“Lato Sensu” Avm Faculdade Integrada

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“Lato Sensu” Avm Faculdade Integrada UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O Marketing das Escolas de Samba - A festa oriunda das favelas e vendida para o mundo. Por: Bruno de Queiroz Faraj Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O Marketing das escolas de samba - A festa oriunda das favelas e vendida para o mundo. Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Estratégica de Vendas e Negociação Por: Bruno de Queiroz Faraj AGRADECIMENTOS As Escolas de Samba Portela e Salgueiro. Aos queridos Samir Faraj irmão e ao amigo Telmo Eduardo que contribuíram com ricas informações. DEDICATÓRIA Minha mãe Célia Dolores, pai Ielson Grimaldi, familiares e amigos. RESUMO Conto as diversas histórias do carnaval carioca, seus personagens, capítulos marcantes, obras que marcaram época e fizeram história. O carnaval carioca cresceu com o passar dos anos e hoje se tornou um dos negócios mais rentáveis da cidade no que diz respeito ao turismo. Nesse trabalho, conto a forma como se desenvolveu a história do samba e da festa em si. Alem da forma como as escolas construíram e mantém sua vida dentro do samba. A forma como divulgam seu dia a dia, sua marca. Como atraem públicos de todo o mundo e de que forma conseguem lucrar com a festa. Toda essa mistura fina forma a apoteose do samba e faz do carnaval carioca o maior espetáculo da terra. METODOLOGIA Essa pesquisa pode ser caracterizada como um estudo exploratório, onde há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. O tema carnaval já gerou diversas outras análises e conversas. O trabalho utilizou de coleta de dados, que foram realizados no período de Maio de 2014 até Agosto de 2014, baseou- se em dados primários e secundários. Nos dados primários, foram realizadas pesquisas junto às escolas de samba e a organização maior do evento, o LIESA, visando entender no que contribuíram para o crescimento do evento e seus planos futuros. No que diz respeito aos dados secundários, foram utilizadas fontes de pesquisas vindas de entendedores do carnaval carioca. Participaram também, membros das escolas que contribuíram com materiais e informações via e-mail e telefone. As Escolas Portela e Salgueiro foram as única que abriram suas fontes e ofereceram apoio a pesquisa. Portanto lembradas nas entrelinhas do trabalho. O estudo pode se considerar exploratório, onde se utilizou de dados primários e secundários, visando entender como se deu o surgimento, crescimento e desenvolvimento do evento. Assim como a participação das Escolas entrevistadas e não somente elas, já que no período da pesquisa, outras agremiações foram visitadas a fim de unir informações básicas e de certa importância para o conteúdo final. SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I - A historia inicial do carnaval – O conceito CAPÍTULO II - Crescimento e desenvolvimento das Escolas CAPÍTULO III – Organização – Salgueiro e Portela CAPÍTULO IV - Ética competitiva – Respeito entre as coirmãs CAPÍTULO V - Visão de negócio – Internacionalização do samba, o apelo turístico e a participação das escolas BIBLIOGRAFIA INTRODUÇÃO A historia do carnaval carioca foi contada por diversos personagens, seu crescimento e desenvolvimento se deu ao longo dos anos com o suor e apresentações magníficas feita por pessoas que nasceram com o dom do samba e com ele no sangue. Nesse material, veremos histórias de Tia Ciata, Escolas de Samba. Conquista de mercado, publico amigos, dinheiro, fama. Como o evento tomou proporções inimagináveis no seu inicio. A competição que se segue, passando pela evolução e o respeito entre os concorrentes. O que se quer no carnaval carioca é, alem da taça de campeã, o sucesso continuo do maior espetáculo da terra. Quem deseja conhecer esse evento e seu glamour, pode com esse material saber um pouco mais das origens e fontes de consultas diárias do que vem pela frente no próximo carnaval e ao longo de outros novos e promissores anos de disputa na Sapucaí. Esse é um material baseado em pesquisas de pessoas que entendem do assunto e buscaram a fundo informações e situações que colaboraram para o surgimento e crescimento do carnaval. Hoje o carnaval do Rio de Janeiro é sem duvida o maior evento desse porte, que se vende para diversos países e gera milhões de reais para os cofres públicos que nele investem. Diferentes empresas se associam a festa sabendo o quanto ela é rentável e se pensarmos que não nasceu de um negócio, abaixo contaremos breve histórias dos que foram e que ainda brindam nossa cultura. CAPÍTULO I A HISTÓRIA INICIAL DO CARNAVAL O CONCEITO. Tia Ciata e a formação da cultura nacional Pra conhecermos as origens do samba antes que Noel Rosa desse a ele a sua forma moderna, isto é, urbana e operária, após a Revolução de 30. Noel, como se sabe, não era negro. O que fez com que ele, um ex-aluno do São Bento e da Faculdade Nacional de Medicina, fosse atraído para uma expressão artística que era predominantemente (quase totalmente) dos negros, como é evidente por seus antecessores, Donga, Pixinguinha, Sinhô - que se dizia "cafuzo" e não "mulato", exatamente porque era mulato – e tantos outros? Exemplificando a questão: Lá pelo meio da década de 60 do século passado, o velho professor Homero Dornelas – que, pelas costas, os alunos da Seção Norte do Colégio Pedro II chamavam por um apelido bobo, "Homero Panelas", pois achávamos exótico o seu sobrenome – era respeitado por muitas razões. Uma delas era a sua autoria de "Na Pavuna", samba ainda cantado em 1965, três décadas e meia depois que vencera o carnaval, em 1930 (Na Pavuna, tam, tam, tam/ Na Pavuna, tam, tam, tam/ Tem um samba/ Que só dá gente reiuna// O malandro que só canta com harmonia,/ Quando está metido em samba de arrelia,/ Faz batuque assim/ No seu tamborim/ Com o seu time, enfezando o batedor./ E grita a negrada:/ Vem pra batucada/ Que de samba, na Pavuna, tem doutor/ Na Pavuna...// Na Pavuna, tem escola para o samba/ Quem não passa pela escola, não é bamba./ Na Pavuna, tem/ Canjerê também/ Tem macumba, tem mandinga e candomblé./ Gente da Pavuna/ Só nasce turuna/ É por isso que lá não nasce "mulhé"). O último verso era um pouco contraditório com o pseudônimo usado por Dornelas para assinar essa autoria: "Candoca da Anunciação". Mas nenhum aluno jamais teve coragem de perguntar o motivo daquela escolha – não porque o professor tivesse algo de amedrontador, pelo contrário, mas a sua idade e a sua vida impunham respeito. Outro de seus feitos era a revelação – ou, pelo menos, a ajuda - de um compositor chamado Noel Rosa, que procurou Dornelas em 1929 para que transcrevesse numa partitura um samba intitulado "Com que Roupa?". Músico de formação erudita (foi violoncelista da Orquestra Sinfônica Brasileira) e compositor popular desde 1926, naquela época ele era frequentemente procurado por colegas que tocavam e compunham, mas não sabiam escrever com notas musicais o que tocavam ou compunham (o próprio Sinhô aprendeu, incrivelmente, a tocar piano "de ouvido"). Dornelas, segundo se diz, deu a "forma final" no samba de Noel – algo de que ele nunca falou em sala de aula. Sempre se referia a Noel com uma admiração sublime. Jamais mencionou a sua contribuição no primeiro sucesso do gênio de Vila Isabel. Ele era um dos dois professores de Canto Orfeônico do Pedro II – Seção Norte, na rua Barão do Bom Retiro nº 726, no Engenho Novo (será que o endereço ainda é o mesmo?), na segunda metade dos anos 60. O outro, Heronides Neves, conhecido por ter organizado – e regido - uma impressionante combinação da banda do Corpo de Bombeiros com o coral do Pedro II, era um elegante discípulo de Villa-Lobos, o que era uma diferença em relação a Homero Dornelas, aluno de Lorenzo Fernández, que foi mais um amigo que um discípulo do grande Villa. [Uma curiosidade: estranhamente, o professor que, no início da década de 60, reorganizara o Departamento de Canto Orfeônico do Pedro II, não era um músico, mas um matemático, Cecil Thiré – avô do ator de mesmo nome, filho de Tônia Carrero e do artista plástico Carlos Thiré.] A outra admiração explícita de Dornelas era o seu parceiro em "Na Pavuna" - Almirante. Lá por 1965, Henrique Foreis, de quem ninguém sabia o nome, pois era dito "Almirante, a maior patente do rádio brasileiro", era mais presente como autor de uma terrorífica coluna diária ("Incrível! Fantástico! Extraordinário!") no jornal "O Dia". No entanto, ele foi o homem que, essencialmente, fixou a história da música popular do Brasil no período anterior à bossa nova. Almirante foi uma autoridade única nessa matéria – pois sempre falava de algo vivenciado. Fora ele, com Braguinha (João de Barro) e Noel Rosa, que organizara, em 1929, o Bando de Tangarás, que teve como primeiro grande sucesso, exatamente, "Na Pavuna". Nessa gravação, o grupo teve o pernambucano Luperce Miranda, egresso dos "Turunas da Mauriceia", no bandolim. Mas o motivo dessa gravação ter-se tornado histórica foi outro: pela primeira vez a percussão entrava em registro fonográfico. Esses compositores – Candoca da Anunciação, Almirante, Noel, Braguinha – procuravam (ainda que inconscientemente) um meio de expressão que fosse nacional. Encontraram no samba esse meio de expressão. Estávamos tentando colocar essas ideias no papel (aliás, na tela) quando, quase por acaso, lemos o belo texto do jornalista Fábio Gomes sobre tia Ciata. Relata o autor que seu artigo foi "escrito em novembro de 2007, após minha primeira viagem à Bahia, quando explanei sobre O Samba Indígena no Teatro Dona Canô, por ocasião da abertura da Casa de Samba de Santo Amaro, em setembro daquele ano. O texto atendia o pedido de uma baiana, funcionária do Ministério da Cultura, que, após ouvir José Miguel Wisnik falar sobre tia Ciata, perguntou-me onde poderia saber mais acerca de sua famosa conterrânea.
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