A Basílica Patriarcal De D. João V (1716-1755)
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N.º de aluno: 33353 A Basílica Patriarcal de D. João V (1716-1755) André Duarte Martins da Silva Dissertação de Mestrado em História das Artes da Época Moderna e da Expansão NOVA: NOVA: - Orientador: Professor Doutor Carlos Moura A Basílica Patriarcal de D. de D. Patriarcal Basílica A – . Texto policopiado. Lisboa, policopiado. .Texto Setembro, 2018 1755) - SILVA, André Martins daMartins André SILVA, V(1716 João FCSH à apresentada mestrado dissertaçãode 2018 Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História das Artes da Época Moderna e da Expansão, realizada sob orientação científica do Professor Doutor Carlos Moura. 1 Declaração Declaro que esta dissertação é o resultado da minha investigação pessoal e independente. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia. O Candidato, ___________________________________________ Lisboa, ___ de ____________ de ______ Declaro que esta dissertação se encontra em condições de ser apreciada pelo júri a designar. O Orientador, ___________________________________________ Lisboa, ___ de ____________ de ______ 2 Agradecimentos Uma dissertação como esta, apesar de ser um trabalho de avaliação individual, jamais constitui o resultado de um esforço apenas do autor. A página dos agradecimentos é, por isso, a mais ingrata de se escrever, pois é impossível nela nomear todos aqueles que, de uma forma ou de outra, possibilitaram que este trabalho viesse à luz. Assim (e assumindo o risco de incorrer nalguma injustiça), cingir-nos-emos a deixar o nosso mais sincero reconhecimento a todos os que mais diretamente deram os seus contributos, sem os quais esta dissertação nunca ficaria como ficou, ou nunca teria sido entregue dentro do prazo: Ao Professor Doutor Carlos Moura, pela orientação desta dissertação. Ao Professor Doutor Nuno Senos, pela orientação do nosso trabalho de investigação sobre capelas palatinas, feito para a unidade curricular de Arquitetura do Renascimento em Portugal, que contribuiu para alguns aspetos que aqui desenvolvemos. Ao colega e amigo Ricardo Máximo, pelas várias e longas conversas à volta deste tema, das quais decorreram alguns dos resultados finais apresentados. Aos técnicos da Biblioteca Nacional, Torre do Tombo, Biblioteca da Ajuda e Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, por todo o apoio e disponibilidade prestado aquando das pesquisas. Um agradecimento enormemente especial a toda a minha família, pelo incansável apoio durante os cerca de 4 meses de baixa médica, depois de uma cirurgia ao pé, durante os quais grande parte desta dissertação foi escrita: Mãe, Pai (a quem também agradeço pela revisão), Pipa e – muito em particular – Andreia (obrigado pela paciência!). A todos estes, não poderíamos deixar de acrescentar uma sentida palavra de amizade a Marco António Noivo e Helena Alexandra Mantas, e ainda expressar a nossa gratidão à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, instituição onde temos o privilégio de ocupar o cargo de Técnico Superior, pela bolsa de estudos que financiou o Mestrado onde esta dissertação se insere. 3 A Basílica Patriarcal de D. João V (1716-1755) The Patriarchal Basilica of John V (1716-1755) André Martins da Silva Resumo Ao subir ao trono, em 1707, D. João V incrementou consideravelmente o investimento que desde a Restauração se vinha fazendo na Capela Real, edificada em 1640. Encetou-se uma empreitada, dividida em duas fases – 1707-1712 e 1712-1719 – incidindo na cabeceira e no corpo do templo, respetivamente. Simultaneamente, a Capela Real foi elevada a paróquia, a colegiada e, em 1716, a Basílica Patriarcal. Em troca de apoio militar, o Rei conseguira do papado a divisão de Lisboa e a criação de um Patriarca para capelão régio, à semelhança dos reis de Espanha, que desde o século XVI tinham um Patriarca por capelão. A liturgia e a organização da Cúria eram, porém, à maneira de Roma. A partir de 1719 os recursos deslocaram-se para outras empreitadas (nomeadamente Alcântara e Mafra) e, em 1739, materializou-se a longamente esperada renovação da Cúria e aplicação de uma vasta quantidade de recursos financeiros. No ano seguinte iniciaram- se novas obras – dirigidas, como anteriormente, por Ludovice – que incluíram intervenções nos principais pontos do templo, bem como no adjacente Palácio Patriarcal. Os trabalhos nunca se concluíram, pois o terramoto de 1755 ditou o desaparecimento do complexo. Abstract When he rose to power, in 1707, John V greatly enlarged the investments made in the Royal Chapel since the Restoration (1640). A two phase work campaign was conducted, centered in the apse and in the nave (1707-1712 and 1712-1719, respectively). Simultaneously, the Royal Chapel was promoted to parish church, to collegiate, and, in 1716, to Patriarchal Basilica. In return for military support, the King received from the papacy the division of Lisbon and the creation of a Patriarch for his Royal Chaplain, similarly to the kings of Spain, who had a Patriarch as chaplain since the 16th century. The liturgy and the organization of the Curia likened, however, that of Rome. Since 1719 resources were displaced elsewhere (namely Alcantara and Mafra) and, in 1739, the long awaited renewal of the Curia and the application of a vast quantity of financial resources were applied. In the following year a new work campaign was started – conducted, as before, by Ludovice – that intervened in the temple’s key points, as well as on the adjoining Patriarchal Palace. It was never concluded, as the earthquake of 1755 destroyed the building. 4 Índice Introdução ............................................................................................................................. 1 1. Antecedentes: A Capela Real do Paço da Ribeira – O templo antes da Patriarcal ........... 7 a. A Capela Real do Portugal Restaurado .................................................................. 7 b. A Capela Real nos primeiros anos do reinado de D. João V ................................. 11 2. 1716 – O ano da fundação .......................................................................................... 25 a. Política e diplomacia em Roma: A elevação da Capela Real a Basílica Patriarcal . 25 b. As duas Lisboas .................................................................................................. 38 c. A Basílica Patriarcal nos anos imediatos à sua instituição ................................... 40 3. Entre Alcântara, Mafra e a Ribeira: concretizações subsequentes à instituição da Patriarcal..................................................................................................................... 53 4. A refundação da Patriarcal em 1739 ............................................................................ 61 a. A aprovação da “nova forma de serviço” da Basílica Patriarcal ........................... 61 b. As obras da década de 1740 ............................................................................... 68 i. Intervenções no corpo da igreja e na capela-mor ...................................... 68 ii. A ampliação da Capela do Santíssimo Sacramento .................................... 83 iii. O novo batistério ...................................................................................... 85 iv. A estátua de Nossa Senhora da Conceição para o coro lateral ................... 91 v. O Palácio Patriarcal ................................................................................... 93 5. 1755 – A catástrofe e depois ....................................................................................... 97 a. O desaparecimento da Basílica Patriarcal de D. João V ....................................... 97 b. A nova Patriarcal à Cotovia ............................................................................... 103 Conclusões ......................................................................................................................... 111 Bibliografia ......................................................................................................................... 118 Fontes manuscritas ................................................................................................... 118 Fontes impressas ...................................................................................................... 120 Fontes iconográficas.................................................................................................. 123 Bibliografia ................................................................................................................ 124 Recursos online ......................................................................................................... 130 Anexos ............................................................................................................................... 131 Anexo iconográfico.................................................................................................... 132 Anexo documental .................................................................................................... 160 Introdução “Diz-me quem é que lá vem, dentro do mar de ninguém. Que força é essa que não se contém? Que força é essa que não, não deixará pedra sobre pedra? Que força é essa que não, não deixará ninguém sobre a terra?” – Começa assim um tema, intitulado precisamente “1755”, que recentemente o coletivo português Moonspell dedicou, num álbum homónimo, à catástrofe que no fatídico 1º de novembro daquele ano devorou