem-se na envolvente deste largo e são construções mais simples, destacando-se a casa de caseiros, com pequenas janelas de guilhotina emolduradas a cantaria simples, numa linguagem vernácula característica das edificações rurais da época. Seguem-se as antigas cavalariças, cocheiras, celeiro e lagar, atualmente em avançado estado de degradação. Do

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Materiais/Sistema construtivo: Paredes e muros de alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar notável de quinta de produção e de recreio do Lumiar rural, hoje situado em parcela cintada por eixos do sistema viário do PUAL. Para além do conjunto arquitectónico no seu todo, são assinaláveis o património azulejar e a componente paisagística.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Conjunto arquitectónico, elementos decorativos, património vegetal e paisagístico.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento da cidade, esc. 1:1000, 1948-50.

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio

Observações: Não foi possível aceder aos interiores dos edifícios em tempo útil. (*) Há notícia documental sobre a quinta remontando ao séc. XVII. Agradecimentos:

Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

Levantamento de Lisboa, esc.1:1000, CML, Levantamento de Lisboa, esc.1:1000, IGC/CML, 1904-11 (Planta Silva Pinto) 1948-50

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Registos fotográficos de 2012

AML – Núcleo Fotográfico

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Montagem, CML/DMPRGU, 2004

Registos fotográficos de 2012

Azulejo decorativo, foto col. F.A.Andrade Lemos e Rosa T. Ferreira

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.27 Designação patrimonial: Tóbis Portuguesa: estúdio e laboratório SIG: Outras designações:

Morada: Praça Bernardino Machado Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS

Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Alteração Territorial (código): 18.27 (código): 18.27 (código): 18.27 Utilização: Industrial (indústria cinematográfica) Proprietário: Tóbis Portuguesa, S.A. Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação (Estúdio)

CARACTERIZAÇÃO

Datação: Projectos de 1937 (Laboratório) e 1944 Autoria(s): Jacinto Bettencourt, engenheiro (Estúdio) (Laboratório, 1937); Jorge Segurado, arquitecto (Estúdio, 1944)

Contexto urbano: Do conjunto edificado da Tóbis Portuguesa, construído na antiga Quinta dos Ulmeiros, Lumiar, hoje apenas permanecem dois edifícios: o Laboratório e o Estúdio. As soluções de urbanização da envolvente produziram contrastes desqualificadores, de escala e tipologia, em relação aos dois edifícios, tendo o Laboratário sido alvo de amputação lateral, para a abertura de novo arruamento.

Caraterização histórico-arquitetónica*:

Pólo da indústria cinematográfica iniciada em no início da década de 1930, considerado “a cidade do cinema” em Lisboa, o conjunto original era constituído por dois edifícios principais (estúdio e laboratório), uma piscina cenográfica e um conjunto de edificações diversas, mais ou menos efémeras, construídas segundo as necessidades da produção cinematográfica ali desenvolvida. Do conjunto, subsistem dois edifícios lado a lado, o edifício dos Laboratórios e o Estúdio. Com a

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) decadência da indústria cinematográfica na década de 1960, os restantes foram demolidos. Laboratório: Local de funcionamento dos serviços administrativos e laboratoriais. Desenvolve-se em dois pisos, de expressão geométrica compatível com o primeiro modernismo, de influência plástica Art Déco. São diversas as áreas funcionais contempladas neste projecto: salas de som, laboratórios de fotografia, laboratórios de revelação e salas de mistura. O projecto de arquitectura obedeceu a um programa onde as soluções construtivas se pautaram pela utilização de materiais incombustíveis, compatíveis com o tipo de utilização industrial daquele espaço. Estúdio: Local de filmagens, onde se encontravam instalados o fosso cénico, as salas de adereços cenográficos, os camarins de actores e e diversas dependências de serviços de apoio. O edifício é constituído por um vão de importantes dimensões (34x19m), dotado de imponente galeria de luz formada por teia suspensa de asnas metálicas. A fachada principal, contracurvada, apresenta uma estética de cunho expressionista explorada pelo movimento moderno português na década de 1930 (S. Vaz Costa, 2002).

Sistema construtivo: Laboratório: estrutura em betão com paredes em alvenaria; Estúdio: paredes de alvenaria hidráulica e cobertura metálica.

Estado de conservação: Bom Razoável X Mau X AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: No sentido de dar resposta a um programa até então inédito, o conjunto arquitectónico da Tóbis Portuguesa traduziu-se num dos exemplos mais qualificados da arquitectura portuguesa produzida em Lisboa, na década de 1930 (S. Vaz Costa, 2002). Os seus interiores encontram-se hoje quase totalmente despojados de elementos de interesse arquitectónico, na sequência das múltiplas alterações para resposta a novas utilizações.

Azulejaria (PISAL): 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Apesar da relativização do seu valor patrimonial pela desarticulação urbanística com a envolvente, devem ser preservadas as fachadas dos imóveis, enquanto memória cultural da arquitetura modernista e do cinema portugueses, bem como portas e guarnecimentos originais dos vãos, interiores e exteriores.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 4739 Bibliografia: S. Vaz Costa, Itinerários e Inventários Temático. Arquitetura Industrial Moderna, 2002; R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Direção Geral do Património Cultural (ex-IGESPAR) – Itinerários e Inventários Temáticos, Arquitetura Industrial Moderna, http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/Itinerarios/ industrial/05/

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Outras: Inf. nº 279/INT/2011, de 21 de Janeiro (parecer do NREC, Proc. Nº 4739/DOC/2010), CML; colorizemedialearning.com; Lisboa Interativa, lxi.cm-lisboa.pt; marcasdasciencias.fc.ul.pt, entre outros sites online

Observações: Em 1969, o município aprovou, através do processo nº 47726/68, um Plano de Urbanização que previa a eliminação dos dois edifícios, para permitir um loteamento que foi executado, embora com a manutenção dos mesmos no local. Em 1994, o PDML incluiu o edifício dos Laboratórios no IMP (18.27). O conteúdo descritivo da presente ficha decorre, em grande parte, da informação técnica nº 279/INT/2011, de 21 de Janeiro, acima referida. As imagens resultam sobretudo de pesquisa online. Agradecimentos: DPRU/NREC Preenchido por: Gisela Pimentel Revisão: Maria Helena Barreiros

Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, IGC/CML, 1948-50, sobreposta à carta atual

Estúdio - Perspetiva da fachada principal e lateral sul; detalhe da porta principal

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Estúdio – fachada lateral norte e posterior

Laboratório - Perspetiva parcial da fachada principal

Porta do Laboratório, da época da construção; registo fotográfico do conjunto, datável da década de 1940

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Estúdio, registo datável da década de 1940

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.28 Designação patrimonial: Quinta de Santo António dos Ulmeiros SIG: (fachadas) Outras designações: Quinta dos Ulmeiros, Quinta do Pedreira, Quinta das Pedreiras, Palacete Norton de Matos

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 150-152A Classificação Oficial e/ou Prémio: *

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.28 (código): 18.28 (código): 18.28 Utilização: Habitação (condomínio privado) Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de indentificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XVIII, 2ª metade Autoria(s):

Contexto urbano: Extensa fachada formando frente de rua da Alameda das Linhas de Torres. Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Fachada principal de antiga casa nobre, resultado de campanha de obras do séc. XVIII em pré-existência**, que foi sede de vasta propriedade agrícola conhecida como Quinta das Pedreiras em 1906 (planta Silva Pinto). Apresenta planta aproximadamente retangular e implantação retilínea ao longo da via com dois acessos lateralizados em cada topo. A composição da fachada principal, simétrica, é tripartida através de pilastras lisas que destacam o corpo central de seis janelas de sacada, flanqueado pelos dois acessos, estes seguindo o motivo erudito da associação portal/janela. Dois corpos laterais mais baixos nos extremos, de janela de sacada e remate em terraço, prolongam a leitura do andar nobre ao longo de toda a fachada. O carácter de representação da fachada é reforçado pelas molduras em cantaria dos vãos, esculpidas com motivos tardo-barrocos. A cave sobrelevada foi revestida de azulejaria polícroma de padrão, dos finais do séc. XIX. O edifício mantinha alguma afinidade tipológica com outras casas nobres no

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) mesmo eixo, como o Palácio Pimenta (Museu da Cidade) e a casa com o nº 300 do Campo Grande. Os interiores da casa, dependências e anexos rurais, sucessivamente alterados ao longo dos séculos XIX e XX, foram finalmente demolidos no princípio do séc. XXI para conversão do edifício em condomínio privado.

Materiais/Sistema construtivo: Misto

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Bom exemplar de fachada palaciana aplicada a uma quinta suburbana do séc. XVIII.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2): Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria do edifício, morfologia da cobertura e composição arquitectónica e decorativa das fachadas.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 15597 Bibliografia: João Vieira Caldas, A casa rural dos arredores de Lisboa no século XVIII, Porto, FAUP; 1999 (2ª edição); R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2009 (2ª edição). Outros inventários patrimoniais: Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, AAP, 1987

Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa à esc. 1:1000, Instituto Português de Geografia e Cadastro, 1948-50.

Outras: Inf. Nº 4939/INT/DMGU/DMDIU/DMU/2007, de 12 de Novembro; Arquivo Municipal de Lisboa - Núcleo Intermédio; Lisboa Interativa, lxi.cm-lisboa.pt

Observações: (*) O edifício esteve em vias de classificação como Imóvel de Interesse Municipal, categoria que lhe foi retirada por força da demolição recente dos seus interiores (Edital nº 61/2012, de 1 de Agosto, BM nº 964, de 9 de Agosto). (**) Segundo tradição familiar (da família proprietária até à venda e transformação em condomínio privado), a casa remontaria a 1628. Preenchido por: Carlos Inácio e M. Helena Barreiros

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Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, CML, 1904-11 Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, IGC/CML, 1948- (Silva Pinto) 50

Portal poente Janelas de sacada e da cave Pormenor do revestimento azulejar sobrelevada

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IDENTIFICAÇÃO

Código CMP: 18.44 Designação patrimonial: Palacete SIG: Outras designações: Villa Sousa

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 22 Classificação Oficial e/ou Prémio: Prémio Valmor de 1912

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.44 (código): 18.44 (código): 18.44 Utilização: Devoluto Proprietário: SOLATU – Sociedade de Administração de Propriedades, Lda. Locatário: -

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: 1910 (aprovação do projecto), 1911 Autoria(s): Manuel Joaquim Norte Júnior, (construção) arquitecto

Contexto urbano: Palacete com muro de jardim gradeado inserido na frente de rua Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Encomenda de José Carreira de Sousa e obra de um dos mais destacados ateliers no domínio da arquitectura privada, em Lisboa, nas primeiras três décadas do século XX, obteve o 10º Prémio Valmor em 1912. Constitui um exemplar qualificado de arquitetura eclética contemplando motivos neo-medievais - designadamente o corpo torreado que compõe a frontaria e o desenho dos vãos - e de inspiração Arte Nova patentes no desenho das serralharias das varandas, gradeamento e portão em ferro para a Alameda. Subsistem apenas as paredes em todo o seu perímetro e outros elementos arquitectónicos exteriores (escadas, muretes, guardas, gradeamento, portão). O palacete apresenta-se como uma “ruína tratada” com o interior das paredes reforçado e rebocado, sendo de destacar a relação que o imóvel, sobrelevado, e o muro

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) de jardim mantêm com a Alameda das Linhas de Torres. Deve destacar-se a qualidade da artesania presente nos elementos de cantaria e serralharia que subsistem do antigo palacete.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra reforçada com elementos de betão.

X Estado de conservação: Bom Razoável X* Mau **

Avaliação patrimonial: Exemplar muito qualificado de arquitetura eclética habitacional do início do séc. XX, patente tanto no projecto geral, como na pormenorização e execução dos elementos arquitetónicos/decorativos.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria original, fachadas principal e laterais, bem como os seus elementos arquitectónicos/decorativos em cantaria e ferro fundido, escadas de acesso e respetiva guarda, muro, seu gradeamento e portão para a via. FONTES DE INFORMAÇÃO

Volume de Obra (AML - NI): 32682 Bibliografia: Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, IGC/CML, 1948-50.

Outras: Procº 4/URB/UPAL/2010, CML; Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio.

Observações: (*) Quanto aos elementos em pedra. (**) Quanto à serralharia.

Agradecimentos: SOLATU – Sociedade de Administração de Propriedades, Lda. Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

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Muro, portão e aspectos da fachada principal

Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, IGC/CML, 1948-50

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Acesso à habitação, pormenor de guarda de ferro

Fachada lateral sul

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Portão para a rua Fachada de tardoz

AML – Núcleo Fotográfico

Desenhos do projecto: plantas do 2º e 1º pisos (alterações em obra); alçados principal e lateral nascente, do muro e portão. AML – Núcleo Intermédio

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.46 Designação patrimonial: (Antiga) Quinta das Mouras SIG: Outras designações: Quinta do Lambert

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 20 - 20A Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS

Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Alteração Territorial (código): 18.46 (código): 18.46 (código): 18.46 Utilização: Habitacional Proprietário: Odivel Lar – Sociedade de Construções, Lda.* Locatário: Devoluto

Planta de Localização e Fotografia

CARACTERIZAÇÃO

Datação: 1943 Autoria(s): Vasco Lacerda Marques, arquitecto

Contexto urbano: Integra o primeiro troço da frente nascente, ainda intacto – embora perturbado pela implantação do viaduto do Metropolitano –, de casas de quinta e palacetes da Alameda das Linhas de Torres (antiga Estrada do Lumiar). É limitada, a norte, pela Azinhaga de Entremuros e pelo palacete projectado por Norte Júnior (v. 18.44) e a sul, pela Quinta das Calvanas (v. 18.48). No levantamento Silva Pinto (extrato 9Q, 1906), a antiga Quinta das Mouras mostrava extenso património territorial de área de produção agrícola, à semelhança de outras quintas próximas. As notícias mais antigas que se lhe referem, descrevem-na como território integrante de um morgadio, designado por Quinta das Mouras, no fim do Campo Grande.

Caracterização histórico-arquitectónica: O edifício atual corresponde a uma intervenção profunda no palacete aqui construído no início do séc. XX (1904), assinada em 1943 por Vasco Lacerda Marques e inspirada em modelos de casas nobres rurais portuguesas do séc. XVII (ex. Paço dos Arcos, Paço d’Arcos, Oeiras). O projecto de “transformação e adaptação” dos anos de 1940, com “alteração total do aspecto existente para o estilo tradicionalista” (Memória descritiva), vem alterar

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) significativamente a imagem exterior do palacete, embora tenha mantido a implantação e organização planimétrica originais. Foram então construídas, com aproveitamento parcial das cantarias existentes, janelas de sacada com grades de ferro forjado de influência seiscentista e substituída a platibanda por beiral à portuguesa. A frontaria passa a exibir dois corpos torreados nos extremos dotados de coberturas piramidais. A área anexa (jardim) foi objecto de projecto de paisagismo coerente com a nova linguagem arquitectónica do edifício principal. Em 1944, um projecto de transformação do muro da propriedade confere-lhe igualmente um desenho de inspiração seiscentista. O projecto incluiu um novo edifício a poente, ligado por passagem coberta ao primeiro.

A campanha dos anos 1940 não foi extensível aos anexos agrícolas projectados em 1905 na extrema da propriedade que confina com a Azinhaga de Entremuros: casa do caseiro, coelheira, galinheiro, estufa, habitação de criados, cocheira e arrecadações de jardim, entre outros. Dos anexos permanecem, na cavalariça, os frisos em azulejos relevados a meio-relevo, aparentemente de pó-de- pedra, vidrados, com motivos naturalistas estilizados, em tons de verde musgo claro, possivelmente fabricados na Fábrica das Devezas em finais do século XIX. Na vacaria, os frisos de padrão naturalista de vidrado claro/escuro acentuado pelo motivo central em azul profundo sobre fundo branco, em pintura opaca, remetem-nos para os exemplares produzidos manualmente na Fábrica de Massarelos, no Porto, em meados do século XIX. Em finais do século XIX, início do XX, os proprietários mandaram colocar na parede um lambril Arte Nova, em azulejos polícromos, de meio- relevo, da Fábrica de Sacavém.

Sistema construtivo: Paredes de alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau XX** AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Exemplar qualificado, raro, intacto e em relativo bom estado de conservação de palacete/casa de quinta de arquitectura tradicionalista caraterística do Estado Novo, inspirada nos modelos palacianos portugueses do séc. XVII. O interior e exterior ajardinado da habitação e anexos agrícolas apresentam conjuntos azulejares relevantes. A componente paisagística e arbórea do jardim e logradouro é igualmente significativa.

Azulejaria (PISAL): 1 X*** 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitetónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Palacete e edifício anexo, respetiva compartimentação interior ao nível dos espaços mais representativos, portas, portadas e restante guarnição dos vãos, pavimentos, património azulejar integrado, arquitetura de jardim (muretes, escadas, urnas, bancos, etc.) e espécies arbóreas mais relevantes (oliveiras comuns e cedro do Buçaco).

Recomendação: Preservação dos anexos agrícolas e respectivos elementos decorativos.

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FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 17599 Bibliografia: João Vieira Caldas, A casa rural dos arredores de Lisboa no século XVIII, Porto, FAUP; 1999 (2ª edição); R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamentos topográficos de Lisboa, 1904-1911 (Silva Pinto, Folha 9Q, 1906) e de 1948-50 (IPGC).

Outras: Inf. nº 4100/INT/2008 (parecer NREC), de 17 setembro, relativa ao Proc. nº 4/URB/UPAL/10, AML – Núcleo Fotográfico

Observações: (*) Em 2012. (**) A manutenção dos valores estéticos e o bom estado de conservação do edifício principal e da sua periferia, contrastam com o abandono patente nos anexos. (***) Edifício principal e respetivo anexo, jardim envolvente e respetivo património integrado (elementos arquitetonicos e património azulejar). Agradecimentos: DPRU/NREC Preenchido por: Gisela Pimentel e M. Helena Barreiros

Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50: a Alameda é ainda uma sucessão de casas de quinta e palacetes ao longo do seu percurso

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Aspectos das fachadas principal, muretes e escadas de acesso exteriores, fachada do edifício anexo a tardoz

Fachadas laterais de desenho classicizante (loggia resolvida com serliana e portal tripartido de inspiração neo- clássica)

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Aspectos do jardim

Painéis azulejares exteriores, de bordadura neo-joanina e tema neo-medieval de caçada

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Imagens dos interiores

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.47 Designação patrimonial: Palacete SIG: 1806120024001 Outras designações:

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 6 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.47 (código): 18.47 (código): 18.47 Utilização: Devoluto Proprietário: Metropolitano de Lisboa Locatário: -

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Finais do séc. XIX / princípios do séc. XX Autoria(s):

Contexto urbano: Moradia isolada com logradouro envolvente, sobre a frente nascente da Alameda das Linhas de Torres. O lote foi afectado pela passagem em altura do viaduto da rede de metropolitano, que levou à amputação de c. de 1/3 do edifício. O muro do jardim e o coberto vegetal deste acompanham parte significativa da frente de rua. Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Palacete de dois pisos e cave sobrelevada de finais do séc. XIX/princípios do séc. XX, protegido por extenso muro de jardim de desenho erudito. O acesso faz-se a partir do portão do jardim, através de escada circular de dois braços que conduz à escadaria dupla de acesso ao palacete. O patamar da entrada principal, é rematado por pórtico de colunas jónicas, que sustenta varanda de balaustrada do piso superior. Uma platibanda com

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) composição floral em baixo-relevo, tendo ao centro um medalhão com monograma, acima da cornija, esconde o telhado de quatro águas, rasgado por clarabóia sobre a caixa de escadas interior. O jardim mantém duas seculares palmeiras e um cipreste. Nos anos 40 do séc. XX, serviu de instalação ao Colégio de S. João de Brito. Registam-se obras de conservação e de beneficiação geral nas décadas de 1950 e 1960. A amputação da ala norte do palacete decorreu na década de 1980, para a passagem de infraestrutura aérea do Metropolitano de Lisboa.

Materiais/Sistema construtivo:

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial:

Azulejaria (PISAL): - 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Todos os que integravam o edifício original, designadamente a habitação, arquitectura e espécies arbóreas do jardim do palacete, elementos decorativos cerâmicos e em cantaria. FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 27391, procº 57566/1986 Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; CML - Lisboa Interactiva: Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, IGC/CML, 1948-50, lxi.cm-lisboa.pt.

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio

Observações: Não foi possível aceder ao interior do edifício. Agradecimentos: Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

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Levantamento Silva Pinto, 1904-11 Levantamento de 1948-50

Registos fotográficos atual e da década de 1960 (AML – NF)

Elementos gráficos com indicação das zonas demolidas (AML – NI, Obra 27391, procº 57566/1986)

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Elementos gráficos com indicação das zonas demolidas (AML – NI, Obra 27391, procº 57566/1986)

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.48 Designação patrimonial: (Antiga) Quinta das Calvanas SIG: 1806120028001 Outras designações: (Antiga) Quinta do Fidié

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 2 - 4 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS Inst. PDM 1994 PDM 2012 PU Alto do Lumiar – Alteração Gestão (código): (código): 18.48 (código): 18.48 Territorial 18.48 Utilização: Lar/Residência das Irmãs de Santa Doroteia Proprietário: Província Portuguesa do Locatário: O mesmo Instituto das Irmãs de Santa Doroteia

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO

Datação: Séc. XIX, 2ª metade Autoria(s): Giuseppe Cinatti (a confirmar)*

Contexto urbano: A antiga Quinta das Calvanas abrangia, no início do séc. XX, uma extensa área, do Campo Grande até aos terrenos hoje ocupados pelo Aeroporto de Lisboa. Após contínua desanexação de terrenos a nascente, encontra-se hoje delimitada a norte por lote afecto ao Metropolitano de Lisboa; a poente pelo eixo viário principal, a Alameda das Linhas de Torres; a sul, pelo Campo Grande e a Avenida Marechal Craveiro Lopes; a nascente, por algumas construções muncipais e a urbanização da Quinta do Lambert. O palacete, único vestígio da antiga Quinta das Calvanas, encontra-se situado num local que de grande tensão urbana, no acesso a vias de ligação à principal rede viária da cidade e da sua articulação com a periferia. eixo Campo Grande/Lumiar, 2ª Circular, rede de metro (em viaduto), o acesso à Calçada de Carriche.

Caracterização histórico-arquitectónica: O edifício primitivo, designado por Pinho Leal em 1847

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) por “palacete do Fidié” (do nome do proprietário João José da Cunha Fidié), foi construído na primeira metade do século XVIII por Manuel de Sousa Freire, negociante em Lisboa. Inserido então numa antiga quinta agrícola e de lazer, sofreu obras de alteração e ampliação até à actualidade. Mantém, no entanto, parte da compartimentação e programa decorativo interior da transição do séc. XIX para XX. Terá sido ainda Cunha Fidié (que deu o nome à extensa azinhaga do Fidié, limite sul da propriedade) o seu promotor, bem como dos arranjos exteriores, envolvendo o nome do cenógrafo e arquiteto Giuseppe Cinatti, a quem se atribuem os medalhões com temas mitológicos e de caça das fachadas exteriores. A propriedade foi arrendada em 1931 à Província Portuguesa das Irmãs de Santa Doroteia, que instalaram o seu primeiro colégio no palacete. Foi transferido para edifício próprio, com acesso pela azinhaga, em 1937 (v. 18.49).

O palacete possui dois pisos acima do solo e uma cave, podendo observar-se, sobre os cunhais, urnas de pedra. A fachada sobre a Alameda das Linhas de Torres, foi concebida com linhas arquitectónicas simples, que ocultam a sua amplitude espacial e a riqueza dos espaços interiores. A fachada posterior, a nascente, ostentava os mesmos medalhões em alto relevo de cantaria, mas aqui com composição única e ornamentação mais rica (coroa com motivos vegetais envolvendo quadro composto por duas aves) de gosto Arte Nova. Uma escadaria nobre, exterior, dá acesso à porta principal, vestíbulo actual, muito alterado, que antecedia a entrada no salão nobre, cujas paredes, portas e portadas mantêm-se totalmente revestidas com molduras em estuque decorativo e talhas rocaille, pintadas em tons pastel, com acabamentos a folha de ouro. Também merecem relevo o fogão de sala, em mármore negro polido, e o tecto que recebeu painel figurativo central, oval, emoldurado em estuque, representando motivos vegetalistas e cabeças de meninos, numa alegoria à Primavera. A biblioteca da Ordem, outrora um salão de grande importância na vida social da casa, virado para o jardim, possui paredes revestidas de estuques decorativos e um tecto de masseira, decorado com motivos vegetalistas que simulam um trabalho em talha. O oratório doméstico instalado numa das dependências interiores apresenta tecto decorado com friso circular em estuque que delimita uma pintura de motivos florais.

No jardim, que se prolonga pela fachada posterior do edifício, com arranjo do século XIX, foram plantadas espécies arbóreas de grande interesse. Em torno de uma estrutura circular em ferro forjado coberta por uma glicínea centenária, formando um pavilhão de fresco, foi construído um banco circular, de espaldar recortado, decorado com um rodapé em azulejos de estampilha de finais do século XIX. Uma escultura barroca em pedra representando o Cordeiro de Deus, com inscrição incompleta (SCRIBENVR), completa a decoração do local.

A norte e nascente, em fase final de construção, encontra-se novo corpo anexo ao palacete para ampliação da área habitacional necessária a lar da 3ª idade, destinado às irmãs de Santa Doroteia. A obra detemrinou a destruição de espaços e elementos arquitectónicos significativos do antigo palacete, designadamente o vestíbulo e as escadas interiores.

Sistema construtivo: Misto (paredes de alvenaria de pedra, estrutura de betão)

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

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AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Exemplar bastante alterado, recentemente, de antiga palacete/casa de quinta suburbana, a que anda associado o nome do arquiteto e cenógrafo G. Cinatti. Mantém as fachadas principal e laterais, como parte da compartimentação e do notável programa decorativo interior, da 2ª metade do século XIX. Releve-se ainda a arquitectura romântica do jardim e respetivas espécies arbóreas. Estas compõem e qualificam a imagem e o ambiente urbano actuais do início da Alameda das Linhas de Torres.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria do palacete e muros exteriores, espaços interiores e sua decoração da 2ª metade do século XIX/início séc. XX, jardim romântico (arquitetura e espécies arbóreas).

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia: : R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia:

Outras:

Observações: (*) Os medalhões exteriores estão atribuídos a G. Cinatti por fontes avulsas. A confirmação deste dado poderá esclarecer a autoria do programa decorativo interior do palacete.

(**) Existiu um mirante envidraçado de três andares no extremo poente da propriedade, na cota mais alta, documentado por um desenho a tinta-da-china de 1953. Agradecimentos: Província Portuguesa do Instituto das Irmãs de Santa Doroteia Preenchido por: Gisela Pimentel Revisão: Maria Helena Barreiros

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Fachada sobre a Alameda das Linhas de Torres Pormenor de janela e medalhões esculpidos. Notar a marcenaria das portadas interiores

Acesso (anterior à última campanha de obras) Salas da frente durante as obras de alteração (2012)

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Aspetos do programa decorativo interior: paredes, pintura de tecto, portas

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Pormenores das salas sobre a rua

Salas sobre o jardim lateral: porta de correr, estuques decorativos imitando boiseries e parquet (p. seg.)

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.49 Designação patrimonial: Colégio de Santa Doroteia SIG: Outras designações:

Morada: Av. Marechal Craveiro Lopes, 1 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Alteração Territorial (código): 18.49 (código): 18.49 (código): 18.49 Utilização: Equipamento de ensino secundário Proprietário: Província Portuguesa do Instituto das Irmãs de Santa Locatário: idem Doroteia

Planta de Localização e Fotografia

CARACTERIZAÇÃO

Datação: 1937 (ala poente), 1949 (ala norte), Autoria(s): Jorge Segurado (1898-1990), 1960 (concl. corpo principal) arquitecto (c/ colab. Virgílio Prieto, engenheiro)

Contexto urbano: O Colégio de Santa Doroteia situa-se hoje em local de grande tensão urbana, na confluência de vias da rede viária principal da cidade e da sua articulação com a periferia: eixo antigo Campo Grande/Lumiar (Alameda das Linhas de Torres), 2ª Circular e rede metro em viaduto e acesso à Calçada de Carriche. Esta área da cidade constituiu, até à primeira metade do século XX, zona de quintas de produção e de recreio dos arredores de Lisboa, procurada pela sua salubridade e qualidades ambientais.

Caracterização histórico-arquitectónica: Equipamento escolar de composição e linguagem arquitetónica predominantemente tradicionalista, projetado pelo arquiteto Jorge Segurado em 1935 (estudo prévio) para instalação do colégio feminino de Santa Doroteia, com capacidade para 150 alunas (regime de internato), em terrenos da antiga Quinta das Calvanas. O projecto original comportava três alas dispostas em ‘U’ invertido, com caves

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) e 3 pisos, enfatizando o eixo de simetria segundo o qual se dispunham as áreas do acesso principal e a nave da igreja. O desenvolvimento do projecto (1935, 1948 e 1957) e a sua construção foram faseadas: a ala poente é a primeira a ser concluída (1937, inauguração do edifício); a ala norte, perpendicular à anterior, é parcialmente concluída em 1949, destinando-se a áreas de suporte logístico da instituição de ensino (dormitórios, cozinhas, refeitório) e capela provisória; o corpo do acesso principal e da igreja fica terminado em 1960. Intersecta a ala norte cuja conclusão não se concretizou, tal como não foi construída a ala nascente. Nos anos de 1990, é construído o pavilhão desportivo a nascente do edifício principal, concorrendo para o maior equilíbrio do conjunto do ponto de vista planimétrico e volumétrico. Ainda na década de 1960, o colégio sofreu várias obras de alteração e ampliação, sempre da autoria de Jorge Segurado, incluindo o auditório (1968), volume paralelepipédico que abre para a ala norte ao nível do piso térreo.

Sistema construtivo: Estrutura de betão.

Estado de conservação: Bom x Razoável Mau

AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Trata-se de um bom exemplar de equipamento de ensino particular revelador das várias correntes da história da aquitectura do século XX: do neo-vernacular (ala poente) ao modernismo (escadaria principal e igreja), passando pelo Estado Novo (corpo central, escala, materiais, solidez construtiva), evidenciando soluções de carácter necessariamente híbrido. Destacam-se claramente: 1) a escadaria de aparato, de planta quadrada, assente sobre pilares, que ocupa o núcleo do edifício; 2) a ampla igreja acessível por esta escada, ao nível do 3º piso. A nave única foi resolvida através do arquétipo da abóbada de berço, abolindo a dicotomia entre paredes e cobertura e assegurando a fluidez espacial característica do espaço arquitectónico do Movimento Moderno. Note-se o revestimento da nave, integralmente em cortiça.

Azulejaria (PISAL): 1 2 x 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: 1) composição original das fachadas; 2) vestíbulo e espaço de recepção principal, incluindo pavimentos e revestimento azulejar das paredes; 3) escadaria principal; 4) capela e respetivo acesso no 3º piso, incluindo revestimentos, elementos decorativos e peças móveis; 5) guarnições originais dos vãos principais, incluindo portas e outros elementos de preenchimento dos vãos; 6) outros revestimentos azulejares, designadamente da cozinha e actual refeitório; 7) laboratórios de apoio às áreas curriculares de química, física, biologia e mineralogia, respetivos mobiliário e equipamento pedagógico orignais mais relevantes. Recomendação: preservação do mobiliário das antigas enfermarias.

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FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 52401, 6 vols. Bibliografia: José Manuel Fernandes, Arquitectos Segurado, Lisboa, INCM, 2011 Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamento da Planta de Lisboa: 1904-1911, esc. 1:1000, CML, 2005 (Planta Silva Pinto), extrato 9Q.

Outras: http://www.csdoroteia.edu.pt/historia.htm

Observações: Agradecimentos: Direção do Colégio de Santa Doroteia Preenchido por: M. Helena Barreiros

Enquadramento histórico-urbano: Levantamento da Planta de Lisboa: 1904-1911 (Planta Silva Pinto), extrato 9Q, 1906, com a delimitação da Quinta das Calvanas

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Colégio de Santa Doroteia, vista poente-nascente e arranque da escadaria principal no piso térreo

Piso térreo acesso à ala norte a partir do corpo central e desenvolvimento da escadaria principal

Igreja do colégio: vista da nave única e da capela-mor

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Laboratório de física; revestimento azulejar da cozinha, figura avulsa inspirada na tradição barroca

Jorge Segurado, projecto do Colégio de Santa Doroteia - planta de faseamento da construção, 1948 (Obra 52401, Vol. 2, Proc. 22090/948, fl. 7)

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Jorge Segurado, projecto do Colégio de Santa Doroteia - planta do piso térreo, 1961 (Ob. 52401, Vol. 4, Proc. 41784/961, Fl. 5)

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Jorge Segurado, corte transversal da igreja do colégio (corpo central), 1957 (Obra 52401, Vol.4, Proc.19512/957, Fl. 20

Jorge Segurado, projecto do Colégio de Santa Doroteia – alçado sul, 1957 (Obra 52401, Vol. 5, Proc. 19512/957, Fl.15)

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.82 Designação patrimonial: Conjunto de dois blocos SIG: habitacionais Outras designações: Morada: Av. Maria Helena Vieira da Silva, 14-16 / R. Prof. Salazar de Sousa, 20-22 Classificação Oficial e/ou Prémio: Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura, 1991 – Menção Honrosa DADOS URBANÍSTICOS Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 PUAL - Alteração Territorial (código): 18.82 (código): 18.82 (código): 18.82 Utilização: Mista (habitacional e terciária) Proprietário: Locatário:

Planta de Localização e Fotografia de Identificação

CARACTERIZAÇÃO Datação: 1986 (projeto) Autoria(s): ASSO – Arquitectos Associados, Luiz A. Moreira, José M. Amaral, arquitectos Contexto urbano: Integra frente de rua nas áreas do Lumiar urbanizadas no fim do séc. XX, em terrenos da antiga Quinta das Pedreiras, ou dos Ulmeiros (18.28). Caracterização arquitectónica/tipológica/histórica: Bloco habitacional constituído por dois lotes de 11 pisos, 9 para habitação, cujas duas fachadas, norte, sobre a Av. Maria Helena Vieira da Silva, e sul, sobre a Rua Prof. Salazar de Sousa, bem como os espaços comuns (os dois vestíbulos, caixas de escadas, patamares e passagens entre as duas frentes) foram resolvidas segundo desenhos filiados nas correntes pós-modernas em voga no país, na década de 1980. A fachada norte sobre via estruturante, desenvolve-se em vários planos: embasamente em pedra e andares em reboco; corpo saliente em tijolo de vidro (estendais), associado a volume rebocado em U invertido; a fachada sul sobre impasse com área verde pública, apresenta corpo saliente em estrutura metálica sobre embasamento em pedra que enquadra estores e floreiras, e logradouro em terraço empedrado ao nível térreo, de transição com a via.

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

Sistema construtivo: estrutura de betão Estado de conservação: bom X razoável mau AVALIAÇÃO PATRIMONIAL Avaliação patrimonial: Bloco habitacional de desenho filiado nas correntes pós-modernas em voga no país na década de 1980. Assinale-se a tentativa de adequação da composição das duas fachadas à especificidade dos contextos urbanos a que estão voltadas, assim como o investimento no desenho das áreas comuns e do logradouro na rua Prof. Salazar de Sousa. Grau de Intervenção: 1 2 3 X Elementos a preservar: Fachadas, materiais e cores do revestimento, áreas comuns, logradouro / terraço na rua Prof. Salazar de Sousa. FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra: 62413, Proc. 3572/1986 Bibliografia: Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, CML/IPGC, sobreposto à planta atual (Lisboa Interativa, www.lxi.cm-lisboa.pt)

Outras:

Observações: Preenchido por: Maria Helena Barreiros

Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50, CML/IPGC, sobreposto à planta atual. Lisboa Interativa, www.lxi.cm-lisboa.pt 2

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

Fachada norte, Av. Maria Helena Vieira da Silva

Acesso e caixa de escadas, Av. Maria Helena Vieira da Silva

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

Fachada norte: terraço, acesso e vestíbulo, Rua Prof. Salazar de Sousa

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.84 Designação patrimonial: Edifício de habitação plurifamiliar SIG: Outras designações:

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 34

Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): (código): 18.84 (código): 18.84 Utilização: Habitacional Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: 1894 (projeto) Autoria(s):

Contexto urbano: Integra a frente de rua do troço inicial da Alameda das Linhas de Torres, lado par (nascente), cujo edificado mantém a volumetria e características arquitectónicas, urbanas e paisagísticas do princípio do século XX, pese embora o impacto visual do viaduto do Metropolitano. Entre os edifícios contíguos, de arquitectura pobre, destaca-se a norte o nº 32-46: trata-se de habitações populares em mau estado, abrindo sobre plataforma sobrelevada com guarda metálica, dispondo de logradouro arborizado a tardoz.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Edifício de habitação plurifamiliar, ou prédio de rendimento de baixa densidade, de planta retangular, albergando quatro fogos em dois pisos divididos em esquerdo e direito, dispostos em volta de pequeno saguão. Foi construído num lote destacado da Quinta dos Ulmeiros, ou das Pedreiras, sendo seu promotor o próprio José da Costa

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Pedreira, que apresenta à CML pedido de licenciamento do projeto em 1894. O desenho da fachada, mais adjetivado do que o atual, procura deliberadamente o modelo do palacete/habitação unifamiliar, concordante com o estatuto sócio-económico do proprietário e as tipologias habitacionais dominantes na então Alameda do Lumiar, no fim do século XIX. Na organização do espaço interior destaca-se a caixa de escada em arco de ferradura. A distribuição dos fogos segue os modelos funcionais oitocentistas: salas de receção e visitas sobre a rua, extenso corredor perpendicular à rua para o qual se abrem três quartos, cozinha, despensa (?) e sala de jantar a tardoz. Vestíbulo, escadas e compartimentação interior mantêm-se praticamente inalteradas em relação ao projeto do fim do séc. XIX. Na década de 1930, era proprietária uma descendente de José da Costa Pedreira.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplo de habitação plurifamiliar oitocentista inalterada, em excelente estado de conservação e dispondo de amplo logradouro arborizado a tardoz. 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Tipologia e linguagem arquitetónica do imóvel. Espécies arbóreas do amplo logradouro a nascente.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 28308 Bibliografia: Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50 (IGC/CML); Lisboa Interativa, www.lxi.cm-lisboa.pt.

Outras:

Observações:

Agradecimentos: Proprietários.

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

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Levantamentos de Lisboa à esc. 1:1000, 1904-11 (Silva Pinto) e 1948-50 (IGC/CML)

Ortofotomapa de 2011, CML, Lisboa Interativa, www.lxi.com-lisboa.pt: coberturas e coberto vegetal dos logradouros da habitação nº 34 da Alameda das Linhas de Torres e edifícios contíguos.

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Habitações populares contíguas a norte. A tardoz, espécies arbóreas do logradouro do edifício em análise

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.85 Designação patrimonial: Quinta do Livramento SIG: Outras designações: Quinta de Nossa Senhora do Livramento

Morada: Estrada da Torre, 79-85 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.85 (código): 18.85 (código): 18.85 Utilização: Habitação Proprietário: Particular Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Sécs. XVIII/XIX. Autoria(s):

Contexto urbano: Sede de antiga quinta do sítio da Torre e seu último vestígio significativo.

Caracterização histórico-arquitectónica: A casa principal é o que resta da propriedade rural originária do séc. XVIII, pertencente ao desembargador Inácio de Figueiredo e adquirida no final do séc. XIX pelo empresário Castanheira de Moura que na quinta instalou uma indústria de moagem.

De planta rectangular, orientada para a Estrada da Torre, a casa de dois pisos foi edificada a partir duma estrutura primitiva de que restam ainda as cantarias de portas e janelas antigas. No piso térreo, destaca-se a escadaria nobre da entrada do edifício, em arcos abaulados com aduela de fecho decorativa. No piso superior, a par das janelas de peitoril, vê-se janelas de sacada assentes em mísulas de pedra, com utilização de ferro forjado em varandas e floreiras. O alçado lateral com galilé defronte do pátio interior teve as paredes revestidas por dois painéis azulejos (um dos quais com assinatura de Jorge Colaço, embora sem datação, e o painel lateral, recortado a azul e branco, da

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Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Antiga casa de quinta transformada em residência de industrial amador de arte nos finais do séc. XIX e primeiras décadas de XX.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Estrutura original do séc. XVIII e suas tranformações dos séculos XIX e primeira metade de XX; caixa de escadas e clarabóia; cantarias antigas de portas e janelas; alçado lateral com galilé defronte do pátio interior; pintura e azulejaria decorativas, nos interiores e área anexa, bem como os elementos arquitectónicos desta.

FONTES DE INFORMAÇÃO

Volume de Obra (AML - NI): 40545 Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911. Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio

Observações: Não foi possível aceder ao interior do edifício, no entanto bem documentado pela bibliografia. Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

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Levantamento de Lisboa, esc.1:1000, 1904-11 Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50

Pormenores decorativos da casa e do jardim (foto col. F.A.Andrade Lemos e Rosa T. Ferreira)

Estrada da Torre: imagens da desaparecida indústria de moagem (AML-NF e col. F.A.Andrade Lemos e Rosa T. Ferreira)

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.86 Designação patrimonial: Fontanário da Estrada da Torre SIG: Outras designações: Bica da Torre, Chafariz da Estrada da Torre

Morada: Estrada da Torre / Azinhaga da Musgueira Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Alteração Territorial (código): 18.86 (código): 18.86 (código): 18.86 Utilização: Equipamento público de distribuição de água Proprietário: CML Locatário:

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: séc. XIX/XX Autoria(s): Desconhecida

Contexto urbano: Localizado frente a um dos acessos da chamada “Quinta da Ponte”*, o chafariz da Estrada da Torre servia originalmente o pequeno aglomerado que se formou no limite nascente desta via e sua ligação à antiga Estrada da Musgueira, que entretanto se converteu na actual Avenida Carlos Paredes. A localização do chafariz tornou-se hoje descontextualizada, em consequência das demolições recentes do edificado antigo que ali existia.

Caracterização histórico-arquitectónica: Possui tanque em pedra calcária de forma elíptica e fonte central em ferro fundido, ornada com motivos clássicos e vegetalistas.

Materiais/Sistema construtivo: Pedra calcária e ferro.

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial: Exemplar de qualidade acima da média, tendo em conta o desenho e a escala da peça, bem como a execução da coluna em ferro fundido e da bacia em cantaria bem talhada que a compõem. Integra a memória local, sinalizando o passado rural do Lumiar.

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Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: A totalidade da peça.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): - Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911.

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico

Observações: (*) A casa da quinta, datável de 1852, passou à posse da CML e foi demolida em 2007 (cf. Nova Monografia do Lumiar, p. 362). Agradecimentos:

Preenchido por: Gisela Pimentel Revisão: Maria Helena Barreiros

Levantamento Silva Pinto, extracto 9T, 1906: o chafariz situava-se no exterior, a poente da antiga Quinta da Ponte (demolida; trata-se, na planta, do lote irregular dispondo de jardim formal a sul).

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À esquerda, em segundo plano, casa da antiga Quinta de N. Sra. do Livramento

Antigas imagens do fontanário, onde ainda se observa o alto muro da antiga Quinta da Ponte, que lhe era então adjacente. AML - Núcleo Fotográfico

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.87 Designação patrimonial: Edifício de habitação SIG: Outras designações: Junta de Freguesia do Lumiar

Morada: Estrada da Torre, nº 19, tornejando com a Azinhaga da Cidade Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.87 (código): 18.87 Utilização: Mista (habitação e terciário) Proprietário: CML Locatário: Junta de Freguesia do Lumiar e particulares

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Séc. XIX/XX Autoria(s):

Contexto urbano: Edifício isolado, junto ao viaduto do Lumiar do eixo Norte-Sul, próximo do antigo cruzamento da Alameda das Linhas de Torres com a Estrada da Torre, fazendo gaveto com a antiga Azinhaga da Cidade.

Caracterização histórico-arquitectónica: O imóvel compõe-se de piso térreo e 1º andar, com pequeno jardim privativo frente à fachada principal e logradouro a tardoz. Datável da transição do séc. XIX para XX, foi objeto de obras de alteração para instalação da Junta de Freguesia do Lumiar, no início do séc.XXI. Pertenceu à Companhia de Seguros Comércio e Indústria que em 1963 nele mantinha um Centro de Assistência Materno-Infantil. Mantém parcialmente a estrutura primitiva, exterior e interior, bem como o desenho e guarnições dos vãos. Assinale-se a moldura original dos vãos e os cunhais em tijolo, solução frequente em construção corrente nas últimas décadas do séc. XIX, à vista em fotografias conservadas no AML – Núcleo Fotográfico. Do espaço ajardinado original da frontaria do edifício restam dois recantos a sul-poente e a nascente.

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Materiais/Sistema construtivo: Paredes de alvenaria

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar de arquitectura de habitação corrente, da transição para o século XX, cujo interesse decorre do destaque conferido pela sua particular implantação urbana e pela função administrativa que acolhe.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitetónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Estrutura e elementos arquitetónicos da construção original, jardim fronteiro à fachada principal. FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 21605 Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911.

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio

Observações: Agradecimentos: Junta de Freguesia do Lumiar

Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

Levantamentos de Lisboa à esc. 1:1000: 1904-11 (Silva Pinto) e 1948-50

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Aspetos do edifício na atualidade e do seu enquadramento original (fotos AML – NI)

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.88 Designação patrimonial: Prédio de rendimento SIG: Outras designações:

Morada: Estrada da Torre, 35 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.88 (código): 18.88 Utilização: Habitação Proprietário: Particular Locatário:

Planta de Localização e Fotografia

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: 1920 Autoria(s):

Contexto urbano: Edifício inserido na frente de rua da Estrada da Torre

Caracterização histórico-arquitectónica: Prédio de rendimento da tradição oitocentista, com projeto de 1920. Surge por demolição e substituição de edifício de menor escala pré-existente. O seu proprietário nas décadas de 1960 e 1970, Mário Rodrigues Vilarinho procedeu frequentemente a obras de conservação no imóvel. Compõe-se de cave, 3 pisos e águas-furtadas “evidenciando sugestiva cantaria decorativa eclética aplicada na ornamentação das janelas do terceiro piso e na utilização, revivalista, das mísulas de sustentação das varandas. A cor jalde utilizada na pinturas das paredes exteriores que contrasta vivamente com a cor branca da cantaria e do verde dos caixilhos e persianas remete a tradições portuguesas, abandonadas durante a segunda metade do século XX” (Nova Monografia do Lumiar, 2009). Em 1993 era propriedade de Manuel Lino Rodrigues Vilarinho e de Alberto Rodrigues Lino Vilarinho, e foi vistoriado pela CML, constando o seguinte no auto: “Ao nível do rés-do-chão, situa-se o átrio do prédio, a partir do qual se desenvolve a escada geral comum que dá acesso a oito habitações, sendo duas por piso, no rés-do-chão, 1º, 2º andar e sótão. As

Câmara Municipal de Lisboa DMPRGU | DPRU | Divisão de Planeamento Territorial UCT | UITN | Divisão Norte Lumiar – Charneca junho 2013 REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) parcelas do rés-do-chão possuem parcelas individualizadas de logradouro a tardoz (…).O acesso à cave é feito por elevador com chave e não através da escada comum. A cave está a ser utilizada como arrecadação da habitação do 1º andar (…). As duas habitações do 1º andar encontram-se ligadas constituíndo sómente uma fracção (…) com nove assoalhadas”. Outras 3 habitações têm 5 assoalhadas cada, o rés-do-chão direito tem 4 assoalhadas e as habitações do 3º andar têm 3 assoalhadas”. Foi de novo alvo de obras de conservação recentes.

Materiais/Sistema construtivo: Paredes de alvenaria de pedra

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Exemplar interessante e em bom estado* de prédio de rendimento de baixa densidade, construído na periferia da cidade em 1920, mantendo a volumetria, fachadas e áreas comuns originais.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Composição arquitetónica das fachadas e águas-furtadas; cantaria eclética que ornamenta janelas e portas, mísulas de suporte das varandas.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 34660 Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia:

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio, Obra nº 34660, Procº 20928/19; Procº 20337/20; Procº 42898/38; Procº 3816/61; Procº 64/1994, CML.

Observações: (*) Registe-se a regularidade das obras de manutenção, realizadas pela mesma família de proprietários desde a década de 1960. Agradecimentos: Locatários. Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

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Estado atual

Pormenores da fachada principal

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Contextualização na Estrada da Torre, década de 1960. AML – Núcleo Fotográfico

Plantas do 1º piso (rés-do-chão) e das águas-furtadas. AML – Núcleo Intermédio, Obra nº 34660

Cortes. AML – Núcleo Intermédio, Obra nº 34660

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Alçado principal. AML – Núcleo Intermédio, Obra nº 34660

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL)

IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.89 Designação patrimonial: Edifício de habitação pombalino SIG: 1804701088001 Outras designações:

Morada: Estrada da Torre, 53-59 Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 1994 PDM 2012 Alteração Territorial (código): (código): 18.89 (código): 18.89 Utilização: Habitação Proprietário: Particular Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO

Datação: Século XVIII, 2ª metade (atrib.) Autoria(s):

Contexto urbano: Frente norte da Estrada da Torre, a meio caminho entre a Al. das Linhas de Torres, a Az. da Cidade e o antigo sítio da Torre, que existiu na confluência com a Az. da Musgueira.

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Habitação suburbana tardo-pombalina, de frente extensa (7 sacadas), dois pisos e águas-furtadas. A tardoz, logradouro extenso e muito arborizado (2011)*, com funções de apoio à habitação, de recreio e hortícolas. No piso térreo abrem- se vários acessos à rua, segundo a sequência porta-janela característica da habitação popular. Um dos acessos conduz aos fogos esquerdo e direito do piso nobre, de planimetria filiada nos interiores pombalinos**. A porta cocheira lateralizada conduz ao logradouro. A fachada é ritmada por pilastras argamassadas e pelas sacadas com guardas de ferro arcaizantes (varão e nó, de modelo anterior a 1755). O nível baixo das janelas de peito e dos lintéis das portas do piso térreo indicia o alteamento da rua em relação à cota de soleira original. Na década de 1930, as águas-furtadas foram adaptadas a habitação para três inquilinos, como meio de rentabilização do imóvel.

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Sistema construtivo: Alvenaria de pedra, cantaria no guarnecimento dos vãos.

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Edifício e logradouro com interesse do ponto de vista arquitetónico e ambiental; memória, pombalina, da frente urbana original da Estrada da Torre.

Azulejaria (PISAL): 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Imagem exterior da casa, incluindo vãos, suas guarnições em pedra, porta cocheira e suas ferragens (datáveis da época da construção), portadas originais e guardas em ferro das janelas de sacada; coberto vegetal do logradouro.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 44721 Bibliografia: M.H.Barreiros, “Prédios de rendimento entre o joanino e o tardopombalino”, Património arquitectónico. Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Lisboa, 2010, vol. II, tomo 1, pp. 16-39; R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009, p. 361. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamento da Planta de Lisboa: 1904-1911 (Planta J. A. V. Silva Pinto), extrato 9T, 1906; Lisboa Interativa, www.cm-lxi.pt Outras:

Observações: (*) Ortofotomapa de 2011, lxi.cm-lisboa.pt. (**) Sobretudo o 1º andar direito, de duas sacadas, compartimentos intercomunicantes e alcovas abertas para as salas. O andar esquerdo, com cinco janelas de sacada, apresenta corredor de distribuição. Ver infra, AML-NI, Obra nº 44721, Proc. 1147/32, 1932, folha 4 . Agradecimentos:

Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

A.J.V. Silva Pinto, Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1904-1911, extracto 9T, 1906 (pormenor)

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Obra nº 44721, Proc. 1147/32, 1932

Portal da fachada principal Janela de sacada no piso nobre guarnecida a cantaria

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Fachada principal, década de 1960, AML – Arquivo Fotográfico

Plantas, cortes e alçados onde são visíveis as alterações propostas no projeto de alterações de 1932, Obra nº 44721, Proc. 1147/32, folha 4

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.90 Designação patrimonial: Habitação unifamiliair SIG: Outras designações:

Morada: Estrada da Torre, 71-73 A Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.90 (código): 18.90 Utilização: Devoluto Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: 1919 (projeto) Autoria(s):

Contexto urbano: Moradia inserida na frente de rua da Estrada da Torre, nas proximidades da Quinta do Livramento (antigo núcleo urbano da Torre) e defronte dos terrenos do Colégio de S. João de Brito.

Caracterização histórico-arquitectónica: O sede de propriedade rural que se entendia a tardoz, com projeto de 1919. Destinava-se a residência do proprietário. Compõe-se de dois corpos construtivos, sendo o primeiro torreado, avançado em relação ao segundo, e com três pisos. O segundo, mais baixo e transversal ao primeiro, apresenta telhado de duas águas. “A generalidade das aberturas surge ornada de lintéis ornamentados por composições decorativas revivalistas em azulejo recortado de azul, amarelo e branco”, Nova Monografia do Lumiar, 2009.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra nas paredes exteriores e de tijolo nas interiores; betonilha no piso térreo.

Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial: Exemplar interessante de residência suburbana da 1ª República.

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Azulejaria (PISAL): - 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria e conceção geral; muros e elementos em cantaria; portas, janelas e guarnição dos vãos; guardas e gradeamentros metálicos; remates cerâmicos dos beirados dos telhados e chaminé; lintéis ornamentados em azulejo recortado de azul, amarelo e branco.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 19603 Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico e Núcleo Intermédio

Observações: Agradecimentos: Preenchido por: Carlos Inácio Revisão: Maria Helena Barreiros

Levantamento da cidade 1:1000, 1948-50

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Fotografia atual e registo do AML – Núcleo Fotográfico, década de 1960

Elementos do projeto, AML – Núcleo Intermédio, Obra nº 19603

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IDENTIFICAÇÃO

Código CMP: 18.91 Designação patrimonial: Conjunto de duas moradias SIG: 1806905014001 Outras designações:

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 82-86 e 78-80 Classificação Oficial e/ou Prémio: DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – PDM 1994 PDM 2012 Inst. Gestão Alteração Territorial (código): (código): 18.91 (código): 18.91 Utilização: Equipamento escolar (nº 82-66) Proprietário: Externato “O Poeta” (nº 82-66) Locatário: o mesmo

Planta de localização e fotografia de identificação CARACTERIZAÇÃO

Datação: 1922 (nº 82-86, projeto) Autoria(s):

Contexto urbano: Integrado em troço morfologicamente desequilibrado da Alameda das Linhas de Torres, resultante da coexistência de diferentes paradigmas de urbanização. A construção do conjunto, em lotes destacados da antiga Quinta das Pedreiras (18.28), corresponde à terceira fase de ocupação da Estrada do Lumiar: a primeira (século XVIII), através de quintas suburbanas de produção e de recreio (18.28, 18.45), seguida dos palacetes da transição para o século XX (18.44, 18.46, 18.47, 18.48).

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: As duas moradias obedecem a um mesmo alinhamento e formam um conjunto arquitectónico tipologicamente idêntico, comum no país nas décdas de 1920-30: são habitações unifamiliares de dois pisos e planta retangular com logradouro a tardoz, recuadas e sobrelevadas em relação à rua, prevendo a construção de corpos independentes para garagens cuja parede exterior constitui a frente de rua. O acesso à casa faz-se lateralmente, por escada, até à plataforma superior ajardinada. A planimetria interior reproduz o tipo dos prédios de

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REGULAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL) rendimento oitocentistas: privilegia o corredor longitudinal na organização da habitação, com salas de estar e receber junto à fachada e sala de jantar a tardoz, junto à cozinha. Uma ampla caixa de escadas encosta à empena lateral, iluminada por clarabóia no nº 82-86. As duas moradias expressam gostos diferentes: o nº 82-86 filia-se no ecletismo cosmopolita da transição do séc. XIX para XX*; o nº 78-80 revela o novo gosto por uma arquitectura de raízes nacionais (Raul Lino, A Casa Portuguesa, 1929).

Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

X X Estado de conservação: Bom Razoável Mau nº 82-86 nº 78-80 AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Avaliação patrimonial: Conjunto raro e representativo de uma das fases de ocupação da frente nascente da Alameda das Linhas de Torres, nas décadas de 1920-1930, com recurso a moradias tipologicamente afins, de linguagem arquitectónica entre o ecletismo e a “casa portuguesa”.

Azulejaria (PISAL): 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Imagem exterior e volumetria do conjunto, caixa de escadas, guarda e clarabóia do nº 82-86.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): 19852 (nº 82-86), 7848 (nº 78-80),

Bibliografia: R.M. Trindade Ferreira, F.A. Andrade e Lemos, Nova Monografia do Lumiar, Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar, 2ª edição, 2009; Projeto de obra (Arquivo Municipal).

Outros inventários patrimoniais:

Cartografia: Levantamento da planta da cidade de 1950, C.M.L., extrato 9R; www.lxi.cm-lisboa.pt

Observações: (*) O edifício existente corresponde a uma versão simplificada do projeto de 1922. Não foi possível aceder ao interior do nº 78-80. Agradecimentos: Externato “O Poeta”.

Preenchido por: Gisela Pimentel Revisão: Maria Helena Barreiros

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Troço da Alameda das Linhas de Torres entre os nºs 92 e 46 (aprox.), 1948-50. Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-1950, IGC/CML, sobresposto à planta atual (lxi.com-lisboa.pt)

Alameda das Linhas de Torres, nº 82-86

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Moradia nº 82-86: pormenores do exterior

Moradia nº 82-86: pormenor do exterior Vestíbulo e caixa de escadas

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Moradia nº 82-86: interior, guarda da escada e grelha metálica da clarabóia

Alameda das Linhas de Torres, nº 78-80

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Moradia nº 78-80, enquadramento atual e frente de moradias da Alameda das Linhas de Torres, na década de 1960 (AML - NF). Deste conjunto subsiste apenas a da esquerda, nº 62-64, em mau estado e em situação de descontinuidade urbana.

Moradia nº 78-80 na década de 1960. AML – Núcleo Fotográfico

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Moradia nº 82-86, projeto, 1922: localização e plantas. Obra nº 19852, AML – Núcleo Intermédio

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Moradia nº 82-86, projeto, 1922: corte, alçados laterais e posterior.

Obra nº 19852, AML – Núcleo Intermédio

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Moradia nº 82-86, projeto, 1922: alçado principal e pormenores do coroamento.

Obra nº 19852, AML – Núcleo Intermédio

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IDENTIFICAÇÃO

Código CMP: 18.92 Designação patrimonial: Antiga central telefónica SIG: Outras designações:

Morada: Alameda das Linhas de Torres, 98

Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.92 (código): 18.92 Utilização: Proprietário: PT - Portugal Telecom Locatário: Devoluto

Planta de Localização e Fotografia

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Década de 1950* Autoria(s):

Contexto urbano: Integra a frente de rua da Alameda das Linhas de Torres

Caracterização histórico-arquitectónica-tipológica: Equipamento público de telecomunicações, de planta rectangular alongada e frente estreita, recuado e sobrelevado em relação à via, à qual oferece muro de jardim de forte expressão plástica, adjetivado por simbologia heráldica alusiva ao município e à ideia de nação, na época considerada adequada à arquitectura pública. O edifício, de paredes de grande espessura e robustez, filia-se em modelos vernaculares tal como foram interpretados pela arquitetura oficial do Estado Novo.

Materiais/Sistema construtivo: Alvenaria de pedra.

Estado de conservação: Bom X Razoável Mau

Avaliação patrimonial: Bom exemplar, de pequena escala, de arquitectura pública do Estado Novo. 1 2 3 X Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

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Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: Volumetria e coroamento, materiais de revestimento, espaço ajardinado fronteiro, muro e seus elementos de composição e representação.

FONTES DE INFORMAÇÃO

Bibliografia:

Outros inventários patrimoniais:

Outras: Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico

Observações: (*) A verificar. O projecto pode datar da década de 1940. Agradecimentos: PT - Portugal Telecom

Preenchido por: Maria Helena Barreiros

Aspeto do edifício e seu enquadramento, fachadas poente e sul Acesso à plataforma do jardim fronteiro

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Muro sobre a rua e fachada lateral sul

Registo fotográfico de 1961. AML - NF

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IDENTIFICAÇÃO Código CMP: 18.93 Designação patrimonial: Azinhaga de Entremuros SIG: Outras designações:

Morada: Azinhaga de Entremuros (parte)/Alameda das Linhas de Torres, entre os nºs 20 e 22 Classificação Oficial e/ou Prémio:

DADOS URBANÍSTICOS PU Alto do Lumiar – Inst. Gestão PDM 2012 Proposta de Alteração Territorial (código): 18.93 (código): 18.93 Utilização: Via pública Proprietário: Locatário:

Planta de localização e fotografia de identificação

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Datação: Anterior ao século XIX Autoria(s):

Contexto urbano: Integra conjunto arquitectónico e paisagístico do palacete e quinta que a limitam física e visualmente.

Caracterização histórico-arquitectónica-paisagística: Caminho público que integrava a rede de azinhagas do Lumiar. Estendia-se desde o portão sul da antiga Quinta da Musgueira à Estrada do Lumiar, futura Alameda do Lumiar/das Linhas de Torres. No sentido norte, estabelecia os limites das grandes propriedades rurais do Lumiar: quintas dos Ulmeiros ou das Pedreiras (v. 18.28), das Conchas e das Calvanas ou do Fidié (v. 18.48). Resta hoje o pequeno troço murado entre o terreno do palacete vizinho a norte (v. 18.44) e a Quinta das Mouras (v. 18.46), que se conclui visualmente no jardim e frontaria da Quinta de N. Sra. do Carmo (CMP 18.45), no lado ímpar da Alameda, com as quais constitui pequena unidade paisagística.

Materiais/Sistema construtivo:

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Estado de conservação: Bom Razoável Mau X

Avaliação patrimonial: Memória de uma antiga azinhaga estruturante da rede de caminhos rurais do Lumiar, potencialmente qualificadora do ambiente urbano local.

Azulejaria (PISAL): - 1 2 X 3 Grau (Regulamento, artº 25º - C, nº 2):

Espaços, elementos arquitectónicos, decorativos e peças móveis a preservar: A azinhaga, muros que a delimitam, pavimento tradicional, elementos vegetais que a compõem visualmente.

FONTES DE INFORMAÇÃO Volume de Obra (AML - NI): Bibliografia:. Outros inventários patrimoniais: Cartografia: J.A.V. Silva Pinto, Levantamento da Planta de Lisboa à esc. 1:1000, CML, 1904-1911; Levantamento de Lisboa, esc. 1:1000, 1948-50 (IGC/CML).

Outras: Fichas patrimoniais 18.28, 18.44, 18.46, 18.48.

Observações: Preenchido por: Maria Helena Barreiros

Levantamentos de Lisboa à esc. 1:1000, 1904-11 (Silva Pinto), 1948-50 (IGC/CML), sobrepostos à planta atual (lxi.cm-lisboa.pt)

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