Breve Balanço

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Breve Balanço 76 CINEMA BRASILEIRO Anos 2000, 10 questões 77 Listagem I por diretores Breve balanço Ao começarmos o trabalho de curadoria da Na verdade, a liderança bastante desta- sobre a produção e circulação de mostra, tentamos pensar de forma ainda cada em números de filmes de nomes em espontânea (sem irmos à listagem completa geral menos lembrados por sua obra, como longas brasileiros na década 2001-2010 dos filmes produzidos) quais eram os “au- os de Evaldo Mocarzel ou Moacyr Góes, não tores de cinema” cujas obras nos pareciam é uma novidade na historiografia do cinema ter sido as mais marcantes da década. Dos nacional. Afinal, quem saberia dizer que nos nomes citados pelos curadores constavam anos 1970 os dois cineastas que mais filma- figuras como Eduardo Coutinho, Beto Brant, ram foram Ary Fernandes e Mozael Silveira No catálogo da mostra CINEMA BRASILEIRO ANOS 90, publicamos uma listagem completa José Eduardo Belmonte ou Julio Bressane, que, (com os mesmos 14 longas que Mocarzel na dos longas produzidos entre 1991 e 2000. Nossa intenção inicial seria a de fazer o mesmo portanto, nos pareciam ser alguns dos que última década), seguidos por Alberto Pieralisi, mais teriam filmado no período. Ao partirmos J. B. Tanko e Osvaldo Oliveira, com 13 longas neste catálogo, porém a produção total teve um aumento de mais de 300%, passando para uma efetiva contagem destes títulos, – como nos informa a pesquisa feita para o de pouco mais de 200 para mais de 860 longas no período de dez anos, uma quantidade porém, constatamos curiosamente que, catálogo da 4ª CineOP, que se dedicou ao perí- que inviabiliza a produção deste material impresso. Ao mesmo tempo, porém, o fato é com a exceção de Coutinho (cujos números odo? Ou que nos anos 1960, foram Victor Lima, que, desde 2001 (quando foi realizada aquela mostra), a utilização e o acesso à internet se sobressaem), havia pelo menos outros dez com 15 longas; e o mesmo J. B. Tanko, com 11 cineastas que exibiram mais longas pela (de novo, segundo pesquisa da 3ª CineOP)? tornaram muito mais democráticos, e por isso acreditamos que a disponibilidade dessa primeira vez nessa década do que os outros O interessante mesmo é perceber as pecu- listagem completa, organizada por ano no site da mostra, se provará igualmente útil – três que havíamos citado – e que outros nove liaridades que permitiram a esses cineastas permitindo ainda que eventuais exclusões sejam devidamente corrigidas. haviam filmado tanto quanto eles (quatro filmar em maior quantidade – o que pode longas cada). variar bastante, aliás. Temos, do lado de Mo- São dados como esses que nos fazem con- carzel, uma estrutura de produção extrema- Por isso, a lista completa de produção de longas entre 2001-2010 está disponível no endereço: firmar como é importante fazer estes balanços mente barata e “urgente” – e que, de alguma www.revistacinetica.com.br/anos2000/filmes.php no calor da hora, para que impressões não se maneira, encontra um espelho na produção perpetuem como fatos muito mais por ques- ultraindependente dos irmãos Pretti (com A partir dessa decisão, pensamos que seria mais interessante usar este espaço no catálogo tões relacionadas a contextos circunstanciais 6 longas no período – todos de ficção) e no (visibilidade, “coerência” da obra) do que pela próprio método de Coutinho. De outro lado, impresso para organizar e sistematizar algumas listagens menos gerais e que, no todo, realidade. Não é que deixe de ser significativo temos os chamados “artesãos do cinema permitissem algumas observações interessantes sobre a produção e circulação dos filmes pensar por que as obras de Brant, Belmonte comercial”, que no geral sempre foram os que brasileiros no período. ou Bressane nos pareceram tão marcantes no mais filmaram no país, e que aqui estão re- período (cada uma tem seus motivos), mas ob- presentados acima de tudo por Moacyr Góes servar como a dinâmica da produção atendeu (que chegou a lançar 3 longas em um mesmo linhas muito mais pragmáticas. ano), e tendo um caso de maior “autoralidade” 78 CINEMA BRASILEIRO Anos 2000, 10 questões 79 e repercussão em Daniel Filho (terceiro maior Mas o fato é que vários dos principais no- número de longas realizados). mes considerados “expoentes” das gerações Daí por diante, temos uma variedade de anteriores, e que continuaram filmando nos situações entre os que filmaram 4 ou mais anos 2000, não passaram da marca de dois vezes, passando pelos incentivos regionais ou três longas, como é o caso de Lírio Ferreira, que facilitaram projetos como os do cearense Carla Camurati, Eliane Caffé ou Lais Bodansky Rosemberg Cariry ou os gaúchos Beto Souza e (no caso da geração dos anos 1990); de Sérgio Paulo Nascimento, por exemplo. Mas, no geral, Bianchi, Hector Babenco, Sérgio Rezende, Quantidade de longas o que percebemos é uma divisão clara entre os André Klotzel, Miguel Faria Jr., Murilo Salles, que mais filmaram: estes se resumem quase Ugo Giorgetti ou Tizuka Yamasaki (anos 1980); por diretor 2001-2010 exclusivamente aos que o fizeram dentro de de Carlos Reichenbach, Hugo Carvana ou uma ideia de “cinema industrial” (casos de Ivan Cardoso (anos 1970), chegando a rema- Góes ou Daniel Filho, mas também, ainda que nescentes da geração do Cinema Novo, como 14 longas 5 longas 46 diretores exibiram em outras bases, de Fábio Barreto, Jorge Fur- Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues ou Evaldo Mocarzel Cao Guimarães 3 longas tado e Guel Arraes); ou àqueles que filmaram Geraldo Sarno. Houve inclusive vários dentre Domingos Oliveira apenas filmes muito baratos (além de Mocarzel, estas gerações que lançaram apenas um Coutinho e Pretti, podemos pensar em Cao Gui- longa nestes dez anos, como é o caso de Ruy 11 longas João Batista de Andrade 107 diretores exibiram marães, Domingos Oliveira, e os próprios Brant, Guerra, Walter Lima Jr, Paulo Cezar Saraceni, Moacyr Góes José Padilha 2 longas Belmonte e Bressane), ou aos que filmaram Neville D’Almeida, Ana Carolina, Alain Fresnot, Rosemberg Cariry exclusivamente ou parcialmente documentá- Roberto Gervitz, Guilherme de Almeida Prado, 8 longas 496 diretores exibiram rios (casos como os de João Batista de Andrade, Tata Amaral ou Paulo Caldas. Rosemberg Cariry, Eryk Rocha, José Padilha, José Filmar uma vez, porém, pode ter sido con- Daniel Filho 4 longas 1 longa Joffily, Roberto Berliner e Walter Carvalho). siderado uma vitória por alguns nomes que Beto Brant Ou seja: cineastas que buscaram criar não o fizeram nos anos 1990, e que finalmente 7 longas Beto Souza projetos autorais exclusivamente através da conseguiram retomar carreiras neste período, Eduardo Coutinho Eryk Rocha ficção, e cujos orçamentos não foram extre- como foi o caso de Maurice Capovilla, Andrea mamente baratos, não filmaram mais do que Tonacci, José Mojica Marins, Edgar Navarro, Fábio Barreto três vezes na década. Alguns estreantes do Hermano Penna, Carlos Prates ou até mesmo 6 longas Guel Arraes período até conseguiram chegar a esta marca Arnaldo Jabor e Rodolfo Nanni. Estes estão em Luiz e Ricardo Pretti Jorge Furtado apresentando-se já como nomes importantes companhia, como cineastas de apenas um José Eduardo Belmonte no cenário nacional e até internacional, como longa no período, de mais de 490 diretores – a foi o caso de Karim Aïnouz, Sérgio Machado, imensa maioria deles de estreantes que vão José Joffily Kiko Goifman e Heitor Dhalia (com três lon- desde jovens na casa dos 20 anos até direto- Julio Bressane gas cada) ou Marcelo Gomes e Claudio Assis res com uma obra reconhecida nos curtas ao Paulo Nascimento (com dois). Já outros, como principalmente longo da década de 1990 (caso de Ana Luiza Roberto Berliner Walter Salles e Fernando Meirelles (mas Azevedo ou Philippe Barcinski). Para todos, o também Andrucha Waddington), se dividiram desafio se manterá ao longo da próxima déca- Walter Carvalho entre carreiras no cinema brasileiro e em da: como (e o quanto) conseguirão fazer para grandes produções internacionais. manter as carreiras em constante produção? 80 CINEMA BRASILEIRO Anos 2000, 10 questões 81 Mercado de cinema no Brasil II B) O financiamento E O PÚblico DO cinema brasileiro Se usarmos o mesmo método de comparar O que se pode afirmar é que, principalmen- os resultados dos anos de 2001 e 2010 para o te por conta da atuação da Ancine ao longo do público específico dos filmes brasileiros nos ci- período, os métodos de financiamento da pro- nemas, poderíamos até chegar a um resultado dução brasileira têm sido bastante alterados, ainda mais animador – só que este seria um e talvez (pelo menos numa análise otimista) A) AS salas DE cinema E O PÚblico EM geral tanto enganador. Isso porque, se em 2001 os alguns bons resultados dos últimos períodos filmes brasileiros venderam 6,9 milhões de in- possam ser relacionados a isso. Fato é que, em gressos, em 2010 este número chegou a nada 2001, mecanismos como a Lei Rouanet, o artigo Um dado sobressai quando olhamos para as mercado de salas de cinema, não foi suficien- menos que 25,6 milhões. Isso quer dizer que I da Lei do Audiovisual e os investimentos dire- dimensões do mercado de cinema no Brasil – te para impedi-lo. O fato é que hoje temos o cinema brasileiro é hoje quatro vezes maior tos da União (mais associados à imagem clás- primeiro no ano de 2001, e depois no de 2010. 2.225 telas de cinema no país, enquanto em em termos de público do que há dez anos? sica da “captação de recursos” como esta ficou No primeiro ano do período, foram vendidos 2001 elas eram 1.620. Não exatamente, porque aí sim a sazona- conhecida a partir da chamada “retomada” 75 milhões de ingressos
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