Enquadramento dos Recursos genéticos Animais no Noroeste Atlântico

JOSÉ PEDRO PINTO DE ARAÚJO Grupo Disciplinar de Ciências Agronómicas e Veterinárias Resumo desta contribuição

• Recursos Genéticos

• Sistemas produtivos

• Criadores

• Bem-estar animal

• Qualidade dos produtos World population prospects (https://esa.un.org/unpd/wpp/publications/files/key_findings_wpp_2015.pdf

Increase: 1.8% / year ≈ adicionalmente 83 milhões hab /year.

• 8.5 billiões: 2030 • 9.7 » : 2050 • 11.2 » : 2100.

Year 1950 2015 2030 2050 2100 Mundo (Biliões) 2,5 7,3 8,5 9,7 11,2 Var. (2015/30) 15,7 Portugal (*1000) 8 417 10 350 9 845 9 216 7 407 Var. (2015/30) -4,9

3 World meat projections (OECD-FAO Agricultural Outlook 2016-2025 http://www.oecd-ilibrary.org/agriculture-and-food/data/oecd-agriculture-statistics_agr-data-en)

WORLD 2016 2017 2018 2019Var 2016/252020 2021 2022 2023 2024 2025 BEEF AND VEAL + 12,5

Production kt cwe 69 106 70 029 70 891 72 239 73 141 74 185 75 164 75 974 76 894 77 766

Consumption kt cwe 68 832 69 718 70 598 71 934 72 836 73 874 74 851 75 666 76 586 77 461

PIGMEAT + 10,6

Production kt cwe 118 402 119 920 121 533 123 045 124 468 125 838 127 115 128 528 129 833 131 001

Consumption kt cwe 118 398 119 742 121 337 122 833 124 261 125 640 126 914 128 325 129 628 130 797 + 13,9 POULTRY MEAT

Production kt rtc 115 192 117 630 119 321 120 886 122 758 124 393 126 059 127 889 129 568 131 255

Consumption kt rtc 115 247 117 608 119 321 120 895 122 766 124 392 126 058 127 888 129 565 131 255 + 20,5 SHEEP MEAT

Production kt cwe 14 473 14 778 15 076 15 426 15 800 16 229 16 571 16 844 17 113 17 438

Consumption kt cwe 14 492 14 805 15 107 15 453 15 818 16 229 16 562 16 844 17 105 17 430

TOTAL MEAT

Per capita kg rwt 34,3 34,4 34,6 34,7 34,8 34,9 35,0 35,1 35,2 35,3 consumption (1) + 2,9 4 Balanço aprov. Portugal de produtos de origem animal (%), ano: 2016 (INE, 2017)

Carnes total / Total meat 75

Bovinos / Veal and Beef 53

Suínos / Pig meat 69

Ovinos Caprinos / Sheep Goat meat 83

Animais de capoeira / Poultry 87

Ovos 108

Leites / Milks 102

Manteiga / Butter 172

Queijo / Cheese 71 Consumo per capita, Portugal (Kg/hab/ano) ano: 2015 (GPP, 2016)

Carnes total / Total meat 111,2 Suínos / Pig meat 44,7 Animais de capoeira / Poultry 39,0 Bovinos / Veal and Beef 17,9 Ovinos Caprinos / Sheep… 2,2 Queijo / Cheese 11,1 Manteiga / Butter 2,0 Leites / Milks 71,0 Ovos 10,0

0 Utilização das Terras das Explorações Agrícolas: 2013 (GPP, 2016)

Total Sup. Agríc. Utilizada / Utilized Agricultural Area 3 642 000 ha • 50% por prados e pastagens permanentes • 10% de prados temporários e forragens Caraterização dos sistemas de produção animal em Portugal (adaptado de Rodrigues et al., 1998)

Clima Norte/Centro Sul

Mediterrãneo Influência continental e Influência continental atlântica

Temper. média anual ≤ 15 ºC > 15 ºC

Pluviosidade média anual > 800 mm < 800 mm Gerês ( 3000 mm) Barrancos (400 mm)

Geadas - Elevada incidência - Reduzida a média, em função da proximidade do oceano

2nd LSIRD Conference on Livestock production in the European LFAs, Bray, Ireland. Dec '98 Caraterização dos sistemas de produção animal em Portugal (adaptado de Rodrigues et al., 1998)

Caraterísticas Norte/Centro Norte Sul

Propriedade (área) Reduzida Elevada

Efetivo bovino Reduzido Elevado

Tipo de agricultura Diversificada/Familiar Empresarial

Aptidão dos bovinos Carne/Trabalho Carne

Tipo de pastoreio Principalmente “lameiros” Principalmente “montados”

“baldios” Zonas Desfavorecidas de Montanha / Less-Favoured Areas (GPP, 2016) Efetivos Pecuários ano 2016 – Portugal (INE, 2017)

2 500 2151 2068 2 000 1635 1606

/Heads 1 500 V Aleit – 485 * 1000 V Leit – 239 * 1000

Cabeças 1 000

724 1000 1000 500 347 293 233

0 Total Fêmeas Bovinos Suínos Ovinos Caprinos Abates aprovados para consumo: ano 2016 - Portugal (INE, 2017)

6 000 5706,3 400 377,1 5 000 300 4 000 3 000 200 2 000 833,8 90,7 1 000 377,1 100

1000 1000 cabelasHeads / 103,9 0 1000 tons / toneladas 10,0 0,7 Bovina Suína Ovina Caprina 0 Bovina Suína Ovina Caprina Recursos Genéticos Animais no Norte Recursos Genéticos Animais

FAO COMMISSION ON GENETIC RESOURCES FOR FOOD AND AGRICULTURE, ASSESSMENTS • 2015 14 Portugal: Produção Animal – Recursos Genéticos

Apoio «Manutenção de raças autóctones em risco» Ação 7.8, «Recursos genéticos» Portaria n.º 55/2015 de 27 de fev

Espécie Grau de risco de extinção (continente) Total

A - Rara (200€/CN) B - Ameaçada (140 €/CN) C- Em risco (100 €/CN)

Bovina 4 4 6 15

Ovina 3 5 7 15

Caprina 1 3 2 6

Suína 2 1 3

Equídea 3 1 4

Galinácea 4 4

Total 17 14 15 47 Bovinos: (IFAP, 2017) ESTATÍSTICAS ANIMAIS: Animais Residentes na Base Dados SNIRA a 31.12.2016: [xlsx: 103 kb; atualização 31.03.2017]

Quadro - Total de bovinos por região / raça / idade e género : Fêmeas >= 2 anos

Tipo Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira Autoct 35275 6978 3153 71642 42 2556 15 Exot Car 484 1589 911 12387 408 1770 7 Exot Lei 91662 30097 9322 25563 132 99254 311 Outras 32259 50953 9421 303356 4566 36081 1317 159680 89617 22807 412948 5148 139661 1650

100 88,7 79,8 80 73,5 71,1

60 57,4 56,9

% 40,9 41,3 40 33,6 22,1 25,8 20,2 17,3 18,8 20 13,8 7,8 7,9 4,0 6,2 0,3 1,8 3,0 0,8 2,6 1,8 1,3 0,9 0,4 0 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira NUT II

Autoct Exot Car Exot Lei Outras Bovinos: Nº de fêmeas LA em Linha Pura (SPREGA, 2017)

Minhota 6 493 8 000 4 127 Brava de Lide 6 127 Barrosã 7 146 9 620 Preta 1 893 4 018 6 561 4 275 924 161 676 Algarvia 2 0 5 000 10 000 Ovinos: Nº de fêmeas LA em Linha Pura (SPREGA, 2017)

Serra da Estrela 14 100 Mer. da Beira Baixa 5 319 Mer. Preta 12 981 Mer. Branca 8 575 Chu. Terra Quente 15 121 Chu. Galega Brag Branca 11 053 Campaniça 9 707 Saloia 3 179 Chu. Galega Mirandesa 6 455 Chu. do Minho 4 056 Chu. Badana 2 649 Bord. Entre Douro e Minho 4 578 Chu. Mondegueira 2 708 Chu. do Campo 486 Chu. Algarvia 2 197

0 5 000 10 000 15 000 20 000 Caprinos: Nº de fêmeas LA em Linha Pura (SPREGA, 2017)

Bravia 10 587

Serrana 17 737

Serpentina 5 050

Charnequeira 2 883

Algarvia 3 291

Preta Montesinho 866

0 5 000 10 000 15 000 20 000 Suínos e Equinos: Nº de fêmeas LA em Linha Pura (SPREGA, 2017)

Lusitana 4 000 Alentejana 6 464

Sorraia 2 883 Malh Alcob 150 Garrana 1 603

Bisara 3 574 Bur Mir 760

0 5 000 10 000 0 5 000 10 000 Bovinos: Nº de fêmeas adultas / LA / LA Linha Pura (SPREGA, 2017)

10000 9000 8000 7146 7000 6561 6493 6000 5000 4275 4127

4000 Fêmeas (nº) Fêmeas 3000 2000 1000 0 Arouquesa Barrosã Cachena Maronesa Adultas* LA LA Linha Pura Raças: Nº de fêmeas inscritas no Livro de Adultos / LA Linha pura (SPREGA, 2017)

20000 17737 18000 16000 14000

12000 10587 10000

8000 Fêmeas (Nº) Fêmeas 6000 4578 4056 4000 3574 2000 1603 0 Bravia Serrana Bordaleira EDM Churra do Bisara Garrana Minho LA LA Linha Pura Bovinos: (IFAP, 2017) ESTATÍSTICAS ANIMAIS: Animais Residentes na Base Dados SNIRA a 31.12.2016: [xlsx: 103 kb; atualização 31.03.2017]

Initial Eigenvalues Comp Total % of Variance Cumulat % 1 6,99 53,79 53,79 2 4,60 35,35 89,14 3 1,41 10,86 100,00 Bovinos: (CN pagas por região e por raça, PDR, 2016) RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL – 2016: Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR2020)

Initial Eigenvalues Comp Total % of Variance Cumulat % 1 6,37 49,03 49,03 2 4,70 36,19 85,21 3 1,92 14,75 99,97 Caprinos: (CN pagas por região e por raça, PDR, 2016) RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL – 2016: Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR2020)

Initial Eigenvalues Comp Total % of Variance Cumulat % 1 2,91 48,44 48,44 2 1,65 27,49 75,93 3 1,01 16,83 92,75 Ovinos: (CN pagas por região e por raça, PDR, 2016) RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL – 2016: Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR2020)

Initial Eigenvalues Comp Total % of Variance Cumulat % 1 6,82 56,79 56,79 2 3,51 29,26 86,05 3 1,65 13,75 99,80 Equinos / Suínos: (CN pagas por região e por raça, PDR, 2016) RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL – 2016: Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR2020)

Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues Comp Total % of Variance Cumulat % Comp Total % of Variance Cumulat % 1 1,20 59,90 59,89 1 1,34 66,76 66,77 2 0,80 40,11 100,00 2 0,67 33,24 100,00 Criadores de raças autóctones Nº de explorações, por espécies/raça (SPREGA, 2017) (PDR 2020: Relatório, 2016)

Criadores Nº de explorações, por espécies/raça (PDR, 2016)

Arouquesa 2878 Arouquesa 468

Barrosã 1832 Barrosã 726

Cachena 566 Cachena 365

Maronesa 959 Maronesa 525

Minhota 2637 Minhota 1006 Bravia 90 Bravia 86 Serrana 204 Serrana 111 Bordaleira ED Minho 167 Bord EDM 135 Churra do Minho 59 Churra M 44 Bisara 189 Bisara 89 Garrana 534 Garrana 256

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 Criadores (Nº) Total Norte CN pagas, por espécies/raça (PDR 2020: Relatório, 2016)

Arouquesa 1976 Barrosã 5749 Cachena 3844 Maronesa 3145 Minhota 4657 Bravia 1382 Serrana 1066 Bord EDM 594 Churra M 422 Bisara 1204 Garrana 1543 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Total Norte Distribuição mensal dos partos

Cachena (partos entre 2010 e 2016) INIAV, 2016

Bravia (marcada sazonalidade de partos nos meses de setembro a março) (Costa, 2015) Distribuição dos partos

35,0

30,0

25,0

20,0

15,0

Partos (%)

10,0

5,0

0,0 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Barrosã Ano

Primavera Verano Otoño Invierno Araújo et al., 2002

100 24,2 75 21,0 50 (%) 27,7 25 27,0 0 2000 2001 2002 2003 2004 2000 / 2004 Minhota Año

Araújo et al., 2005 Primavera Verano Otoño Invierno Evolução da consanguinidade e número de gerações conhecidas

– Raça Cachena (INIAV, 2016) Exigências do consumidor

Sustentabilidade

Bem-Estar animal

Ambiente

Sistemas extensivos e silvo-pastoris Bem Estar: Importância da proteção dos animais de produção

Absoluta maioria dos Europeus (94%) considera ser importante proteger o BE A

2016 Bem-Estar Extensivo versus intensivo – a curva de McInerney

Bem-estar

Caprinos Vaca no Poedeiras nas prado em gaiolas com um montanhas vitelo Intensificação Bem-Estar: Farm Animal Welfare Council (FAWC). ?Está garantido?

Veissier, 2007 RSPCA: Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals Sistemas Extensivos

Vantagens:

• Aumento da biodiversidade

• Melhora o bem-estar animal?

• Disponibilidade de “boas” condições de trabalho?

• Qualidade de vida?

Qualidade da carne Treasure - Objetivos

Produtos obtidos a partir das raças autóctones

- Qualidade

- Bem-estar animal - Impacto + sobre o desenvolvimento das zonas rurais e sua manutenção sustentável

- Diversidade genética

- Agricultura Biológica Hoop-Barn with free access to open air Instit País KIS UNILJ Eslovénia (3) KGZS IFIP França (2) INRA BESH Alemanha (1) UNIZG Croácia (2) UNIOS AGRIS ANAS UNIFI Itália (6) CERTA UNIBO SSICA LUHS Lituânia (1) IPVC Portugal (2) UNIEV IAH Sérvia (2) UNIBG INIA CSIC CREDA Espanha (6) CICYTEX IRTA AECERIBER Agricultura Biológica (DGADR, 2017)

• A superfície em Agric. Biológica (AB) em Portugal continental: 239.864 hectares (2015).

• Peso da superfície total em AB em relação à SAU total do Continente: 6,8%.

• As áreas de pastagens e forragens representam cerca de 78% desta superfície.

(Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica, (29 mar 2017) Pecuária Biológica: Nº de produtores pecuários biológicos - Continente (DGADR, 2017)

1 400 1324 1 200

1 000

800 Nº 600

400

200

0 2004 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 2015 Bovinos Pecuária Biológica: Efetivo pecuário em AB - Continente (DGADR, 2017)

120 000 108337

100 000 96876 80 000

61062 60 000

CabeçasHeads / 40 000

20 000 6467 0 829 2002 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 2015 Bovinos Ovinos Caprinos Aves Suínos A importância dos baldios

Desde sempre recurso crucial na apascentação dos efectivos animais, no fornecimento de lenha e de materiais lenhosos para as camas dos animais. extensão da exploração, proporcionando recursos forrageiros suplementares que viabilizam a criação de caprinos, de bovinos, ovinos e equinos.

Filipe Pacheco 46 A circulação da matéria orgânica

Alimento Fertilização Controlo da vegetação

Matos paras as camas Lenha Madeira Matéria orgânica

Feno Outros recursos alimentares

47 Filipe Pacheco Gavieira - Rouças Baldios

Controlo do combustível vegetal lenhoso; pisoteio; Acelerar o processo de decomposição e mineralização

Consomem melhor o pasto herbáceo 48 Território com vida JN, 20 jun 2016 Hugo Novo

Hugo Novo

Raça Bravia

54 Filipe Pacheco Terras de Bouro e produção de caprinos Território vs Sustentabilidade (Med 1.4 do PO Norte)

1. Aos caprinos é dada preferência ao leite materno em relação ao leite natural por um período mínimo de 3 meses. Terras de Bouro e Produção de caprinos

Raça Bravia; aleitante  cabrito. Pastoreio no monte, em baldios, é praticamente o modo exclusivo de alimentação dos caprinos.

1. Aos caprinos é dada preferência ao leite materno em relação ao leite natural por um período mínimo de 3 meses. (Art. 20º - REG. (CE) Nº 889/2008)

Partos distribuídos ao longo de todo ano, mas com maior sazonalidade de Out a Fev.

Até ± três meses de idade, os cabritos permanecem alojados com leite materno, feno, milho e alguma vegetação arbóreo-arbustiva. Terras de Bouro e Produção de caprinos Carvalheira – Paredes Alojamento

Superfície mínima interior e exterior para ovinos e caprinos

Zona coberta Categoria (superfície líquida disponível Zona de exercício ao ar livre para os animais) (excepto de pasto)

m2/animal

Ovelha / cabra 1,5 2,5

Anho / cabrito 0,35 0,5

Artigo 10º do REG. (CE) Nº 889/2008 de 5 de Setembro Crescimento de cabritos por exploração (Araújo et al., 2011)

18 y = 0,100x + 2,246 16 R= 0,90; N=1173

14

12

10

8 Peso Peso (kg)

6

4

2

0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Idade (dias) Pesos estimados de cabritos aos 10, 30 e 70 dias por sexo e tipo de parto (Araújo et al., 2011)

12 MS MD FS FD 9,9 10 8,8 9,0 7,8 8 5,8 6 5,1 4,7 4,4 3,7

Peso (kg) Peso 3,2 4 2,6 2,7 2 0 P10 P30 P70 Pesagem

Os animais atingem o peso de mercado, com cerca de 9 kg de PV, aos 70 dias de idade, com diferenças entre géneros e tipo de parto Qualidade da carne e da carcaça: cabritos de raça Bravia - MPB (Araújo et al., 2012) Carcaça: pesos Carne: cor

9,00 8,38 60,00

8,06 52,98 49,75

Machos Fêmeas 49,69

8,00 48,98 50,00 Machos Fêmeas 7,00 6,00 40,00 4,84 4,67 5,00 4,30 4,16 30,00 4,00

Peso (Kg) Peso 20,00 15,69

3,00 Percentagem (%)

13,90

13,31 12,07

2,00 10,00

3,79

3,09 2,65

1,00 2,00 0,00 0,00 L* 24h L* a* 24h a* b* 24h b* C* 24 H C* Hab 24 h Hab PVA PCQ PCF Pdescg. Pdescg. Pdescg. Pdescg. Pdescg.

L* elevados e a* reduzidos = cor rosa pálido e brilhante Qualidade da carne e da carcaça: cabritos de raça Bravia - MPB (Araújo et al., 2012)

Tabla 1. Contenido en minerals (mg/100g ) de longissimus lumborum de cabritos de raza Bravia.

Machos (n=12) Hembras (n=8) Minerales Sig. (mg/100g) Med. ±DT Min. Max. CV(%) Med. ±DT Min. Max. CV(%) Sig.

Ca 7,55±1,69 4,91 9,82 22,4 8,21±2,04 6,24 11,58 24,8 NS Ca 5,6 – 8,2 P 199,4±10,8 179,5 218,4 5,39 209,2±5,26 199,8 214,0 2,51 * P 157,0 – 196,3 Mg 23,37±1,43 20,91 25,17 6,13 26,22±1,10 25,01 28,40 4,19 *** Mg 16,3 – 23,7 K 401,8±30,7 336,9 445,6 7,63 420,7±12,1 401,7 442,0 2,89 NS Na 194,0±16,5 171,6 226,8 8,48 171,3±18,9 143,6 206,9 11,1 * K 259,7 – 292,2 Cu 0,22±0,06 0,14 0,35 27,1 0,25±0,06 0,18 0,37 24,2 NS Zn 3,33±0,32 2,70 3,86 9,62 3,05±0,28 2,50 3,33 9,31 NS Na 59,2 – 78,8 Fe 0,88±0,10 0,71 1,01 11,6 1,06±0,08 0,94 1,19 7,13 *** Fe/Zn ratio 0,27±0,04 0,20 0,37 16,7 0,35±0,03 0,32 0,40 7,67 *** Fe 0,26 – 0,48 Humedad (%) 75,96±1,30 73,95 77,91 1,71 75,89±1,25 73,73 77,08 1,64 NS Sig: Nível de significación *** p<0.001; ** p<0.01; * p<0.05; NS No significativo. Besserra et al., 2000 The most interesting findings of this work, for their impact on human nutrition and health, were represented by a high concentration in trace metals specially Cu, Zn and Fe and a good Fe/Zn average ratio (0.30), that make the Bravia kid goat meat a highly appreciable food product.

Raças autóctones no norte de portugal

• Raças com LG (Arouquesa, Barrosã, Cachena, Maronesa, Minhota e Mirandesa).

Produção de vitelos/vitelões desmamados: 5 a 10 meses de idade Bovinos no EDM

No Norte e Centro Norte com raças autóctones

- Não há fase filho (abate ao desmame) (zonas de minifúndio)

- Tradicional o consumo de carne de vitelo/vitelão

- (6 – 8 meses alguns 10 meses) (carcaças 70 – 150 kg)

- (Ex. Barrosã 98,5 kg F e 105,9 kg M (Alves et al., 2011)

Cachena (V – 75,2 kg e Z – 98,6 kg) (Araújo et al., 2011)

Maronesa 110 kg (Alves et al., 2011)

Minhota (V - 149,6 kg e Z - 185,4 kg (Araújo et al., 2011) Raça Barrosã

http://autoctones.ruralbit.com/?id_img=717&esp=1&rac=1 Raça Minhota Minhota breed cattle: carcass characterisation and meat quality affected by sex and slaughter age (Araújo et al., 2016) Animal Production Science, 56, 2086–2092 Raça Cachena

• Efetivo reprodutor: 6500 fêmeas e 240

machos (Carolino e Dantas, 2016) • Sistema de pastoreio de montanha (altitude > 600 m) • Habita todo o ano em liberdade.

Área geográfica de produção: • Efetivos localizados maioritariamente no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Serras da Peneda (alt. 1340m), Soajo Noroeste (alt. 1430m), Amarela (alt. 1350m) e Gerês (alt. 1545m). Inverneiras: locais protegidos dos ventos com cotas mais baixas

Brandas: locais arejados e com cotas de altitudes mais altas. Raça Cachena

MPB de Cachenas – Gavieira – Arcos Valdevez (5 Jun 2010) Carcaças de vitela de raça Cachena

Hembra Macho Peso Canal: 80 kg Peso Canal: 82,2 kg Edad : 295 d Edad : 280 d MPB de Cachenas – Ganaderia Moncho: Redemuiños, Quintela de Leirado, Orense, Galiza (09 jun 2014) MPB de Frieiresas – Oseira – Orense – Galiza (fev 2011)

Carnes de Bovino DOP/IGP (DAGDR, 2016) Inquérito aos Agrupam. de Produtores de Produtos com DOP/IGP/ETG 2014/2015

Produto Proteção Agrupamento Gestor OC Produção 2014 2015 Carnalentejana DOP CARNALENTEJANA CERTIS Sim Sim Carne Arouquesa DOP ANCRA CERTIS Sim Sim Carne Barrosã DOP CAPOLIB SATIVA Sim Sim Carne de Bravo do Ribatejo DOP APBRB AGRICERT Não Não Carne Cachena da Peneda DOP CAAVPB CERTIS Sim Sim Carne da Charneca DOP APBRB Sem OC Não Não Carne dos Açores IGP FAA IAMA/CTCC Sim Sim Carne Marinhoa DOP ACBRM CERTIS Sim Sim TRADIÇÂO E Carne Maronesa ACM Sim Sim DOP QUALIDADE/CERTIS Carne Mertolenga DOP ACBM CERTIS Sim Sim Carne Mirandesa DOP AGROPEMA TRADIÇÃO E QUALIDADE Sim Sim Vitela de Lafões IGP CTSL SATIVA Sim Sim Das 13 carnes com DOP/IGP, apenas a “Carne de Bravo do Ribatejo DOP”, a “Carne da Charneca DOP” e a “Carne de Bovino Cruzado dos Lameiros de Barroso IGP” não foram produzidas e certificadas como tal nos dois anos. Promoção das Carnes Promoção das Carnes Promoção das Carnes - Peregrinos

Considerações finais

• Sistemas de produção agro-pastoris tradicionais - Utilização da silvo-pastorícia no controlo dos incêndios florestais

• Grande disponibilidade de áreas pastoris (baldios)

• Diversas raças autóctones, ameaçadas de extinção

• Produtos com escoamento assegurado (na maioria dos casos)

• Instrumento social, económico e ambiental

• Agrupamento de produtores – cooperativas

• Não existe carne, se não existirem animais e CRIADORES

80 • Investigação MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO