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ISSN 0370-6583

RODRIGUESIA Revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Volume 37 Número 62 Janeiro/Junho 1985

'*} NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS

I) INSTRUÇÕES AOS AUTORES destes a indicação de suas instituições com os respectivos endereços (com exceção de catálogos, ou bibliografia de bi- os editores ou coordenadores, ou a)As revistas editadas pelo Jardim Botânico do Rio de bliografias, pois somente autores deverão fornecer os endereços). No caso de Janeiro (Rodriguésia, Arquivos do Jardim Botânico do Rio de principais Janeiro, Boletim do Museu Kuhlmann, Estudos e Contribuições haver instituições financiadoras ou do(s) autor(es) ser bolsista, em nota de rodapé. e Publicações Avulsas) aceitam para publicação trabalhos que isto deverá ser indicado Vegetal dizem respeito à Biologia ou ao Jardim Botânico do Rio Resumo — não deverá exceder a 90 palavras e os nomes devendo ser de originais e inéditos. de Janeiro, preferência, científicos genéricos e infragenéricos deverão levar dois grifos. b)Os manuscritos devem ser encaminhados à Comissão de — a 90 e os nomes dos Publicações do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no seguinte Abstract não deverá exceder palavras e específicos, ou abaixo destes, deverão levar endereço: táxons genéricos Jardim Botânico do Rio de Janeiro dois grifos. Rua Jardim Botânico n.° 1008 Introdução, Material e métodos. Resultados e discussão 22.460 — Município do Rio de Janeiro — deverão obedecer às normas dos trabalhos científicos em — Rio de Janeiro BRASIL geral, podendo ser omitidos em trabalhos curtos sobre a descri- c)A aceitação dos trabalhos dependerá da aprovação da ção de táxons novos ou mudanças nomenclaturais. referida comissão, respeitará a ordem da data de recebi- que Agradecimentos — deverão ser restritos a poucas linhas e mesmos, da secretaria da comissão. mento dos pelo protocolo nos trabalhos taxonómicos não serão enumerados os nomesdos d)Os artigos serão em ou em inglês, publicados português, herbários, cujos encarregados cederam material por emprésti- e alemão, a comissão conve- espanhol, francês quando julgar mo, sendo suas siglas indicadas nas relações do material estu- niente. dado. e)Os originais devem ser entregues em três vias, sendo um — original e duas cópias, datilografadas em espaço duplo, em papel Referências bibliográficas estas deverão seguir às se- normas: ofício de boa qualidade, de 21 a 22 cm de largura, 29,5 a 33,5 cm guintes de comprimento, com uma margem do lado esquerdo de 2,5 a 1)No caso de livros e outras publicações avulsas, citar o 3,5 cm e do lado direito de no mínimo 1,0 cm, ou com medidas sobrenome do autor em caixa alta, prenome ou demais nomes aproximadas a estas. As ilustrações (figuras, fotos, tabelas), abreviados; no caso de três autores citar os 3, e no caso de mais caracteres ará- deverão ser numeradas progressivamente em de 3 autores, citar o primeiro seguido da expressão et ai.; data letras minúsculas e as bicos, sendo os detalhes assinalados com seguida de ponto (somente o ano da publicação); título completo ilustrações referidas no texto (as estampas serão denominadas sublinhado ou no caso de obras clássicas de trabalhos taxonô- de de figuras); serão apresentadas à tinta nanquim em papel micos, apenas a 1." parte do título, seguido de três pontos(. . .); obedecendo às desenho branco, em páginas separadas, propor- número da edição, se houver; local da publicação (cidade); nome ter as mesmas dimensões do ções para redução, ou deverão do editor(a); número do volume sublinhado, quando houver; vindo indicadas, a corpo impresso na página, ou fração, sempre parte ou fascículo, quando houver; número de páginas e es- escala ou a fonte de onde foi copiada. Quando da correção das tampas ou figuras. No caso de dúvidas, seguir-se-ão as especifi- provas, os originais não poderão ser mais modificados pelos cações aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas autores, sob qualquer pretexto. (ABNT). Exemplos: f)Os trabalhos a serem apresentados, deverão, sempre que CUTTER, E. G. 1 978. anatomy Part 1. Cells and Tissues. possível, obedecerão seguinte roteiro: London, E. Arnold, 315 p., il. ²Título; ENGLER, H. G. A. 1878. Araceae. In: Martius, C.F.P. von; ²Nome do(s) autor(es); Eichler, A. W. & Urban, I. Flora Brasiliensis. . . München, ²Resumo; Wien, Leipzig, v. 3, part 2, p. 26-223, est. 6-52. ²Abstract; 1930. Liliaceae. In: Engler, H. G. A. & Plantl, K. A. ²Introdução; E. Die natürlichen pflanzenfamilien. . . 2. Aufl. Leipzig ²Material e métodos; (Wilhelm Engelmann), v. 75a, p. 227-386, fig. 1 58-1 59. ²Resultados e discussão; SASS, J. E. 1 951. Botanicalmicrotechnique. 2. ed. Iowa, Iowa ²Agradecimentos; State College Press, p. 228. ²Referências bibliográficas URBAN, I. 1903. Smilax. In:. Symbolae antillanae seu Título — deverá ser conciso e objetivo, traduzindo de fundamento, florae indiae occidentales. Leipzig, v. 4, p. maneira clara o conteúdo do trabalho. Deverá ser escrito com 149-150. letra inicial maiúscula, as demais letras minúsculas, com exce- YOUNGKEN, H. W. 1951. Tratado de farmacognesia. Mé- ção dos nomes próprios; os subtítulos obedecerão à mesma xico, Editorial Atlante, 1376 p. regra. Exemplo: Anatomia floral de Asclepias curassavica L. 2)No caso de artigos de periódicos, citar: autor(es) do artigo (Asclepiadaceae). (prenome e outros nomes abreviados; demais observações ver Nome do(s) autor(es) — os nomes devem ser escritos com item 1) no caso de livros. . .); ano da publicação seguida de letra inicial maiúscula e as demais letras minúsculas. Abaixo ponto; título completo do artigo; título do periódico abreviado ~ ^ jí/U3S 2 VTc^-c^X?^

WÊÊÊ* RODRIGUÉSIA Revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Volume 37Número 62Janeiro/Junho 1985

Sumário

Carta do editor3

Lista preliminar das angiospermas ocorrentes no Raso da Catarina e arredores, Bahia5 Rejan R. Guedes

O gênero Chloris Swartz (Gramineae) no Rio Grande do Sul9 Silas Costa Pereira Ismar Leal Barreto

Revisão taxonômica do gênero Coutoubea (Gentianaceae)21 Elsie Franklin Guimarães Vera Lúcia Gomes Klein

Contribuição ao estudo dos mixomicetos do Estado do Rio de Janeiro46 Katia Ferreira Rodrigues

O gênero Lentinus Fr. (Tricholomataceae) no Estado do Rio de Janeiro48 Fátima Maria Amaral Barbosa

Morfologia dos frutos e sementes dos gêneros da tribo Mimoseae (Leguminosae-Mimosoideae) aplicada à sistemática53 Marli Pires Morim de Lima

Paullinia carpopodea Camb. (Sapindaceae). Anatomia foliar79 Carmen Lúcia de Almeida Ferraz Cecília Gonçalves Costa

Estrutura das madeiras brasileiras de dicotiledôneas (XXVII). Humiriaceae91 Paulo Agostinho de Matos Araújo Armando de Mattos Filho

^VE/VTAKiC -tíN RodriguésiaRio de Janeiro v.37 n.62 p.3-114jan. jun. 1985 0ú'2-22.St2-5 — Publicação trimestral do Jardim Botânico do Rio de Janeiro — Administração: Coordenadona de Editoração Rua Jardim Botânico. 1008- CEP 22460- Rio de Janeiro - telefone: (021) 274-4346 — Editor-Científico: Graziela Maciel Barroso (Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Projeto Radam-Brasil — Coordenador Editorial: Cícero Silva Júnior — Projeto Gráfico e Edição de Arte: Pedro Paulo Del- — — Inês Adjunto — pino Bernardes (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq) Copidesque: Maria Ulhoa Fotografia: Cyntia Kremere Mário da Silva — Circulação: Mana Lúcia Monteiro Guilhermino — Comissão Permanente de Publicações do Jardim Botânico: Ariane Luna Peixoto (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro): Carmem Lúcia Falcão Ichaso (Jardim Botânico — do Rio de Janeiro — IBDF); Cecília Gonçalves Costa (Jardim Botânico do Rio de Janeiro IBDF). Cordélia L Benevides de Abreu (Jar- — dim Botânico do Rio de Janeiro — IBDF); Dorothy S. Dunn de Araújo (Departamento de Conservação Ambientai FEEMA); Haroldo — Cavalcante de Lima (Jardim Botânico do Rio de Janeiro IBDF); Honóno da Costa Monteiro-Neto (Universidade Estadual do Rio de — Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro— IBDF); Margareth Emmench (Museu Nacionai da Universidade Federal do Rio de Janeiro — UFRJ); Raul Dodsworth Machado (Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ); Wanderbilt Duarte de Barros (IBGE/Departamen- to de Análise de Sistemas de Recursos Naturais) — Presidente da Comissão de Publicações: Graziela Maciel Barroso (Jardim Botânico do Rio de Janeiro — IBDF)— Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal— IBDF: Mauro Silva Reis— Diretor do Jar- — dim Botânico do Rio de Janeiro: Carlos Alberto Ribeiro de Xavier—Composição e Impressão: Editora LidadorLtda. Rua Hilário Ribeiro, 1 54 — Praça da Bandeira — telefones: 284-7594 e 284-7685 — Rio de Janeiro, RJ. Carta do editor

Em qualquer país, qualquer que seja a condição de seu desenvolvi- mento e, também, qualquer que seja a circunstância de um evento, é sempre oportuno acentuar-lhe o sentido quando for ele referente à pesquisa científica. De modo maior, esse caráter deve ser melhor signifi- cado desde que indague de modo mais consistente quanto aos conheci- mentos pertinentes a elemento ou a elementos das ciências naturais.

Tais investigações podem oferecer conclusões enriquecedoras, que levem ao aproveitamento da potencialidade das plantas ou dos animais, das águas ou dos solos, da meteorologia ou dos climas, da energia dos ventos, por exemplo, ou da economia organizada do ecossistema.

Por conseqüência, a utilização dos resultados da inteligência medra- da com indagação metodizada, é claro, deve servaliosa não apenas a parte do segmento trabalhador que na sociedade atua sobre a área com que a inquisição ocorreu. Isto é, transcende, com certeza, aos interesses do estamento profissional que, sistemática ou cartesianamente, põe sua preocupação na análise da área estudada. A busca ultimada, ou às vezes até apenas insinuada como linha metodológica, deve ganhar amplitude, tornada acessível a maior número de eventuais interessados.

Esse último aspecto pode ser, aliás, bem identificado com o reaflorar das preocupações pelos valores das plantas medicinais; pelo significado estimado pelo conteúdo de determinados alimentos vegetais, mais que outros, in natura; pelo aproveitamento da beleza de árvores, arbustos, ervas e lianas na composição de parques e jardins ou na ornamentação da casa. Ainda, exemplificando melhor, na realidade do papel que os elemen- tos naturais — onde o próprio homem sobressai como criador, destruidor e reconstrutor da ecologia.

Debaixo de tais perspectivas, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, tem feito, com a possível regularidade, a publicação de trabalhos que os técnicos da instituição concluem, analizando os mais diversos fatos e condições da vida vegetal.

0 objetivo básico desse gênero de divulgação atende a uma trivalên- cia. De um lado, tornar público o rumo e os resultados das pesquisas, seja pura, seja aplicada, a respeito da biologia, da fisiologia, da morfologia, da sistemática de vegetais, alcançado, tantas vezes, certas sendas sofisti- cadas como a genética e a citogenética, a ecologia, a etnobotânica, a paleobotânica. De outro lado, provocar ou acentuar a curiosidade pelo estudo do mundo das plantas. E, de um terceiro ângulo, abrir caminhos ou sustentá-los, se for o caso, pelo melhor estímulo aquele que faz do estudo da botânica nesta instituição a razão de ser de sua profissão.

Rodriguesia e Arquivos atendem, cada uma revista com característica própria, ao objetivo de comunicação específica. Rodriguesia permite cumprir, assim, mais uma etapa com o número que entra em circulação.

O texto ora editado, contemplado por contribuições, atende à pro- posta enunciada em parágrafo desta carta, e abrange anotações fitogeo- gráficas, revisões taxiológicas, observações de anatomia e referenciais de ocorrências fitológicas. Lista preliminar das angiospermas ocor- rentes no Raso da Catarina e arredores, Bahia.

* Rejan R. Guedes É fornecida uma listagem de espécies ocorrentes na região do médio rio Vaza-Barris, Bahia, acompanhada de notas sobre a floração, frutificação e denominação popular de cada planta.

* Bióloga, Jardim Botânico do Rio de Ja- Introdução Ia escassez de chuvas e grande irregulari- neiro. Seção de Botânica Sistemática. dade em sua distribuição, temperaturas Bolsista do CNPq. Em janeiro e julho de 1979, durante elevadas e forte evaporação. pesquisas sobre a arara Anodorhynchus leari Bonaparte no nordeste da Bahia (Sick, Os exemplares coligidos, bem como Teixeira & Gonzaga, 1 979), uma equipe de as informações fornecidas pelos coletores, do Museu Nacional do Rio de ornitólogos permitem-nos caracterizar a formação ve- esforçou-se em documentar a flora Janeiro getal dominante na região como a caatinga até então explorada, tra- da região, pouco arbustiva com suculentas (Rizzini, 1979), zendo às nossas mãos material que foi composta de arbustos muito ramificados, estudado e incorporado ao herbário do freqüentemente espinhosos, atingindo a Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB). 0 altura de 2 a 3 metros, ao lado de cactáceas material de Bromeliaceae, que aqui tam- e bromeliáceas terrestres. Plantas de porte bém citamos, foi remetido pela equipe ao arborescente são raras, destacando-se herbário Barbosa Rodrigues (HBR). principalmente o facheiro (Cereus).

Neste trabalho pretendemos divulgar A coleção feita em janeiro provém do essa pequena amostra do potencial florís- Raso da Catarina, do Brejo do Chico e da tico da região, parte da qual (Estação Eco- Estaca Zero, estação situada um pouco lógica do Raso da Catarina) encontra-se mais ao sul, junto à rodovia BR 116. Em sob proteção da Secretaria Especial do julho, o material foi coletado nas proximi- Meio Ambiente (SEMA) desde 1976. dades de Cocorobó, em acidente de ter- reno os moradores locais denominam Agradecimentos Estações de coleta que Consignamos nossos agradecimentos à equipe de Toca Velha, em Juá e em Brejo do Burgo doa- "sensu ornitólogos na pessoa do Dr. Helmut Sick, pela 0 Raso da Catarina stricto" é (Fig-1). ção do material coletado ao herbário do Jardim Bota- uma chapada de arenito remonta ao nico do Rio de Janeiro (RB); ao zoólogo L Pedreira que Gonzaga pela preocupação em documentar a flora Cretáceo, situada no nordeste da Bahia, A seguir relacionamos, em ordem ai- local e pelas informações adicionais que nos cedeu entre 9o e 10° de latitude sul.e 38° e 39° fabética, as famílias representadas em ca- sobre a região visitada; à Dr." Graziela Maciel Barroso de longitude oeste. É delimitado ao sul, a da estação de coleta, acompanhadas de e a botânica Lúcia Freire de Carvalho orientação pela modo, rio Vaza-Barris. 0 clima dados referentes à floração e frutificação e durante a execução do trabalho; ao Pe. Raulino Reitz grosso pelo anotados cole- pelo envio da listagem do material de Bromeliaceae dominante é o Bsh (semi-árido quente) da dos nomes populares pelos por ele determinado. classificação de Kóppen, caracterizado pe- tores.

Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 5-8, jan./jun. 1985 "Catinga- Croton grevioides Baill. — 3 9°38. de-cheiro" — fruto ^^^^^^^Rio — "Tinguf" São Francisco Euphorbia comosa Linn. flor Hydrophyllaceae Hydro/ea sp. — flor 90?\Vy/ ((go Leguminosae Caesalpinioideae Bocoa mollis (Benth.) Cowan. — Chorrochó» \ "Chocalhinho" — fruto Caesalpinia microphylla Mart. — "Catingueira-premprenha" — flor e fruto Cássia açuruensis Benth. — RASOVaulo J "Pau-de-besouro" — ~/ DA•lAfonso flor e fruto adCATARINA\^^s Cássia glandulosa Linn. — flor e fruto "jN\ N Cássia sp. — fruto "Pau-de-besouro" Crotalaria sp. — — fruto Cynometra glaziovii Taub. — "Coração-de-nêgo" — flor Leguminosae Faboideae Ir».1* SerraI Aeschynomene sp. — * "Muleque-duro" Uauá\Coccrobo Brancaj — flor f\^\ Toca\./ Leguminosae Mimosoideae ">' K* Velha "Espinheíro-branco" ^o^^üt- Acácia sp. — — \ ._Vaza-BarHs jJeremoabo. fruto \ Estaca^^=4======** Piptadenia oblíqua (Pers.) Macbr. — \B Zero\ "Quipé" — flor Pithecelobium dumosum Benth. — "Muleque-duro" — flor Monte?/ Malpighiaceae Santo?[ Byrsonima gardneriana Juss. — "Murici" — flor e fruto m Malvaceae Euclides/ Pavonia andrade-limae H. Mont. — daCunha/ "Tampa-cabaça" — flor Escala: "Vassoura" "Melosa" Sida spp. — 50 Km e ²flor Passifloraceae "Maracujá-de-boi" Tetrastylis sp. — ²flor 11'?I IV e fruto Rutaceae "Pau-chumbo" Esembeckia sp. — — flor Raso da Catarina Bromelia laciniosa Mart. ex Sch. — Solanaceae "Macambira" "Gangorra-de- — flor Solanum sp. — "Grava- Annonaceae Hohenbergia catingae Ule — cachorro" —: flor Annona sp.-"Araticum" — fruto tá" — flor Turneraceae Bignoniaceae Capparaceae Turnera chamaedrifolia Camb. — "Vassoura-preta" Anemopaegma goyasensis Sch. — Colicodendron jacobinae — flor "Relógio" "Icó-de-cavalo"(Moric.) — flor e fruto Hutch, — — Verbenaceae "Cipó-de-caiti- Anemopaegma sp. — flor e fruto Stachytarpheta dichotoma Vahl. — tu" — flor Compositae flor — "Cipó- Arrabidaea tuberculata DC. Eupatorium ballotaefolium H. B. K. — branco" — flor e fruto flor Toca Velha "Cipó-de-rêgo" Cuspidaria sp. — — Convolvulaceae flor Evolvulus elegans Moric h — Bromeliaceae "Vassourinha" Tecoma sp. — flor e fruto — flor Bromelia laciniosa Mart. ex Sch. — "Macambira" Bromeliaceae Evolvulus sericeus Sw. — — flor "Vassourinha" Aechmea aquilega (Salisb.) Gris. — — flor Hohenbergia utriculosa Ule — flor "Gravata" — flor Euphorbiaceae Capparaceae

Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 5-8, jan./jun. 1985 "Cansanção-de-vaqueiro" Colicodendron yco Hutch. — — flor Adenda "Icó" (Mart.) — fruto Jatropha sp. — flor Compositae Leguminosae Faboideae Em agosto de 1985, excursionando — "Mucunã" — Eupatorium ballotaefolium H.B.K. — Dioclea sp. fruto pela mesma região, o ornitólogo L Pedreira flor Malpighiaceae Gonzaga coletou uma nova amostra de Wedelia — — sp. flor Stigmatophyl/um sp. flor material botânico que listamos a seguir. Convolvulaceae Malvaceae Aniseia spp. — flor Pavonia andrade-limae H. Mont. — Raso da Catarina Evolvulus pterocaulon Moric. — flor flor Ipomoea sp. — fruto Passifloraceae Capparaceae "Maracujá-de- "Moçambê" Labiatae Tetrastylis sp. — Cleome aculeata L — — Hyptis dilata Benth. — flor papôco" — flor flor Raphiodon echinus — (Nees et Mart.) Solanaceae Celastraceae — Sch. — flor e fruto Solanum paniculatum Linn. Mavtenus imbricata Mart. ex Reiss. — "Jurubeba" Leguminosae Caesalpinioideae — flor flor "Serroteiro" Cássia angulata Vog. — flor e fruto Solanum spp. — e Convolvulaceae "Jurubeba" — Cássia chamaecrista Linn. — flor e flor Jacquemontia bahiensis 0'Donell — fruto Sterculiaceae flor e fruto — Cássia tetraphylla Desvaux var. Melochia tomentosa Linn. flor Jacquemontia confusa Meiss. — flor tetraphylla — flor e fruto Verbenaceae Leguminosae Mimosoideae — Leguminosae Faboideae Lantana canescens H.B.K. Piptadenia oblíqua Macbr. — "Camará" "Quipembe" (Pers.) Cratilia mollis Mart. — flor e fruto — flor — fruto Hymenaea martiana Hayne — fruto Vitaceae Passifloraceae Cissus ternata Baker — flor Passiflora foetida L — flor Struthanthus flexicaulis Mart. — flor Malvaceae Juá Toca Velha Pavonia humifusa Juss. — flor Rubiaceae Solanaceae "Corta-febre" Acanthaceae Diodia — Nicotiana Gr. — barbeyana Hub. flor glauca Harpochilusphaeocarpus Ness — flor — Sterculiaceae flor e fruto e fruto — Waltheria ferruginea St. Hil. flor Amaranthaceae Turneraceae Brejo do Burgo Pfaffia aff. denudata Kunt. — flor — Piriqueta duarteana (Camb.) Urb. Apocynaceae Loranthaceae flor Allamanda blanchetii A. DC. — fruto Verbenaceae Phoradendron rubrum (L) Gris. — "Enxêrco" Bignoniaceae Lippia — — fruto thymoides Mart. & Sch. flor Cuspidaria sp. — flor Boraginaceae Brejo do Chico Estaca Zero Cordia leucocephala Moric. — flor Bromeliaceae Leguminosae Mimosoideae Anacardiaceae Tillandsia loliaceae Mart. ex Sch. — Anadenanthera macrocarpa Spondias — "Umbu" (Benth.) tuberosa Arruda — flor e fruto ²fruto Brenan fruto Tillandsia recurvata (L) Lin. — fruto Asclepiadaceae Tillandsia streptocarpa Baker — fruto Ditassa sp. — flor Compositae Boraginaceae Summary Eupatorium prasiifolium Griseb. — Cordia sp. — flor flor List pf collected in the Ecologi- Bromeliaceae Convolvulaceae cal Station Raso da Catarina and neigh- Billbergia porteana Brong. ex Beer Aniseia nitens Choisy — flor e fruto bouring parts in the northeast of Bahia "Jitirana" Hohenbergia utriculosa Ule Aniseia sp. — — flor e fruto State, . Neoglaziovia variegata (Câmara) Evolvulusglomeratus Nees et Mart. — "Caroá" Mez. — flor Capparaceae Referências bibliográficas Evolvulus pterocaulon Moric. — flor Colicodendron yco Hutch. — Ipomoea Martii Meiss — flor "Icó" (Mãrt.) — fruto RIZZINI, C. T., 1979. Tratado de fitogeo- Jacquemontia bahiensis 0'Donell — Convolvulaceae grafia do Brasil. Aspectos sociológicos flor e fruto Evolvulus sericeus Sw. — flor e florísticos. São Paulo, Hucitec, Euphorbiaceae Jacquemontia sp. — flor Edusp, v.2. Acalypha sp. — flor Euphorbiaceae SICK, H., D. M. TEIXEIRA & L P. GONZA- Krameriaceae Jatrophapohliana Muell. —"Pinhão" GA, 1 979. A nossa descoberta da pá- Krameria tomentosa St. Hil. — flor e ²flor tria da arara Anodorhynchus leari. An. fruto Jatropha vitifolia Muell. — Acad. Brasil. Ciênc. 51 (3):575-576. Labiatae

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 5-8, jan./jun. 1985 — Eriope hypenioides Mart. ex Benth. cordatus (Hoff.) Blume Portulaca hirsutissima Camb. — flor flor — fruto Rubiaceae Hyptis martiusii Benth. — flor Struthanthus flexicaulis Mart. — flor Diodia barbeyana Hub. — flor e fruto Hyptis salzmanii Benth. — flor Malpighiaceae Sapindaceae Leguminosae Caesalpinioideae Banisteriopsis muricata (Cavan.) Ulvillea ulmacea Kunth. — flor e fruto — Bocoa mo/lis (Benth.) Cowan Cuatr. — fruto Sterculiaceae fruto Banisteriopsis sp. — fruto Helicteres sacarrolha St. Hil. — flor e "Salsa-caroba" Cássia angu/ata Vog. — flor e fruto Byrsonima sp. — — fruto Cássia glandulosa L — flor e fruto flor Waltheria ferruginea St. Hil. — flor Cássia tetraphylla Desvaux var. Malvaceae Trigoniaceae — — tetraphylla flor Gaya gracilipes K. Sch. flor e fruto Trigonia nivea Camb. var. pubescens — Leguminosae Faboideae Pavonia andrade-limae H. Mont. (Camb.) Lleras. — flor e fruto Cratylia mollis Mart. — flor e fruto flor Turneraceae — Periandra mediterrânea (Vell.) Taub. Pavonia humifusa A. Juss. flor Piriqueta caroliniana Urb. var. — flor e fruto Meiastomataceae jacobinae Urb. — flor — — Sty/osanthes viscosa Sw. flor e Leandra sp. flor e fruto Piriqueta duarteana (Camb.) Urb. — fruto Polygalaceae flor Leguminosae Mimosoideae Monnina insignis Benn. —flor e fruto Verbenaceae Mimosa lewisii Bar. — flor e fruto Polygala pseudohebeclada Chod. — Lippia thymoides Mart. & Sch. — flor Loranthaceae flor Stachytarpheta dichotoma Vahl. — Portulacaceae flor

Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 5-8. jan./jun. 1985 O gênero Chloris Swartz (Gramineae) no Rio Grande do Sul

Silas Costa Pereira Foram constatadas e estudadas 11 espécies do gênero Chloris no Rio Grande do Sul — ' Ismar Leal Barreto Brasil, sendo seis pertencentes à seçãoChloris e cinco à seção Eustachys. Apenas uma das entidades (Ch. gayanaj é exótica, sendo cultivada como forrageira. Três espécies resultaram inéditas para a bibliografia Sulhograndense e outras quatro, anteriormente citadas para o Estado não foram confirmadas. Foram elaboradas chaves analíticas para a identificação do gênero Chloris e para a separação de suas espécies, confirmadas e consideradas prováveis para o Estado. Foram fornecidas descrições ilustradas das espécies constatadas, complementadas com sinonímias, notas críticas, distribuição geográfica e observações ecológicas e agronômicas.

Engenheiro Agrônomo — Professor Ad- 1.Introdução cruciata (L) Swartz sua espécie tipo, foi junto do Departamento de Biologia da descrita pela primeira vez por Kunth1'1, em Escola Superior de Agricultura de La- O conhecimento da flora agrostoló- 1 81 5, tendo desde então sua posição sis- — vras MG. gica é especialmente importante para o temática modificada através do tempo, por Engenheiro Agrônomo, Livre Docente Rio Grande do Sul, onde a exploração diversos autores. da Faculdade de Agronomia da Univer- pecuária, uma de suas principais fontes de — sidade Federal do Rio Grande do Sul renda, está na dependência direta da pro- Humboldt, Bonpland & Kunth — Porto Alegre RS. dução de suas pastagens naturais, que (1815) dividem as gramíneas em 10 se- correspondem a 96,27% do total da área de ções, sendo a V a das Chlorideas. Nees pastagens (Valls 1973). (1829) e Herter (1939) dão-lhe trata- mento de família sob a denominação Chio- Dentre as a serem gramíneas gaúchas ridaceae. No sistema de Benthan & Ho- estudadas, estão as pertencentes à tribo oker (1880) no que se refere às gramí- Chlorideae, na qual, segundo Valls neas, a tribo faz parte da subfamília Festu- (1973b) são incluídas 5,2% das espécies coideae. Também Arechavaleta (1894), ocorrentes no Estado. 0 gênero Chloris se Bews (1 929), Hubbard (1 959) e Hitchcock destaca nesta tribo por ser o que apresenta (1 951) entre outros, a incluem nesta sub- maior número de espécies, estando entre família, baseando-se em seus caracteres elas o Capim de Rhodes (Ch. gayana exomorfológicos. Kunth) de grande interesse forrageiro. Prat 1934) a considera su- Em vista disto, constitui objetivo prin- (1932, ca- cipal deste trabalho, o estudo das espécies bordinada às Panicoideae pelos seus e epidérmicos. de Chloris ocorrentes no Rio Grande do racteres anatômicos Sul, sendo que para tanto, são considera- Pilger em 1954 descreveu a subfamí- dos aspectos taxonômicos e ecológicos, lia Eragrostoideae na inclui a tribo através de observações feitas a campo e qual estudo de material herborizado. Chlorideae, dando-lhe um sentido amplo, reconhecendo 27 gêneros a ela subordi- nados. 2.Revisão bibliográfica

Weymar a 2.1 Histórico da Tribo Chlorideae (1967) posteriormente

ATribo Chlorideae, que tem emChloris (1) Citado por Caro & Sanchez (1971J.

Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 considera como subfamília. Atualmente, sado, verifica-se a aceitação da divisão Além de Eustachys, outros gêneros com base em caracteres exomorfológicos proposta por Desvaux, por Nees, em 1829 foram propostos, a partir de espécies de e anatômicos, a inclusão proposta por Pil- e Nash, em 1898. Chloris, tais como Rabdochloa, por Beau- ger (1 954) é aceita pela maioria dos auto- vois em 1812, no qual inclui Chloris cru- res, como Prat (1960), Parodi (1961), Dentre os autores recentes que acei- ciata (L.) Sw. Schultesia. por Sprengel Gould (1 963) e Caro & Sanchez (1 971). tam Eustachys como gênero independente em 1813/15, incluindo Chloris petreae de Chloris, cita-se Herter (1939), Fischer Sw. e Phacellaria, por Steudel em 1 840, Parodi (1961, 1964) ao tratar das (1939), Chippindall (1955), Clayton contendo Chloris submutica H.B.K.; ne- gramíneas argentinas, cita os seguintes (1 967), Caro & Sanchez (1971), Sanchez nhum destes gêneros é aceito atualmente gêneros dentro da tribo: Bouteloua, Chio- (1971), Lazarides (1972) e Anderson estando em sinonímia com Chloris. ris, Ctenium, Dactyloctenium, Diplachne, (1969, 1974). Eleusine, Gymnopogon, Leptochloa, Mi- Em 1949, Camus propôs o subgê- crochloa, Schedonnardus, Spartina, Tri- Sanchez (1971) estudando a ana- nero Monanthochloris, descrevendo Chio- chloris, Tripogon e Willkommina. Esta de- tomia foliar das Chlorideas argentinas, ris perríeri, como espécie tipo. Segundo certas diferenças limitação é aqui considerada como a mais apresenta anatômicas Anderson (1974) Chloris perríeri A. Ca- os dois Estas natural, porém com a exclusão do gênero entre grupos. diferenças, mus é sinônimo deDaknopholis boivinii (A. Spartina, que pela caducidade de suas juntamente com outras de caráter examor- Camus) Clayton. Em 1957, Camus elevou glumas é melhor considerado como per- fológico, foram publicadas resumidamente o subgênero Pterochioris de sua autoria, Caro & Sanchez num tencente a tribo Spartineae, como já foi por (1971) quadro para gênero, descrevendo Pterochioris comparativo. proposto por Hubbard (1 954), Stebbins & humbertiana (A. Camus) A. Camus, como Crampton (1 961) e Sanchez (1 971). única espécie do novo gênero. Ander- Também Anderson compara (1974) son (1974), matem em Chloris esta es- os dois baseando-se em caracteres Rosengurtt et alii (1970), ao tratar grupos, pécie, própria do Madagascar. vegetativos, tipo de inflorescência e carac- das gramíneas uruguais não usaram a cate- teres de espiguetas. goria de subfamília, dividindo-as em 13 3.Material e método tribos, entre as quais incluem as Chlori- As diferenças apenas exomorfológi- deas, citando 12 gêneros uruguaios a ela Para a realização deste trabalho, utili- cas não são consideradas suficientes para subordinados. Para o Rio Grande do Sul, zou-se o método clássico de pesquisa ta- a aceitação de Eustachys a nível de gênero. Valls (1973b) relaciona os seguintes gê- xonômica, incluindo revisão de herbários, Como neste trabalho não são incluídos neros de Chlorideas: Bouteloua, Chloris, viagens de coletas, consultas à bibliografia estudos anatômicos, pois sua principal fi- Cynodon, Diplachne, Eleusine, Gymnopo- clássica e específica para a área em estudo, nalidade é a caracterização simples e obje- gon, Leptochloa, Microchloa, Spartina e confecção de chaves analíticas e descri- tiva das espécies, torna-se conveniente Tripogon. ções ilustradas das espécies. considerar Eustachys subordinado a Chio- ris. Também é levado em conta o fato de 2.2. Histórico do Gênero Chloris Swartz 4.Resultados e discussão que são consideradas apenas as espécies ocorrentes no Rio Grande do Sul, que cor- 4.1. Descrição e Separação de Chloris A primeira citação do gênero Chloris, respondem a cerca de 20% do total mun- dos Gêneros Afins foi feita em 1 788 por Swartz que descre- dial, que tem maior concentração em re- veu as espécies Chloris ciliata e Chloris pe- tropicais. Chloris pode ser separado dos demais treae como novas e baseou-se emAgrostis giões gêneros de Chlorideas que lhe são afins, radiata L, Agrostis cruciata L. e Andropo- Ressalta-se que esta tomada de posi- através da seguinte chave: gon polydactylon L, para estabelecer as cão quanto à inclusão de Eustachys em novas combinações Chloris radiata (L) Chloris poderá vir a ser modificada, com a 4.1.1. Chave para determinação dos gê- Chloris cruciata Sw. e Chlorispoly- Sw., (L.) ampliação da área de estudos e comple- neros sulriograndenses de Chlorideas, Sw. As descrições menciona- dactyla (L) mentação dos mesmos com dados anatô- afins a Chloris. e com das são bastante sucintas poucas micos. ilustrações. A — Espiga solitária, unilateral, terminal. Eustachys é também considerado su- Plantas com até 20 cm de altura. Desvaux, em 1810, descreveu o gê- bordinado a Chloris, como subgênero ou Microchloa nero Eustachys transferindo para ele Chio- seção, pelos seguintes autores: Doell AA— Mais de uma espiga ou racemo es- Desde então tem havido ris petreae Sw. (1878/83), Benthan & Hooker (1880), peciforme por inflorescência. autores, so- divergências entre os diversos Hackel (1 887,1904,1908,1909), Ekmann B— Racemos espiciformes uni ou Desv. como bre a aceitação de Eustachys (1911), Parodi (1919, 1953), Hitchcock bilaterais, paniculados. Chloris. Hum- — gênero independente de (1930, 1951), Rosengurtt et alii (1970) e C Lema com uma só aris- 1815, boldt, Bonpland & Kunth, em Burkart (1969). ta. Racemos especi- consideraram o gênero dividido em duas formes bilaterais. "Spiculis seções, sendo a primeira de bi- Arechavaleta (1894), Pilger (1954), Gymnopogon "Spiculis floris" e a segunda de multifloris"; Hubbard (1959), Bor (1960), Potztal CC—Lema tri-aristada. Ra- nesta seção os autores fazem a observa- (1964) e Cabrera (1970) estão entre os cemos especiformes "An cão: genus destinctum?", sem entrar autores que não consideram Eustachys ao unilaterais. em detalhes. Dos autores do século pas- se referirem a Chloris. Bouteloua

10 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 BB— Espigas ou rácemos especi- cio fértil, desiguais entre si; lema fértil sas, raramente estolho- formes uni ou bilaterais, digi- carenada, glabra ou com cilios de tamanho sas. tadas ou fasciculados. variável, no dorso e nas margens, mútica ou D—Lema fértil de 3,0 a C — Um só antécio estéril, aristada; pálea bicarenada, pouco menor 3,5 mm, com cilios rudimentar, mútico, si- que a lema fértil; lemas estéreis aristadas submarginais e dorsais tuado no ápice da rá- ou múticas; três estames, anteras alonga- semelhantes, de 2,0 a quila. Lema fértil tam- das, relativamente pequenas, dois estile- 2,5 mm. bém mútica. Espigas tes com estigmas plumosos, duas lodícu- Ch. grandiflora unilaterais. las; cariópse livre, castanha, fusiforme a DD — Lema fértil com cilios Cynodon ovóide, de seção triangular. submarginais 2 a 3 ve- CC—Um ou mais antécios zes maiores que os dor- estéreis, desenvolvi- São consideradas duas seções para o sais. — dos, com exceção de gênero Chloris: Seção Chloris e Seção E Inflorescência em race- Ch. pycnothrix, cujo Eustachys, cujas características são expôs- mos especiformes, gru- antécio estéril possui tas na chave apresentada a seguir. pados em número de 8 a lema rudimentar, po- 25. Lema fértil de 1,8 a rém com longa arista. Cerca de 60 a 70 espécies amplamen- 2,5 mm. Lâmina foliar Lema fértil em geral te distribuídas nas regiões tropicais e sub- com 6 a 12 mm de lar- aristada ou mucrona- tropicais do globo. No Rio Grande do Sul gura. da. Rácemos especi- ocorrem representantes do gênero Chloris Ch. polydactyla formes uni ou bilate- em todas as regiões fisiográficas. EE — Inflorescência em race- rais. mos especiformes agru- Chloris 4.2. Chave para Determinação das Espé- pados em números de 2 cies do Gênero Chloris Ocorrentes no Rio a 7 (em geral 4). Lema Outros gêneros, como Eleusine, Di- Grande do Sul fértil de 2,5 a 3,5 mm. plachne, Leptochloa e Tripogon, embora Lâmina foliar com 1 a pertencentes à mesma tribo, se separam A — Gluma superior aguda, mútica ou mu- 5 mm de largura. facilmente de Chloris por possuírem mais cronada. Espiguetas com um a quatro Ch. canterae de um antécio fértil por espigueta. antécios. Primeiro antécio estéril e AA— Gluma superior bilobada ou biden- lema fértil aristados. Prefoliação ge- tada, em geral obtusa e aristulada 4.1.2. Descrição do Gênero Chloris Swartz ralmente convoluta. (Seção Chloris). entre os lóbulos ou dentes. Espigue- B — Espiguetas com um só antécio tas com um só antécio estéril, sem- Chloris Swartz — Prod. Veg. Ind. Occ. estéril; plantas estolhosas. pre mútico (às vezes mucronado). — 25. 1788. C Lema estéril reduzida, Prefoliação conduplicada. (Seção Eustachys Desvaux — Nov. Buli. Soe. com até 1 mm de com- Eustachys). Philon. Paris 2:1 88. 1810. primento. Lema fértil de B — Lema fértil com cilios dorsais Rabdochloa Beauvois — Ess. Agrost. 2,0 a 2,8 mm de com- esubmarginais, às vezes mui- 84, 158, 176, 1812. primento, de margens to ralos e curtos. Schultesia Sprengel — PI. Pugill. 2: glabras ou com cilios C — Lema fértil com calo 17. 1815. curtíssimos no épice. ciliado, e cilios sub- Phacellaria Willdenow ex Steudel — Ch. pycnothrix marginais e dorsais — Nom. Bot. ed. 2. 7:353. 1840. CC Lema estéril com 1,3 a desde a base, com Pterochloris Camus— Buli. Mus. Hist. 2,0 mm de comprimen- comprimento de 0,6 a Nat. (Paris). Ser. 2. 29:349. 1957. to. Lema fértil de 3,5 a 1,0 mm. Espécie tipo: Chloris cruciata (L.) 4,5 mm de comprimen- Ch. bahiensis Swartz. to, com cilios submar- CC—Lema fértil com calo ginais que nos 2/3 su- Glabro. Plantas perenes, raramente anuais periores atingem até D — Lema fértil de dorso (Chloris pycnothrix), cespitosas a estolho- 1,8 mm. pronunciadamente gi- sas, às vezes rizomatosas, com altura va- Ch. orthonoton boso, com pequenos riando desde 10 cm até cerca de 2 metros. BB — Espiguetas com mais de um cilios de 0,1 mm de Lâminas com 2 mm a 1,5 cm de largura, antécio estéril, plantas esto- comprimento na parte conduplicadas ou convolutas. Inflorescên- lhosas ou cespitosas. superior. Antécio es- — cia em espigas ou rácemos especiformes C Lema fértil de dorso gla- téril de 1,0 a 1,5 mm, bilaterais ou unilaterais, agrupados em bro, com arista de 1,5 a 1,5 a 2,0 vezes maior número de 2 a 35, em disposição digitada 4,0 mm de comprimen- que a ráquila que o su- ou verticilada; espiguetas sesseis ou pedi- to. Planta estolhosa ou porta. celadas, em geral densamente imbricadas, cespitosa. Ch. uliginosa com apenas o antécio basal fértil e um ou Ch. gayana DD—Lema fértil de dorso — mais antécios apicais menores e estéreis; CC Lema fértil de dorso ci- não giboso, com cilios glumas persistentes, menores que o ante- liado. Plantas cespito- submarginais estendi-

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 9-20.jan./jun. 1985 11 dos nos 2/3 superio- atingindo 0,1 5 a 0,80 m de altura quando 0,3 mm; dorso com cílios de até 0,2 mm na res, com 0,3 a 0,5 mm florescido. Lâminas foliares, eretas, gla- parte mediana; cílios submarginais de até de comprimento; os bras, lineares, obtusas. Racemos unilate- 0,5 mm nos 2/3 superiores, lema estéril dorsais menores. An- rais agrupados em número de 4 a 1 2 (-1 5), glabra, truncada, de 1,5 a 2,0 mm de com- técio estéril 4 a 7 ve- de 4 a 1 3 cm de comprimento; espiguetas primento, sustentada por um pequeno pe- zes maior que a ráquila com um antécio estéril; gluma inferior dicelo de 0,2 a 0,3 mm de comprimento. que o suporta. lanceolada, com 1,0 a 1,4 mm, a superior Ch. b revi pi Ia maior, com 1,8 a 2,4 mm, bidentada, aristu- No Brasil, esta espécie é restrita ao Rio — BB Lema fértil de dorso glabro e lada entre os dentes; lema fértil oval, de 2,0 Grande do Sul, sendo mais freqüente na com grandes e abundantes a 2,5 mm de comprimento, com pequeno região da Campanha. É forrageira de pouca cílios submarginais. múcron no ápice e cílios dorsais e submar- produtividade, vegetando nos campos vir- — C Antécio estéril lan- ginais; calo ciliado; lema estéril mútica, gens, com florescimento de dezembro a ceolado, de 1,6 a glabra, tubulosa, pouco menor que a fértil, março. 2,2 mm. Racemos es- sustentado por um breve pedicelo de 0,4 a peciformes, flexuo- 0,5 mm. Principal Material Examinado sos, agrupados em nú- mero de 1 0 a 35 de 8 a Ocorre com maior freqüência na re- Brasil — Hio Grande do Sul — São Borja, 15 cm de compri- gião da Campanha, principalmente em lu- Araújo 309 {BAA); Alegrete, Porto 901 mento. Antécio fértil gares altos e secos. Floresce desde outu- (ICN); Uruguaiana, Simas (BLA 4311, de 2,5 a 3,0 mm. Plan- bro-novembro até março-abril. 6580, 6581), Araújo 108 (BLA), Porto ta de 0,70 a 1,40mde 919 (ICN); Pelotas, Swallen 7155 altura com base dísti- Principal Material Examinado (PEL). — ca e geralmente arro- Uruguai Salto — Parodi 8426 (BAA), xeada. Brasil — Bahia — Salzmann 2442. (BAA) Ruta 31 km 24, M. Carambulha 2741 — 'Clastotipo. — Ch. distichophylla Rio Grande do Sul (MVFA). Rio Negro —- Arroyo Matan- — CC Antécio estéril trunca- Santo Ângelo, S. C. Pereira 76 (ICN, zas, Rosengurtt B-463 (MVFA). do, de 1,0 a 1,8 mm. BLA); Uruguaiana, Valls & Barce- Racemos especifor- los 2487 (ICN); Pelotas, Sacco 137, 4.3.3. Chlorís canterae Arech. mes, agrupados em 236 (PEL); Santa Vitória do Pa/mar, (Fig. 3a, b e c) número de 4 a 1 2, de Swallen 7417 — (PEL). 4,0 a 10,0 cm de com- Uruguai — Artigas — Paso Campa- Chlorís canterae Arechavaleta, Las primento. Antécio fér- mento, N. Garcia Zorrom 1094 Gram Urug. 1:325. 1896. Sinonímia: — til de 1,8 a 2,5 mm. (MVFA). Soriano Mercedes, Her. Ch. po/ydacty/a f. pauciradiata Kurtz, Planta de 0,30 a Pare. Experimentales 80, 83, 184 Boi. Acad. Nac. Cienc. Córdoba, 16: 0,80 m de altura. (BAA). 257. 1900. Ch. ciliata var. Texana — — Ch. retusa Argentina Corrientes Monte Ca- Parodi, Rev. Fac. Agr. y Vet. Bs. Ayres, seros E. Nicora 4910 (BAA); ENTRE 2:277. 1919, non Vasey. 4.3. Enumeração e Descrição das RIOS — Concórdia E. Cios. 844, Bur- Iconografia: Burkart, A., in Fl. 11. de — Espécies kart 823, Parodi 839 (BAA). Entre Rios, p. 257. f. 98. 1969.

4.3.1 Chlorís bahiensis Steudel Planta perene, cespitosa, de colmo 4.3.2. Chlorís brevipi/a Roseng. & Izag (Fig. 1 a, b, c e d.) ereto, muitas vezes ramificado na base e (Fig. 2a, b, c, e d). com nós glabros e escuros, atingindo 0,50 Chlorís bahiensis Steudel, Syn. PI. a 1,0 m de altura, quando florescido. Lâmi- — Chlorís brevipila Roseng. & Izag., Glum. 1:208. 1 854. Sinonímia: An- nas foliares estreitas, acuminadas, Bolet. Soe. Bot. 12:120. 1968. Icono- convo- dropogon capense Houttyn, Plant lutas, ou com cílios dispersos grafia: — Rosengurt, B. & Izaguirre de glabras pró- Syst. 121. 93, 7. 3,1 785. Ch. caríbaea ximos da base. Racemos especiformes, Artício, P., op. cit. p. 121. f.2. 1968. Sprengel, Syst. Veg. 1:295.1825. Ch. bilaterais, agrupados em número de 2 a 7 capensis (Houttyn) Thellung, Fedde (em geral 4), de 5 a 14 cm de comprimento, Repert. Sp. Nov.. 10:289. 1912. Eus- Planta perene, cespitosa, com colmo espiguetas com 2 ou 3 antécios estéreis; tachys caríbaea (Steudel) Herter, Rev. ereto, comprimido, glabro, atingindo 0,20 glumas glabras, de margens hialinas, lan- — Sudam. Bot. 6 (5-6): 147. 1940. a 0,50 m de altura quando florescido. Lâ- ceoladas, assimétricas, a inferiorcom 1,5 a Eustachys bahiensis (Steudel) Herter, minas foliares, glabras, agudas no ápice. 2,5 mm e a superior com 2,5 a 3,5 mm de Fl. 11. Ur. 1. 85. f. 339. 1941. Ch. Racemos unilaterais, agrupados em nume- comprimento; antécio fértil de lema elípti- capensis var. bahiensis (Steudel) Pa- ro de 3 a 7, de 2 a 6 cm de comprimento; ca a lanceolada de 2,5 a 3,5 mm de com- rodi, Rev. Arg. Agron. 20:26. 1953. espiguetas densamente imbricadas, com primento, bidentada no épice, com cílios Iconografia; Rosengurtt et alii, um antécio estéril; glumas lanceoladas, a submarginais sedosos, de 1,5 a 3,0 mm de Gram. Urug. 236 f. 1970. de 1,0 a 1,5 mm p. 95. inferior e a superior de 1,5 comprimento, 2 a 3 vezes maiores que os a 2,0 mm de comprimento, mucronada; dorsais; calo ciliado; arista de 2,0 a 4,0 mm Planta perene, cespitosa, com colmo lema fértil navicular, de 1,8 a 2,4 mm, de comprimento. Antécios estéreis trun- ereto, glabro, comprimido, de 2 a 4 nós. mútica ou com múcron subapical de até cados, glabros, o 1.° com arista de 1,2 a

12 Rodriguesia, Rio de Janeiro. 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 3,0 mm, o 2° mútico e o 3.° quando existe, lema fértil oval-lanceolada, mútica ou mu- Grande do sul é cultivada em quase todas rudimentar. cronada, glabra no dorso e amplamente as regiões fisiográficas, sendo conhecida "Capim ciliada nas margens; lema estéril glabra, vulgarmente por de Rhodes". Espécie de ocorrência generalizada tubulosa, obtusa no ápice com 1,6 a no Estado, com maior incidência nas vizi- 2,2 mm de comprimento. Principal Material Examinado nhaças do Uruguai. Apresenta boa produti- — — vidade e adapta-se bem em solos compac- Ch. distichophylla teve ocorrência Brasil Minas Gerais Lavras. A. — tados, florescendo de novembro a abril- confirmada em todas as regiões fisiográfi- Chases 8757 (RB), Heringer 265 S. Pereira maio. cas gaúchas. Trata-se de forrageira de boa (ESAL), C. 1 24 (ICN, ESAL). Rio produtividade, com folhagem abundante e Grande do Sul São Leopoldo, Principal Material Examinado tenra, sendo resistente ao frio. Seu flores- Dutra 598 (ICN); Porto Alegre, Nor- - cimento ocorre de novembro a março. mann (BLA 7387), S. C. Pereira 11 9, Brasil — Rio Grande do Sul — Ere- Valls 231 (ICN); Pelotas, Sacco 4 xim, Kappel (BLA 4603); São Borja Principal Material Examinado (PEL). Kenya — T. Mac Donald 990 Valls et alii 2702 (ICN); Uruguaiana, (MVFA). — Araújo 105, 310 (BLA, BAA); São Je- Brasil — Rio de Janeiro Itaipuassú — 4.3.6 Chlorís Roseng. rônimo, Barreto (BLA 838); São Ga- Brade 14.164 (RB); São Paulo grandiflora & Izag. 6a, b e c) briel, — Barreto (BLA 1033), Rambo Jaraguá H. Ludenvaldt (RB4461); RIO (Fig. 25. 567 (PACA). Grande do Sul Erexim, Kappel & — Chlorís grandiflora Roseng & Izag., Paraguai Chaco, J. Ramirez 35 (BAA); Valls (BLA 4560); Santo Augusto Boi. Soe. Arg. Bot. 12:124. 1968, Si- Sastre, J. Ramirez 5 — (BAA); Foncie- Kappel (BLA6768); G//Xfá,S.C. Pereira nonímia: Ch. canterae var. grandiflora re, J. Ramirez 193 (BAA). 98 (ICN); Caxias do Sul, S. C. Pereira (Roseng. & Izag.) Anderson, Brighan Uruguai — Artigas — Bella Union, Del 131 (ICN); Arrolo do Meio, Barreto Young — Un. Sc. Buli., Biol. serv. Puerto 1 958 (MVFA). SALTO Espinil- (BLA 1653). 19(2): 32, f. 13. 1974. Syn. nov. lar, Del Puerto 1874, Izaguirre 2125 Bolívia — Dept." Tarijá, Arce, T. Meyer Iconografia: Rosengurtt, B. & Iza- (MVFA). Montevideo — Montevi- 21.673 (BLA). guirredeArtúcio, P., op.cit. 1 25.f.3. deo, Brescia & Rodrigues Argentina — Jujuy — Leon, Parodi p. (MVFA 1968. 9921). 1 4.606 (BAA); Losano Cabrera 14.326 Argentina —- Chaco — Dept." Chaco, A. G. (BAA). — Planta perene, cespitosa, de colmo Schutz 1298 (BAA). Comentes Ia ereto, atingindo 0,15 a 0,50 m de altura Cruz, Parodi 12.373, 12.621 (BAA); 4.3.5. Chlorís gayana Kunth quando florescida. Lâmina foiiarconvoluta, Bella Vista, A. Schinini 5321, 6544 (Fig. 5a, b e c) de até 4 mm de largura, com cílios compri- (BAA), Las Toscas. C. Quarim 107 dos, esparsos e caducos. Rácemos bilate- (BAA). Cordoba — Hunziker 8090 Chlorís gayana Kunth, Rev. Gram. rais, agrupados em número de 3 a 5 (2-7), (BAA). 1.89. 1829. raramente flexuosos de 2 a 5 cm de com- Iconografia: Burkart, A. in Fl. 11. de primento; espiguetas com 3 ou 4 antécios 4.3.4. Chlorís distichophylla Lag. Entre Rios p. 252, f. 96. 1969. estéreis; glumas lanceoladas, agudas, gla- 4a, b, e c.) (Fig. bras; a inferior de 1,2 a 2,0 mm e a superior Planta perene, geralmente estolhosa, 2,0 a 3,5 mm de comprimento; lema fértil Chlorís distichophylla Lagasca, Gen às vezes cespitosa, de colmo ereto, com- aguda, de 3,0 a 3,5 mm, com cílios sub- et Spec. Plant, 4. 1816. Sinonímia: Ch primido, atingindo 0,80 a 1,50 m de altura marginais de 1,5 a 3,0 mm e cílios dorsais fasciculata Schrader, in Schulyez, quando florescido. Lâmina foliar, áspera, um pouco menores; arista subapical de 1,5 Mant. 2,339. 1824. Eustachys dis- linear ou acuminada. Rácemos unilaterais, a 2,5 mm; calo ciliado; os demais antécios tinchophylla Nees, Agrost. Bras. agrupados em número de 10 a 20, de 7 a (Lag) estéreis, múticos, e 418. 1829. 1 2 cm de comprimento; espiguetas den- glabros progressiva- mente menores. Iconografia: Burkart, a., in Fl. 11. de samente imbricadas, com 2 ou 3 antécios Entre Rios 261 f. 100. 1969. estéreis; glumas lanceoladas, agudas, es- p. Espécie restrita ao Uruguai e Sul da cabrosas; a inferior de 1,3 a 2,5 mm e a Argentina e do Brasil. No Rio Grande do sul Planta cespitosa, de colmo superior de 2,2 a 3,2 mm de comprimen- perene, ocorre quase que exclusivamente na região ereto, 0,70 a to; lema fértil lanceolado, de 2,5 a 3,6 mm, glabro, achatado, atingindo da Campanha. Apresenta baixo valorforra- 1.40 m de altura florescido. Bai- com arista de 1,5 a 4,0 mm, de ápice quando geiro, vegetando principalmente em solos nhas abertas, dísticas, comprimidas, bidentado e pubescência variável nas mar- gla- pobres de campos degradados. Floresce bras, formando "leque" onde apresenta em um tufo na base um típico, gens, geral, de de novembro até abril-maio. de cor arroxeada; lâmina foliar, linear, lisa, pêlos maiores junto ao ápice; dorso glabro; obtusa, calo ciliado; antécio estéril, múti- glabra. Rácemos unilaterais, agru- primeiro Principal Material Examinado pados em número de 10 a 35, de 8 a 15 cm co ou aristado, glabro, em geral estamina- de comprimento; espiguetas densas, nu- do; os demais, progressivamente menores. Brasil — Rio Grande do Sul — Mon- merosas, com um antécio estéril; gluma tenegro, Araújo 1 04 (BAA); Uruguaia- inferior lanceolada, com 1,0 a 1,4 mm; a Espécie de origem africana, introduzi- na Araújo 84 (BLA), Barreto (BLA superior bilobada, aristulada entre os lóbu- da e de amplo cultivo nos países de clima 1 589) Porto 91 8,1472 (ICN), Swallen los e com 1,8 a 2,5 mm de comprimento; tropical e subtropical do mundo. No Rio 7656, 7679 (PEL).

Rodriguesia, Rio de Janeiro, 37(62): 9-20.jan./jun. 1985 13 — — Uruguai Artigas Ruta 30 km 5, Sp. PI. ed. 2.2:1483. 1 763. Andropo- 24 (PACA). Osório (Xangrilá), Valls et — Rosengurtt B- 7341 (MVFA). FLO- gon barbatum Linnaeus, Syst. Nat. ed. alü 3293 (ICN). — — RES Estância de Quinteros, Rosen- 10.2: 1305. 1759. Non A barbatus Jamaica Gordontow (Rochy Hillside), — — gurtt B-506 (MVFA). Soriano Linnaeus 1 771. Ch. barbata (L) Nash, A.S. Hitchcock 656 (BAA). Estância Zabalua, Izaguirre 256 Buli Torrey Bot. Club. 25:443. 1898. Peru — Cuzco — Qui/labamba, C. Var- (MVFA). SAN JOSÉ Playa Kiyúa, Iza- Non Ch. barbata (L) Swartz, 1 797. Ch. gas 1103 (BAA). guirre2661, 2663 (MVFA). dandyana CD. Adans, Plytologia 21: Argentina — Jujuy — San Pedro, Fa- 408. 1971. Syn. Nov. bris 2987 (BAA). Salto — Cabrera Er — 4.3.7. Chloris orthonoton Doell Iconografia; Anderson, D. Bri- Marchioni 12.762 (BAA), Parodi 831 (Fig. 7a, b, c.) ghan Young Un. Sc. Buli. Biol. Serie, (BAA). SANTA FÉ Dep.° Rosário, Lewis 19(2):35. f. 15. 1974. & Collantes (BAA), Dept.0 General Chloris orthonoton Doell, in Martius, Obligado, Villa Ana, C. Quarim 840 Fl. Bras. 2 (3): 64. 1878. Planta perene, cespitosa, raramente (BAA). Iconografia: Anderson, D., Brighan estolhosa, de colmo ereto, atingindo 0,70 Young Un. so. Buli. Biol. Serie, 19 (2): a 1,50 m de altura quando florescido. Lâ- 4.3.9. Chloris pycnothrix Trinius 71. f. 40. 1974. mina foliar convoluta, acuminada, glabra, (Fig. 9a, b e c.) de 20 a 40 cm de comprimento. Racemos Planta perene, estolhosa de colmo bilaterais, agrupados em número de 8 a 25, Chloris pycnothrix Trinius, Gram. Unifl. ereto, estriado, comprimido, atingindo de digitados, flexuosos, de 7 a 16 cm de 234. 1824. Ch. beyrichiana Kunth, 20 a 50 cm de altura quando florescido. comprimento; espiguetas com 2 a 3 ante- Rev. Gram. PI. 56. 1 830. Ch. radiata Lâmina foliar linear, aguda, glabra, com 2,5 cios estéreis; glumas lanceoladas, a infe- var. beyrichiana (Kunth) Hackel, in a 1 5 cm de comprimento. Racemos unila- rior com 1,5 a 2,5 mm e a superior 2,5 a Stuckert, Anales Mus. Nac. Hist. Nat. terais, agrupados em número de4 a 8 (-11), 3,5 mm de comprimento; lema fértil elíp- Bs. Aires. 6:489. 1906. Cymnopogon erguidos, flexuosos, de 4 a 1 2 cm de com- tica, de 1,8 a 2,5 mm de comprimento, de radiatus var. beyrichiana (Kunth) Pa- primento, espiguetas com um antécio es- ápice bidentado, amplamente ciliada, com rodi, Physis 4:174. 1918 Gymnopo- téril; glumas lanceoladas, acuminadas, cílios submarginais de 1,5 a 3,0 mm, 2 a 3 gon haumani Parodi, Physis 4:183. glabras, a inferior com 1,8 a 2,2 mm e a vezes maiores que os dorsais; arista de 2,0 1918. superior com 3,0 a 4,0 mm de comprimen- a 4,5 mm; calo ciliado; primeiro antécio Iconografia: Trinius, C.B. — op. cit. to; lema fértil de 3,5 a 4,5 mm, bidentada estéril cilíndrico, obtuso, glabro, de 1,0 a pi. 313. 1824. ANDERSON, D., Bri- no ápice, com arista subapical de 7,5 a 1,8 mm, com arista de 1,3 a 3,0 mm; ghan Young Un. Sc. Buli. Biol. Serie 19 20 mm de comprimento, dorso glabro ou segundo antério estéril achatado, fino, mú- (2):112. f. 75. 1974. com pêlos brevíssimos e ralos, cílios sub- tico, glabro, de 0,5 a 1,0 mm de compri- marginais nos 2/3 superiores, tendo os mento; o terceiro quando existe é rudimen- Planta anual, estolhosa, de colmo ere- mais próximos do ápice, 1,0 a 1,8 mm de tar. to, estriado, com até 0,45 m de altura comprimento; calo ciliado; antécio fértil quando florescido. Lâmina foliar linear, de cuneiforme, glabro, de 1,3 a 2,0 mm, com Além da América do Sul, Ch. polydacty- ápice obtuso, glabra ou com cílios disper- arista de 5 a 10 mm de comprimento. Ia é referido para a Jamaica, Ilhas Bahamas sos na base; as inferiores com 4 a 9 cm de e Sul dos Estados Unidos. Há representan- comprimento e as superiores menores, iso- As poucas coletas de Ch. orthonoton tes brasileiros desde o nordeste até o sul do ladas ao longo do colmo. Racemos unilate- no Rio Grande do Sul, são provenientes do país, tendo-se comprovação de sua ocor- rais, agrupados em número de 4 a 9 (-11), município de Torres, que parece ser o rência na maioria das regiões fisiográficas de 3 a 8 cm de comprimento; espiguetas limite Sul de sua dispersão. Seu floresci- gaúchas. com um antécio estéril; glumas lanceola- mento ocorre de novembro a março. das, agudas, purpureas, a inferiorcom 1,0a Espécie freqüentemente associada à 1,5 mm e a superior com 1,8 a 3,0 mm de Principal Material Examinado vegetação secundárias, habitando campos comprimento, lema fértil elíptica, de 2,0 a altos e secos. Seu porte indica boas possi- 2,8 mm, bidentada no ápice, glabra ou com — Brasil Rio Grande do Norte — Natal, bilidades de aproveitamento para produ- pêlos curtíssimos nas proximidades do Swallen 4773 (RB). Minas Gerais — ção de forragem. Floresce de novembro a ápice, com arista de 1 2 a 25 mm de com- Lavras. Black 887-B, 2000-B (ESAL). março. primento, em geral purpúrea; calo ciliado; Rio de Janeiro Rio de Janeiro (Botafo- antécio estéril elíptico, glabro, com arista go) J. G. Kuhlmann (RB 1 6.242), (Le- Principal Material Examinado de 4 a 8 mm, de lema muito reduzida, em me) Berro 2 (MVFA). Rio Grande do Sul geral com até 1 mm de comprimento, de — Torres Araújo 583 (BAA), 61 3 (BLA). Brasil — Minas Gerais — Lavras, Black ápice bidentado e sustentada por um pedi- 1644-B, 1645-B (ESAL). Santa Catari- ceio de 0,8 a 1,3 mm. na — Piratuba, Valls 3093 (ICN). Rio 4.3.8. Chloris polydactyla (L) Swartz Grande do Sul — Santa Rosa, S.C. Chloris pycnothrix é largamente dis- (Fig. 8a, b, c e d.) Pereira 93 (ICN); Porto Mauá, S.C. tribuído na África e América do Sul, princi- Pereira 95 (ICN); Bento Gonçalves, palmente na região Centro Sul do Brasil. Chloris polydactyla (L) Swartz, Prod. S.C. Pereira 126 (ICN); VenancioAires, Todas as regiões fisiográficas gaúchas lo- Veg. Ind. Occ. 26, 1 788. Sinonímia: Barreto (BLA 966); Taquara, Barreto calizadas no norte do Estado, apresentam Andropogon polydactylon Linnaeus, (BLA 665, 673); Santa Maria, Camargo representantes desta espécie. Suas quali-

14 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 dades forrageiras são consideradas razoa- forme, retusa (truncada) no ápice, glabra, 14, verticilados, erguidos, flexuosos, de 8 a veis, sendo de baixa produtividade. Vegeta de 1,0 a 1,8 mm de comprimento. 14 cm de comprimento; espiguetas casta- principalmente em solos modificados, fio- nho-claras a escuras, com um antécio este- rescendo de novembro a março-abril. Ch. retusa, que ocorre nos Estados da ril; glumas ligeiramente vilosas, a inferior região sul do Brasil, foi constatado em naviculada, aguda, mútica, de 1,2 a 1,6 mm todas as regiões fisiográficas gaúchas. Sua de comprimento, a superior aristada, Ian- Principal Material Examinado resistência à seca e folhagem tenra, indi- ceolada, de ápice bidentado ou truncado, cam boas qualidades forrageiras. Vegeta com 1,9 a 2,1 mm de comprimento; lema Brasil — Maranhão — Carolina, Swallen principalmente em campos altos e secos, fértil de 1,8 a 2,1 mm de comprimento, 3951 (RB). Espírito Santo —Alegre A. — florescendo de novembro a março. gibosa, com cílios de até 0,1 mm sobre a Chase 10055 (BAA). Minas Gerais giba, cílios submarginais um pouco maio- Viçosa Black 853 — B, 77-B (ESAL). Principal Material Examinado res e mais densos; ápice arredondado, Lavras, S.C. Pereira 61, 120 (ICN, mútico ou mucronado; ESAL) — lema estéril cilíndri- Paraná Curitiba, A. Mattos — — Brasil São Paulo Campinas, Irina ca, glabra, mútica, de 1,0 a 1,5 mm de (PEL 7266); Rio Grande do Sul — Irai, Schemtschuschmkowa 63 (PEL), J. comprimento, sustentada por um pedicelo Rampp 123 (PEL); Caxias, Kappel & — Santoro 9328 (MVFA). Paraná de 0,5 a 0,9 mm. Barreto (BLA 3848); Taquara, Barreto Caiobá, Herter (RB 125-797). Rio (BLA 644); Montenegro, Rambo — Grande do Sul Cerro Largo, F. Ch. uliginosa é próprio da América do 32769, 33.022 (PACA; Porto Alegre Friedenchs (PACA 26.772); Tupanci- Sul, já tendo sido constatado no Brasil, Porto et alii (ICN 25.461), Valls 149 reta, Kappel (BLA 3776), Araújo (BLA Paraguai, Uruguai e Argentina. Habita os (ICN), Araújo 20 (BLA), Boldrini (BLA 5501), Normann 603 São Leo- estados sulinos do Brasil, 8402). (BLA); especialmente o Dutra 545, 636 (ICN), Ritter Rio Grande do Sul, onde apresenta Paraguai — Chaco — Pto. Casado, poldo, ampla (PACA33.457),Theiken(PACA7450), distribuição. Sua folhagem abundante in- Rosengurtt B- 5849 (MVFA). Rambo 59.170 (PACA); Osório, Kap- dica boas forrageiras, Argentina — Dept.0 Capital — Rio Salí, qualidades tendo pel & Froner (BLA 3070), Valls 2635, demonstrado boa resistência ao frio. Fio- S. Venturi 765 (BAA). 2658 (ICN); Tramandai, Longhi 11 resce de novembro a março-abril. (ICN); Rio Pardo. Barreto (BLA 729, 4.3.10. Chlorís retusa Lag. 730, 731). Aldo Pinto (BLA 2509), Principal Material Examinado (Fig. 10a, b e c.) Rosário do Sul, Barreto (BLA 911), A. Krapovickas et alii 22.799 (BAA); Pelo- Brasil — Paraná — Piraí do Sul Araújo Chlorís retusa Lagasca, Gen. et Sp. tas Swallen 7202, 9259 (PEL), Sacco 74 (BAA); Porto Amazonas, Gurgel Nov. 5. 1816. Sinonimia: Ch. disticho- 356, 508 (PEL, BAA, RB), Barreto (BLA 16.209 (RB). Santa Catarina — phylla var. argentina Hackel ex Stu- 1 540). Caçador, Smith & Klein 10.927, R. — ckert, An. Mus. Nac. Bs. Aires, 11:113, Uruguai— Rivera Cerro Aurora, Arrilaga Klein 3503 (HBR) Rio Grande do 1904. Lillo et Maldonado — — Ch. argentina (Hackel) et alii 1154 (MVFA). Sul Nonoai, Rambo 28259 (PA- Parodi, Physis4:1 80, 1 91 8. Ch. argen- Punta Ballena, Rosengurtt B-4677 CA); Santa Rosa, S.C. Pereira 110 tinensis( Hackel) Herter, Rev. Sud. Bot. (MVFA, BAA). (ICN); Vacaria. Valls2428 (ICN), Barre- — — 6 (5-6): 146, 1940. Eustachys argenti- Argentina Jujuy Yala, Parodi 14.660 to (BLA - 1 101, 1108), Normann 767 «a Bot. 7 — (Hackel) Herter, Rev. Sud. (6- (BAA). Corrientes La Cruz, Parodi (BLA); São Leopoldo, Dutra 501 (ICN); — 8): 196. 1943. 12551 (BAA); Córdoba Cardoba, Rio Pardo, Valls Er Porto 2159 (ICN); Iconografia: Cabrera, A., in Fl. de Ia Parodi 7471. Canal, G. Niedfeld 1114 Porto Alegre, Perelló (ICN 26.771), — Prov. de Bs. Aires, v. 2, p. 41 5, f. 1 07. (BAA); Buenos Aires Sladillo, Bur- São Gabriel, Aldo Pinto (BLA 3160, 1970. kart 334 (BAA). 3172), Valls 2727 (ICN); Pelotas, A. Berreis (ICN 1 9.728); Sacco 203 (PEL, Planta, perene, cespitosa, de colmo 4.3.11. Chlorís uliginosa Hackel ICN, PACA), Swallen 7112, 7115 ereto, atingindo de 0,30 a 0,80 m de altura (Fig. 11a, b e c) (PEL). quando florescido. Lâminas foliares, ere- Uruguai — Flores — A." Matanzas, tas, lineares, Chlorís uliginosa Hackel, Fedde Rep. obtusas, glabras, sendo as Rosengurtt B-573 (BAA); M0NTEVI- inferiores 7:320, 1 909. Sinonimia: Ch. dusenii — de 5 a 10 cm de comprimento e DEO Montoro 505 (BLA). as superiores isoladas, bastante reduzidas Ekmann, Arkiv For Botanik 10:26. Argentina — Corrientes — Dept." ou nulas. Rácemos unilaterais agrupados 1911. Eustachys uliginosus (Hackel) San Martin, La Cruz, Parodi 12. 562 em Rev. Sud. Bot. número de 4 a 1 2 (-1 6), dispostos em Herter, 6 (5-6):86,1 940. (BAA); Monte Caseros, E. Nicora 5054 fascículos, Iconografia: Rosengurtt de 4 a 1 0 cm de comprimento; et alii, (BAA). espiguetas com um antécio estéril; gluma Gram. Urug. P. 236. f. 95. 1970. inferior lanceolada, aguda, com 0,80 a 1,0 mm; a superior bilobada, aristulada entre Planta perene, cespitosa, de colmo 5. Conclusões os lóbulos, com pêlos ralos e com 1,5 a ereto, estriado, comprimido, atingindo de 1.8 mm de comprimento; lema fértil oval- 0,30 a 0,90 m de altura quando florescido. 1. Com base nos caracteres exomorfoló- lanceolada, aguda, com 1,8 a 2,5 mm, Lâmina foliar glabra, lanceolada, aguda, de gicos utilizados neste trabalho, consi- mútica, glabra no dorso e amplamente 10 a 30 cm de comprimento. Rácemos derou-se o gênero Chlorís subdividido ciliada nas margens; lema estéril cunei- unilaterais, agrupados em números de 5 a nas seções Chlorís e Eustachys.

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 15 2.Foram constatadas onze espécies do Summary CHIPPINDALL, LK.A. 1 955. A guide to the gênero no Rio Grande do Sul. Destas, identification of grass in South África. apenas Chloris gayana é exótica e cul- Were found 11 species of the Genera In: MEREDITH, D. The grasses and tivada, sendo as demais indígenas. Chloris Swartz (Gramineae) in the State of pastures of South África. Jehannes- Rio Grande do Sul, Brasil. Descriptions, burg, Central News Agency. pt. 1. 3.Todas as entidades estudadas são pe- ilustrations and key for determinacion are CLAYTON, W.D. 1 967. Studies in the gra- renes, exceto Chloris pycnothryx, que given. mineae. XIII. Chlorídeae. Kew Bulle- apresenta-se anual. tin, London, 21 (1):99-110. 7. Referências bibliográficas DESVAUX, M. 1810. Extrait d'un memoirs sur quelquers nouveaux genes de Ia 4.Das espécies encontradas, oito já ha- ANDERSON, D.E. 1969. The grass genus famille des graminées. Nouveau Bul- viam sido citadas anteriormente para o Chloris and its relatives. In: Interna- letin Sciences Societé Philomathic, Estado: Chlorisbahiensis, Ch. canterai, tional Botanical Congress, 11.", Seat- Paris, 2:188. Ch. distichophylla, Ch. gayana, Ch. tle, Abstracts. p. 3. D0ELL, J.C. 1878/83. Gramineae II. Ste- orthonoton, Ch. polydactyla, Ch. retusa . 1974. Taxonomy of the . . Chlorideae. . . Hordeaceae. e Ch. uliginosa. genus paceae. Chloris (Gramineae). Brighan Young In: MARTIUS, C.F.P. Flora Brasiliensis University Science Bulletin, Biological Monachii, F. Fleischer. v. 2, pt. 3, p. 5.Três das espécies resultaram inéditas series, 19 (2):1-133. 59-71. a bibliografia Sul-rio-grandense: para ARECHAVALETA, J. 1894. Las gramineas EKMANN, E.L 1911. Neune Brasilianische Chloris brevipila, Ch. e Ch. grandiflora uruguaias. Montevideo, Oriental, p. gràser. Arkiv for Botanik, Uppsala, 10 pycnothryx. 322-31. (17):26. BARRETO, I.L & KAPPEL, A. 1 964. Princi- FISCHER, B.S. 1939. Acontribuition to the 6.Quatro entidades citadas para o Rio pais espécies de gramineas e legumi- leaf anatomy of natal grass, series I. Grande do Sul, não tiveram sua ocor- nosas das pastagens do Rio Grande do Chloris SW and Eustachys Desv. An- rência confirmada: Chloris berroi, Ch. Sul. In: Congresso da Sociedade Bota- nales Natal Museum, Natal, Afr. S., 90 ciliata, Ch. glabrescens e Ch. radiata. nica do Brasil, 15.°, Porto Alegre. (2):245-67. Porém, as três primeiras juntamente Anais. . . p. 281-94. G0ULD, F. W. 1968. Grass sistematics. com Ch. calvescens são de ocorrência BEAUVOIS, P. 1 81 2. Essaydune nouve/le New York, McGraw-Hill Book. p. 7-1 4, provável, por habitarem regiões de cli- agrostographie. Paris, Chez lauteur. 92-109, 276-8. mas semelhantes aos de determinadas BENTHAN, G. & HOOKER, J.D. 1880. Ge- HACKEL, E. 1 887. Gramineae. In: ENGLER, áreas do Estado. nera plantarum. Londres, Love-Ruve, A. & PLANTL, K. Dienatürlinhem v. 3, pt. 1, p. 1074-89, 1165-6. pflanzenfamilien. Leipzig, W. Engel- -97. 7.As proposições para Chloris dandyana BEWS, J.W. 1929. The worlds grasses mann, v. 2, pt. 2, p. 1 e Ch. canterae var. grandiflora, são the ir diferentiation, distribuition, eco- . 1 904. Gramineae. In: CHODAT consideradas inconsistentes, sendo nomics and ecology. London, Long- R. Er HASSLER, E. Plantae hasslena- proposta a sinonimização dos mes- mans Green. p. 58-61. nae soit énumériation des plantes ré- mos, mantendo-se portanto os epíte- BOR, N.L. 1960. The grasses of Burma, coltees au Paraguay. Bulletin de ÍHer- índia andPakistan. tos Ch. polydactyla e Ch. grandiflora. Ceylon, New York, bier Boissier (2. sér.), Genéve, 4 (3): Pergamon Press, p. 461-76. 262-82. BURKART, A. 1969. Gramineas. In: Flora Gramineae, In: WETTS- 8.Chloris argentina, Ch. duzenii, Ch. ca- 1908. Ilustrada de Entre Rios (Argentina). TEIN, R. Pterídophyta und Anthophy- pensis e Ch. caribaea, também citados Buenos Aires, INTA, pt. 2. p. 247-62 ta. Wien, Kaiserlich-Koniglichen Ho- para o Rio Grande do Sul, já haviam sido (coléccion científica, t. 6). fund Staatsdrusckerli. p. 62-83. considerados sinônimos por outros au- CABRERA, A. 1 970. Chloris. In: Flora de Ia . 1909. Gramineae. novae. Fed- tores; os dois primeiros, respectiva- Província de Buenos Aires. Buenos de repertoríum, Berlim, 7:320. mente de Ch. retusa e Ch. uliginosa e Aires, INTA. v. 2, 405-16. HERTER, W.G. 1939. Plantae uruguayen- os dois últimos de Ch. bahiensis. p. CAMUS, A. 1 949. Monanthochloris, sons sis novae vel criticae. Revista Suda- genre nouveau de Graminées. Bulletin mericana de Botânica, Montevideo, 6 9.Chloris distichophylla, Ch. retusa e Ch. da Ia Sociéte Botanique de France, (5/6):1 29-55. uliginosa se destacam por serem as Paris, 96:93-94. HITCHCOCK, A.S. 1930. The grasses of espécies de maior distribuição no Es- . 1957. Pterochloris (Grami- Central America. Washington, United tado, sendo também, dentre as nativas, nées); Genre nouveau de Madagascar. States Government Printing Office, as apresentam melhores caracte- que Buletin Museu de Historie Naturalle, (Contributions from the United States rísticas forrageiras. Chloris grandiflora Paris, Ser. 2, 23:349-50. National Herbarium v. 24, pt. 9). e Ch. brevipila restritos à praticamente CARO, J.A. & SANCHEZ, E. 1 971. Contri- . 1951. Manual of the grasses of Campanha são ao contrário, as de me- buciones ai mejorconocimiento de las the United States, 2. ed. Washington, nor valor forrageiro. Chlorídeae (Gramineae) Argentinas. United States Department of Agricul- Kurtziana, Córdoba, 5:21 9-32. ture, 1951. (Miscelaneous publica- 10. Chloris orthonoton, encontrado no mu- CHASE, A. 1 959. Primer libro de las gra- tion, 200). nicípio de Torres, é a espécie de ocor- mineas. Costa Rica, Instituto In- HUBBARD, CE. 1954. Grasses Middlese- rência mais restrita. teramericano de Ciências Agrícolas. se, Penquin Books.

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Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 17 Figura 2 Figura 3 Chloris brevipila Roseng. et Izag a. planta florescida X 0,62; b e c. detalhes da Chloris canterae Arech. a. planta florescida X 0,62; b. detalhe da espigueta X 12; c. espigueta X 12; d. mapa de distribuição geográfica. Simas (BLA 6580). mapa de distribuição geográfica Valls et Barcellos 2477 (ICN).

Figura 4 Figura 5 Chlorisdistichophylla Lag. a. planta florescida X0,62, Valls 2436 (ICN); b. detalhes Chloris gayana Kunth. a. planta florescida X 0,62; b. detalhes da espigueta X 12; c. da espigueta X 12, S. C. Pereira 131 (ICN); c. mapa de distribuição geográfica. mapa de distribuição geográfica. S. C. Pereira 119 (ICN).

18 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 i/Jfi' \ {

\ Un\1r -VIW/

Figura 6 Figura 7 Chloris da Chloris orthonoton Doell. a. florescida X grandiflora Roseng. et Izag. a. planta florescida X 0.62; b. detalhes planta 0.62; b. detalhes da espigueta X12; espigueta c. mapa de distribuição Araújo 613 X 0,44; c. mapa de distribuição geográfica. Barreto |BLA 1331). paratipo. geográfica. (BLA|.

Figura 8 Figura 9 Chloris polydactyla |L) Sw. a. planta florescida X 0.62; b. detalhes da espigueta X Chloris pycnothrix Trinius. a. planta florescida X0.62; b. detalhes da espigueta X 5; 12; c. antécios estéreis X 12; d. mapa de distribuição geográfica. S. C. Pereira 118 c. mapa de distribuição geográfica. S. C. Pereira 61 (ICN). IICN).

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 9-20,jan./jun. 1985 19 Figura 10 Figura 11 Chloris retusa Lag. a. planta florescida X 0.62; b. detalhes da espigueta X 12; c. Chloris uliginosa Hackel. a. planta florescida X 0,62 b. detalhes da espigueta; c. mapa de distribuição geográfica. Valls 2658 (ICN). mapa de distribuição geográfica.

20 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 9-20.jan./jun. 1985 Revisão taxonômica do gênero Coutoubea Aublet (Gentianaceae)

Elsie Franklin Guimarães** No presente trabalho, é feita a discussão taxonômica do gênero Coutoubea Aubl. * Vera Lúcia Gomes Klein ocorrente na faixa neotropical. São mencionadas 5 espécies e duas variedades para as quais foi elaborada uma chave dicotômica. Além das descrições e ilustrações salientam-se após as diagnoses a distribuição geográfica e considerações sobre os binômios estudados. "Arabú", "Papai A maioria das espécies é conhecida pelos nomes vulgares de "Diambarana", "Baracuare", "RaizAmargosa", "Gentiana "Boca Nicolau", do Brasil", de "En/a-de-Bicho", "Alfinetes", "Fel-da-terra". Sapo", e C. reflexa Benth., da Guiana Britânica e C. minor H. B. K., da Venezuela, tem a sua ocorrência registrada pela primeira vez para o Brasil.

' Bolsista do CNPq./JB Introdução H.B.K. (1818) redescreveram su- Pesquisadora em Ciências Exatas e da cintamente o gênero Coutoubea Aublet. Natureza do JBRJ e Bolsista do CNPq. Este trabalho teve como objetivo a colocando Picrium Screb. em sinonimia, revisão taxonômica do gênero Coutoubea descreveram, C. minor e redescreveram Aublet, representante da tribo Helieae Coutoubea spicata. (Mart.) Gilg, da familia Gentianaceae. Martius (1827) descreveu o gênero Este estudo surgiu da necessidade de Cutubea com detalhes colocando em sino- fixar os taxônios do gênero, pois nem nímia, Coutoubea Aublet e Picrium Schreb. sempre as espécies estão bem identifica- Classificou C. densiflora, da qual fez uma das nos herbários consultados e, não raro, descrição detalhada e apresentou uma es- muitas solicitações têm sido feitas no sen- tampa bastante elucidativa. tido de determinar aquelas suspeitas de toxidez para o gado. Shlechtendal (1833) seguiu Martius quanto ao nome genérico e teceu conside- Através de pesquisa bibliográfica evi- rações sobre as espécies descritas até denciou-se que, até o momento, no Brasil, então, atribuindo a autoria de Cutubea a não foi realizado um estudo mais detalhado Aublet. sobre a família em pauta, à excessão de uma revisão do gênero Deianira Cham, et Grisebach (1838) seguiu Aublet Schlecht. (Guimarães, 1977.). e apresentou uma reduzida diagnose do gênero.

Histórico Endlicher (1838) colocou pela pri- meira vez Cutubea Martius como sinôni- Agradecimentos 0 gênero Coutoubea foi criado origi- mo. nalmente por Aublet, (1775), com duas Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien- espécies, C. spicata e C. ramosa, designa- Grisebach (1839) redescreveu o tifico "La e Tecnológico (CNPq), pelas bolsas outorgadas das respectivamente, como Coutoubée gênero de Aublet, considerando entre ou- às autoras. "La Blanche" e Coutoubée Purpurine" em trás características o mesmo A que apresen- Bióloga Luciana Mautone pela confecção dos mapas alusão ao nome Coutoubea como conheci- tava flores não apenas 4-partidas mas tam- de distribuição geográfica. "Galibés", do índios Aos Curadores dos .Herbários das Instituições pelos tribo indígena bém 5-partidas. Considerou o gênero divi- C|tadas no texto, pelo empréstimo de suas coleções. da margem esquerda do rio Uaça. dido em 3 grupos com seis espécies a

Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 21 saber: 1 — Amnue spicatae (C. spicata Para observação dos padrões de ner- teriza pela prefloração torcida-dextrosa da — Aubl. e C. densiflora e C. minor H. B. K); 2 vação foliar e demais caracteres ligados ao corola e pelo albumen que preenche a Frutescentes racemosae (C. ramosa Aubl. assunto seguiu-se o trabalho de Klein e cavidade da semente e na tribus / — Chiro- e C. racemosa Meyer); 3 — Volubilis, flore Costa (1 982). Os desenhos das partes fio- nieae Endl., caracterizada pela cápsula uni- pentamera (C. volubilis Mart.). Foi o pri- rais foram obtidos ao microscópio este- locular ou pseudo-bilocular pela intromis- meiro autor a agrupar as espécies baseado reoscópico equipado com câmera clara em são das placentas. Seguiu Grisebach colo- no porte, no tipo de inflorescência e no diferentes escalas de aumento. cando Coutoubea entre os gêneros Helia número de segmentos da flor. Mart. e Prepusa Martius.

Grisebach (1 845) continuou agrupan- Resultados Grisebach Cou- do as espécies de acordo com seu trabalho (1839) situou toubea na tribo III Hippieae Griseb. pelo publicado em 1839. Incluiu ainda, a espé- Tratamento Taxonômico fato deste apresentar cie C. reflexa, totalizando, portanto, 7 es- gênero prefloração da corola torcida, estilete bem formado, pécies para o gênero. Posição caduco, lóculos das anteras opostos provi- dos de conectivos, sementes com funícu- Progel (1865), redescrevendo o Aublet (1775) descreveu de mo- los e inflorescência centripeta. Este mes- gênero, seguiu Grisebach no que diz do sucinto o Coutoubea, colocan- respeito ao número de segmentos do cáli- gênero mo autor elaborou uma chave das tribus da do-o em Tetrandria, Monogenia. Mencio- ce e da corola e considerou apenas as duas família Gentianaceae, separando Coutou- nou que o gênero apresentava cálice 4- bea dos Hippion Spregel. e Enh espécies mencionadas por Aublet. C. gêneros partido, com lacínios oblongos, agudos; costema BI., apresentar cálice calicu- spicata e C. ramosa. Na primeira sinoni- por corola, monopétala, gamopétala com o tu- lado, corola rotacea e estigma bilamelado. misou 6 espécies [Coutoubea densiflora bo curto, limbo 4- fendido, com lobos Mart., Coutobea lutea Steud, Coutoubea Posteriormente (1 845:38), modificou a ca- oblongos; estilete longo espessado, es- ternifolia Cav., Exacum spicatum Vahl, Pi- tegoria subordem I Gentianeae Endl. para tigma bilamelado; cápsula subarrendon- I Gentianeae, crium spicatum e Exacum ternifolium R. et tribus por seus elementos dada com 2 valvas, sementes numerosas, apresentarem Sch.) e na segunda classificou 3 varieda- prefloração da corola dex- muito pequenas, afixadas nas placentas. trosmente torcida, testa da semente mem- des: et recemosa, /? vulgaris e y longifolia. Aublet situou este gênero entre dois outros branacea e por serem ervas terrestres ou da família — Exacum Vahl. e Tachia Aubl. raramente arbustos, esporadicamente Bentham et Hooker (1876) redes- pa- rasitas com folhas opostas, rarissimamen- creveram o gênero, seguindo o autor origi- te alternas, de margens inteiras. Nesse nal quanto ao número de segmentos do Humboldt, Bonpland e Kunth (1818), cálice e da corola — e consideraram 3 ao tratarem das Gentianaceae Juss., colo- trabalho, o autor considerou 4 sub- tribos: 1 — Sub. tribo I Chironieae; Sub. espécies para a América. caram Coutoubea Aublet entre Erythraea caracterizadas ante- Realm e Lisianthus Linn., dos quais difere tribo II Chlorese, pelas de conectivo com estilete bem Baillon (1889) seguiu Aublet ao des- principalmente por ter 4 escamas na base ras providas crever o gênero Coutoubea. dos filetes e as flores dispostas em espigas formado e caduco; Sub. tribo III. Lisian- IV Swertieae. Atribuiu à providas de 3 brácteas. theae e Sub. tribo — Gilg (1895) considerou o gênero Sub. tribo II Chloreae, duas divisões de Aublet como possuidor de cálice e co- Grisebach (1838) incluiu Coutoubea Divisio I Sabatieae, que apresenta anteras rola 4 partido e mencionou 4 espécies: C. entre os gêneros He/ia Mart. e Prepusa tardiamente caloso-recurvadas e a Divisio "Aestivatio spicata Aublet., C. ramosa Aublet, C. re- Mart. no grupo A de sua chave II Erythraeaceae cujas anteras são dispôs- flexa Benth e C. scandens Spr). Knobl. corollae dextrorsum contorta. Albumen ca- tas em espiral ou torcidas. Situou o gênero Coutoubea na sub. tribo Chloreae, Divisio vum seminis explens", no sub grupo II "Placentae Jonker (1937) descreveu o gênero 2, 4 suturales, hinc denuem li- II, entre os gêneros Enicostema e Schul- citando 4 espécies distribuídas tesia Mart., colocando vez, em apreço berae (menquam placenta denuim única, pela primeira no Brasil, Venezuela, Guiana, Panamá, Co- centralis, libera; Cápsula 1. 1 locularis 1. Exacum Vahl. na sinonímia do gênero em lômbia e Ilhas das índias. Para o Suriname, valvalis introflexis bilocularis 1. semi apreço, juntamente com Picrium Schreb. ", mencionou 2 espécies C. spicata e C. 2-4 locularis — Corolla absque corona no "Apparatus ramosa esta última com duas formas: f. item in fundo C glandulosus Progel (1865) seguiu Grisebach, vulgaris Benth e f. racemosa Benth. corollae 0" e nos subitens CC e B respecti- elaborando uma chave para distinção "Stigmata 1. bicru- vãmente 2 bilamellata genérica, incluindo Coutoubea no item Sandwith (1939) descreveu para a "Corola ria, stylo imposita" e denuem circa caracterizado estames inseridos no Guiana Inglesa mais uma espécie. C. hu- pelos capsulam marcescens, varisseme deci- tubo da corola. Aproximou o referido milis. gene- dua". Mencionou em sua redescrição, que ro de Octopleura Spruce, Dejanira Cham et os filetes eram lateralmente bi-dentados. Schlecht., Xestaea Griseb e Schultesia Material e Métodos Mart. dos quais se distingue pelo cálice Para o estudo taxonômico foi utilizado Endlicher (1838) ao tratar da ordem tribracteolado e filetes bidentados. Mante- material herborizado depositado nas cole- Gentianeae, colocou Cutubea Mart. ve Coutoubea na sub tribo Chloreae (Gris.) ções de Instituições Nacionais e Estrangei- e Picrium Schreb. como sinônimos de Grisb. entre Xestaea Griseb e Octapleura ras gentilmente cedido por empréstimo ao Coutoubea incluiu o referido gênero na Spruce e colocou Picrium Schreb. e Exa- Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Subordo I, Gentianeae Verae que se carac- cum Vahl. em sinonímia.

22 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 21-45. jan./jun. 1985 Bentham et Hooker (1876), thoideae foi desmembrada para constituir vasculares livres, simples ou ramificadas; ao tratar da ordem Gentianeae, considera- uma família a parte. epiderme em vista frontal, com paredes ram 4 tribos e localizaram Coutoubea na anticlinais levemente curvas, na face ada- tribus II Chronieae EdL, baseados nos ca- Todos os autores, desde Grisebach xial e acentuadamente curvas onde ocor- racteres já mencionados pelos autores an- até Baillon seguiram a mesma filosofia do rem estõmatos de vários tipos, predomi- teriores, incluindo na sub tribus II Ery- sistema de Endlicher, discordando apenas, nando, entretanto, o tipo paracítico. Inflo- thraeae (Griseb.) Benth. et Hook., caracte- nas denominações das categorias, que ora rescência terminal ou axilar disposta em nzada por apresentar estigma bilamelado, são apresentadas como grupos, ora como espigas multifloras densas ou não que va- anteras freqüentemente eretas, ovário uni- subgrupos, ora como subordens, tribos riam de 1 -40 cm, em cimeiras ou racemos, locular, placentas pouco ou quase intrusas, ou séries. Gilg e Wagenitz têm conceitua- longo ou curto pedunculada; floresalvas ou estilete freqüentemente caduco, sendo erva ção diferente de seus antecessores, pois róseas; bracteolas 3, uma inferior e 2 supe- anual "xxx", ou raramente perene e no item além de usarem as características já co- riores dispostas na base do cálice; botões de com flores sub-sésseis, axilares em espi- nhecidas, para a separaçãodotaxon, põem ovado-lanceolado a lanceolado, geralmen- gas e não em cimeiras ou pedunculadas, em relevo os diferentes tipos de grãos de te agudos ou acuminados no ápice; cálice como nos demais. O gênero em questão pólen e caracteres anatômicos para algu- persistente, do mesmo comprimento do ficou situado entre Neurotheca e Eustoma mas subtribos. tubo da corola ou às vezes menor, actino- Salisb., este último da sub tribus lll Lisian- morfo, campanulado profundamente 4 — theae Griseb. Neste trabalho foi adotado o sistema partido, espessado desde a base até o de Gilg por ser considerado mais completo ápice dos lacínios, pela presença de feixes da família Gentianaceae. O vasculares Baillon (1889) considerou 4 sé- no estudo gene- acompanhados por traqueí- nes, ro Coutoubea, segundo Gilg é mais afim de deos; lacínios lanceolados, ovados, situando Coutoubea entre os gêneros agudos Chelonanthus Gilg Schultesia Mart. e Neurotheca Salisb, na Schultesia Mart. e que de margens escariosas, variando de 4-10 série se caracterizam respectivamente: o primei- mm de comprimento: corola II Chironieae (Endl.) Baill. e sinoni- hipocrateri- e cálice alado e o morfa, marcescente, mizou Picrium Schreb., Exacum Vahl e ro pela inflorescencia com tubo curto ou Cutubea Mart. segundo, pelo número de segmentos do longo, cilíndrico com 4 lobos abertos, lan- cálice e da corola, além das anteras recur- ceolados, agudos, abruptamente agudos, vadas. eretos ou reflexos, providos de 1 5 nervuras. Gilg (1895) situou Coutoubea na Estames 4, alternipétalos exsertos, aderen- subfamilia I Gentianoideae e na tribo 3 tes na Helieae Descrição do Gênero porção inferior do tubo, livres e (Mart.) Gilg., não só porapresentar na °s providos parte superior de alas membra- caracteres próprios da subfamilia — COUTOUBEA Aublet náceas; anteras eretas ou curvadas para trás, grão de pólen isolados ou em tetrades oblongas, lineares, sagitadas ou cordifor- (quando isolados, oblongos, oviformes ou Aublet, Pl. Guyan. Fr. 1:72. tab. 27 mes na base, basifixas, ditecas, rimosas; as vezes curvos, nunca comprimidos de um lado); 1 775. Kunth. Nov. Gen Sp. Pl. 3:1 79.181 8; grão de pólen em tetrades; ovário lanceola- corola torcida ou raramente imbrica- da, Grisebach, Observ. Quaedam Gent. Fam. do oblongo, bicarpelar, com placentas pro- nunca enrolada nas margens e mais ou Charact. 35.1838; Endlicher, Gen.PI. fundamente projetadas no interior do ová- menos valvares; folhas opostas e decus- sadas, 8:604. n.° 3553.1838; Grisebach, Gen. et rio; estilete filiforme ultrapassando ou não raramente subopostas, como tam- bém Sp. Gent. 130.1839 et//? A. P. De Candolle os estames, provido de duas lamelas car- aqueles que identificam a tribo — Prodr. 9:66.1845; Progel in Mart. Fl. Bras. nosas no ápice profusamente papilosas. Polem em tetrades, esféricos sempre grãos 210.1865; Bentham et Hooker. Gen. Cápsula bi-valvar, ovado-lanceolada, ovada, providos 6(1): de três poros de germinação, as tetrades Pl. 2:812.1876; Baillon, Hist. Pl. 10:137. ou suborbicular, com margens enroladas às vezes aglomeradas. Em sua chave, 1 889; Gilg in Engler et Prantl, Natur Pflan- que trazem placentas; sementes muitas, colocou Coutoubea entre Schul- tesia zenfam. 4(2):98.1895; Lemmé 2:348. polimorfas, com testa foveolada. e Chelonanthus, separando-o do pri- 1930; Jonker, in Pulle Flora of Suriname meiro pelas inflorescéncias e do segundo, 4(1). Mede. Kol. Inst. Amst. 30(11): 404. pelo pólen. Espécie Genérica, Lectotypus: 1932-1937. Cou- toubea spicata Aubl. Wagenitz (1964) seguiu Gilg, Cutubea Martius, Nov. Gen. Sp. Pl. nao citando Distribuição Geográfica: México, Gua- o gênero Coutoubea em seu 2:112. tab.185.1827. s|stema, temala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, entretanto levando em considera- Ca° Panamá, Zona do Canal, Colômbia, Vene- que o mesmo apresenta o pólen em Ervas ou subarbustos, anuais, glabros, tetrades, zuela, Trinidad, São Vincent, Guiana Brita- fica subentendido que se acha eretos, pouco ou muito ramificados, com incluído nica, Suriname, Guiana Francesa, Peru, na tribo Helieae. raízes pouco ou profusamente ramificadas; Brasil; Roraima, Rondônia, Amapá, variando de 0,5-20 cm de comprimento, Ama- verificou-se zonas, Pará, Maranhão, Piauí, Pernambu- que estes dois últimos espessas ou delgada; caule cilíndrico ou autores co, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, discordaram na denominação das subquadrangular, fistuloso com ramifica- categonas, Mato Grosso e Goiás. visto que Gilg considerou em ção dicotômica; folhas sésseis ou pecio- Seu sistema duas subfamilias — Gentia- ladas, raramente semi-amplexicaules; la- noideae e Menyanthoideae Gilg mina linear, lanceolada, obtusa, aguda ate- Das duas espécies de Coutoubea enquanto (Endl.) Wagenitz estabeleceu apenas nuada na base; padrão de nervação misto classificadas originalmente por Aublet, C. nbos, uma vez que a sub-família Menyan- acródomo-broquidódromo; terminações spicata foi aquela que o autor apresentou

Rodr'guésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 23 maiores detalhes com referência a toda no ápice; flores alvas cremes ou róseas, 1 3- Moore, Jr. D. Ambrose, R. E. Dietz et al planta. 18 mm de comprimento; bractéolas sub- 9675 (11-VIII-1970) UC; ibidem, large coriaceas, ovadas de ápice agudo 2,5- savanna, vicinity of Uriman, leg. J. A. Embora não tenha descrito minucio- -1,5 "Ia 3,0 mm de comprimento, 1 mm de lar- Steyermark 75285 (30-IV-1 953) F. Puerto samente Coutoubée apre- purpurine", gura. Cálice coriáceo, carinado com as Ayacucho. Shallow wet sandy soil outcrop senta as características a diferenciam que margens escariosas, 8-10 mm de compri- behind. Hotel Amazonas leg. B. Maguire, de C. spicata, demonstrando desta forma a mento, lacínios lanceolados agudos, 0,4- R. S. Cowan, John J. Wurdack 29244 (24- análise de C. ramosa. 0,5 mm de comprimento, 0,1-0,2 mm de X-1950) US. largura, do mesmo comprimento do tubo Pelas estampas elucidativas das es- da corola ou levemente menor; corola hi- GUIANA INGLESA: Water shed bet- em verificou-se a de C. pécies pauta, que pocraterimorfa, marcescente 13-18 mm de ween Rupununi and Kuyuwin Rivers Para- spicata contém detalhes dos verticilos comprimento 3-5 mm de diâmetro; lobos buru Savana: lat. about 2o L0'N, leg. A. C. florais, que adicionados a descrição do de início eretos e mais tarde reflexos, ova- Smith 3060 (15/17-11-1938) GH, F, US, autor, mais concordam com a diagnose do dos, abruptamente agudos, 7-10 mm de MO, S e U; Waeni River, North west District o a fortalece com o Lectótipo gênero, que comprimento e 3,5-4 mm de largura; esta- lat. 8o 20 N, long. 59° 40' W., leg. J.S. De do gênero. mes com filetes alvos; anteras sagitadas La Cruz 3705 (3/18-IV-1 923) F, GH, UC; obtusas no ápice 0,5 mm de comprimento Rich Schomburk 1060 (s.d.) GOET (isoty- Chave para espécies e 0,2 mm de largura. Ovário ovado ou pus). lanceolado, atenuado em direção ao ápice A.Flores com lobos reflexos 4-5 mm de comprimento e 1,5-2 mm de BRASIL: RORAIMA: Territory of Ro- 1. C. reflexa largura; estilete carnoso com 3 mm de raima. Serra da Lua, leg. G. T. Prance, J. R- AA. Flores com lobos eretos comprimento e 0,2 mm de diâmetro, igual Steward, J. F. Ramos et L G. Farias 9205 ou menor ao comprimento dos filetes, bi- (1 2-1-1 969)S, U. AMAZONAS: R Xeriuini, B.Folhas pecioladas . . . 2. C. humilis lamelado no ápice, lamelas carnosas, côn- caatinga seca, alagável, leg. J. M. Pires, P. BB. Folhas sésseis cavas, agudas com 1,5 mm de comprimen- B. Cavalcante, H. Magnago et M. T. Silva to; cápsula ovada, aguda no ápice, supe- (15-IV-1 974)RB, U; Rio Curicuriary aflu. R. b.Planta rando o comprimento do pequena com até 1 8 cm cálice persistente Negro, leg. A. Ducke s.n. (20-XI-1 936) RB. de comprimento, inflorescên- com 0,8-1,1 cm de comprimento com 0,5- cia terminal, de 1 -6 cm de com- 0,7 cm de diâmetro; septicida, bivalvar, Originalmente C. reflexa foi descrita C. minor glabra com paredes coriaceas muito proje- primento3. por Bentham (1839) com base no ma- tadas onde se inserem as Se- placentas. terial coletado por Schomburk na Guia- bb. Planta robusta além de 18 cm mentes muitas, multiformes, faveoladas, na Britânica. Embora este autor apresente de comprimento, com inflores- ora achatadas ora côncavas, variando de uma sucinta diagnose determina com pre- cências terminais ou axilares 0,1 -0,2 mm de diâmetro. cisão as características marcantes da es- pécie. c.Flores em espigas congestas Isotypus: British Guiana, Schomburgk 4. C. spicata 1060, GOET. Grisebach (1845) trabalhando com o mesmo material seguiu cc. Flores em rácemos ou cimei- Distribuição Geográfica: Venezuela, a conceitua- de BENTHAM. ras5. C. ramosa Guiana Inglesa e Brasil nos estados de ção Roraima e Amazonas. 1. Coutoubea reflexa Benth. Analisando material oriundo dos dife- (Est. 2, 3, 4) Espécie encontrada em altitudes que rentes herbários verificou-se que C. reflexa variam de 300 a 1220 m.s.m. florescendo é uma espécie muito peculiar e se distingue novembro Bentham in Ann. Nat. Hist. 2:442. nos meses de agosto, outubro, e das demais, por ser uma planta robusta, 1839; Grisebach in De Candolle. Prodr. frutificando em abril. Ocorre em caatinga com folhas coriaceas ou subcoriáceas, 9:66.1945; Bentham in Hook Journ. 6: seca, alagável ou próximo a afluentes de com inflorescências espiciformes e flores 198.1854. rios, seu nome refere-se a disposição dos vistosas, esparsas, rarissimamente "re- con- lobos da corola e deriva-se do latim gestas, com lacínios da corola sempre re- Subarbusto 1 8-90 cm de altura; raízes flexus", apresentando as flores, quando flexos na flor adulta. lenhosas ramificadas; caule cilíndrico de 2- abertas, com lobos reflexos. 5 mm de diâmetro; entrenós, ora muito Trata-se de uma nova ocorrência, o próximos (0,5 cm) ora distantes (3 cm). Material examinado para Brasil, até Folhas opostas, decussadas, lanceoladas, pois agora, só havia sido men- sionada a Guiana coriaceas, agudas na base, nervura media- VENEZUELA: Estado of Bolivar — para Inglesa e para a Venezuela. na na face dorsal saliente, na ventral visível, Gran Sabana, between and Uaduaraparú in imersa 3,5-10 cm de comprimento e 0,5- valley of Rio Kukenam, South of Mouth 2 cm de largura: Inflorescências de 4- Roraima, altitude 1065-1220 m, leg. J. A. 2. Coutoubea humilis Sandwith 38 cm de comprimento, disposta em espi- Steyarmark 59078 (1-X-1966) F; ibidem, (Est. 5,6) gas, com flores esparsas, opostas ou de- Rio Karuai. camp. between Kavanayen and Sandwith, Buli of Misc. Inform. cussadas; botão floral lanceolado, agudo Ptaritepui, cerca 1000 m de altura, leg. H. E. 1:17.1939.

24 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 Erva variando de 6-1 7 cm de compri- entrenós de 1-3 cm. Folhas lanceoladas, cucho Sanaripo, alredores dei empalme mento, raízes longas delgadas pouco rami- filiformes 5-1 7 mm de comprimento e 0,5- con Ia carretera a Coromota, en bosque ficadas; caule tetragonal com 2 mm de mm de largura; ápice e base agudos. deciduo y sabana, leg. George S. Buting diâmetro 1 -6,5 cm de comprimento; folhas Inflorescência terminal variando de 1- 4234 (28-XII-1969)U; Crystalline laja 1- pecioladas, membranáceas, lanceoladas 6 cm de comprimento espiciforme, con- 1,5 km east of Hotel Amazonas, Puerto ou lanceolado-elíptica aguda ou acumina- gestas ou laxas; quando congestas geral- Ayacucho, leg. Basset Maguire, J. J. Wur- da, decorrente no pecíolo 3-10 mm de mente as flores são imbricadas e dirigidas dack and G. S. Buting 36032 (7-XI-1953)S; comprimento, 1-2,3 cm de largura; Inflo- para cima quando laxas geralmente apre- 1 2.5 km S of Puerto, Ayacucho; between rescência em rácemos terminais 0,5-2 cm sentam-se patentes; flores alvas, 9- road and the Rio Orinoco, leg. Gerrit de comprimento com flores congestas e 1 1 mm de comprimento; bractéolas lan- Davidse 2813 (1-XI-1971) MO; Puerto alvas, bractéola ovada, aguda, botão agu- ceoladas, agudas, escariosas, delica- Ayacucho, Fed. terr. Amazonas alt. 1 24 m., do, 5-7 mm de comprimento. Cálice 3,7- das, variando de 2-3 mm de comprimento, leg. L Williams 13803 (1 942)F, US; State 3,9 mm de comprimento; sépala ovado- não atingindo 0,5 mm de largura. Cálice of Apure; Puerto Paez, leg. J. A. Steyermark 'anceolada, 4-8 mm de comprimento, membranaceo 4-7 mm de comprimento, 58537 (12-IX-1944)F. 2 mm de diâmetro com lobos eretos, agu- levemente carinado, com lacínios iguais, dos as vezes obtusos 2,7-3 mm de com- lanceolados 3-4 mm de comprimento, BRASIL: AMAZONAS; Sanaripo lado primento, 0,7-0,9 mm de largura. Estames acuminados no ápice com espessamento sul de Rio Ventuari, lat. 4°5'N long. 66'50' com filetes de 2-2,5 mm de comprimento, na porção mediana, escamoso na margem, W., leg. J. A. Steyermarky Parker Redmond anteras exsertas 1,3-1,5 cm de compri- ultrapassando o comprimento do tubo da 112800 (28-XII-1976)F; ibidem, leg. J. mento. Ovário ovado 1,3-1,5 mm de com- corola; corola hipocrateriforme, marces- Silverio Levei 79 (11 -V-1 954); ibidem, leg. primento, 1,3 mm de largura, com estilete cente 8-11 mm de comprimento, 1- J. A. Steyermark 58435 (8-IX-1 944)F. de 2,0 mm de comprimento, dilatando-se 1,2 mm de diâmetro; lobos eretos, lanceola- no estigma bilobado com lobos que variam dos agudos, 6,8-7 mm de comprimento, de 0,6-0,8 mm de comprimento. Cápsula 1,1-1,5 mm de largura; estames com filetes Humboldt, Bonpland et Kunth ovada ou eliptica 3,5-4mm de comprimen- 3-3,5 mm de comprimento, anteras oblon- (1818) com base em exsicata coletada to "Crescit com ápice agudo. gas, cordadas na base, obtusas ou emar- na Venezuela in humilis Orinoci, ginadas no ápice, 1-1,5 mm de compri- prope Caractam Aturensum" elaboraram Isoparatypus: Potaro River, Waratuk mento, 0,3-0,5 mm de largura; ovário elíp- uma detalhada diagnose de C. minor in- Portage, leg. N. Y. Sandwith 1 509 937)U. (1 tico com 2,5-3 mm de comprimento, 1- formando entre outros dados a época da 1,2 mm de largura, estilete ultrapassando o floração. Distribuição Geográfica: Guiana Brita- comprimento dos estames, filiforme, com nica. Espécie encontrada em altitudes que mm de comprimento, bilamelado no atingem 1400 Roemer et Schultes pés. ápice; lamelas não côncavas lanceoladas (1827) ao tratarem do Exacum agudas; cápsula oblongo-lanceolada, ul- gênero L, colocaram Exacum minus Willd a Exacum trapassada pelo cálice, persistente, septi- próximo spicatum, tomando base a diagnose Material examinado cida, bivalvar, glabra, com 3,5-4 mm de por de Humboldt e Bonpland. comprimento. Sementes angulosas, muito GUIANA: leg. R. S. Cowan et T. R. pequenas. Sodestrom, 1774 (6-ll-1962)US, ibi- Grisebach (1839) trabalhando dem, Potaro "Crescit River, Waratuk portage, leg. N. Holotypus: in humidis Orinoci, com material, do herbário de Kunth colo- Y- Sandwith Atturensium" Herbário 1 509 (1937) Isoparatypus U. prope cataractum cou C. minor no grupo de plantas anuais et Kunth. Fototypus Humboldt, Bonpland que apresentavam inflorescências em es- 3. Coutoubea minor H.B.K. F, MO. pigas. (Est. 7, 8, 9) Distribuição Geográfica: Venezuela. Esta espécie De Candolle considerou H.B.K. Nov. Gen. Sp. 3:1 79.1 81 8; Die- Brasil, no estado de Amazonas. (1845) tnch, altitudes variam de C minor como espécie válida, colocando-a Synop. Plant. 1:440.1939; Grise- foi encontrada em que "Annuae, hach, em savanas, no grupo spicatae, tetrandra". Gen. Sp. PI. Obs. 131.1 839 etin DC. 100-300 m.s.m., freqüente Prod. 66.1845. florescendo nos meses de maio, setembro, novembro e janeiro. Seu nome está relacio- Ao analisar os fototipos de C. minor do 58 Exacum minus Willd ex Roem et Schult. nado, com o porte da planta. Herbário de H.B.K. cedidos respectiva- Mant. 3:98.1827. mente pelo Field Museum e Miss. Bot. = Exacum strictum Willd. Herb. ex Ap. R. Material examinado Garden manteve-se a validade da espécie et Schult. em questão, por se tratar de uma planta VENEZUELA: Herb. H.B.K. 37454 Fo- muito característica, não só pelo seu porte, Erva glabra delicada ereta, ramificada totipo F, MO, Holotypus; Santa Rosa Savan- delicado, como pelas folhas lanceoladas °u não no ápice 7-25 cm de altura; raízes na, leg. B. Maguire et ai 27305 (17-XI- ou filiformes, além das inflorescências espi- ramificadas 0,5-7 cm de comprimento. Cá- 1948) F, S; Estado Bolívar, Rio Orinoco. ciformes e curtas. Espécie muito próxima lce 0,3-1 mm de diâmetro, tetragonal.com Cerro San Borja. Elevation 100-300 m leg. de C. spicata, da qual difere principalmente a|as tamanho das flores, inflores- muito delicadas hialinas que se alar- J. J. Wurdack et J. V. Monachino 39835 pelo porte, gam a medida que se aproximam do ápice (12-XII-1955) US; Carretera Puerto Aya- cências e folhas.

R°driguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 25 4. Coutoubea spicata Aublet do-ovados, na flor em estágio de envelhe- the high way between ViIIa Harmosa leg- (Est. 10, 11, 12) cimento reflexos, com 5-8 mm de compri- D.E. Breedlove 34938 (9-V-1 973)M0. mento e 2-3 mm de largura. Estames com Aubl. Pl. Guyan. Fr. 1:72.1 775; Ml. 3:t. filetes 4-6 mm de comprimento ou do mes- GUATEMALA: Dept." Alta Verapaz: 27.1775; Meyer. Fr. Esseq. 87.1818; mo comprimento ou às vezes mais curtos; between Sachaj and Sacacac, alt. 150- Kunth Nov. Gen. 3:140.1818; Martius anteras oblongas, obtusas 2-3 mm de com- 180 m, savanna on south sede of Cerro (1827); Grisebach Gen. Sp. Gent. primento; ovário elíptico ou lanceolado, Chinajá, leg. Julian A. Steyermark 451 44 130.1839; Dietrich. Syn Plant. 1:440. 2,8-3 mm de comprimento, estreitando-se (20-111-1 942)F; Dept.0 Izabel, between Mil- 1839; Grisebach Gent. in DC. Prodr. em direção ao ápice estilete filiforme 3- Ia 49.5 and Cristina, alt. 65-70 m, leg. J. A. 9:66.1845; Bentham in Hooker's Journ. of 4 mm de comprimento, dilatando-se no Steyermark 38398 (30-111-1 940)F. Bot. 6:198.1854; Progel, in Mart. Fl. Bras. estigma bilobado, lanceolado ou ovado 6(1):210.1865; Pulle Enun, Vasc. Plants. com lobos eretos, carnosos, profusamente HONDURAS: S/Ln.° 1 71, BM; Distrito Surinam. 375.1906. Jonker, in Pulle. Flora papilosos; cápsula tão longa quanto o cáli- of Belize, leg. Al Gentry 857 2 (23-VI-1 973) of Surinam 4(1). Mede. Kol. Inst. Amst. ce; elíptica, lanceolada, coriacea, aguda no F, MO; Instituteof Jamaica — Distrit. Stann 30(11):405.1 937. ápice, com estiletes persistentes e só Creek near junetion of Ali Pines road et caducos muito tarde. Southern Highway, leg. George R. Proctor — Coutoubea alba "Habitat Lam. Ene. Meth. 2: Holotypus in viis e ad ripas 35704 (14-IV-1976)F, MO, BM; ibidem, 162.1786. rivulo Rum Caiennae Guianae" P. leg. R. Liesner et J. Dwyer 1420 (18-1- = Coutoubea densiflora Mart. Nov. Gen. Distribuição geográfica: México, Gua- 1 974)GH, MO; ibidem, near Manatee, leg. 2:12. tab. 185.1827 temala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Percy H. Gentle 3462 (1 6-XII-1 941 )GH; = Coutoubea Lutea Steud. in Fl. 26. 765. Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidad, ibidem, in Wooded island, Colonel English 1843. São Vicente, Guiana Britânica, Suriname, Pine ridge, Belize Cayo Road, leg. Percy H. = Coutoubea spicata Aublet var. densiflora Guiana Francesa, Peru, Brasil: Roraima, Gentle 9489 (31 -XII-1 957)F; 19 km from Miq. Linnaea 19.137.1845 Rondônia, Amapá, Amazonas, Pará, Ma- Belize on Roaring Creek road, 2 m elev. leg. = Exacum spicatum Vahl. Symb. Bot. 3: ranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, H.S. Mckee 11402 (1 8-11-1 964)F; Lower 17.1794. Bahia, Minas Gerais e Goiás. Belize River, leg. Samuel J. Record s.n. (II- Belize, leg. 1 Espécie encontrada em altitudes que 1926)GH; J. D. Dwyer 1007 Erva ou subarbusto ereto, variando de variam de 20-1400 m.s.m., crescendo em (5-VII-1972)M0; ibidem, leg. D. Spellman, 20 cm a 1 m de altura; raízes longas, savanas, capoeiras, em solos argilosos, à J. Dwyer et ai 284 (26-VII-1 971 )M0; About ramificadas, delgadas ou robustas, lenho- margem dos babaçuais, terrenos rochosos, 30 miles southwest of Belize on road to sas de 3-18 cm de comprimento; caule sendo também freqüente em terrenos ala- Roaring Creek, leg. R. L Wilburetal. 11407 fistuloso, cilíndrico com 2-6 mm ibidem, leg. de diâme- gadiços. As flores apresentam coloração (1 970)M0; J. Dwyer,T. Elias et entrenó variando de 1,5-8 tro; cm de com- alva, às vezes providas de manchas róseas. ai 34 (15-III-1967)M0; ibidem, leg. Tho- primento; folhas decussadas às vezes ver- mas A. Croat 24062 (9-VI-1 973)M0; ibi- No Brasil a espécie é conhecida pelos ticiladas, sésseis, membranáceas, lanceo- "Papai "alfi- dem, leg. R. Wunderlin, J. Dwyer, D. nomes vulgares de Nicolau", ladas, lanceolado-ovadas, obovado- "raiz "Gentiana Spellman 367 (27-VII-1 971) MO; Stann netes", amargosa", do Bra- oblongas, agudas no ápice e semi-ample- "boca "erva "Fel Creek, leg. J. Dwyer, T. Elias 441 (21-111- sil", de sapo", de bicho", xicaules na base, com 3-1 2 cm de compri- "Arabú" 1 967)M0; Belize internacional airport, leg. da terra" (Bahia), no estado do mento 0,5-3 cm de largura. Inflorescencias J. Dwyer 9111 (8-VIII-1968)M0; Belize, Pará. Na Colômbia popularmente identifi- disposta em espigas, terminais ou axilares "Diambarana" "Baracuare". leg. thor Arnason 1 7843 (25-X-1 977)M0; cadas como e variando de 3-30 cm de comprimento. Western Highway 12 1/2 miles west from Flores ora laxas ora congestas, alvas ou Belize, leg. J. R. Willey 198 (10-VIII- A raiz e a folha são empregadas, sob a amarelas. Os exemplares, que apresentam 1970)M0; Toledo District., leg. Percy H. forma de decocto e infusão, como estorna- flores laxas geralmente, têm as flores da Gentle 7756 952)US, F, GH; ibi- tica, febrifuga, anti-helmíntica, contra as (20-IX-1 base da inflorescência opostas e as supe- dem, Swasey Branch, Monkey River, leg. obstruções das víceras e infecções intes- riores verticiladas; aquelas, que apresen- Percy H. Gentle 3897 942)F, GH, tinais. (28-1-1 tam as flores congestas são geralmente MO; plants of Yucatam Península British verticiladas desde a base até o ápice; botão Honduras, Maskall, leg. Percy H. Gentle 1 2 floral lanceolado agudo, acuminado, do Material examinado 51 (14-IV-1934)F; Stann Creek District, mesmo comprimento ou quando próximo à leg. Percy H. Gentle 8056 (6-XI-1 953)F, antese mais curto bractéolas 3, a inferior MÉXICO: Sabana Palenque, leg. E. GH; ibidem, Railway, leg. William A. lanceolada, aguda e as laterais aderentes Matuda3745(9-14-39)F, MEXU, GH; Edo. Schipp. 446 (13-XI-1929)F, BM, Z, MO, ao cálice lanceolado-ovadas. Cálice varian- Vera Cruz 3-4 km ai surde Tancochapa, leg. GH, UC; ibidem, leg. J. B. Kinloch 1 80 (7- do de 6-8 mm de comprimento, com L Nevling y A. Gomez Pompa 1424(9-VII- XII-33) F; ibidem, leg. David R. Hunt 301 lacínios agudos ou acuminados, coriáceos 1970)MEXU, GH; About 25 km of Huima- (25-1-1 960)US, BM; Honey Camp, orange na porção mediana e hialinos na margem, guillo, leg. F.D. Barlow 30/132 (28-V- walk, leg. C. L Lundell 138 (XII-1928)F; do mesmo comprimento ou às vezes, ultra- 1963)UC, MEXU, BM; Santo Domingo de Pineridge near manatee Lagoon, leg. M. E. passando o tubo da corola; corola campa- Palenque, Chiapas, leg. Caec. et Ed. Seler Peck 19(9-VI-1905)GH. nulada, marcescente de 1,2-1,6 cm de 5521 (442) (24-111-1911 )GH; State of Vera comprimento, 2-3 cm de comprimento, 2- Cruz, leg. Warren Douglas Stevens 1109 NICARÁGUA: Department of Zilaya 3 mm de diâmetro, lobos eretos, lanceola- (23-VI-1971 )M0; Laguna de Catazaja near 1 /4 meter north of, leg. Steven A. Marshall

26 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 et David A. Neill 6567 (18-XI-1973)UC, dem, leg. J. Francês Macbride 2841 (26/7- Thomas B. Croat 12388 (27-XI-1970)MO; BM. Bella Vista, leg. ibidem, leg. 11-1 937)F; Vicinity of C. V. Mireya, D. Corrêa 430 et al (7- Piper 5393 (21-ll-1923)GH; Sabinas, leg. XI-1 967)MO; Zona do Canal: Around Cule- COSTA Province RICA: Leg. H. Pittier 4497 B. Paul 101 (VII-1 932)US; of Co- bra, alt. 50/1 50 m, leg. H. Pittier2234 (4-1 - (1891)US; Buenos Aires, Lanton de Osa. cie, leg. Thomas B. Croat 9581 (13-IV- 1911)BM; ibidem, leg. J. A. Ducke 3965 Alt. 480 metros, leg. M. Valerio 819 (26- 1970)MO; ibidem, leg. S. Mc. Daniel (26-IX-1961) UNCC, MO; ibidem, leg. J. M. XII-1933)F; -1971 Forest between Quebrada 1 4839 et R. Cooke (4-1 )M0; ibidem. Greenman et M. T. Greenman 5083 (13-1- Grande 1 922) and Quebrada quajiniquil near leg. J. A. Ducke et H. W. Mussel 6599 (4- MO; ibidem, leg. J. Kallenki 202 (20- Buenos Aires, leg. Antônio Molina R., W. VIII-1963)MO; ibidem, leg. Al. Gentry 1-1 975)MO; ibidem, sabanas along R. Azo- Burger, te A. Jimenez et B. Wallenta 18129 5838 (10-XI-1972)MO; ibidem, leg. Al. Caballo, leg. C. W. Dodge et al 1 6836 (7- (1-IH-1966)F, GH; B.Aires, at 500 mor less Gentry 2912 (11 -XII-1 971 )M0; ibidem, El XII-1934)M0; ibidem leg. H. W. Lewis B. Honduras at Brasil 925. Valle, on road to, leg. John E. Ebinger 11 00 1 834 et al (1-VI-1967)MO; ibidem, leg. K. -1-1 (28-VIII-1 960)F, MO; Province of Chiriqui, E. Blum 2062 (11 966JMO; ibidem, Fort PANAMÁ: Leg. Grisebach (1857)MO; leg. Thomas Croat 10720 (31-V-1970)MO; Clayton, leg. E. L Tyson et al. 2845 (21-1- Leg. Nees, F; Cerro Ancon, leg. B. Heriberto Guadalupe provenit et etiam in istmo pa- 1966)MO. 133 (26-X-1921)GH, US; ibidem, leg. B. namensis, leg. P. Duchassay GOET; LE; San Celestine COLÔMBIA: 58 (5-XII-1 912)US; ibidem, pa- José Island, Gulf of Panamá, leg. Ivan M. Leg. Linden (1842)BM; raiso Development, leg. John D. Dwyer Johnston 293 (25-1944)BM, GH; ibidem, Leg. Cyril 630(1 924)MO; Santa Marta, leg! 7157 (29-XI-1966JGH, MO; ibidem, Perlas Archipelago, Gulf of Panamá, leg. Herbert H. Smith 2275 (LX-1 898-1 901 )LE. Ancon Hill, alt. 1 00-200-meters, leg. Ells- Ivan M. Johnston, 884 (24-XII-1 945) GH; BM, US, L, F, MO, PHIL Cordillera Orientai worth P. Killip 12058 ibidem, Islet off shore on point between Departamento Norte de Santander, région "hil; (17-X-1922)GH, ibidem, Grassland and savana, vicinity Playa Grande and Mango Beach, idem, dei Sarare; El Banco, confluência de los rios andseof Cibugón Panamá City aiport, leg. Hughand 1 302 (2-11-1946)GH; ibidem, Plain at Cho- y cobaria, 320 m de alt., leg. J. Carolyn Cuatrecasas 13178 lltis 1 650 (19-1-1 963)UC; ibidem, carra, Basalt área, leg. C. Earle Smith, Jr. et (15-XI-1941JUS; Power line trail n.w. of Madden Wye, leg. H. Morgan Smith 3454 (5-1-1 958)US; Co- CORD, COL La Jagua, Dept.° Magdalena Thomas inland Point opposite, alt. 100 m, leg. Oscar Haught 3558 B. Croat 11211 (12-VII-1970) F, marca San Blas-M (20-VI- MO; Adjacent Panamá, in Government Islã Mosquito, leg. J. A. Ducke 8974 (1 9-X- 1943)F, LIL COL; Departamento de San- forest along Las Cruces Trail, 75 m, leg. A. 1966)US, MO; Calzado Largo P. R., leg. D. tander, leg. Jean H. Langenheir 3270 (9-7- A- Hunter Province of 1953)UC, COL; Stander, San Gil, leg. and P. H. Allen 751 (25-11- Sucre 12 (1 7-IX-1960)RB; H. 1935)F, MO; ibidem, Along the old Las Colon.leg. M. Nee9094(30-XII-1 973)MO; Antônio Miguel 99 (1945)GH; Depart- Cruces Trail, between Fort Claylton and Province of Veraguas, leg. R. L Wilbur ment of Cundinamarca, Melgar, leg. Fran- Corozal, - ces W. Pennell 2907 leg. Paul C. Standley 291 6 9 (31 15468 (29-XII-1971) et al. MO; ibidem, (4/5-XII-1 91 7)US; Xll-1923)US; ibidem, C2 east of Fort leg. M. Nee 10154 (25-11-1 974)MO; ibi- S.A. Cordillera Oriental-Uribe, Int. de Me- Claylton, tra, leg. F. R. Fosberg leg. Dorothy R. Harvery 5112(11- dem, just. below San José, leg. W. G. 19451 (20-XII- 17/75)F; 1942)US, Cerro Campana, leg. John E. D'Arcy 10254 (5-XII-1975)MO; ibidem, COL; Los Llanos, Rio Meta Ca- Ebinger buyaro; alt. 235 metros, leg. J. Cuatrecasas 921 (1 7-VIII-1 960)US, MO; ibi- leg. Edwm L. Tyson 6071 (28-XII- dem, 1 78 3608 COL Herbário leg. w.G. D'Arcy 9564 (12-XI- 1 968)MO; ibidem, leg. P. H. Allen (8- (14-X-1938JF, Co- 1 lombiano493 975)MO; Santa Cruz, leg. Otilia Arroyo V. 11-1937) MO; ibidem, leg. M. Nee 8206 US; Prov. N. Granada, leg. L 22 Unden 1147 LE, F, BM; ibidem, (9-XI-1973)F; Cerro Azul, leg. John D. (19-XI-1973) MO; ibidem, leg. P. H. Allen (1843) Voya- Dwyer ibidem, leg. Kurt E. ge L Schlin 195 Bogotá, HB. 1 398 (VIII-1 961 )UC, GH; Tocumen, 1053 (24-XI-1 938)MO; (1886)BM; le9- Generoso 965)MO; Province Apolinar — Maua US; Meta 15 k este de Atencio 7 (4-XII-1 971 )F, Blum 660 et al (1 9-IX-1 MO; San Martin, leg. WilImarSchwabe, Along road toward top of Corro Cape- of Panamá roadside on way to cerro Cam- 67/111 na- leg. highway, leg. Thomas B. (1967)COL Casanare, leg. L Uribe 3544 J. A. Duke 5957 (22-X-1962) GH, pana, 1 /4 mi. from MO; 7-6 miles from Tocumen Circle on Croat 12028 (10-IX-1970) F, MO; ibidem, (28-XI-1960)COL ibidem. Norte de Tau- Cerro ramence, entre ei Jaquito Coyoa, Azul Road, leg. Al. Gentry 21 60 (1 8- leg. Paul C. Standley 25903 (4-XII- y leg. X"1971 )F, MO; 1 miles S. Wolf Goofy Lake, 1923)US; ibidem, weedy área S of Tocu- Uribe 3914 (2-1961) COL; La Serra- leg-R.E.WeaveretR. nia leg. LWilbur2246(19-l- men airport, leg. W. G. DArcy 9668 (1 5-XI- J. Cuatrecasas 7814 (20-XI- 1970)F, MO; Herrera, Roadsides in hills 1975)MO; ibidem, leg. J. A. Ducke 9501 1939)COL; Santander, Bucaramanga leg. between L Uribe 6138 las Miras and Pese. Alt. 900-1 200 (28-1-1 967)MO; ibidem, leg. J. A. Ducke (4-VIII-1968)C0L; Dept.° ft- -XI-1 Tolima, leg. S. Galen leg. D. Burch, R. L Oliver et K. R. 5568 (11 962)MO; ibidem, along road Smith 1288 (28-VII- Robertson 1950)US, GH, UC, MO, COL ibidem, Pra- 1339 (25-XII-1966)MO, GH, between Babloa and Chame, leg. C. W. US, UC, K; ibidem, weedy hillsides and dry Dodge et al 16741 (2-XII-1 934)M0; ibi- do, 800-1400 m, leg. F. C. Lehmennianae thickets ¦ about 1 mile north of Las Minas dem, Islã Taboga ca 186 m, leg. R. E. in Colômbia et Equador 6381 (l-ll) F, GH, and 14 miles south of Ocú, leg. R. L Wilbur, Woodson 1460(23-24-VII-1938)MO; ibi- PHIL; ibidem, leg. M. Schneider477 (29- J- L- Luteyn -VI- XII-1947)S, COL; ibidem, Mariquita et P. A. Armond 12111 (1 dem along R. Tecuman, north of Chepo al y70) P. H. Fresno, rio Guali 210-500 m alt., leg., GH; 5 roots and quartof water boild- road, leg. A. A. Hunter, Allen 223 (27- H. ed togetherm and decoction drunk from 1-1935) MO; ibidem, along road between Garcia Barriga 08201 (29-XI-1939)COL tlrne to time as a febrifuge San Francisco, Panamá and Chepo, leg. C. W. Dodge Veraguas, leg. G. W. Powell s.n. (II- 16656 (29-XI-1934)MO; ibidem. Islã Ta- VENEZUELA: State of Bolivar, Mori- 1924)US; Toboga Island, leg. Gerrit S. baguila, leg. J. A. Ducke 5902 (20-X- chal ei Guayabal, leg. Felix Cardona 675 M|Her Jr. 1853 (27-11-1 937)US, MO; ibi- 1 962)MO; ibidem, near Calzada Larga, leg. (VI-1 943JUS; ibidem, Rio Pao and El Cristo,

odnguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 27 . alt. 100-300 m.s.m., leg. F. P. Killip 37257 GUIANA BRITÂNICA: Basin of Ru- 1976)U; ibidem, Lobin-savana inter Zan- (4-IV-1943)US; ibidem, La Paragua, alt. pununi River. Karenambo, lat. about 3o 45' derig et Hannover, leg. J. et W. A. E. about 285 meters, leg. E. P. Killip 37600 N, leg. A. C. Smith 2190(9-13-X-1937)US, Donsellar 412 (1958)U; ibidem, leg. J. (22-IV-1943)GH; ibidem, 8 km of Rio Cau- F, GH, MO, S; ibidem, rupununu Northern Kmyper21 (X-1911JU; ibidem, leg. A. M. ra, between Carcara, leg. G. Davise, 4464 savanna, leg. R. Goodland et R. Persaud W. Mennega e J. Koek Noorman 892 (14- (24-XI-1 973)MO; ibidem, 61 km SE of Upa- 793 (18-IX-1963)US; Upper mazaruni ri- XI-1974)U; ibidem, Sipaliwini savanna ta, leg. G. Davidse 4636 (2-XII-1 973)MO; ver, long. about 60° 10' W., leg. J. S. De Ia área on Brasilian frontier, leg. F. H. F. OI- ibidem, leg. F. Velez 2534 (23-IV- Cruz 2336 (22-IX-6-X-1 922)F, PHIL, MO, denburger, R. Norde et ai. 79 (IX-1 968)U; 1946)US; Island of Margarita — San UC, GH; Mackenzie, opposite Wismar, lat. On clay savanna near Kopi, Kaswinika Juan, leg. J. R. Johnston 123 (6-VII- 6o N., leg. A. S. Hitchcock 17456 (11-1- Creek, Burned every september, distr. 1 903)F, GH, US; ibidem, Ed. Nueva Espar- 1 920)GH, US; Leg. R. H. Schomburgk 1 52 Commewijne., leg. J. C. Lindeman 4266 s.n. 5-IX-1948)F; ibi- ta, leg. Croizat (3-1 (1837)E, UPS; Leg. A. Pulle 503 (XI- (15-VII-1953)A, U; Brownsweg, ad viam dem, leg. J. R. Johnston 650 (6-VII- 1 933)U; Leg. A. Caaper333 (1 973)U; Leg. ferream prope km 1 1 5-11 6 (districto Bro- 1903)F; Esmeralda, Upper, Orinoco, Fed. Poiteau, LÊ. kopondo), leg. K. 0. Kramer et H. A. Hek- Alt. 143 m, leg. Llewelyn Ter. Amazonas, king 3226 (6-IV-1 961 )GH, U; Zuid River 3o Williams 15409 (15-V-42) F, US; Zulia, SURINAME: Leg. J. G. Wessels Bôer 20' N., 56° 49' W. 3o 10', 56° 29W- 772 Perija, leg. Herman Gines 1 566 (3-1-51 )US. (24-11-1963)U; ibidem, leg. B. W. margin of Kayser Airstrip, 45 km above (1 914)U; ibidem, leg. J. F. Hulk 21 2 (29-I- confluence with Lucie River, 270 m, leg. H. 1 911 )U; ibidem leg. A. M. W. Mennega, 1 2 S. Irwin, G. T. Prance, T. R. Soderstrom, TRINIDAD: Leg. F. H. Hart 361 0 L M; (12-IX-1954)U; ibidem, leg. J. T. Wild- Noel Hoemagren 57521 (23-IX-1 963) RB, leg. D. Hummel (XII-1957)GB, GOET; leg. schut 11462 (26-VIII-1967)U; ibidem, MO. A. Fendler 1008 (1 877-1 880)BM; leg. W. E. 1031, U; ibidem, leg. J. T. Wildschut et P. Broadway 7686 (3-XI-1929)BM; idem, A. Teunissen 11 603 (2-IX-1 967)U; ibidem, GUIANA FRANCESA: 366, 362 UPS; 7776 (1 2-X-1 929)MO, BM, S; idem, 1 908 leg. Focke 373, L; ibidem, Forest of Zan- leg. Melinon 289 (1942)' L; Leg. Poiteau, (6-XI-1907)M, L, Z, US; Mayara, Guaya- dery, leg. J. A. Sammueles 249 (31-V- LE; leg. W. E. Broadway 364 (31-V- guayare, leg. Barnard Jones et Cranes 293 1916)L, GH; ibidem, leg. Hostman s/n, L 1 921 )US, GH; Vicinity of Cayene, leg. W. E. (26-VII-1976)RNG; St. Andrew, Cumuto, ibidem, leg. Hostman 184, BM; ibidem, Broadway 430 (6-VI-1 921 )GH; ibidem, leg. Barnard, Jones, 367 et ai. (23-VI- leg. Hostman F. W. 645 (1 842-3)BM, GH, U, leg. W. E. Broadway 1 69 (11 -V-1 921 )GH, 1976)RNG; ibidem 353 (26-VII- MO; ibidem, leg. Wullschlagel 740, GOET; G, F; St.a Laurent-du-Waroui4223(7-948)U; 1976)RNG; ibidem, leg. H. S. Mckee ibidem, leg. Hostman, L Sipaliwini savanna km 23 Cayenne Crique Anguille W. of R- 10571 (16-VIII-1963)US; Trinidad and área on Brasilianfrontier, leg. F. H. F. Olden- due Tour de 1'ILE low savanna with many adjacent islands, leg. R. A. Howard 1031 0 burger, R. Norde e J. P. Schulz ON 81 2 (21 - Cyperaceae and few Gramineae inundated, (23-11-1950)BM; St. George Co., Trinidad, 1-1969)U; ibidem, leg. Voltz, U; ibidem, leg. leg. A. J. M. Leeuwenbwerg 11 678 (31 -I- between Mt. St. Benedict and the St. Col Indig. 216 (1910)U; ibidem, along 1 978)U; Me de Cayenne, leg. De Granvelle Joseph. leg. W. A. Hekking 1285 (1-11- margin of savanna, common, kayser air- 271 (19-X-1969)U. 1 962)A, U, F; British West Indies, leg. N. L strip 25 km above confluence with Licie Briton et T E. Hazen et Walter Mendelson Rivier, 270 meters, leg. B. Maguire, J. P. PERU: Pampas bei Tarapoto leg. E. Ule 662 (1 7-11-1920)GH; Tobago, west Indies, Schulz et ai 53940 (30-VI-1963)U; ibidem, (IX-1902)HBG; ibidem, leg. Ule 6420 (IX- leg. W. E. Broadway 3846 (14-VI- leg. D. C. Geyskes (2-V-1952JU; ibidem, 1920)L 1910)F, L, BM, Z; ibidem, idem (8-XI- warra-savanne aan de westoever vam 1932)A, MO; ibidem, herbarium Otto Marataka., leg. J. P. A. Florschutz 1 950 (7- BRASIL: Leg. Duchass., LE; leg. Sellow Kuntze, 1026, F; ibidem, leg. N. L Britton, IV-1951)U; ibidem, Para Districh, prope L; Glocker, (1842)BM; leg. Sellow KW E. G. Britton, T. E. Hanzen 396 (8/9-III- Berlin, leg. went 370 (1901)U; ibidem, (foto). RORAIMA: Foz do Rio Branco., leg. 1 920)GH; ibidem, leg. N. L Britton et. E. G. open savanne, leg. P. J. M. Maas et J. A. DobereineretTokarnia (Sap-64 A)s.n. (VII- -111-1921) Britton 2472 (21 GH, US; ibidem, Tawjoeran 3309 (28-V-1 965)U; ibidem, 1969)RB. RONDÔNIA: Território do Guapo- N. L Britton, W. E. Broadway et T. E. savanne, leg. P. C. Heyligers 40 (1956)U; ré. Porto Velho, Fazenda Milagre, várzea de Hanzen 306 (5-111-1920)GH; Aripo Sa- ibidem, Tibiti, savanne, leg. J. Lanjow et J. campo artificial, leg. G. A. Black e E. Cor- vanna, open moist, white-sand savanna C. Lindeman 1634 (6-1-1949)U; ibidem, deiro 52-145 07 (26-V-1 952)U; Plants of 20 m elev, leg. Richard S. Cowan, 11 52 (23- leg. J. J. M. Maas, J. Tawjoeran 3256 (10- Brasilian Amazonas; Território of Rondônia lll-1959)US; Flora von Wessintiem, in V-1965)U; ibidem, leg. Went478 (1901 )U; basin of R. Madeira-Mamoré railroad near prasis at Caroni, leg. V. Eggers 1148 (IV- ibidem, leg. Forest Bureau (1914JU; ibi- Abunã. Capoeira, leg. G. T. Prance, E. Fo- 1884)UC, E, B, L, JE, HBG, Z, M, CORD dem, Coesewijne, savanna, leg. J. Van rero, B. L Wrigley 5996 (14-VII-1968)U, Donselaar 632 (1959)U; ibidem, Kleisa- M, COL, S. AMAPÁ: Leg. J. Murça Pires vanne, leg. J. Lanjouw et J. C. Lindeman 5221 9 et ai (1 9-VII-1 962)S. AMAZONAS: SÃO VICENTE: Leg. H. H. et G. W. 203 (5-IX-1948)U; ibidem, J. Lanjouw et J. Rio Negro, M; Manaus and vicinity, Rio Smith 684 (lll-1890)GH, BM; In sylvis C. Lindeman 3335 (1 6-111-1949)U; ibidem, Negro Between Manaus and igarapé taru- months Montrose Hills., leg. H. Eggers leg. P. H. van Doesburg Jr. 84 (23-IV- mã, leg. G. T. Prance 2656 et ai (14-X- 6609 (1889)GH, US, L Charlott parish, 1960)U; ibidem Brinckhill savanna Nature 1966)U, M, S, COL PARÁ Leg. Burchel, Montreal in cultivated área at 1450 feet reserve, leg. J. T. Wildschut et P. A. Teu- 9410 GH, L; Igarapé, S. Felippe, leg. Shut- elevation, leg. George R. Cooley 8290 (3- nissen et ai. 11502 (29-VIII-1967)U; ibi- zelburg 20469 (IX-1 927)M; Distrito Belém ll-1962)GH. dem, leg. R. Jansma LBB 15602 (28-III- Castanhal, Fazenda de Setenta e Dois, leg.

28 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 Ynes Mexia 5907 (29-VI-1931 )F. GH, PHIL, Max Well, DC. Wasshausen 21267 (1S-1II- da espécie em questão e considerou C. Z- MO, S, GB, UC, BM, U, A; Apeu-Belém- 1968)F, S. densiílora Martius como espécie válida. Brasília, leg. A. P. Duarte 9801 (5-VII- 1966)RB; Belém., leg. Tte. Alvarenga s. n. Aublet (1775) descreveu C. spi- Dietrich (1839) mencionou Coutou- (10-VII-55)RB; Reserva Utinga Água Preta, cata como uma erva anual com raízes bea spicata, e seguiu Kunth quanto à sino- ca. represa ca. Belém., leg. A. Lourteig 1 779 fibrosas, caules cilíndricos, com folhas nímia. (12-VI-1966)US; Campo Alto de Arroyol- opostas sésseis, às vezes verticiladas, l0s-, leg. A. Ducke flores dispostas em espigas; informou s. n. (29-IV-1 923)RB; que Grisebach (1845) considerou C. Sandy denuded amargo e cresce na áreas 2 km-south. Vigia. toda a planta é de gosto spicata distinta de Cutubea densiílora ¦9g. Francis Drouet 2123 orla dos caminhos, em depressões, nas (18-VII- Mart. aquela diferindo desta porapresentar 1 935)GH; firmes da Guiana e margem dos Município de Ananindeua, Esta- terras folhas lanceoladas acuminadas em ambos Çao de Experimentação rios. A representada Agropecuária., leg. riachos e dos planta os lados, espigas com flores verticiladas J- P. Fontella tabula mostra as flores dispostas 159 G (1 5-VI-1966)RB; João em sua aproximadas. Manteve a sinonímia de seu Coelho, leg. Edm. Pereira 4956 (26-VIII- em espigas opostas na base relativamente trabalho anterior. ->•») LP, F, B; Ilha do Mosqueiro, near Pará., laxas e a medida que se aproximam do ápice Ie9- E. P. Killip et A. C. Smith 30454(3/9-IX- apresentam-se decussadas, ternadas ou Bentham (1854) caracterizou C. Spi- 1 929)US; Est. de Ferro Bragança., leg. J. G. verticiladas. cata como uma planta com folhas de base Kuhlmann cordada, 5 (10-VIII-1 923)RB; Santarém, amplexicaule com inflorescência de C. ai- disposta em espigas e flores laxas Prov. Pará, leg. R. Spruce (1849) Kiew, LE; Lamarck (1786) tratou ou den- Pará, in savannis arenosis, leg. F. L Splitz- ba caracterizando-a como uma espécie sas. Colocou C. densiílora na sinonímia berger desta espécie. 965 (1838)L; Belém, leg. Danil de folhas oblongas, agudas e flores dispôs- Austin 4227 (24-VI-1969)MO. MARA- tas em espigas, a chamou vulgarmente de NHAO: São Luiz, Anil, capoeira, leg. H. C. alba. Comentou ainda em sua descrição Miquel (1847) considerou C. densi- Snethlage 136 (26-VII-1 923)F; ibidem, Is- que às vezes as folhas podem ser ternadas. flora Mart. como uma variedade acrescen- land of São Luiz, leg. R. Froes 11874 Colocou em sinonímia as espécies C. tando que não havia percebido com clareza (1940) LIL; Município de Miranda, Cas- spicata Aublet e mencionou como aquele as diferenças entre a espécie de Martius, C. tanheda, a mais ou menos 90 m de altitude, autor tratar-se de uma Gentianaceae pró- reflexa Benth e C. luteum Steudel. leg. D. Sucre et J. F. da Silva 9382 (27-IV- pria de horta. ?2)RB. PERNAMBUCO: Rio Formoso-Paca- Progel (1865) descreveu C. spi- Vlra* leg. J. I. A. Falcão, W. A. Egler et E. Vahl (1794) ao tratar de Exacum cata e colocou seis outras como sino- Pereira 924 (3-IX-1 954)RB; Pernambuco, spicatum colocou Coutoubea spicata nímia da espécie em apreço. Mencionou le9- Vasconcellos Sobrinho, 261 (XII- Aúbl., em sinonímia. ainda, a variabilidade das inflorescências 936)RB; Usina Tiuma, leg. Jayme Coelho ora com flores densas ora laxas. de redescreveu a es- Moraes 1812 (20-X-56JRB; leg. Meyer (1818) Gardner de Aublet colocando C. spicata e Hensley 1066 (XII-1 837)GH, E, BM. ALA- pécie (1882) sem tecer maiores GOAS: Maceió, Fazenda Boa Vista, leg. C. Exacum spicatum Willd como sinônimos. comentários apenas relacionou C. spicata Ramanho como ocorrente na América Tropical. Campeio 1510 (27-XI-1974)RB. mais SERGIPE: São Cristóvão, à 2 km da Br. Kunth (1818) fez uma descrição 10- aquela apresentada Jonker ao fazer uma sucinta leg. Marcelo Fonseca 87 (20-XI- detalhada que pelo (1937) 1974)RB, anterior. Colocou C. alba Lam. e descrição de C. spicata seguiu Progel no CONDESE (Herbário do Conse- autor lh° de Desenvolvimento de Sergipe). BA- Exacum spicatum Vahl. em sinonímia da que diz respeito à sinonímia. H|A: Leg. Da Cunha 16484 (12-V- espécie em apreço. 1 943)LIL -V- A análise do fototypus, da bibliografia, leg. J. G. Kuhlman 2209 (21 do material 924)RB; leg. J. G. Vinha 74 et R. S. Pinheiro Martius (1827) classificou e fez estudado, permitiu concluir densiílora, C. spicata Aublet 221 (9-VIII-1967)RB; Ondina, leg. Dinorá ampla diagnose de Cutubea que apresenta variabili- R- apresentando uma belíssima estampa com dade, principalmente no se relaciona Espinosa 18 (1 0-lll-954)RB; Saída de que às inflorescências, Santo Amaro ao entroncamento de Valen- detalhes da inflorescência, das peças fio- ora laxas ora densas, e sementes. curtas ou às vezes muito longas. Ça Rod. BR 101, leg. J. A. de Jesus (348) et rais, cápsula T- S. Santos (397) (7-V-1969) CEPEC; "héus, leg. Blanchet LE; F; ibidem, leg. Chamisso (1833) não descreveu Silva et ai (1974) comunicam a alta Wawra C. spicata mas identificou material coleta- toxidade de C. spicata bovinos infor- e Maly 285 (1 859-60); leg. G. Don para (herb. John Miers 18.156)BM; leg. Blan- do por Sellow como C. spicata HBK. Me:1.- mando que a planta administrada por chet 14(1839) BM; leg. Lockhart. BM; leg. cionou ainda que tal exemplar correspon- ingestão forçada provoca a morte do ani- Salzmann(1831)E, MO; leg. Gardner 1066 deria a C. densiílora Martius porapresentar mal. Após 8 a 10 horas, há sintomas de folhas sésseis, subamplexicaules inquietação, rumem (¦838)E; leg. Blanchet (1832)GOET; Ca- de base paralisia do além do mamu, mata litorânea, 2919 (25-11- arredondada. aumento da freqüência respiratória a car- 1975)RB. MINAS GERAIS: Habitat in cam- diáca. P's editis ad Serra Grão Mogol, leg. Martius Grisebach (1839) ao colocar C. 943 M; leg. Martius 944 U. GOIÁS: Nor- spicata no grupo das plantas anuais com Esta espécie às vezes é citada em ¦hern Goiás. Cut-over Woods, ca. 1 5 km S. inflorescências em espigas, fez curta diag- etiqueta como Coutoubea capitulata, pro- °f Araguaiana, Goiás, leg. H. S. Irwin, H. nose, colocando C. alba Lam. na sinonímia vavelmente devido à forma da inflorescên-

Rodriguesia, Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 29 cia que em espécimes do Herbário de ra; estames excertos ou inclusos, iguais, e colocando C. purpurea Lam. e Exacum Leningrado é curta e congesta. mais curtos ou ultrapassando o compri- ramosum (Aublet) Vahl como sinônimos. mento do estilete; anteras sagitadas, oblon- Este mesmo autor (1845) manteve a 5. Coutoubea ramosa Áublet gas, eretas, apiculadas, levemente curvas espécie em pauta no grupo de inflores- na abertura, 1 -3 mm de comprimento; ová- cências racemosas. Aublet Plant. Guian. Fr. 1:74.1 775; ed. rio elíptico 1,8-3,5 mm de comprimento, 3:t.28; Martius. Nov. Gen. Sp. Pl. 2:212. 0,8-2,1 mm de largura; estilete filiforme Grisebach (1849) descreveu su- 1827; Grisebach, Gen. Sp. Gent. Obs. 1,7-4,2 mm de comprimento, alargando- citamente a variedade latifolia para a Vene- 132.1839; Dietrich Synopsis Pl. 1:440. se em direção ao ápice em estigma bi- zuela, diferenciando-a da típica por ter as 1839; Grisebach, in AP. De Candolle, lamelado, truncado ou triangular variando folhas mais largas. Prodr. 9:67.1845; Grisebach in Linnaea de 0,3-0,7 mm de comprimento. Cápsula 22:33.1849; Bentham in Hook Journ. of superando o comprimento do cálice, coriá- Bentham (1854) classificou em Bot. 6:198.1854; Progel in Mart. Fl. Bras. cea ou membranacea, ovada, elíptica ou Coutoubea ramosa três variedades: C. 6(1 ):211.1865; Jonker in Pulle, Flora of lanceolada, atenuada ou aguda com a coro- ramosa Aublet y racemosa, C. ramosa Suriname 1(4): Mede Kol. Inst. Amst. Ia marcescente constricta no ápice e o Aublet p vulgaris e C. ramosa y longifolia a 30(11):404. 1932-1937. resto de estilete superando o comprimento primeira distinta das demais porapresentar da corola; sementes muitas, multiformes, rácemos alongados e flores maiores; a va- = -0,5 Coutoubea purpurea Lam. Encyc. Meth. angulosas, muito pequenas0,1 mm de riedade vulgaris por apresentar racemo 2:1 62.1 786; ill. t. 79. Grisebach in A. P. diâmetro. com folha na base e flores menores, en- DC. Pro. Syn. quanto a variedade longifolia. caracteriza- Aublet descreveu C. ra- = Exacum ramosum Vahl. Symb. Bot. 3: (1775) se porterfolhas longas lineares— lanceo- loc, cit. Syn. mosa, baseado no material coletado nas 1 7.1 794; Grisebach pro. "in ladas que ultrapassam o comprimento das = Coutoubea ramosa Aublet var. Vulgaris Guianas sylvis sinemariensibus et ad inflorescências. Benth, Hook Journ. of Bot. 6:1 98. 1 854; ripas rivulorum", mencionou que a espécie tem folhas estreitas, acuminadas e flores Progel. I. c. fig. 5; Progel (1865) seguiu Bentham = Coutoubea ramosa f. vulgaris Jonker, I. purpúreas. Este autor apresentou uma es- na conceituação das variedades informan- tampa destacando as flores axiiares com c. 406. do que se trata de uma planta polimorfa, curtos ou não, de brac- = Coutoubea ramosa Aublet var. latifolia pedicelos providos cujas variedades são unidas por mais for- Grisebach, Linnaea 22:33. 1849. teolas na base as vezes ultrapassando o mas intermediárias. comprimento das flores, além disso a de- signou como Coutoubee Subarbusto ou erva variando entre 1 5- purpurine. Jonker (1932/1937), ao tratar 90 cm de altura, ereto, ramificado desde a das Gentianaceas da Flora do Suriname, base ou no ápice; raízes longas, ramifica- Vahl (1794) colocou C. ramosa na distinguiu duas formas para Coutoubea das, lenhosas 5-20 cm de comprimento; sinonímia de Exacum ramosum fez uma ramosa, Coutoubea ramosa f. vulgaris caule cilíndrico, subcilíndrico, subtetrago- sucinta diagnose e mencionou tabula 28 Benth. eC. ramosa Aubl.f.racemosa Benth., no, 1-1,5 cm de diâmetro; entrenó 0,5- do trabalho de Aublet. separando a primeira da segunda pelas 5 cm de comprimento; Folhas lanceoladas, brácteas inferiores largas, semelhantes às membranáceas, agudas ou acuminadas no Lamarck(1786) ao tratar de Cou- folhas. ápice; atenuadas na base; nervuras salien- toubea purpurea colocou C. ramosa tes na face dorsal, imersas na ventral, 3-1 1 Aubl. em sinonímia, faz referência não Pela análise do fototypus e da estampa cm de comprimento, 0,2-2,8 cm de largura. apenas a sua diferença em relação a C. alba de Aublet, das variedades do abundante Inflorescência em racemo terminal ou axi- como também seu emprego em medicina. material examinado, verificou-se que C. lar, cujo comprimento dos ramos inferiores ramosa é uma espécie polimorfa com gran- às vezes se igualam com os dos ramos Martius (1827) fez uma curta de número de formas intermediárias. terminais, dando um aspecto corimbifor- diagnose para C. ramosa descrevendo-a me, variando em comprimento de 2-22 cm. como divaricato-ramosa, com folhas Nos exemplares que apresentam fio- Flores alvas ou róseas; pedúnculo 1- oblongo-lanceoladas, acuminadas nas ex- res com brácteas foliáceas" existem uma 4,5 mm de comprimento com brácteas tremidades; inflorescências em espigas la- variabilidade na forma grande e consistên- j foliáceas ou espiniformes; botões lanceo- terais e terminais providas de flores decus- cia das folhas além de uma diversidade nas lados, ovados ou agudos 4-13 mm de sadas com duas brácteas foliáceas na base, inflorescências, às vezes longas de flores comprimento; cálice coriáceo, carinado colocando-a em sinonímia de Cutubea menores, existindo exemplares inter- com lacínios iguais ou pouco menores que ramosa (Aublet) Mart. mediários que dificultam uma concei- o comprimento da corola, acuminados, tuação precisa sobre estas formas, em Dietrich (1839) fez uma diagno- que ovado-acuminados, variando de 3-6 mm síntese constituem C. ramosa Aubl var. se sobre C. ramosa bastante resumida, de comprimento, escarioso na margem; ramosa. mencionou como sinônimo C. purpurea corola hipocrateriforme ou campanulada, Lam. constrita ou não, próximo aos lobos, mar- A análise dos isosyntypi da variedade cescente, 6-1 6 mm de comprimento, 1,5- Grisebach (1839) colocou C. ra- C. ramosa var. vulgaris permitiu verificar a 3 mm de diâmetro, lobos eretos, elípticos, mosa no grupo das plantas arbustivas semelhança desta variedade com a típica e lanceolados, agudos, acuminados 4- com inflorescências racemosas, apresen- por esta razão foi sinonimizada. Entretanto 10 mm de comprimento, 2-3 mm de largu- tando uma descrição mais rica em detalhes aceita-se a conceituação de Bentham

30 Rodriguesia, Rio de Janeiro, 37(62): 21-45. jan./jun. 1985 (1854:198) para as variedades racemosa e largura; cálice 4,3-4,5 mm de comprimen- em contacto com o suor, desprende um longifolia distingüíveis pelos caracteres to, coriáceo, carinado, com margens esca- odor agradável. abaixo. riosas, campanulado, não atingindo o comprimento do tubo da corola ou do Material examinado lacínios ova- A — Flores do ápice com brácteas mesmo comprimento; dos, agudos, escariosos na margem com COLÔMBIA: Dept.0 Santander, Puerto muito pequenas semelhantes à 1,8-2,2 mm de comprimento e 0,7-0,9 mm Wilches and vicinty, alt. 100 meters, leg. E. espinhos. Racemos variando de largura. Corola campanulada, marces- P. Killip et Albert C. Smith 14814 de 12-22 cm de comprimento (28-XI-2- cente, 6-9 mm de comprimento 1,5-2,2 mm XII-1 926)GH, F, US; Camisaria dei Vaupes, com flores maiores de 11- de diâmetro; tubo 4-5 mm de comprimento, alto dei Vaupés, Ia tirisa sus alredore, leg. 1 6 mm .... 5b C. ramosa var. y lobos eretos, elípticos, agudos com 4-5 G. Gutierrez racemosa. V. et R. E. Schultes 569 (9-I- mm de comprimento e 2-2,2 mm de lar- 1944)GH; ibidem, riberas dei Rio Inirida 1 mm de "Raudal — gura; estames com filete de (Longitud69°45' W), sítio Alto" o AA Flores do ápice e da base provi- comprimento atingindo a altura do estilete; Wariapiri, margem derecha, alt. 1 80 m (en das de brácteas foliáceas. Ra- -1,7 anteras oblongas apiculadas, 1 mm de Ia orilla dei rio) leg. A. Fernandes 21 22 (3- cemos que variam de 5-1 1 cm comprimento e 0,1-0,9 mm de largura; 11-1 953)F, US, COL, US; ibidem, San José de comprimento com flores ovário elíptico 2,7-3,5 mm de comprimen- de Guaviare, sabana, 240 m alt., leg. J. menores de 7-11 mm. to e 1,2-2,1 mm de largura com estilete Cuatrecasas 7718 (13-XI-1 939) COL Vici- a. Folhas ultrapassando o carnoso 1,7-2,0 mm de comprimento, dila- nity of barranca Bermeja, Magdalena comprimento das inflores- tando em direção ao ápice em estigma Valley, between sogamosao and Colorado cências. . . 5c. C. ramosa bilamelado, ora truncado ora triangular va- rivers; alt. 100-500 meters, leg. 0. Haught var. longifolia riando de 0,3-0,5 mm de comprimento; 1588 (7-V-1935)GH, COL, F; Rio Metica, cápsula membranácea ou coriacea, lan- Puerto Lopez, alt. 380 meters, leg. J. Cua- aa. Folhas não ultrapassando ceolada ou suborbicular, aguda em ambas trecasas 3578 (14-X-1938)US; Departa- o as inflorescências. . . 5a. C as extremidades ou ovada, superando mento Boyacá leg. O. Haught 2640 (28-II- ramosa var. ramosa. comprimento do cálice que atinge a porção 1932)GH, S, COU Depart. dei Choco car- mediana ou pouco abaixo da mesma, 8-9 reterá quibdoguayabal, orilla dei Rio Duatá, mm de comprimento e 3-5 mm de largura, leg. E. Forero 1206 (25-IV-1975) COL, U; paredes dos carpelos projetadas. Sêmen- Camisaria dei vichada: carretera a Puerto 5a. Coutoubea ramosa Aublet var. tes muitas, multiformes, foveoladas, angu- Carreno, Hato ei tigre, margem dei cano e ramosa losas, muito pequenas 0,1-0,3 mm às tigre alt. 180 m., leg. P. Pinto et C. Sastre (Est. 13, 14, 15) vezes achatadas em uma das faces ou 1251 (14-111-1971 )C0L, GOET; Meta, 2 km côncovas em uma ou várias faces não raro of Puerto Gaitan in the flood plain of Rio elípticas, trigonais. Manacacias, leg. G. Davidse 541 9 (31 -XII- Subarbusto com 1 5-80 cm de altura, ra- 1 973) COL, MO; Calamar, rio Unilla, 240 m "Habitat mificado in desde a base; raízes longas, robus- Holotypus: sylvis Sinera- alt, leg. J. Cuatrecasa 7319 (30-X-1939) las, lenhosas, profusamente ramificadas, riensibus, e ad ripas rivulorum" P.; COL; Caquetá, leg. Mariano Melendro 1 ""•* cm de comprimento; caule fistuloso, (20-1-1965) COL. dinarico, ramoso em direção ao ápice, Distribuição geográfica: Colômbia, com es*rias ou levemente tetrágono, entre- Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Fran- VENEZUELA: Rio Carrao, Alto Caroni, n° 4-5,5 cm de comprimento, variando de cesa, Peru, Brasil, Roraima, Rondônia, Venezolana, alrededores Salto "5-1,5 guayana cm de diâmetro; folhas lanceola- Amapá, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Hacha lat. N. 6° 1 5', long. W. 62° 51', leg. das, membranáceas de ápice agudo, ate- Piauí. F. C. Puig 2963 (111-1954)US; In tickets nuadas na base, nervura mediana saliente near bank of Rio Caura, Ia Unión, Edo, na face dorsal, imersa na ventral 4,5-11 cm Espécie encontrada em altitudes que Bolivar, alt. 80 m, leg. L Williams 11210 de comprimento, 1-2,8 cm de largura; In- variam de 40 a 500 m.s.m., crescendo em (11 -ll-1939)F, US; ibidem, leg. L Williams florescência em racemo terminal ou axilar terrenos alagadiços, em solos arenosos de 11227 (1 3-11-1 939)US; ibidem, El Mato, CuJo comprimento dos ramos inferiores às terra firme, em locais sombrios de ilhas Bajo Caura, Edo. Bolivar, alt. 100m, leg. L. vezes se igualam com os dos termi- fluviais, sendotambém muito freqüente em Williams 11723 (10-IV-1 939)US, S; Boli- nais, dando um aspecto corimbiforme, va- várzeas e nas margens dos campos culti- var. Rio Torono, Indian Camp above nando de 2-12 cm de comprimento. vados. As flores apresentam coloração que function with Rio Paragua, alt. 280 meters, 'ores alvas e rosadas, esparsas, opôs- variam de alva a purpureas ou às vezes, leg. E. P. Killip37428 (11/1 2-IV-1943)US; tas cruzadas; pendúnculos de 1-4,5 mm alvas com manchas violáceas; floresce fre- ibidem, Rio Paragua, Guaiquinina, alt. 285 de comprimento, com brácteas foliáceas qüentemente no mês de outubro e frutifica meters, edge of forest along river 37445 que variam de 1,5-3,5 cm de comprimento; durante o mês de abril. (14-15-IV-1943)US; Apure, distrito Pedro uotão floral lanceolado, ovado ou agudo Camejo, banks of the Rio Capanaparo, "6 mm de comprimento com o cálice atin- No Pará, esta espécie é conhecida between canos and La guardiã, leg. G. "Diambarana". Qmdo o comprimento do tubo da corola, na vulgarmente como Os indí- Davidse, A. C. Gonzalez 12766 (6-V- antese com 6-9 mm de comprimento; brac- genas da Colômbia, quando vão ao baile, 1977)MO; ibidem, distr. S. Fernando, teolas ovadas, agudas, coriáceas, 1,5- utilizam esta planta para perfumar-se, banks of the Rio Arauca. leg. Gerrit Davidse '<8 mm de comprimento, 0,4-0,5 mm de usando-a junto ao corpo porque a mesma, e A. Gonzalez 1 341 8 (1 8-1 9-V-1 977)MO;

Rodilr'guésia. Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 31 L Near the border between estado Bolivar 457 (14-1-1956)U; Leg. Pulle 430 (5-IX- BRASIL: Herb. Florae 1051 M, and território Delta amacuro, leg. J. A. 1920)U; Leg. H. S. Irwin 57626, G. T isosyntipi C.ramosa var. B. vulgaris Benth; Steyamark 4984 (12rll 1-1966)U; Serra Prance et al (26-IX-1 963)U; Leg. Lanjow et Leg. Glocker370 BM; Leg. Martius (18641 Imataca, Rio Toro between Rio La reforma J. C. Lindeman 3034 (22-IV-1949)U; Leg. M, L; ibidem, (1865)M. TERRITÓRIO Dê and Puerto Riconorthof El Palmar,alt.200- Fresling 52 (1968)U; Leg. H. E. Rombouts RORAIMA: Rio Apiau 20 km, from mouth 250 m (14-XII-1960)U; Território Delta 352(1936)U; Leg. J. Lanjow et J. C. River bank, leg. G. T. Prance, E. Forero et al Amacuro, leg. A. Steyamark 87687 (20-XI- Lindeman 536 (20-IX-1948)U; idem 610 4136 (28-1-1967)F, GH, U, S. RONDÔNIA: 1 960)COL' Plants of lower Orinoco, vene- (IV-1958)U; Leg. J. Lanjow et J. C. Lindeman Margem do R. Urupá, leg. M. R. Cordeiro zuela, (sucupana), leg. Rusby et Squires 30 205 (5-IX-1948)U; Brokopondo Lacke 508 (10-VIII-1975)RB, IPEAN, U; Vila Ron (IV-1 896)UC, GH, US, F, BM, Z, PHIL, MO, on drift-wood leg. J. Van Donselaar 2585 dônia, leg. N. A. Rosa 413 (2-VIII-1975)U E,M; ibidem, Delta Carro dei gunipa, leg. (18-VIII-1 965)F; ibidem, near village Bro- AMAPÁ: Rio Oiapoque, in dense loW Francis E; Bond et ai 97 (31-3-11- kopondo, leg. J. van Donselaar 281 8 (20- vegetation at edge of water cachoeira 1 911 )PHIL Rio Lora, nearcamp. 2 of Perija XII-1 965)UC, A, U; Paramaribo, leg. I. Boi- Cacheri, 3o 43' N, 51° 57' W, leg. H. S. Exploration Co. Leg. H. Pittier, 10921 (12- ding3020(X-1 909)U; Fluv. Litani, leg. H. E. Irwin 47544 (VIII-1960)U; ibidem, leg. H. XII-1922)GH, US, S, MO. Rombouts 849 (2-X-1937)U; ibidem, leg. S. Irwin, J. M. Pires et L Y. the Westra J. Lanjow et J. C. Lindeman (5-IX-1 948)U; 48349 (18-IX-1960)F, U; ibidem, Coasta GUIANA: Schomburgk 152 (1837)F; Kabolebo, R. Near Avanavora — falls, leg. région, in várzea at borde of Rio Calcoene, idem n.° 30 (1841)BM, isosyntipi var. Forestry-Bureau, 4583 (21 -111-1 920)U; vic. Sete Ilhas, 2o 30' N — 50° 55' W, leg vulgaris Benth; Plants of the Serra Aca- Marowiyne, inf. prope alvina, leg. Went J. Murça Pires et Paulo B. Cavalcante rai région, leg. Nicholas Guppy 640 (6- 430 (1901)U; Near Kabelstation, leg. J. 52583 (22-VIII-1962)F; S, U, COL ibidem XII-1 952)U; In graminosis paramaribo, leg. Lanjow 1313 (XI-1933JU; ibidem, leg. J. Rio Araguari, leg. E. Pereira 3373 et Egler F.L Sphitgerber 231 (1837)L Wanana Lanjow et J. C. Lindeman 536 (28-IX- 648 (30-X-1957) RB, F, LP, HB; ibidem river, north west district, lat. 7o 45' Nlong. 1948)U; ibidem, leg. I. Bolding 39181 leg. J. M. Pires 50720 et al (4-IX-1 961 )U 60° 15' W leg. J. S. de La Cruz 3979 (1911 )U; ibidem, leg. H. E. Rombouts 449 colônia do Torrão, leg. J. Murça Pires et P (10/23-V-1923)F, GH, US, MO, PHIL; (2-11-1936)U; fluv.Saramaca inferior, jari- Cavalcante 52673 (29-VIII-1962)U. ACRE Kamakusa, Upper Mazaruni river, longitu- kaba-kreek, leg. K. V. Kramer et W. H. A. Maitá, Rio Moa, leg. G.T. Prance, B.S. Pena de about 59° 50' W, leg. J. S. de La Cruz Hekking 21 62 (25-XI-1 960)Z; ibidem, leg. J. F. Ramos 2888(26-X-1966)S. AMA 4181 (11/22-VI-1923)MO, F, UC, US, GH, Pulle 15(1902)U; ibidem, Toekoemoetoe- ZONAS: Open área secondary vege PHIL; Penal settlement, leg. A. S. Hitch- kreek, leg. A. G. H. Daniels et F. P. Jonker tation on north west of edge of San cock 17055 (3/9-XII-1919) GH, US; 1314 (12-X-1959)U; ibidem, leg. P. H. Carlos de Rio Negro, leg. Ronald Liesne Parika, 18 miles west of Gorgetown, on Doesburg 65 (18-IV-1960)U; Near mouth 3880 (26-XI-1977) MO, U; Rio Negro, Ilha Essequibo river, leg. A. S. Hitchcock of Victoria creek, leg. J. C. Lindeman 373 Providencia to Ilha Arara, leg. G. T. Prance 16749 (14-XI-1919)GH, S; Vicinity of (19-XM-1962)U; Flum. Gonini, leg. G. M. J. Maas et al 16227 (10-XI-1971) U; íbi wismar, on the demerara river, lat. 6o N., Versteeg, 110 (1903)U; Silvi prope Pode- dem, between Manaus and Igarapé Taru leg. J. S. De La Cruz 2466 (12/16-X- bantje leg. Kegel 605 (17-1-94) Cottica má, leg. G. T. Prance, B. S. Penna (14-X 1922)US, F, GH, MO; In and about the river, near moengo, leg. J. Lanjow 396 (9- 1966)U; Rio Purus, leg. G. T. Prance, J village, Tumatumari, leg. H. A. Gleason 327 VIII-1933)U; In montibus inter flum. kala- Maas 14396 (1 7-VII-1 971 )U; Rio Curu (18-VI, 8-VII-1921)GH; ibidem, leg. T. G. bebo, leg. P. A. Florschutz et P. J. M. Maas quete, Caxoeira República, leg. G. T. Pran Tutin 542 (24-VIII-1933)US, BM; Assa- 2406(15-XII-1964)U, COL ce, P. J. Maas 14564 (24-VII-1971 )U katta, north west district, lat. 7o 45' N. long. Uapes, Rio apoporis Raudal jirijirimo 59° 5' W., leg. J. S. de La Cruz 4371 (below mouth of Kananari) leg. R. E. Schul (18/28-IX-1923)F, GH, UC, MO, PHIL; GUIANA FRANCESA: 367, 369 UPS; tes et I. Cabrera 14941 (21-1-1952) US Waramuri mission, Moruka river, Pome- Leg. Wachenheim 475, U; Ajapock, leg. BM; Uaupés, Miriti, cerca de Ia maloca, pr room district, leg. De La Cruz 2498 (23/27- H.C Rothery 190 (1844) BM, LIL Maroni, Mitu, 200 m alt. leg. J. Cuatrecasas 6926 IX-1922)F, US, GH, UC, MO, PHIL; ibidem, leg. Sagot 1116 (1897) BM; Fleuve (20-IX-1939)F; Território Amazonas, Puer idem, 2550 (23/27-X-1922)GH. Approuague, rivière arataye, Sant Pararé, to Aiyacucho, al margem de Ia laja imedia leg. C. Sastre 5675 (1 5-VIII-1977)U; Ri- tamente al norte de Ia ciuda.d. Elevation SURINAME: N.° 217 (1926)U; Leg. viere Camopi (affluent de 1.° oyapock à 100 m. leg. George S. Bunting4277 (30 Hostman 370, isosyntipi var. vulgaris roche José, clairiere dans Ia forêt, leg. XII-1 969)F; Caracahy, leg. Kuhlmann 131 Benth, BM, GH, U; Leg. Lindeman 610 Oldeman 2594 (7-XII-1967)U; Riv. Marra (XII-1 91 2)RB. PARÁ: Districto Acará, Tho (1958)U; Leg. C. Ureden 14756 (1974)U; Sant Iguissi, leg. Francis Halle 719 (29- mé Assú, Santa Maria, roadside in open alt Leg. Hostman 7976 (1846)KW, foto; Leg. VIII-1962)U; Caienne coll. Gravelle B. 3688 40 m, leg. Y. Mexia 6058 (6-VIII-1931 )US Pulle 194(1903)U; Leg. Soeprato39 E(26- (5-IX-1970)U, G, F; Fleuve Kourou, au Sant MO, UC; A, GH, F, BM, GB, Z, U; Road BF VI-191 3)U; Leg. Hostman 586. a (1933)U; Leodate leg. Oldeman B1380 (23-IX- 22, Capanema to Maranhão, leg. G.T. Pran- Leg. Wullschlàgel 742, GOET; Leg. J. P. 1 967); G. F., Pompidon Papichton, forma- ce et T D. Pennington 1892 (1 -XI-1965)F Schultz 9027 (1961 )U; Leg. A. DAngre- tion secondaries, leg. C. F. Sastre et C. S, U, B, M; ibidem, km 80, leg. G. T. Prance -VIII-1964)F, mond (1912)Z; Leg. Boldwgh 3820 Moretti 4027 (29-IV-1 975)U. et N. T. Silva 58778 (21 M. U (1909)U; Leg. J. F. Hulk 390 (XII-1 910)U; Rio Tapajoz, estrada das cachoeiras infe- Leg. A. M. W. Mennega 185 (3-X-1 954)U; riores na areia, leg. A. Ducke s. n. (23-XII- Leg. F. Bureau 3470 (13-XII-1917)U et BOLÍVIA: Leg. Th. Herzog 402 (VIII- 1919)RB; ibidem, Boa Vista, leg. R. Mon- 5271 (7-VII-1921)U; Leg. A. M. E. Jonker 1 907)Z. teiro da Costa 30 (1931 )F; ibidem, leg. A

32 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 21-45. jan./jun. 1985 Ducke (23-XII-1919) RB; Estrada Belém- caule sub-cilíndrico às vezes levemente pelos racemos longos, eretos com as flores Brasília, próximo a Ipixuna, leg. B. G. S. tetrágono, variando de 0,5-1 cm de diâme- apresentando variável coloração, alvas, ró- Ribeiro 1127 (20-IX-1975)RB, IPEAN; tro na base; entre-nó variando de 0,5- seas às vezes alvas com manchas arro- Near on várzea land, leg. Antônio Lemos cm de comprimento; folhas lanceoladas, xeadas. A floração geralmente ocorre nos 5885a(24/25-VIII-1934)GH, U; vicinityof obovadas, membranáceas, agudas com meses de outubro à fevereiro e a frutifica- Igarapé Natal várzea, leg. G. T. Prance margem espessa, reflexa, atenuada na ção é mais freqüente no mês de março. É P25406 "Cadena". et ai (1 5-XI-1977)U; In pratis ad base. Inflorescência 12-22 cm de com- conhecida vulgarmente como Para, leg. Martius ob. 2589 (VII) M; Parque primento disposta em racemos, laxos, axi- Na Colômbia recebe a denominação de mdígena "Piei do Tumucumaque, Rio Parudo lares eterminais, com brácteasfoliáceas na de Pescado". Experimentos levados a Oeste, Missão Tyrijo, leg. P. Cavalcante base, lanceoladas 4-6,6 cm de compri- efeitos por CH. Tokarnia e Dobereiner 2440 (20-11-1970JS. PIAUÍ: Leg. Gardner, mento, 0,2-0,4 cm de largura; pedúnculos (1981:55) mostram que esta espécie é 2672 -2 (1839)E, BM, F, US (Isosyntipi de C. 1 mm de comprimento, bractéola seme- tóxica para bovinos. Os animais ínge- ramosa que var. vulgaris Benth.). BAHIA: Rio lhantea espinhos, Ianceolada0,5-1 mm de riram a planta fresca apresentavam anore- das Fêmeas, leg. Lutzelburg 663 (1913)M. comprimento. Botões lanceolados, estrei- xia e andar lerdo, dores abdominais movi- MINAS GERAIS: Santa Terezinha, Ituiu- tos, agudos, 5-13 mm de comprimento, mentos do rumem diminuídos além de taba, leg. a. Macedo 2533 (27-VIII- 2,0-2,2 mm de largura; cálice coriá- taquicardia chegando finalmente à morte. 1950)S; ibidem, leg. D. Vicent 4947 (XI- ceo, 6-7 mm de comprimento, carina- 191 7)L. GOIÁS: Chapada do Rio Preto, leg. do, espessado na base; lacínios ovados Material examinado ph. Lutzelburg 1 305 (1 91 3)M, RB; Prox. a acuminados, de 3 mm de comprimen- 'lha do Bananal, leg. E. Meleski 247 (26- to, iguais ou pouco menores que o com- COLÔMBIA: Comisaria dei Vichado, VMI-78)RB. MATO GROSSO: Leg. Spencer primento do tubo da corola; corola alva raudal sam Borja. Ventanos, marger Moore 302(1891 -92)M; Ao redor do Centro hipocrateriforme, marcescente, constrita izquierda de Rio Orinoco, a orilla de selva Científ ico de Aripuanã, leg. J.B. de Andrade ou não na altura dos lobos 11-16 mm de de galeria ai lado de la sabana alt. ca. 100 3343 (5-IX-1976) UEC; Sandy east bank of comprimento com 2-3 mm de diâmetro; m, leg. P. Pinto E. et C. Sastrel 3 09(1 7-III- R|o Aripuanã, north of Humboldt Campus lobos eretos, lanceolados, acuminados 1971)US, COL ibidem, Puerto Carreno, 59° 21' N 10° 12' S, leg. G. T. Prance, C. C. com 6-7 mm de comprimento e de 2-3 mm Bosque de Galeria, rio Orinoco, leg. J. Berg, W. C. Steward, J. F. Ramos et O. P. de largura; estames exsertos, filetes 5- Alvarez et H. Suarez s. n. (11-1 965)COL Monteiro 1 8316 (9-X-1973)F, MO, S, U, F; mm de comprimento, atingem ou ultra- CUYABA leg. Gust. Malme 1708 (12-VI- passam o comprimento do estilete ou às VENEZUELA: Bolívar: Laguna los 1902)UPS; R; Chavantina, 46 km north of vezes mais curtos; anteras sagitadas, api- Francos, leg. T. Koyama et Getúlio Agostin chavantina. Rio Vau, leg. G. T. Prance e N. culadas, eretas, levemente curvadas para 7214 (19-11-1967) F, COL La union, médio -IX-1 na 2,7-3 mm de comprimen- J-Silva 59384 (11 964)RB, NY, GH, F, trás abertura, caura, alt. 80 m, leg. L Williams 11271 (15- MO, S, U; Margem do Araguaia, leg. O. to 0,7-0,9 mm de largura, ovário elíptico 11-1 939)F, GH; ibidem, Rio Guaraquito, sur Machado 448 (19-VIII-1945)RB; Barra Ita- 1,8-2,2 mm de comprimento, 0,8-1,1 mm de palenque, Edo Guarico, leg. Francisco plraPé, estilete filiforme 3-4,2 mm de leg. O. Machado 269 (1-X- de largura; Fernandez Yepez 984 (19-I-958)F, U; ibi- 1945)RB.; Cáceres, leg. F. C. Hoehne comprimento, alargando-se no ápice, la- dem, vicinity on the Orinoco, leg. L H. 4502, lanceoladas 0,5-0,7 mm de compri- R; ibidem, idem, 449(VIII-1911 )R. meias Bailey and E. Z. Bailey 1688 (11-1921 )US, mento. Cápsula coriacea, ovada ou elíptica, GH; ibidem, cristalline laja 0,5 km above atenuada ou aguda com a corola marces- mouth of Rio Pargueni, elevation 100- 5.b Coutoubea ramosa Aublet var. cente constricta no ápice e resto de estilete 1 50 m, leg. J. J. Wurdack et J. V. Mona- racemosa (G. F. W. Meyer) Ben- o comprimento da corola; superando pare- chino 39766 (10-XII-1955)US, U, UC; tham. 16, 17, 18) (Est. de do carpelo papiráceo e projetada para o Porto Ayacucho, Terr. Amazonas, alt. 88 m, Bentham in Hooker's Journ. of. interior. Sementes muitas, foveoladas, an- leg. L. Williams 13102 940JF, US, Bot. 6:198.1854. (24-V-1 gulosas, poligonais 0,2-0,5 mm de diâme- UC; ibidem, La Paragua, leg. L Williams tro. 12610 8-V-1940)F; ibidem, 70 m de alt, "~ (1 Coutoubea racemosa G. F. W. Meyer. Fl. leg. L Williams 12667(20-111-1940)F, US; Esseq. 86. 1818; Grisebach Gen. Sp. Isosintypi: Guiana Inglesa; Banks of the ibidem, 285 m. s. m., leg. E. P. Killip 37599 Gent. obs. 132.1 839; Dietr. Synop. Pl. 1: Rupunony (Schomburgk 152) (22-IV-1943)F, GH, S; E. do Apare, leg. 440.1839; Grisebach, 1. c. 67.1845; E, Z, L, BM. I. Velez 2217 (29-111-1946)US; ibidem, Grisebach in Linnaea 22:33.1849; Garcke Pará: In vicinibus Santarém arredores dei morical dei rio Tabaxa Linnaea 22:64.1849; Pará, leg. A. Spruce 952 mais ou menos 20 m.s.m., carretera, ma- ²^in Coutoubea prov. ramosa f. racemosa (Ben- (XI-1842). BM, M, E. turin barrancas, Edo Monagas, leg. Car- tham) Jonker in Pulle Flora of Suriname men E. Benitez de rojas 825 (26-111- 1(4): Mede. Kol. Inst. Amst. 30(11): Distribuição geográfica: Colômbia, Ve- 1 970)F; Along Cuyuni river near Anacoco, 404.1932-1937. nezuela, Guiana Inglesa, Suriname, Guiana frontier with Guyana, leg. Al Gentry, Gil- ²Exacum racemosum Roem et Schult. Francesa. Brasil: Roraima, Amazonas, Pará, berto Morillo et B. de Morillo 10722 Mant. 3:99.1827. Maranhão. (18-III-1974)M0; Apure, distrito Pedro Subarbusto 30-90 cm de altura, ereto Variedade encontrada em altitudes de Camejo 11 km directly (in strainght line) °m pouca ramificação que se origina de 8 20 à 300 m.s.m., freqüente em várzeas, E of Passo de San Pablo and ca. 2 km ENE Crn ou a partir de 20 cm da base; raízes elevações de areias de rios, em savanas, od Funde Picachón along the banks of the ramificadas 5-20 cm de comprimento; locais arenosos ou úmidos. Caracterizada Rio Cananaparo, leg. Gerrit Davidse et

Rodi"guésia. Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 33 . Angel C. Gonzalez 12, 939 (8/9-V- 1885)L Savannah near Brownseg, leg. J. Prance, B. S. Pena et J.F. Ramos 2656 (14- 1977)MO; ibidem. Distrito Pedro Camejo, Lanjow 1 237 (11 -XI-1 933)U; Upper Mara- X-1966)U, S; ibidem, leg. Caol Laro et G. 2-5 km upstream from the mouth ofthe Rio takka, leg. Foresttry-Bureau 955 (14-11- Hubner 136 (11-IV-1932)B; ibidem, Leg. Capanaparo at its with the Rio, junction 1 91 5)U; Viasectaabmoegotapoeadgrote Dr. Martius s. n. (s. D.)M; Yavita, Fed. Terr. Orinoco directly west of Islã La urbane, leg. zwiebelzwamp Langs Wane — kreek bij Amazonas alt. 128 m., leg. L Williams Gerrit Davidse et Angel C. Gonzalez 12, kamp. leg. J. Lanjow et J. C. Lindeman 609 13972 (24-1-1942)F, US; ibidem, Playa 645 (5-V-1977)MO; ibidem, Distrito San (1-X-1948)U; Republiek leg. J. Kuyper23 near mouth of rio Paru, leg. R. S. Cown et Fernando, mouth of the Rio Arauca at its (11-X-191 1)U; Flumer Maracagne, leg. John Wurdack 31563 (1 9-11-1 951 )F; Rio intersection with the Rio Orinoco, leg. Kapples 1 56 U; Corantyne R. nearwonoto- Curuquetê, vicinity of cachoeira Santo An- Gerrit Davidse et Angel C. Gonzalez bo, leg. Forestry-Bureau 3517 (14-X- tônio, leg. G. T. Prance et al 14345 (1 5-VII- 1 Raudal 3,245(14/1 5-V-1977)MO; Ou- 1 91 6)U; Banks of Maratakka river, 100 km 1 971 )U; Tarumã Grande, 1 km N. from the rainia, leg. Basset Maguire 331 53 (16/1 9- upstream of saparra creek; rather rare, leg. junction of Rio Negro and Igarapé Tarumã, l-1952)S. P. J. M. Maas et I. Taujoeron 1 0762 (1 2-V- 3o 2' S, 60° 8' W. white sand, black water 1965)U; Fluv. Cappename sup. leg. Boon igapó, leg. S. Keel and L F. Coelho 241 (1- República da Guiana: Herb. Henschelia- 1125 (IX-1901)U; AD flumen marawyne XI-1 977)U; Maués, Capoeira alagável, leg. num, leg. Lehombiofts.n. L; Leg. B, Othmer leg. Kappler 2092(IX)GOET, LE. J. M. Pires 143 (30-XI-946)COL; Rio 2070 (18-1-1904)M; Banks of the Ru- Orinoco 100 meters, leg. E. G. Holt et W. ! leg. 152 punoony, Schomburgk (1837) E, GUIANA FRANCESA: Leg. Sophiem- Gehringer 23 (1 2/24-1-1 930)GH, US- Z, L, BM; de C. ramosa var. (isosintypi burg S; Ex. Herb. Mus. Paris s. n. L Leg. PARÁ: In vicinibus Santarém prov. Pa- racemosa); ibidem, leg. Schomburgks.n. L: Poiteau, LE; Hb. Meyer, Goet (holotypus C. rá, leg. A. Spruce 952 (XI-1 849) isosintypi Kaiteur Falls Demeruru C. Appin (1872) racemosa Meyer); Crique Gabrielle, trilou- de C. ramosa var racemosa, BM, M, E; Lago BM; Mazaruni River, leg. G.S. Jemnan tary right bank lower Marary R. 4.43 N. 52. do Faro, praia de Porto Rico, leg. G. A. Black BM, US, UG; ibidem, 5427 (VIII-1889)F, 1 7W. riverine forest. open place, leg. A. J. et. P. Ledoux 50-10642 (10-11-1950)UC; leg. A. S. Hitchock 16970 (27-XI-1 919) M, Leeuwenberg 11699 (2-11-1978)U; Estrada Belém-Brasília, leg. A. P. Duarte GH; ibidem idem, 17092 (3-IX-XII- Guyane Gabrielle, en amont de Ia Crique 6548 (5-X-962)RB; Ex. Herb. Collegi H. 1919)GH; Mazaruni Forest Station, leg. B. Gabrielle, 28-30 km au S. de Cayenne, leg. Trin., dublin (esp B)GH; Rio Trombetas Maguire et D. B. Fansshawe 23576 (23-V- A. R. Roques 19836 (1 3-1-1 978)U, G, F. nearcachoeira Porteira, leg. D. G. Campbell 1944)U; Pomeron District, Moruka River, et al P 22379 (28-V-1 974)U; BR 1 63, km leg. J. S. De La Cruz 1243 (12-VIII- BRASIL: Nordbrasilien, Serra da Lua, 1 131, vicinity of Igarapé Natal, leg. G. T. 1921)GH, PH; Leg. Jemman 5692 (X- campos, trocken, leg. Ph. v. Luetzelburg Prance etal P25406 (1 5-XI-77JMG; Mara- 1 889)US; ibidem, vicinity of Bartica, on the 21 295 (XI-1 927)M; Nordbrasilien, leg. Ph. jó ad Natal, leg. Schwack lll 106 (6-XII- Essequibo River, leg. J.S. De La Cruz 2024 v. Luetzelburg 20418 (IX-1927)M. RO- 1882)GOET. MARANHÃO: Maracassumé (3-XII-1922)US; ibidem Rupununi, leg. J. RAIMA: Rio Murupu 28 km of Boa Vis- river region, on várzea, (along river Maça- G. Meyer 3456 (1932)US; ibidem, leg. H. ta road to taiano, leg. G. T. Prance et al seira) leg. Fróes 1928 (8-X-1932)US, F, Field (1-1 944) F; ibidem, junction of Mazu- 9116 (8-1-1969)F, GH, U, S; Faz. Sumaré, GH, U, A, BM, MO. runni and Creyuni Rivers, leg. E. H. Graham leg. Dob/Tom 1092 (5-1-1976)RB; Mar- 216 924)US; Rupununi savanna, in do Rio Branco, fazenda Bom Intento (VII-9-1 gem Meyer (1818) ao classificar C. ra- directionem borealem de montibus 40 km da cidade de Boa Vista, leg. Herinjer cemosa fez uma detalhada diagnose, evi- kanaku, maurisiekreekdak a. d. voet v. d. Borges, 10069 (15-II-65)S. RONDÔNIA: denciando o porte arbustivo, folhas opôs- Manakaparuheuvels Z. O. van Donselaart. Próximo ao aeroporto de P. Velho. leg. M. tas lanceoladas com a base e o ápice B. H. 764 959)U; Basin of Rupununi (14-11-1 R. Cordeiro, 664 (29-08-75)U. AMAPÁ: agudos, inflorescências em rácemos com 2190 river: Karenambo leg. A. C. Smith Macapá, margem do Rio Araguari, arredo- flores opostas desde a base. (9/13-X-1937)U; S. Bartica, soil sand. leg. res de Porteo Grande, leg. N. A. Rosa et M. K. R. Roberston et D. F. Austin 237 (1 5-VI- dos Santos 999 (13-X-1976)RB. AMA- Grisebach (1839/1845) seguiu 1967)MO; Essequibo, leg. Rich. Schom- ZONAS: Manaus, leg. G. T. Prance Meyer quanto a conceituação espe- burgk 299 (XII-41 )G0ET; Waini, river, et al 3024 (9-XI-1966)F, U, S; ibidem, cífica, colocando esta espécie no grupo north west district, leg. J. S. De La Cruz leg. Kulhmann 38 Ponta Ne- (X-1902)RB; das plantas arbustivas, com inflorescên- 3705 (3/18-IV-1923)UC, F, GH, PH, MO; gra, leg. J. P. Lanna 305 et Castellanos cias racemosas, dotada de brácteas muito Savannah au Caroni, leg. B. Othmer 2010 23672 (23-1-1 963)RB, GUA, GH; ibidem, pequenas e apresentando o estilete exser- leg. E. Fromm 1389, E. Santos 1411, J. (18-1-1904)M. to. Saco 1646 et Z. A. Trinta 315 (22-I- SURINAME: Leg. Hostm. et Kapples 963)UC; HB, BM, M; ibidem, base Serra 797 b, MO; Leg. Wielfall 741 GOET; Leg. Jacanum, leg. R. Evaws Schultes et F. Bentham (1854) considerou Hostman, pp., L' Leg. R. F. Hohenacker Lopes9749a(27-lll-1948)US,GH; ibidem, Coutoubea racemosa como uma variedade 1 574 (1 845)MO; Raleighvallen nabij lollo- vicinity of Manáos and Ponta Negra, leg. G. de C. ramosa, dando para a mesma as características pasie leg. Dawson L B. B1 4610 (27-VIII- T. Prance etal9092 (18-XII-1 968)GH, F, S, mencionadas pelo seu an- 1 972)U; Surinamun Misit Ministercolonia- U; ibidem, An sumpfigen itellen, BI. Rosa, tecessor. rum, leg. Kappler 1 62 (1 862)L, U; Forest of Marajó leg. E. Ule 5376 (1-1901 )L, HBG; Zandery, leg. J. A. Samuels65 27 ex. A(31- ibidem, leg. R.L Froés 22877 (17-XI- Progel (1865) seguiu Bentham V-1916)S, B, US; Surinami, juxta flumen 1947JU; ibidem, between Manaus and e caracterizou a variedade em questão por Para, leg. W. F. R. Suringer s. n. (1/2-1- Igarapé Tarumã, leg. C. K. Allen, G. T. apresentar caule cilíndrico, rácemos alon-

34 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 gados, brácteas muito pequenas e as flores 1 732 (30-111-1 968)U; ibidem, Rio Paragua, Dada uma certa variabilidade no que maiores que as das outras variedades. Guaiquinima, alt. 285 meters, leg. E. P. se refere à forma e tamanhos foliares Killip 37445 (14-15-IV-1943)F, US; ibi- muitas vezes no mesmo exemplar e, não Jonker (1932/1937) conside- dem, Rio Torono, Indian camp above raro a existência de formas intermediárias, r°u a variedade de Bentham como uma junction with Rio Paragua, alt. 280 meters, há dificuldade para uma caracterização forma de C. ramosa Aublet. leg. E. P. Killip 37428 (1 1 /1 2-IV-1 943)US. precisa sobre algumas variedades, razão pela qual foram sinonimizadas as vulgaris e GUIANA BRITÂNICA: Leg. B. Maguire, latifolia. Pela análise dos isosyntipi de C. ramo- D. B. Fanshawe 23576 (23-V-1944)U. s« var. racemosa verificou-se tratar-se de Das cinco espécies descritas para o uma variedade característica principal- AMAZONAS: Prope Panuré ad Rio são encontradas no Brasil, mente gênero, quatro pelos rácemos alongados com fio- Uaupés, leg. R. Spruce 2867 (X/l-1852/ uma delas com duas variedades. Não raro res esparsas maiores, opostas desde a 1853JBM (isótipo). C. spicata e C. ramosa mencionadas hase, são providas de bractéolas muito peque- em manuscritos respectivamente nas. como C. BENTHAM (1854) ao examinar "inunda- capitu/ata, C.axil/iflora, da mesma maneira material coletado por Spruce em C. ramosa var racemosa é citada como C. 5c Coutoubea ramosa Aublet var. ted places at the cataracts of Panuré on the ramosa var. stricta. longifolia Benth. Rio Uaupés, en December, 1852, classifi- (Est. 19, 20) cou a variedade longifolia como distinta C. reflexa e C. minor são dadas para o Benth. in Hook Journ. of Bot. das demais. Brasil como nova localidade. 6:198. 1854; Progel in Mart. Fl. Bras. 6(1): 211. 1865. Posteriormente PROGEL (1865) Através de bibliografia consultada fo- manteve variedade em mencio- a questão ram registradas que as espécies C. spicata Erva ou subarbusto nando como referência o mesmo material de 28-76 cm de e C. ramosa são tóxicas para os bovinos, altura, ereto Bentham. com ramificação geralmente examinado, por que apresentam sintomas de inquietação, Presente no ápice; raízes variando de 7- paralisia do rúmen além de problemas na 2 cm de comprimento, profusamente ra- . Ao proceder-se a análise do isótipo freqüência respiratória e cardíaca. mificadas; caule cilíndrico ou subtetrágo- enviado pelo B. Museum, bem como de n°. variando 0,5-5 cm de comprimento; outros exemplares, seguimos a conceitua- 0|has Informa o coletor M. Melendro que lanceoladas, membranáceas, agu- ção de Benhtam para a variedade em quês- "segun- das esta última espécie, na Colômbia, ou acuminadas, atenuadas na base, tão, concluindo-se que é muito caracterís- c°m do Ia creencia popular en el Caquetá es nervura saliente na face dorsal, imersa tica principalmente porterfolhas lanceola- na ventral, venenosa y causa Ia muerte de los animales 3-11 cm de comprimento e 2- do-lineares, que superam as inflorescên- que pastam en los protreros". mm de largura; Inflorescência rácemo cias dispostas em rácemos curtos. curto variando de 3-8 cm, ou flores axilares ls°ladas, Sabe-se que as características anatô- bracteadas, botões agudos; Conclusões cálice micas e morfológicas têm servido coriáceo, carinado com laci- para n,os acuminados evidenciar a relação entre os grupos de variando 3-6 mm de O Coutoubea Aublet comprimento; gênero pertence angiospermas. Assim, inflo- corola alva com lobos eretos, porte, pecíolo, "10 à subtribo Helieae (Mart.) Gilg. subfamília mm rescência e distribuição geográfica foram de comprimento; lobos agudos, Gentianoideae e está situado entre os stames gê- os caracteres que nos pareceram mais inclusos, mais curtos ou do mes- neros Schultesia Mart. e Chelonanthus rn° comprimento conclusivos para os taxa analisados, a fim do estilete; anteras Gilg. "longas de especulações sobre certos aspectos 1-1,5 mm de comprimento; cápsula evolutivos das espécies e variedades estu- não observada. Apresenta espécies estreitamente re- dadas. lacionadas, sendo exclusivo da faixa Neo- Isotypus: Rio Uaupés, leg. Spruce tropical, ocorrendo freqüentemente 2867 em Kubitsky (1975) com base em dados in December, 1852 BM. várzea, locais úmidos e arenosos, em ma- morfológicos e fitoquímicos assinalou a tas de terra firme e, às vezes, nas margens correlação entre caracteres primitivos e Distribuição geográfica: Venezuela, rios, campos cultivados dos e rupestres. tamanhos das áreas de distribuição geo- u'ana Britânica, Brasil no Estado do Ama- zonas. gráfica, considerando, que espécies de As características mais importantes áreas restritas são mais primitivas. Hickey para identificação de suas espécies, estão and Wolfe (1 975) do mesmo modo, consi- Material examinado relacionadas principalmente ao porte, ao deram o padrão broquidódromo como o tipo de inflorescência e ao comprimento mais primitivo. BRASIL: S. L, leg. D. Vicent4947 (XII- das flores, além das dimensões das brac- 1915)L. téolas. Ao se tomar por base as características morfológicas e a distribuição geográfica do VENEZUELA: Estado Bolivar, Guaya- São conhecidas pelos nomes popula- gênero Coutoubea Aublet verificou-se que a- strand "Arabu, der Laguna von Canaima, 500 m, res de Papai Nicolau, Diambarana, C. reflexa, C. humilis e C. minor foram le9- B. Oberwinkleret H. Hertel 1 5201 (28- Baracuare (na Colômbia), Raiz amargosa e aquelas com menor distribuição '"¦1969)M; geográfi- ibidem, Canaima, leg. L Schnee Genciana do Brasil". ca, as demais apresentam ampla área de

R°driguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 35 - distribuição. C. humilis e C. minor foram as índices dos coletores, seus números e reflexa; 31563. C. ramosa var. race- espécies de menor porte do grupo, en- espécies correspondentes mosa. quanto C. reflexa apresenta-se robusta CROAT, T. B. 9581, 12028, 11211 com tendência a subarbusto. ALLEN, P. H. 1 78, 1053. C. spicata. 24062, 10720, 12388. C. spicata ALLEN, P. H. et HUNTER; A. A. 223. C. CROIZAT, s. n. C. spicata. spicata. DANIEL : No que diz respeito a inflorescências S. Mc. et COOKE, R. 14839. C. reflexa se apresenta disposta em espi- ALLEN, C. K. et alii. 2656. C. ramosa var. spicata. racemosa. DANIELS, A. G. H. et JONKER, F. P. 1314. gas laxas e longas enquanto C. minor e C. ALVARENGA, T. s. n. C. spicata. ramosa humilis são providas de rácemos relativa- C. var. ramosa. J. et SUAREZ, H. s. n. C. ramosa mente curtos e congestos. ALVAREZ, DANGREMOND, A. s. n. C. ramosa var. var. racemosa. ramosa. ANDRADE, J. B. 3343. C. ramosa var. ra- Pelo exame do material verificou-se DARCY, W. G. 9564, 10254, 9668. C. mosa. C. spicata e C. ramosa são as espécies spicata. que ARNASON, 1 7843. C. spicata. subarbustivas com maior área de distribui- DAVIDSE, G. et GONZALEZ, A. C. 13418, ARROYIO O. 22. C. spicata. A ora com inflorescências 12766, C. ramosa var. ramosa; 12, ção. primeira, ATÊNCIO, G. 7 C. spicata. em espigas laxas com as flores basais 939, 12-645, 1 3.245. C. ramosa var. AUSTIN, D. 4227. C spicata. opostas e verticiladas em direção ao ápice, racemosa. BAILEY, L H. et BAILEY, E. Z. 168. C. ora congestas com as flores verticiladas DAVIDSE, G. 2813. C. minor; 5419. C ramosa var. racemosa. desde a base; a segunda com inflorescên- ramosa var. ramosa; 4464, 4636. C. BARLOW, F. D. 30/132. C. spicata. cias racemosas longas ou curtas. spicata. BARRIGA, H. G. 08201. C. spicata. DAWSON, L B. B'14610. C. ramosa : BLACK, G. A. et LEDOUX 50-10642. C. racemosa. Assim, ao analisar-se as espécies ramosa var. racemosa. DOBEREINER et TOKARNIA 1092. C. ra- acima mencionadas nos aspectos aborda- BLANCHET, J. 14, s. n. C. spicata. mosa var. racemosa; s. n. C. spicata. dos, verificou-se a existência de um inter- BLUM, K. E. 2062. C. spicata. D0DGE, G. W. 16656. C. spicata. relacionamento referente aos caracteres, o BLUM, K. E. et alii. 660. C. spicata. DODGE, G. W. et alii. 1674, 16836. que torna difícil uma indagação nesta área, BÔER, J. G. W. 772. C. spicata. _ spicata. principalmente quando a variação morfo- BOLDING, I. 39181, 3020, 3918a. C. ra- lógica do grupo é reduzida e não definida. mosa var. ramosa. DON, G. s. n. C. spicata. DROUET, Deixa-se em aberto a questão, aos estúdio- BOLDWGH, 3820. C. ramosa var. ramosa. F. 2123. C. spicata. sos em fitoquímica e anatomia entre outros BOND, F. E. et alii. 97. C. ramosa var. DUARTE, A. P. 9801. C. spicata; 6548. C ramosa para que possam fornecer subsídios a fim ramosa. var. racemosa. DUCHASS n. de se dei imitar o que seria mais primitivo ou BOON, H. 1125. C. ramosa var. racemosa. s. C. spicata. DUCKE, derivado no gênero Coutoubea Aublet. BREEDLOVE, D. E. 34938. C. spicata. A. P. s. n. C. ramosa var.ramosa; s. BRITTON, N. L et BRITTON, E. G., s. n., C. reflexa; s. n. C. spicata. 2472. C. spicata. DUKE, J. A. 5957, 8974, 9501, 5565, Abstract BRITTON; N. L et alii. s. n., 662, 396, 306. 5902,3965. C. spicata; s. n. C. ramosa C. spicata. var. ramosa. DUKE, J. A. et MUSSEL, H. W. C. The authors present a study of the five BR0ADWAY, W. E. 364, 1 69, 1 908, 7686, 6599. species and two varieties which make up 7776, 3846, 430, s. n. C. spicata spicata. DWYER, J. D. 1 398, 71 57, 35704, 10071, the genus Coutoubea Aublet, which occurs BUNTING; G. S. 4277. C. ramosa var. ra- in neotropical área. mosa; 4234. C. minor. 9111. C. spicata. BURCHELL W. 9410. C. spicata. DWYER, J. D. et alii. 284, 34, 411. C BUREAU, F. s. n. C. spicata; 2472, 3470, spicata. This work includes descriptions and 5271, 4583. C. ramosa var. ramosa; EBINGER, J. E. 1100. 921. details of each species and the varieties. It C. spicata. 955, 351 7. C. ramosa var. racemosa. also includes a dichotoms key forthe iden- EGGERS, H. F. A. 6609. 1148. C. spicata. CAMPBELL D. G. et alii. P. 22379. C. EGLER, 648. C. ramosa tification of their geographic distri- var. ramosa. ramosa bution and synonimezes varieties. var. racemosa. ESPINOSA, D. R. 18. C. spicata. CAMPELO, C. R. 1510. C. spicata. FALCÃO, J. I. A. et alii. 924. C. spicata. CARDONA, F. 675. C. spicata. FENDLER, A. 1008. C. spicata. The majority of the species are known "Arabú", "Papai CAVALCANTE, B. P. et alii. 52583. C. FERNANDEZ, A. 2122. C. ramosa var. ra- by the vulgar names of ramosa "Diambarana", "Baracuare", "Raiz var. ramosa. mosa. Nicolau", CELESTINO, "Gentiana "Boca B. 58. C. spicata. FLORSCHUTZ, J. P. A. 1950. C. spicata. Amargosa", do Brasil", de COOLEY, "Erva-de-Bicho", "Alfinetes" G. R. 8290. C. spicata. 247. C. ramosa var. ramosa. Sapo", and "Fel-da-Terra". CORDEIRO, M. R. 508. C. ramosa var. FLORSCHUTZ, J. P. A. et MAAS. p. J. M- ramosa; 664. C. ramosa var. race- 2406. C. ramosa var. ramosa. mosa. FOCKE, H. C. 373. C. spicata. C. reflexa Benth., from Republica of CORRÊA, M. D. et alii. 430. C. spicata. FONSECA, M. 87. C. spicata. Guiane and C.minor H.B.K., from Venezue- COWAN; R. S. 11 52. C. spicata. FONTELLA, J. P. 159 G. C. spicata. la, are mentioned for the first time, as they COWAN, R. S. et alii. 1774. C. humilis. FORERO, E. 1 206. C. ramosa var. ramosa. are now known to occurring in Brazil. COWAN, R. S. et WURDACK, J. J. s. n. C. FOSBERG, F. R. 19451. C. spicata.

36 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 21-45. jan./jun. 1986 FRANCIS, G. W. s. n. C. ramosa var. HOSTAMAN, F. W. 370, 586a, 797b. C. sa var. racemosa; 11678. C spicata. ramosa. ramosa var. ramosa; 645, s. n., 184. C. LEHMENNIANAE. F. C. 6381. C. spicata. FRANCISCO, 984. C. ramosa var. race- spicata. LEMOS, A. 5885a. C. ramosa var. ramosa. mosa. HOWATD, R. A. 10310. C. spicata. LEVEL, J. S. 79. C. minor. FRESLING, 52. C. ramosa var. ramosa. HULK, J. F. 21 2. C. spicata; 390. C. ramosa LIESNER, R. et DWYER, J. 1420. C. spica- FROMM, E. 1389 et alii. C. ramosa var. var. ramosa. ta. LINDEN, L 1147. C. spicata. racemosa. HUMMEL, D. s. n. C. spicata. LINDEMAN, J. C. 4266. C. spicata; 610, FROES, R. L 1928, 22877. C. ramosa var. HUNT, D. R. 301. C. spicata. 536, 373. C. ramosa var. ramosa. racemosa; 11874 C. spicata. HUNTER, A. A. et ALLEN, P. H. 751. C. LOCKHART, D. s. n. C. spicata. GARDNER, G. 2672. C. ramosa var. ramo- spicata. LOURTEIG, A. 1779. C. spicata. sa; 1066. C. spicata. ILTIS, C. et alii. 1650. C. spicata. LUNDELL, C. L 138. C. spicata. GENTLE, P. H. 9489, 7756, 3897, 1251, INDIG, 216. C. spicata. LUTZELBURG, Ph. von. 1305, 663. C. 8056, 3462. C. spicata. IRWIN, H. S. 47544. C. ramosa var. ramo- ramosa var. ramosa; 21 295, 2041 8. C. GENTRY, A. 2160, 8572, 5838, 291 2. C. sa. ramosa var. racemosa. spicata. IRWIN, H. S. et alii. 48349, 57626. C. MAAS, J. P. et Th. WESTRA. 4082. C. GENTRY, A. et alii. 10722. C. ramosa var. ramosa var. ramosa; 21267, 57521. ramosa var. ramosa. ramosa. C. spicata. MAAS, J. P. etTAUJOERON, J. A. 10762. GERRIT, DAVIDSE et GONZALEZ, A. JANSMA, R. 1 5602. C spicata. C. ramosa var. racemosa; 3256, 3309. 1 341 8. C. ramosa var. ramosa. JENMAN, G. S. 5427, 5692. C. spicata. C. spicata. GEYSKES, D. C. s. n. C. spicata. JESUS, J. A. 348 et SANTOS, T S. 397. C. MAAS, H. et MAAS, J. P. 477. C. ramosa GINES, H. 1566. C. spicata. spicata. var. racemosa. GLEASON, H. A. 327. C. ramosa var. ra- JOHNSTON, I. M. 884, 293, 1302. C. MACBRIDE, J. F. 2841. C. spicata. mosa. spicata. MACEDO, A. 2533. C. ramosa var. ramosa. GLOCKER, E. F. 1842, s.n. C. spicata; 370. JOHNSTON, J. R. 123, 1302, 650. C. MACHADO, O. 448, 269. C. ramosa var. C. ramosa var. ramosa. spicata. ramosa. G00DLAND, R. et PERSAUD, R. 793. C. JONES, B. et alii. 293,367,352. C. spicata. MAGUIRE, B. 331 53. C ramosa var. race- spicata. JONKER, A. M. E. 457. C. ramosa var. mosa. GRAHM, E. H. 216. C. ramosa var. race- ramosa. MAGUIRE, B. et alii. 27305, 36032. C. mosa. KALLENKI, J. 202. C. spicata. minor; 29244. C. reflexa; 53940. C. GRANVELLE, DE. 271. C. spicata. KAPPLER, A. 1 62, 1 56, 2092. C. ramosa spicata. GREENMAN, J. M. et GREENMAN, M. T var. racemosa. MAGUIRE, B.etFANSHAWE, D. B.23576. 5083. C. spicata. KEGEL, H. 605. C. ramosa var. ramosa. C. ramosa var. racemosa. GRISEBACH, H. R. A. s. n. C spicata. KEEL, S. et COELHO, L F. 241. C. ramosa MARTIUS, K. F. P. von. s. n. C. ramosa var. GUPPY, |\j. 640. C. ramosa var. ramosa. var. racemosa. racemosa; 943. C. spicata; s. n. C. GUTIÉRREZ, G. et SCHULTES. 569. C. KILLIP, E. P. 37428. C. ramosa var. ramo- ramosa var. ramosa. ramosa var. ramosa. sa; 285,37445, 37599, C. ramosa var. MATUDA, E 3745. C. spicata. HALLE, F. 719. C. ramosa var. ramosa. racemosa; 12058, 37600, 37257. C. MCKEE, H. S. 10571, 11402. C. spicata. HART, F. H. 3610. C. spicata. spicata. MELESKI, E. 247. C ramosa var. ramosa. HARVERY, D. R. 5112. C. spicata. KILLIP, E. P. et SMITH, A. C. 30454. C. FlAUGHT, MELENDRO, M. 1 C. ramosa var. racemo- O. 1 588, 2640. C. ramosa var. spicata; 14814. C. ramosa. sa. ramosa; 3558. C. spicata. KINLOCH, J. B. 180. C. spicata. MELINON, 289. C. spicata. HEKKING, W. H. A. 1285. C. spicata. KOYANNA, T. etAGOSTIN, G. 723, 7214. FtEKKING, 12.C. spicata; 185.C. W. H. A. et KRAMER, K. O. C. ramosa var. racemosa. MENNEGA, A. M.W. ramosa. 3226. C. spicata. KRAMER. K. V. et HEKKING, W. H. A. ramosa var. W. NOORMAN, J. K. HERIBERTO, Bro. 133. C. spicata. 3226. C. spicata; 2162. C. ramosa var. MENNEGA, A. M. et spicata. HENRINJER, B. 10069. C. ramosa var. ramosa. 892. C. racemosa. KRUKOFF, B. A. 11 874. C. spicata. MEXIA, Y. 6058. C. ramosa var. ramosa; FIERZOG, Th. 402. C. ramosa var. ramosa. KUHLMANN, J. G. 5, 2209. C. spicata; 5907. C. spicata. HF-YLIGERS, P. C. 40. C. spicata. 131. C. ramosa var. ramosa; 38. C. MEYERS, J. G. s. n. C. ramosa var. ramosa; HlTCHCOCK, A. S. 1 7055,1 6749. C. ramo- ramosa var. racemosa. 3456. C. ramosa var. racemosa. sa var. ramosa; 1 6970, 1 7092. C. ra- KUYPER, J. 21. C. spicata; 23. C. ramosa MIGUEL, H. A. 99. C. spicata. mosa var. racemosa; 1 7456. C. spica- var. racemosa. MILLER, G. S. 1853. C. spicata. ta. LANGENHEIN, J. H. 3270. C. spicata. MOLINA, A. et alii. 18129. C. spicata. H0EHNE, F.C. 449, 4502 C. ramosa var. LANJOUW, J. et LINDEMAN, J. C. s. n., MONTEIRO, R. et COSTA, R. M. 30. C. ramosa. 3034, 536, 610, 205, 536. C. ramosa ramosa var. ramosa. HOHENACKER, R. F. 1 574. C ramosa var. var. ramosa. MOORE, S. 302. C ramosa var. ramosa. racemosa. LANNA, J. P. 305 et CASTELLANOS, A. MOORE, H. E. et alii. 1 67, 9675. C. reflexa. H°LT, E. G. et GEHRINGER, W. 23. C. 23672. C. ramosa var. racemosa. MORAES, C. J. 1812. C. spicata. ramosa var. racemosa. LARO, C. et HUBNER, G. 136. C. ramosa NEILL, D. A. et alii. 6567. C. spicata. H0STM et KAPPLES. 797. C. ramosa var. var. racemosa. NEE, M. 9094, 10154, 8206. C spicata. racemosa. LEEVWENBERG, A. J. M. 11 699. C. ramo- NEES, s. n. C. spicata.

Rodiriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 21-45. jan./jun. 1985 37 OLDEMAN, 2594, B 1380. C. ramosa var. ROQUES, A. R. 19836. C. ramosa var. 58435, 58537. C. minor; 87687, ramosa. racemosa. 4984, C. ramosa var. ramosa. OLDENBURGER, F. H. F. et alii. 812. C. ROSA, N. A. 413. C. ramosa var. ramosa. STEYERMARK. J. A. et REDMOND, | spicata. ROSA, N. A. et SANTOS, M. 999. C. 112800 C. minor.. OLDENBURGER, F. H. F. et NORDE, R. 79. ramosa var. racemosa. STEVENS, W. D. 1109. C. spicata. C. spicata. ROTHERY, H. C. 1 90,1 844. C. ramosa var. SUCRE, D. 12. C. spicata. OLIVEIRA, E. 3371. C. spicata. ramosa. SUCRE, D. et DA SILVA, J. F. 9382. C OTHNER, B. 2070, 2010. C. ramosa var. RUSBY, H. H. et SQUIRES. 30. C. ramosa spicata. racemosa. var. ramosa. SURINGER, W. F. R. s. n. C. ramosa var. OTILIA, A. V., 22. C. spicata. SAGOT, P. A. 11 6. C. ramosa var. ramosa. racemosa. PECK, M. E. 19. C. spicata. SALZMANN, s. n. C. spicata. TUTIN, T G. 542. C. ramosa var. ramosa- PENNELL, F. W. 2907. C. spicata. SAMUELS, J. A. 6527. C. ramosa var. TYSON, E. L 6071. C. spicata. PENNINGTON, T. D. et PRANCE, G. T. racemosa; 249. C. spicata. TYSON, E. L et alii. 2845. C. spicata. 1 892. C. ramosa var. ramosa. SANDWITH, N. Y. 1509. C. humilis. ULE, A. s. n., 6420. C. spicata. PEREIRA, E. 3373 et EGLER 648. C. ramo- SANTOS, T. S. 688. C. spicata. ULE, E. H. G. 5376. C. ramosa var. race- sa var. ramosa. SASTRE, C. F. 5675. C. ramosa var. ramo- mosa. PINTO, P. E. et SASTRE, C. 1309. C. sa. UREDEN, C. et L B. B. 14756. C. ramosa ramosa var. racemosa; 1251 C. ramo- SASTRE, C. F. et MORETTI, C. 4027. C. var. ramosa. sa var. ramosa. ramosa var. ramosa. URIBE, L 3544, 6138/3914 C. spicata. PIRES, J. M. 143. C. ramosa var. race- SELLOW, s. n. C. spicata. VALERIO, M. 819. C. spicata. mosa. SCHIPP, A. W. 446. C. spicata. VELEZ, F. 2217, 2534. C. ramosa var. PIRES, J. M et alii. 52219. C. spicata; s. n. SCHULTES, J. P. 9027. C. ramosa var. racemosa. C. reflexa; 50720. C. C. ramosa var. ramosa. VERSTEEG, G. M. 110. C. ramosa var. ramosa. SCHULTES, R. E. et LOPES, F. 9749a C. ramosa. PIRES, J. M. et CAVALCANTE, P. B. 52429, ramosa var. racemosa. VINHA, J. G. 74 et PINHEIRO, R. S. 221. C 52583, 52673. C. ramosa var. ramo- SCHULTES, R. E. et CABRERA, 1.14941. C. spicata. sa. ramosa var. ramosa. VICENT, D. 4947. C. ramosa var. ramosa. PIPER, C. V. 5393. C. spicata. SCHNEIDER, M. 477. C. spicata. VOLTZ, s. n. C. spicata. PITTIER, H. 10921. C. ramosa var. ramosa; SCHLIN, L 195. C. spicata. WACHENHEIN, 475. C. ramosa var. ramo- 4497, 2234. C. spicata. SCHOMBURGK. R. H. 152, 989, 969, 30. sa. POITEAU, A. s. n. C. spicata; s. n. C. ramosa C. ramosa var. ramosa; 367, 299. C. WALLENTA, B. et alii. s. n. C. spicata. var. racemosa. ramosa var. racemosa; 1060. C. re- WASSHAUSEN, D. C. et alii. s. n. C. spr PRANCE, G. T. et SILVA, N. T. 58778, flexa. cata. 8316, 59384. C. ramosa var. ramosa. SHUTZELBURG, 20469. C. spicata. WAWRA et MALY 285. C. spicata. PRANCE, G. T. alii. 9092, 9116, 14345, SCHWACKE, C.A.W.III. 106 C. ramosa var. WEAVER, R. E. et WILBUR, R. L 2246. C. 2888, s. n. C. ramosa var. ramosa; racemosa. spicata. 3024, 25406. C. ramosa var. racemo- SCHWABE, W. 67/111. C. spicata. WENT, F. A. F. C. 430. C. ramosa var sa; 9205. C. reflexa; 2656, 5996. C. SMITH, A. C. 3060. C. reflexa; 2190. C. ramosa; 370, 478. C. spicata. spicata. ramosa var. racemosa. WERLING, L et alii. 1424. C. spicata. PRANCE, G. T. et MAAS, J. et ai. 1 6227. C. SMITH, H. H. 2275. C. spicata. WILBUR. R. L 15468. C. spicata. ramosa var. ramosa. SMITH, S. G. 1288. C. spicata. WILBUR., R. L et alii. 12111, 11407. C PRANCE, G. T. MAAS, J. 14396,1 4564. C. SMITH, G. N. et SMITH, H. H. 684. C. spicata. ramosa var. ramosa. spicata. WILDSCHUT, J. T. 11462. C. spicata. PRANCE, G. T. et PENNA, B. S. s. n. C. SMITH, C. E. et SMITH, H. M. 3454. C. WILDSCHUT, J. T. et TEUNISSEN, 11 603 ramosa var. ramosa. spicata. 11502. C. spicata. PROCTOR, G. R. 35704. C. spicata. SMITH, A. C. et KILLIP, E. P. 14814. C. WILLEY, J. R. 198. C. spicata. PUIG, F. C. 2963. C. ramosa var. ramosa. ramosa var. ramosa. WILLIAMS; L 15409. C. spicata; 11210 PULLE, A. 194, 15, 430. C. ramosa var. SNETHLAGE, E. H. 136. C. spicata. 11227, 11 723. C. ramosa var. ramo- ramosa; 503. C. spicata. SOBRINHO, V. 261. C. spicata. sa; 13803. C. minor; 12610, 12667 RECORD, S. J. s. n. C. spicata. SOEPRATO, 39E; 23. C. ramosa var. ramo- 1 3102,1 3972,11 271. C. ramosa var RIBEIRO, B. G. S. 1127. C. ramosa var. sa. racemosa. ramosa. SOPHIEMBURG, s. n. C. ramosa var. race- WOODSON, R. E. 1460. C. spicata. ROBERSTON, K. R. et AUSTIN, D. F. 237. mosa. WULLSCHLAGEL, 740. C. spicata; 742. C C. ramosa var. racemosa. SPUTZBERGER, 965. C. spicata; 231. C. ramosa var. ramosa. ROBERSTON, K. R. et alii. 1 339. C. spica- ramosa var. ramosa. WUNDERLIN, R. et alii. 367. C. spicata. ta. SPRUCE, R.s. n. C. spicata; 952. C. ramosa ROJAS, C. E. B. 825. C. ramosa var. var. racemosa. racemosa. STANDLEY, P. C. 25903, 29169. C. spica- Bibliografia ROMBOUTS, H. E. 849. C. ramosa var. ta. ramosa; 449, 352. C. ramosa var. ra- STEYERMARK, J. A. 45144, 38398. C. AUBLET, J. B. C. 1 775. Coutoubea in Hist. cemosa. spicada; 59078, 75285. C. reflexa; Pl. Guiane. Text. 1:72-75, t. 28-29.

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Rod"guésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 39 L v.\

^ si v wTl /

Est. 2 Distribuição Geográfica de Coutoubea reflexa Benth. Est. 3 Coutoubea reflexa: Figura 1. Inflorescência, evidenciando os botões e as flores abertas — Figura 2. Cálice — Figura 3. Gineceu — Figura 4 Antera isolad3 — Figura 5. Flor isolada, mostrando os lobos reflexos da corola. — Figura 6. Corola aberta, evidenciando os filetes com alas membranáceas.

Plantas Medicinais. 409 pp. Medicina e Veterinária. S. Paulo: 154- PROGEL, A. 1865. Gentianaceae in Mar- 155. tius. Flora Brasiliensis. 6(1 97-248, ):1 STAFLEU, F. A. et alii. 1972. International A;*'>-%LT pl. 55-56. «45 3|/i>«£v Code of Botânica 1 Nomenclatura RIZZINI, C. T. 1960/61. Sistematização 426 pp. *T terminológica da folha. Rodriguesia. STEUDEL, 1843. -si v\yli 2«W In Flora XXVI; p. 765. Yy 23-24(35-36):1 93-208, pl. 1-3. SPRENGEL, C. 1827. Linnaei, Systema ROBLES, F. C. S. 1 944. Diccionário Mitoló- Vegetabilium. 4(3): Curae Posteriores. gico Universal. 911 pp. 41:338. TOKARNIA, C. H. et alii. 1979. Plantas ex- ROEMER, J. J. et J. A. SCHULTES. 1827. Systematis Vegetabilium Caroli a Lin- perimentalmente tóxicas em bovi- nos, né. Mantissa. 3:98-99. porém ainda faltando saber se sob condições naturais ocorrem casos SANDWITH, N. Y. 1939. II Contributions of de intoxicação causados pelas mes- the flora of tropical America: XXXIX. mas na amazonia — Coutoubea ramo- Results of A. Recent Collecting Expe- sa Aublet. Inst. Nac. Pesq. Amaz. 76- dition of British Guiana. Bul. Miscel- 78, fig. 59. laneous. Information 3-26. VAHL, M. (1794:17) Simbolae Botanicae SlLVA, F. M. 1 974. Intoxicação Experimen- sive plantarum. 3:1 7. tal de bovinos pela, Coutoubea spicata WAGENITZ, g. 1964. Gentianaceae in Aubl., no Estado de Pernambuco — Engler, A., Syllabus der Pflanzenf. 2: Est. 4 Coutoubea reflexa Benth. Annais XIV Congresso Brasileiro de 408 410, figs. 175-176.

40 Rodriguesia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1986 ?'"/ **

«o- a»'*:'''Iv-^'.~~"-:'*

¦ 5 Distribuição Geográfica de Coutoubea humilis Sandwith. Est. 7 Distribuição Geográfica de Coutoubea minor H.B.K.

5U !f r 9J

-6 Coutoubea humilis: Figura 1. Inflorescência — Figura 2. Botão floral jovem Est. 8 Coutoubea minor: Figura 1. Inflorescência — Figura 2. Botão floral jovem em ^ '9ura 3. Cálice — Figura 4. Flor completa — Figura 5. Gineceu. fase mais desenvolvida — Figura 3. Flor completa — Figura 4. Estame isolado — Figura 5. Corola isolada — Figura 6. Gineceu.

Rodr•9uésia, Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 41 i jhÁ\ A/A a Ml <* * \* lTS? IAM \7 Vfr \Ú & ^Aí^ vli/l/l H V /

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'¦—:^^t0^° —-<-- **"""¦ Est. 9 Coutoubea minor H.B.K. Est. 11 Coutoubea spicata: Figura 1. Cálice— Figura 2. Flor— Figura 3. Ginece11 — Figura 4. Corola isolada, evidenciando os estames e o estilete. ¦ST ^y"~~ \)7.f TI' Ns\ r7 ^Íd __í

\„. 1 ' Vi ,Zt ««y«w\. atf ' (_Z nur nVI «p'Ii Est. 10 Distribuição Geográfica de Coutoubea spicata Aublet.

42 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 21-45. jan./jun. 198$ •tiitttM t t fítttM -.,,.•¦ .. I i 71 • r-1 í-

1° II

Est. 14 Coutoubea ramosa var. ramosa: Figura 1. Cálice — Figura 2. Estame — isolado — Figura 3. Flor Figura 4. Corola aberta, evidenciando os filetes com as r alas membranáceas — Figura 5. Gineceu — Figura 6. Corola isolada. foflíl*V * <•&¦¦ {tt.¦*»'•' J it#~**»^fy'»- Es t li r ¦* coutoubea spicata Aublet. Jr \

st- 13Distribuição Geográfica de Coutoubea ramosa Aubl. var. ramosa. Est. 15 Coutoubea ramosa Aublet var. ramosa

Rod,lri9uésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 43 Est. 1 Distribuição 6 Geográfica de Coutoubea ramosa var racemosa\WiJi ^^V^^^^^±./

Sm1l;' I æ— v AEst. 18 Coutoubea ramosa Aublet var. racemosa (G. F. W. Meyer) Benth. 3 Utt-4 1 ,/ >/ 6j /* Est. 17 Coutoubea ramosa var racemosa: Figura 1. BotSo floral — Figura 2. Aspecto geral da flor, evidenciando o estilete muito longo — Figura 3. Cápsula desenvolvida, mostrando a corola marcescente — Figura 4. Cálice e cápsula — Figura 5. Detalhe da cápsula evidenciando as sementes — Figura 6. Gineceu.

44 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 21-45, jan./jun. 1986 Distribuição lo"S'folia Geoqráfica de Coutoubea ramosa Aubl, var Benth.

Est. 20 Coutoubea ramosa Aublet var. longifolia Benth.

Rodi"guésia. Rio de Janeiro, 37(62): 21-45, jan./jun. 1985 45 Contribuição ao estudo dos mixomicetos do Estado do Rio de Janeiro

* Katia Ferreira Rodrigues O autor relaciona os exemplares de mixomicetos existentes no Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, tendo-se adotado a norma de reclassificá-los. É apresentada uma breve descrição das espécies estudadas e suas sinonimias.

Bióloga do Convênio Fundação Nacional Introdução Foi empregado para classificação do próMemória/'Jardim Botânico do Rio de espécimens as chaves de identificaçã Janeiro e Bolsista do CNPq. Ultimamente um estudo mais profun- empregadas por Farr (1976) e Macbrid do dos mixomicetos se faz necessário, não (1922). somente a micologistas mas também a vários pesquisadores procedentes de ou- A relação das sinonimias está baseac tros ramos da Biologia, tal fato se explica em dados fornecidos por Farr (1976) devido a esses organismos constituírem Martin & Alexopoulos (1 969). um meio ideal para estudos experimen- Espécies tais. examinadas

0 presente trabalho pretende dar uma 1. Arcyria ferruginea Sauter, Flor pequena contribuição ao conhecimento de 24:316, 1841. algumas espécies que ocorrem no Estado Arcyria dictyonema Rostafinski, Mon do Rio de Janeiro, tendo como base para 279. 1875. este trabalho, a coleção de mixomicetos do Arcyria intrícata Rostafinski, Mon. App Herbário do Jardim Botânico do Rio de 37. 1876. Janeiro. Arcyria cinnamomea Hazslinsky Oesterr. Bot. Zeits. 27:84. 1877. Material e métodos Arcyria bonariensis Spegazzini, Anr Soe. Cient. Argent. 10:151. 1880. Todo o material estudado provêm de Arcyria macrospora Peck, Ann. Rep. N- resíduo orgânico em decomposição. Y. State Mus. 34:43. 1883. Arcyrella inermis Raciborski, Rozp As observações foram feitas inicial- Akad. Umiej. 12:82. 1884. mente em lupa estereoscópica, seguindo- Arcyrella decipiens Raciborski, Rozp- se a montagem em lâminas, utilizando-se o Akad. Umiej. 12:84. 1884. corante lactofenol de Amann, acrescido de Arcyrella aurantiaca Raunkiaer, Bot- Agradecimento azul de algodão, para a visualização de Tidssk. 17:61. 1888. Ao Professor Verlande Duarte da Silveira, Universida- suas estruturas microscópicas. A utilização Arcyria raciborskii Berlese in Saccardo. de Federal do Rio de Janeiro, pela orientação deste de lente de imersão nos observar Syll. Fung. 7:430. 1888. trabalho e ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvol- propiciou vimento Científico e Tecnológico), pela bolsa conce- com maior nitidez a reticulosidade ou não Heterotrichia gabríellae Massee, Mon- dida a autora. dos esporos. 140. 1892.

46 Rodriguesia, Rio de Janeiro, 37(62): 46-47, jan /jun. 1986 Arcyria clavata Celakovsky f., Arch. Nat. Brasil, Estado do Rio de Janeiro, Parque Stemonitis fasciculata Persoon ex J. F. Land. Bõhmen 7(5):29. 1893. Nacional de Itatiaia — 0. Fidalgo & M. Gmelin, Syst. Nat. 2:1468. 1791. Arcyria nodulosa Macbride, N. Am. E. K. Fidalgos/n, IX/1 955 (RB2251 55). Stemonitis máxima Schweinitz, Trans. Slime-Moulds ed. 2.252. 1922. Am. Phill Soe. II. 4:260. 1832. Arcyria ornata Widder, Verh. Zool. Bot. 3.Physarum auriscalpium Cooke, Ann. Stemonitis dictyospora Rostafinski, Ges. Wien 73:160. 1923. Lyc. New York 11:384. 1877. Mon. 195. 1874. Physarum chlorinum Cooke, Grevillea 5 Stemonitis castillensis Macbride, Buli. Esporângio de coloração castanho fer- 1877. Nat. Hist. Univ. Iowa 2:381. 1893. ru9Íneo, (35):101. pedicelado, com a parte infe- ri°r apresentando-se em forma de cá- Esporângio de coloração castanho es- Esporângio castanho fusco, cilíndrico. lce. Capilício em rede, ligeiramente curo, com pedicelo espesso e rugoso. Pedicelado. Capilício castanho escuro. elástico. Esporos medindo de 9-11 p. m Esporos de 9-1 0 p. m de diâmetro. Esporo reticulado, medindo 7-9fimde de diâmetro. diâmetro. Brasil, Estado do Rio de Janeiro, Muni- Brasil, Estado do Rio de Janeiro, RJ — cípio de Magé — C. M. Pape 279, Brasil, Estado do Rio de Janeiro, Muni- c- M. Pape 177, IV/1 979 (RB2251 54). V/1979 (RB 191267). cípio de Duas Barras — M. C. V. Ban- deira s/n, M/1926 2Hemitrichia (RB 41026). calyculata (Spegazzini) 4.Stemonitis axifera (Bulliard) Mac- Farr, Mycologia 66:887. 1974. bride, N. Am. Slime-Moulds 120. Arcyria decipiens Berkeley, Ann. Mag. 1 889 var. axifera. Nat. Hist. I. 9:447. 1842. Trichia axifera Bulliard, Hist. Champ. Fr. Referências Bibliográficas Hemiarcyria calyculata Spegazzini, 118. 1791. Ann. Soe. Cient. Argent. 10 (3):152. Stemonitis fasciculata Schumacher, 1.AINSWORTH&BISBYS 1983 — Die- 1880. Enum. PI. Saell. 2:216. 1803. tionary of the fungi. Commonwealth Cornuvia leocarpoides Spegazzini, Stemonitis ferrugínea Ehrenberg, Syl- Mycological Institute, Kew, Surrey, Ann. Soe. Cient. Argent. 12 (3/6): vae Myc. Berol. 25. 1818. 7th. ed. 256. 1881. Stemonitis mie ros porá A. Lister ex 2.FARR, M. L 1 968 — An illustrated key to Hemiarcyria stipitata Massee, Jour. R. Morgan, Jour. Cincinnati Soe. Nat. the Myxomycetes of South America, Microsc. Soe. 1889:354. 1889. Hist. 16:138. 1894. with special reference to Brazil. Rickia Arcyria calyculata (Spegazzini) 3:45-88, fl. 1-35. Massee, Mon. 162. 1892. Esporângio marrom ferruginoso, cilín- 3.FARR, M. L 1976 — Myxomycetes. Arcyria stipitata (Massee) Massee, drico. Pedicelado. Capilício esponta- Flora Neotropica, 1 6. The New York Mon. 163. 1892. neamente ramificando e formando Botanical Garden, Bronx, N. York. Arcyria leocarpoides (Spegazzini) anastomose. Esporo liso, de 5-7 u. m de 4.HERTEL, R. J. G. 1954a — Myxomyce- Massee, Mon. 167-168. 1892. diâmetro. tes do Brasil I. Lista dos Myxomycetes Hemiarcyha plumosa Morgan, Jour. assinalados para o Brasil e descrição Cincinnati Soe. Nat. Hist. 16:23. Brasil, Estado do Rio de Janeiro, Parque de novas espécies do gênero Arcyria 1893. — Nacional da Tijuca C. M. Pape 202, Wiggers. Dusenia 5 (2):177-124. Hemitrichia stipitata (Massee) Macbri- IV/1 979 (RB 2251 53). 5.MACBRIDE, T. H. 1922 — 777e North de. N. Am. Slime-Moulds 207. 1 899. American Slime moulds. 1-299 The 5.Stemonitis fusca Roth, Mag. Bot. Macmillan Co., New York. Esporângio de cor amarela, pedicelado. Rõmer & Usteri 1 (2):26. 1 787. 6.MARTIN, G. W. Et ALEX0P0UL0S, C. J. apilicio denso e elástico. Esporos me- Trichia nuda Withering, Brit. PI. ed. 2. 1969 — The Myxomycetes. 1-560. dindo 7-8 p. m de diâmetro. 3:477. 1792. Univ. Iowa Press., Iowa City.

Rotjn9uésia. Rio de Janeiro. 37(62): 46-47, jan./jun. 1985 47 O gênero Lentinus Fr. (Tricholomata- ceae) no Estado do Rio de Janeiro.

Fátima Maria Amaral Barbosa ' Lentinus crínitus (L. ex Fr.) Fr., Lentinus velutinus Fr., Lentinus velutinus v3l Leprieurii (Mont.) Dennis e Lentinus nigro-osseus Pilát são relatados para o Estatí do Rio de Janeiro, Brasil.

1 Bióloga, estagiária do Jardim Botânico Introdução Material e métodos do Rio de Janeiro e bolsista do CNPq/ FINEP. Este trabalho tem como objetivo con- As espécies estudadas neste trabalh' tribuir para a Taxonomia de Fungos do foram coletadas em diversas regiões & Estado do Rio de Janeiro. Inicialmente são Estado do Rio de Janeiro, incluindo-se descritas quatro espécies do gênero Len- também, neste estudo, os exemplares ex'5' tinus Fr. que de acordo com a nova siste- tentes na Micoteca do Jardim Botânico <*. mática proposta por Ainsworth, SparrowEf Rio de Janeiro. Sussman (1 973) pertence à família Tricho- lomataceae. Entretanto, vários autores Nos estudos microscópicos foi neces (Clements & Shear, 1931; Teixeira, 1 946; sário que as espécies examinadas sofre* Silveira, 1981) consideram este gênero sem cortes longitudinais e transversais, à família Agaricaceae. permitindo, com isto, observações morfff pertencente * lógicas e anatômicas com o auxílio Sua importância, no contexto econô- microscópio estereoscópico Zeiss. mico, deve-se ao fato de sendo destruído- res de madeira, acarretam prejuízos co- Os desenhos das estruturas macro* merciais em conseqüência da comprovada cópicas foram elaborados utilizando-se' utilização em grande escala das madeiras câmara clara Wild e as microscópicas' em diversos setores. câmara clara Zeiss aplicadas ao microsC pio Zeiss. Estes macromicetos destroem a ma- deira através do micélio que cresce em seu Descrição do gênero interior e, por intermédio da ação de enzi- mas, transformam-nas em alimentos cau- sando, conseqüentemente, lesões que le- Lentinus Fr. Syst. Orb. Veg. 77.1825 vam a madeira ao estado de decomposição Basiônimo:/4<7ar-/ct/s crínitus L, Sp. PI. e. (Cavalcanti, 1975). 2." p. 1644. 1 763 Destaca-se o emprego das espécies Tipo: Agarícus crínitus L ex Fr., Sy5] Agradecimentos de Lentinus crínitus (L ex. Fr.) Fr. e Lenti- Mycol. 1, 175. 1821 A autora agradece ao CNPq/FINEP, pela bolsa concedi- nus velutinus Fr., na alimentação pela fa- da e aos pesquisadores Elsie F. Guimarães, Abigail F. R. de Souza, Honório da Costa M. Neto e Verlande D. mília de índios Sanamás da tribo Yanoma- Píleo geralmente infundibuliform8 Silveira. mus, segundo Fidalgo Et Prance (1976). coriáceo; superfície dorsal com pilosid3

48 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 48-52. jan./jun. 19*' des de coloração castanho-claro a casta- de maioria sobre troncos em decomposi- hidratado e coriáceo quando seco; circular, °"escuro; superfície ventral com lamelas ção; sobre tronco de Lecythidaceae em infundibuliforme, 1,5 a 9,0 cm diâm.; su- decurrentes de bordos serrilhados ou lisos; decomposição. perfície dorsal com coloração amarelada a naste central; contexto creme claro a escu- castanho-escuro (cor de couro quando tra- r0, formado de hifas hialinas e septadas; Material examinado — Parque Nacio- tado), ligeiramente velutina, tornando-se c|stidios — hialinos, clavados, com paredes nal de Itatiaia leg. 0. Fidalgo & K. estriada nos bordos à medida que ocorre espessas; basídios hialinos, clavados; ba- Fidalgo 275,1 3/09/55, det. 0. Fidalgo & K. queda dos pêlos; margens com densos S|oiosporos elipsóides a cilíndricos, com Fidalgo, RB 217089; Parque Nacional de pêlos que alcançam até 1 mm compr. e — Parede lisa, hialina e fina. Itatiaia, Picada Massart, Maromba leg. apresentando-se em feixes, involuta, de 0. Fidalgo & K. Fidalgo s/n.°, 17/09/55, bordos sinuosos quando seco e planos Quando ventral hidratado, possui a proprieda- det. O. Fidalgo Et K. Fidalgo, RB 217095; quando frescos; superfície glabra e de retornar ao estado natural. Freqüen- Jardim Botânico do Rio de Janeiro — leg. com lamelas decurrentes, não anastomo- ernente são encontrados sobre madeira 0. Fidalgo & K. Fidalgo s/n.°, 13/10/55, sadas na base e desaparecendo gradual- em decomposição. det. 0. Fidalgo, RB21 7087; Itaboraí— leg. mente ao longo da haste, de bordos lisos e A. F. R. de Souza s/n.°, 1 6/08/75, det. A. F. uniformemente inteiros, haste central, ci- Des — crição das espécies R. de Souza, RB 210437; São Gonçalo líndrica, rígida, marrom clara, reta ou si- leg. A. F. R. de Souza 7, 06/03/77, RB nuosa, bastante velutina com pêlos casta- Lentinus nhos-escuros, os atingir 1 mm crinitus (L ex Fr.) Fr. 178104; Jardim Botânico do Rio de Ja- quais podem Syst. Orb. Veg. 77. 1 825 nejro _ |eg. A. Delgado s/n.°, 10/11/77, compr., possuindo de 0,2 a 0,7 cm diâm. e (Fig. 1 - Fot. 1 e2) RB 185122; Casemiro de Abreu, Vale do 1,0 a 5,5 cm alt.; contexto branco a creme, Basiônimo: Agaricus crinitus L, Sp. Pl. ed. Córrego da Luz — leg. C. M. Pape 56, medindo aproximadamente 0,5 cm esp. 2a p. 1644. 1763. 03/11/78, RB 188890; Mangue da Coroa A9aricus — crinitus L ex Fr., Syst. Mycol. 1. Grande — leg. L. Mendonça s/n.°, Habitat Espécie disseminada em '75. 1821. 03/10/78, RB 188897; Barra de São João sua totalidade sobre troncos secos ou em Tipo leg. D. Rolander, América Meridional. — leg. C. M. Pape 117, 19/02/79, RB estado de decomposição; sobre tronco de * — Lentinus villosus Kl., Linn. 8:479. 1 833. 1 8911 3; Restinga do Grumari leg. M. R. Lecythidaceae em decomposição. 0. Figueiredo et ai 7, 13/07/79, RB Pileo — leg. C. M. Material examinado — Nova Iguaçu isolado ou em grupo, coriáceo- 1 90751; Magé, Santo Aleixo '9'do, — resistente e com aspecto infundibu- Pape 285, 20/05/79, RB 1 91 301; Pedra de leg. N. M. F. da Silva s/n.°, 20/11 /75, RB lforme — 11/08/81, 217104; Casemiro de Abreu, Córrego da quando seco (Foto 1 e 2), quando Itaúna leg. H. Berandi s/n.°, resco do Rio de Luz — leg. C. M. Pape 58, 03/11 det. apresenta-se flexível, com pequena RB 210438; Jardim Botânico /78, central arredondada, 1,3 a Janeiro — leg. A. F. R. de Souza s/n.°, A. F. R. de Souza, RB 189106; Conceição Repressão ,5 cm R. de Souza, RB de Macabu — leg. C. M. Pape 75, diâm.; superfície dorsal (Foto 1) 08/10/82, det. A. F. coberta F. M.A. Barbosa 12, 09/1 2/78 RB 1 88907; Restinga do Gruma- por espessa pilosidade que ge- 210446; Magé—leg. d — mente dispõe-se em feixes aglomera- 07/11/82, RB 210449; Jardim Botânico ri leg. N. M. F. da Silva 691, s/data, RB — — S' tomando aspecto escamoso, de colo- do Rio de Janeiro leg. F. M. A. Barbosa 1 74309; Magé leg. F. M. A. Barbosa 1 3, — Çao castanho-claro a castanho-escuro e, 23 et ai, 18/11/82, RB 210642; Magé 07/11/82, RB 210478; Jardim Botânico envelhecer, 20/11/82, RB do Rio de Janeiro — leg. F. M. A. Barbosa os pêlos tornam-se mais leg. F. M. A. Barbosa 28, egrecidos, tendendo a superfície ficar 210801; Jardim Botânico do Rio de Janei- 40 et ai, 14/12/82, RB 210901. abra; 9 margens com tomento mais denso ro _ |eg. F. M. A. Barbosa 33, 02/12/82, que a região Lentinus velutinus var. lepríeurii central, quase totalmente in- RB 21 0839. uta Dennis (Foto 2) quando seco, sendo que, (Mont.) fresco, é horizontalmente expan- Discussão — Pilát (1936), considera Kew Buli. 5:326. 1950 guando'«a, de bordos ligeiramente divididos em Lentinus crinitus e Lentinus villosus espé- (Fig. 3- Fot. 4) Pequenos lóbulos lisos; superfície ventral cies diferentes; Dennis(1 950), menciona a Basiônimo: Lentinus leprieurii Mont., Ann. °to 2) glabra, com lamelas decurrentes, grande variação do número e densidade de Sei. Nat. Ser. 4.1. 119. 1854. 'erconectadas na base formando uma pêlos em Lentinus crinitus, considerando- Tipo: leg. Dennis 1 82. 1 6/1 0/1 949, Trini- ae. apesar de haver apresentando pequenas glândulas os da mesma espécie dad. 01 toda sua extensão, castanho-claro a evidências em chamar a forma lisa de Len- astanho-escuro, margens finamente ser- tinus crinitus e a com pêlos de Lentinus Píleo isolado (Foto 4), coriáceo-rígido nadas; haste de mesma coloração do villosus. Fidalgo (1 968) cita Lentinus crini- quando seco e membranoso quando hidra- Píleo central-cilíndrico, levemente sinuo- tus como espécie polimorfa. tado, circular, profundamente infundibuli- • dorsal Possuindo pêlos delgados e escamo- forme, 1,2 a 1,7 cm diâm.; superfície S| recobrindo nhos-escuros; , sua superfície, sendo que Lentinus velutinus Fr. recorberta por pêlos ca sta Vezes fortemente tais pêlos são quase inexistentes, Linn. 5:510. 1830 margens com densos pêlos, - a|mensões da haste variam de acordo (Fig. 2 Fot. 3) involuta; superfície ventral glabra com la- 0rn si- o tamanho do píleo, medindo 1,0 a Tipo: leg. Beyrich, Brasil. meias decurrentes, pequenas, pouco '° cm alt. e 0,2 a 0,6 cm diâm.; contexto nuosas, rígidas, variando entre o castanho- Creme, medindo 0,1 cm esp. Píleo anual (Foto 3), solitário ou em claro e o castanho-escuro; haste central, e flexível após pequenos grupos unidos pelas bases dos cilíndrica, rija quando seca Habitat— a castanho-es- Foi encontrada em sua gran- estipes; membranoso quando fresco ou hidratacão, castanho-clara

Rodin9uésia. 49 Rio de Janeiro, 37(62): 48-52, jan./jun. 1985 curo, reta ou sinuosa, com pêlos curtos (Foto 5) lisa, creme, com estrias castanho- treatise. A taxonomicreviewwithkefi dispostos em feixes e apresentando aspecto escuro nas proximidades do centro; mar- Vol. IV B. Academic Press N. York. 50* escamoso, 1,5 a 3,0 cm diâm. e 2,3 a gens onduladas, estriadas, com pêlos cur- págs. 1973. 3,1 cm alt.; contexto castanho-escuro, tos castanho-claros, superfície ventral CAVALCANTI, M. A. Estudo da Família P

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Figura 1 Lentinus crinitus (\.. ex Fr.) Fr. A — Corte transversal do píleo. Extremidade da lamela mostrando as hifas no contexto e a disposição dos basídios. — B Corte transversal do píleo apresentando as lamelas com glândulas.

50 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 48-52, jan./jun. 198* Figura 2 Lentinus velutinus Fr: A — Corte transversal do píleo com as lamelas evidenciadas. B — Corte transversal do píleo. Extremidade da lamela mostrando as hifas no contexto e a disposição dos basídios. C — Cistídios.

Figura 3 Lentinus velutinus var. leprieurii (Mont.) Dennis A — Corte transversal do píleo. Extremidade da lamela mostrando as hifas no contexto e a disposição dos basídios. B — Corte transversal do píleo apresentando as lamelas.

Hodri9uésia. Rio de Janeiro. 37(62): 48-52. jan./jun. 1985 51 ¦ 2 cm 1 T% já O ^Lmmmm'^•é^ÉJmmm\

2

2cm 1 O 3

2 cm + 1 O á^^km\\\\\\\\\ mT

5 — — — — 1.2 — Lentinus crínitus (L ex Fr.) Fr. 1 Parte dorsal; 2 Parte ventral; 3 Lentinus velutinus Fr.; 4 Lentinus velutinus var. leprieuhi — — ventral. (Mont.) Dennis; 5-6 — Lentinus nigro-osseus Pilát; 5 Parte dorsal; 6 Parte

52 Rodriguesia. Rio de Janeiro. 37(62): 48-52. jan./jun. 198$ Morfologia dos frutos e sementes dos gêneros da tribo Mimoseae (Leguminosae-Mimosoideae) aplicada a sistemática

Marli Pires Morim de Lima O presente trabalho consiste no estudo morfológico dos frutos, sementes e embriões de no quinze gêneros da tribo Mimoseae Bronn (Leguminosae-Mimosoideae) ocorrentes Brasil. Os taxons em relação a tais estruturas, são descritos através de diagnoses e identificados por uma chave dicotômica. Os frutos são classificados em oito tipos considerando-se, principalmente, as formas deiscentes ou indeiscentes, a morfologia do pericarpo e a presença ou não de replum. Em relação às sementes distinguem-se dois grupos: sementes aladas e não aladas. Quanto ao embrião destaca-se a plúmula que, quando diferenciada em pinas, constitui um bom caráter taxonômico utilizado no reconhecimento de alguns gêneros.

undação Instituto Brasileiro de Geografia Introdução mente a morfologia do fruto e da semente 6 estatística de diversas famílias, inclusive Legumino- (IBGE)/Jardim Botânico do Ri° sae, foi, Gaertner de Janeiro Na família Leguminosae subfamília Mi- provavelmente, (1 791). Para os vários gêneros estudados, mosoideae os caracteres vegetativos e fio- "legume" descreve o e as estruturas exter- rais, nos quais o estudo sistemático de nas e internas da semente. Angiospermae é fundamentalmente ba- As características do embrião, mais seado, nem sempre são suficientes para a a do eixo hipocótilo- caracterização de alguns taxa. Por este precisamente posição radícula, foram utilizadas De Candol- motivo os frutos e sementes vêm sendo por le (1825) para dividir a família Legumino- utilizados como caracteres decisivos, sem "Curvem- lssertação sae em dois grandes grupos: de Mestrado apresentada à os quais, muitas vezes, torna-se difícil o °°rdenação briae",caracterizando-se pelo eixo hipocó- do Curso da Pós-Graduação reconhecimento de determinados gene- "Retembriae", em Botânica tilo-radícula inflexo, e da UFRJ. ros. Por outro lado, observa-se que, geral- pelo eixo hipocótilo-radícula reto. Ao mente, as descrições morfológicas de tais primeiro os de Papilio- estruturas, ou são muito amplas a nível de grupo subordinou gêneros naceae e ao segundo os de subfamília, ou são encontradas de formas e Swartzieae, Mimoseae Em sua diagno- dispersas em breves diagnoses genéricas. e Caesalpineae. Com o objetivo de auxiliar na sistemáti- se para a família, inclui descrições sobre os como frutos, as sementes e os embriões. A9radecimentos ca de grupos afins escolheu-se pri- Baseando-se, entre outros caracteres, meiro passo, o estudo morfológico dos sementes e dos embriões dos na presença ou ausência de endosperma, A Dra. Graziela do Jar- frutos, das M. Barroso, pesquisadora Bentham cria a tribo Piptade- Botânico e da tribo Mimoseae Bronn ocor- (1875), ln<:emivo. do Rio de Janeiro, por sua orientação gêneros rentes no Brasil. Esta tribo, entre as outras nieae. Considera como caráter importante Aos botânicos Abigail F. Ribeiro de Souza, André e constante na separação de grupos relati- ^aurfci, quatro da subfamília Mimosoideae, é a que ;|o de Carvalho, Ana Maria G. de Carvalho, vãmente naturais, a morfologia do fruto, Am'9«la apresenta uma variação maior de padrões Maria S. da Fonseca Vaz, Ariane L Peixoto, *ilym a mais representativa destando entre outros caracteres carpoló- p. Lewis, Haroldo C. de Lima, Jorge P.P. de frutos, além de ser Ca,raiJta, as formações de replum e artículos. Maria da Conceição Valente, Mitzi Brandão na flora brasileira. 0 conceito de tribo foi gicos, herre lra, Sua obra, além do estudo taxonômico, Nilda Marquete F. da Silva, Regina Helena P. adotado segundo Lewis e Elias And,reata, (1981). "le- por sugestões, críticas e apoio durante a contém ilustrações de alguns tipos de lab°tação do trabalho. gumes" da referida subordem. Posterior- Aos Curadores e Responsáveis das Instituições e r°arios Revisão Bibliográfica mente (1876), ao tratar da subfamília Mi- citados, pelo empréstimo do material bota- °. na Flora Brasiliensis, inclui, em Ao CNPq bolsa concedida durante o curso mosoideae de pela Mestrado 0 primeiro a estudar mais detalhada- suas diagnoses genéricas, descrições mi-

Rodir'9uésia, Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 53 "legumes" nuciosas sobre os dos gêneros estudos, Isely (1955b), após descrever a ginaram-se das Caesalpinoideae, afastan- da tribo Mimoseae, eram subordina- morfologia que externa e interna das sementes do qualquer relacionamento da primeira dos, naquela época, às tribos Adenanthe- de Mimosoideae e Caesalpinoideae, con- subfamília com as Mimosoideae. reae e Eumimoseae. Em relação às sêmen- clui que, para ambas as subfamílias, a es- As sementes e os embriões de dezoito tes, refere-se, geralmente, a sua forma, trutura da semente é basicamente a mesma. gêneros de Mimosoideae, ocorrentes na no fruto e à ou não de A composição posição presença anatômica das sêmen- Venezuela, são descritos por Bravato de Leguminosae tecidos de reserva. tes é analisada por Cor- (1974) que relaciona, ainda, as diferenças Ao estudar a sistemática das Legumi- ner (1951) que destaca como principais entre as sementes das três subfamílias de nosas da Argentina, Burkart (1943) características a presença de células pali- Leguminosae. Os taxons estudados são aborda, entre outros aspectos, a morfolo- e as çádicas células em forma de ampulhe- diferenciados por uma chave baseada, fun- gia do fruto e da semente. Em relação ao ta. Reconhece, além das três subfamílias damentalmente, nos aspectos morfológi- fruto, caracteriza o legume e define outros tradicionalmente conhecidas, a Swartizoi- cos das sementes e dos embriões. Em nove tipos ocorrentes na família, utilizando deae, na qual, segundo o autor, a estrutura relação ao fruto, limita-se a definir os dife- em sua classificação uma terminologia es- da semente é intermediária entre as Papi- rentes tipos, segundo a classificação de Quanto à lionoideae pecífica. semente, descreve as e as Mimosoideae-Caesalpinoi- Burkart (1943). estruturas externas e internas, relacionan- deae. Ao descrever as sementes de cada As estruturas morfológicas externas e do as primeiras com as respectivas origens uma das respectivas subfamílias, denomi- internas das sementes de diversas famílias no óvulo. Baseando-se nas características na pleurograma à marca existente na testa de Dicotiledoneae e Monocotiledoneae, dos frutos e das sementes, apresenta uma da maioria das sementes de Mimosoideae. foram analisadas e descritas por Barroso chave para a identificação de espécies de Apresenta, ainda, um estudo das sementes Em trabalho "overgrown (1976). posterior, (1978), dan- Papilionoideae. excessivamente grandes, do continuidade ao estudo de identificação 0 estudo de sementes de Leguminosae seeds", as quais são caracterizadas pela de sementes, define os diferentes tipos de da Argentina prossegue com Boelcke testa não diferenciada. Em trabalho mais reservas do endosperma e classifica os (1946), que analisa, detalhadamente, as recente (1976), seus estudos são amplia- embriões de acordo com suas respectivas internas das sêmen- dos a diversas famílias estruturas externas e de Dicotiledoneae, formas e posições que ocupam no interior tes de oitenta e cinco espécies de Mimo- e a estrutura das sementes de Legumino- da semente. Seguindo a classificação de soideae e Caesalpinoideae. Elabora, ainda, sae é novamente abordada. Martin (1964) considera o embrião de a identificação dos respec- Ao tratar da sistemática uma chave para de alguns gê- Mimosoideae como pertencente ao tipo tivos taxa. neros de Mimosoideae, Brenan (1955) invaginado. observa A morfologia interna das sementes de que entre as espécies de Piptade- Barroso e Col. (1 984) definem onze Angiospermae e Gimnospermae foi tratada nia há uma grande variação nas formas de tipos de frutos ocorrentes "vagem" na família Legu- por Martin (1946) que classificou para as deiscência da e, também, na mor- minosae. Aceitam a terminologia de Bur- famílias destes dois grandes grupos do fologia da semente. Baseando-se, princi- kart (1943) e relacionam todos os tipos reino vegetal, doze tipos de embriões, con- palmente, nos diferentes aspectos morfo- de frutos dos gêneros de Mimosoideae, siderando a forma, o tamanho e a posição. lógicos dos frutos e sementes, propõe a definindo-os em relação a forma de deis- Estudou nove gêneros de Mimosoideae e divisão de Piptadenia s.l. em oito gêneros, cência, consistência e diferenciação do determinou o embrião como pertencente entre os quaisAnadenanthera, Go/dmania, endocarpo. Além da morfologia do fruto, ao tipo invaginado. Pseudopiptadenia (como Monoschisma) baseando-se no trabalho de Corner A importância do estudo morfológico Newtonia, Piptadenia e Pityrocarpa, que (1951), descrevem a estrutura anatômica da semente na taxonomia dos Angiosper- possuem espécies ocorrentes no Brasil. da testa e os aspectos externos e internos Isely Em trabalho devido a da mae é ressaltada por (1947) que posterior (1963), semente. Ressaltam, ainda, que entre os e inter- de tipificação, o autor realiza as caracteres embrionários, analisa os componentes externos problemas a plúmula pode famílias de seguintes alterações nomenclaturiais: Py- ser utilizada nos das sementes de diversas na identificação de gêneros. Dicotiledoneae e Monocotiledoneae dos tyrocarpa passa a Piptadenia e duas das Aampliação da definição do termo legu- espécies de Piptadenia, P. e me Estados Unidos. Em sua chave analítica, pterosperma é proposta por Dudik (1981), com o descreve os caracteres das famílias estu- P. rigida, passam a Parapiptadenia. intuito de que todos os tipos de frutos Os frutos dos Angiospermae são classi- dadas. Em sua descrição para as subfamí- encontrados em Leguminales, principal- "multilegumem", lias Mimosoideae e Caesalpinoideae, for- ficados por Hertel (1959) em cinco uni- mente os raroscasos de nece dados gerais sobre as diversas formas dades, que seguem uma seqüência hierár- sejam enquadrados em uma classificação a utilizada na sistemáti- carpológica de sementes, superfície da testa, posição quica semelhante sob a denominação genérica do hilo e estruturas embrionárias. Poste- ca, as quais recebem desinências específi- de legume. Classifica os diferentes tipos de riormente (1 955a), elabora uma chave para cas. Assim, o fruto de Leguminosae, junta- legume e estabelece para os frutos e se- outras famílias, é considerado a identificação das sementes de algumas mente com mentes dezesseis critérios de primitivida- espécies das subfamílias acima citadas. como pertencente a classe dos Eucarpos. de e especialização. Representa, ainda, Um dos caracteres principais utilizados Através de sua chave para a classificação através de um diagrama, as tendências para separá-las é a presença ou ausência tipológica, caracteriza o legume e os frutos evolucionárias das vagens de Legumina- "face "face da line" e a forma da área", que de Mimosa e Schrankia. les. são denominações atribuídas pelo autor à Com o estudo da morfologia das se- As sementes de Leguminosae foram de Legumino- linha em forma de ferradura existente em mentes das três subfamílias estudadas mais recentemente por Gunn cada face da semente e à respectiva área sae, Kopooshian e Isely (1966) fortale- (1981), que considera a composição ana- que ocupa. Dando continuidade aos seus cem a hipótese que as Papilionoideae ori- tômica da testa, uma característica mar-

54 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 cante entre os diferentes taxa desta família. placas de Petri previamente forradas com um ovário monocarpelar, supero, unilocu- Analisa a morfologia e a anatomia das algodão e papel de filtro, expostas àtempe- lar e com muitos ou poucos óvulos inseri- estruturas das sementes nas três subfamí- ra ambiental e umedecidas com água potá- dos em placenta marginal. Quando madu- lias, estabelecendo as respectivas diferen- vel. ros, tendem geralmente às formas lineares, Ças entre Mimosoideae-Caesalpinoideae e Para o estudo das características mor- oblongas ou cilíndricas, com faces planas Papilionoideae. Entre outros componen- fológicas dos frutos, sementes e embriões, ou convexas, de consistência cartácea ou, tes, aborda o pleurograma em relação a sua foram analisados os seguintes caracteres: mais raramente, sublenhosa em espécies ocorrência, ontogenia e provável função, Fruto: deiscente ou indeiscente, mor- de Newtonia e Mimosa. Geralmente, exce- definindo os cinco tipos encontrados em fologia do pericarpo (seco ou carnoso, seg- to o estilete e em algumas espécies o Mimosoideae e Caesalpinoideae. Quanto à mentado ou não), forma, tamanho, consis- cálice, as demais estruturas florais não presença de sementes aladas, considera- tência, quantidade de sementes, superfície persistem no fruto. as raras na família. (coloração, polimento, configuração e in- tamanho varia de 1 a 39cm de com- Além das referências acima mencio- dumento), base, ápice e margens. primento, sendo que dimensões inferiores nadas, os frutos dos gêneros de Mimoseae Semente: tamanho, forma, presença a 5cm foram encontradas com maior fre- são descritos sob as denominações gerais ou não de ala, posição no fruto, presença qüência apenas em espécies de Desman- "fruto" "legume" de ou nos trabalhos de ou não de endosperma, superfície da testa thus. Mimosa e Neptunia, enquanto que em Hutchinson (1967), Elias (1974) e (consistência, coloração e polimento), for- espécies de Anadenanthera, Dinizia, Enta- Lewis e Elias (1981), que tratam da sis- ma do pleurograma, funículo, hilo e micro- da. Pseudopiptadenia, Newtonia, Plathy- temática do grupo. Quanto às sementes, pila. menia e Prosopis os frutos podem alcançar suas citações são muito breves. De acordo com a definição de Murley mais de 25cm de comprimento. "base As demais obras, puramente sistema- (1951), é o extremo de qualquer Quanto ao número de sementes, os ticas, serão abordadas oportunamente no órgão pelo qual ele está unido a seu supor- frutos são tipicamente polispérmicos, sen- decorrer deste trabalho. te e por onde se dá a nutrição", foi conside- do que apenas em algumas espécies de rada a base da semente o local onde se Mimosa foram observados alguns monos- Materiais e Métodos situa o hilo. pérmicos ou com número de sementes Embrião: tamanho, forma, consistên- inferior a cinco. Os exemplares frutíferos, que serviram cia e grau de diferenciação da plúmula. A superfície é lisa, venosa, verrucosa ou de base para este estudo, pertencem, em Todos os caracteres morfológicos da glandulosa, glabra ou revestida por tipos de sua grande maioria, às coleções deposita- semente e do embrião foram analisados indumento, que, principalmente, em certas das nos herbários do Jardim Botânico do após a reidratação por fervura em água. espécies de Mimosa, são característicos e Rio de Janeiro (RB)e às do Museu Nacional Realizaram-se secções transversais com peculiares. Em relação ainda a este gênero da Universidade Federal do Rio de Janeiro lâmina de aço, principalmente para obser- a coloração dos frutos secos que nos de- (R). Quando estas coleções não continham var-se a consistência e quantidade de en- mais taxa varia de pardacenta a nigrescen- exemplares frutíferos ou estes eram escas- dosperma em relação ao tamanho do em- te, pode apresentar-se de um intenso ama- sos, recorreu-se aos herbários da Universi- brião e à posição deste no interior da relo ouro. dade Estadual de Campinas (UEC), Centro semente. A base pode ser séssil ou estipitada e o de Pesquisa Agropecuária do Trópico Umi- A terminologia utilizada para as dife- ápice, geralmente marcado pela presença do-EMBRAPA (IAN), Museu Emílio Goeldi rentes estruturas morfológicas está basea- do estilete, varia de obtuso a curto ou (MG) e Herbário Bradeanum (HB). da nos seguintes trabalhos: Rizzini (1 977), longamente acuminado. A formação mar- Para a citação do material, foram sele- adaptados às formas dos frutos, Murley cante de um rostro é característica no fruto cionados os exemplares nos quais frutos e (1951) e Stearn (1966), formas das sêmen- de Schrankia leptocarpa (foto 20). sementes se encontravam em boas condi- tes e embriões, Burkart (1943), Font Quer As margens, as quais variam de retas a Ções de conservação e desenvolvimento. (1975) e Barroso (1984), classificação e constrictas, diferenciam-se ou não em re- Em algumas espécies, apenas o fruto foi terminologia dos frutos, Lawrence(1951) e plum. examinado devido a ausência ou más con- Rizzini (1977), tipos de indumento. Entre todos os caracteres morfológicos dições das sementes, usando-se, nestes Os significados das abreviaturas utili- analisados, as variações nas formas de casos, após a citação do material consulta- zadas, são relacionados abaixo: deiscência e na morfologia das camadas = do, a sigla S/S. Em relação ao gênero s.l. sem localidade. que compõem o pericarpo, são fundamen- = monotípico Dinizia Ducke, por falta de s.n. sem número. tais para o reconhecimento dos oito tipos material, a descrição da semente está ba- s.d. = sem data. de frutos encontrados nesta tribo. As defi- seada apenas na diagnose do autor. S/S = sem semente. nições de cada um dos tipos e respectivas A germinação das sementes das espé- ocorrências estão relacionadas abaixo: cies dos gêneros Anadenanthera, Des- Resultados — Folículo: Fruto seco deiscente manthus, Pseudopiptadenia, Newtonia, apenas na sutura do carpelo, per- Parapiptadenia e Stryphnodendron, foi ob- Considerações Gerais sobre a manecendo as valvas unidas na tida com sementes coletadas no Parque do Morfologia dos Frutos, Sementes e região dorsal. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, nas Embriões da Tribo Mimoseae. Ocorre em Anadenathera (fotos matas da Vista Chinesa ou provenientes da 28, 29), Go/dmania paraguensis Empresa de Pesquisa Agropecuária de Mi- Fruto (foto 25), Pseudopiptadenia (foto nas Gerais (EPAMIG). As sementes foram 26), Newtonia (foto 27), e Stryph- colocadas em lotes, de 5 e 10 unidades, em Os frutos em Mimoseae originam-se de nodendron gracile (foto 24).

Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 55 — Legume: Fruto seco, deiscente Ocorre em: Schrankia leptocar- Além do pleurograma, nas sementes de dorsiventralmente, com a forma- pa (foto 20). Entada (fig. 4a) ePlathymenia (fig. 8b e 8e), cão de duas valvas. — Lomento drupáceo: Fruto carno- são observadas linhas curvas, contínuas ou Ocorre em: Desmanthus (foto so, indeiscente, com mesocarpo não, geralmente mais numerosas no inte- 35), Neptunia (foto 36), Parapip- pulposo e o endocarpo coriáceo rior da região pleurogramática. Isely tadenia (fotos 33, 34) e Piptade- segmentado em artículos monos- (1955b) e Gunn (1981) denominaram-nas nia (foto 31, 32). pérmicos. linhas de fraturas e, segundo Isely (l.c), — Sacelo: Fruto seco com deiscên- Ocorre em: Prosopis (foto 37). tais formações mais freqüentes em sêmen- cia transversoapical, com pseu- — Samaróide: Fruto seco, indeis- tes velhas, resultam de rachaduras da testa. doreplum unilateral, caduco, per- cente, com uma das margens le- Para Gunn (l.c), as linhas de fraturas são manecendo as valvas unidas en- vemente expandida, assemelhan- conseqüência de um processo de disseca- tre si. O nome foi proposto por do-se a uma ala unilateral. mento interno. Ocorre Mannagetta (1913). em: Dinizia (foto 38). O funículo é geralmente longo, filifor- Ocorre em: Mimosa acerba (foto Nos frutos de Entada, Plathymenia e me e espiralado na região hilar. Em espé- 7) e Mimosa meticulosa. Prosopis, o epicarpo e o endocarpo apre- cies de Piptadenia (figs. 9d e 9g) apresen- — Legume carnoso: Fruto carnoso sentam consistências diferentes entre si, ta-se curto e espessado. indeiscente ou tardiamente deis- sendo o mesocarpo diferenciado apenas hilo, freqüentemente diminuto, varia cente na sutura do carpelo e, mais em Prosopis. Por esta razão, nas descri- de circular a eliptico e localiza-se na região tarde, dorsiventralmente, com ções destes gêneros, as respectivas cama- basal sobre o bordo da semente. meso e/ou endocarpo carnoso das são tratadas isoladamente. Nos demais A micrópila adjacente ao hilo, raramen- ou oblí- frutos, com septos transversais a consistência do pericarpo é unifor- te, é perceptível. me. quos entre as sementes. A rafe, quando distinta, caracteriza-se Ocorre em: Stryphnodendron spp por uma linha levemente sulcada ou por (fotos 22, 23). mancha ou saliência lateral ao hilo. Semente — Criptolomento: Fruto seco, cons- A chalaza não apresenta caráter morfo- tituído por duas partes, uma exter- lógico evidente no aspecto externo da se- na (epicarpo-mesocarpo) deis- As sementes de Mimoseae originam- mente. duas valvas co- se de óvulos anátropos, variam de 0,3 a cente, formando As sementes podem ser providas ou não de mo no legume, e a outra 5,3 cm de comprimento, são comprimidas, (endocar- ala, caracterizando-se dois grupos distin- po) indeiscente segmentado, ori- com faces planas ou convexas e com bor- tos: ginando artículos monospérmi- dos de arredondados a agudos. — Sementes aladas: cos. A testa é sempre lisa, sem escultura- A ala em Mimoseae é sempre circular, Ocorre em: Plathymenia (foto 30). ções, variando de membranácea a rígida, emarginada na região hilar, membranácea — Craspédio: Fruto seco, deiscente de nítida a opaca e de pardacenta a nigres- como o restante da testa, ser ou indeiscente, caracterizando- cente. Apenas em Goldmania paraguensis podendo ampla ou estreita. Neste as sêmen- se principalmente pela presença é branco-acinzentada. Em ambas as faces, grupo, tes variam de orbiculares a oblongas e, em do replum, isto é, as margens são a testa pode ser ou não marcada por uma algumas espécies, transverso-oblongas ou persistentes como uma moldura linha, geralmente em forma de ferradura, transverso-elípticas. Atesta não é marcada que se destaca das faces seg- denominada por Comer (1951), pleuro- — por pleurograma. mentadas ou não do fruto. Foram grama linha de fissura por Boelcke "face Ocorre em: Anadenanthera colubrína observadas, ainda, as seguintes (1946) e line" por Isely (1955a). 0 (fig. 7a), Pseudopiptadenia 6a), Newtonia diferenciações. pleurograma nas sementes de Mimoseae é (fig. (fig. 6e) e Parapiptadenia 10a). a)Craspédio deiscente indiviso: aberto em direção à região hilar, sendo este (fig. com pericarpo indiviso, for- grau de abertura bastante variável. — Sementes não aladas mando duas valvas geralmente Apenas nas espécies de Plathymenia Tendem geralmente à forma obovóide decíduas. os braços do pelurograma são quase que ou combinações desta, em conseqüência Ocorre em: Mimosa claussenii totalmente unidos, formando uma estrutu- do estreitamento na região basal, denomi- Sua classificação (foto 8), Mimosa incana. Mimo- ra contínua (figs. 8b e 8e). nado por Gunn (1981) de lobo radicular, sa micropterís (foto 9), Mimosa foi baseada em relação à região da sêmen- onde aloja-se o eixo hipocótilo-radícula. 0 pachycarpa (foto 10) e Mimosa te onde está localizado, o que implica em hilo situa-se no lobo radicular. Em todo o pseudo-obovata (foto 11). sua maior ou menor extensão, indepen- grupo de sementes não aladas a testa é Assim b)Craspédio deiscente ou indeis- dente do grau de abertura. sendo, os marcada or pleurograma. Este grupo de cente articulado: com o peri- seguintes tipos foram evidenciados: sementes, predominante na tribo, ocorre carpo segmentado formando — Pleurograma mediano (fig. 11a): nas demais espécies de Anadenanthera artículos monospérmicos. Ocupa principalmente a região (fig. 7d) e nos outros doze gêneros de Ocorre em Entada (foto 21) e mediana da semente, estenden- Mimoseae. Mimosa spp (foto 12, 1 9). do-se ou não até a região basal. A posição da semente em relação ao c)Craspédio deiscente: com o — Pleurograma apical-basal (fig. eixo longitudinal do fruto foi classificada pericarpo segmentado, porém 11 e): Ocupa quase toda a superfí- em: sem formar artículos monos- cie da semente, isto é, da região 1) Semente longitudinal (foto 32): pérmicos. apical a basal. Orientada paralelamente.

56 Rodriguesia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 2)Semente transversal (foto 22): Orien- gêneros Anadenanthera, Desmanthus, 3. Parede do craspédio formada porartí- tada perpendicularmente. Pseudopiptadenia, Newtonia, Parapipta- culos monospérmicos deiscentes. . . 3)Semente Oblíqua (foto 24): Orienta- denia e Stryphnodendron, o aspecto mor- 1 — Mimosa p.p. da obliquamente. fológico das primeiras folhas parece ser um 3'. Parede do craspédio não articulada O endosperma, após a semente ser bom caráter na diferenciação das respecti- 4. Craspédio tetragonal com parede submetida a reidratação por fervura em vas plântulas. segmentada2 —Schrankia água, apresenta-se com aspecto gelatino- Nas espécies A. colubrina, A. macro- 4'. Craspédio nunca tetragonal, com so, amarelado ou translúcido. Sua presen- carpa, A. peregrina, N. nítida, D. virgatus, parede indivisa. . .1 —Mimosa p.p. Ça foi verificada, em concentrações varia- P. leptostachya, Parapiptadenia sp. e S. 2'. Replum ausente. veis, com maior freqüência, nas sementes adstringens, após a emergência do eixo 5. Fruto com deiscência apenas na sutu- não aladas. Quando presente nas sêmen- hipocótilo-radícula, nas proximidades da ra do carpelo (folículo). tes aladas é bastante escasso. região hilar, os cotilédones libertam-se da 6. Plúmula sem nítida diferenciação em testa, enquanto o hipocótilo distende-se. A pinas. Embrião germinação foi considerada faneroepigea, 7. Folículo não contorcido, com mar- segundo as definições de Ng apud Duke e gens de retas a sinuosas. 0 embrião é formado por dois cotilédo- das sete 8.Semente com nes, eixo hipocótilo-radícula reto e sempre Polhill (1981). Nas sementes testa de pardacenta acima relacionadas, o a castanha, de tamanho inferior ao dos cotilédones e primeiras espécies pleurograma apical- eixo hipocótilo-radícula surge até o 15.° basal Plúmula diferenciada ou não em pinas. dia. Porém, em S. adstringens, o processo 4 — Stryphnodendron Ocupa quase que totalmente a cavidade p.p. de só se inicia cerca de três 8'. Semente com testa branco-acin- mterna da semente e os cotilédones, pia- germinação meses após as sementes terem sido colo- zentada, pleurograma mediano lo-convexos, geralmente, membrano-car- Em Anadenanthera 5 — nosos, são soldados apenas na base sagi- cadas para germinar. Gold mania Parapiptadenia sp. e S. ads- 7'. Folículo contorcido tada ou sagitada-biauriculada formando ispp. N. nitida, com margens logo após a saída dos cotilédo- muito constrictas um sinus onde se insere totalmente ou tringens, com 6 — Pseudopiptadenia Parcialmente o eixo hipocótilo-radícula. nes, emerge o epicótilo os primeiros isto Tomlinson 6'. Plúmula com nítida roi considerado, segundo a classificação eófilos, é, segundo (apud diferenciação Duke e 1969), as primeiras folhas em pinas. de Barroso (1978), como axial e invagi- (1965 desenvolvidas plântulas. Em D. virga- 9.Semente com ala ampla, testa nado em relação respectivamente à posi- pelas tus e P. leptostachya o epicótilo com os membranácea, sem Ção que ocupa no interior da semente e à pleurograma eófilos surge cerca de dez dias 7 — Newtonia delimitação bem pronunciada entre os co- primeiros tüédones após a expansão dos cotilédones. Os dois 9'. Semente sem ala, ou raramente e o eixo. "repouso" de mencionados por com ala muito estreita, testa rígi- A plúmula pode ser rudimentar, repre- períodos Vogel apud Duke e Polhill (1981), isto do-membranácea, sentada apenas por um segmento bi a tri geralmente é, o dos cotilédones erguidos mas ainda com Partido, ou muito desenvolvida devido a pleurograma testa e o dos cotilédones 8 — Anadenanthera formação de vários segmentos alongados. cercados pela expandidos antes da extensão do epicóti- 5'. Fruto com deiscência dorsiventral ou Como descreveu Bravato (1974), as plú- distintos durante o mulas multi-segmentadas apresen. n-se Io, são bem processo transverso-apical. de D. virgatus e P. leptosta- 10. Fruto com deiscência apical, diferenciadas em pinas. Nas plúmulas for- germinativo per- chya. manecendo as valvas unidas na ba- madas por segmentos vestigiais, a diferen- Os primeiros eófilos podem ser pina- se .... 1 — Mimosa ciação em pinas não é evidente. Em algumas (sacelo) p.p. dos ou bipinados. EmAnadenanthera colu- 10'. Fruto com deiscência ao longo das espécies observa-se que os segmentos, brina 1) eN. nitida (foto 2) são bipina- valvas, as separam-se total- em relação ao grau de desenvolvimento, (foto quais 2 a 4 de multifoliola- são intermediários entre as formas rudi- dos com pares pinas mente (legume). D. virgatus 3), Parapiptadenia mentares e diferenciadas. Especialmente das. Em (foto 11. Endocarpo segmentado, forman- sp. 4) e S. adstringens 5) são do artículos monospérmicos em Schrankia leptocarpa (fig. 3d) e em (foto (foto sendo as de D. algumas espécies de Mimosa, a plúmula é pinados, que plântulas (criptolomento) virgatus apresentam, incialmente, apenas 9 — Plathymenia provida de apêndices laterais muito pro- um eófilo com 4 de folíolos, enquan- longados e que provavelmente estão rela- pares 11'. Endocarpo não segmentado. em Parapiptadenia sp. e S. adstrin- cionados com as futuras estipulas. As plú- to que 1 2. Fruto carnoso, mesocarpo simultaneamente, dois mulas com diferenciação evidente em pi- gens surgem, eófi- diferenciado (legume car- nas foram observadas nas espécies dos los. alternos com respectivamente 7 e 4 noso) de folíolos. Nestas duas espécies, ... 4 — Stryphnodendron gêneros: Anadenanthera (fig. Ig), Mimosa pares apenas o segundo eófilo é bipinado. p.p. (figs. 2c e 2d), Newtonia (fig. 6h), p.p. A de P. leptostachya 1 2'. Fruto seco, mesocarpo não Parapiptadenia (fig. 10d), Piptadenia p.p. plântula (foto 6) é bem distinta das das demais diferenciado. (fig. 9j) e Schrankia (fig. 3d). plântulas espécies, por seu eófilo bifoliado. 13. Legume com margens Dados Prelimares sobre Germinação muito constrictas a Identificação Apesar dos dados sobre germinação Chave para dos 10 — Piptadenia Tribo Mimoseae ainda serem escassos e insuficientes para Gêneros da p.p. resultados conclusivos, uma vez que o 1. Fruto deiscente. 13'. Legume com margens processo só foi observado em espécies dos 2. Replum presente (craspédio). de retas a sinuosas.

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 57 14. Sementes aladas, Descrição dos Gêneros de pequeninas bocas abertas. sem pleurograma. . . 0 craspédio, considerado por Bur- ... 11 — Parapipta- 1 — Mimosa Linnaeus kart (1943) como uma variação do lomen-' denia Linnaeus, Sp. Pl. 1: 516. 1753 to, é o tipo de fruto predominante do gene- 14'. Sementes não ala- Fotos: 7-19; Fig. 1-2 ro. Pode apresentar-se indiviso — fruto ao das, com pleurogra- qual Burkart (1948:36) se refere como ma. Craspédio articulado ou indiviso, rara- um retorno do craspédio à forma de vagem 15. Sementes com mente sacelo 0,8-1 7,0 cm de comprimen- típica, deixando, porém, replum — ou seg- cerca de 0,6 — to X 0,3-3,0 cm de largura, oblongo, linear, mentado em artículos monospérmicos, ca- 1,3 cm de com- elíptico, ovalado, lanceolado, linear-oblon- racterizando dois grupos de espécies: — ²Craspédio primento x 0,4 go, plano-compresso ou subcilíndrico, reto com valvas indivisas, 1,3 cm de largura. ou falcado, estipitado (0,3-2,0 cm) ou sés- deiscentes, persistentes ou decíduas. Ob- Plúmula diferen- sil, de cartáceo a sublenhoso, pardacento, servado nas seguintes espécies: M. claus- ciada em pinas. . . castanho, ferrugíneo ou amarelo-ouro, senii (foto 8), M. incana, M. micropteris — 10 Pip- opaco ou nítido, venoso, verrucoso ou (foto 9), M. pachycarpa (foto 10), M. Pseu- tadenia p.p. glanduloso, de glabro a densamente seto- do-obovata (foto 11). 15'. Sementes com so, aculeado ou mais raramente equinado; ²Craspédio segmentado formando — cerca de 0,3 artículos deiscentes ou indeiscentes, mo- de 2 a 20 artículos monospérmicos deis- 0,5 cm de com- nospérmicos, lineares, de quadrangulares centes ou indeiscentes. Observado nas x 0,2 primento a retangulares ou, raramente, subtriangula- demais espécies examinadas (fotos — 0,3 cm de res, geralmente com a região seminífera 12-19). largura. convexa e os bordos aplanados; replum Em M. incana e M. micropteris, nos Plúmula sem ní- espessado ou não, reto ou constricto, de exemplares examinados, foram encontra- tida diferencia- glabro a setoso, ornado ou não por acúleos. dos apenas craspédios indivisos, porém, cão em pinas. Semente com 0,3-0,8 cm de compri- Burkart (1964 e 1979) cita que em 16. Sementes mento x 0,2-0,6 cm de largura de obovói- ambas as espécies o craspédio, também, com pleuro- de, obovóide-oblonga, suboblonga a oblon- pode ser articulado. me- grama ga, elipsóide, de suborbicular e orbicular, Os craspédios apresentam grande va- diano com faces convexas, não alada, transver- riação em relação ao tipo de indumento. A — 12 sal, oblíqua ou longitudinal, com endosper- superfície do fruto, dentre as espécies ob- Desmanthus ma; testa de consistência rígido-membra- servadas, varia de glabra a densamente 1 6'. Sementes nácea a rígida, de pardacenta a nigrescen- setosa. Alguns tipos de indumento obser- com pleuro- te, nítida, com pleurograma mediano ou vados em Mimosa são peculiares a esse grama apical- apical-basal com braços de afastados a grupo e seguem relacionados abaixo. basal semi-unidos. Tipos de indumento: 13 — Embrião com cotilédones de 0,2-0,7cm — Setoso: Neptunia de comprimento x 0,2-0,5 cm de largura, A7. acerba (foto 7), M. elliptica, M. 1'. Fruto indeiscente. cordado-obovóides, cordado-suborbicula- lanata, M. meticulosa, M. parvipinna, 1 7. Fruto com mesocarpo carnoso, dife- res, cordado-orbiculares, cordado-oblon- M. pigra (foto 12), M. polydactyla, M. renciado. gos, cordado-elípticos, plano-convexos; pudica (foto 13), M. ramosissima, M. 1 8. Endocarpo segmentado, formando eixo hipocótilo-radícula com 0,1 -0,3 cm de rígida, M. rupestris, M. sagotiana, M. artículos monospérmicos (lomento comprimento, emergente; plúmula dife- sensitiva, M. schrankioides, M. vello- drupáceo)14 — Prosopis renciada em pinas, com apêndices laterais ziana. 18'. Endocarpo apenas septado, não pronunciados ou, plúmula sem nítida dife- — Glandular: segmentado (legume carnoso) renciação em pinas, e sem apêndices late- M. affinis, M. duckei, M. micracan- 4 — Stryphnodendron p.p. rais pronunciados. tha, M. paludosa, M. plathycarpa, M. 1 7'. Fruto com mesocarpo não diferen- Entre as espécies examinadas do gene- pterídifolia, M. somnians (foto 14), M. ciado. ro Mimosa, foram encontrados dois tipos spruceana (foto 15), M. ulbrichiana. 19. Fruto com margem unilateral- de frutos: sacelo e craspédio. — Dendroide — (corresponde aos pêlos apenas em M. mente expandida em pequena ala 0 sacelo foi observado denominados por — Dinizia acerba (foto 7) e M. meticulosa, onde os Burkart (1964:346) (samaróide)15 "plumoso, 19'. Fruto com margem diferenciada pequeninos e numerosos frutos setosos de conife- no capítulo, mesmo após a deis- roides ou arbolito"): em replum (craspédio). persistem "cabeci- 20. Craspédio com cerca de cência, aglomerados em densas M. daleoides, M. furfuracea (foto 16), 31,0-39,0 cm de comprimen- nhas globosas", como mencionou Bur- M. incana. to, com epicarpo separando- kart (1948 e 1979). É provável que em — Estrigoso: da se do endocarpo. 3 — Entada outras espécies, principalmente série M. micropteris (foto 9), M. pachycar- 20'. Craspédio com cerca de 0,8 a Meticulosae, ocorra este tipo de fruto. 0 pa (foto 10). 17,0 cm de comprimento, sacelo diferencia-se do legume típico por — Estrelado: manten- com epicarpo e endocarpo sua deiscência transverso-apical, M. scabrella (foto 1 7), M. schombur- unidos. 1 — Mimosa p.p. do-se as valvas unidas, dando a impressão kii, M. taimbensis.

58 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 A superfície de um único craspédio ocorrer, ainda, que apenas no replum os possuem craspédios de glabros, como em estar M. pode recoberta por mais de um tipo pêlos sejam evidenciados, como ocorre caesalpiniaefolia (foto 18), a glabres- de indumento. Neste caso, na classificação em M. pudica (foto 1 3), enquanto o epicar- centes ou estes são revestidos por indu- acima, foi mentos menos considerado o tipo que predomi- po apresenta-se glabro ou subglabro. As característicos como hirsu- na no revestimento. Por outro lado, pode demais espécies, não relacionadas, ou to, piloso, híspidulo e pubérulo. Além do indumento, observou-se que algumas espécies são facilmente distintas pelo aspecto aculeado do replum como em M. pseudo-obovata (foto 11) ou da parte Q(J)©9 central dos artículos como em M. modesta (foto 1 9) e M. ursina. Em M. claussenii (foto 8) o craspédio é equinado.

As plúmulas, nas espécies de Mimosa, variam em relação ao grau de diferenciação dos segmentos em pinas, e os apêndices laterais, futuras estipulas, são muito ou pouco evidentes. Dentre as espécies exa- minadas, as plúmulas mais desenvolvidas foram evidenciadas em M. affinis (fig. 2d), M. claussenii, M. eUiptica, M. Ia nata, M. paludosa, M. pigra (fig. 2c), M. scabrella, M. ulbrichiana e M. ursina. Em M. affinis foram observadas, também, emergências glandulares, nas margens do eixo hipocóti- lo-radícula, na região próxima à plúmula e nos próprios segmentos que formam a plúmula. As demais espécies observadas, ou apresentam formas rudimentares como Figura 1 em M. hostilis (fig. 2a) ou intermediárias Sementes e Embriões de Mimosa: a-b. M. claussenn; c-d. M. acerba: e-f, M. pigra: g-h, M. pudica: i-j, M- como em M. furfuracea scabrella: k-m, M. plathycarpa. (fig. 2b).

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F'9ura 2 Súmulas de Mimosa: a—M. hostilis: b — M. furfuracea: c—M. pigra: á — M. affinis.

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 59 Todos os aspectos morfológicos, que Poconé, Fazenda Ipiranga, A. Aliem et G. repaguá, A P. Duarte 4097 (1952) RB; foram abordados sobre os frutos e as plú- Vieira 1024 (26.VII.1977) RB. (S/S) RB; (S/S). Ibidem, Pa/cios et ai. 4066 — mulas das espécies de Mimosa merecem Mimosa lanata Benth. BRASIL: São (9.1.1 949) R. Santa Catarina — Florianópo- — um estudo mais detalhado, pois podem Paulo Vila Emas, Brade 12854 (XII. lis. Bom Abrigo, E. Santos et J. C. Sacco auxiliar o estudo taxonômico na caracteri- 1933) RB. 1822 (6.11.1964) HB. (S/S). — zação de grupos de espécies ou até mesmo Mimosa meticulosa Mart. BRASIL: Pa- Mimosapteridifolia Benth. — BRASIL: Ba- a nível de espécies. raná — Arapoti, L B. Smith et ai. 14708 hia — Serra do Açuruá, 1,5 Km. São Inácio, (17.1.1965) R. Estrada Gentio do Ouro, R. M. Harley et ai. Material Examinado Mimosa micracantha Benth. — BRASIL: 1900(24.11.1977) RB. Pará — Itaituba, Rio Tapajós. A. Ducke s.n. MimosapudicaL. — BRASIL: Riode Janei- Mimosa acerba Benth. — BRASIL: São (23.V.1923) RB; Serra de Santarém, idem ro — Aterro, Aeroporto Santos Dumont, — Paulo Cotia, D. Constantino 140 (IV. s.n. (2.IX.1923) RB. Jurandir s.n. (1964) RB. 1941) RB; Itapetininga, J. I. de Lima s.n. Mimosamicropteris Benth. — BRASIL: Pa- Mimosa ramosissima Benth. — BRASIL: — (1.lll.1951), carpoteca 3905, RB; Ibidem, raná Sengés. Serra do Mocambo, G. Santa Catarina — Campo Erê, 8 Km a oeste, idem s.n. (111.1945), carpoteca 3508, RB; Hatschbach 27160 (8.X.1971) HB; Vila L. B. Smith et R. M. Klein 13778 Ibidem, idem s.n. (26.111.1945) RB. Velha, E. Pereira 8293 (14.1.1964) RB; (7.XII.1964) R; Lajes, L B. Smith et R. — — Mimosa affinis Harms BRASIL: Goia's Ibidem,E. Frommetal. 357 (18.X.1961) R. Klein 8064 (2.XII.1956) R. 30 Km Gama ao longo da estrada para o Rio Mimosa modesta Mart. — BRASIL: Bahia Mimosa rígida Benth. — BRASIL: Minas ²Serra Corumbá, B. Maguire et ai. 57110 do Açuruá, R. M. Harley et ai. Gerais — Ouro Brando, P. C. Porto 1209 (16.X.1963) RB. 18900 (1.IV.1 977) RB, (S/S). (26.XI.1922) RB; Ouro Preto, Três Moi- — Mimosa myriadena Benth. — Mimosa bimucronata (DC.) 0. Kuntze BRASIL: nhos.HC.deLimaetal. 1274 (5.VIII.1980) — BRASIL: Rio de Janeiro — Caxias, próximo Amazonas Rio Negro, J. G. Kuhlmann RB; São Tome das Letras, Baependi, Brade a Xerém, H. C. de Lima et O. Valverde 938 1032 (31.XII.1923) RB. etApparício 20487 (14.VII.1 950) RB. — — (30.IV.1979) RB. Santa Catarina Brus- Mimosa pachycarpa Benth. BRASIL: Mimosarupestris Benth.— BRASIL: Minas — que, H. P. Veloso 164 (9.IV.1951) RB. Minas Gerais Curvelo estrada para Dia- Gerais — Serra do Ouro Branco, E. Pereira Benth. — BRA- B. Maguire Mimosa caesalpiniaefolia mantina, et ai. 44778 etG. Pabst 2950 (s.d.) RB. — SIL: Maranhão Caxias, A. Ducke s.n. (23.XII.1959) RB, (S/S). Mimosa sagotiana Benth. — BRASIL: Pará Piauí — Estrada Parnaíba- — ²Óbidos, (VI.1907) RB. Mimosa paludosa Benth. BRASIL: Bahia A Ducke s.n. (15.11.1918) RB. ²Serra Chaval, Parnaíba, D. Sucre et ai. 91995 do Rio das Contas, R. M. Harley et Mimosa scabrella Benth. — BRASIL: São — (20.VI.1972) RB. Rio de Janeiro Horto ai. 20047 (27.111.1977) RB. Minas Gerais Paulo — Cunha, Reserva Estadual de Florestal de Resende, J. G. Kuhlmann s.n. ²Barbacena, E. Pereira 7546 (5.IV.1963) Cunha na beira do Rio Bonito, H. C. de Lima (29.XI.1930), carpoteca 2456, RB. RB. 1125 (s.d.) RB. Santa Catarina — Bom — — — Mimosa casta L. BRASIL: Pará Be- Mimosa parvipinna Benth. ARGENTI- Retiro, P. R. Reitz 3603 (XII. 1 949) R. lém, Baguary, Ilha dos Ouços,^. G. Kuhl- NA: s.L, Burkart 15444 (17.XI.1945) RB. Mimosa schomburgkii Benth. — BRASIL: mann 31 (s.d.) RB. Mimosa pigra L. — BRASIL: Ceará — s.L, Amazonas — Boa Vista, Rio Branco, A — Mimosa claussenii Benth. BRASIL: Fr. Allemão et M. Cysneiros 51 5 (s.d.) R. Ducke s.n. (28.VI. 1937) RB. Pará — Culti- — — Goiás S. João da Aliança, A. Mattos et Bahia Serra do Rio das Contas, R. M. vado em Belém, A Ducke s.n. (IX. 1956) ai. 399 (18.VII.1963), carpoteca 421 7, RB; Harley 19860 (14.XII.1978) RB. Rio de RB. — s.l.:£. Ule s.n. (IX.1892) R. Janeiro Cultivada no Jardim Botânico, J. Mimosa schrankioides Benth. — BRASIL: Mimosa daleoides Benth. — BRASIL: San- G. Kuhlmann s.n. (s.d.), carpoteca 2881, Pará — almerim, boca do Aramum, A — ta Catarina — Chapecó, 6-24 Km oeste de RB. Mato Grosso Lagoa Gahyba, J. C. Ducke s.n. (5.VII.1919) RB. Campo Erê, L. B. Smith et R. Klein 11 549 Diogo 285 (s.d.) R; Margem do Rio Ara- Mimosa sensitiva L. — BRASIL: Pará — (20.11.1957) R. (S/S). guaia, J. M. de Oliveira 3056 (5.XII.1977) Belém, A Ducke s.n. (7.XI.1922) RB; Piauí ²Parnaíba, Mimosa duckei Huber — BRASIL: Pará — RB; Santa Terezinha, C. T. Falcão 5136 Lagoa Portinho, D. Araújo et Serra da Velha Pobre, Almerim, A Ducke (27.XI.1977)RB. ai. 452 (3.X.1973) RB; Sete Cidades, Par- — s.n. (3.IX.1918) RB. Mimosaplatycarpa Ducke BRASIL: Cea- que Nacional Boqueirão, G.M. Barroso 40 Mimosa elliptica Benth. — BRASIL: Rio de rá — Fortaleza, beira da rodagem para (13.IX.1977) RB. Ceará — Entre Barbalha e — Janeiro Restinga da Marambaia, D. Su- Maranguape.A Ducke 2542 (23.111.1956) Crato, A Castellanos s.n. (21 .VII.1 964) cre et ai. 1265 (30.XI.1966) RB; s.l., J. G. RB; Fortaleza, A G. Fernandes 2107 (s.d.) HB; Serra do Baturité, Sítio B. Inácio de Kuhlmann s.n. (3.1.1923) RB. RB. Azevedo, J. Eugênio 595 (VIM937) RB. Mimosa furfuracea Benth. — BRASIL: Pa- Mimosa polydactyla Humb. et Bompl. ex Mimosa somnians Humb. et Blomp ex raná — Campo Largo, Rio Papagaios, G. Willd. — BRASIL: Pará — Belém,A Ducke Willd. — BRASIL: Paraíba — João Pessoa, — Hatschbach 249 (5.111.1946) RB. Santa Ca- s.n. (31.111.191 5) RB; Pernambuco Reci- J. I. A. Falcão et ai. 11 02 (1 5.IX.1 954) RB. tarina — Campo Alegre, Morro Iquererim, fe, Dois Irmãos, D. Vasconcel/os s.n. ARGENTINA: s.L, Burkart 15283 L. B. Smith et R. Klein 7413 (s.d.) R. (XI.1936) RB. (12.11.1945) RB. — — Mimosa incana (Spreng.) Benth. BRA- Mimosa pseudo-obovata Taub. BRASIL: Mimosa spruceana Benth. — BRASIL: SIL: Rio Grande do Sul — Pelotas, J. C. Pernambuco — Usina Mussurepe, estrada Amazonas — Manaus, Cachoeira Grande, Sacco 223 (10.XI.1954) RB, (S/S). aldeia, borda da mata, Ducke et A. Lima 23 J. G. Kuhlmann 164 (23.VIII.1923) RB. — Mimosa laevigata Benth. BRASIL: Goiás (20.XI.1951) R. Rio de Janeiro, Barra da Mimosa ulbrichiana Harms. — BRASIL: — Brasília, rio Cabeça de Veado, E. Pereira Tijuca, J. G. Kuhlmann 6217 (23.1.1945) Bahia — Serra do Açuruá, R. M. Harley et 7380 (28.111.1963) RB. Mato Grosso — RB; (S/S) Recreio dos Bandeirantes, Jaca- ai. 18992 (24.ll. 1977) RB.

60 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78. jan./jun. 1985 Mimosa ursina Mart. — BRASIL: Bahia — nal, com endosperma; testa de consistên- ção em pinas e pelos apêndices laterais, Serra do Sincorá, 15-20 Km para Andaraí cia rígido-membranácea, nigrescente, níti- futuras estipulas, muito pronunciados. estrada Itaeté-Mucugê, R. M. Harley et al. da, com pleurograma apical-basal com bra- 18633 (17.11.1977) RB. ços afastados. Material Examinado Mimosa velloziana Mart. — BRASIL: Bahia Embrião com cotilédones de 0,4-0,5 — — Sales, J. M. Brazão 85 (1.IX.1978) RB. de comprimento x 0,2-0,3 cm de largura, Schrankia leptocarpa DC. BRASIL: Pará — Rio de Janeiro — Campo Grande, Serra do cordado-oblongos, plano-convexos; eixo Belém, Souza, W. A. Archer 7532 Mendanha, H. C. de Lima 98 (6.VII.1977) hipocótilo-radícula com 0,2 cm de compri- (31 .VI 1.1 942) IAN. Piauí— Lagoa do Porti- RB. Goiás — Parque Nacional de Brasília, mento, emergente; plúmula diferenciada nho, D.Sucre et al. 10261 (3.X.1973) RB. £ P. — Heringer 9675 (20.V.1964) RB. em pinas, com apêndices laterais pronun- Ceará Campo de fruticultura do Cariri, ciados. Crato, A Duarte et Ivone 1 298 (5.VIII.1 948) — 2 Schrankia Willdenow O craspédio de Schrankia, por sua for- RB; Serra do Baturité, Sítio B. Inácio de Willdenow, Sp. PI. 4(2):888, 1041. ma tetragonaleporapresentaro replum tão Azevedo, J. Eugênio 594 (IX.1 937) RB; s.l. 1806. ou mais largo que as paredes do fruto, Fr. Allemão s.n. (s.d.) R. Rio Grande do — Foto: 20; Fig.: 3 torna-se distinto dos craspédios de Mimo- Norte Arredores de S. José de Mipibu, L. "valvas" sa p.p. As do fruto de Schrankia Emygdio 1698 (3.VII.1959) R. Pernam- — Craspédio deiscente segmentado com não se apresentam septadas internamente buco Recife, Curados, J./.A. Falcãoetal. '.5-11,5 cm de comprimento x 0,2 cm de formando artículos, e nem são totalmente 764 (24.VIII.1954) RB. lar9ura, linear, tetragonal,subcilíndrico, re- indivisas como nos craspédios de algumas to, — séssil, cartáceo, pardacento, opaco, es- espécies de Mimosa. Tais estruturas sepa- 3 Entada Adanson Parsamente aculeado, glabro; replum ex- ram-se do replum através de fraturas que Adanson, Fam. PI. 2:31 8. 1 763 Pandido, aculeado, reto. ocorrem em espaços mais ou menos regu- Foto: 21; Fig. 4 Semente com 0,4-0,6 cm de compri- lares, libertando, assim, as sementes. mento x 0,2-0,3 cm de largura, oblonga, A plúmula àeSchrankia (fig. 3d)é muito Craspédio indeiscente articulado com com faces convexas, não alada, longitudi- característica por sua evidente diferencia- 31,0-39,0cm de comprimento x 5,0- ^3

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F'9ura 3 Figura 4 cnrankia leptocarpa: a — semente: b — secção transversal; c — embrião; Entada polystachya: a — semente; b — secção transversal; c — embrião; d — plúmula. d — plúmula.

Rodri guésia. Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 61 7,0 cm de largura, oblongo, plano-com- presso, subfalcado, estipitado (3,0-4,0cm), epicarpo cartáceo de pardacento a nigres- cente, nítido, venoso, glabro; endocarpo segmentado; artículos monospérmicos sub-retangulares. com a região seminífera de consistência espanjosa, densamente reticulada, e bordos cartáceos ou artículos cartáceos; replum de sub-lenhoso a lenho- so, levemente constricto. Semente com 1,7-2,0 cm de compri- mento x 1,3-1,5 cm de largura, suborbicu- lar, com faces convexas, não alada, trans- versai, sem endosperma; testa de consis- tência rígida, castanho-avermelhada, níti- da, com pleurogramaapical-basalcom bra- cos aproximados. Embrião com cotilédones de 1,4- 1,6 cm de comprimento x 1,3 cm de largu- ra, cordado-suborbiculares, plano-conve- xos; eixo hipocótilo-radícula com 0,4 cm de comprimento, emergente; plúmula sem nítida diferenciação em r pinas. —\\^^« 0 gênero, com a grande maioria de e suas espécies africanas, está representado no Brasil por E. polyphylla e f. polysta- chya, subordinadas por Brenan (1966) à seção Entadopsis. O craspédio, articulado e indeiscente, diferencia-se dos craspédios deste mesmo tipo encontrado em certas espécies de Mimosa, por suas dimensões bem maiores e pela disjunção entre o epi- carpo e o endocarpo.

Material Examinado

Entadapolyphylla Benth. — BRASIL: Ama- zonas — Manaus, Ponta Negra, W. Rodri- gues 8656 (16.XII.1969) RB (S/S). — Entada polystachya (L.) DC. BRASIL: Roraima — Canta Galo, Rio Mucajaí entre Pratinha e Rio Apiaú, G. T. Prance et ai. 4003 (22.1.1967) R. Rondônia, Cachoeira Figura 5 Misericórdia, Rio Madeira no Riberão, G. T. — — Stryphnodendron adstringens: a semente; b secção transversal; c — embrião: d — plúmula; Stryphno- — Prance et ai. 6726 (2.VIII.1 968) R. Pará, dendron coriaceum: e — semente; f embrião; Goldmaniaparaquensis: g — semente; h — secção transver- Marabá, G. A. Black 49-7937 (21 .VI. 1949) sal; i — embrião; j — plúmula. IAN. Mato Grosso, Estrada de ferro M. de castanho-avermelhado a nigces- Embrião com cotilédones Momoré, J. G. Kuhlmann s.n. (22.IX.1923), crasso, de 0,6- rugoso, ou 1,0 cm carpoteca 394, RB; Guajará-Mirim, J. G. cente, nítido ou opaco, glabro de comprimento x 0,3-0,8 cm de curtos, caducos, de aspecto largura, de cordado-orbiculares a cordado- Kuhlmann 442 (12.IX.1923) RB. com pêlos pulverulento; margens não espessadas, re- oblongos, plano-convexos; eixo hipocóti- 4 — Stryphnodendron Martius tas ou sinuosas. lo-radícula com 0,1 -0,3 cm de comprimen- Martius, Herb. Fl. Bras. 20(2) Beibl. Semente com 0,7-1,2 cm de compri- to, emergente; plúmula sem nítida diferen- 117. 1837. mento x 0,4-0,8 cm de largura, obovóide, ciação em pinas. Fotos: 22-24; Fig. 5a-f. oblonga, oblonga-obovóide ou suborbi- Entre as espécies examinadas do gene- cular, com faces convexas, não alada, trans- ro Stryphnodendron, foram evidenciados Legume carnoso ou mais raramente versai ou oblíqua, com endosperma; testa dois tipos de frutos: folículo, com 6,0-1 6,0 cm de comprimento de consistência rígida, de pardacenta a folículo — com septos muito tênues x 1,0-2,5 cm de largura, oblongo, linear- castanho-escura, opaca, com pleurograma entre as sementes. Observado apenas em oblongo, subcilíndrico ou plano-compres- apical-basal com braços de afastados a 5. gracile (foto 24); so, reto ou falcado, séssil ou subséssil, semi-unidos. legume carnoso (fotos 22-23) — com

62 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 septos espessados, permanecendo as se- Embrião com cotilédones de 0,5 cm de BRASIL: Mato Grosso — Corumbá, à mar- mentes isoladas umas das outras, e, às comprimento x 0,4 cm de largura, cordado- gem direita da Baía de Tomengo próximo a vezes, encerradas em verdadeiras cavida- obovóides, plano-convexos; eixo hipocóti- estrada Brasil-Bolívia, CA. Conceição 559 des como em S. coríaceum (foto 23). Este lo-radícula com 0,2 cm de comprimento, (30.XI.1979) RB; Fazenda Pallatz, P. P. tipo de fruto foi encontrado na maioria das emergente; plúmula sem nítida diferencia- Furtado s.n. (3.X.1980) RB. espécies examinadas. ção em pinas. As sementes caracterizam-se pela tes- A única espécie brasileira, G. para- ta muito — rígida, marcada pelo pleurograma guensis, é diferenciada das espécies de 6 Pseudopiptadenia Rauschert apical-basal (fig. 5a e 5e). outros gêneros com frutos foliculares, pelo Rauschert, Taxon 31:559.1982 fato do folículo ser bem menor, expondo as Foto: 26; Fig. 6a-d Material Examinado sementes pálido-acinzentadas, caracterís- ticas desta espécie. Folículo com 13,0-28,0 cm de com- Stryphnodendron adstringens (Mart.) Co- primento x 1,0-2,0 cm de largura, monili- ville — BRASIL: Minas Gerais — Carmo da Material Examinado forme, plano-compresso, contorcido, esti- Cachoeira, J. C. C. Ururahy 1 (23.V.1978) pitado (1,0 cm), de cartáceo a coriáceo, de RB. — Goiás — Estrada Luziania-Vianópolis, Goldmaniaparaguensis (Benth.) Brenan acinzentado a pardacento, opaco, venoso. H. Magnago 235 (14.111.1978) RB. Stryphnodendron coríaceum Benth. — BRASIL maranhão — Chapadinha, D. Su- cre etJ. F. da Silva 9424 (28.VI.1972) RB. Piauí — Sete Cidades, Boqueirão, G. M. Barroso 103 (13.IX.1977) RB. Stryphnodendron gracile Her. et Rizz. — BRASIL: Minas Gerais — Km 113 ao longo da rod. Lagoa Santa-Conceição do Mato Dentro, Diamantina, Jaboticatubas, A. B. Jolyetal. 1 534 (1 5.IV.1972) UEC; Serrado C|Pó, Santana do Riacho, G. MartinellilSA (10.V.1974)RB. StrVphnodendron obovatum Benth. — BRASIL: Paraná — Fazenda Lagoa, Cianor- te-G. Hatschbach 21565 (19.V.1969) UEC. Mato Grosso - Rio Araguaia, Xavantina, H. s- Irwin et ai. 1 6700 (s.d.) HB; Rio Pardo, G. Martine//i 408 (13.VI.1974) RB. St'Yphnodendron polyphyllum Mart. — BRASIL: Minas Gerais — Km 416 da BR-3 entre Juiz de Fora e Santos Dumont, A P. Duarte et A. Mattos 8228 (29.VII.1964) HB; Reserva Florestal do Rio Doce, mata Lagoa do Anibal, D. Sucre et ai. 10098 (29.VIM.1973) RB.

5 — Goldmania Rose ex Micheli Rose ex Micheli, Mém. Soe. Phys. Hist. Nat. Genève 34(3):274. 1903. Foto: 25; Fig. 5g-j

Folículo com 6,0-6,5 cm de comprimen- 0 * 1,0 cm de largura, oblongo, plano- compresso, Y,w subfalcado, subséssil, coriá- \ / / i \ 1 I Ceo, castanho, opaco, liso, com pêlos cur- 0s caducos, de aspecto pulverulento; mar- 9ens não espessadas retas ou sinuosas. Semente com 0,6-0,7 cm de compri- mento x 0,5-0,6 cm de largura, obovóide, c°m faces convexas, não alada, transversal a levemente oblíqua, com endosperma; testa de consistência rígida, pálido-acin- Ze"tada, Figura 6 opaca, com pleurograma media- Pseudopiptadenia leptostachya: a — semente alada: b — secção transversal: c — embrião;' d — n° plúmula com braços muito afastados. Newtonia nitida: e — semente alada; f — secção transversal; g — embrião; h — plúmula.

Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 63 lepidoto, glabro; margens levemente es- Material Examinado através da plúmula diferenciada em seg- pessadas e muito constrictas. mentos alongados (fig. 6h). Pseudopiptadenia inaequalis Semente com 0,9-1,6 cm de compri- (Benth.) Rauschert — BRASIL: Rio de Janeiro — Material Examinado mento x 0,9-1,8 cm de largura, orbicular, Estrada da Vista Chinesa,^. G. Kuhlmann suborbicular ou transverso-elíptica, com s.n. (2.IV.1929), carpoteca 2435, RB; Pe- Newtonia conforta (DC.) Burkart — BRA- faces planas, ciada, longitudinal, com ca- trópolis. Serra da Estrela, Raiz da Serra — SIL: Bahia — Iramaia, P. Vaillant 15 mada muito escassa de endosperma; testa Estrada Velha — Estrada das Pedras, L. RB. Minas Gerais — Estação de consistência membranacea a rígido- (20.VI.1978) Mautone et ai. 288 (5.IX.1977) RB; Serra Experimental Cel. Pacheco, E. P. Heringer membranacea, pardacenta, nítida, sem do Arapucaia, Pessoal do Horto s.n. s.n. (1 3.X.1 946) R; Mata da Lagoa do Ani- pleurograma. (14.VII.1927), carpoteca 2567, RB. bai. Reserva Florestal do Rio Doce, D. Embrião com cotilédones de 0,6- Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.) Sucre et ai. 10105 (29.VIII.1973) RB. Rio cm de 1,2 cm de comprimento x 0,6-1,6 Rauschert — BRASIL: Rio de Janeiro — de Janeiro — Estrada Vista Chinesa Km. 6, largura, cordado-orbiculares, cordado- Parque Nacional da Tijuca, próximo da C. Angeli 186 (20.X.1960) RB; Horto Fio- ou cordado-transverso- suborbiculares, Vista Chinesa, H. C. de Lima et ai. 1625 restai, J. G. Kuhlmann s.n. (10.XI.1927), eixo hipocótilo-radícula elípticos, planos; (3.VI.1981) RB; Tijuca, A C. Brade s.n. carpoteca 2460, RB. 0,3-0,5 cm de comprimento, emer- — com (s.d.) R. Newtonia glaziovii (Harms) Burkart BRA- gente; plúmula sem nítida diferenciação SIL: Minas Gerais — Jequitibá.f. P. Herin- em com estruturas adja- pinas, globosas ger s.n. (IV.1958) carpoteca 2437, RB. Rio — centes. 7 Newtonia Baillon de Janeiro — Horto Florestal, J. G. Kuhl- Baillon, Buli. Soe. Linn. Paris 1: 721. Brenan (1955) criou o gênero Mo- man s.n. (1 928), carpoteca 2431, RB; Serra 1888. noschisma e a este subordinou as espé- da Estrela, Glaziou 8440 (s.d.) R. São Paulo Foto: 27; Fig. 6e-h — cies, anteriormente pertencentes a Pipta- Parque da Av. Paulista, A. Gehrt s.n. denia sect. Pityrocarpa, P. leptostachya e (21.X.1935) UEC. Folículo com 1 5,0-35,0 cm de compri- — P. inaequalis as quais possuem frutos do Newtonia nítida (Benth.) Brenan BRA- mento x 1,5-4,0 cm de largura, de linear- tipo folículo e sementes aladas. Segundo SIL: Ignorado, Caminho do Macaco, Sal- oblongo a amplamente oblongo, Rauschert (1982) o nome Monoschis- plano- danha et Glaziou 4953 (3.X.1878) R. Rio compresso, reto ou falcado ou, raramente, — ma já havia sido dado por Duby (1 868) para de Janeiro Matas do Horto Florestal,»/. torcido, subséssil ou estipitado (0,5- G. Kuhlmann um gênero de Musei. Assim sendo s.n. (1927), carpoteca 2440, 1,0 cm), de subcoriáceo a sublenhoso, de Rauschert, 1 .c, propôs o nome Pseudo- RB; Mata do Rumo (Reserva Florestal do castanho a nigrescente, nítido, venoso, gla- Jardim Botânico), piptadenia em substituição a Monoschis- D. Sucre 4471 et P. I. bro; margens espessadas, sinuosas ou le- ma. Braga 1 348 (1 9.1.1 969) RB; Vista Chinesa, vemente constrictas. A. P. Duarte 5782 (X. 1961) RB. Brenan (1955) considerou o gene- Semente com 1,5-5,2 cm de compri- Newtonia suaveolens (Miq.) Brenan — ro em principalmente em rela- questão, mento x 0,8-2,0 cm de largura, oblonga, BRASIL: Pará - Belém, beira do Rio Guamá, às características do fruto e da sêmen- ção suboblonga ou raramente, transverso- Tucunduba, G. A. Black 52-14146 te, muito de Anadenanthera. Con- próximo oblonga, com faces planas, amplamente (24.1.1952) R; s.l., R. L Fróes et Murça siderando esses mesmos caracteres, pa- alada, longitudinal, sem endosperma; testa Pires 24136 (s.d.) RB. Pseudopiptade- rece que as espécies de de consistência membranacea, pardacen- nia apresentam maior afinidade, ain- ta, opaca sem pleurograma. 8 —Anadenanthera Spegazzini da, com as do Newtonia, devido a gênero Embrião com cotilédones de 1,3- Spegazzini, Physis 6:313. 1923. ocorrência do mesmo tipo de fruto e pela 2,5 cm de comprimento x 0,6- 1,8 cm de Fotos: 28-29; Fig. 7 presença da ala e ausência de pleurograma largura, de cordado-oblongos a raramente 0 folículo de Pseu- nas sementes (fig. 6a). transverso-oblongos, planos; eixo hipocó- Folículo com 10,0-30,0 cm de compri- dos de dopiptadenia (foto 26) diferencia-se tilo-radícula com 0,5-0,6 cm de compri- mento x 1,0-2,5 cm de largura, linear- e Newtonia Anadenanthera (fotos 28 e 29) mento, emergente ou não; plúmula dife- oblongo, plano-compresso, reto ou subfal- 27), seu aspecto moniliforme. A (foto por renciada em pinas. cado, estipitado (1,0-2,0 cm), coriáceo, de de Pseudopiptadenia 6d), não plúmula (fig. Brenan (1955) transferiu as espécies castanho a nigrescente, nítido, venoso, diferenciada em distingue as espé- pinas, de Piptadenia (P. nítida, P. psilostachya e liso ou verrucoso, glabro; margens espes- dos afins. cies deste gênero, dois outros P. suaveolens), com fruto do tipo folículo e sadas, sinuosas ou, mais raramente, cons- Newtonia trictas. As estruturas globosas adjacentes à semente alada, para o gênero constava de espécies Semente com plúmula, na fase do processo de germina- que até então só 0,8-1,6 cm de compri- após reco- mento x 1,0-2,0 cm ção, na qual os cotilédones apresentam-se africanas. Burkart (1979), de largura, orbicular, expandidos, aglomeram-se na base do epi- nhecer para o gênero Newtonia mais duas suborbicular ou, mais raramente, transver- e N. contor- cótilo. À medida que o epicótilo se prolon- espécies, N. glaziovii (foto 27) so-elíptica, com faces planas, raramente brasileiras des- alada, transversal ga e os primeiros eófilos se desenvolvem, ta, subordinou as espécies ou longitudinal sem en- tais estruturas parecem regredir. Pretende- te gênero a sect. Neonewtonia. dosperma; testa de consistência membra- se desenvolver estudos mais detalhados As espécies de Newtonia diferenciam- nácea, castanha, nítida, com pleurograma sobre a composição e a função de tais se das dos gêneros afins Anadenanthera e mediano com braços afastados, ou, rara- formações, observadas apenas nas plúmu- Pseudopiptadenia, principalmente, pelas mente, sem pleurograma. las das espécies deste gênero. sementes amplamente aladas (fig. 6e) e Embrião com cotilédones de 0,8-

64 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78. jan./jun. 1985 1.7 cm de comprimento x 0,6-2,0 cm de mentes de Pseudopiptadenia, tal espécie é Grosso — Linha do Rosário, J. G. Kuhl- largura, cordado-orbiculares, cordado-sub- facilmente identificada através da plúmula mann 402 (X. 1914) R. orbiculares ou cordado-subtransverso- diferenciada em pinas (fig. 7g). Anadenanthera peregrina (L.) Speg. — elipticos, plano-convexos; eixo hipocótilo- BRASIL: Rio de Janeiro — Horto Botânico radícula com 0,3 a 0,5 cm de comprimento, Material Examinado do Museu Nacional, A. M. Mattos 1906 geralmente não emergente; plúmula dife- (s.d.) R; Horto Florestal, J. G. Kuhlmann renciada — em pinas. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan s.n. (1927), carpoteca 2441, RB. Minas — Os caracteres utilizados por Brenan BRASIL Minas Gerais Estação Experi- Gerais — Zona da Mata, C. T. Rizzini s.n. (1955) para restabelecer o gênero Anade- mental Cel. Pacheco. V. Gomes 2573 (10.XI.1961), carpoteca 2841, RB. São nanthera — — são basicamente o fruto do tipo (28.1.1 956) RB. Rio de Janeiro Baía de Paulo Bastos, G. A. Black 11706 foliculo e as sementes não aladas. As es- Sepetiba. D. Sucre s.n. (25.VIII.1 968), car- (29.1.1 951) R; Campinas — Parque Taqua- Pécies deste gênero foram subordinadas, poteca 4470, RB; Parque Nacional da Tiju- ral, H. F. Leitão Filho et al. 8342 anteriormente, por Bentham (1841), ao ca. Estrada para Furnas, H. C. de Lima 1092 (5.VII.1978) UEC; Orlândia, M. M. Santos — gênero Piptadenia (sect. Niopa). (10.IX.1979) RB; Restinga de Jacarepa- 02 (31.V.1979) RB; Mato Grosso Cuia- Ao examinar-se o material, observou- guá, lado oeste da Pedra de Itauna, D. bá,A Malme 3176 (26.IV.1903) R. se que além das características estabeleci- Sucre 6083 (30.XI.1969) RB. das — por Brenan, a plúmula, que se apresen- Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Bre- 9 Plathymenia Bentham ta com aspecto morfológico constante, é nan — BRASIL: Piauí— Pedro II, Serra dos Bentham In Hookers Journ. Bot. Peculiar às espécies deste gênero. Mesmo Motões, D. Sucre et J. F. da Silva 9305 2:134. 1840:4:333. 1841. em A. — colubrina onde o fruto, com as (24.VI.1 972) RB. Pernambuco Ibimirim, Foto: 30; Fig. 8 margens constrictas (foto 28), e as sêmen- Falcão etal. 1033 (12.IX.1954), carpoteca tes, — com ala estreita e sem pleurograma 408, RB. Bahia Estrada para Tanhaçú, J. Criptolomento com 12,0-25,5 cm de ("9. 7a), assemelham-se aos frutos e se- E. M. Brazão 117 (8.VIII.1 979) RB. Mato comprimento x 2,0-5,0 cm de largura, fS o

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F'9ura 7 Figura 8 nadenanthera colubrina: a — semente alada: b — secção transversal; c — Plathymenia reticulada: a — semente no interior do artículo; b — semente; c - f^briâo; Anadenanthera macrocarpa: d — semente não alada; e — secção secção transversal; d — embrião; Plathymenia foliolosa: e — semente; f - transversal; f — embrião; g — plúmula. embrião; g — plúmula.

Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 65 oblongo, plano-compresso, reto, estipita- do (2,0-2,5 cm), epicarpo subcoriáceo, de castanho a nigrescente, nítido, liso, glabro; endocarpo segmentado; artículos monos- pérmicos lineares, rígido-membranáceos; margens espessadas, retas. Semente com 0,7-1,2 cm de compri- mento x 0,5-0,6 cm de largura, de obovói- de a obovóide-oblonga, com faces ligeira- mente convexas, não alada, transversal, com endosperma; testa de consistência rígido-membranácea, castanha, nítida, com pleurograma de mediano a apical-basal com braços semi-unidos ou unidos. Embrião com cotilédones de 0,5- 0,9 cm de comprimento x 0,4-0,6 cm de largura, cordado-obovóides, cordado- oblongos ou cordado-suborbiculares, pia- no-convexos; eixo hipocótilo-radícula com 0,3 cm de comprimento, emergente; plú- mula sem nítida diferenciação em pinas. KI As espécies são facilmente reconheci- das, pois são as únicas que possuem fruto do tipo criptolomento e sementes com pleurograma cerrado (fig. 8a, b, e).

Material Examinado

Plathymenia foliolosa Benth. — BRASIL: Bahia — Anadaraí, C. T. Rizzini et A. Mat- — tos Filho 1070 (s.d.)RB. Minas Gerais Horto Florestal de Paraopeba, E. P. Herin- gers.n. (24.VII.1954), carpoteca4052, RB; Ibidem, A. Mattos Filho et E. P. Heringer 120 (20.VII.1979) RB; a 3 Km de Paraope- ba. Fazenda do Rasgão. E. P. Heringer s.n. (30X1959) RB; s.l., E. P. Heringer s.n. (s.d.), carpoteca 3982, RB. Plathymenia reticulata Benth. — BRASIL: Maranhão — 2 léguas abaixo de Carolina, Rio Tocantins, J. M. Pires et G. A. Black — 2476 (29.V.1950) RB. Ceará Serra do Araripe e arredores de Crato, A. Duarte et Ivone 1481 (1 7.VIII.1948), carpoteca 3759, RB. Minas Gerais — Belo Horizonte, Fazenda do Pastinho, M. Barreto 6431 (s.d.) R; Horto Florestal de Paraopeba, E. P. Heringer s.n. (24.VII.1954), carpoteca 4051, RB; Ibidem, A. Mattos Filho et E. P. Heringer 121 (20.VII.1959) RB; Paraope- ba, E. P. Heringer s.n. (30.X.1959) RB. Rio de Janeiro, Avellar. G. M. Nunez 53 (1931) L____kX/ R. Figura 9 — — — Piptadenia oblíqua: a semente: b secção transversal; c embrião; k — plúmula; Piptadenia fruticosa: — — — 10 — Piptadenia Bentham d semente; e secção transversal; f embrião; Piptadenia paniculata: g — semente; h secção — — Bentham, in Hooker's Journ. Bot. transversal; i embrião; j plúmula. 2:135. 1840; 4:334. 1841. Fotos: 31-32; Fig. 9 raramente moniliforme, plano-compresso, venoso, glabro; margens levemente es- reto ou raramente falcado, estipitado (1,0- pessadas, retas ou raramente constrictas. Legume com 9,0-23,0 cm de compri- 2,5 cm), de cartáceo a subcoriáceo, de Semente com 0,6-1,3 cm de compri- mento x 0,7-3,5 cm de largura, oblongo, pardacento a ferrugíneo, nítido ou opaco, mento x 0,4-1,3 cm de largura, orbicular,

66 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 suborbicular ou obovóide-oblonga, com Sooretama, D. Sucre 5744 (22.VII.1 969) Material Examinado faces convexas, não alada, transversal ou RB. raramente — longitudinal, com ou sem en- Piptadenia fruticosa (mart.) Macbr. Parapitadenia blanchetii (Benth.) Vaz et dosperma; testa de consistência rígida a BRASIL: Rio de Janeiro — s.l., A Sampaio M.P. Lima — BRASIL: Bahia — Amargosa, ngido-membranácea, de pardacenta a cas- 3097 (VII.1 91 8) R; Matas do Horto Flores- A P.Araújo 123 (s.d.) RB. tanha, nítida, com pleurograma mediano tal, J. G. Kuhlmann s.n. (12.VIII.1930), Parapiptadenia pterosperma (Benth.) Bre- ou apical-basal com braços afastados. carpoteca 2439, RB; Santa Teresa, Vitorio nan — BRASIL: Minas Gerais — Reseva Embrião com cotilédones de 0,5- s.n. (7.V.1930) RB. Florestal do Rio Doce, Ponte Queimada, G. 1.2 — cm de comprimento x 0,3-1,2 cm de Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. Martinelli et al. 50 (30.VIII.1973) RB. iargura, — cordado-orbiculares, cordado- BRASIL: Rio de Janeiro Itapuca, D. Parapiptadenia rígida (Benth.) Brenan — suborbiculares — ou cordado-oblongos, pia- Sucre s.n. (s.d.) RB; s.l., Sellow s.n. (s.d.) R; BRASIL: São Paulo Itapetinga, J. I. de no-convexos; — — plúmula diferenciada em pi- s.l., Idem s.n. (s.d.) R. Santa Catarina Lima s.n. (s.d.) RB. Paraná Guarapuava, nas ou, mais raramente, sem nítida diferen- Cresciuma, H. P. Veloso 207 (s.d.) RB. G. Hatschbach et al. 16536 (16.VI.1967) ciação — em pinas. Piptadenia laxipinna G. M. Barroso HB. Santa Catarina —Joaçaba.na margem 0 gênero Piptadenia foi estudado de BRASIL: Rio de Janeiro — Jacarepaguá, oeste do Rio do Peixe, L. B. Smith et R. acordo com os limites estabelecidos por Três Rios, A P. Duarte 5634 (25.VII.1961) Klein 11907 (27.1.1957) R. PARAGUAI: Brenan — (1955 e 1 963), o qual restringiu a RB. Capiata arroio capiata, P. Arenas 11 77 — este gênero as espécies com fruto legume Piptadenia oblíqua (Pers.) macbr. BRA- (20.IV.1975) HB. e semente não alada, subordinando-as a SIL: Piauí — Pedro II, Serra dos Motões, D. duas seções: Pityrocarpa Benth. e Piptade- Sucre etJ. F. da Silva 9298 (24.VI.1972) 1 2 — Desmanthus Willdenow nia. Na primeira, Brenan incluiu as espécies RB. Ceará — Tianguá, O. A. Salgado 43 Willdenow, Sp. Pl. 4(2):888, 1044. cujas — margens do fruto são muito constric- (4.VIII.1978) RB. Pernambuco petroli- 1806. tas entre as sementes, em contraposição na, Reserva da Embrapa, R. F. Monteiro et Foto: 35; Fig. 11a-d as margens retas do fruto que caracterizam al. 10180 (19.VII.1979) UEC; arredores de as espécies do segundo grupo. Com base Petrolina, E. P. Heringer et al. 102 Legume com 3,0-10,0 cm de compri- no material observado, pode-se relacionar, (18.IV.1971) RB. mento x 0,3-0,5 cm de largura, amplamen- ainda, — BRASIL: pra cada um dos grupos, as seguin- Piptadenia paniculata Benth. te linear, plano-compresso, reto ou subfal- 'es — características: Rio de Janeiro Santa Maria Magdalena, cado, séssil, cartáceo, pardacento, casta- ²legume moniliforme, sementes lon- D. Constantino s.n. (s.d.) RB. nho-avermelhado ou nigrescente, nítido, gitudinais com endosperma e em- venoso, glabro; margens espessadas, retas. brião com plúmula não diferenciada Semente com 0,3-0,5 cm de compri- — mento x em pinas (Seção Pityrocarpa)Pipta- 11 Parapiptadenia Brenan 0,2-0,3 cm de largura, obovóide, denia oblíqua (foto 32; fig. 9a-c e Brenan, Kew Buli. 17:228. 1963. com faces convexas, não alada, oblíqua, 9k); Fotos: 33-34; Fig. 10 com endosperma; testa de consistência ²legume não moniliforme, com mar- rígido-membranácea, de pardacenta a cas- gens retas, sementes transversais Legume com 7,0-22,0 cm de compri- tanha, nítida, com pleurograma mediano com ou sem endosperma e embrião mento x 1,0-3,5 cm de largura, oblongo, com braços afastados. com plúmula diferenciada em pinas plano-compresso, reto, estipitado (0,3- Embrião com cotilédones de 0,2- (Seção Piptadenia) Piptadenia adi- 1,5 cm), de cartáceo a subcoriáceo, de 0,3 cm de comprimento x 0,2-0,3 cm de largura, natoides, P. fruticosa (foto 31; fig. pardacento a castanho-escuro, opaco ou cordado-orbiculares, plano-conve- 9d-f), P. gonoacantha, P. paniculata nítido, venoso, glabro; margens levemente xos; eixo hipocótilo-radícula com 0,3 cm (fig. 9g-j) P. laxipinna. espessadas, sinuosas. de comprimento, emergente; plúmula sem Em relação à presença do tecido de Semente com 1,0-1,5 cm de compri- nítida diferenciação em pinas. reserva, as sementes de Piptadenia foram mento x 1,0-2,7 cm de largura, subtrans- 0 fruto de Desmanthus (foto 35) como c°nsideradas por Bentham (1875, verso-oblonga, transverso-oblonga ou, mencionado por Isely (1970), apresenta 1°76), sem endosperma e, por Brenan mais raramente, suborbicular, com faces grande afinidade com o de Neptunia, dife- <1955) e Burkart (1969 e 1979), com planas, de amplamente a estreitamente rindo deste por sua forma amplamente endosperma. Através do exame do material alada, longitudinal, sem endosperma; testa linear. As sementes, dispostas obliqua- c°ncluiu-se que o caráter é variável, pois de consistência membranacea, pardacen- mente e não de forma longitudinal como ern P. gonoacantha, P. laxipinna e P. pani- ta, opaca, sem pleurograma. descrito por Windler (1966), caracteri- c*Jlata (fig. 9h) as sementes não possuem Embrião com cotilédones de 0,5- zam-se, principalmente, pelo pleurograma endosperma, enquanto que em/3, fruticosa 0,8 cm de comprimento x 0,8-2,0 cm de mediano (fig. 11 a). (fl9.9e)eP. oblíqua (fig.9b)apresentam-se largura, cordado-obreniforme-transverso- com endosperma. oblongos, planos; eixo hipocótilo-radícula Material Examinado com 0,2-0,4 cm de comprimento, emer- gente; plúmula diferenciada em pinas. Desmanthus depressus Humb. et Bompl. Material Examinado As espécies de Parapiptadenia são ex Willd. — BRASIL: Minas gerais — Belo muito afins das de Piptadenia, porém, dife- Horizonte, Curvelo, P. Gibbs et al. 2527 Piptadenia adiantoides (Spreng.) Macbr. renciam-se pelas sementes aladas, planas, (30.VII.1 976) UEC; Salinas, Km 10 Estrada — BRASIL: Espírito Santo Campo nativo com testa muito tênue não marcada por para Pedra Azul, H. F. Leitão Filho et al. de Mussununga do Quirino, Reserva do pleurograma (fig. 10a). 7905 (25.V.1978) UEC.

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 67 D•^"^ii&f

Figura 10 Figura 11 ¦ — — — Parapiptadenia pterosperma: semente alada: b secção transversal; Desmanthusvirgatus: a semente; b secção transversal; c — embrião; d — — — Neptunia oleracea: e — — c embrião; d plúmula. plúmula; semente; f secção transversal; g — em- brião; h — plúmula.

Desmanthus tatuhyensis F. C. Hoehne — 1 3 — Neptunia Loureiro dado-suborbiculares ou cordado-oblon- BRASIL: São Paulo — Itapetininga, J. I. de Loureiro, Fl. Cochinch. 2:641, 653. gos, plano-convexos; eixo hipocótilo-radí- Lima s.n. (13.XI.1946) RB. Paraná — Porto 1790. cuia com 0,2 cm de comprimento, emer- Amazonas, Gurgel 10 (17.XII.1929) RB. Foto: 36; Fig. 11e-h gente; plúmula sem nítida diferenciação Santa Catarina — Campo dos Cantisanos, em pinas. Rio das Pedras, F. Mu/ler 96 (s.d.) R; Capin- Legume com 3,0-5,0 cm de compri- Como mencionado anteriormente, zal L. B. Smith et R. klein 11924 mento x 0,8-1,0 cm de largura, amplamen- Neptunia e Desmanthus apresentam afini- (28.11.1957) R. te oblongo, plano-compresso, subfalcado, dade em relação ao legume Windler — Desmanthus virgatus (L) Willd. BRA- estipitado (0,3-1,0 cm), cartáceo, de casta- (1966), em sua revisão sobre o gênero SIL: Ceará — Serra de Baturité, Sítio B. nho a nigrescente, opaco, venoso, glabro; Neptunia, considerou que a principal dife- Inácio de Azevedo, J. Eugênio (S.J.) 593 margens não espessadas, retas ou sinuo- rença entre ambos os gêneros está na (11.V.1939) RB; s.l. F. C. Camargo s.n. sas. posição da semente, que em Desmanthus, — (s.d.) R. Paraíba Estrada Paraíba, S. Semente com 0,4-0,5 cm de compri- segundo o autor, é longitudinal, enquanto Gonçalo Souza, Comn. Serv. Compl. da mento x 0,2-0,3 cm de largura, obovóide, que em Neptunia é transversal ou oblíqua Inspetoria F.O.C.Seccas45 (1935) RB. Per- obovóide-oblonga, com faces convexas, Porém, este caráter não deve ser conside- nambuco — Caruaru, P. H. Davis et D. A. não alada, transversal ou oblíqua, com en- rado, uma vez que, como mencionou Isely Lima 61137 (25.IX.1976) UEC. Rio de Ja- dosperma; testa de consistência rígida, de (1970), as sementes oblíquas ocorrem — neiro Jardim Botânico, J. G. Kuhlmann pardacenta a castanha, nítida, com pleuro- em ambos os gêneros. s.n. (11.IX.1939) RB; Niterói, Ponta de grama apical-basal com braços afastados. 0 legume em Neptunia caracteriza-se, Itaipu, V. F. Ferreira et ai. 456 (6.IX.1978) Embrião com cotilédones de 0,4 cm de principalmente, pela forma amplamente RB. comprimento x 0,2-0,3 cm de largura, cor- oblonga, diferenciando-se, assim, do legu-

68 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 me linear de Desmanthus. A semente dis- tmgue-se, principalmente, da de Desman- thus, pelo pleurograma apical-basal (fig. 11e).

Material Examinado

Neptunia oleracea Lour. — BRASIL: Pará — s.l., F. C. Camargo s.n. (1952) IAN. Maranhão — São Bento, Alegre,N. A. Rosa 2523 (4.VII.1978) UEC; Viana, A. Aguire s-n. (26.VI.59) RB; s.l., O. C. de Viana 6 (1955) RB. Neptunia plena (L.) Benth. — BRASIL: Cea- ra — Fortaleza, lagoa do Tauape, F. Dromet 2565 (5.X.1935) R.

— 14 Prosopis Linnaeus E Linnaeus, Mantissa PI. 7:68. 1767. Foto: 37; Fig. 12

Lomento drupáceo com 20,0-26,0 cm de comprimento x 1,0-1,5 cm de largura, ''near-oblongo, subcilíndrico, de subfal- Cado a falcado, estipitado (2,0 cm), epicar- P° cartáceo, pardacento, opaco, venoso, 9'abro; mesocarpo pulposo-granuloso; en- uocarpo coriáceo, segmentado, artículos rnonospérmicos, de retangulares e sub- Quadrangulares; margens espessadas, si- nuosas. Sementes com 0,7-0,8 cm de compri- mento x 0,4-0,5 cm de largura, elipsóide, c°m faces levemente convexas, não alada, transversal ou suboblíqua, com endosper- ma; testa de consistência rígido-membra- nacea, castanha, nítida, com pleurograma aPical-basal com braços afastados. Embrião com cotilédones de 0,5- °-6 cm de comprimento x 0,4-0,5 cm de argura, cordado-suborbiculares, plano- convexos; eixo hipocótilo-radícula com u>* cm de comprimento, emergente; plú- mula sem nítida diferenciação em pinas. 0 fruto de Prosopis é facilmente idenfi- cado entre os frutos dos demais gêneros, Figura 12 Por ser o único nas Mimoseae com cara cte- Prosopis hassleri: a — semente no interior do artículo: b — semente; c — secção transversal; d — embrião; r'sticas de lomento drupáceo. e — plúmula. Devido a escassez de material frutífero, a descrição genérica está baseada apenas Grosso — Corumbá, margem do rio Para- plano-compresso, reto, estipitado (1,5 cm), na observação do fruto e da semente de P. guai, £ Pereira et ai. 1 20 (1 .X.1 953) RB. subcoriáceo, de pardacento a castanho, "dssleri, uma das quatro espécies ocorren- nítido, venoso, rugoso, glabro; margens 'es no Brasil. Porém, segundo as descri- não espessadas, retas, unilateralmente ex- Pões de Burkart (1943, 1976), o lomen- 15 — Dinizia Ducke pandida em ala. to drupáceo é o tipo de fruto característico Ducke, Arch. Jard, Bot. Rio de Janei- Semente transversal, comprimida com das espécies deste gênero. ro, 3:76. t. 4. 1922. cerca de 10 a 12 mm de comprimento Foto: 38 x 7 mm de largura; testa dura nítida, fusco- Material Examinado nigrescente; embrião incluso em endos- Samaróide com 25,5-30,0 cm de com- perma crasso semitranslúcido. (Ducke Pm. sopis hassleri Harms — BRASIL: Mato primento x 4,5-6,5 cm de largura, oblongo, 1922)

Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 53-78. jan./jun. 1985 69 Material Examinado to, observou-se que a forma de deiscência trabalho, em sensu stricto, para caracteri- é variável, uma vez que foram observados zar os frutos secos, com deiscência regular, Dinizia excelsa Ducke — BRASIL: Amazo- frutos maduros tardiamente deiscentes, dorsiventral e os demais tipos de frutos dos nas — Manaus, Estrada das terras altas inicialmente de forma folicular e, posterior- gêneros da tribo Mimoseae foram reco- além da Colônia João Alfredo, A. Ducke mente bivalvar semelhante ao legume, além nhecidos como folículo, sacelo, legu- 707 MG, Pará Amerim, de frutos maduros ainda indeiscentes. me carnoso, criptolomento, craspé- (9.V.1941) (S/S). j— Monte Dourado estrada do sul do Pacanari, Quanto à carnosidade, presente na maioria dio, lomento drupáceo e samaróide. Por M. R. Santos 451 (2.XII.1978) MG, (S/S); das espécies examinadas, verificou-se que outro lado, aceita-se a hipótese de que esta "legume" arredores da Serra do Curumun, A Ducke esta não chega a formar substância pulpo- diversidade nos tipos de é con- 15774 (1.X.1915) RB. (S/S); Rio Tapajós, sa envolvendo as sementes, como é pecu- seqüência de diferentes adaptações à dis- Bela Vista, A Ducke 15826 (6.XII.1915) liar, segundo as definições de Burkart, persão. Isto não impede, porém, que se RB, (S/S); Rio Tapajós, Furnas, A Ducke (l.c), e Barroso, (l.c), nos frutos do tipo utilize uma terminologia específica para s.n. (s.d.) carpoteca 486, RB, (S/S); Rio legume bacáceo. Por estes motivos, man- definir os frutos que sofreram tais altera- Tapajós, Região das cachoeiras inferiores, teve-se a denominação de legume carno- ções morfológicas. A Ducke s.n. (26.VI.1918) RB, (S/S). so, provisoriamente, para o fruto de Em oposição ao que afirmou Bravato Stryphnodendron (excetoemS. gracile), até (1974), ao colocar em dúvida o valor taxo- que maior quantidade de frutos, em estado nômico do fruto, na sistemática de Mimo- e Conclusão Discussão natural, sejam examinados. soideae, concluiu-se que os gêneros estu- Além dos frutos anteriormente defini- dados podem ser caracterizados através de Os sistematas, em geral, vêm descre- dos por Burkart, (l.c.) e Barroso, (l.c), seus frutos. vendo, os frutos da tribo Mimoseae, deno- foram classificados para a tribo Mimoseae As sementes dos gêneros da tribo Mi- minando-os, indiscriminadamente, de le- os tipos sacelo e samaróide. 0 sacelo está moseae e suas estruturas externas e inter- gume, ou simplesmente, fruto. Os tipos de relacionado com os frutos observados em nas enquadram-se, de forma geral, nas frutos, neste trabalho, foram definidos se- Mimosa meticulosa e Mimosa acerba, que descrições para a subfamília Mimosoideae gundo os conceitos de Burkart (1943) e foram utilizados por Burkart (1979:133) apresentadas pelos autores citados na re- Barroso (no prelo). De forma geral, con- em sua chave, como caráter para a identifi- visão bibliográfica. Concordou-se com o cordou-se com a definição de ambos os cação das espécies de Mimosa ocorrentes conceito de Isely (1947, 1955) em rela- autores acima citados, porém, os frutos de em Santa Catarina. Tais estruturas foram ção a posição basal do hilo, o qual é determinados gêneros requerem maior denominadas por Burkart, (l.c), como coerente, inclusive com a definição de "lomento discussão. oboval não articulado, deiscente Murley (1 951) sobre a base de um órgão. Entre os tipos classificados por Bur- no ápice, valvas não separadas do replum". Desta forma, as classificações apical, suba- kart, (1.c), o de Schrankia foi definido Neste mesmo trabalho, ao descrever tais picai e mediano, utilizadas por Boelcke por ele e, posteriormente, por Bravato espécies, refere-se, ainda, a vagens e fru- (1946) e Bravato (1974), em suas des- (1974), como legume de margens aculea- tos deiscentes, bivalvos, não articulados. crições a respeito do hilo, não foram aplica- das. Entretanto, a persistência das mar- Através das descrições divergentes do au- das. "valvas", gens, após a queda das mencio- tor acima mencionado, e do exame de A presença de ala, que segundo Gunn nada anteriormente nas descrições de material, concluiu-se que ambas as desig- (1981) na subfamília Mimosoideae é pe- Bentham (1875, 1876), Hutchinson nações, lomento e vagem, são impróprias culiar às sementes da tribo Mimoseae, constitui (1967), Elias (1974) e Lewis e Elias para esses frutos, uma vez que não há a um caráter de grande valor taxo- nômico (1981), foi verificada ao examinar-se os formação de artículos como é característi- pois possibilita a identificação de frutos do referido gênero, evidenciando-se co no lomento e, embora haja semelhança gêneros afins. As sementes aladas são assim, a diferenciação das margens em com o tipo legume, deste difere, principal- constantes nas espécies de Pseudopipta- denia, Newton replum. Além disto, no respectivo fruto não mente, pela forma de deiscência. Por estas ia e Parapiptadenia. há a formação das valvas típicas do legume. razões, adotou-se o termo sacelo (Man- Nas sementes não aladas, verificou-se Assim sendo, devido a presença do replum nagetta 1913), que caracteriza o fruto a presença constante do pleurograma. Os no fruto de Schrankia e, ainda por este com deiscência transverso-apical, man- pleurogramas das sementes da tribo Mi- afastar-se muito da forma bivalvar típica do tendo-se as valvas unidas. Tal tipo de fruto moseae são, muitas vezes, intermediários legume, concorda-se com a classificação sugere a sua origem de um craspédio arti- entre os tipos apresentados por Gunn estabelecidos, de BARROSO, (l.c), que incluiu-o no grupo culado, encontrado na grande maioria das (1981), por este autor, em de Mimosa e entada, como pertencente ao espécies de Mimosa, o qual teria sofrido relação a seu grau de abertura. Por este tipo craspédio. 0 processo de segmenta- uma regressão em relação ao replum e motivo, neste trabalho, classificou-se o ção do craspédio de Schrankia leva a se número de artículos, reduzindo-se a um pleurograma de acordo com a região que supor que este tipo de craspédio seja uma frutículo deiscente. abrange na semente. Ainda em relação ao forma intermediária entre os craspédios Ao fruto de Dinizia, denominado por pleurograma, Gunn (l.c), após abordar a articulados e aqueles de valvas contínuas. Ducke (1922), Hutchinson (1967) e atuação do hilo como válvula higroscópica Ainda em relação aos frutos classifica- Barroso (no prelo) de legume indeiscen- nas sementes duras de Papilionoideae, co- dos por Barroso, (l.c), ao de Stryphno- te, foi atribuída a denominação samaróide, menta que Hyde, em trabalho não concluí- dendron, foi atribuído o nome de legume devido a expansão unilateral aliforme e a do, sugeria que o pleurograma nas sêmen- carnoso. Bravato, (l.c), considerou-o sua dispersão pelo vento. tes óeAlbizia também funcionasse como como legume com deiscência tardia ou Ao contrário do conceito de Dudik válvula higroscópica. Através do estudo legume bacóide. Ao examinar-se esse fru- (1981), o termo legume foi utilizado neste morfológico das sementes da tribo Mimo-

70 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 seae, observou-se que nas sementes com versidade Federal de Viçosa. 377 p. DUCKE, A. Plantes nouvelles ou peu con- testa muito rígida, como as de Entada, BENTHAM, G. Contributions towards a fio- nues de Ia région amazonienne (Dini- Mimosa pp., Neptunia e Stryphnoden- ra of South America. — Enumeration zia). Arq. Jard. Bot. Rio de Janeiro, 3: oron, o pleurograma atinge maior extensão of plants collected by Mr. Schomburgk 76-7, 1922. il. e naquelas em que a testa é de consistência in British Guiana, (tribe Mimoseae). In: DUDIK, N. M. Morphology of the pods of tênue, tal estrutura é geralmente ausente Hookers Journ. Bot., 2(11 ):1 27-46, Leguminales (Fabales). In: Polhill, R. °u levemente marcada. Tais observações 1840. M. and Raven, P. H.Advancesin legu- levam a supor que realmente o pleurogra- . Notes on Mimoseae, with a me systematies, Kew, Crown Copy- ma atua como válvula higroscópica. Porém short synopsis of species (P/athyme- right, 1981. v. 2, p. 897-901. il. e necessário que se façam estudos deta- nia e Piptadenia). In: Hookers journ. DUKE, J. A. Keys for the identification of 'nados sobre a função de tal estrutura. Bot, 4(30-31 ):333-41, 1841(42). seedlings of some prominent woody Em relação às estruturas embrionárias, . Revision of the suborder Mimo- species in eight forest types in Puerto destaca-se a plúmula que, por sua forma seae. The Trans. Linn. Soe. London, Rico. Ann. Missouri Bot. Gard., 52(3): diferenciada e constante nos gêneros Ana- 30(3):335-664, 1875. il. 314-50, 1965. il. denanthera, Newtonia, Parapiptadenia e . Leguminosae-Mimosoideae. . On tropical tree seedlings I. Schrankia, pode ser utilizada como bom //?.'Martius. Flora Brasiliensis. Mona- Seeds, seedlings, systems, and syste- caráter na sistemática dos referidos taxons. chii, Regia C Wolf et Fil., B. Keller, maties. Ann. Missouri Bot. Gard., 56(2): Ern Mimosa, devido aos diversos graus de 1876. v. 15, pt. 2, p. 258-503. 125-61, 1969. il. diferenciação da plúmula em pinas, a utili- BOELCKE, O. Estudo morfológico de las _. et POLHILL, R. M. Seedlings of zaÇão desta estrutura como carátertaxonô- semillas de Leguminosas Mimosoi- Leguminosae. In: Polhill, R. M. and mico, Raven, restringe-se a grupos de espécies. deas y Caesalpinoideas de interés P. H.Advances in legume sys- w°s demais gêneros estudados, onde tal agronômico en Ia Argentina. Darwi- tematies, Kew, Crown Copyright, diferenciação não é aparente, torna-se difí- niana, 7(2):240-321, 1946. il. 1981. v. 2, p. 941-9, il. C|l ELIAS, T. The a análise da plúmula, devido às dimen- BRAVATO, M. Estudo morfológico de fru- S. genera of Mimosoideae sões diminutas. tos y semillas de las Mimosoideae (Leguminosae) in the southeastern Para finalizar, conclui-se que o fruto, a (Leguminosae). Acta. Bot. Venezuela, United States. Journ. Arn. Arb., 55: semente e o embrião dos gêneros da tribo 9(1-4):317-61, 1974. il. 67-118, 1974. il. Mimoseae fornecem dados importantes ao BRENAN, J.P.M. Noteson Mimosoideae: I. FONT QUER, P. Dicionário de Botânica. 5 estudo sistemático desses taxons. Kew Buli, 10(2):161-92, 1955. ed. Barcelona et alii, Editorial Labor, BRENAN, J. P. M. Notes on Mimosoideae: S.A. 1975. 1244 p., il. Abstract VIM. Kew Buli, 17(2):227-8, 1963. GAERTNER, J. Leguminosae. In: De frueti- Notes on Mimosoideae: XI. bus et seminibus plantarum, Tubin- The work presented here consists of a . 1966. 1791. v. 2, 301-52. m°rphological study of the fruits, seeds Kew Buli, 20(3):361-78, giae, p. and BURKART, A. Las Leguminosas Argenti- GUNN, C. R. Seeds of Leguminosae. In: embryos of the fifteen genera of the ,r|be nas. Buenos Aires, Acme Agency, Polhill, R. M. and Raven, P. H.Advan- Mimoseae Bronn (Leguminosae-Mi- ces in legume systematies, ^osoideae) occuring in Brazil. The taxa, in 1943. 590 p. il. Kew, relation Mimosa Ia Crown Copyright, 1981, to their structure, are described . Las espécies de de v. 2, p. 913- 25, il. and identified by a dichotomus key. flora Argentina. Darwiniana, 8(1 ):9- The fruits are classifiedintoeighttypes, 231, 1948. il. HERTEL, R.J. G. Contribuição para afitolo- Pnncipally considering the dehiscent and . Sinopses de las espécies de gia teórica. II Alguns conceitos na lr|dehiscent Lepidotae. Darwi- forms, the morphology of the Mimosa de Ia serie carpologia. Humanitas 4(4): 1-43, niana, 13(2-4):343-427, 1964. il. 1959. Pericarp and the presence or absence of a rePlum. Leguminosas nuevas o criticas, In relation to the seeds two groups . HUTCHINSON, J. Mimosaceae. In: The distinguish VII. Darwiniana, 1 5(3-4):501-49, themselves: those with winged Genera of flowering plants (Angios- seeds 1969. il. and those with seeds ones without permae). Oxford, University Press, W|ngs. 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\ \ ££ ? Foto 1 Foto 2 Plântula de Anadenanthera colubrina. Plântula de Newtonia nitida.

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Foto 3 Foto 4 Plântula de Desmanthus virgatus. Plântula de Parapiptadenia sp.

72 Rodriguesia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 1»:Tá»"""*'"**!^a^.^aVJaaaV^aaaaaVCa» f-$** f* *% £ m% •v ‡/ \ ii mi X ,minot.' i *i i

Foto 5 Foto 6 Plântula de Stryphnodendron adstringens. Plântula de Pseudopiptadenia leptostachya.

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mè% ^mmmW¦"***-—_1 ™» Foto 7 Foto 8 Sacelo de Mimosa acerba. Craspédio indiviso de Mimosa claussenii.

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Foto 9 Foto 10 Craspédio indiviso de Mimosa micropteris. Craspédio indiviso de Mimosa pachycarpa.

Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 73 ~ "Ti ~~3jíj ~~$ cm, 11 li,!.:.'ÜÜh:!—J

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Foto 11 Foto 12 Craspédio indiviso de Mimosa pseudo-obovata. Craspédio articulado de Mimosa pigra.

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Foto 13 Foto 14 Craspédio articulado de Mimosa pudica. Craspédio articulado de Mimosa somnians.

Foto 15 Foto 16 Craspédio articulado de Mimosa spruceana. Craspédio articulado de Mimosa furfuracea.

74 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78. jan./jun. 1985 Ullilíl LUliálllililllJ

Foto 17 Foto 18 Craspédio articulado de Mimosa scabrella. Craspédio articulado de Mimosa caesalpiniaefolia.

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Foto 19 Foto 20 raspédio articulado de Mimosa modesta. Craspédio de Schrankia leptocarpa. '  ~~~I U~~æ¦ ²*

Foto 21 Foto 22 raspédio articulado de Entada po/ystachya. Legume carnoso de Stryphnodendron adstringens.

Rodi riguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 75 ~aa^a""""ata"aflafea"a""r""aW 5j à ^ \

Foto 23 Foto 24 Legume carnoso de Stryphnodendron coriaceum...... *&&^fFolículo de Stryphnodendron gracile.

Foto 25 Foto 26 Folículo de Goldmania paraguensis. Folículo moniliforme de Pseudopiptadenia leptostachya.

Foto 27 Foto 28 Folículo de Newtonia glaziovii. Folículo de Anadenanthera colubrina.

76 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 .1s

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poto 29 Foto 30 oliculo de Anadenanthera macrocarpa. Criptolomento de Plathymenia foliolosa. ———^,

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Foto 31 Foto 32 Le9ume de Piptadenia fruticosa. Legume de Piptadenia oblíqua.

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Foto 33 Foto 34 e9ume de Parapiptadenia pterosperma. Legume de Parapiptadenia rígida.

Rod ""iguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 53-78. jan./jun. 1985 77 ^HM*^K ¦^^^^HBfeMnL& :?>m3ÊF

Foto 35 Foto 36 Legume de Desmanthus virgatus. Legume de Neptunia oleracea.

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Foto 37 Foto 38 Lomento drupáceo de Prosopis hassleri. Samaróide de Dinizia excelsa.

78 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 53-78, jan./jun. 1985 Paullinia carpopodea Camb. (Sapindaceae). Anatomia foliar.

C L. de Almeida Ferraz'1 Neste trabalho os autores referem-se à heterofilia de Paullinia carpopodea Camb., e c- Gonçalves Costa2 tecem considerações sobre as prováveis causas que a determinam. Mencionam a estrutura nodal trilacunare as características da vascularização foliar, citando a ocorrência de floema interno nos feixes mais desenvolvidos do peciolo e da nervura principal. Focalizam, também, os laticíferos ramificados, que se anastomasam segundo um padrão reticulado. Registram a presença de tricomas tectores e glandulares, do tipo maleiforme, nas duas epidermes e chamam a atenção para a ocorrência de estõmatos anomocíticos na epiderme adaxial, sobre a nervura mediana e nas secundárias. Tecem considerações quanto aos tipos e distribuição dos estõmatos na epiderme abaxial. Evidenciam domácias marsupiformes nas axilas da nervura principal, nas quais se alojam insetos da ordem Thysanoptera, pequenos ácaros não identificados e agrupamentos de ovos. Referem-se também à presença de estruturas com características de hidatódios- epitema, na região do mucron.

Professora Adjunta do Museu Nacional Introdução focalizando entre outros, os aspectos liga- — UFRJ. dos à heterofilia de P. carpopodea Camb. 2 Pesquisadora do Jardim Botânico do Rio Um dos aspectos que mais tem cha- de Janeiro e Bolsista do Conselho Na- mado a atenção dos pesquisadores que se Material e métodos cional de Desenvolvimento Científico e dedicam ao estudo da família Sapin- Tecnológico. à heterofilia das espé- (CNPq). daceae, diz respeito 0 material utilizado neste trabalho é cies, caráter que tem sido utilizado muitas proveniente do Parque Nacional da Tijuca, vezes para estabelecer taxons infra-espe- próximo à estrada do Sumaré e uma exsica- cíficos (Radlkofer, 1897). ta representativa, está registrada no herbá- rio do Museu Nacional do Rio de Janeiro (R A variabilidade na arquitetura foliar evi- 146222). denciada até num mesmo indivíduo, como ocorre em Paullinia weinmaniaefolia Mart. As observações anatômicas foram de- (A. Ferraz, Dissertação de Mestrado, no senvolvidas em folhas adultas, provenien- prelo), sugere que essa característica deve tes do 5.° nó, sem tratamento prévio ou ser analisada cuidadosamente, no que se fixadas em F.A.A. em álcool a 50% (Sass, refere a definições taxonômicas, uma vez 1951). De acordo com as exigências do que pode expressar não só o reflexo das trabalho, foram confeccionadas lâminas modificações decorrentes da influência do provisórias ou permanentes, obtidas se- ambiente, como também a manifestação gundo a metodologia clássica (Johansen, de um processo evolutivo (Hickey & Doyle, 1 940; Sass, 1951), utilizando-se a colora- 1977). ção dupla Astrablau-Fucsina básica, referi- da por Braga (1 977). No presente trabalho, as autoras se propõem continuar os estudos sobre espé- A natureza das impregnações parie- cies da família Sapindaceae, iniciados com tais e dos conteúdos celulares, assim como P. weinmaniaefolia Mart. (A. Ferraz, l.c), a deposição de ceras na cutícula, foram

Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 79-90. jan./jun. 1985 79 evidenciados pelos testes histoquímicos riormente, na lacuna central. Logo após, específicos (Johansen, l.c; Sass, l.c). conforme se evidencia nas figuras 3.2 e 3.3, cada rastro lateral emite um pequeno As epidermes foram dissociadas pelo feixe que se dirige para as estipulas. método de Jeffrey (Johansen, l.c.) e na identificação dos tipos estomáticos se- Ainda ao nível nodal, o feixe central guiu-se a classificação referida por Metcal- expande-se e, em seguida, fraciona-se em fe Et Chalk (1965), revisada por Cotthem feixes menores, depois de receber um (1970) e atualizada por Metcalfe & Chalk acréscimo, proveniente dos feixes laterais (1 979). O número médio de estômatos foi (figura 3.3). calculado através de 100 contagens, proje- War ¦¦ ¦':'¦¦ 1 ^Éfl ^Bs H wÊÊIft examinado em um tando-se o campo qua- Após uma série de fusões e divisões, mm de lado e calculando drado de 0,5 os feixes vasculares se apresentam em a média aritmética. posteriormente dois grupos, um deles constituído por cer- ca de 10-12 feixes cujas dimensões são Determinou-se o padrão de nervação variáveis e que se dispõem na face abaxial e segundo a terminologia de Hickey (1 974), o outro, integrado por2 feixes maiores, em folhas diafanizadas de acordo sendo as oposição àqueles. Na região central, ocorre com Foster (1 960). um pequeno feixe anfivasal (figura 3.4).

Determinou-se o número de domácias Ao nível do pulvino, observa-se que avaliando a média aritmética das porfolha, esses feixes se dividiram e tendem a se em 25 folhas e sua classificação ocorrentes reagrupar em círculo. O feixe central tam- foi baseada nos trabalhos de Chevalier Et bém se divide, conservando seu caráter Chesnais 941) e Stace (1 965). (1 Figura 1 anfivasal (figuras 3.5 e 3,6). Paulinia carpopodea Camb. — Hábito Resultados Ainda no pulvino, na região externa aos feixes vasculares, observa-se o início Morfología externa de diferenciação de alguns elementos ce- Mares em nível mais alto, difencia- Liana lactescente, heliofila, muito ra- que, já dos, irão constituir uma bainha escleren- mificada, crescendo sobre árvores altas; quimática, que acompanha esses feixes caule cilíndrico, com numerosas lenticelas; (figura 7) em de seu ramos cilíndricos densamente lenticela- grande parte percurso. dos. As figuras 3.5 e 3.6 evidenciam ainda que o cilindro vascular do caule, a esta Folhas alternas, pecioladas, estipula- altura, torna a se desmembrar, emitindo das, composto-pinadas, com 3 pares de rastros que vão integrar o suprimento vas- jugas, variando o número de folíolos de 7- cular de uma gavinha, da gema axilar e de 11, conforme o par basal seja simples, suas respectivas estipulas. ternado ou mais raramente lobado; folíolos Figura 2 membranáceos, elípticos, de base cunea- Diferentes aspectos da arquitetura foliar de P. carpo- da, ápice nucronado e margem íntegra; podea Camb. (Sapindaceae). Na transição do pulvino para o pecíolo, os feixes sésseis, com exceção dos folíolos basais, vasculares, embora conservando sua individualidade, se aproximam e com peciólulos alados ou nus, de 0,6- Santa Catarina (Radlkofer, 1897; Reitz, pas- 1,0 cm de comprimento e 0,2-0,3 cm de 1962). sam a constituir um anel (figura 4.2), do se separam dois feixes largura; folíolos variáveis quanto às dimen- qual pequenos que aos se encaminham as soes, sendo os intermediários geralmente Vascularização foliar poucos para proje- laterais do 4.3 e 4.4). mais desenvolvidos (figuras 1 e 2). Nerva- ções pecíolo (figuras A este nível, os feixes maiores apresen- ção camptódromo-broquidódroma. Do- Cortes transversais seriados, ao nível já macias nas axilas das nervuras; raque foliar do 5.° nó caulinar, evidenciam a saída de tam caráter bicolateral pela ocorrência de alada, com 2 segmentos, o inferior tendo três rastros foliares, dois laterais e um um pequeno maciço de floema interno 4.3). Os feixes 3,0 cm de comprimento por 0,8 cm de central maior (figura 3.1) o que condiciona (figura medulares também largura e o superior, 2,6 cm de comprimen- a ocorrência de três lacunas, caracterizan- se fundem, originando um feixe maior, anfivasal. to por 1,0 cm de largura, via de regra. do uma estrutura nodal trilacunar. Pecíolo geralmente nu, ocorrendo às ve- zes, no mesmo ramo, pecíolo alado ou Um dos rastros laterais se desprende A figura 4.5 evidencia que ao nível parcialmente alado (figuras 1 e 2). primeiro, seguido pelo central e logo de- distai do pecíolo, o feixe medular, junta- pois pelo segundo lateral (figura 3.1). 0 mente com os feixes adaxiais, contribuem — Área de dispersão Brasil: Minas cordão vascular se reconstitui logo a se- para o envio dos rastros que se dirigem Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e guir, no local das lacunas laterais e poste- para os folíolos basais.

80 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 79-90, jan./jun. 1985 medida que os cortes atingem níveis mais altos. Já no plano proximal do pecíolo (figura 4.4), a seção é acentuadamente convexa na face adaxial, apresentando na região central da face abaxial, uma discreta convexidade e duas pequenas alas laterais, que se tornam mais conspícuas na região distai.

Ao nível do terço mediano do pecíolo, evidencia-se através de cortes transver- sais, uma epiderme uniestratificada, cons- tituída por elementos celulares cujo maior diâmetro ocorre geralmente na direção an- ticlinal, embora em alguns trechos da face adaxial, as células apresentem tendência para isodiamétricas. As paredes periclinais externas são convexas e a cutícula, mais delgada que a porção cutinizada, atinge por vezes as paredes anticlinais, determi- nando flanges cuticulares. Há presença de tricomas tectores unicelulares, de paredes espessas e ápice recurvado ou não, assim como de tricomas secretores, em propor- cão inferior à daqueles.

A região cortical apresenta 3-4 estra- tos de colênquima angular, que ao nível das alas é representado por 7-9 camadas. O 4VZ^/ fundamental ocorre a seguir, V^âi// VVâ^V parênquima eVV integrado por 3-4 estratos celulares. Imer- 5 V-^x sos neste tecido e no colênquima, freqüen- 'gura 3 temente ocorrem laticíferos, via de regra, 1-6 — Representação esquemática de seções transversais seriadas a partir da região nodal, evidenciando o cortados transversalmente. Observa-se eslocamento dos rastros foliares e sua posterior organização no pulvino. abundante conteúdo tânico nas células epidérmicas, assim como no colênquima e Na figura 4.6, que representa um corte na região apical apenas 3 feixes colaterais, no parênquima. transversal do segmento inferior da raque, em posição abaxial (figura 4.11) Neste verifica-se que o cilindro vascular se res- nível não mais se observa a bainha escle- A figura 5 evidencia que os feixes taurou e o feixe medular se apresenta renquimática. vasculares se distribuem em dois segmen- acrescido por um maciço floemático, em tos, sendo que o superior é praticamente Posição adaxial. Analisando cadafolíolo de per si, veri- indiviso, e se apresenta ladeado por dois fica-se que a nervura principal é mais es- pequenos feixes que se afastam em dire- 0 cilindro vascularse desorganiza ou- pessa na base, tornando-se mais delgada à cão às alas do pecíolo, à medida que os Ira vez ao nível dos folíolos intermediários medida que se aproxima do ápice. cortes atingem níveis mais altos (figuras 5 e e dos terminais, como a saída dos respec- 6). 0 segmento inferiortem forma de arco e tivos rastros foliolares (figuras 4.7 e 4.9). O padrão de venação é camptódromo- é constituído por cerca de 8-1 0 feixes cujas broquidódromo, ocorrendo algumas ner- dimensões são variáveis. As figuras 4.8 e 4.1 0 evidenciam res- vuras inter-secundárias. A rede de venação Dectivamente o aspecto assumido pelo ci- é densa, constituindo um reticulado ao Em cada feixe ocorre abundante floe- 'mdro vascular, na altura do segmento su- acaso; as areolas são ortogonais e as ter- ma externo, representado por elementos Perior vasculares, livres, 'oliolo da raque e do terço mediano do minações simples ou de tubo crivado, células companheiras e apical. Nestes níveis as dimensões ramificadas; terminação marginal fechada parênquima floemático que encerra abun- dos feixes vasculares se reduzem, os (figuras 4.11,4.12 e 4.13). dante conteúdo de natureza tânica. Entre o rriaiores vestígios de faixa *'oema ainda apresentam xilema e o floema, observa-se uma interno e já não ocorre o feixe Anatomia da folha cambial, em 2-3 estratos celulares, com Medular. Pecíolo paredes tipicamente delgadas e celulósi- cas. 0 xilema, com seus elementos de Progressivamente, com a saída das Cortes transversais ao pulvino eviden- proto e metaxilema, se dispõe em fileiras nervuras de segunda ordem o número de ciam seção de contorno aproximandamen- radiais, cujo número varia de acordo com as 'eixes obviamente diminui, até que restem te circular (figura 4.2), que se modifica à dimensões do feixe e apresenta escasso

Rodi riguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 79-90. jan./jun. 1985 81 ^^^Jj^^^°\ 8 ^^"^JõOOum Wk 13 1Q

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Figura 4 1 — Esquema geral da folha, evidenciando os níveis em que foram efetuados os cortes correspondentes às figuras 2-11. 2-11 — Representação esquemática de cortes transversais da folha, representando a disposição dos feixes vasculares ao nível do pulvino, pecíolo proximal e distai; segmento inferior e superior da raque, regiões mediana e distai; folíolo apical, ao nível do terço médio e do ápice. Figura 12 — Detalhe da rede de venaçâo do folíolo. Figura 13 — Idem, da venaçâo marginal.

82 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 79-90. jan./jun. 1985 parênquima xilemático. Ocorre também Em posição medular e próximo ao sos grãos de amilo são observados nesta nos feixes maiores, um reduzido floema segmento adaxial, observa-se um feixe an- região. interno (figura 5-7), evidenciado através de fivasal (figuras 5 e 8), no qual se evidencia cortes transversais e longitudinais e cujos também uma faixa cambial em 2-3 estratos Os laticíferos ocorrem não só no cór- elementos constitutivos têm maiores di- celulares e abundante conteúdo tânico no tex, como no parênquima floemático e no mensões que os do floema externo, quan- floema. medular. do cortados transversalmente. Os feixes vasculares são acompanhados externa- A região medular é integrada por cé- Lâmina foliolar mente, por uma bainha esclerenquimática lulas parenquimáticas, cujos diâmetros são que, por vezes, penetra entre os mesmos. variáveis, de paredes delgadas. Numero- Em vista frontal, a epiderme adaxial do

100jum

Figura 6 Detalhe do corte anterior, evidenciando uma das alas e o feixe respectivo.

F'9ura 5 i>eÇão transversal do pecíolo de P. carpopodea Camb., ao nível do terÇo médio. M"~"^"** Sf""*"«Tf,-- , V^t

' >-*^ JOOtim Pi9ura 7 Figura 8 Detalhe da Fig. 5, focalizando 2 feixes do arco abaxial. Nota-se a bainha Detalhe da Fig. 5, evidenciando o feixe medular, anfivasal. esclerenquimática que acompanha os feixes vasculares, abundante conteúdo 'ânico no floema externo e na região perivascular, a faixa cambial e o floema 'hterno.

R°driguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 79-90, jan./jun. 1985 83 folíolo apresenta células com paredes anti- tendendo para o tipo anisocítico (figura o maior diâmetro é periclinal. As sinuosi- clinais sinuosas (figura 9.1), exceto ao nível 9.11). dades da cutícula correspondem à estria- das nervuras. A cutícula é dotada de estrias ção epicuticular. epicuticulares, geralmente paralelas, solú- Cortes transversais à região mediana veis no xilol e cujo comprimento ultrapas- do aparelho estomático, revelam que as As células da epiderme abaxial, tam- sa, por vezes, o diâmetro celular. Foram células guardiãs são dotadas de lume pe- bém uniestratificada, são menores que as observados estômatos, ao nível da nervura queno, em função do espessamento de da face adaxial e seu formato, em visão mediana e das secundárias, assim como suas paredes, especialmente da periclinal transversal, não é uniforme. Os tricomas tricomas tectores e glandulares, em torno interna (figura 9.6). Através do teste espe- ocorrem em depressões da epiderme e os dos quais as células epidérmicas se dis- cífico, foi constatada nessas células, a pre- estômatos se localizam em plano um pou- põem radialmente. Os estômatos estão sença de conteúdo de natureza tânica. co superior. circundados por 4-5 células e podem ser Delimitando o átrio externo, ocorrem duas considerados do tipo anomocítico. Foram pequenas cristas cutinizadas. A câmara Ao nível da nervura principal e do evidenciados também, alguns estômatos subestomática pode atingir os limites das bordo, os elementos epidérmicos em am- atípicos. células subsidiárias com as adjacentes e 1 - bas as faces, apresentam maior diâmetro 2 estratos do parênquima lacunoso. Cortes anticlinal e suas paredes periclinais exter- Os tricomas tectores, cujo compri- transversais à região polar das células nas apresentam-se convexas. Já ao nível mento não é uniforme, ocorrem mais fre- guardiãs mostram que o espessamento das nervuras secundárias e terciárias, são qüemente ao nível da nervura principal, parietal aqui, é menos acentuado e con- predominantemente ísodiamétricas. Nes- embora sejam também observados sobre seqüentemente, o lume celular mais amplo sas regiões, a cutícula e a porção cutinizada as nervuras secundárias. São unicelulares e (figura 9.7). A figura 9.8 que representa das paredes periclinais externas são mais apresentam lume estreito e paredes es- uma célula estomática cortada segundo espessas, ocorrendo algumas flanges cuti- pessas, revestidas por cutícula lisa ou do- seu maior eixo, confirma esta observação e culares. tada de granulações (figuras 9.1 e 9.4). evidencia que o lume de tais células é aproximadamente uniforme. A figura 10, que representa um corte Os tricomas glandulares são capita- transversal de um folíolo de Paullinia car- dos, do tipo maleiforme, ocorrendo ao nível Em cortes transversais a epiderme popodea Camb., evidencia estrutura dorsi- da nervura mediana, das secundárias e de adaxial apresenta-se uniestratificada e ventral, em que o parênquima paliçádico é ordem superior, assim como no restante da seus elementos constituintes têm contor- integrado por um único estrato de elemen- lâmina foliolar. Sua haste é curta, unisse- no predominantemente retangular, em que tos celulares. Esporadicamente, alguns de- riada, constituída por 1 -2 células e a cabe- ca formada por 6-8 células que se dispõem transversalmente em relação à haste (figu- ra 9.5). Comumente, observam-se hifas e esporos de fungos associados aos mes- mos.

Os elementos celulares da epiderme abaxial do folíolo, em vista frontal, apre- sentam as paredes anticlinais sinuosas, mais delgadas que as da epiderme adaxial, com exceção dos situados ao nível da nervura primária e das secundárias, cujas paredes são retas. A cutícula é delgada com estrias e granulações. Nesta face, foram observados estômatos e tricomas tectores e glandulares semelhantes aos da face adaxial. Os tricomas podem ocorrer isolados, aos pares (figura 9.2) ou um tector 50um associado a outro, glandular. As domácias são revestidas por tricomas tectores lon- gos (figura 14).

Os estômatos ocorrem em toda a su- perfície foliar, atingindo o número médio de 1 55/mm7 e, ao contrário do que sucede Figura 9 na epiderme adaxial, são raros ao nível das 1 — Epiderme abaxial em vista frontal, evidenciando estômatos, um tricoma tector e outro glandular. 2 — Idem, focalizando um de tricomas 3 — Epiderme adaxial em vista frontal, revelando a nervuras e neste caso, apresentam-se atí- idem par glandulares. sinuosidade das paredes celulares. 4 — Epiderme abaxial ao nível da nervura principal, onde se evidenciam e maiores os demais. Predomina picos que células de paredes retas, tricomas tectores com cutícula lisa e um cuja cutícula é granulosa. 5 — Tricoma o tipo anomocítico, se bem que ocorram glandular maleiforme da epiderme abaxial. 6 — Corte transversal passando pela região equatorial das células — também estômatos paracíticos e outros guardiãs. 7 Idem, idem atingindo a região polar. 8 — Célula estomática cortada segundo seu maior eixo.

84 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 79-90, jan./jun. 1985 les são divididos por 1-2 septos transver- ramificam e se anastomosam segundo um conteúdo tânico. Alguns laticíferos e pe- sais. Os cloroplastos dispõem-se acompa- padrão reticulado (figura 11) e testes pelo quenas nervuras ocorrem na região. nhando as paredes celulares e algumas cloreto férrico e Sudan IV evidenciaram a células apresentam conteúdo tânico. presença de substâncias tânicas e lipídicas Afigura 1 3 exemplifica um corte trans- em seu conteúdo. versai da lâmina foliolar ao nível do terço Entre o parênquima paliçádico e o mediano da nervura principal. As epider- lacunoso ocorre uma camada de células mes são uniestratif içadas e suas caracterís- coletoras. Os cloroplastos são mais abundantes O lacunoso é integrado por 4-5 ticas já foram descritas anteriormente. nas células como é normal. Em estratos celulares heteromorfos, com lacu- paliçádicas, todo o mesofilo, observam-se idioblastos nas intercelulares conspícuas. Nesta região, logo após a epiderme taníferos e cristalíferos, estes encerrando adaxial observa-se a penetração do clorên- drusas de oxalato de cálcio. Ao longo das Em todo o mesofilo, às vezes relacio- quima em dois estratos integrados por nervuras ocorrem séries de parênquima nados aos feixes vasculares, ocorrem laticí- células aproximadamente isodiamétricas, *eros, cristalífero. que apresentam contorno circularou logo substituídas por um escasso colên- alongado, conforme sejam seccionados quima do tipo angular, cujos elementos são transversal ou longitudinalmente (figura 0 bordo (figura 12) é fletido em dire- dotados de conteúdo tânico. Na face aba- 10). Em preparações de material diafani- ção à face abaxial e nele, logo após a xial, o colênquima ocorre, via de regra, em *ado, foi possível evidenciar que os laticí- epiderme ocorre um discreto colênquima 3 estratos, nos quais se observa conteúdo ¦eros foliares de P. carpopodea Camb., se angular, cujos elementos encerram farto da mesma natureza.

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•• 1 „ v3^ * • ___1QQum £s_z 100um F'gura 10 Figura 11 Corte transversal da lâmina foliar de P. carpopodea ao nível do terço médio Corte paradérmico da lâmina foliar revelando o percurso dos laticíferos. evidenciando mesofilo dorsiventral e laticíferos cortados longitudinal e transver- salmente.

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__lOÕtiml ,^P******lOOurn F'gura 12 Figura 13 *-°rte transversal do bordo foliar, onde se observam laticíferos. Corte transversal da nervura principal ao nível do terço médio.

Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 79-90, jan./jun. 1985 85 Os feixes vasculares estão dispostos em círculo, integrado por 9-10 feixes cujas dimensões são variáveis. Os mais desen- volvidos são bicolaterais apresentam ativi- dade cambial que se evidencia por uma faixa de 2-3 estratos celulares, cujos ele- mentos têm paredes delgadas e celulósi- cas. Em cada feixe, o xilema está represen- tando por elementos de proto e de metaxi- lema em fileiras radiais, entre as quais ocorrem algumas células de parênquima xilemático. 0 floema interno é escasso, in- m ^^&dl *^^Vi tegrado por elementos de vaso crivado e .#* «W^ y *wW* «2 I^ír ^mr^mma^H Â *" células companheiras, cujos diâmetros transversais são maiores os dos ele- ^Ha^a^a^Ha^aT JHv^alr^ W^BÊÊPW^*" ~" *% W que ?' Jkmafe• » i*^^^^"w' %:* W"» mentos do floema externo. Este, além dos tubos crivados e células companheiras, exibe um parênquima floemático, com abundante conteúdo tânico. 0 feixe vascu- laré acompanhado externamente, por uma bainha esclerenquimática.

Ao nível das nervuras secundárias, o clorênquima é interrompido pelo feixe vas- cular do tipo colateral, acompanhado por Figura 14 Visão frontal uma bainha esclerenquimática espessa, de uma domácia, em que se observam os tricomas que ocorrem em sua superfície. onde ocorrem cristais prismáticos de oxa- lato de cálcio. aflaMÊQaflttr^a^af%*ãfewJÍ Si^a^^É Domácias

Na superfície abaxial dos folíolos de P. carpopodea, no ângulo formado pela ner- V a^waf^aà^^jà^Ma^á^a^am^ái-^ _^>a* ** 5*2af^JaS*^' *""^^.'"'r*» i^Si^WlÍÍafl vura principal com as secundárias, ocorrem domácias que se assemelham a pequenas bolsas membranáceas, afuniladas, cujo vértice coincide com o ponto de divergên- cia das nervuras secundárias. Tais estrutu- ras correspondem ao tipo axilar marsupi- forme e se encontram revestidas por tricô- mas unicelulares mais longos do que os observados em outras regiões da lâmina foliar (figura 14). Em seu interior foram observados pequenos insetos identifica- dos como pertencentes à ordem Thysa- noptera, família Thipidae, assim como pe- quenos ácaros não identificados e agru- pamentos de ovos (figura 1 5).

Essas formações são constantes, re- 100jum^fthTiVftP*^ velando-se mais conspícuas e freqüentes Figura 15 Corte transversal de uma domácia revelando vestígios dos animais na região do terço médio e escasseando pequenos que aí se alojam. gradativamente em direção ao terço supe- rior, onde não ocorrem. Seu número médio cujos elementos se caracterizam por suas cortes atingem níveis superiores, ate atin- numa folha composta de 11 folíolos é de dimensões reduzidas, paredes delgadas e girem a abertura da domácia conforme 108. núcleos conspícuos. Em níveis mais altos, seqüência evidenciada na figura 1 6. A epi- tais células apresentam conteúdo tânico e, derme que reveste interiormente essas Cortes transversais seriados revelam, em determinada altura, se inicia a separa- formações, é dotada de estômatos e tem na região correspondente ao vértice da cão das mesmas, por dissolução da lamela todas as características da epiderme aba- domácia, entre os feixes da nervura princi- média, o que propicia o surgimento de uma xial. pai e os da secundária, um maciço celular fenda que se revela maior à medida que os

86 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 79-90, jan./jun. 1985 ^^¦Sl' '^ZT^Cr' "£>r Ü ivW*"* ***** r ,>y^-^

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^WJLiit*"1' " '^'**iiniiiii p'gura 16 ^eqüência de cortes transversais seriados de uma riomácia, em que a mesma é focalizada em diferentes níveis.

R°driguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 79-90, jan./jun. 1985 87 Hidatódios e forma dos folíolos basais, consistência da mente em relação ao xilema dos feixes lâmina foliar e densidade dos tricomas. Os maiores desses mesmos órgãos, o que leva Cortes paradérmicos efetuados na re- folíolos basais apresentam mais freqüen- a concluir que esta espécie apresenta tam- gião apical do folíolo, na altura do mucron, temente disposição ternada, ou são re- bém, feixes colaterais e bicolaterais. evidenciaram que os traqueídeos terminais duzidos a um folíolo único, cujas margens da nervura principal se dispõem em pincel podem ser inteiras ou lobadas. A lobação As observações realizadas em P. car- (figura 1 7) e se encontram envolvidos por resulta, ao que tudo indica, da transição popodea vieram confirmar a opinião da células parenquimáticas isodiamétricas, para a situação ternada, à semelhança do maioria dos estudiosos da família, no que aclorofiladas. A epiderme a este nível, é que ocorre em P. weinmanniaefolia (Al- diz respeito à ocorrência de células epi- densamente pilosa e estomatífera, sendo meida Ferraz, l.c), circunstância que a alia- dérmicas de paredes sinuosas nas folhas -* os estõmatos mais freqüentes na região do da à gradação do peciolo (alado par- das Sapindaceae. Apenas Almeida Ferraz —* bordo. cialmente alado nu), refletiria a suces- (l.c.) cita a presença de células com pare- são evolutiva. Tal suposição se fundamen- des predominantemente retas no epider- ta em Hickey & Doyle (l.c.) que ilustram me adaxial de P. weinmanniaefolia. com a seqüência Sapindopsis do Grupo Potomac, a tendência de folha pinatífida Na espécie em estudo, confirmaram- para composto-pinada, em que a raque se as citações de Solereder (1908) e de alada seria um remanescente do processo. Metcalfe & Chalk (1 965) quanto à presença de tricomas glandulares do tipo maleifor- Uma das características da família me, assim como de outros tectores, unice- Sapindaceae diz respeito à estrutura nodal lulares que ocorrem isolados, aos pares ou trilacunar (Sinnott, 1914), confirmada em ainda, em arranjo combinado, conforme P. weinmanniaefolia Ferraz, l.c.) (Almeida assinalou Almeida Ferraz (l.c.) em P- e na espécie em estudo. Sinnott & Bailey winmanniaefolia. Ã semelhança desta es- a (1914) afirmam que presença de estípu- pécie, também P. carpopodea não apre- las é uma ocorrência normal em com plantas senta pêlos estrelados, mencionados co- nós trilacunares. Segundo Howard 974) (1 mo característicos da família por Hphof as estipulas são vascularizadas por peque- (1962). nos feixes provenientes das divisões dos rastros laterais, circunstância também Autores como Radklofer(1896), Sole- constatada em P. weinmanniaefolia (Al- reder (l.c.) e Metcalfe & Chalk (l.c.) assina- Ferraz, l.c.) e em P. carpopodea. meida lam que entre as Sapindaceae, predomi- Figura 17 nam estõmatos anomocíticos (rubiáceos), Desenho ápice foliolar ao nível do esquemático do Acompanhando o percurso dos feixes o foi confirmado Milanez 959) e mucron, focalizando o arranjo dos traqueídeos termi- que por (1 vasculares no e no peciolo desta nais. pulvino Areia (1966), respectivamente na epider- foi evidenciada maior di- última espécie, me do fruto e da folha do guaraná e por nível do O aspecto versificação ao pulvino. Almeida Ferraz (l.c.) na epiderme foliar de Discussão e conclusões assumido pelo sistema vascular neste P. weinmanniaefolia. Em P. carpopodea nível, assim como no peciolo e na lâmina foram evidenciados estõmatos nas duas classificação de A variabilidade na arquitetura foliar é foliar, coincide com a epidermes, sendo que os da face adaxial a estrutura um caráter que tem sido referido para várias Howard (1963) que relaciona tendem para o tipo anomocítico e ocorrem na folha. espécies da família Sapindaceae (Radklo- nodal ao padrão de vascularização apenas ao nível da nervura primária e das Metcalfe & fer, 1897; Barkley, 1957; Almeida Ferraz, Petit (1889), Solereder (1908), secundárias. Na face abaxial, embora pre- Dissertação de Mestrado, no prelo), e tem Chalk (1 965) e Almeida Ferraz, (l.c), assina- domine o tipo anomocítico, foram assina- família Sa- servido de base para o estabelecimento de lam para algumas espécies da ladas outros paracíticos e alguns com ten- escle- taxons infra-específicos, a exemplo do que pindaceae, a ocorrência de fibras dência para o tipo anisocítico. fez Radklofer (l.c.) com relação a Paullinia renquimáticas em torno do feixe peciolar e carpopodea Camb. de cordões vasculares adicionais na região Solereder (l.c.) e Metcalfe & Chalk cortical e/ou medular. Em P. carpopodea (l.c.) assinalam que o gênero Paullinia é Esse caráter, entretanto, é pouco con- evidenciou-se uma bainha esclerênquima- dotado de mesófilo com estrutura parcial- fiável para fins taxonômicos, uma vez que tica que acompanha o feixe vascular em mente cêntrica, sendo as células paliçádi- pode variar em função do meio e de outros quase todo o seu percurso na folha, assim cas divididas porseptostransversais. EmP fatores, e no que se refere à família, refletir como dois pequenos feixes em posição weinmanniaefolia, segundo Almeida Fer- um processo evolutivo ainda em curso cortical e outro medular, anfivasal. raz (l.c.) e também no material em estudo, (Hickey Et Doyle, 1977). foi evidenciada a presença de mesófilo Almeida Ferraz, (l.c.) mencionou a dorsiventral e confirmada a divisão trans- Em P. carpopodea essa variabilidade, ocorrência de floema interno nos feixes versai em algumas células paliçádicas. No observada não só em indivíduos de habi- mais desenvolvidos do peciolo e da nervu- mesófilo deP carpopodea foram também tats diferentes, como no mesmo espécime ra principal deP. weinmanniaefolia. Em P. observados idioblastos taníferos e cristalí- e até no mesmo ramo, revela-se através da carpopodea foram evidenciados grupos de feros, estes mais freqüentes ao longo dos gradação do peciolo, de alado anu, número elementos floemáticos situados interna- feixes vasculares, confirmando as referên-

88 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 79-90. jan./jun. 1985 cias de Radklofer (1896,1899) e dos auto- clui-se pela existência de uma estrutura COTTHEM, W.R.J. van. Classification of tes anteriormente citados, no que diz res- com as características de um hidatódio- the stomatal types. Bot. J. Linn. Soe, Peito à família em geral, assim como as epitema (Haberlandt, 1928). Almeida Fer- 63:235-246, 1970. observações de Areia (l.c.) em P. cupana raz (l.c.) assinala nos dentes foliares de P. FOSTER, A.S. Practical Plant Anatomy D. var. sorbilis. weinmanniaefolia a ocorrência de hidató- Van Nostrand Company, Inc. Princen- dios desse tipo, cuja funcionalidade foi ton, New Jersey. 1960, xi + 228 p. No mesofilo de P. carpopodea ocor- testada in vivo. GONÇALVES COSTA, C. Miconia theae- rem estruturas secretoras, anastomosadas, zans (Bonp.) Cogn. (Melastoma- diversamente ramificadas, portadoras de Abstract taceae). Considerações Anatômicas. conteúdo que apresenta reação positiva Rodriguesia 43:7-91, 1977. Para taninos e lipídios. Correspondem aos In this paper the authors present the HABERLANDT, G. Physiological Plant Ana- elementos secretores mencionados por heterophylly of Paullinia carpopodea tomy. Macmillan and Co., London. Radklofer (1896, 1 899), Solereder (l.c.) e Camb. and make some considerations 1928. 77 p. il. Metcalfe Er Chalk (l.c.) para as espécies da about its probable causes. HICKEY, L J. Classification de Ia arquite- família, assinalados por Milanez (1 959) no tura de las hojas de dicotiledoneas. fruto do guaraná e também ocorrentes em They mention the trilacunar nodal Boi. Soe. Arg. Bot. 16 (1-2): 1-26, F. weinmanniaefolia, onde foram identifi- structure and characteristics of foliar vas- 1974. cadas como laticíferos por Almeida Ferraz cularization as well as the occurrence of & DOYLE, J. A. Early cretaceous (l.c). internai phloem in more developed vascu- fóssil evidence for angiosperm evolu- larbundlesofthepetioleandmidrib. Rami- tion. Bot. Rev. 43(1): 1-103. 1977. Esta autora menciona também a pre- fied laticifers that anastomose according to HOWARD, R. A. The vascular structure of sença de domácias no folíolos deP.wein- a reticulate pattern are refered too. the petiole as a taxonomic character. "lanniaefolia que correspondem ao tipo Proc. 15th Intn. hort. Cong., Nice emfenda com pêlos (Chevalier&Chesnais, They also mark out the presence of 1958, pp. 7-13, 1962. 1941) ou lebetiforme (Stace, 1965). Em P. non-glandular and glandular trichomes, . The stem-node-leaf continuum Carpopodea foram evidenciadas domácias stomata with predominance anomocytic of Dicotiledoneae. J. Arnold Arb. 55 do tipo referido por Stace (l.c.) como axilar type, as well as primary-axilary marsupi- (2):125-181. 1974. Marsupiforme e que se assemelham às forms domatia. In the latter, insects of the JOHANSEN, D. Plant Microtechnique, Mencionadas por Gonçalves Costa (1 977) order Thysanoptera, small acarids, and McGraw-Hill Book Co. Inc. New York em uma espécie de Melastomataceae. Em unidentified agglomerate eggs are obser- 1940, xi + 523. il. seu interior foram encontrados pequenos ved. The occurrence of structures that METCALFE, C. R. & CHALK, L Anatomy of acaros não identificados, insetos da ordem possess characteristics of hidathods- the Dicotyledons. Clarendon Press. 'hysanoptera (família Thipidae) e grupos epithema are refered too. Oxford. 1 965. 2v., xi + 1 500 p. il. de ovos. Segundo Costa Lima (1 938) nessa METCALFE, C. R. & CHALK, L Anatomy of °rdem, além das espécies fitófagas, que the Dicotyledons. Vol. I. Systematic constituem "várias a maioria, há predado- Anatomy of Leaf and Stem, with a Brief ras, aliás representando as formas mais Referências Bibliográficas History of the Subject. Clarendon Primitivas, que atacam Ácaros, Aleirodí- Press, Oxford. 1979. vii + 276 p. il. deos, Afídeos, Coccídeos e até mesmo ALMEIDA FERRAZ, C. L Paullinia weinma- MILANEZ, F. R. Anatomia do Fruto do Gua- °utros Tisanopteros, ou que sugam o con- nniaefolia Mart. (Sapindaceae). Mor- raná. Arq. Jard. Bot. Rio de Janeiro 1 6: teúdo dos ovos de outros insetos e de fologia Externa e Anatomia Foliar. Te- 57-100, 1959. Ácaros". se de Mestrado. Museu Nacional, Uni- PETIT, L Nouvelles Récherches sur le pe- versidade Federal do Rio de Janeiro tiole des Phanerogames. Act. Soe. Na falta de observações mais detalha- (no prelo). Linn. Bordeus 43(3): 28-29. 1889. das, deixa-se em aberto a estudos poste- AREIA, C. A. Anatomia da folha do guaraná, RADLKOFER, L Sapindaceae. In: Engler, tiores mais acurados, o assunto relativo às Paullinia cupana var. sorbilis (Mart.) Prantl, Die Natürlichen Pflanzen- domácias de P. carpopodea e seus ocupan- Ducke (Sapindaceae). Rodriguesia 37: familien 3(5): 277-366, 1896. tes. 297-312. 1966. . Sapindaceae II. In: Martius, Fio- BARKLEY, F. A. Sapindaceae of Southern ra Brasiliensis 13(3): 381-384, 1897. Aliás Tô Ngoc Ahn (1 966), estudando South America. Lilloa 28:111-206, . Monographie der Sapin- a estrutura anatômica e a ontogênese das 1957. daceen-Gattung Paullinia. Abh. bayer. acarodomácias, expressa a nacessidade de BRAGA, N.M.N. Anatomia foliar de Brome- Akad. Wiss. 19:67-389, 1899. estudos mais cuidadosos para elucidar a liaceae da Campina. Acta Amazônica REITZ, P. R. Sapindáceas catarinenses verdadeira natureza do relacionamento da 7(3):5-74. 1977. Se/lowia 14:67-95. 1962. Planta com os ácaros. CHEVALIER, A & CHESNAIS, F. Sur les SASS, J. E. Elements of Botanical Micro- domaties des feuilles de Juglan- technique. McGraw-Hill Book Co. Inc., Analisando o aspecto da terminação dacées. C. R. Acad. Paris 213 (12): New York, 1951.22 p. il. vascular, e do parênquima envolvente, ao 389-392, 1941. SINNOTT, E. 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"odriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 79-90. jan./jun. 1985 89 Bot. 1(7): 313-322, 1914.Oxford. 1 908. v. 1, 222-236.ties et les interpretations morphologi- . & BAILLEY, I. W. Investigations STACE, C. A. The significance of the leafquês qui paraissent s'en degager. on the phylogeny of the angiospermsepidermis in the taxonomy of theAdansonia 6(1): 147-1 51, 1966. 3. Nodal anatomy andthe morphologyCombretaceae. I. A general review ofUPHOF, J. C. PlantHairs. In: Linsbauer, K., of stipules. Am. J. Bot. 1 (9): 441 -453,tribal, generic and specific characters.Encyclopedia of Plant Anatony. Sect: 1914._ J.Linn.Soc. (Bot.) 59:229-252,1965.Histology 4(5): 1-206, 1962. SOLEREDER, H. Sapindaceae in Systema-TÔ NGOC ANH. Sur Ia structure anatomi- tic Anatomy of the Dicotyledons.que et l'ontogenese des acarodoma-

90Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 79-90, jan./jun. 1986 Estrutura das madeiras brasileiras de dicotiledôneas (XXVII). Humiriaceae

Paulo Agostinho de Matos Araújo' Os autores descrevem a anatomia comparada de oito espécies de humiriáceas e Armando de Mattos Filho2 resumem as suas propriedades gerais, aplicação e ocorrência no Brasil, objetivando a organização de chaves dicotômicas identificação para a e/ou determinação dos gêneros ou espécies indígenas, produtoras de madeiras ou outros produtos florestais.

Engenheiro Agrônomo do Jardim Bota- Introdução Cointe; Proc: Para, Gurupá; Det.: s/ind; Da- nico do Rio de Janeiro e Bolsista do ta: S/d; obs.: s/o. Xil.\ 2 071; RB: s/n.°; CNPq; falecido em 26-12-84. Em continuação ao estudo detalhado, Lam.: s/n.°; N. vulgar: Umirí; Col.: Paul Le macro e microscópico das madeiras brasi- Cointe; Proc: Pará, Gurupá; Det.: s/ind.; Pesquisador em Ciências Exatas e da leiras de Dicotiledôneas, expõe-se, neste Data: s/d; obs.: Associação Comercial do — Natureza e Bolsista do CNPq. 27.° trabalho, realizado no JB/RJ Jar- Pará. X/7.: 5 049; RB: s/n.°; Lam.: s/n.°; N. Trabalho concluído e entregue para pu- dim Botânico do Rio de Janeiro, sob o vulgar: s/n/v., Col.: J. Murça Pires; Proc: b/icacão — em maio de 1985. patrocínio do CNPq Conselho Nacional Pará, Belém, terrenos do IAN; Det.: s/ind; de Desenvolvimento Científico e Tecnoló- Data: 9/1961; obs.: N. Y. Bot. Garden gico, a estrutura de oito espécies de Humi- n.° 51 826. riaceae que ocorrem no Brasil, pertencen- tes a três gêneros que normalmente apre- Saccoglottis amazônica Mart., sentam placas de perfuração exclusiva- Fam.: Humiriaceae; X/7.: 543; RB: s/n.°; mente múltipla. Lam.: 0475; N. vulgar. Uchi-rana; Col.: s/c: Proc: Amazônia; Det.: s/ind.; Data: s/d; A espécie Saccoglottis amazônica, obs.: Yale, n.° 20 697. além da característica mencionada, con- tém um caráter muito importante, não Saccoglottis Benth., mencionado na literatura consultada, que é guianensis a ocorrência de concreções silicosas, Fam.: Humiriaceae; Xil.: 153; RB: s/n.°; Lam.: 0 476; N. vulgar. Achuá; Col.: Le abundantes no parênquima radial (raios), sob a forma de corpúsculos esferoidais ou Cointe, n.° 33; Proc: Pará; Det.: s/ind; irregulares. Data: s/d; obs.: s/o. Xil.: 380; RB: s/n.°; Lam.: 1 536; N. vulgar. Paruru; Col.: s/c; Proc: Pará, Ilha de Marajó, Soure Condei- Material e métodos xa, t. f.; Det.: s/ind; Data: s/d; obs.: s/o.

As madeiras estudadas, registradas na Saccoglottis uchi Hub.; Fam.: agradecimentos: Área de Anatomia Vegetal do Jardim Bota- Humiriaceae; Xil.: 596; RB: s/n.°; Lam.: s autores agradecem ao CNPq -Conselho Nacional ue mc0 do Rio de Janeiro, têm as Sequintes 1 537; N. vulgar, s/n/v; Col.: s/c; Proc: Uesenvolvimento Cientifico e Tecnológico — pelac u..— -ml Bolsa anotações: Sp.: Humina flonbunda Mart., que continua a nos conceder. Celuta Prado Amazônia; Det.: s/ind; Data: s/d; obs.:Yale, Camilo; Paulo Sérgio de Mattos; Valter Mateus dos Fam.: Humiriaceae; Xil.: 124; RB: s/n.°; n.° 33 832; Xil.: 2 467; RB: s/n.°; Lam.: Santos; Walter dos Santos Barbosa. Lam.: 0 473; N. vulgar: Umirí; Col.: Le 0 477; N. vulgar, s/n/v; Col.: Capucho,

Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 91 Fordlandia; Det.: s/ind; Data: s/d; obs.: Descrição anatômica das espécies 2200 (60%), comumente com apêndices Inst. Agron. do Norte. curtos em um (19,6%) ou em ambos Humiria floribunda Mart. (69,6%j os extremos; às vezes os apêndi- ces atingem de 1/4 a 1/3 do comprimento Vantanea contracta Urb.; Fam.: Caracteres macroscópicos do elemento (10,8%). Obs.: Presença de Humiriaceae; Xil.: 3 679; RB: s/n.°; Lam.: tranqueóides. 1 533; N vulgar. Guaraparim; Col.: s/c; Parenquima: indistinto mesmo sob Proc: Sta. Catarina, Herbário Barbosa Ro- lente. Espessamentos espiralados: ausen- Itajaí; Det.: s/ind; Data: 1960; drigues, tes. obs.: Acordo Florestal de Sta. Catarina, Poros: muito numerosos (1 25-250 por Serv. Flor. do M. da Agricultura. 10 mm2); muito pequenos (até 0,05 mm de Perfuração: exclusivamente múltipla, diâmetro tangencial), pequenos (0,05- escalariforme, comumente até 20 barras Vantanea cupularis Huber; Fam.: 0,1 mm) e médios (0,1-0,2 mm); visíveis a espaçadas (10-20) (26), às vezes anasto- mosadas; Humiriaceae; Xil.: 1 066; RB: s/n.°; Lam.: olho nu; exclusivamente solitários; vazios ocasionalmente mais de 20 bar- s/n.°; N. vulgar: s/n/v; Col.: Ad. Ducke; ou com goma. ras. Proc: Amazônia; Det.: s/ind; Dafa: s/d; Linhas vasculares: retílineas, distintas Conteúdo: de casta- o6s.:Yale. n.° 32 643; Xil.: 2 055; flfí: s/n.°; presença goma a olho nu, nas superfícies longitudinais. nho-clara-escura, nos cortes naturais. Lam.: 0 478; /V. vulgar. Achuarana; Col: Paul Le Cointe; Proc: Pará, Rio Tapajoz; Perfuração: múltipla, visíveis ao mi- Pontuado intervascular. ausente ou Dei.: s/ind.; Dafa: s/d; o*bs.: Associação croscópio esterioscópico (8-16x), na se- raro em virtude dos poros serem exclusi- Comercial do Pará; Xil.: 4 714; RB: s/n.°; cão transversal. vãmente solitários; quando presente: pares Z.3/77.: 0 479; N. vulgar: Paruru; Co/.: J. areolados, alternos ou irregularmente ai- Murça Pires e Howard Irvin; Proc: Pará, Conteúdo: goma ou óleo-resina ver- ternos a opostos, redondos a ovais, peque- Belém, terrenos do IAN; Det.: s/ind.; Data: melha a negra. nos (cerca de 4-7 micrometros de diâmetro 1963; obs.: N. Y. Bot. Garden, n.° 51 695; tangencial). árvore ca. 30 m, em mata de t. f. Raios: finos (menos de 0,05 de largu- ra), muito poucos (menos de 25 por 5 mm) Pontuado parênquimo-vascular: pa- a pouco números (25-50 por 5 mm), na res semi-areolados, alternos a opostos, Vantanea guienensis Aubl.; Fam.: seção transversal; indistintos a perceptí- ovais, pequenos; às vezes compostos uni- Humiriaceae; Xil.: 2 050; RB: s/n.°; Lam.: veis sob lente nas seções transversal, tan- lateralmente. 1 531; N. vulgar. Achurana; Col.: Paul Le gencial e radial. Cointe; Proc: Pará, Breves; Det.: s/ind.; Pontuado rádio-vascular: semelhante Dafa: s/d; obs.: Associação Comercial do Anéis de crescimento: indistintos ao pontuado anterior. Pará Xil.: 2 516; RB: s/n.°; Lam.: s/n.°; /V. mesmo sob lente. vulgar: s/n/v; Co/.: Capucho, Fordlandia; Parenquima Axial Def.: s/ind; Data: s/d; o6s.: Inst. Agron. do Máculas medulares: ausentes. Norte; Xil.: 3 133; RB: s/n.°; iam.: s/n.°; Tipo: predominantemente apotra- Z.3.T?.: s/n.°; N. vulgar: Uxirana; Col.: A. de Caracteres Microscópicos queal, difuso e tendendo a formar linhas Miranda Bastos; Proc: Território do Amapá curtas unisseriadas; também parenquima —Amaparí — Matapí— Cupirí; Det.: JB; Vasos (poros): paratraqueal escasso, tendendo a ser aba- Data: 1956; obs.: s/o. xial, isto é, somente na face externa dos Disposição: difusos, com tendência vasos e aliforme. local a arranjo diagonal, (Record e Hess, Vantanea macrocarpa Ducke 1943), exclusivamente solitários (presen- Séries: 250-900 micrometros de Fam.: Humiriaceae; Xil.: 656; RB: s/n.° ca de vasos com extremidades superpôs- comprimento ou altura, com 2-10 células, Lam.: 0 480; N. vulgar. Uchi-rana; Col.: Ad tas). freqüentemente 300-700 (82%), com (2) Ducke; Proc: Amazônia; Det.: s/ind; Data 4-8 células. s/d; oòs.: Yale, n.° 21 357; Xil.: 2 054; RB Número: numerosos (43%) e muito s/n.°; /.am.: 1 532; N. vulgar. Achuá; Col. numerosos (57%): 16-26 (27) por mm2, Diâmetro máximo: 11-44 (66) micro- Paul Le Cointe; Proc: Pará, Óbidos; Det. freqüentemente 18-24 (89%), predomi- metros, freqüentemente 22-35 (85%), po- s/ind.; Dafa: s/d; obs.: Associação Comer- nando 20-22 (45%), em média 21. rém, nas células epivasculares o diâmetro ciai do Pará. atinge 73. Diâmetro tangencial: pequenos (14%) e médios (86%): 60-1 70 (200) micrôme- Células esclerosadas: esclerose par- Os métodos de preparação do material tros, freqüentemente 110-1 60 (79%), pre- ciai nas células cristalíferas septadas. lenhoso, dissociação dos elementos, sua dominando 120-150 (61%), em média mensuração e freqüência, avaliação das 132. Cristais: séries cristalíferas septadas grandezas no estudo macro e microscópi- presentes (2-7) (8) cristais romboidais). co, nemenclatura usada nas descrições Elementos vasculares: longos (2%), anatômicas, produção de fotografias etc, muito longos (4%) e extremamente longos Parenquima Radial (Raios): acham-se sumariamente descritos e atua- (94%): 700-2300 (2500) micrometros de lizados em Araújo e Mattos F.° (1982). comprimento, freqüentemente 1700- Tipo: tecido heterogêneo comumente

92 Rodriguesia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 198-" tipo I e por vezes II de Kribs. Há dois Espessamentos espiralados: ausen- local de arranjo diagonal; exclusivamente tamanhos distintos: unisseriados consti- tes; estrias transversais às vezes presen- solitários (presença de vasos com extremi- tuídosde 1-7 (21 (células, comumente2-9, tes. dade superpostas). horizontais e quadradas a eretas; mutisse- nados decididamente heterogêneos, com Diâmetro máximo: 22-40 microme- Número: poucos (5,4%), pouco nume- extremidades unisseriadas com 1-12 cé- tros, freqüentemente 26-35 (87%). rosos (75%) e numerosos (1 9,6%): (3) 4-13 'ulas, comumente 4-8 (10), quadradas a (17) por mm2, freqüentemente 6-11 eretas. Pontuações: distintamente areoladas (84,3%), predominando 8-10 (55,4%), em (cerca de 4-5 micrometros de diâmetro média 8. Número: numerosos (40%) e muito tangencial), redondas ou ovais, numerosas numerosos (60%): 8-14 (16) por mm, fre- nas paredes radiais e tangenciais; fendas Diâmetro tangencial: muito pequenos quente e predominantemente 10-12 comumente verticais, inclusas a exclusas, (4%), pequenos (5%) e médios (91%): 50- (66,6%), em média 11. Contando-se ape- não coalescentes. 190 micrometros, freqüentemente 130- nas os multisseriados (2-3) células na lar- 170 (72%), predominando: 140-150, em 9ura máxima, freqüente e predominante- Anéis de crescimento: ausentes ou média 142. mente 2 (93%): 5-1 0 por mm, freqüente e indistintos. Predominantemente 6-8 (75%). Obs.: Elementos vasculares: muito longos Unisseriados (35%); multisseriados (65%). Máculas medulares: ausentes. (4,3%) e extremamente longos (95,7%): 850-2250 (2600) micrometros de com- Largura: extremamente finos a finos Saccoglottis amazônica Mart. primento, freqüentemente 1400-2100 (até estreitos): 11-44 (55) micrometros (74,3%); comumente com apêndices cur- com 1-3 células; multisseriados comu- Caracteres macroscópicos tos em um (12,9%) ou em ambos (87,1%) mente muito finos (57%) a finos (33%): 22- os estremos. 33 (90%), com 2 (3) células. Parênquima: apenas perceptível a in- distinto sob lente. Espessamentos espiralados: ausen- Altura: extremamente baixos a baixos: tes. 0-04-1,20 mm, com 1-28 células, multis- Poros: pouco numerosos (30 a 65 por Seriados freqüentemente: 0,30-0,75 10 mm2); a numerosos (65 a 125 por Perfuração: exclusivamente múltipla, (74%). Com 6-18 (23) células, porém, 10 mm2); muito pequenos (0,05-0,1 mm) e escalariforme, barras grossas e espaçadas guando funsionados atingem até 2,75 mm médios (0,1-0,2 mm); visíveis a olho nu; nos vasos de maior calibre (8-28) ou ainda (medianos), com 50 células. exclusivamente solitários; vazios ou obs- mais numerosas (às vezes anastomosadas) truídos com goma ou substância branca. nos vasos de menor diâmetro (até 45 bar- Células envolventes: ausentes ras). Linhas vasculares: retílineas, distintas Células esclerosadas: parcialmente a olho nu. Conteúdo: presença de goma casta- esclerosadas, pois, as células dos raios são nho-clara-escura, nos cortes naturais. ue paredes espessas e abundantemente Perfuração: múltipla, visíveis ao mi- Pontuadas (Record e Hess, 1943). croscópio esterioscópico (8-1 6x), na seção Observação: traqueóides muitas ve- radial. zes presentes; ocasionalmente três perfu- Células perfuradas: ausentes. rações no mesmo elemento. Conteúdo: goma-resina ou substância Células disjuntivas: não observadas. branca. Pontuado intervascular: ausente ou raro em virtude dos poros serem exclusi- Cristais: ausentes. Raios: finos (menos de 0,05 mm de vãmente solitários. largura), pouco numeroso (25-50 por Silica: ausente. 5 mm), na seção transversal; visíveis sob Pontuado parênquimo-vascular: pa- lente no topo; na face tangencial apenas res semi-areolados, alternos a opostos, Conteúdo: depósitos de goma casta- perceptíveis mesmo com lente; visíveis a ovulados, cerca de 6-9 micrometros de nno-clara-escura. olho nu na seção radial. diâmetro tangencial, ou ainda em disposi- ção, forma e tamanho variáveis apresen- Fibras: Anéis de crescimento: demarcados tando às vezes pontuações compostas uni- por zonas fibrosas tangenciais mais escu- lateralmente. Tipo: não septadas, paredes delgadas ras, com menos poros. '' 2%), geralmente espessas (47%) a muito Pontuado rádio-vascular: pares semi- esPessas (41%); comumente homogê- Máculas medulares: ausentes. areolados, em disposição, forma e tama- neas, em fileiras radiais e achatadas tan- nho variáveis mais ou menos semelhante 9encialmente. Caracteres microscópicos ao do pontuado anterior; também por vezes pontuações escalariformes, bem como Comprimento: longas (9%) e muito Vasos (poros): compostas unilateralmente (2-5 pontua- '°ngas (91%): 1,625-3,125 mm, freqüen- ções pequenas dos vasos para uma pon- ternente 2,25-3,00 (85%). Disposição: difusos, com tendência tuação grande do raio).

*°driguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 93 -24 Parênquima Axial: baixos: 0,040-0,700 (0,92) mm, com 1 Saccoglottis guianensis Benth. (27) células, multisseriadosfreqüentemen- Tipo: predominantemente apotra- te 0,25-0,60 (72%), com 8-20 (24) células, Caracteres microscópicos queal, difuso e tendendo a formar linhas porém, quando fusionados atingem até curtas comumente unisseriadas que são 1,50 mm (baixos), com 50 células. Parênquima: perceptível a indistinto mais numerosas no lenho tardio ou nas sob lente. e onde os são suas proximidades poros Células envolventes: às vezes presen- muitas vezes menores ou se confundem tes em raios com três células de largura. Poros: pouco numerosos (30 a 65 por provavelmente com traqueóides; também 10 mm2): pequenos (0,05-0,1 mm de diâ- paratraqueal tendendo a ser metro tangencial) e médios (0,1 -0,2 mm), parênquima Células esclerosadas: abaxial ou seja limitado ao lado externo dos parcialmente visíveis a olho nu; exclusivamente solitá- esclerosadas, pois os raios apresentam vasos e com distintas asas (Metcalfe e rios, vazios ou obstruídos com goma ou paredes espessas. Chalk, 1957). substância branca.

Séries: 250-970 micrômetros de Células perfuradas: ausentes. Linhas vasculares: retílineas, distintas comprimento ou altura, com 2-8 células, a olho nu. freqüentemente 300-550 (84%) com 3-6 Células disjuntivas: não observadas. Perfuração: múltipla, visíveis ao mi- (7) células. Cristais: ausentes. croscópio esterioscópico (8x), nas seções Diâmetro máximo: 22-40 micrôme- transversal e radial. tros, freqüentemente 26-33 (63%), porém, Sílica: concreções silicosas abundan- Conteúdo: ou substância nas células epivasculares o diâmetro atin- tes, sob a forma de corpúsculos esferoidais goma-resina ou irregulares. branca. ge até 55. Raios: finos (menos de 0,05 mm de Células esclerosadas: ausentes. Conteúdo: depósitos abundantes de largura), pouco numerosos (25-50 por nos goma castanho-clara-escura, cortes 5 mm), na seção transversal; visíveis sob Cristais: ausentes. naturais. lente notopo e na face tangencial; distintos a olho nu na seção radial. apenas em algumas Sílica: presente Fibras: células. Anéis de crescimento: demarcados Tipo: não septadas; paredes delgadas por zonas fibrosas tangenciais mais escu- Parênquima Radial (Raios): ras, com menos nu- (9%), geralmente espessas (49%) a muito poros, visíveis a olho espessas (42%); comumente homogêneas Tipo: tecido heterogêneo comumente Máculas medulares: ausentes. e em fileiras radiais, muitas vezes achata- I, vezes II de Kribs. Há dois tama- tipo por das tangencialmente. nhos distintos: unisseriados constituídos Caracteres macroscópicos de 1 -12 células, comumente 2-8, horizon- Comprimento: curtas (7%), longas tais e quadradas a eretas; multisseriados Vasos (poros): e muito longas (54%): 1,250- (geralmente bisseriados) decididamente (39%) freqüentemente 1,75-2,25 Disposição: difusos, com tendência heterogêneos com extremidades unisse- 3,125 mm, local de arranjo diagonal; exclusivamente riadas com 1-13 células, comumente 4-8 (65%). solitários (comum vasos com extremida- (10), quadradas a eretas. des superpostas). Espessamentos espiralados: ausen- Número: numerosos (2%) e muito nu- tes; estrias transversais ausentes. Número: muito pouco (1%), poucos merosos(98%):9-16(1 7) pormm, freqüen- (28%), pouco numerosos (70%) e numero- temente 11-14(80%), predominando 12- 18-40 micrôme- Diâmetro máximo: sos (1%): (2) 3-10 (11) pormm2, freqüen- 1 4 (64%), em média 1 3. Contando-se ape- 22-33 tros freqüentemente (84%). temente 5-8 (76%), predominando 5-6 nas os multisseriados células de largu- (2-3 (43%) em média 6. ra máxima, comumente 2 (96%): 5-14 por Pontuações: distintamente areoladas freqüentemente 7-10 mm, (74%), predo- Diâmetro tangencial: muito pequenos (cerca de 6,5-7,5 micrômetros de diâmetro minando 8-9 (46%). (1%), e médios tangencial), redondas ou ovais, numerosas pequenos (7%) (92%): (50) 100-190 micrômetros, freqüentemente nas paredes radiais e tangenciais; fendas Observação: unisseriados (34%); mui- 120-160 130-150 comumente verticais, inclusas até exclu- (69%), predominando tisseriados (66%). (46%), em média 138. sas, não coalescentes. Largura: extremamente finos a finos: Elementos vasculares: muito longos 9-38 micrômetros, com 1-3 células; mui- Anéis de crescimento: indistintos ou (2%) e extremamente longos (98%): 1000- tisseriados comumente muito finos: 1 8-27 apenas indicados por zonas fibrosas tan- 2100 (2200) micrômetros de comprimen- (81%), com 2 (3) células. genciais mais escuras e com menos poros. to, freqüentemente 1500-1900 (64%), comumente com apêndices curtos em urn Altura: extremamente baixos a muito Máculas medulares: presentes (34%) ou em ambos (60%) os extremos; às

94 Rodriguesia. Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 198& vezes os apêndices atingem até 1/4 do Tipo: tecido heterogêneo tipo I e, mais 2,375 mm, freqüentemente longas a muito comprimento do elemento. Observado comumente, II de Kribs. Há dois tamanhos longas: 1,875-2,250(72%). apenas um elemento sem apêndices em distintos: unisseriados constituídos de 1- ambos os extremos. células, horizontais e a 21 (23) quadradas Espessamentos espiralados: ausen- comumente 3-9; multisseriados eretas, tes; estrias transversais não observadas. Espessamentos espiralados: ausen- (geralmente bisseriados) decididamente tes. heterogêneos com extremidades unisse- Diâmetro máximo: 1 7-33 micro- riadas, com 1 -1 6 (22) células, quadradas a (40) metros, freqüentemente Perfuração: exclusivamente múltipla, eretas, comumente 4-10. 22-66 (68%). escalariforme, barras grossas e espaçadas 3-12(14). Número: muito numerosos: 1 2-20 por Pontuações: distintamente areoladas mm freqüente e predominantemente 15- (cerca de 5-7 micròmetros de diâmetro Conteúdo: vazios. 17 (72%), em média 16. Contando-se tangencial), redondas a ovais, numerosas apenas os multisseriados (2-3) (4) células nas paredes radiais e tangenciais; fendas Observação: traqueóides presentes; na largura máxima, comumente 2 (88,5%): verticais a obliquas, inclusas até exclusas, ocasionalmente três perfurações no mes- 9-16 (17) por mm, freqüente e predomi- não coalescentes. ^o elemento. nantemente 13-14 (56%). Anéis de crescimento: indistintos ou Pontuado ou Observação: unisseriados mui- intervascu/ar. ausente (18%); apenas indicados zonas fibrosas raro por tan- em virtude dos poros serem exclusi- tisseriados (82%). genciais mais escuras e com menos poros. vãmente solitários. extremamente finos a finos: Largura: Máculas medulares: ausentes. Pontuado parênquimo-vascular: pa- 6-33 (40) micròmetros, com 1-3 (4) célu- res semi-areolados e simplificados, em dis- las; multisseriados comumente muito finos Saccoglottis uchi Huber Posição, forma e tamanho variáveis, pe- a finos: 22-33 (82%), com 2 (3) células. Plenos a grandes; por vezes pontuações compostas unilateralmente. Altura: extremamente baixos a baixos: Caracteres macroscópicos 0,04-1,20 (1,30) mm, com 1-58 células; Pontuado rádio-vascular. semelhante multisseriados freqüentemente muito bai- Parênquima: perceptível a indistinto a° sob lente. pontuado anterior, porém mais abun- xos (68%): 0,50-1,00 mm, com 1 8-45 (58) oante e variável, com pontuações unilate- células, porém, quando fusionados atin- ralmente freqüentes. até 1,75 mm com 73 células. compostas mais gem (baixos), Poros: pouco numerosos (30 a 65 por 10 mm2), pequenos (0,05-0.1 mm), mé- Parênquima Axial: Células envolventes: às vezes presen- dios (0,1-0,2 mm) e grandes (0,2-0,3 mm); tes. visíveis a olho nu; exclusivamente solitá- Tipo: apotra- predominantemente rios; vazios ou obstruídos com goma. l^eal, difuso em linhas curtas comumente Células esclerosadas: parcialmente Unisseriadas (sub-agregado); também pa- esclerosadas, pois, os raios apresentam rer>quima Linhas vasculares: retilínes, distintas paratraqueal tendendo a ser paredes espessas. a olho nu. abaxial e com distintas asas. Células perfuradas: ausentes. Séries: 200-1600 micròmetros de Perfuração: múltipla, distinta ao mi- Cornprimento ou altura com 2-14(1 5)célu- Células disjuntivas: não observadas. croscópio esterioscópio (8x), nas seções las, freqüentemente 550-950 (72%), com radial e transversal. 4-10 células. Cristais: ausentes. Conteúdo: goma-resina ou substância Diâmetro máximo: 1 7-44 (55) micro- Sílica: ausente. branca. freqüentemente 22-40 (88%), po- rem,^etro, nas células apivasculares o diâmetro Conteúdo: abundantes depósitos de at'nge Raios: finos (menos de 0,05 mm de até 78. goma castanho-clara-escura, nos cortes largura), numerosos naturais. pouco (25-50 por mm), na transversal; visíveis sob Células esclerosadas: ausentes ou 5 seção aPenas lente no topo e na face tangencial, distintos esclerose parcial nas células crista- Fibras: llferas radial. septadas. a olho nu na seção Tipo: não septadas, paredes espessas Cristais: séries cristalíferas septadas (18%) a muito espessas (82%); comumente Anéis de crescimento: ausentes ou presentes (cristais romboidais). homogêneas em fileiras radiais, muitas ve- apenas indicados por zonas fibrosas tan- zes achatadas tangencialmente. genciais mais escuras, com menos poros, Sílica: ausente. visíveis sob lente. Comprimento: curtas (3%), longas arênquimaRadial (Raios): (57%) e muito longas (40%): 1,375- Máculas medulares: ausentes. n°driguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 95 Caracteres microscópicos Séries: 200-850 (1200) micrometros Células perfuradas: ausentes. de comprimento ou altura, com 2-14 célu- Vasos /poros): las, freqüentemente 300-700 (76%), com Células disjuntivas: não observadas. 3-10 células. Disposição: difusos, com tendência Cristais: ausentes. de arranjo diagonal; exclusivamente solitá- Diâmetro máximo: 22-40 (44) micro- rios (comum vasos com extremidades su- metros, freqüentemente 26-33 (74%), po- Sílica: ausente. perpostas). rém, nas células epivasculares o diâmetro atinge até 90. Conteúdo: abundantes depósitos de Número: muito poucos (4%), poucos goma castanho-clara-escura, nos cortes (55%) e poucos numerosos (41 %): 2-8 (10) Células esclerosadas: ausentes ou naturais. 3-6 por mm2, freqüentemente (75%), pre- apenas esclerose parcial nas células cris- dominando 4-6 (62%), em média 5. talíferas septadas. Fibras:

Diâmetro tangencial: pequenos (3%), Cristais: séries cristalíferas septadas Tipo: não septadas, paredes espessas médios (70%) e grandes (27%): 80-240 presentes, principalmente séries merocris- (25%) a muito espessas (75%) comumente (280) micrometros, freqüentemente 140- talíferas (cristais romboidais). homogêneas e em fileiras radiais, muitas 220 predominando 1 70-200 (58%), (82%), vezes achatadas tangencialmente. em média 1 58. Sílica: ausente. Comprimento: curtas longas Elementos vasculares: longos (1%), (9%), Parênquima Radial (Raios): e muito longas 1,200- muito longos (11%), extremamente longos (56%) (35%): 2,500 mm, freqüentemente 1,900-2,300 (88%): 750-2200 micrometros de compri- Tipo: tecido heterogêneo tipos I e II de mento, freqüentemente 1050-1 750 (74%), (60%). Kribs. Há dois tamanhos distintos: unisse- com apêndices curtos em um (39,4%)ou riados constituídos de 1-14 (20) células, Espessamentos espiralados: ausen- em ambos os extremos (48%); às vezes os comumente, 2-7, horizontais e quadradas apêndices atingem até 1/3 do compri- tes; estrias transversais não observadas. a eretas; multisseriados decididamente he- mento do elemento ocasionalmente sem terogêneos com extremidades unisseria- Diâmetro apêndices. máximo: 20-35 micrôme- das com 1-17, comumente 4-10 células tros, freqüentemente 22-30 (83%). ou eretas. Elementos espiralados: ausentes. quadradas Pontuações: distintamente areoladas muito Perfuração: exclusivamente múltipla, Número: numerosos: 11-18 por (cerca de 4-6 micrometros de diâmetro mm, freqüentemente 14-16 escalariforme, barras grossas, espaçadas (72%), pre- tangencial), redondas ou ligeiramente dominando 14-15 em média 15. e nos vasos de maior calibre (5-33) (48). (56%), ovais, numerosas nas paredes radiais Contando-se apenas os multisseriados (2- tangenciais; fendas verticais a oblíquas, na largura máxima, Conteúdo: vazios. 3 células comumente 2 inclusas até ligeiramente exclusas, não (80,3%): 10-15 por mm, freqüente e pre- coalescentes. Observação: traqueóides presentes, dominantemente 11-13 (72%). Anéis de crescimento: ou ocasionalmente três perfurações no mes- indistintos unisseriados mo elemento. Observação: (18,7%); apenas indicados por zonas fibrosas tan- multisseriados (81,3%). genciais mais escuras e com menos poros- Pontuado intervascular. ausente ou Largura: extremamente finos a finos Máculas medulares: ausentes. raro em virtude dos poros serem exclusi- vãmente solitários. (até estreitos): 13-49 (51) micrometros, com 1-3 células; multisseriados comu- Vantanea contracta Urb. -44 Pontuado parênquimo-vascular: pa- mente finos 31 (69%), com 2 (3) cé- res semi-areolados a simplificados, em lulas. Caracteres macroscópicos: disposição, forma e tamanho variáveis, ai- extremamente baixos a muito ternos, opostos, escalariformes, pequenos Altura: Parênquima: distinto sob lente: apo- baixos): 0,018-1,000 a grandes. baixos (até traqueal difuso e em linhas finas (menor 1-40 (1,250) mm, com (45) células; mui- que 0,05 mm), bem como paratraqueal Pontuado rádio-vascular: semelhante tisseriados freqüentemente 0,35-0,70 aliforme, tendendo para abaxial. ao pontuado anterior, porém, mais abun- (66%), com 10-28 células, porém, quando dante e comumente simplificados. fusionados atingem até 1,45 mm, com 55 Poros: numerosos (65-125 por células (baixos). 10 mm2) a muito numerosos (125-250 por Parênquima Axial 10 mm2); muito pequenos (até 0,05 mm de Células envolventes: às vezes presen- diâmetro tangencial) a pequenos (0,05' Tipo: predominantemente apotra- tes. 0,1 mm); perceptíveis a olho nu; exclusi' queal, difuso e em linhas curtas comumen- vãmente solitários, vazios. te unisseriadas (sub-agregado); também Células esclerosadas: parcialmente parênquima paratraqueal tendendo a ser esclerosadas, pois, os raios apresentam Linhas vasculares: retílineas, distintas abaxial e com distintas asas. paredes espessas. a olho nu.

96 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 19sS Perfuração: múltipla, visíveis princi- raro em virtude dos vasos serem exclusi- temente 8-1 1 (81,7%), predominando 9- palmente ao microscópio esterioscópico vãmente solitários. 10(56,7%). (8-16x), às vezes quase verticais, nas se- Ções transversal e radial. Pontuado parênquimo-vascular: pa- Observação: unisseriados (28,7%); res semi-areolados a simplificados, em multisseriados (71,3%). Conteúdo: ausentes. disposição, forma e tamanho variáveis: al- ternos a opostos, redondos, ovais, elíticos, Largura: extremamente finos a estrei- Raios: finos (menos de 0,05 mm de oblongos ou escalariformes, os dois últi- tos: 7-78 micrômetros, com 1-4 células; 'argura), muito poucos (menos de 25 por mos grandes a muito grandes. multisseriados comumente finos: 33-44 5 mm) a numerosos pouco (25-50 por micrômetros (66%), com 2-3 células. 5 mm), na seção transversal; visíveis sob Pontuado rádio-vascular: semelhante 'ente no topo e na face tangencial; na face ao pontuado anterior, principalmente pon- Altura: extremamente baixos a muito radial visíveis a distintos a olho nu. tuações simplificadas, oblongas a escalari- baixos: 0,03-0,80 (0,90) mm, com 1-28 formes, grandes a muito grandes. (45) células; multisseriadosfreqüentemen- Anéis de crescimento: indistintos ou te e extremamente baixos: 0,25-0,50 apenas indicados fibrosas com por zonas Parênquima Axial: (64%), com 12-23 células, menos (25) porém, poros. quando fusionados atingem até 1,45 mm, Tipo: apotraqueal difuso e em linhas com 56 células (baixos). Máculas medu/ares: ausentes. curtas comumente unisseriadas bem como também paratraqueal, com tendência a Células envolventes: ocasionais. Caracteres microscópicos abaxial e com distintas asas, ocasional- mente confluente. Células esclerosadas: comum escle- Vasos (poros): rose parcial (pois os raios apresentam pa- Séries: 145-960 micrômetros redes espessas. Disposição: difusos, com tendência (1070) de comprimento ou altura, com 2-14 célu- 'ocal a arranjo diagonal; exclusivamente solitários las, freqüentemente 334-780 (73%), com Células perfuradas: ausentes. (comum a presença de vasos com 3-9 células. extremidades superpostas). (10) Células disjuntivas: presentes. Diâmetro máximo: 17-40 micrôme- Número: numerosos (81%) e muito numerosos tros, freqüentemente 20-33 Cristais: ocasionalmente (19%): 12-22 (24) por mm2, (86%), porém, romboidais freqüentemente nas células epivasculares o diâmetro atin- 15-21 (86%), predomi- presentes. nando até 62. 16-19 (56%), em média 18. ge Sílica: ausente. Diâmetro tangencial: pequenos (70%) Células esclerosadas: apenas escle- e médios (30%): 50-140 micrômetros, fre- rose parcial nas células cristalíferas septa- Conteúdo: abundantes depósitos de qüentemente 80-11 0 (75%), predominan- das. goma castanho-clara-escura, nos cortes do 90-110 (65%), em média 96 micrôme- naturais. tros. Cristais: séries cristalíferas septadas, comumente séries merocristalíferas, às ve- Fibras: Elementos vasculares: longos (1%), zes hemi e holo-cristalíferas. rnuito longos (13%) e extremamente lon- Tipo: não septadas, paredes espessas 9os (86%): 750-2400 micrômetros de Sílica: ausente. (32%) a geralmente muito espessas (68%), Comprimento, freqüentemente 1.100- homogêneas na maioria, comumente em ' 600 com apêndices curtos em um (78%), Parênquima Radial (Raios): fileiras radiais e achatadas tangencialmen- (32,4%) ou em ambos os extremos (60,2%); te. as vezes atingindo até 1 /3 do comprimento Tipo: tecido heterogêneo tipos II e às do elemento. vezes I de Kribs. Há dois tamanhos distin- Comprimento: curtas (7%), longas tos: unisseriados constituídos de 1-11 (15) (84%) e muito longas 1,250-2,125 Observação: presença de traqueóides. (9%): células, comumente 3-7, horizontais e (2,500) mm, freqüentemente 1,625-2,000 a eretas; multisseriados Espessamentos espiralados: ausen- quadradas (geral- (84%). tes. mente 2-3 seriados) decididamente hete- rogêneos com extremidades unisseriadas Espessamentos espiralados: ausen- -8 Perfuração: exclusivamente múltipla, com 1 (9) células, comumente 3-4, qua- tes, estrias transversais não observadas. dradas a eretas. escalariforme, barras grossas e espaçadas Diâmetro máximo: (3-16), às vezes anastomosadas (ocasio- 17-33 (35) mi- Número: muito numerosos: 11-16 nalmente 3 perfurações no mesmo ele- crômetros, freqüentemente 20-26 (77%). rnento). (18) por mm, freqüentemente 12-14(70%), predominando 13-14 (53,3%), em média Pontuações: distintamente areoladas Conteúdo: ausente. 13. Contando-se apenas os multisseriados (cerca de 4-6 micrômetros de diâmetro (2-4) (5) células de largura máxima, comu- tangencial), redondas a ligeiramente ovais, Pontuado intervascular. ausente ou mente 2-3 (98,8%): 7-13 por mm, freqüen- numerosas nas paredes radiais e tangen-

Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 97 ciais; fendas verticais a oblíquas, geral- médios (86%) e grandes (11%): 60-250 comprimento ou altura, com 2-1 6 células, mente inclusas. micrometros, freqüentemente 140-200 freqüentemente 557-1668 (70%), com 4- (79%), predominando 1 60-1 80 (46%), em 12 (14) células. Anéis de crescimento: ausentes ou média 1 73. indistintos. Diâmetro máximo: 1 7-40 (51) micro- Elementos vasculares: longos (1,4%), metros, freqüentemente 26-35 (78%), po- Máculas medulares: ausentes. muito longos (4,3%) e extremamente lon- rém, nas células epivasculares o diâmetro gos (94,3%): 750-2200 micrometros de atinge 78 micrometros. Vantanea cupularis Huber comprimento, freqüentemente 1050- 1 900 (78,5%), com apêndices curtos e um Células esclerosadas: ocasionalmen- Caracteres macroscópicos (44,2%) ou em ambos os extremos te presentes. (51,4%); às vezes os apêndices atingem Parênquima: perceptível a indistinto até 1/2 do comprimento, do elemento Cristais: ausentes. sob lente. (presença de elementos imperfeitos). Silica: ausente. Poros: numerosos (65-125 por Espessamentos espiralados: ausen- 10 mm2); pequenos mm de diâ- tes. (0,05-0,1 Parênquima Radial (Raios): metro tangencial) e médios (0,1-0,2 mm), visíveis a olho nu; exclusivamente solitá- Perfuração: exclusivamente múltipla, Tipo: tecido heterogêneo comumente vazios. rios, escalariforme, barras grossas e espaçadas tipo I e às vezes II de Kribs. Há dois (2-14) (1 6), às vezes anastomosadas (oca- tamanhos distintos: unisseriados constitu''- Linhas vasculares: retilíneas, distintas sionalmente três perfurações no mesmo dos de 1 -1 2 (1 3) células, comumente 2-7 a olho nu. elemento). (8), horizontais e quadradas a eretas; mui- tisseriados (geralmente bisseriados) deci- Perfuração: múltipla, visíveis princi- Conteúdo: ausente. didamente heterogêneos com extremida- ao microscópio esterioscópico palmente des unisseriadas com 1-12 (15) células, 6x), às vezes (8-1 quase verticais, nas se- Observação: No corte transversal, in- comumente 4-8, quadradas a eretas. ções transversal e radial. cluídos em pequena faixa do lenho, próxi- nós, ocorrem mo à casca e a pequenos Número: numerosos (11,7%) e muito Conteúdo: ausente ou de células de esclerên- aparentemente pequenos grupos numerosos (88,3%): 9-16 (17) por mm, com substância branca realidade esclerócitos efibras (na quima distinguindo-se freqüentemente 11-14 (71%), predomi- massas ou grupos de células de esclerên- envolvidos por um parênquima especial. nando 12-13 (43%), em média 12. Contan- quima). do-se apenas os multisseriados (2-3 célu- Pontuado intervascular: ausente ou ra- las na largura máxima, comumente 2 Raios: finos (menos de 0,05 de lar- ro em virtude dos vasos serem exclusiva- (96%): 6-14(15) por mm, freqüentemente numerosos gura), pouco (25-50 por mente solitários; quando presente: pares 9-11 (61%), predominando 9-10 (48%). 5 mm), na seção transversal; visíveis sob areolados opostos a alternos, redondos, lente no topo e na face de 6-1 3 microme- radial; apenas ovais a oblongos (cerca Observação: unisseriados (20,8%); perceptíveis sob lente na seção tangencial. tros de diâmetro tangencial) ou alongados, multisseriados (79,2%). escalariformes, muito grandes. Anéis de crescimento: apenas indica- Largura: extremamente finos a finos: dos por zonas fibrosas com menos poros. Pontuado parênquimo-vascular: pa- 9-33 micrometros, com 1-3 células; mui- res semi-areolados a comumente simplifi- tisseriados comumente muito finos: 1 5-22 Máculas medulares: ausentes. cados, em disposição, forma e tamanho (77%), com 2 células. variáveis, grandes a muito grandes. Caracteres microscópicos Altura: extremamente baixos a muito Pontuado rádio-vascular: semelhante baixos: 0,05-0,85 mm, com 1-25 células; Vasos (poros): ao pontuado anterior, porém, mais abun- multisseriados freqüentemente 0,20-0,75 dante e variáveis; ocasionalmente pontua- (80%), com 5-23 (30) células (extrema- Disposição: difusos, com tendência ções compostas unilateralmente (2-3 pon- mente baixos (59%), muito baixos (21%); local a arranjo diagonal; exclusivamente tuações do vaso para 1 do raio). quando fusionados atingem até 1,25 mm solitários (comum a presença de vasos com (baixos), com 38 células. extremidades superpostas, inclinadas às Parênquima Axial: Células vezes quase verticais). envolventes: não observadas. Tipo: apotraqueal difuso e em linhas Células esclerosadas: comum escle- Número: pouco numerosos (24%) e comumente unisseriadas bem como para- rose parcial pois os raios apresentam pare- numerosos (76%): 7-1 5 (1 6) por mm2, fre- traqueal, com tendência a abaxial, com des espessas. qüentemente 10-13 (78%), predominando distintas asas, ocasionalmente confluen- 11 (12) (45%), em média 11. tes. Células perfuradas: ausentes.

Diâmetro tangencial: pequenos (3%), Séries: 111-1862 micrometros de Células disjuntivas: presentes.

98 Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 Cristais: ausentes. palmente ao microscópio esterioscópico dos, ovais a oblongos (cerca de 6-13 mi- (8-1 6x), às vezes quase verticais, nas se- crômetros de diâmetro tangencial) ou Sílica: ausente. ções transversal e radial. alongados, escalariformes, muito grandes.

Conteúdo: abundantes depósitos de Conteúdo: ausente. Pontuado parênquimo-vascular: pa- goma castanho-clara-escura, nos cortes res semi-areolados a comumente simplifi- naturais. Raios: finos (menos de 0,05 mm de cados, em disposição, forma e tamanho largura), pouco numerosos (25-50 por variáveis, grandes a muito grandes, escala- Fibras: mm), na seção transversal; visíveis sob riformes. lente no topo e na face tangencial; visíveis Tipo: não septadas, paredes delgadas a distintos a olho nu na seção radial. Pontuado rádio-vascular: semelhante (3%) espessas (25%) e geralmente muito ao pontuado anterior, porém, mais abun- espessas (72%), com lúmem punctiforme; Anéis de crescimento: indistintos dante e variável. homogêneas a muitas vezes heterogêneas mesmo sob lente. comumente em fileiras radiais, achatada, Parênquima Axial: tangencialmente. Máculas medulares: ausentes. Tipo: apotraqueal difuso e em linhas Comprimento: curtas longas Caracteres microscópicos: (8%), curtas comumente unisseriadas, (sub- (42%) e muito longas 1,250- (50%): agregado) bem como também paratra- 2,625 mm, freqüentemente 1,875-2,375 Vasos (poros): queal, com tendência a abaxial, com distin- (68%). tas asas, ocasionalmente confluente. Disposição: difusos, com tendência Espessamentos espiralados: ausen- local a arranjo diagonal, exclusiva ou tipi- Séries: 267-1293 micrômetros de tes; estrias transversais não observadas. camente solitários (comum a presença de comprimento ou altura, com 3-12 células, extremidades superpostas, in- vasos com freqüentemente 401-1003 (72,5%), com Diâmetro máximo: 22-40 (60) micro- clinadas, às vezes quase verticais). 4-10(12) células. metros, freqüentemente 26-35 (70%). Número: muito poucos (2%), poucos Diâmetro máximo: 1 7-44 micrôme- Pontuações: distintamente areoladas (51%) e pouco numerosos (47%): 1-9 (10) tros, freqüentemente 22-33 (73%), porém, (cerca de 4-6 micrômetros de diâmetro por mm2, freqüentemente 4-7 (80%), pre- nas células epivasculares o diâmetro atin- tangencial), redondas ou ligeiramente dominando 4-6 (64%), em média 5. ge 67 micrômetros. 0vais, numerosas nas paredes radiais e tangenciais; fendas verticais a oblíquas, Diâmetro tangencial: pequenos (7%) e Células esclerosadas: não observa- das. mclusasaesclusas, às vezes coalescentes. médios (93%): 60-1 80 (200) micrômetros; freqüentemente 110-160(76%), predomi- Cristais: Anéis de crescimento: indistintos ou nando 130-150 (57%), em média 135. presença de cristais romboi- apenas dais em séries merocristalíferas. indicados por zonas fibrosas tan- Çjenciais com menos poros e/ou por cama- Elementos vasculares: longos (2%), Sílica: ausente. das mais escuras acentuadamente achata- muito longos (6%) e extremamente longos das tangencialmente. (92%): 650-1750 (1900) micrômetros de Parênquima Radial (Raios) comprimento, freqüentemente 1300- curtos em um Máculas medulares: ausentes. 1 700 (72%), com apêndices Tipo: tecido heterogêneo comumente os extremos (24%) ou em ambos (76%). tipo II, às vezes I de Kribs. Há dois tama- Vantanea guianensis Aubl. nhos distintos: unisseriados constituídos Observação: presença de traqueóides. de 1-10 (12) células horizontais e quadra- Caracteres macroscópicos das a eretas, comumente (2) 3-7; multisse- espiralados: ausen- Espessamentos riados decididamente heterogêneos com Parênquima: distinto sob lente: apo- tes. extremidades unisseriadas com 1 -1 2 célu- baqueai difuso e em linhas finas, bem lasquadradas a eretas, comumente(2) 3-6. como paratraqueal aliforme. Perfuração: exclusivamente múltipla, e espaçadas escalariforme, barras grossas Número: numerosos (1,7%) e muito vezes anastomosadas Poros: pouco numerosos (30-65 por (6-14) (1 6), às (oca- numerosos (98,3%): 10-17 (18) por mm ^ 0 no mesmo mm); muito pequenos (até 0,05 mm de sionalmente 3 perfurações ele- freqüente e predominantemente 12-15 diâmetro tangencial), pequenos (0,05- mento). (80%), em média 13. Contando-se apenas "¦1 -0,2 mm) e médios (0,1 mm), visíveis a os multisseriados (2-3 células na largura olho nu; exclusivamente solitários, vazios. Conteúdo: ausente. máxima, comumente 2 (89,7%); 9-14 por mm, freqüentemente 11-13 (63%), predo- intervascular: ausente Linhas vasculares: retilíneas, distintas Pontuado ou minando 11-12 (47%). a olho nu. raro em virtude dos vasos serem exclusi- vãmente solitários; quando presentes: pa- Observação: unisseriados (16,8%); Perfuração: múltipla, visíveis princi- res areolados opostos a alternos, redon- multisseriados (83,2%).

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 99 Largura: extremamente finos a finos: Vantanea macrocarpa Ducke Perfuração: esclusivamente múltipla, 9-33 micrômetros, com 1-3 células; mui- escalariforme, barras mais ou menos gros- tisseriados comumente muito finos: 1 7-22 Caracteres macroscópicos sas e espaçadas (5-18) (20), às vezes anas- com 2 células. (79%), (3) tomosadas (ocasionalmente 3 perfurações Parênquima: distinto sob lente, apo- no mesmo elemento). Altura: extremamente baixos a muito traqueal difuso e em linhas finas bem como baixos: 0,05-0,95 mm, com 1-43 (53) cé- paratraqueal aliforme. Conteúdo: ausentes. lula; multisseriados freqüentemente 0,23- Poros: numerosos 0,65 (77%), com 6-33 (36) células, porém, pouco (30-65 por Pontuado intervascular. ausente ou 10 mm), muito quando fusionados atingem até 1,40 mm pequenos (até 0,05 mm), raro em virtude dos vasos serem exclusi- comumente mm), (baixos), com 60 células. pequenos (0,05-0,1 até vãmente solitários. médios (0,1-0,2 mm), visíveis a olho nu; exclusivamente solitários, vazios. ^Pontuado parênquimo-vascular: pa- Células envolventes: às vezes presen- res semi-areolados a simplificados, em tes. Perfuração: múltipla, visíveis princi- disposição, forma e tamanho variáveis; palmente ao microscópio esterioscópico opostos a alternos, redondos, ovais, esca- Células esclerosadas: comum escle- às vezes (8-16x), quase verticais, nas se- lariformes, grandes a muito grandes. rose parcial, pois, os raios têm paredes ções transversal e radial. espessas. Pontuado rádio-vascular. semelhante Conteúdo: ausentes. ao anterior, porém, comumente simplifica- Células disjuntivas: presentes. dos. Raios: finos (menos de 0,05 de lar- Parênquima Axial: Cristais: não observados. gura), pouco numerosos (25-50 por 5 mm), na seção transversal; visíveis sob lente no Sílica: ausentes. topo e na face tangencial, visíveis a distin- Tipo: apotraqueal difuso e em linhas tos a olho nu na seção radial. curtas comumente unisseriadas, bem co- Conteúdo: depósitos abundantes de mo também paratraqueal, com tendência a ser abaxial goma castanho-clara-escura, nos cortes Anéis de crescimento: ausentes ou e com distintas asas, ocasional- naturais. indistintos. mente confluentes.

Séries: 450-1700 micrôme- Fibras: Máculas medulares: ausentes. (2100) tros de comprimento ou altura, com 4-12 (18) células, freqüentemente 450-1200 Tipo: não septadas, Caracteres microscópicos paredes pratica- (87,5%), com 4-12 células. mente muito espessas, lúmens puntifor- Vasos formes, freqüentemente heterogêneas e (poros): Diâmetro máximo: 17-40 micrôme- em fileiras radiais, achatadas, tangencial- Disposição: difusos, com tendência tros, freqüentemente 22-35 (90%), porém, mente. nas local a arranjo diagonal; exclusivamente células epivasculares o diâmetro atin- 55. solitários a presença de vasos com ge Comprimento: curtas (6%), longas (comum extremidades superpostas). (49%) e muito longas (45%): 1,375-2,500, Células esclerosadas: esclerose par- freqüentemente 1,875-2,250 (73%), pre- Número: poucos (1 8%) e pouco nume- ciai, pois o parênquima tem células de dominando 1,875-2,125 (62%). rosos (82%); 4-10 por mm2, freqüente- paredes espessas. mente 6-8 (71%), predominando 6-7 Espessamentos espiralados: ausen- (55%), em média 7. Cristais: presença de cristais romboi- tes; estrias transversais não observadas. dais em séries merocristalíferas. Diâmetro tangencial: pequenos (13%) e médios (87%): 90-1 60 micrômetros, fre- Sílica: ausente. Diâmetro máximo: 22-44 micrôme- qüentemente 110-130 (76%), predomi- tros, freqüentemente 26-35 (84%). nando 110-120(61%), em média 118. Parênquima Radial (Raios): Pontuações: distintamente Elementos vasculares: extremamente areoladas, Tipo: tecido heterogêneo tipos I e II de cerca de 4-6 micrômetros longos: 1200-2300 micrômetros de diâmetro (2600) Kribs. Há dois tamanhos distintos: unisse- tangencial, redondas ou ligeiramente de comprimento, freqüentemente 1 700- riados constituídos de 1-9 (14) células ovais, numerosas nas radiais e 2200 com apêndices curtos em um paredes (72%), horizontais e quadradas a eretas, comu- fendas verticais em ambos os extremos tangenciais; a oblíquas, (21 %) ou (65%), às mente 3-8; multisseriados decididamente inclusas a exclusas, às vezes apêndices atingem até 1/3 coalescentes. vezes os do heterogêneos com extremidades unisse- comprimento do elemento, raramente sem riadas com 1-12 (16) células quadradas a Anéis de crescimento: ausentes ou apêndices. eretas, comumente (3) 4-7. indistintos. Espessamentos espiralados: ausen- Número: numerosos (8,3%) e muito Máculas medulares: ausentes. tes. numerosos (91,7%): 10-16 por mm, fre-

100 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 qüentemente 11-14 (73,3%), predomi- ciais; fendas verticais, inclusas, não coa- Schwack 8344, fe. 1892); Serra do Grão nando 1 3, em média 1 3. Contando-se ape- lescentes. Mogol (Markgraf 3424, Mello Barreto & nas os multisseriados (2-3 células na largu- Brade, nov. 1938); Serra do Cipó, Municí- ra Anéis de crescimento: ausentes ou máxima, comumente 2 (81,7%): 8-13 pio de Santana do Riacho mais ou menos indistintos. (14) por mm, freqüentemente 8-11 (80%), 1400 m, s/n.° (G. Martinelli 287, maio Predominando 9-10 (48,3%). 1974); Pará: Campirana do alto arirambá, Máculas medulares: ausentes. Trombetas (A. Ducke, dez. 1 906): Saguary, Observação: unisseriados (1 8%); mui- Faro (s/n/c, jan. 1 920); Tapajós (J. G. Kuhl- tisseriados Propriedades gerais, (82%). mann, março 1924); Maranhão: Grajahu aplicações e ocorrência (M. Arrojado Lisboa, agosto 1 909); Cururru- Largura: extremamente finos a finos: A. Lisboa, agosto Ingle- humiriáceas pu (F. 1 914); Guiana 4-33 As madeiras de estuda- micrômetros, com 1-2 (3) células; sa (Alstom 545, março 1 926); Espírito San- Multisseriados das apresentam as propriedades gerais se- comumente extremamente to. entre Linhares e S. Matheus (J. G. Kuhln. finos guintes: cor castanho-pardacenta, leve- a muito finos: 13-22 (79%), com 2 (3) 6674, dez. 1943; Bahia, Itapoã, região de células. mente rosada ou róseo-pardacenta ou ain- dunas (Paulo A. Athayde, março 1961); da vermelho pardacenta-escura; peso mé- Sergipe, Encosta da Serra de Itabaiana, no dio (0,5-1,0 de peso específico seca ao ar) Altura: extremamente baixos a muito contato da rocha fragmentada com a inte- baixos: a pesada, acima de 1,0 de peso específico 0,04-0,85 mm, com 1-45 células; gral (A. Lima 62-4085, julho 1962); Mato Multisseriados seca ao ar. (Vantanea guianensis e V. ma- freqüentemente 0,30-0,60 Grosso: Rio Juruena, margem direita A. crocarpa); lustre baixo a médio; textura (N. (66%), com 7-26 (28) células, porém, Rosa & M. R. Santos 1 972, maio 1 977): R. média; grã direita a irregular; odor e sabor quando fusionados atingem até 1,60 mm Juruena, mata do barranco da beira indistintos no lenho seco; madeira dura a do rio (baixos), com 63 células. G. Silva & J. Maria, 1 977). muito dura ao corte e resistente aos esfor- (M. julho cos externos, durável. Observação: muito Células envolventes: ausentes. Saccoglottis amazônica difícil de cortar ao micrótomo, principal- (Uchi-rana): mente a espécie S. amazônica conter Células por ²Pará: esclerosadas: comum escle- Breves, Arama (J. Huber, fev. rose sílica, nos raios (Araújo e Mattos F.°, 1 984). parcial (raios de paredes espessas e 1900); Belém (Utinga) margens de riacho Pontuações abundantes). no igapó(A. Ducke 1 6578, nov. 1 91 6; J. M. Segundo Rizzini (1 971) são madeiras Pires & G. A. Black 31, 1 945); Belém utilizadas apenas regionalmente para julho Células disjuntivas: presentes. Ducke, agosto 1922); Gurupá construção e dormentes, ocorrendo na re- (A. (Ducke 17221, agosto 1918); Amazonas, Espe- gião amazônica até Goiás; Brasil Central, Cristais: ausentes. rança 1055, out. 1942). Nordeste, Sudesde e Sul. (Ducke

Sílica: ausente. Segundo Mainieri e outros (1983) as Saccoglottis guianensis (achuá, paruru): espécies Humiria floribunda, Saccoglottis Conteúdo: depósitos abundantes de ²Pará: spp e Vantanea spp. tem as seguintes Belém, Bragança, Peixe-boi goma castanho-clara-escura, nos cortes externas (R. Siqueira 8281, herb. amazônico, "aturais. aplicações: construções (estru- julho 1 907); Faros, Campos turas, postes, mourões, dormentes, cruze- do Leste (A. Ducke, agosto 1907); Monte Alegre, campo Fibras: tas, etc) e internas (vigas, caibros, ripas, (A. Ducke, tacos e tábuas para assoalho; esquadrias dez. 1908); Santarém, campo (J. Huber, nov. de portas, venezianas, batentes, caixilhos, 1909); Rio Trombetas, região Tipo: não septadas, paredes muito es- etc); cabos de ferramenta e implementos dos campos de arirambá (A. Ducke 8042 e Pessas, lúmens punctiformes, praticamen- agrícolas, etc. 14872, set. 1913); Rio Tapajós, próx. à te homogêneas, em fileiras radiais achata- cachoeira do Mangabal (A. Ducke 16419, das tangencialmente. No Herbário do Jardim Botânico do agosto 1916); Altamira, rio Xingu (A. Du- Rio de Janeiro tem-se registrado as ocor- cke, dez. 1916); Belém (A. Ducke, agosto Comprimento: muito curtas (1%), cur- ,as rências seguintes: 1 922); Breves, mata entre o igarapé grande (6%), longas (25%) e muito longas e a campina dos Bacuryjus Ducke, (68%); 1,000-2,600 mm, freqüentemente (A. julho 1.875-2,375 Humiria floribunda (umirí, umiria) 1 923); A juruxy, campos entre os rios Jarye (77%), predominando 2,125- 2.375 Maracá (P. Le Cointe, s/d); Soure, Condei- (55%). Estado do Rio, Cabo Frio (Herb. xa, t. f. (H. de Miranda Bastos, s/d); Mara- Schwacke n.° 3093, Glaziou, set. 1881; nhão, Arrojado Lisboa, Espessamentos espiralados: ausen- Grajahu (M. agosto Herb. Schwacke n.° 5571, H. Schwik 1 Rio Branco, tes; estrias transversais ausentes. 909); Amazonas: campinho 3884, maio 1 887; S. Araújo, E. Pereira496, (J. G. Kuhlmann 81 3, set. 1913); Manaus Diâmetro máximo: 17-40 micrôme- maio 1946); Distrito Federal, restinga da (A. Ducke, set. 1929); Humaitá, entre os tros, Jacarepaguá Occhioni 1164, freqüentemente 22-33 (88%). Tijuca e de (P. rios Livramento e Ipixuna (B. A. Krukoffs agosto 1948; Liene, D. Sucre, Duarte, E. 5th expedition to brazilian amazonia, nov. Pontuações: distintamente areoladas, Pereira 3964, julho 1 958); Amazonas, alto 1 934); Estado do Rio, Teresópolis (Eurico cerca de 4-5 micrômetros de diâmetro tan- amazonas entre Manaus e Tarumã-assu Teixeira, agosto 1939); Mato Grosso: Ca- 9encial, redondas ou ligeiramente ovais, (s/n./c, jun. 1882); Minas Gerais: restinga ximbo, kms 257 e 264 da estrada Xavanti- numerosas, nas paredes radiais e tangen- perto de Diamantina, capão (Herb. na (D. Philcox, J. Ramos & R. Sousa 3060 e

Rodriguesia, Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 101 3131, nov. 1 967); 12° 49' S, 51° 41' W(D. b. Placas de perfuração até 20 barras tam-se muito homogêneos quanto à ana- Philcox, A. Ferreira & J. Bertoldo 3545, 4 tomia do lenho secundário tanto assim dez. 1967); Caximbo, km 271 da estrada que, confrontando-se suas espécies, con- Xavantina, cerrado (D. Philcox e A. Ferreira 3a. Concreções silicosas abundantes, nos seguiu-se apenas separá-las por meio de 4149, jan. 1968); 12° 49' S, 51° 46' W(G. raiosS. amazônica caracteres anatômicos quantitativos de C. G. Argent and Richards n.° 6793, agosto mensuração e freqüência, com exceção de 1 968); Brasília, D. F. (Esechias P. Heringer, b. Concreções silicosas ausentes S. amazônica que contém um caracter José Elias de-Paula, Roberta C. de Men- S. uchi muito importante, não citado na literatura donça, A. E. H. Salles 51 7, jun. 1 978). consultada, que a destaca entre todas as 4a. Pontuações radiovasculares médias a outras, ou seja, abundantes concreções Vantanea contracta (guaraparim): grandesS. guianensis silicosas, nos raios, sob a forma de corpús- ²Santa culos esferoidais ou irregulares. Catarina, Brusque, Mata do b. Pontuações radiovasculares muito Azambuja Veloso 37 fevereiro (H. (b), grandes5 1 950). Abstract

Vantanea cupularis (paruru): 5a. Poros 12-22 (24) por mm2, freqüen- This deals with the comparative ²Pará, temente 1 5-21; raios com 1 -4 células paper Belém (J. M. Pires, set. 1961). anatomy de largura, multisseriados comumente of eight Brasilian woods of the Family Humiriaceae as follow: Vantanea guianensis (achuá-rana, uchi- 2-3 célulasV. contracta rana): — ²Pará: Belém — Bragança — Peixe- Humiria floribunda Mart., Sacco- b. Poros 1-15 (16) por mm2, freqüente- amazônica Boi(S. Siqueira, out. 1907); Ilhas Breves (A. glottis Mart., S. guianensis mente 4-1 3; raios com 1 -3 células de Aubl., Ducke, jan. 1920); St.a Izabel, estrada da 5. uchi Huber, Vantanea contracta largura, multisseriados comumente 2 Urb., V. fazenda de Bragança (A. Ducke, set. 1 922); cupularis Huber, V. guianensis (3) células6 Aubl. and V. Belém-Brasília km 93 (Maguire, Murça Pi- macrocarpa Ducke. res, N. T. Silva, agosto 1963); Belém-Brasí- lia km 1 km ao norte de Paragominas 37,35 6a. Poros 7-15 (16) por mm2, freqüente- The general properties of the species, 1964). (G. T. Prance & N. T Silva, agosto mente 10-1 3; diâmetro tangencial dos and its principal uses, their occurrence in Amazonas: Manaus (A. Ducke, março poros maiores acima de 200 micrôme- Brazil as well as asynoptical key to separa- 1 932); Borba, Rio Madeira (A. Ducke, abril tros; raios multisseriados comumente te the species are also considered. 1937); Amapá (Miranda Bastos 244, com 2 célulasV. cupularis 1956). Referências Bibliográficas b. Poros 1-10 por mm2, freqüentemente Vantanea macrocarpa (ucbi-rana): 4-8; diâmetro tangencial dos poros ARAÚJO, P.A. M. e A. MATTOS FILHO — maiores abaixo de 200 micrômetros ²Amazonas, Manaus (A. Ducke, Estrutura das Madeiras Brasileiras de 7 março 1937). Dicotiledôneas(XXVeXXVI).4/-í7t//Vos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Chave para a identificação 7a. Poros 1-9 (10) por mm2, freqüente- vol. XXVI, 1 982 pp. 5-26 e vol. XXVIII, das espécies estudadas mente 4-7; diâmetro tangencial dos 1984 pp. poros maiores comumente até 160 MAINIERI, C. e OUTROS — Manual de 1 a. Pontuações radiovasculares pequenas (1 70) micrômetros . . . . V. guianensis Identificação das Principais Madeiras (menor que 7 micrômetros de diâmetro Comerciais Brasileiras. Governo do tangencialH floribunda Estado de S. Paulo, DCET-PR0M0CET, b. Poros 4-10 por mm2, freqüentemente 1983, 241 pp. 6-8, diâmetro tangencial dos poros b. Pontuações radiovasculares médias (7 METCALFE, C. R. e L CHALK —Anatomy maiores comumente até 130(140) mi- a 10 micrômetros), of the Dicotyledons, Oxford Univ. grandes (maior que crômetrosV. macrocarpa 10 e menor que 15 micrômetros) ou Press, London, 1957, 1500 pp. muito grandes (maiorque 1 5 micrôme- REC0RD, S. J. e R. W. HESS — Timbers of tros)2 the New World, New Haven, Yale Univ. Conclusão Press, 1943, 640 pp. 2a. Placas de perfuração mais de 20 barras As oito espécies de Humiriaceae aqui RIZZINI, C. T. —Árvores e Madeiras Úteis (5-33), até 48 nos vasos de menor estudadas, distribuem-se por três gêneros do Brasil, São Paulo, Ed. E. Blücher, diâmetro3 que, embora distintos entre si, apresen- 1971, 294 pp.

102 Rodriguesia. Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 Confronto das Espécies

H. floribunda S. amazônica S. guianensis S. uchi V. contracta V. cupularis V. guianensis V. macrocarpa

VASOS (POROS):

Disposição: difusos, com tendên- idem, idem. idem, idem. idem, idem. idem. idem idem, idem idem, idem idem, idem cia local de arranjo dia- gonal; (Record e Hess) exclusivamente solitá- rios

Número por mm

16-26 (27). freqüen- (3) 4-13 (17), freqüen- (2) 3-10 [11), freqüen- 2-8 (10), freqüente- 12-22 (24), freqüente- 7-15 (16), freqüente- 1-9 (10). freqüente- 4-10 freqüentemente temente 18-24 (89%). temente 6-11 (84,3%), temente 5-8 (76%). em mente 3-6 (75%). em mente 15-21 (86%). em mente 10-13 (78%), em mente 4-7 (80%), em 6-8(71%), em média 7. em média 21. em média 8. média 6. média 5. média 18. média 11. média 5.

Diâmetro tangencial (micrometros)

60-170 (200). comu- 50-190, comumente (50) 100-190. comu- 80-240 (280). comu- 50-140, comumente 60-250, comumente 60-180 (200), comu- 90-160, comumente mente 110-160(79%), 130-170 (72%). em mente 120-160, em mente 140-220 (82%). 80-110(75%). em mé- 140-200 (79%), em mente 110-160(76%). 110-130 (76%), em em média 132. média 142. média 138. em média 1 58. dia 96. média 1 73. em média 135. média 118.

Comprimento dos elementos (micrômetro)

700-2300 (2500). ge- 850-2250 (2600), ge- 1000-2100 (2200), ge- 750-2200, geralmente 750-2400. geralmente 750-2200, geralmente 650-1750 (1900), ge- 1200-2300. geralmen- ralmente 1700-2200 ralmente 1400-2100 ralmente 1500-1900 1050-1750 (74%); co- 1100-1600 (78%); co- 1050-1900 (78,5%); ralmente 1300-1700 te 1700-2200 (72%), (60%): comumente (74,3%); comumente (64%): comumente mumente apêndices mumente apêndices comumente apêndices (72%); comumente comumente com apên- apêndices curtos em apêndices curtos em apêndices curtos em curtos em um (39.4%) curtos em um (32%) ou curtos em um (44.2%) apêndices curtos em dices curtos em um um (19.6%) ou em am- um (12,9%) ou em am- um (34%) ou em ambos ou em ambos os extre- em ambos os extremos ou em ambos os extre- um (24%) ou em ambos (21%) ou em ambos os bos os extremos bos os extremos os extremos (60%); às mos (48%), às vezes até (60,2%); às vezes até mos (51,4%) às vezes os extremos (76%). extremos (65%); às ve- (69,6%) às vezes até (87,1%). vezes até 1/4 do com- 1 /3 do comprimento do 1 /2 do comprimento do até 1 /2 do comprimen- zes até 1/3 do compri- 1 /3 do comprimento do primento do elemento elemento ou sem apên- elemento. to do elemento. mento do elemento, ra- elemento (10.8%). ou sem apêndices. dices. ramente sem apêndi- ces. Perfuração exclusivamente múlti- idem, idem; mais de 20 idem, idem; até 20 bar- idem, idem; mais de 20 idem, idem; até 20 bar- idem. idem; até 20 bar- idem, idem; até 20 bar- idem, idem; até 20 bar- pia escalariforme; co- (8-28) barras, até 45 ras3-12 (14). (5-33) barras, até 48 ras(3-16). ras2-14(16). ras2-14(16). ras5-18 (20). mumente até 20 barras nos vasos de menor ca- nos vasos de menor ca- 10-20(26). libre. libre.

Conteúdo presença de goma idem, idem idem idem idem idem idem V. contracta V. cupularis V. guianensis V. macrocarpa H. floribunda S. amazônica S.guianensis S. uchi

Pontuado radiovascular alternos a opostos, re- idem, idem pequenos a idem, idem, pequenos idem, idem pequenos a idem, idem grandes a idem, idem grandes a idem, idem grandes idem. idem grandes a dondos, ovais, peque- médios (cerca de 6-9 a grandes. grandes. muito grandes. muito grandes. muito grandes. muito grandes. nos (4-7 micrometros), micrometros). às vezes compostos unilateralmente.

PARÊNQUIMA AXIAL Tipo predominantemente idem; também paratra- idem, idem idem, idem idem, idem idem, idem idem, idem idem, idem apotraqueal, difuso e queal tendendo a ser tendendo a formar li- abaxial e com distintas nhas curtas unisseria- asas. das, também paratra- queal escasso tenden- do a abaxial e aliforme.

Comprimento das séries (micrometros)

250-900, com 2-10 cé- 250-970, com 2-8 cé- 200-1600, com 2-14 200-850 (1200), com 145-960 (1070), com 111-1862, com 2-16 267-1293. com 3-12 450-1700(2100), com lulas, freqüentemente lulas, freqüentemente (15) células, freqüen- 2-14 células, freqüen- 2-14 células, freqüen- células freqüentemen- células, freqüentemen- 4-12 (18) células, fre- 300-700 (82%). com 300-550 (84%), com 3- temente 550-950, com temente 300-700 temente 334-780 te 557-1668 (70%), te 401-1003 (72,5%), qüentemente 450- (2) 4-8 células. 6 (7) células. 4-10 células. (76%), com 3-10 célu- (73%) com 3-9 (10) cé- com 4-12 (14) células. com 4-10 (12) células. 1200(87,5%) , com 4- las. lulas. 12 células.

Diâmetro máximo (micrometros)

11 -44 (66), freqüente- 22-40, freqüentemente 1 7-44 (55), freqüente- 22-40 (44), freqüente- 1 7-40, freqüentemente 17-40 (51), freqüente- 1 7-44, freqüentemente 1 7-40, freqüentemente mente 22-35 (85%); 26-33 (63%); epivascu- mente 22-40 (88%); mente 26-33 (74%); 20-33 (86%): epivascu- mente 26-35 (78%); 22-33 (73%); epivascu- 22-35 (90%); epivas- epivasculares até 73. lares até 55. epivasculares até 78. epivasculares até 90. lares até 62. epivasculares até 78. lares até 67. culares até 55.

Cristais séries cristalíferas sep- ausentes séries cristalíferas sep- idem, idem, principal- idem, idem séries cristalíferas sep- idem, idem tadas presentes 2-7 (8) tadas presentes (comu- mente merocristalífe- tadas presentes, co- cristais romboidais, mente (2) 4-7 (8) cris- ras. mumente merocristalí- com 3-4. tais romboidais). feras.

Silica

apenas presente em al- gumas células.

PARÊNQUIMA RADIAL (RAIOS) Tipos tecido heterogêneo co- idem, idem tecido heterogêneo ti- tecidos heterogêneo tecido heterogêneo ti- tecido heterogêneo co- tecido heterogêneo co- tecido heterogêneo ti- mumente tipo I e por po I e mais comumente tipos I e II de Kribs. po II e às vezes I de mumente tipo I e às ve- mumente tipo II e às po I e II de Kribs. vezes II de Kribs. II de Kribs. Kribs. zes II de Kribs. vezes I de Kribs. V. contra cta V. cupularis V. guianensis V. macrocarpa H. floribunda S. amazônica S. guianensis S. uchi

Número por mm

8-14 (16), freqüente- 9-16 (17), freqüente- 12-20, freqüentemente 11-18. freqüentemente 11-16 (18). freqüente- 9-16 (17), freqüente- 10-17 (18), freqüente- 10-16, freqüentemente mente 10-12 (66,6%); mente 11-14 (80%); 15-17(72%);unisseria- 14-16(72%);unisseria- mente 12-14 (70%); mente 11-14 (7%); mente 12-15 (80%); 11-14 (73,3%) unisse- unisseriados (35%) e unisseriados (34%) e dos (18%) e multisse- dos (18%) e multisse- unisseriados (28%) e unisseriados (20,8%) e unisseriados (16,8%) e riados (18%) e multis- múltisseriados (65%); múltisseriados (66%); riados (82%); contan- riados (81,3%); contan- múltisseriados (71,3%), múltisseriados (79,2%); múltisseriados (83,2%); seriados (82%); con- contando-se apenas contando-se apenas do-se apenas estes úl- do-se apenas estes úl- contando-se apenas contando-se apenas contando-se apenas tando-se apenas estes estes últimos: 5-10, estes últimos: 5-14, timos 9-16 (17), fre- timos 10-15, freqüen- estes últimos 7-13, fre- estes últimos 6-14 estes últimos 9-14, fre- últimos 8-13 (14), fre- freqüentemente 6-8 freqüentemente 7-10 qüentemente 13-14 temente 11-13 (72%). qüentemente 8-11 (15), freqüentemente qüentemente 11-13 qüentemente 8-11 (75%). (74%). (56%). (SI ,796). 9-11 (61%). (63%). (80%).

Altura em mm

0,04-1,20 com 1-28 0,04-0.70 (0,90) com 0,04-1,20 (1,30), com 0,018-1,000 (1,250|, 0,03-0,80 (0,90), com 0,05-0,85, com 1-25 0,05-0,95, com 1-43 0,40-0,85, com 1-45 células; múltisseriados 1-24 células; multisse- 1-58 células; multisse- com 1 -40 (45) células; 1-28 (45) células; mui- células; múltisseriados (53) células; multisse- células; múltisseriados comumente 0,30-0,75 riados comumente riados comumente múltisseriados comu- tisseriados comumente comumente 0,20-0,75 riados comumente comumente 0,30-0,60 (74%) com 6-18 (23) 0,25-0.60 (72%)), com 0,50-1,00, com 18-45 mente 0,35-0,70 (66%) 0,25-0,50 (64%), com (80%), com 5-23 (30) 0,23-0,65 (77%), com (66%). com 7-26 (28) células; fusionados até 8-20 (24) células; fu- (58) células; fusiona- com 10-28 células; fu- 12-23 (25) células; fu- células; fusionados até 6-33 (36) células; fu- células; fusionados até 2,75 com 50 células. sionados até 1,50 com dos até 1,75 com 73 sionados até 1,45. com sionados até 1,45, com 1,25, com 38 células. sionados até 1,40, com 1,60, com 63 células. 50 células. células. 55 células. 56 células. 60 células.

Largura em micrometros

11-44 (55) com 1-3 cé- 9-38, com 1-3 células; 6-33 (40) com 1-3 (4) 13-49 (51), com 1-3 7-78. com 1-4 células; 9-33, com 1-3 células 9-33 com 1-3 células 4-33, com 1-2 (3) célu- lulas; múltisseriados múltisseriados comu- células; múltisseriados células; múltisseriados múltisseriados comu- múltisseriados comu- múltisseriados comu- Ias; múltisseriados co- comumente 22-33 mente 18-27 (81%), comumente 22-33 comumente 31-44 mente 33-44 (66%), mente 15-22 (77%), mente 17-22 (79%), mumente 13-22 (79%), (90%) com 2 (3) células. com 2 (3) células. (87%), com 2 (3) célu- (69%), com 2 (3) célu- com 2-3 células. com 2 células. com 2 (3) células. com 2 (3) células. las. las. Células envolventes ausentespresentes presentes presentes ocasionais presentes

Células disjuntivas não observadasidem idem idem presentes presentes presentes presentes

Cristais ausentesidem idem idem ocasionais idem idem

Sílica ausenteconcreções silicosas idem idem idem idem idem abundantes. FIBRAS Tipo não septadas; paredes idem; paredes comu- idem; paredes espes- idem; paredes espes- idem; paredes espes- idem; paredes espes- idem; paredes muito idem; idem homogê- comumente espessas mente espessas (49%) sas (18%) a comumen- sas (25%) a comumen- sas (32%) a comumen- sas (25%) a comumen- espessas; freqüente- neas e em fileiras ra- (47%) a muito espessas a muito espessas te muito espessas te muito espessas te muito espessas te muito espessas mente heterogêneas e diais, achatadas tan- (41%) freqüentemente (42%); freqüentemente (82%); idem. (75%); idem. (68%); idem. (72%) homogêneas a em fileiras radiais, gencialmente. homogêneas e em filei- homogêneas e em filei- muitas vezes hetero- achatadas tangencial- ras radiais, achatadas ras radiais, muitas ve- gêneas, comumente mente. tangencialmente. zes achatadas tangen- em fileiras radiais, cialmente. achatadas tangencial- mente. V. contracta V. cupularis V. guianensis V. macrocarpa H. floribunda S. amazônica S. guianensis S. uchi

Comprimento em mm

1,625-3,125. freqüen- 1,250-3,125. freqüen- 1,375-2,375. freqüen- 1,200-2,500. freqüen- 1,250-2,125. freqüen- 1.250-2.625. freqüen- 1,375-2,500, freqüen- 1.000-2,600, freqüen- temente 2,250-3,000 temente 1,750-2,250 temente 1,875-2,250 temente 1,900-2,300 temente 1,625-2,000 temente 1,875-2, 375 temente 1,875-2,250 temente 1.875-2,375 (85%). (65%). (72%). (60%). (84%). (68%). (73%). (77%).

Diâmetro máximo (micrometros)

22-40, freqüentemente 18-40, freqüentemente 17-33 (40), freqüente- 20-35, freqüentemente 1 7-33 (35), freqüente- 22-40 (60), freqüente- 22-44, freqüentemente 17-40, freqüentemente 26-35 (87%) 22-33 (84%). mente 22-26 (68%). 22-30 (83%). mente 20-26 (77%). mente 26-35 (70%). 26-35 (84%). 22-33 (88%).

Pontuações distintamente areola- idem (cerca de 6,5-7,5 idem (cerca de 5,0-7,0 idem (cerca de 4-6 mi- idem; idem; fendas ver- idem. idem; fendas ver- idem; idem; idem idem (cerca de 4-5 mi- das (cerca de 4-5 mi- micrometros): idem. micrometros); fendas crômetros); idem. ticais a oblíquas, geral- ticais a oblíquas, inclu- crômetros), fendas ver- crômetros de diâmetro verticais a oblíquas, in- mente inclusas. sas a exclusas, às vezes ticais, inclusas, não tangencial); fendas co- clusas até exclusas não coalescentes. coalescentes. mente verticais, inclu- coalescentes. sas a exclusas, não coa- lescentes.

ANÉIS DE CRESCIMENTO ausentes ou indistin- indistintos ou apenas idem, idem idem. idem ausentes ou indistin- indistintos ou apenas ausentes ou indistin- idem tos. indicados por zonas fi- tos. indicados por zonas fi- tos. brosas mais escuras brosas com menos po- com menos poros. ros ou mais escuras e acentuadamente acha- MÁCULAS MEDULARES tadas tangencialmen- te. presentes idem idem ausentes, porém pre- idem sentes grupos de célu- las com esclereídes e fibras na parte externa do lenho. Figura 1 Humiria floribunda Mart. (amostra n.°124)

Seção transversal (10x) Seção transversal (50x)

HlM "¦¦¦¦¦ JUS^^^HIJJJJJJJJjBh'íB 11 *¦* ¦fltvvfllBrjBF jijjrflBVflflilSJJmMUIIMJI n. í H ¦ t^B /^¦¦¦vHI^ jRWa* I ¦ Ural' ÊrW lBfliJjUH-flnSrJBfifl m

F jmÊ Wm'Wmam amt aWÊm at^a^ÊamlÈ&aaT^ÊaaaamamBtÈfii i^Bæ'lflHBrs i /^BBjjWB^^BffHI mi ¦ BSrvVBKwrBflTBwfâíí '1191BaH& - SflVflflflfl

Seção tangencial (50x ) Seção radial (50x)

Rod riguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 107 Figura 2 Saccoglottis amazônica Mart. (amostra n.° 543|

Seção transversal (10x) Seção transversal (50x)

-' 'BHi * JB^^eSi

Seção tangencial (50x i Seção radial (50x)

108 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 Figura 3 Saccoglottisguianensis Benth. (amostra n.° 380)

Seção transversal (10x) Seção transversal (50x)

Seção tangencial (50x) Seção radial (50x)

R°driguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 109 Figura 4 Saccoglottis uchi Hub. (amostra n.° 596)

/;. : í *»**# * W«té • . *f 11* I # f- I V „ ' f *'' ,<" « •* a* « « * »«..*, * *'• ©* •¦ **« v tf ***' ? ..** t d , »»‡• ¦ I . ' *i ¦;'•»'? *'*'*¦'*'¦.•.# * :,»| .• '.t: * *•'"?« '».,#.?.,•» í - ** l«* #.-•*.* *¦¦' "i : »"¦'* « ' ‡• « * í t ,' *•# é • » f » ? | l • » *# **I* * 4

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r'i^iIHHHiIiHHiHi^HmHMHHHHHHHBHiHBIBHi^B Seção transversal (10x) Seção transversal (50x)

':;'.(' LKifl«l'f'" iS^HSiiillufiX"¦ fflíjftílS <'0./(',T./l'ti

Seção tangencial (50x) Seção radial (50x)

110 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 Figura 5 Vantanea contracta Urb. (amostra n.° 3679)

Seção transversal (10x) Seção transversal (50x)

Seção tangencial (50x) Seção radial (50x)

R°driguésia, Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 111 Figura 6 Vantanea cupularis Huber (amostra n.° 4714)

^C -«W** ' ^Jü* ' AmWum\m\m\m\*\m\m\mm\m\wm\\WmTKmvEftí mmW ~ ¦::::fwry lB LTOa^aKlT^^TiliR llwBiWHaKfjB.

Seção transversal (lOx) Seção transversal (50x)

ISSalBKaaHaH«líjaB BaUl! 'mm'HIHwJI wmfi Í^^B^mMmmmmmLim^m llHmH'¦¦*3%^B.

lia.lHl^ n^r^aHiU'ri 1'' ; !t ir i í*'

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Seção tangencial (50x I Seção radial (50x)

112 Rodriguésia. Rio de Janeiro. 37(62): 91-114. jan./jun. 1985 Figura 7 Vantanea guianensis Aubl. (amostra n.° 2050)

^ - SrVlXflHlVsfC, i^^n^^^E^ : IHflHnlB KrlCt SP^m )í'i * r"*! it '

Seção transversal (10x) sversal (50x)

Seçáo tangencial (50x Seção radial (50x)

Rodriguésia, Rio de Janeiro. 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 113 Figura 8 Vantanea macrocarpa Ducke (amostra n.° 656)

•>.¦-¦ * . m\\ ! if t li Ifilh \iMISllül ly u

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Seção transversal (lOx) Seção transversal (50:K)

1 I Seção tangencial (50x) Seção radial (50x)

114 Rodriguésia. Rio de Janeiro, 37(62): 91-114, jan./jun. 1985 quando couber (as abreviaturas deverão seguir as normas do As citações do material botânico devem ser detalhadas, Botânico-Periodicum-Huntianum-B-P-H e sublinhadas); número incluindo na seguinte ordem: local, data de coleta, nome e n.° do do volume sublinhado; número do fascículo ou parte, se houver, coletor (com grifo) e sigla(s) do(s) herbário(s) entre parêntesis. dentro de parêntesis; dois pontos, após o volume ou fascículo e a Exemplos: seguir o número de páginas; estampas e figuras, se houver. BRASIL Rio de Janeiro: Cabo Frio, praia do Forte, 15X1914, Exemplos: Kuhlmann 3142 (HB, K, RB). Minas Gerais: Viçosa, 20 III 1 945, ANDREATA, R. H. P. 1979. Smilax spicata. Vell. (Smila- Ducke s/n." (RB); Ouro Preto, 13 111 960, A. Zurlo et ai 1350 caceae). Considerações taxonômicas. Rodriguesia (OUPR). 3/(50):105-115, 6 est. No caso do material examinado ser relativo apenas a locali- ARBER, A. 1920. Tendrils of Smilax. Bot. Gaz. S9(5):438- dades brasileiras, os estados poderão ser separados por para- 442, 22 est. grafos e escritos em caixa alta. CAPONETTI, J. D. Et QUIMBY, M. W. 1956. The comparative anatomy of Smilax. J. Amer. Pharm. of certain species II) REVISTAS DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO Ass. 45(10):691-696. FERREIRA, M. B.; ESCUDER, C. J. & MACEDO, S. A. R. 1 982. Terão prioridade para publicação, os trabalhos realizados Dieta dos bovinos em áreas de cerrado. I. pastejando pelos pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Composição botânica. Arq. Esc. Veterin. UFMG desde que aprovados pela Comissão de Publicações. 34(1 ):1 53-165. a)ARQUIVOS DO JARDIM BOTÂNICO DO RlÒ DE JANEIRO 3)A lista no final do trabalho de referências bibliográficas — destinado à edição de trabalhos originais, de cunho técnico deverá ser de autor, segundo os exemplos em ordem alfabética e/ou científico, inéditos, relativos aos diferentes ramos da bota- anteriormente houver repetição do mesmo enunciados; quando nica, inclusive teses ou monografias; autor(es), o nome do mesmo deverá ser substituído por um b)RODRIGUESIA — destinada à edição de trabalhos de travessão; o mesmo autor publicar vários trabalhos num quando extensão cultural, relativos preferencialmente à área da botânica, mesmo a no, deverão ser acrescentadas por ordem de publicação traduções ou reedição de matéria pertinente, de conhecido valor as letras alfabéticas após a data. e atualidade, além de noticiário relativo àquela ciência, sendo 4)Quando houver citação bibliográfica no texto, deverá ser admitida a publicação de trabalhos científicos; mencionado apenas o sobrenome do autor e a seguir o ano de c)ESTUDOS E CONTRIBUIÇÕES — destinada a acolher publicação, entre parêntesis. trabalhos de caráter monográfico, relativos à botânica Observações — Os nomes científicos dos taxons deverão geral, inéditos ou não, ou reedição daquela matéria amplo con- seguir as normas do Código Internacional de Nomenclatura sob ceito, de reconhecido valor e atualidade, ou de valor como Botânica em sua última edição. Os nomes dos gêneros, taxons elemento de comparabilidade histórica. infragenéricos, específicos e infra-específicos deverão ser grifa- d)BOLETIM DO MUSEU BOTÂNICO KUHLMANN — desti- dos em todo o texto do trabalho. nado à edição de trabalhos didáticos, ou de cunho técnico e Nos trabalhos taxonômicos, no material examinado, os no- histórico, referentes à botânica, à biografia de pesquisadores mes dos países deverão vir em caixa alta, seguidos dos res- botânicos, ligados ou não ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, pectivos materiais estudados. Um parágrafo deverá separar a e à história deste Jardim. coleção estudada de um país para outro. Os países deverão obedecer a seguinte disposição: MÉXICO; GUATEMALA; EL e)PUBLICAÇÕES AVULSAS — destinadas a divulgar tra- SALVADOR; HONDURAS; NICARÁGUA; COSTA RICA; PANA- balhos referentes à natureza em geral, de interesse do Jardim MÁ; CUBA; JAMAICA; HAITI; REPÚBLICA DOMINICANA; POR- Botânico do Rio de Janeiro. TO RICO; Ilhas das Antilhas, como BARBADOS, GRANADA, etc; As publicações do Jardim Botânico do Rio de Janeiro serão GUIANA FRANCESA SURINAME; GUIANA; VENEZUELA; CO- editadas, obedecendo aos seguintes critérios: LÔMBIA; EQUADOR; PERU; BOLÍVIA; BRASIL (os estados e a)Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro — duas territórios brasileiros seguirão a ordem: Acre-Amazonas-Ro- vezes por ano; raima-Rondônia-Pará-Amapá (R. Norte); Mato Grosso-Goiás- b)Rodriguesia — duas vezes por ano; Distrito Federal-Mato Grosso do Sul (R. Centro-Oeste); Mara- c)Estudos e Contribuições — sempre que houver volume de nhão-Piauí-Ceará-Rio Grande do Norte-Paraíba-Pernambuco- trabalho que justifique a publicação; Alagoas-Sergipe-Bahia (R. Nordeste); Minas Gerais-Espírito d)Boletim do Museu Botânico Kuhlmann — sempre que Santo-Rio de Janeiro-São Paulo (R. Sudeste); Paraná-Santa houver matéria, até 4 vezes por ano; Catarina-Rio Grande do Sul (R. Sul); PARAGUAI; URUGUAI; e)Publicações Avulsas — quando convenientes segundo a ARGENTINA CHILE. comissão.

COMISSÃO DE PUBLICAÇÕES DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO M JARDIM BOTÂNICO RIO I)E «JANEIRO

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Esta publicação conta com o apoio da Fundação Nacional próMemória da Secretaria de Cultura do MEC