Desenvolvimento, Inclusão Social E Intersetorialidade: Do Orçamento Participativo Ao Brasil Sem Miséria
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DESENVOLVIMENTO, INCLUSÃO SOCIAL E INTERSETORIALIDADE: DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO AO BRASIL SEM MISÉRIA TEREZA HELENA GABRIELLI BARRETO CAMPELLO BRASÍLIA-DF ABRIL DE 2017 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ ESCOLA FIOCRUZ DE GOVERNO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE Tereza Helena Gabrielli Barreto Campello Desenvolvimento, inclusão social e intersetorialidade: do Orçamento Participativo ao Brasil sem Miséria Memorial descritivo apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo como requisito para obtenção do título de Notório Saber em Políticas Públicas em Saúde. Orientadora Profª Dra. Denise Oliveira e Silva (Fundação Oswaldo Cruz) Brasília-DF Abril de 2017 Orientaçao editorial Pro. Dr. Gerson Oliveira Penna Revisão Adriana Morais Cecília de Almeida Lopes Manuel de Araújo Amorim Projeto gráfico e diagramação Kátia Ozório Fotos Ubirajara Machado Sérgio Amaral Imagem da capa FAVELA, de Candido Portinari Pintura a óleo/madeira, 66 x 100 cm, de 1958 (Direito de uso gentilmente cedido por Joâo Candido Portinari) Campello, Tereza. Desenvolvimento, inclusão social e intersetorialidade: do orçamento partici- pativo ao Brasil sem Miséria / Tereza Campello. -- Brasília, DF: Fundação Oswal- do Cruz, Escola Fiocruz de Governo, 2017. 231p.: il. Memorial descritivo apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo como requisito para obtenção do título de Notório Saber em Políticas Públicas em Saúde. Orientação: Doutora Denise Oliveira e Silva. 1. Desenvolvimento social, Brasil. 2. Inclusão social, Brasil. 3. Orçamento partici- pativo, Brasil. 4. Plano Brasil sem Miséria. I. Ministério da Saúde. II. Silva, Denise Oliveira e. CDU 364(81) Tereza Helena Gabrielli Barreto Campello Desenvolvimento, inclusão social e intersetorialidade: do Orçamento Participativo ao Brasil sem Miséria Memorial descritivo apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo como requisito para obtenção do título de Notório Saber em Políticas Públicas em Saúde. Orientadora Profª Dra. Denise Oliveira e Silva Fundação Oswaldo Cruz Banca Examinadora Profª. Dra. Denise Oliveira e Silva Fundação Oswaldo Cruz Prof. Dr. Bruno Lazzarotti Dinz Costa Fundação João Pinheiro Prof. Dr. Jorge Osvaldo Romano Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Prof. Dr. Maurício Lima Barreto Fundação Oswaldo Cruz Prof. Dr. Paulo Marchiori Buss Fundação Oswaldo Cruz Prof. Dr. Sergei Suarez Dillon Soares Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Membros Suplentes Prof. Dr. José Francisco Nogueira Paranaguá de Santana Fundação Oswaldo Cruz Profª. Dra. Leonor Maria Pacheco Santos Universidade de Brasília Desenvolvimento, inclusão social e intersetorialidade: do Orçamento Participativo ao Brasil sem Miséria Tereza Helena Gabrielli Barreto Campello À Luiza, filha amada, que inunda meus dias de alegria e liberta o que há de melhor em mim. Agradecimentos O melhor no agradecimento é o ato de reconhecer. Lembrar daqueles que compartilham sonhos, projetos e realizações, estiveram ao meu lado, os que me apoiaram e me ajudaram com minha filha. E foram, felizmente, muitos. Ao Presidente Lula, pela confiança, pelos mais importantes aprendizados e por não desistir de lutar por um mundo mais justo, mantendo acesos, em cada um de nós, o sonho e a esperança. À Presidenta Dilma, que me desafiou muito além do que eu imaginava ser meu limite, acreditando na força e capacidade das mulheres. Professor Gerson Penna, obrigada por me convidar e me incentivar a escrever minha trajetória de gestora, na forma de Memorial, nestes tempos de dor, sofrimento e incertezas, e me fazer encarar este período como momento de reflexão e produção. Agradeço à Denise Oliveira, minha orientadora, pela parceria, pelos conse- lhos, e por valorizar dia a dia o conhecimento e a experiência como saber científico e por me encorajar a assumir este lugar no que ela denomina de ciência cidadã. Agradeço de coração à Márcia Muchagata e Sandra Brandão, que leram a pri- meira versão, criticaram, e me deram segurança para seguir em frente, e à Monica Rodrigues, que ajudou em um pouco de tudo, na forma e conteúdo. Muitos me ajudaram no trabalho de garimpo, seleção e organização de in- formações, produção de dados e documentos. Agradeço em especial a Arnoldo Campos, Carlos Paiva, Celso França, Carlos Guedes de Guedes, Esther Dweck, Flávio Cireno, Flora Marin, Guilherme Cassel, Ieda Castro, Isabel Costa, Johannes Eck, Iraneth Monteiro, Izabella Teixeira, José Dirceu Galão, Janine Mello, Jeferson Miola, Julio Cezar Fonseca, Letícia Bartholo, Lilian Rahal, Luna Borges, Paula Montagner, Paulo Guilherme Cabral, Paulo Jannuzzi, Marcelo Cardona, Marconi Fernandes, Marta Salomon, Miriam Belchior, Miriam Chaves, Néia Uzon, Rafael Guerreiro Osório, Roberto Vinzentin. Fundamental reconhecer o trabalho e esforço da querida Gabryela Figueiredo, que me deu suporte em todo este processo e da equipe do gabi- nete da DIREB. Agradecer à Cecília de Almeida Lopes e Adriana Morais que fizeram um esfor- ço concentrado de revisão. A Kátia Ozório e equipe, responsáveis pelo projeto gráfico e por dar tratamento adequado a todos os gráficos, tabelas e figuras que ajudam na compreensão do conteúdo. Um agradecimento especial a Ubirajara Machado, o Bira, a Sérgio Amaral, e a Roberto Stuckert que assinam as fotos e dão cores às memórias. Agradeço ao amigo querido João Candido Portinari que cedeu o direito de uso da imagem da obra entitulada Favela, de Candido Portinari. Uma honra ter um artista comprometido com a justiça social a ilustrar a capa deste Memorial. É necessário reconhecer os que estiveram comigo nestes quase 30 anos de trajetória profissional, sendo parte da batalha do dia a dia. Tentei nominar a todos no corpo do Memorial. Em especial, à equipe do Ministério de Desen- volvimento Social e Combate à Fome. Agradeço aos que me acompanharam na vida. Paulo Ferreira, pai da Lulu, que foi meu companheiro por 20 anos, Adriana Morais, Suzana Lisboa, Andrea Marquez Fontes, Lena Peres e Lina Conceição Oliveira, e em nome deles agra- decer a todos os meus amigos e familiares, em especial a minha filhota, pela paciência e pelo carinho. Quero incluir nestes agradecimentos os brasileiros e brasileiras, os mais po- bres, os ainda invisíveis ao Estado, os que batalham dia a dia para se susten- tar, para ser feliz, para que seus filhos estudem e tenham uma vida melhor. São eles que motivam, inspiram e dão sentido à trajetória dos que persistem na luta contra a pobreza e as desigualdades. Sumário 1. PRÓLOGO: ONDE A POLÍTICA COMEÇA 15 2. INTRODUÇÃO 17 3. ENGENHARIA VERSUS ECONOMIA (1981 – 1988) 20 4. RIO GRANDE DO SUL, UMA USINA DE INSPIRAÇÃO E PRÁTICA (1989 – 2002) 23 4.1 Prefeitura Municipal de Porto Alegre: Coragem de Mudar (1989 – 1993) 23 4.2 Reflexão e ação sobre apráxis : experiência na acadêmica (1990 – 1994) 31 4.3 Um período no parlamento: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (1993 – 1998) 33 4.4 Um Estado para a maioria dos gaúchos (1999 – 2002) 38 5. GOVERNO FEDERAL: SEM MEDO DE SER FELIZ (2002 – 2010) 45 5.1 Da Transição à Assessoria Especial da Presidência 47 5.2 Bolsa Família: um pouco da história (2003 – 2010) 48 5.3 Casa Civil: coordenação de projetos estratégicos e Metas Presidenciais (2004 – 2010) 57 6. PAÍS RICO É PAIS SEM POBREZA E A MISSÃO DA MINISTRA DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME (2011 – 2016) 64 6.1 Plano Brasil sem Miséria – Oportunidade para Todos 65 6.2 Os avanços no Bolsa Família proporcionados pelo Brasil sem Miséria 73 6.3 Eixo Inclusão Produtiva 85 6.4 Política Nacional de Assistência Social 95 6.5 Eixo Serviços 104 6.6 Participação e transparência 111 7. O BRASIL FORA DO MAPA DA FOME: A POLÍTICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR 115 8. PELO QUE LUTO UMA VIDA TODA? 120 8.1 Quem eram os pobres em 2003 e quem são os pobres em 2015? 121 8.2 Redução da pobreza e da desigualdade de renda 129 8.3 Pobreza Multidimensional: é sustentável investir em políticas de combate à pobreza? 132 9. UMA TRAJETÓRIA INTERROMPIDA 148 10. OS NOVOS DESAFIOS 150 11. UMA PÁGINA ABERTA 155 GALERIA DE FOTOS 157 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 163 ANEXOS 171 ANEXO I - CURRICULUM VITAE 172 ANEXO II – RESENHAS 176 do Orçamento Participativo ao Brasil sem Miséria ao Participativo do Orçamento Desenvolvimento, inclusão social e intersetorialidade: social e intersetorialidade: inclusão Desenvolvimento, 15 1. Prólogo: Onde a política começa Minha história familiar foi dada por cepas muito distintas. De um lado meu pai, Francisco de Assis de Araujo Barreto Campello, advogado, filho de tradi- cional família pernambucana ligada à academia ou ao serviço público. De ou- tro, minha mãe, Lygia Gabrielli Barreto Campello, filha de imigrantes italianos que se instalaram em Descalvado, São Paulo, trabalharam na lavoura de café, e prosperaram no ramo da indústria têxtil no interior paulistano. Tinham em comum a herança católica, mas carregavam estes dois pedaços do Brasil, Per- nambuco e São Paulo, e origens tão diferentes. Nasci em São Paulo, mas cedo mudei para o Recife. As imagens do Nordeste da minha infância permanecem marcadas em minha memória afetiva. Tive a felicidade de morar dos dois aos onze anos no Recife, Pernambuco, e conviver com minha extensa família paterna, com dezenas de primos e tios. Impossível esquecer a alegria e o calor nordestinos, as frutas e a praia de Boa Viagem que, com sua luz, banhava todas as minhas manhãs de menina. Mas nem todas as lembranças são lúdicas. Ainda passam diante de mim as pontes do Recife repletas de retirantes. Estas imagens nunca mais sairão de 15 minha mente. As tardes tórridas em que ia visitar meu pai na SUDENE1, de mãos dadas com minha mãe. Na época, o Recife tinha ônibus elétrico, e lá íamos de “trólebus”2. Era uma aventura. Não raro as hastes de metal se sol- tavam e o veículo parava. Descíamos para fazer alguma compra no centro, e lá estavam eles.