Tema Do Anteprojeto
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Daniela Novelli A BRANQUIDADE EM VOGUE (PARIS E BRASIL): IMAGENS DA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO SÉCULO XXI Tese submetida ao Programa de Pós- Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutora em Ciências Humanas. Orientadora: Profª. Drª. Cristina Scheibe Wolff Coorientadora: Profª. Drª. Susana Bornéo Funck Florianópolis 2014 Este trabalho é dedicado à Stuart Hall [in memoriam]. AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por ter me acolhido para a realização de meu doutorado, bem como a todo o seu Corpo Docente, especialmente ao competente grupo de mulheres da área de “Estudos de Gênero”. Cada um.a de vocês, Professores.as, contribuiu de forma ímpar para meu desenvolvimento acadêmico e para a escrita desta tese! Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Educação Superior (CAPES) pelo financiamento de meus estudos no Brasil. Ainda a esta última e ao Comité Français d’Évaluation de la Coopération Universitaire et Scientifique avec le Brésil (COFECUB) pelo financiamento de meu estágio de doutorado sanduíche no exterior, realizado na Université de Toulouse II – Le Mirail (UTM). Aos colegas doutorandos, mestrandos e graduandos do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH), por terem me proporcionado momentos de grande aprendizado e me mostrado o quanto a perspectiva de gênero pode mudar o “modo de ver” as relações humanas. Às professoras coordenadoras Joana Maria Pedro e Cristina Scheibe Wolff, que sempre demonstraram abertura para uma valiosa troca de ideias, acolhendo pesquisadores.as de vários cantos do Brasil e de outros países. Desejo a todos.as muito sucesso! À Cristina Scheibe Wolff e à Susana Bornéo Funck pelas orientações. À toda a equipe da UFSC e da UDESC envolvida no gigante “Fazendo Gênero”, Circulando entre mais de 4.000 pessoas a cada edição, percebi que o empenho de todos.as contagiou, emocionou, desafiou... À Miriam Pillar Grossi pelo incentivo e pelas orientações antes, durante e depois de meu estágio na Europa, estendendo este agradecimento à Mara Coelho de Souza Lago, pelas excelentes aulas de “Seminários Temáticos sobre Gênero” ao lado de outros colegas já doutores pelo PPGICH. E ainda à Carmem Silvia Rial, Tânia Welter e Mônica Soares Siqueira, pelas aulas de “Métodos Antropológicos”. As dezenas de resenhas me fizeram amadurecer pessoal e academicamente. À Joana Maria Pedro, pelas excelentes aulas de “Teorias da História, da Cultura e do Indivíduo”. Obrigada por ocupar com maestria e responsabilidade a função de Coordenadora do PPGICH durante os primeiros anos de minha permanência como discente e representante de turma (com o querido colega Leandro Cisneros). Ao querido Selvino José Assmann, atual Coordenador do PPGICH e à Teresa Kleba Lisboa, meus sinceros agradecimentos pelo empenho e atenção de sempre ao Programa. À Luzinete Simões Minella por ser um exemplo vivo de sabedoria e humildade, incluindo seu olhar firme e doce ao mesmo tempo, que emana espírito de luta! À Tânia Regina Oliveira Ramos por ter me aceitado como avaliadora de pôsteres nas duas edições do “Fazendo Gênero”, ao lado de pessoas muito especiais e dedicadas. Aos professores Héctor Leis, Selvino Assmann, Luiz Fernando Scheibe, Paulo Krischke, João Lupi, Alberto Cupani, Brígido Camargo e Marcos Montysuma. Aos funcionários do PPGICH, especialmente Jerônimo Ayala, Helena, Elaine e Ângelo, pela atenção e disponibilidade de sempre na Secretaria. Assim como a todos.as os.as funcionários.as da UFSC, especialmente do CFH. À geração 2010 de doutorandos.as do PPGICH da UFSC, queridos.as colegas!!!! À Cíntia Lima e Gilmária Ramos pela compreensão, pela ajuda e pelas risadas sempre presentes em nosso estágio docência. Gil, obrigada pelo carinho e pelas descobertas em Paris, collègue de chambre divertida e cheia de fé. Também às queridas Carol Cubas e Dani Queiroz, que assim como Gil amam a França... sem vocês esse sanduíche não teria o mesmo sabor! À Melina de la Barrera Ayres, Grande Amiga. Palavras não bastam para expressar a admiração que sinto por você. Quanta emoção aqui e lá fora... À Giovana Zimermann, surpresa boa da Vida que cruzou meu caminho na Maison du Brésil e por razões que só Deus explica era de Floripa, pesquisadora e artista!!! “Conhecer a cidade é contemplar seu incessante devir”, não é mesmo? Grande alma... Ao querido colega de turma Leandro Cisneros, obrigada pelo carinho e respeito! Sucesso em sua defesa meu amigo, filósofo que ensina onde passa. À Simone Ávila, Silvana Pereira, Izadora Machado e Ana Ribas, colegas de turma poderosas, tão diferentes e queridas, aprendi muito com cada uma, dentro e fora de sala. Aos queridos colegas cofecubianos Marília Fontenelle, Carol Cherfem, Tatiane Lobo, Marcilio Lucas, Renata Bastos, Marcelo Mandelli, jamais esquecerei o que vivi ao lado de cada um de vocês em Vichy, Rennes, Toulouse e/ou Paris. Sucesso em suas defesas. Só me resta dizer: chocolat caramelisé!!!! À Kenia Cabral, colega de graduação e de francês, batalhadora que fez doutorado pleno em Paris sem bolsa. Às queridas Ana Rúbia Becker e sua mãe, que se juntaram a nós para comer crepe e matar a saudade. Aos colegas da Apeb-Fr, especialmente Vinicius Kauê Ferreira e Marina Melo, que com muita dedicação incentivaram tantos pesquisadores brasileiros na França durante minha estadia, bem como dirigiram e/ou dirigem com sabedoria e amizade esta importante Associação. Também aos pesquisadores brasileiros e franceses das Ciências Humanas e Exatas que “fizeram acontecer” em Toulouse uma incrível mesa-redonda: Melina de la Barrera Ayres, Jérôme Courduriès, Nicolas Adell, Eduardo Breviglieri Pereira de Castro, Marília Ramalho Fontenelle, Claudia Helena Daher, Fabien Laffont e Marina Silveira de Melo. À Émilie Coutant, coordenadora do Groupe d’Étude sur la Mode (GEMODE), por ter me proporcionado apresentar minha pesquisa na Université Paris V Sorbonne. Foi um sonho realizado. À querida Luisa de la Quintinie, outra feliz surpresa de Paris, merci ma chèrie pelo carinho, pelas exposições de moda, pela bela pedida na Colette. Em Floripa, mais ao Sul ou na França, felicidade sempre! À colega Ana Paula Marcante Soares, obrigada pela companhia em Paris “guria”, sucesso na sua tese e na vida. À incrível carioca- canadense Margareth Zanchetta, mulher forte, simpatia pura. Obrigada pela companhia em Paris, pela energia boa e por levar a sua irmã no “nosso” aniversário. À Claudia Nichnig, Rosa Blanca e Felipe Fernandes, pelas dicas de pesquisa e palavras afetuosas. Aos colegas, professores.as e outros estudantes do Brasil e da França que discutiram meu tema de pesquisa em eventos nos quais apresentei comunicações orais. À Andrea A. de Andrade, da biblioteca do Senac Sto Amaro, em São Paulo. Obrigada pela atenção e pelos vários e-mails com “detalhes” esquecidos durante a pesquisa documental. À Agnès Fine, pela coorientação em Toulouse. À mes chers Fanchon Debehogne & Ivan, Martine & Daniel Fourcade. Merci beaucoup pour les cadeaux faits à main, vous m’avez appris trop de choses! À Jérôme Courduriès, merci beaucoup pour l’accueil chaleureux et le soutien à Toulouse. À Agnès Martial, Claudine Vassas, Patrizia Ciambelli, Mylène Hernandez, Natacha Baboulene-Miellou et Nicolas Adell, merci à tous et à toutes. À minha amada mãe Carmem Silvia, por ter sempre uma palavra de incentivo e muitas energias boas. Obrigada pelas sessões de Reiki, você é um exemplo de amor e força, de criatividade e intuição, de generosidade e renovação. Ao meu pai, querido Carlos Novelli, pela força, pelo exemplo de alegria, pelo amor, pela dedicação e por ter cuidado das coisas enquanto estive fora. Devo muito a vocês esta maravilhosa e dolorosa experiência, que encerra uma fase importante de minha atual existência. Amo vocês. À minha querida irmã Andrea N. Badin, pela compreensão e amizade. Ao meu cunhado Evandro e aos lindos sobrinhos Lucas e Luigi, pelo carinho. À Adriana Novelli, irmã e grande amiga. Pelas dicas preciosas regadas sempre a café, pela alegria e leveza que contagiam, por ter me ouvido e me aturado em alguns momentos de crise, de dúvida e cansaço. Muito obrigada pela revisão deste trabalho! Aos professores e às professoras do curso de graduação em Moda e de pós-graduação em História da UDESC, que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui. Notavelmente à Mara Rúbia Sant’Anna, que me orientou no mestrado e me incentivou a tentar este doutorado, acreditando em minhas capacidades. À Marcia Perencin Tondato, bem como Alice e Waldemar, pela carinhosa lembrança e pelas lindas flores... À toda a minha família! À Deus e aos Mestres de Luz que me deram e dão muita força. RESUMO Esta pesquisa interdisciplinar de doutorado tem como principal objetivo analisar a produção discursiva da branquidade a partir do corpo feminino em Vogue, entre os anos de 2001 e 2010. O corpo [branco] convocado pelo discurso de moda foi identificado a partir de uma análise documental e qualitativa de edições francesas e brasileiras deste periódico de alta moda e prêt-à-porter de luxo, bem como a violência simbólica que naturaliza o desejo colonizador masculino por meio das lentes dos fotógrafos. Tal análise demonstrou ainda como a erotização e a exotização do Outro e de si mesmo são geradas pelo cruzamento sociocultural e histórico de outras formas de dominação (de classe e de gênero/sexual), em diferentes contextos da mesma violência simbólica racial. Palavras-chave: Branquidade. Vogue (Brasil e Paris). Violência simbólica. ABSTRACT This interdisciplinary doctoral study aims to analyze the discursive production of whiteness from the female body in Vogue, between the years 2001-2010. The body [white] convened by the fashion discourse was identified from a documentary and qualitative analysis of the Frenchs and Brazilians’editions by this journal of the high fashion and read-to-wear’s luxury, as well as the symbolic violence that naturalizes male colonizer's desire through the lenses of the photographers.