(Puc – Sp) Leonardo Brandão Por Uma História
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC – SP) LEONARDO BRANDÃO POR UMA HISTÓRIA DOS “ESPORTES CALIFORNIANOS” NO BRASIL: O CASO DA JUVENTUDE SKATISTA (1970 – 1990) DOUTORADO EM HISTÓRIA SOCIAL SÃO PAULO 2012 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC – SP) Setor de Pós-Graduação Rua Monte Alegre, 984 – São Paulo/SP - CEP 05014-901 – Fone: (11) 3670 – 8000 http://www.pucsp.br/ LEONARDO BRANDÃO POR UMA HISTÓRIA DOS “ESPORTES CALIFORNIANOS” NO BRASIL: O CASO DA JUVENTUDE SKATISTA (1970 – 1990) Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em História Social sob a orientação da Professora Doutora e Livre-Docente Denise Bernuzzi de Sant’Anna. SÃO PAULO 2012 Banca Examinadora, ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ _____________________________________________________ Para o meu filho Calel. AGRADECIMENTOS Agradeço ao CNPq pela bolsa concedida ao longo dos anos de confecção desta tese. Sem ela, este trabalho seria impossível; A minha orientadora Profª. Drª. Denise Bernuzzi de Sant’Anna, que com seus livros, capítulos de livros e artigos publicados já figurava como uma das principais autoras de referência tanto em minha monografia de bacharelado em História, realizada na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) quanto em meu Mestrado, realizado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Sem dúvida, sua orientação veio “coroar” uma trajetória acadêmica iniciada muitos anos antes de minha aprovação no curso de Doutorado em História Social da PUC-SP. Em função da temática aqui tratada dialogar intensamente com o domínio comumente chamado de “História do Corpo”, área a qual Denise é uma grande especialista, sua orientação foi imprescindível para a confecção de todos os capítulos desta tese; A Profª. Drª. Carmen Lúcia Soares, da UNICAMP, que gentilmente aceitou fazer parte de minha banca de qualificação de tese. Suas questões levantadas naquele momento, assim como a problemática sugerida no tocante as teorizações sobre o esporte e as práticas corporais deram, sem dúvida, uma nova direção e abrangência a este trabalho; A Profª. Drª Silvia Helena Simões Borelli, do Departamento de Antropologia da PUC- SP, que também gentilmente aceitou compor a banca de qualificação. As indicações de leitura sobre a temática juvenil e as questões debatidas neste momento propiciaram um novo fôlego para a continuidade das pesquisas; Ao Prof. Dr. Luis Antonio Coelho Ferla, que atualmente trabalha da UNIFESP, mas que no início de 2009, quando ainda estava na PUC-SP, leu e aprovou meu projeto de doutorado. Um segundo agradecimento: obrigado por aceitar compor a banca de defesa e assim finalizar este ciclo. Ao Prof. Dr. Rafael Fortes, da UNIRIO, que ao compartilhar a escrita de um artigo a quatro mãos, fruto de algumas pesquisas em andamento para o quarto capítulo desta tese, acabou por indicar autores, instalou inquietações e contribuiu para o avanço da escrita deste capítulo em especial; Ao Prof. Dr. Tony Honorato, da UEL, quem gentilmente prefaciou o livro resultante de minha dissertação de Mestrado e, através de diálogos e constantes conversas, colaborou com conselhos e dicas sobre bibliografias e fontes de pesquisa; Ao Prof. Dr. Reinaldo Lindolfo Lohn, da UDESC, meu orientador na época da monografia e um dos primeiros estudiosos a compreender a importância do skate para o estudo da História do Tempo Presente. Sua participação também em minha defesa de dissertação de Mestrado em muito colaborou para a construção de meu projeto de doutorado com o qual ingressei na PUC-SP; Ao Prof. Dr. João Carlos de Souza, da UFGD, meu orientador de Mestrado e quem muito me estimulou a seguir com a temática do skate para o doutorado na PUC-SP, instituição onde também estudou e por isso a vislumbrou como um possível lócus para a continuidade de meus estudos; Ao Prof. Dr. Eliazar João da Silva, da UFGD, colega com o qual compartilho o interesse por assuntos relativos à “História do Esporte”. Sua indicação de um dossiê temático sobre “História do Esporte” na Revista de Pós-Graduação em História da UFGD, “Fronteiras”, e o convite para a confecção de um artigo nesta edição foram estímulos importantes e que contribuíram com o andamento do primeiro capítulo desta tese; Ao Prof. Dr. Eudes Fernando Leite, da UFGD, com quem compartilhei, ao longo de meus anos de formação, o interesse pela História Cultural; A todos os docentes do curso de Doutorado em História da PUC-SP, e em especial, as professoras Maria Antonieta Antonacci e Maria Odila da Silva Dias por suas indicações de leitura e generosa acolhida ao longo das aulas; A Betinha, secretária da pós-graduação em História da PUC-SP, a qual se mostrou sempre disposta a ajudar e resolver os entraves burocráticos; A todos os colegas do curso de doutorado em História da PUC-SP, e em especial ao Eduardo, Nilo Dias e Leandro Pereira Gonçalves, companheiros que desejo sorte na continuidade dos estudos e por toda a vida acadêmica; Ao amigo Giancarlo Machado, Mestre em Antropologia pela USP e detentor do mais completo acervo de revistas de skate do Brasil. Sua generosidade em permitir o livre acesso às publicações, assim como no diálogo qualificado sobre inúmeras questões relativas ao skatismo, foi essencial tanto para o início quanto para a continuidade desta tese; Ao colega Carlos Eduardo Tassara, mais conhecido como “Yndyo”, um dos pioneiros do skate na cidade de Guaratinguetá/SP e grande colecionador da cultura material do skate, como pôsteres, pranchas antigas, adesivos, revistas etc. Sua ajuda e colaboração foram de suma importância para a diversificação das fontes aqui analisadas; Ao Prof. Dr. Rafael Zamorano Bezerra, historiador do Museu Histórico Nacional e quem generosamente me convidou a proferir uma palestra de abertura sobre o tema do skate no evento “República do Skate: Subversão do Uso”, realizado no Museu da República, no Rio de Janeiro, para um público composto tanto de universitários como de skatistas. A experiência do debate ao final da palestra, e a oportunidade de responder (ou pelo menos tentar responder) a tantas perguntas sobre skate me estimularam ainda mais a penetrar na história dessa atividade; Aos responsáveis pela revista CemporcentoSKATE, e em especial aos jornalistas Alexandre Vianna e Marcelo Viegas, os quais sempre noticiaram minhas pesquisas acadêmicas tanto nas páginas quanto no site desse importante canal de comunicação juvenil; Ao editor da Revista Tribo Skate, César Gyrão, que além de fornecer uma entrevista para a confecção desta tese também realizou os contatos necessários para que eu realizasse outras entrevistas com algumas personalidades-chave nesta atividade, como Guto Jimenez, Billy Argel, Cecília Mãe, entre outros; Ao cineasta Daniel Baccaro (Diretor do filme “Vida sobre Rodas”), o qual gentilmente me emprestou algumas das fontes analisadas nesta tese; A todos os skatistas que, através de entrevistas abertas ou semi-estruturadas, forneceram depoimentos pontuais para a elucidação de momentos em que as fontes deixavam algumas dúvidas sobre os acontecimentos pertinentes ao skatismo. Em especial, gostaria muito de agradecer ao skatista Bruno “Brown”, que me recebeu em sua loja na Galeria Ouro Fino e forneceu um relato bastante elucidativo sobre o início conturbado do skate em São Paulo. Além do Bruno, o skatista e empresário Márcio Tanabe, que ao me receber em sua residência, esclareceu diversos aspectos acerca da proibição do skate na cidade de São Paulo no ano de 1988. E finalmente um agradecimento mais do que especial para minha esposa Daniela Brandão, a qual sempre me estimulou a continuar nas horas difíceis e soube comemorar comigo cada nova conquista!!! A despeito de todos os problemas estruturais da história do tempo presente, é necessário fazê-la. Não há escolha. É necessário realizar as pesquisas com os mesmos cuidados, com os mesmos critérios que para os outros tempos, ainda que seja para salvar do esquecimento, e talvez da destruição, as fontes que serão indispensáveis aos historiadores do terceiro milênio. Eric Hobsbawm LEONARDO BRANDÃO POR UMA HISTÓRIA DOS “ESPORTES CALIFORNIANOS” NO BRASIL: O CASO DA JUVENTUDE SKATISTA (1970 – 1990) RESUMO Esta tese tem como objetivo refletir sobre o desenvolvimento dos chamados “esportes californianos” e/ou “radicais” no Brasil, tomando como estudo de caso a prática do skate e a analisando através de uma série de revistas publicadas no país entre as décadas de 1970 e início de 1990. Para tanto, partimos da teorização de que o esporte pode ser compreendido como um conjunto de técnicas e discursos de organização da corporeidade, e por isso sendo capaz de conduzir para si as mais diversas formas de experiência corporal (tal perspectiva é trabalhada na tese através da noção de poder esportivo). Buscamos não somente investigar os diferentes modos como o skate foi cooptado pelo universo esportivo, mas também como ele inventou modos de apropriações espaciais e experiências de subjetivação que pouco tiveram a ver com competições, ranking ou rendimentos. A tese que defendemos é que o skate não trilhou os caminhos de uma esportivização que resultasse numa identidade sólida e a qual poderíamos classificar como esportiva. Sua prática constituiu-se numa zona de fronteiras fluídas e ambivalentes, estabelecendo diálogos tanto com o mundo organizado das competições