Nº120 | maio 2019 | mensal www.portugalglobal.pt Portugalglobal

O SUCESSO INTERNACIONAL DA OURIVESARIA E JOALHARIA PORTUGUESAS

ENTREVISTA // NUNO AMADO, CHAIRMAN DO MILLENNIUM BCP

MERCADOS // CHINA EMPRESAS // AMBAR, LACS E PILAR PAIVA DE SOUSA MOTOR DE BUSCA DE LOCALIZAÇÃO EMPRESARIAL EM www.portugalsiteselection.pt COMO FUNCIONA?

Ajuda o investidor a encontrar 1. uma localização em Portugal O INVESTIDOR INSERE OS REQUISITOS DO SEU PROJETO que responda aos requisitos e necessidades do seu negócio, 2. através de análises multicritério A PLATAFORMA PORTUGAL SITE SELECTION MOSTRA AS LOCALIZAÇÕES DISPONÍVEIS EM PORTUGAL DISPONIBILIZA INFORMAÇÃO SOBRE: Municípios, Parques Empresariais, Parques de Ciência & Tecnologia, Lotes e Office Spaces

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Portugal Site Selection, Serviços de Procurement e Consultadoria - Apoiamos a instalação de empresas em Portugal sumário Portugalglobal nº120 maio 2019

MOTOR DE BUSCA DE LOCALIZAÇÃO Destaque [6] EMPRESARIAL EM PORTUGAL 6 www.portugalsiteselection.pt COMO FUNCIONA? O sucesso do setor da Ourivesaria e Joalharia português no mercado internacional. Ajuda o investidor a encontrar 1. uma localização em Portugal O INVESTIDOR INSERE OS REQUISITOS DO SEU PROJETO que responda aos requisitos Entrevista [22] e necessidades do seu negócio, 2. Nuno Amado, Charmain do Millennium bcp. através de análises multicritério A PLATAFORMA PORTUGAL SITE SELECTION MOSTRA AS LOCALIZAÇÕES DISPONÍVEIS Mercados [28] EM PORTUGAL DISPONIBILIZA INFORMAÇÃO SOBRE: A China é o mercado em destaque na edição de maio da 22 Municípios, Parques Empresariais, revista Portugalglobal. Conheça a experiência de três em- Parques de Ciência & Tecnologia, presas portuguesas no mercado chinês – Caima, Filstone e Lotes e Office Spaces Superbock.

Empresas [44] SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA À SUA CONSULTA EM: AMBAR, LACS e Pilar Paiva de Sousa. [email protected] Factos & Tendencias [50] 28

Pela Direção de Produto da AICEP.. powered by Notícias [52]

Análise de risco por país – COSEC [54]

Veja também a tabela classificativa de países. 44 Estatísticas [57]

Economia, investimento e comércio externo.

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4 EDITORIAL Portugalglobal nº120

Premiar a excelência das empresas com o olhar virado para o futuro

Pela primeira vez na Orgulhosa da excelência das empresas por- sua história, a AICEP tuguesas, a AICEP procura, também por esta Abrimos decidiu premiar as via, reforçar a proximidade e o apoio dado às empresas que se têm suas estratégias de internacionalização e/ou distinguido no desen- de investimento. portas a quem volvimento e na con- cretização de estraté- Dita esta nota sobre o evento que este mês exporta. gias de internacionali- marcou a atividade da AICEP, gostaria de zação e/ou de investimento, de que resultam chamar a atenção para os temas que pode- No NOVO BANCO os clientes sabem que podem contar um claro contributo para a economia nacio- rá acompanhar na edição de maio da revis- com o conhecimento e a competência de uma equipa de nal em geral e para o emprego em particular. ta Portugalglobal. gestores dedicados a levar a sua empresa ainda mais longe.

Foi com este espírito que lançámos e atribuí- Em primeiro lugar, destaco a entrevista a Fale connosco e conheça os mercados estratégicos e os mos os prémios AICEP Exportação & Investi- Nuno Amado, Chairman do Millennium bcp, instrumentos mais adequados à exportação da sua empresa. mento no passado dia 17 de maio, durante a um banco que, na sua atividade, tem apos- Saiba mais em novobanco.pt/empresas primeira Conferência anual da AICEP – tam- tado na oferta de soluções para apoiar as bém esta uma nova iniciativa a que daremos empresas portuguesas, quer no mercado do- continuidade no futuro. méstico, quer a nível internacional onde de- C tém uma presença importante. M Os prémios abrangem duas categorias – Me- lhor PME Exportadora e Melhor Investimento Nos setores destacamos a ourivesaria, a joa- Y – e destinam-se às empresas portuguesas, que lharia, a bijutaria e a relojoaria portuguesas, CM apoiadas no âmbito dos projetos financiados um dos mais criativos e inovadores setores MY

pelo Portugal2020 e da responsabilidade da do nosso país e cujos produtos são cada vez CY

AICEP apresentem os melhores desempenhos mais exportados para o mercado externo. CMY

em termos de exportações e de impacto dos K investimentos na economia portuguesa. Por último, mas não menos importante, teremos uma análise sobre a China como Na edição deste ano, foram sete as empresas mercado de oportunidades para as empre- nomeadas aos Prémios – quatro na categoria sas portuguesas. de PME Exportadora e três na de Investimen- to –, todas elas, à partida, vencedoras pelo Boa leitura! sucesso alcançado na implementação dos LUÍS CASTRO HENRIQUES seus projetos. Presidente do Conselho de Administração da AICEP

Revista Portugalglobal Conselho de Administração Fotografia e ilustração Colaboram neste número www.portugalglobal.pt Luís Castro Henriques (presidente), ©Pixabay, Rodrigo Marques. A. Dolores Ferreira, Mensal António Silva, Paginação e programação Direção de Atendimento e Digital da AICEP, Para mais informações, contacte a nossa João Dias, Redação e Publicidade Rodrigo Marques Direção Comercial da AICEP, rede de agências ou: Madalena Oliveira e Silva, Rua de Entrecampos, 28, [email protected] Direção de Produto da AICEP, Bloco B, 12º andar Maria Manuel Serrano (vogais). Joana Morgado 1700-158 Lisboa Direção Internacional da COSEC, [email protected] Tel.: +351 217 909 500 Fátima Santos, Diretora Projeto gráfico João Falardo, 707 200 300 Propriedade e Edição Ana de Carvalho AICEP - Agência para o Rodrigo Marques - aicep Portugal Global Nuno Amado, [email protected] Horário de atendimento personalizado: Investimento e Comércio Publicidade Rui Lopes Ferreira. 7 dias por semana das 8h às 24h Externo de Portugal Cristina Valente Almeida Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto Redação 4050-012 [email protected] Cristina Cardoso Do estrangeiro: +351 218 557 753 Tel.: +351 226 055 300 Secretariado NIFiscal 506 320 120 [email protected] MEO: 965 999 910 Rafaela Pedroso Cristina Santos Vodafone: 912 200 560 ERC: Registo nº 125362 [email protected] [email protected] Consulte o Estatuto Editorial NOS: 935 500 010

As opiniões expressas nos artigos publicados são da responsabilidade dos seus autores A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal não implica qualquer www.novobanco.pt/empresas e não necessariamente da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global. compromisso por parte desta com os produtos/serviços visados. [email protected] AF_PGlobal_210_297.pdf 1 13/03/2018 10:42

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www.novobanco.pt/empresas [email protected] 6 DESTAQUE Portugalglobal nº120

OURIVESARIA E JOALHARIA NACIONAL UMA ARTE MILENAR RECONHECIDA NO MUNDO INTEIRO

O setor da Ourivesaria e Joalharia português distingue-se internacionalmente pela originalidade e qualidade dos seus produtos, sendo cada vez mais reconhecido no mundo inteiro.

A ourivesaria, a joalharia, a bijutaria e a relojoaria nacionais são cada vez mais exportados para vários mercados externos, nomeadamente para Espanha, Hong Kong, Alemanha, Itália, Estados Unidos da América, França e Suíça.

O setor da Ourivesaria e Joalharia nacio- mados, nomeadamente de ourivesaria, dos seus produtos, que se caracterizam nal, um dos mais criativos e inovadores joalharia, bijutaria e relojoaria. por uma elevada inovação e autentici- do nosso país, encontra-se inserido na dade. Estas especificidades têm permiti- Fileira Moda, sendo constituído por di- Este setor é reconhecido internacional- do uma crescente notoriedade do setor ferentes tipos de produtos já transfor- mente pela alta qualidade e tradição nos inúmeros mercados internacionais. maio 2019 DESTAQUE 7

As empresas portuguesas da área da Por sua vez, em relação às importações, o seu posicionamento e notoriedade Ourivesaria e Joalharia são cada vez verificou-se um decréscimo das mesmas no mundo. A credibilidade da Ourive- mais capazes de aliar a tradição milenar em 2018, comparativamente com o ano saria e Joalharia portuguesa assenta da arte a novos conceitos contemporâ- anterior. Em relação aos principais mer- na qualidade, originalidade, inovação neos e inovadores de design, utilizando cados de importação, podemos verificar e tradicionalidade dos produtos que novas ferramentas e matérias-primas. os seguintes: França, Espanha, Alema- oferece aos seus clientes. nha, China, Itália, Dinamarca e Suíça. Com um volume de negócios de 149 O bom desempenho e a evolução po- milhões de euros em 2017, valor que A presença do setor nas diversas feiras sitiva do setor deve-se essencialmente tem crescido progressivamente nos e eventos internacionais de renome, a aos esforços de promoção internacio- últimos anos, este setor é composto dinamização das parcerias existentes nal da indústria e das suas potenciali- por 1.100 empresas e 3.302 colabo- e a procura de novas parcerias a nível dades por parte das várias empresas e radores. Tanto o número de empresas internacional continuam a ser a prin- associações, nomeadamente a AORP como o número de trabalhadores têm cipal porta de entrada nos vários mer- - Associação de Ourivesaria e Relojoa- crescido consideravelmente, uma vez cados externos, permitindo consolidar ria de Portugal. que, em 2013, o setor contava com 944 empresas e 2.939 colaboradores.

As empresas são essencialmente de PROJETO PIONEIRO APOIA EMPREENDEDORES pequena dimensão, sendo que, em DA OURIVESARIA 2017, cerca de 1.057 empresas ti- nham menos de 10 trabalhadores, en- Com o objetivo de apoiar os em- acesso a serviços de apoio e orientação quanto apenas nove empresas tinham preendedores da Ourivesaria na de negócio, facilitador de contactos, entre 50 e 249 colaboradores. criação do seu próprio negócio, a apoio na área financeira e apoio de ANJE – Associação Nacional de Jo- implementação do plano de negócio. No ano de 2018, as exportações do vens Empresários e a Câmara Mu- setor foram de 368.550 euros. Dos nicipal de Gondomar criaram um A localização estratégica deste es- 119 mercados externos de destino, os espaço de cowork pioneiro em Por- paço permite uma maior proximi- produtos portugueses destinam-se es- tugal, que permite um acesso faci- dade a parceiros e fornecedores sencialmente a Espanha, Hong Kong, litado a vários materiais e recursos essenciais para o setor, uma vez que Alemanha, Itália, Estados Unidos da essenciais para a sua atividade pro- o concelho de Gondomar tem uma América, França, Suíça, entre outros. fissional, minimizando drasticamen- forte ligação à Ourivesaria e é res- O que demonstra que o setor atrai te os custos associados. ponsável por cerca de 80 por cento não só compradores de toda a Euro- da filigrana a nível nacional. pa, mas também do resto do mundo. Integrada no Goldpark de Gondomar, Os valores apresentados são referentes esta oficina de Ourivesaria partilhada O Goldpark integra ainda um es- pode ser alugada por 47,5 euros por paço de showroom que permite às apenas a produtos transformados do mês, sendo que os empresários po- empresas exibirem os seus produ- setor, nomeadamente de uso pessoal. dem optar por ocupar o espaço a tem- tos e, assim, aumentarem a possi- Contudo, se tivermos em considera- po inteiro ou por pequenos períodos bilidade de chegar a novos clientes ção o setor da Ourivesaria e Joalharia de tempo. Os utilizadores têm ainda e investidores. na sua totalidade e não apenas os produtos transformados, os valores são bastante diferentes. De acordo com Fátima Santos, secretária-geral da AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, o volume de exportação do setor aumentou 53 por cento nos últimos dois anos, atingindo os 100 milhões de euros em 2017. A secretária-geral da Associação estabe- leceu ainda como meta alcançar um volume de exportação de 150 milhões de euros até 2020. AICEP INFORMAÇÃO ESPECIALIZADA ONLINE

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AORP A EXPANSÃO INTERNACIONAL DA JOALHARIA PORTUGUESA

Sendo um dos setores de maior tradição em Portugal, a Joalharia portuguesa está a atravessar uma fase de renovação e crescimento. Uma arte herdada de geração em geração, que surge agora revigorada e pronta a enfrentar novos desafios. Ao saber fazer e ao talento dos artesãos, soma design, inovação e uma vocação exportadora, que a conduz aos quatro cantos do mundo.

Entramos numa nova era para a Joalha- por cento, atingindo a marca redon- ria portuguesa. Por um lado, assistimos da de 100 milhões de euros em 2017. a uma revitalização da indústria tradi- O objetivo é alcançar a meta dos 150 cional, com uma crescente aposta na milhões até 2020. modernização das suas coleções e dos processos de gestão, sem perder a au- Atualmente, o ranking das exporta- tenticidade das técnicas e desenhos da ções portuguesas é liderado por Es- Joalharia portuguesa. Por outro lado, a panha, França, Hong Kong, Estados emergência de novos designers que têm Unidos, Itália e Bélgica, sendo que vindo a impulsionar a Joalharia de autor, >POR FÁTIMA SANTOS, os mercados asiáticos registam uma introduzindo novos conceitos de design SECRETÁRIA-GERAL DA AORP acentuada taxa de crescimento, fruto e abordagens diferenciadoras ao consu- da participação em feiras setoriais im- midor, focadas na nova economia digital. portantes e da organização de eventos ção das joias portuguesas é recente, próprios de abordagem ao mercado. A expansão internacional é outra das mas o crescimento tem sido muito entusiasmantes novas dinâmicas do acelerado. Só nos últimos dois anos, Para alavancar este crescimento e expan- setor. O processo de internacionaliza- o volume de exportação aumentou 53 são internacional, a AORP – Associação 10 DESTAQUE Portugalglobal nº120

de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal lery A La Carte”, incidindo sobre a di- preserva as técnicas tradicionais e os criou a marca internacional “Portugue- versidade e versatilidade da Joalharia processos artesanais, que conferem a se Jewellery – Shaped with Love”, sob portuguesa, que apresenta agora pro- cada joia um cunho de exclusividade, a qual tem desenvolvido campanhas e postas para todos os gostos. Protagoni- qualidade e detalhe. iniciativas de promoção coletiva, com o zada pela modelo e atriz Sónia Balacó, objetivo de reforçar a notoriedade e o a campanha serviu de mote ao evento A iniciativa “Portuguese Jewellery - Sha- posicionamento da Joalharia portugue- “Portuguese Jewellery Goes to Ma- pers”, criada pela AORP, é uma home- nagem, mas também um manifesto de sa em todo o mundo. cau”. A iniciativa contou com o apoio sensibilização para o valor intrínseco de institucional do Consulado Português cada joia portuguesa. Numa época em Campanhas em Macau e Hong Kong, que abriu que se vive a pressão do mercado de de promoção as portas da emblemática Residência consumo, queremos valorizar o trabalho internacional Consular de Portugal – Antigo Hotel dos nossos artesãos, a paixão com que “Portuguese Jewellery da Bela Vista em Macau para receber moldam os metais, a minúcia com que – Shaped With Love” um showcase inédito de sete marcas nacionais de Joalharia portuguesa. O grande ponto de partida aconteceu em 2016, quando a AORP lançou uma Em 2019, mais do que uma campa- campanha de promoção internacional, nha de promoção, a Joalharia portu- protagonizada pela atriz e modelo in- guesa irá assumir um compromisso. ternacional Milla Jovovich. Os objetivos foram claros: projetar a Joalharia portu- Com o planeta, com o futuro, com o guesa a nível global. A campanha teve impacto das nossas escolhas, com os eco em meios nacionais e internacionais valores que realmente importam. de prestígio, alcançando uma projeção sem precedentes para as joias nacionais. “Portuguese Jewellery – Shapers” Já em 2018, a AORP deu a provar ao mundo a nova Joalharia portuguesa, A Joalharia portuguesa diferencia-se com a campanha “Portuguese Jewel- no mundo inteiro pela forma como

executam cada técnica e a atenção que dedicam a cada detalhe. É isto que torna cada joia portuguesa única e autêntica. “Who made your jewels” é o mote da iniciativa que foi evoluindo para versões 2.0, que enfatiza as técnicas artesanais preservadas pela Joalharia portuguesa, como a cravação, a mo- delação em cera, a malha de friso, a O MUNDO É O SEU NOVO MERCADO TRADE SOLUTIONS SOLUÇÃO INTEGRADA DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO

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cinzelagem e a filigrana e para uma Compete 2020, prevê um incentivo de versão 4.0, que reflete sobre o papel dois milhões de euros para a participa- do design num mundo modelado pela ção em missões internacionais, num to- tecnologia e globalização. tal de 30 ações previstas (participações EUGÉNIO em feiras e missões comerciais). Além “Portuguese Jewellery disso, o setor está a ser impulsionado CAMPOS – Newborn” por um conjunto de apoios, como o Sistema de Apoio a Ações Coletivas, no A plataforma desenvolvida pela AORP JEWELS valor superior a 700 mil euros. - “Portuguese Jewellery Newborn” – promove novos criadores. Uma rampa UMA De salientar ainda que a estratégia de lançamento para marcas de autor, de promoção internacional da AORP que trazem à Joalharia portuguesa REFERÊNCIA incide também na organização de sangue novo, criatividade e inovação, eventos próprios, como showcases e servindo de estímulo à evolução e mo- NO SETOR DA apresentações exclusivas de Joalharia dernização do setor. JOALHARIA

O sucesso e prestígio acompanharam o trajeto da empresa portuguesa Eugénio Campos Jewels ao longo dos últimos anos, tornando-a uma referência no mundo da Joalharia, o que impulsionou de forma natural a sua internacionalização. Neste momento, marca presença A plataforma promove participações portuguesa, bem como ações concer- em Newark, Flórida, coletivas em feiras internacionais e tadas com outras associações setoriais Suíça, Espanha, Rússia, eventos nacionais, assim como parce- da fileira da moda para criação de for- Itália, Luxemburgo, Cabo rias com pontos de venda, tradicionais matos diferenciadores e adaptados às Verde, Congo, e e online, dando aos designers a opor- dinâmicas de cada mercado específico Moçambique. tunidade de divulgar o seu trabalho que queremos impactar. e colocar as suas coleções à venda, podendo depois prolongar os vínculos Nesta estratégia dual, a AORP tem tra- Em 1987, Eugénio de Campos iniciou a comerciais com os parceiros. balhado em estrita colaboração com sua atividade nesta área, dedicando-se a AICEP, com vista a reforçar as bases à venda de pratas de uso pessoal e de- “Portuguese Jewellery necessárias para apoio à estratégia de corativas. Hoje em dia, a reconhecida Roadmap” internacionalização do setor, nomea- marca Eugénio Campos Jewels é uma damente a nível do acervo de infor- referência no mercado da Joalharia na- Um dos mais importantes eixos de atua- mação e conhecimento sobre os mer- cional, respondendo com qualidade e ção da AORP prende-se com a participa- cados-alvo, bem como na articulação glamour às exigências do mercado. ção em feiras e eventos internacionais, de ações de promoção internacional abrangendo desde a identificação de de Joalharia portuguesa, seja através A Eugénio Campos Jewels tem como oportunidades em mercados conside- da participação em eventos existentes, principal objetivo elevar o seu pres- rados estratégicos, como todo o apoio como da organização de eventos pró- tígio e notoriedade, fortalecendo o logístico de participação e promoção da prios e abordagens diferenciadoras. segmento de moda. Com criações ir- presença portuguesas nesses eventos. reverentes, pretende ainda despertar O atual Projeto Conjunto de Internacio- www.aorp.pt o desejo dos consumidores a optarem nalização (2019-2020), financiado pelo www.portuguesejewellery.pt por uma marca portuguesa. maio 2019 DESTAQUE 13

A marca está representada em cerca de mantes (segmento joalharia), joias em A Eugénio Campos Jewels aposta per- 250 joalharias selecionadas por todo ouro e joias em ouro e prata (segmento manentemente na criação de coleções o país, incluindo as ilhas. Além disso, luxo) e joias em prata para mulher e ho- inovadoras, distintas e de qualidade, possui também quatro pontos de ven- mem, bem como acessórios de moda, com o intuito de continuar a surpreen- da próprios: flagship store no centro do nomeadamente relógios e perfumes der em Portugal e além-fronteiras. Porto, Vila do Conde Porto Fashion Ou- (segmento moda). tlet, El Corte Inglês de Lisboa e El Corte A notoriedade e reconhecimento da www.facebook.com/eugeniocam- Inglês de Vila Nova de Gaia. marca são reforçados com as mais pres- posjewels tigiadas colaborações com diferentes No seu portefólio de produtos, a em- figuras públicas, como Sónia Araújo, www.instagram.com/eugeniocam- presa conta com joias em ouro com dia- Diana Pereira e Cristiano Ronaldo. posjewels 14 DESTAQUE Portugalglobal nº120

A Galeiras tem vindo a apostar na in- tegração de serviços, que vão desde a seleção das matérias-primas até ao design das coleções. A nível de produ- ção, dispõe da mais avançada tecno- logia e equipamentos e um alargado leque de serviços técnicos, tanto de processos mais mecânicos como ma- nuais, trabalhando com um elenco diversificado de materiais nobres e pedras preciosas. Esta multidiscipli- naridade permite-lhe oferecer a cada projeto uma solução chave-na-mão, adequada aos objetivos e perfil de cada cliente.

Assumindo a internacionalização como uma prioridade estratégica, a empresa tem vindo a desenhar o seu percurso de forma ambiciosa, mas sempre sustentada, com o im- portante apoio do Portugal 2020. Esta visão conduziu, em apenas cin- co anos, a uma inversão total da sua

GALEIRAS NOVA GERAÇÃO DA JOALHARIA PORTUGUESA CONQUISTA O MUNDO

Com uma visão inovadora e uma alta vocação internacional, a Galeiras representa a nova geração da indústria de Joalharia portuguesa. Assim, afirma-se como o parceiro de produção das marcas internacionais, respondendo aos mais variados desafios, desde o desenvolvimento de coleções próprias à execução de projetos terceiros.

Ao longo dos seus mais de 50 anos tecipando as necessidades de cada de experiência, a empresa tem-se cliente e projeto. A versatilidade, fle- distinguido pela forma como conju- xibilidade, rigor e confidencialidade ga a sua inovadora tecnologia e ca- são os valores que têm permitido à pacidade produtiva com um serviço marca afirmar-se num competitivo personalizado e especializado, an- mercado internacional. maio 2019 DESTAQUE 15

balança comercial, que supera atual- mente os 90 por cento da produção vocacionada para exportação. LEITÃO & IRMÃO Um objetivo traçado e alcançado com base numa consistente abordagem e JOALHARIA COM TRADIÇÃO aproximação a mercados considera- dos estratégicos, como França, Ale- E MODERNIDADE manha, Bélgica, Áustria, Reino Unido, entre outros. No horizonte está a afir- mação da marca em mercados de ele- Com cerca de 50 colaboradores, a Leitão & Irmão tem vado potencial de crescimento, como colaborado com artistas nacionais e estrangeiros de a China, Japão, Austrália e Estados renome, como forma de renovação e abertura de Unidos da América. novos mercados externos.

A abordagem internacional é feita sobretudo através da presença con- sistente em feiras internacionais de prestígio, bem como um acompanha- mento muito próximo dos clientes, preservando relações duradouras. www.galeiras.pt

Proveniente do Porto, em finais do sé- O seu caráter português e a peso in- culo XVIII, a Casa Leitão tornou-se uma ternacional permitem que a Leitão & referência na Joalharia ao ser nomea- Irmão retrate joias “art de la table” em da, em 1873, por D. Pedro II, Impera- platina, ouro, prata e pedras preciosas, dor do Brasil, Ourives da Casa Imperial evidenciando as características de qua- Brasileira e, em 1887, por D. Luís I, Rei lidade, inovação e design que desde o de Portugal, Joalheiros da Coroa Portu- início distinguem as suas criações. guesa. Esta última nomeação motivou a abertura de uma loja e uma grande Com a criação e a impressão digital oficina de ourives no Chiado, locais (3D) a potenciar novas abordagens no que ainda hoje se mantém. universo da Joalharia e Ourivesaria, a 16 DESTAQUE Portugalglobal nº120

LUÍSA ROSAS PEÇAS DE JOALHARIA EXCLUSIVAS E ORIGINAIS

Constituída em 2015, a empresa portuguesa Luísa Rosas aposta na criação de joias originais e distintas, destinadas a um público urbano, sofisticado e prático. Presente em Portugal e nos Estados Unidos da América, a marca pretende alargar os seus mercados e reforçar a sua empresa tem vindo a desenvolver uma trabalha com parceiros nas geografias imagem a nível global, rede internacional de “saber fazer“, selecionadas, disponibilizando a peça nomeadamente através permitindo a criação das peças em ou a coleção promovida para que dos meios digitais e de Portugal e a sua produção perto da possa ser apreciada. A encomenda e parcerias estratégicas. geografia de destino. Assim, minimiza entrega são concretizadas a partir de a condicionante alfandegária, facilita plataforma digital. o transporte e está mais próximo do Reconhecida pelo design próprio e cliente final. Este modelo de negócio permite uma pela exclusividade dos seus produtos, grande capacidade de adaptação a a marca Luísa Rosas afirma-se de for- A estratégia de internacionalização diferentes geografias, através do en- ma progressiva e sustentada nos mer- passa por chegar junto do cliente fi- volvimento de parceiros locais, sem no cados globais de referência no seg- nal, o que tem sido possível com a entanto envolver operações logísticas mento das joias de autor. Diplomacia Económica, onde as Em- de forte impacto, que muitas vezes baixadas, Consulados e a AICEP têm criam entropias. Tendo em consideração o nível de tido um papel fundamental. De des- exclusividade dos produtos, os seg- tacar diferentes ações realizadas em A componente digital, contando pon- mentos alvo da empresa e as caracte- França, na Suíça e nos Estados Unidos tualmente com a presença física das rísticas de cada mercado, a estratégia da América. peças a promover, traz leveza e fun- de internacionalização da empresa é cionalidade ao modelo de negócio, adequada a cada mercado onde está Tendo como foco o cliente final, a que vende a criatividade “Made in presente, sendo os canais de distri- Leitão & Irmão comercializa os seus Portugal”. buição criteriosamente selecionados. produtos através das vendas online, Como parte da estratégia de cresci- com suporte físico local. Desta forma, www.leitao-irmao.com mento, a marca está presente anual- maio 2019 DESTAQUE 17

mente nas feiras de referência da alta bamento irrepreensível, a produção de A fase de execução é também decisiva Joalharia, como a “Vicenzaoro” e a cada peça implica uma escolha rigorosa para que as joias possam transmitir de “The Couture Show”. das pedras, sendo que a cor, peso, pu- um modo fiel a ideia da criadora. reza e talhe têm uma grande importân- Os clientes da Luísa Rosas são assim cia para a qualidade final do produto. www.luisarosas.com consumidores finais que adquirem as peças através da loja online e em- presas de retalho dos segmentos pre- mium e luxo. Atualmente, a marca pode ser encontrada em Portugal nas lojas David Rosas e em mais de 15 es- paços nos Estados Unidos da América: “Neiman Marcus” (Beverly Hills, Cali- fórnia), “Bergdorf Goodman” (Nova Iorque), “Borsheim’s” (Omaha, Ne- brasca), “OC Tanner” (Salt Lake City, Utah), entre outros.

A empresa surgiu no âmbito da casa portuguesa David Rosas, que conta com uma tradição assente em cinco gerações dedicadas à criação de peças de alta Joalharia exclusivas, originais e intemporais, num legado de compro- misso com a qualidade que lhe é reco- nhecida a nível nacional e internacional.

Executadas por uma experiente equipa de mestres joalheiros, as peças Luísa Rosas têm como fonte de inspiração os elementos da natureza. Com um aca- 18 DESTAQUE Portugalglobal nº120

Maria João Bahia, uma referência só- lida na Joalharia e Ourivesaria nacio- nal, desenha joias de autor com uma mensagem e emoção próprias, que contam as histórias únicas de quem as compra.

A criação resulta de pedidos perso- nalizados, permitindo a oferta de co- leções únicas e prestigiantes, comer- cializadas com certificado de autenti- cidade e garantia. Todos os produtos têm origem nacional e a assinatura de Maria João Bahia.

O profissionalismo, a competência, a criatividade e a exclusividade são os pilares desta empresa de vocação global, que tem inúmeros clientes a nível nacional e internacional. Estes clientes, com poder de compra e apreciadores de arte, procuram pe- ças de autor únicas e passíveis de le- gar a gerações futuras, indiferentes a modas passageiras.

A inovação é um ato contínuo da marca, refletido através do lança- mento sucessivo de coleções, que reafirmam a exclusividade e a intem- poralidade, sustentadas pela compe- tência técnica.

Embora o ateliê seja a âncora do ne- gócio, as parcerias comerciais, as pla-

MARIA JOÃO BAHIA UMA HISTÓRIA DE SUCESSO NA JOALHARIA CONTEMPORÂNEA

Reconhecida em Portugal e no estrangeiro como uma das mais originais autoras de joias contemporâneas, Maria João Bahia aposta na criação de uma vasta gama de peças exclusivas e objetos de design, sendo de destacar a coleção de gastro Joalharia e os troféus de prestígio. maio 2019 DESTAQUE 19

taformas de comunicação digital e as vendas online são cada vez mais im- prescindíveis para alavancar a abran- gência da marca. TOPÁZIO Em Portugal, a Maria João Bahia de- REFERÊNCIA MUNDIAL tém uma história robusta, sendo lar- gamente reconhecida. Por sua vez, o NA ARTE DE CRIAR PEÇAS panorama internacional é bastante ambicionado, pese embora a concor- DE PRATA ÚNICAS rência com os nomes fortes da Joalha- ria de luxo internacional.

Futuramente será avaliada a pre- sença física nos mercados externos, vista como incontornável, com o objetivo de não desperdiçar recur- sos. Neste sentido, a marca planeia estabelecer parcerias e comunicar através de eventos e ações em ga- lerias de arte ou museus, dirigidos a públicos específicos.

Ao longo dos últimos anos, Maria João Bahia tem exposto os seus pro- dutos no mundo inteiro, nomeada- mente em Nova Iorque, Bruxelas, Pa- ris, Amesterdão, Londres, Copenhaga, Brasil, Angola, entre outros.

www.mariajoaobahia.pt www.facebook.com/MariaJoaoBahia- Joias www.instagram.com/mariajoaobahia

Presente em mais de 20 países distribuídos por diferentes localizações geográficas, a Topázio conta com 50 colaboradores. Para além das lojas multimarca, detém os seus próprios pontos de venda, nomeadamente uma loja física própria em Gondomar e uma loja online.

Com quase 145 anos de história, a a sua produção em artigos de ouro, Topázio é uma empresa portuguesa mas rapidamente alargou a sua oferta que se apresenta como uma marca para artigos de prata e outros artigos premium de objetos de prata e metal de metais não preciosos. prateado, onde a qualidade do fabri- co artesanal se alia ao design, criando A empresa tem como missão satisfazer peças intemporais e exclusivas. Iniciou as necessidades dos seus clientes através 20 DESTAQUE Portugalglobal nº120

da oferta de produtos de elevada quali- nesis”, criado por Toni Grilo ou a “Ci- exploração das redes sociais, as ações dade, concebidos e manufaturados por trino”, uma nova linha de decoração e de benchmarking, entre outras. artesãos com conhecimento e sabedo- mesa em latão polido. ria, passados de geração em geração. A Topázio exporta para diferentes A estratégia de internacionalização localizações geográficas no mundo Os seus principais objetivos são ser uma da Topázio assenta em três pilares inteiro, com mais significado para referência mundial no universo da arte fundamentais, nomeadamente na mercados como França, Estados de transformar a prata em peças de qua- participação em feiras e eventos in- Unidos da América, Reino Unido, lidade superior, únicas e reconhecidas ternacionais. Tradicionalmente, a Alemanha, México, Médio Oriente, pelos processos manuais que conferem empresa tem marcado presença nas Angola, Holanda, Malta, Marrocos a autenticidade do produto Topázio. feiras “Maison et Object”, “Tokyo e Rússia. A tipologia dos clientes International Jewellery”, “Mónaco da empresa nos diferentes merca- A oferta da Topázio conta com mais Yatch Show” e no evento “Dream dos engloba retalhistas, distribui- de 70 mil referências distribuídas por Houzz” na Holanda. dores, agentes, private label e bes- diversos segmentos de produto, fabri- poke production. cados em metal precioso e metal não Em segundo lugar, assenta nas des- precioso, para Decoração, Mesa, Joa- locações internacionais de prospe- Com o propósito de fortalecer a sua lharia, Kids, Celebração e Acessórios. ção e consolidação de relações co- presença no mercado internacional, a merciais, que consistem em viagens Topázio aposta em três eixos de cres- Dos produtos desenvolvidos, desta- de prospeção e na participação em cimento fundamentais: o reforço da cam-se o icónico jarrão D. João V, o missões comerciais a vários merca- oferta de produtos junto do mercado centro de mesa “Unda” do arquiteto dos, nomeadamente aos Estados judaico; a consolidação da presença

Siza Vieira e as obras de coleção cria- Unidos da Améria, França, Moscovo, junto de grandes marcas internacio- das por 14 autores nacionais de reno- Marrocos, Reino Unido, Espanha e nais, como parceiros privilegiados me, como é o caso da “Caveira” de alguns países nórdicos. para a produção de private label; e Vhils, do jarrão “A Joanina” de Joana a dinamização de parcerias existentes Vasconcelos e do centro de mesa “De- Em terceiro e último lugar, nas fer- e a procura de novas parcerias com corum” de Sam Baron. ramentas de marketing, nomeada- distribuidores e agentes locais. Relativamente a projetos mais inova- mente a publicidade, o website, as dores, é de destacar o faqueiro “Ge- plataformas de comércio eletrónico, a www.topazio1874.com/pt Apoiamos a internacionalização da sua empresa

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AF 19.04 Imprensa Internacionalização SE 210x297.indd 1 16/04/2019 10:58 22 ENTREVISTA Portugalglobal nº120

NUNO AMADO

Chairman do Millennium bcp “Millennium bcp quer reforçar liderança como o Banco número um no apoio às empresas, à economia e do Portugal 2020” maio 2019 ENTREVISTA 23

Nuno Amado, atual chairman e anterior CEO do Millennium bcp, apresenta, em entrevista, os principais objetivos da atividade internacional do Banco, com enfoque na oferta de soluções destinadas a apoiar as empresas nos mercados onde está presente e onde tem acordos com bancos correspondentes. O responsável aponta, neste domínio, e entre outros produtos e serviços que o Millennium bcp disponibiliza às empresas, a parceria recentemente firmada com a COSEC para distribuição de seguros de crédito nas redes comerciais do Banco, que permite uma gestão do risco de crédito em condições mais seguras.

Sendo a maior instituição bancária privada em Portugal, com um conjunto de ativi- “Nos mercados onde temos atividade bancária dades financeiras e serviços, o Millennium local queremos ter dimensão, massa crítica bcp tem igualmente desenvolvido uma ati- suficiente, capacidade de diferenciação pelo vidade internacional que cumpre destacar. serviço a clientes e pela nossa qualidade e Poderia, sucintamente, descrever no que tem consistido a estratégia de internacio- inovação, com rentabilidade e sustentabilidade.” nalização do Banco ao longo dos anos? O Millennium bcp tem complementado a sua presença relevante no mercado doméstico desse país, na Suíça com o Banque Privée, e com uma presença muito focada nas geogra- em Macau, onde temos uma sucursal do BCP. fias onde temos proximidade, ou onde consi- deramos que há uma oportunidade, atento às Além desta presença temos dez escritórios de nossas características, ao interesse dos nossos representação que vão de Guangzhou a S. Pau- clientes, ou outros fatores que nos permitam lo e de Londres a Joanesburgo. Temos ainda posicionar de forma adequada. acordos com cerca de cem bancos que são nos- sos correspondentes em diversas regiões. Esta presença pode ter diversos formatos, quer de presença ativa, concorrendo diretamente Temos, pois, uma cobertura ampla, em formatos nesses mercados no que se chama Banca Co- diversos, mas sempre ao serviço dos nossos clientes. mercial, quer com presença através de escri- tório de representação, quer ainda através de Quais os objetivos e metas que o Banco pre- acordos com bancos das diferentes geografias, tende alcançar nestes mercados? que se designam normalmente “acordos de Nos mercados onde temos atividade bancária bancos correspondentes”, por forma a apoia- local queremos ter dimensão, massa crítica rem a atividade dos nossos clientes nesses paí- suficiente, capacidade de diferenciação pelo ses, em particular empresas. serviço a clientes e pela nossa qualidade e ino- vação, com rentabilidade e sustentabilidade. E Quais os mercados onde o Banco tem apoiar todos os nossos clientes que tenham re- maior presença e de que forma? lações com esses mercados, contribuindo para Nós temos uma presença forte com atividade o aumento das relações comerciais. bancária local em Moçambique, com o BIM como o banco líder desse importante merca- Nas restantes geografias, a nossa presença e as do, em Angola através do BMA, em que somos parcerias são para facilitarem a atividade ban- um sócio e parceiro de referência, na Polónia cária dos nossos clientes, designadamente dos com o Bank Millennium, um importante banco Clientes Empresariais. 24 ENTREVISTA Portugalglobal nº120

Que apoios podem esperar as empresas que facilitem o dia-a-dia das empresas e contri- portuguesas que pretendam apostar nesses buam para o seu crescimento. mercados ou que aí já tenham projetos em curso? E quanto aos investidores que, atra- O Millennium bim dispõe de dois centros Cor- vés do Millennium bcp, queiram abordar o porate, com equipas de profissionais multilin- mercado português? gues e altamente qualificados, que ajudam as Nós estamos preparados para ser o Banco dos empresas a encontrar as melhores soluções que nossos clientes nesses mercados, quer através passam pela gestão corrente da empresa (car- do apoio dos serviços bancários “normais” e tões, cheques, App Empresas), pelo apoio ao do apoio ao Trade, quer ao melhor conheci- investimento e garantias (contas empréstimo, mento do país, sejam parcerias, aquisições ou leasing, garantias), pelo apoio às operações de outro tipo de operações mais estruturais. financiamento a médio e longo prazo (capital markets, structured and project finance) pelo No que respeita ao mercado doméstico, nós apoio à tesouraria e financiamento a curto pra- temos um conhecimento dos setores, das em- zo (conta corrente caucionada, factoring, con- presas, uma cobertura geográfica e de produto firming), pelo apoio ao comércio internacional muito relevante, bem como um entendimento (transferências internacionais, créditos docu- da legislação e do enquadramento que não é mentários), pelas soluções de pagamento e co- “segundo para ninguém”, pelo que para em- brança (cash direto, serviço de pagamentos e presas e particulares somos seguramente uma cobranças) e pelas soluções de seguro (seguros escolha segura. Não há que esquecer que so- de proteção e responsabilidade civil). mos o único Banco de base portuguesa cotado As empresas beneficiam ainda de um conjunto na Euronext e que faz parte do Euro Stoxx 600. de funcionalidades e serviços através do “In- ternet Banking” que procura, desde a primeira Que mercados, na sua opinião, apresen- hora, acompanhar as exigências e as necessi- tam maiores oportunidades para as em- dades de negócio dos clientes. presas portuguesas? Os mercados europeus, com Espanha destaca- da, e os Estados Unidos são aqueles que pela sua dimensão continuam a ser os mais rele- “O objetivo do Millennium bim é tornar-se vantes, também em termos de oportunidades. o maior parceiro de negócio das empresas Aumentar algo a nossa quota nesses mercados e, por isso, mantém-se empenhado no terá um efeito muito relevante na dimensão desenvolvimento de soluções ágeis e eficazes do nosso comércio externo. Agora, há outros que facilitem o dia-a-dia das empresas e mercados com particular interesse como sejam contribuam para o seu crescimento.” os africanos, com relevo aos de expressão por- tuguesa e do Magrebe, os da América do Sul com prioridade para os países da Costa do Pa- cifico e, numa perspetiva de mais longo prazo, O Millennium bim faz questão de reconhecer na Ásia a China e a Índia. as empresas que, pela sua boa gestão e equi- líbrio financeiro, desempenham um papel im- Moçambique, com o banco BIM, é um dos portante no crescimento e desenvolvimento países onde o banco tem presença consoli- da economia de Moçambique, distinguindo- dada. Pode, resumidamente, dizer-nos quais -as como M Líder e atribuindo-lhe benefícios os principais produtos e serviços que o ban- financeiros e não financeiros. co disponibiliza neste país, designadamente no que respeita aos apoios às empresas? Na sequência do ciclone IDAI que atingiu O Millennium bim dispõe de um alargado con- gravemente este país africano, o Millen- junto de produtos e serviços flexíveis e ajustados nium bcp criou uma linha de crédito espe- às necessidades das empresas para as apoiar na cial de apoio às empresas. Em que consiste sua gestão diária. O objetivo do Millennium bim essa linha de crédito e que previsões tem é tornar-se o maior parceiro de negócio das em- relativamente à sua utilização? presas e, por isso, mantém-se empenhado no Localmente foram desenvolvidas inúmeras desenvolvimento de soluções ágeis e eficazes ações de responsabilidade social e de ação maio 2019 ENTREVISTA 25

tes das áreas da logística, transportes, energia, bens alimentares e produtos de higiene, que mantinham capacidade instalada de servir o seu mercado, foram apoiados pelo Millennium bim com instrumentos de apoio de tesouraria.

Não tendo sido criada uma linha específica neste âmbito, o Millennium Bcp disponibilizou, pouco tempo depois desta infeliz catástrofe, a Linha “Millennium Portugal-Moçambique”, que con- ta com um financiamento de 20 milhões de eu- ros, cujo objetivo é fomentar negócio interna- cional entre os dois países, proporcionando aos clientes do banco, um canal privilegiado para a concretização dos negócios. O financiamento é concedido às empresas desde que as operações das mesmas beneficiem de seguro de créditos ao abrigo do Sistema de Seguro de Créditos com Garantia do Estado português.

Em geral, quais as principais soluções que o banco disponibiliza às empresas para apoiar os seus processos de internacionali- zação (exportação e investimento)? O Millennium bcp disponibiliza uma oferta ajus- tada às necessidades decorrentes das atividades internacionais das empresas apoiando-as na im- portação e na exportação.

Sabemos que a internacionalização das empre- sas exige um conhecimento aprofundado dos processos financeiros, fiscais, da legislação e do mercado local e, por isso mesmo, dispomos de dois centros de competências que analisam as necessidades e perfil das empresas, propondo soluções que respondam às exigências da ativi- dade e estratégia internacional.

Em março deste ano o Millennium bcp assinou “Os mercados europeus, com Espanha um protocolo de distribuição de seguros de cré- destacada, e os Estados Unidos são aqueles dito nas redes comerciais do Millennium bcp com que pela sua dimensão continuam a ser a COSEC - Companhia de Seguros de Crédito. os mais relevantes, também em termos de oportunidades. Aumentar algo a nossa quota Com esta parceria foram colocados à disposição nesses mercados terá um efeito muito relevante dos clientes mais um produto financeiro, que permite a gestão do risco de crédito em condi- na dimensão do nosso comércio externo.” ções mais seguras, cobrindo os prejuízos decor- rentes do não pagamento das vendas a crédito de bens e serviços, em Portugal e no estrangeiro. comercial junto dos clientes. Foram visitados todos os clientes com responsabilidades credi- A oferta de produtos e serviços para as empre- tícias procurando identificar formas de ajudar a sas exportadoras ficou assim mais completa ultrapassar a situação e, caso a caso, eventuais proporcionando o acesso ao seguro de crédito necessidades de restruturação. Todos os clien- COSEC a um maior número de empresas, im- 26 ENTREVISTA Portugalglobal nº120

portante mitigante do risco das suas vendas a ao panorama com que o cliente tem de lidar no crédito em Portugal e no exterior. seu dia-a-dia, porque as necessidades e com- Adicionalmente o seguro de créditos facilita a portamentos dos clientes evoluem diariamente. gestão da tesouraria das empresas, uma vez que possibilita acesso a operações de crédito de O Millennium bcp tem colaborado com a antecipação de receitas garantidas com o en- AICEP em iniciativas de capacitação às em- dosso de seguros. presas. Como avalia essa cooperação? O Millennium bcp tem marcado presença em E em Portugal, quais os principais objeti- vários eventos promovidos pela AICEP que fo- vos e metas a atingir na vertente de apoio mentam o comércio e o investimento interna- às empresas? cional. Dando a conhecer aos nossos clientes O Millennium bcp quer reforçar a sua lide- empresariais as tendências e as oportunidades rança como o Banco número um no apoio às de diferentes países, estes eventos têm permi- empresas, à economia e do Portugal 2020. As tido aos nossos clientes empresariais identificar conquistas de 2018 reafirmam a confiança dos oportunidades de negócio e de investimento clientes e do tecido empresarial e o Millennium nos outros mercados. bcp quer manter-se como o Banco número um do investimento, do crédito, dos exportadores, A AICEP é também parceiro do Millennium bcp na inovação e no reconhecimento aos empre- nos Prémios Millennium Horizontes, programa sários e no digital e economia social. A lideran- que visa premiar e divulgar as empresas nacio- ça no PME Líder e no PME Excelência 2018 veio nais que mais se destacam, quer através da sua reforçar a posição do Millennium bcp no apoio expansão, quer pelo forte impulso exportador, às empresas, afirmando-o como o banco de re- quer ainda pela sua inovação. Este programa ferência no apoio ao tecido empresarial. Con- valoriza o reconhecimento das empresas nacio- tinuará a ser parceiro dos setores económicos nais estando alinhado com os objetivos estraté- que alavancam o crescimento como a agricul- gicos do Banco para a sua rede de empresas. tura, turismo e a economia social. Sempre aten- to aos desafios e evolução do setor financeiro e www.milenniumbcp.com

28 MERCADOS Portugalglobal nº120

CHINA UM NOVO CICLO NO RELACIONAMENTO COM PORTUGAL

Portugal e a China experimentam atualmente um renovado clima de proximidade. A visita do Presidente Xi Jinping a Portugal, em dezembro do ano passado, e a recente visita à China do Presidente da República Portuguesa, muito contribuíram para o fortalecimento, a que se tem assistido, das relações políticas, culturais e económicas entre os dois países.

Acresce, este ano celebra-se o 40º aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China, e o 20º aniversário da transferência de soberania de Macau para a China, processo tido como exemplar pelas autoridades chinesas.

Portugal tem, neste contexto, recebido merecida atenção por parte da China, que importa capitalizar, em termos de angariação de investimento produtivo e desenvolvimento do comércio. maio 2019 MERCADOS 29

dução de medidas regulatórias mais Não obstante, sendo uma realidade o apertadas sobre o sistema financeiro, abrandamento do crescimento da eco- com o intuito de controlar um sistema nomia chinesa, este mantém-se acima bancário ainda pouco transparente dos 6 por cento, incomparável face a e derrapagens orçamentais ligadas a qualquer outra economia desenvolvi- investimentos públicos, concretizados da, posicionando-se como a segunda pelos governos locais. Igualmente, economia à escala mundial e conti- aponta como fator decisivo para a nuando a ser um dos maiores motores mencionada desaceleração do cres- da economia mundial. >POR POR JOÃO FALARDO, cimento económico, o diferendo co- DELEGADO DA AICEP mercial com os Estados Unidos (e con- É certo, enfrenta desafios como, entre EM PEQUIM sequentes medidas de retaliação). outros, a necessidade de regular um sistema bancário pouco transparente No mesmo sentido, das recentes esti- e um ambiente de negócios opaco e A República Popular da China é o quar- mativas do Banco Mundial destaca-se complexo, de legislar no que diz respei- to maior país do mundo e o maior em o crescimento de 6,5 por cento do to à proteção da propriedade intelec- população, contando com cerca de PIB em 2018, apoiado pelo consumo; tual, e de estancar atividades de ciber 1.300 milhões de habitantes. Apresen- a diminuição da produção industrial e espionagem. Contudo, importa notar ta o segundo maior PIB mundial (com das exportações chinesas, bem como o que as autoridades chinesas têm, após aproximadamente 13 triliões de dóla- aumento das suas importações, contri- décadas de crescimento económico rá- res) e é o segundo maior importador buindo para a redução do superavit da pido, baseado numa indústria manufa- mundial e o primeiro exportador. É ain- balança comercial. Prevê, para o próxi- tureira e nas exportações de produtos da o primeiro recetor mundial de inves- mo ano, um crescimento do PIB de 6,2 de baixo valor acrescentado, alterado timento direto e o terceiro emissor. por cento, podendo atingir 6 por cento o foco para um crescimento de quali- no final do ano, devendo-se a redução dade, apostado num maior dinamismo Segundo dados do National Bureau of da taxa de crescimento económico à do consumo interno, numa economia CHINA Statistics of China (NBS) a economia diminuição das exportações. Acrescen- de serviços e exportação de bens tec- chinesa tem mantido uma taxa de cres- ta que os níveis de procura interna per- nológicos. Esta transição, a par de ou- cimento anual estável na ordem dos manecerão robustos, suportados por tras reformas que têm sido implemen- 6,6 por cento, desde 2016, atingindo UM NOVO CICLO políticas de apoio ao consumo. Avança tadas, tende para uma maior abertura 13,28 triliões de dólares em 2018, com ainda que políticas fiscais e monetárias, do mercado, para a implementação de o consumo a desempenhar um papel já implementadas ou anunciadas por medidas de controlo fiscal, monetário cada vez mais relevante, contribuindo NO RELACIONAMENTO estas autoridades, espera-se, amor- e financeiro, demonstrando também para 76,2 por cento do crescimento do teçam o impacto negativo de um au- uma maior preocupação ambiental e PIB, que se traduz num aumento de mento de tarifas comerciais. com o bem-estar da população local, e COM PORTUGAL 18,6 por cento face ao ano anterior. O Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório World Economic Outlook, publicado no passado mês de janeiro, prevê, para este ano e para 2020, um crescimento do PIB de 6,2 por cento, menos 0,4 por cento do que em 2018 e menos 0,7 por cento do que no ano anterior.

O presente abrandamento do cres- cimento da economia chinesa será só por si também fonte de abranda- mento da economia mundial, com repercussões negativas nas relações comerciais com outros países e nos preços globais de mercadorias, deve- -se, segundo relatório do FMI, à intro- 30 MERCADOS Portugalglobal nº120

terá a sua quota parte no abrandamen- elevado ritmo de crescimento econó- antecessores e com acesso a um leque to do crescimento económico da China. mico registado na última década, a Re- muito mais abrangente de produtos e pública Popular da China apresenta um serviços. Até 2020, espera-se que as Para além dos dados já referidos an- conjunto de oportunidades que fazem gerações mais jovens sejam respon- teriormente, importa ainda registar do país uma prioridade para a exporta- sáveis por 53 por cento do total do relatório publicado pelo Ministério do ção de bens e serviços nacionais. consumo doméstico, um valor que em Comércio chinês, no qual autorida- 2016 se fixava nos 45 por cento. des chinesas exortam o cumprimento Neste sentido, o plano estratégico das metas propostas no seu 13º Plano “Made in China 2025”, atualmente Entre outros domínios de atividade, os Quinquenal (2016-2020) e avançam em vigor e que visa uma mudança seguintes setores constituem oportuni- que em 2018 o consumo assumiu-se de paradigma de crescimento dos di- dades para as empresas portuguesas: como força motriz para o crescimen- versos setores da economia chinesa, to económico da China, contribuindo prevendo a sua progressão na cadeia Agroalimentar para 76,2 por cento do crescimento do de valor, em detrimento da produção A produção agrícola na China é inten- PIB, o que se traduz num aumento de de baixo custo e qualidade reduzida, siva, centrada na quantidade e não na 18,6 por cento face ao ano anterior. contém em si oportunidades para as qualidade, com vista a tentar satisfazer

Dados do National Bureau of Statistics empresas portuguesas, que possuem as necessidades da sua população, que (NBS) revelam que, em 2018, as ven- competências e conhecimento reco- pelo seu número torna incontornável a das totais de bens de consumo ultra- nhecidos no domínio da produção de importação de bens agroalimentares. passaram os 5,64 triliões de dólares, alta-qualidade. Existe, por isso, entre os consumidores verificando-se um aumento anual de 9 chineses uma apetência por produtos por cento. Importa referir que a classe média de qualidade superior, o que pode re- chinesa cresce a um ritmo elevado e presentar uma oportunidade para as Oportunidades no que, de acordo com um estudo recen- empresas portuguesas que operam no mercado chinês temente publicado pela McKinsey & domínio em apreço. Tendo em conta Company, em 2022 representará 76 a dimensão do mercado, a produção Dispondo de uma situação macroe- por cento da população urbana. Mais, portuguesa poderá não bastar para su- conómica estável, de um mercado de a China conta com uma nova gera- prir as necessidades chinesas. Por esta grande dimensão e de boas perspeti- ção de consumidores, mais orientados razão, os operadores económicos por- vas de crescimento, ainda que se pre- para o consumo (designadamente de tugueses deverão focar as suas expor- veja um ligeiro abrandamento face ao marcas internacionais) do que os seus tações em nichos de qualidade. maio 2019 MERCADOS 31

No âmbito dos serviços associados ao setor agroalimentar, existem também oportunidades para as empresas nacio- nais, tais como serviços de consultoria agrícola, serviços para transferência de know-how, irrigação dos solos ou de homologação e certificação de produ- tos chineses na Europa.

No setor agropecuário, é de referir que o primeiro carregamento de carne de porco portuguesa chegou à China em março passado, no seguimento do protocolo assinado em 2017, alarga- do já este mês em consequência da visita a Portugal do ministro das Al- fândegas chinês.

Ainda, a forte aposta estratégica no setor agro-tecnológico revela também oportunidades para empresas nacio- nais nas áreas de equipamentos avan- çados de produção e cultivo, produção e processamento de bens alimentares de alta qualidade, maquinaria agrícola de grande escala, sistemas inteligentes e integrados de agricultura, novos ma- teriais agrícolas e investigação, desen- pela Alemanha (14,8 milhões) e Méxi- volvimento e educação especializada “Sendo uma realidade co (32,2 milhões). em todos estes domínios. o abrandamento do crescimento da Lacticínios Estão em curso negociações com vista à economia chinesa, este Portugal está habilitado a exportar exportação de outros produtos alimen- mantém-se acima dos 6 produtos lácteos para a China, neces- tares portugueses como uvas de mesa, por cento, incomparável sitando adicionalmente as empresas citrinos, peras e maçãs, entre outros, face a qualquer outra portuguesas de certificação agroali- sendo mais uma oportunidade futura economia desenvolvida, mentar. Este processo é mediado pela para as empresas portuguesas do setor. posicionando-se como General Administration of Customs of a segunda economia China (GACC). De acordo com a sín- Vinhos e outras à escala mundial e tese de mercado publicada pela AICEP bebidas alcoólicas continuando a ser um em 2018, a China foi o 2º maior im- Portugal está habilitado a exportar vi- dos maiores motores da portador mundial de produtos lácteos nho, cerveja e licorosos para a China, economia mundial.” (6,2 por cento do valor total) e o 61º que é já hoje um mercado de grande exportador (0,06 por cento do valor relevância para os produtores nacio- total). A Nova Zelândia é responsável nais. Este mercado encontra-se em Na categoria das cervejas, tem-se por mais de 56 por cento do abasteci- franco desenvolvimento, alavancado também assistido a um aumento mento do mercado chinês neste setor, pelo crescimento da classe média e um considerável de popularidade de mar- seguida dos EUA (8,8 por cento) e a grupo cada vez maior de consumido- cas estrangeiras e do consumo das França (8,5 por cento). Neste domínio res mais sofisticados. Em 2017, Portu- mesmas. Entre janeiro e fevereiro de Portugal regista um valor de 0,003 por gal foi o 9º fornecedor da China, tendo 2018, segundo dados das Alfândegas cento, havendo espaço para crescer. exportado mais de 23,5 milhões de dó- chinesas, Portugal foi o 3º maior for- lares. O vinho tinto é mais consumido necedor de cerveja para a China (11,6 Para o acesso a informação mais es- pelos cidadãos chineses. milhões de dólares), apenas superado pecializada neste setor, bem como análise de dados, equipamento eletró- nico e aplicações software.

Comércio digital O comércio digital assume atualmen- te papel fundamental nos planos es- tratégicos das empresas que operam no mercado chinês. De acordo com o PwC Economic Quartely Q1 de 2017, publicado pela PricewaterhouseCoo- pers (PwC), o comércio online de bens e serviços atingiu os 1,4 mil milhões de yuans no respetivo trimestre, uma subida de 32,1 por cento face a igual período do ano anterior. Em compa- ração, o comércio tradicional registou um aumento de 7,2 por cento. sobre aspetos regulamentares do re- acesso a know-how e especialistas de gime de importação, recomenda-se empresas, institutos, universidades e O país entrou recentemente numa ao leitor a leitura da síntese setorial outras organizações estrangeiras. nova era de retalho, caracterizada pela e de leite lacticínios da China, dis- incorporação dos canais online e of- ponível em http://www.revista.por- Smart cities fline (o2o) nos planos estratégicos das tugalglobal.pt/AICEP/Documentos/ Durante a última década, o governo empresas chinesas. Outra estratégia já ssm-china-leite-e-laticinios/. Com vis- central fez do desenvolvimento de tec- explorada atualmente pelas multina- ta à obtenção de mais informações e nologia associada a smart cities, políti- cionais, mas sobretudo pelas pequenas esclarecimentos, as empresas devem ca chave para o desenvolvimento social e médias empresas estrangeiras consis- contactar a Direção Geral de Alimen- e económico da China. De acordo com te no comércio online cross-border. tação e Veterinária (DGAV). um estudo publicado pela consultora McKinsey, o ritmo de urbanização da A economia digital na China é um dos Inteligência artificial China tem alcançado um registo sem setores onde se verifica intensa com- Nos últimos anos, o governo chinês precedentes. A manter-se a tendência, petitividade, apresentando custos de tem desencadeado iniciativas bilioná- a população urbana do país poderá mercado elevados e levando empre- rias para incentivar o empreendedo- superar os mil milhões até 2030, sig- sas com dificuldades de adaptação a rismo, startups, investigação e desen- nificando um êxodo de 350 milhões cessar atividades no país. Em 2016, o volvimento nos setores tecnológicos. de pessoas dos meios rurais para as De acordo com a blueprint publicada cidades em 20 anos. Estima-se que em em julho de 2017 pelo State Council 2025, existirão na China 221 cidades of China, o país tem como objetivo ser com população superior a um milhão líder mundial em inteligência artificial de habitantes, comparadas com as até 2030, criando uma indústria avalia- atuais 35 cidades da Europa nestes ter- da em 15 mil milhões de dólares. mos e 23 dos Estados Unidos. O 12º Plano de desenvolvimento estratégico A nível regional, as províncias de Si- implementado a partir de 2015 refere chuan, Zhejiang, Guangdong, e as especificamente a aposta no desenvol- cidades de Xangai, Wuhan e Pequim vimento do setor de tecnologias smart lideram os investimentos neste domí- city. Para empresas chinesas e estran- nio. Para as empresas portuguesas, as geiras, a escala de urbanização tem re- principais vantagens concentram-se no velado e continuará a prometer novos acesso a financiamento, alavancado mercados e oportunidades de investi- pelo governo e pelos gigantes privados mento para as empresas, oportunida- chineses do setor (Alibaba, Tencent, des essas transversais a diversas indús- Baidu, Iflytech). Do lado chinês, as trias tais como transportes, infraestru- principais necessidades centram-se no turas, equipamentos de comunicação, maio 2019 MERCADOS 33 mercado digital chinês cresceu 19,8 mentos de luxo de maior sofisticação. Cuidados de saúde por cento face ao ano anterior, totali- As oportunidades no mercado chinês O mercado de bens e serviços de cui- zando 3,82 mil milhões de dólares, de da fileira casa deverão também, cada dados de saúde encontra-se em rápido acordo com o Ministério do Comércio vez mais, passar por soluções inovado- crescimento na China, com um cresci- da República Popular da China. ras do ponto de vista ambiental, atra- mento projetado a uma taxa anual mé- vés da oferta de produtos eco-friendly. Mobiliário e decoração A oferta de soluções integradas de de- dia de 12 por cento até 2020. Para tal coração e design, onde têxteis, mobi- contribui a forte aposta do governo na Com um crescimento de 148,8 por liário e iluminação se complementem e melhoria das infraestruturas de saúde cento nas importações de mobiliário, possam ainda ter associada tecnologia, locais. Desde produtos e equipamentos entre 2012 e 2016, a China ocupa o deverão também constituir oportuni- médicos e farmacêuticos, a serviços de 17º lugar no ranking de países que re- dades com potencial para as empresas saúde e prevenção, a China é atualmen- gistam o maior aumento de importa- portuguesas, reconhecidas mundial- te um dos mercados mais atrativos neste ções neste setor. Os setores hoteleiro mente pela sua qualidade e design. domínio. A atual tendência demográfi- e de restauração são relevantes fontes de procura de mobiliário na China.

Atualmente, 85 por cento das ativida- des de construção ocorrem no leste da China, ainda que os territórios mais interiores do país tenham registado um aumento gradual de projetos de construção. Dados do EU SME Centre revelam que as atividades de constru- ção estão a ser reorientadas das cida- des tier 1, tais como Pequim e Xangai, para cidades tier 2 tais como Chengdu “Masterclass: accessing com a presença de cerca de 60 convi- ou Chongqing. China” e seminário eco- dados, na sua maioria representantes nómico Portugal-China de empresas portuguesas dos mais va- Dada a dimensão e competitividade riados setores. No âmbito da visita de Estado que o das empresas chinesas, pequenas e O Seminário Económico Portugal – Presidente da República, Marcelo Re- médias empresas estrangeiras terão China “Why Portugal”, presidido por belo de Sousa, realizou à China de 26 maiores probabilidades de sucesso se Marcelo Rebelo de Sousa, contou com de abril a 2 de maio, teve lugar, no operarem em nichos específicos do mais de 250 participantes, entre eles dia 30 de abril, o evento “Masterclass: mercado e posicionando-se em seg- altos representantes das maiores em- Accessing China” e o Seminário Eco- presas chinesas, como a Fosun, Hai- nómico Portugal – China “Why Portu- tong, Bank of Shanghai, Level Cons- gal”, ambos organizados pela AICEP tellation, China Three Gorges, Bailian (equipas de Xangai e Pequim) e Con- (conglomerado na área do retalho, sulado-Geral de Portugal em Xangai, logística e comércio eletrónico), Yuan- em coordenação com a Federação de tong (grande empresa de logística), Comércio e Indústria de Xangai, uma empresas estatais chinesas do setor das maiores associações empresariais automóvel SAIC (um dos maiores con- desta cidade. glomerados que têm uma joint-venture A Masterclass visou, sobretudo, dar a com a VW e são donos da MG) e JAC conhecer às empresas portuguesas da (um dos maiores fabricantes automó- comitiva os desafios e as oportunida- veis da China, donos de marcas como des inerentes à entrada no mercado a NIO), e ainda a COFCO (maior pro- chinês. Participaram, além do presi- dutor, processador e comerciante de dente da AICEP, responsáveis da Câ- alimentos da China). mara de Comércio da União Europeia No seminário foram assinados sete na China, do Bureau Veritas e do gru- Memorandos de Entendimento nos po Alibaba, e o diretor da Delegação setores da construção e trocas comer- da AICEP em Xangai. A sessão contou ciais de produtos alimentares. 34 MERCADOS Portugalglobal nº120

ca, designadamente o envelhecimento ta no setor de mobilidade elétrica. A economia chinesa e política base do da população, constitui um dos princi- prestação de serviços neste domínio, 13º plano de desenvolvimento es- pais fatores de crescimento da indústria. transversais aos mais diversos setores tratégico do governo chinês. As em- da indústria chinesa, revela ser atual- presas nacionais poderão identificar Padrões de indústria, mente uma oportunidade de negócio oportunidades no setor das renová- testes, certificação para empresas nacionais. veis, gestão e controlo de águas resi- e homologação duais, controlo de poluição e gestão Soluções e equipamentos dos solos contaminados, gestão de re- À medida que as empresas chinesas de tecnologia avançada síduos industriais e design sustentável procuram subir nas suas cadeias de no setor de construção. valor, os produtores procuram cada No setor dos novos materiais, e apesar vez mais alcançar parâmetros inter- de algumas restrições às exportações Projetos de arquitetura nacionais de qualidade, eficiência e chinesas neste âmbito, as empresas e design industrial produtividade. Assim, a conscien- nacionais poderão encontrar oportu- Assistiu-se na última década a um cialização das empresas aumenta no nidades de colaboração com homó- boom de construção sem precedentes sentido de as suas atividades produ- logos chineses, como por exemplo na na história recente da China. A nível tivas e bens produzidos cumprirem os área de metais de alta performance funcional e estrutural, sintetização de urbanístico, a construção de edifícios standards ocidentais, com o objetivo de escritório, blocos de apartamentos, polímeros artificiais, materiais inorgâ- de obterem certificações para estes centros de convenções e exposições, nicos não metálicos e compósitos de mercados, como por exemplo a ten- estádios e outras infraestruturas para alta qualidade. dência observada no setor automóvel fins desportivos, estações de comboio chinês. Os produtores de automóveis de alta velocidade e aeroportos, ofere- da China começam a orientar-se para Indústria e ce também oportunidades a engenhei- o mercado europeu, necessitando tecnologia verde ros, arquitetos estrangeiros e consulto- para isso de homologação para po- A sustentabilidade ambiental e ino- res do ramo face à elevada procura por derem comercializar veículos chineses vação tecnológica são hoje domínios projetos de construção sustentáveis e na União Europeia, destacando-se, chave para o plano a curto, médio e capazes de dar resposta ao aumento neste contexto, a mais recente apos- longo prazo de desenvolvimento da da população urbana. maio 2019 MERCADOS 35

Mercado de luxo e segmentos premium O aumento do poder de compra da população chinesa tem crescido em rit- mo acelerado nos grandes centros ur- banos e a classe alta chinesa emergiu rapidamente com elevado poder de Relações de investimen- compra e forte apetência para o con- to Portugal-China sumo de bens e serviços de luxo. O país No território da China continental, mas é atualmente um dos maiores importa- também em Macau e Hong Kong, dores de bens de luxo, representando encontravam-se, em 2017, quase uma uma grande proporção do mercado centena de empresas portuguesas, a mundial neste domínio. Entre os bens operar em diversos setores, designada- de luxo de maior procura destacam-se mente consultoria, banca, farmacêutica, o calçado e vestuário, perfumes e cos- materiais de construção, equipamentos méticos, malas e acessórios, relógios e automóveis, produtos agroalimentares joalharia, mobiliário e decoração. Os (como o vinho, cerveja, sumos, café, canais de comunicação online revelam- água, azeite, etc.), arquitetura, transi- -se importantes para aumento de visi- tários, trading, moldes, TIC (software), bilidade e reputação neste segmento, distribuição, engenharia, eletricidade, ainda que os consumidores prefiram restauração, e serviços jurídicos, re- comprar em espaços físicos, que pro- velando o interesse que a China tem porcionam uma experiência de consu- despertado no tecido empresarial por- mo mais envolvente. tuguês, quer no plano das exportações, quer ao nível do investimento. Turismo

A China é atualmente o maior emissor ao país, normalmente deslocando-se Inversamente, o investimento concre- de turistas a nível mundial. Para além em grandes grupos. Para este aumen- tizado no nosso país pela China Three dos destinos tradicionais de França, Itá- to contribuiu a inauguração da ligação Gorges Corporation, Fosun Interna- lia, Espanha ou Reino Unido, os consu- aérea da Capital Airlines, Lisboa-Pe- tional Limited, State Grid Corpora- midores procuram hoje novos destinos quim, entretanto suspensa, mas que tion of China, Haitong International e novas experiências, sendo a seguran- deverá ser retomada ainda este ano. Securities Group e Beijing Entrepri- ça um dos fatores chave na hora de ses Water Group chegou a atingir os decidir. Portugal tem visto aumentar o As oportunidades para as empresas seis mil milhões de euros numa al- fluxo de turistas chineses que chegam portuguesas são inúmeras e vão des- tura em que Portugal vivia um pro- de o comércio de bens, restauração e cesso de assistência financeira, per- hotelaria, setor online, jogo, saúde, uni- mitindo a manutenção da estrutura “A classe média chinesa versidades, serviços de turismo para pri- de ativos considerados vitais para a cresce a um ritmo vados e turismo e viagens de negócios. economia portuguesa, contribuindo, elevado e em 2022 não só para a manutenção e criação representará 76 por Abordagem ao de postos de trabalho, como para o cento da população crescimento económico. Portugal mercado chinês urbana. A China conta encontra-se disponível para acolher Face à dimensão do mercado chinês, mais investimento chinês, especifi- com uma nova geração as empresas portuguesas que queiram camente no domínio produtivo, que de consumidores, apostar na China devem, em primei- permita acrescentar valor às indústrias mais orientados para ro lugar, realizar um estudo prévio de dos dois países, pretendendo-se assim o consumo do que os mercado. A estratégia a seguir deverá que se inicie um novo ciclo de relacio- seus antecessores e conter um alto grau de preparação, namento económico com a República com acesso a um leque para além de focada em objetivos con- Popular da China, mais direcionado muito mais abrangente cretos, tendo igualmente em conta as para o desenvolvimento de cadeias de de produtos e serviços.” enormes exigências técnicas requeridas produção, viradas para o futuro. pelas autoridades chinesas. 36 MERCADOS Portugalglobal nº120

A internet, numa primeira fase, e naquele país. Neste contexto, é preciso O mercado da China, pela sua dimen- depois as Delegações da AICEP no ter em conta que se trata de um mer- são e complexidade, apresenta desa- mercado – Pequim, Xangai, Macau cado cuja língua de negócios é o man- fios às empresas estrangeiras que ali e futuramente Cantão – constituem darim, pelo que o domínio do idioma queiram concretizar negócios. Não uma base de apoio importante para a por parte dos representantes das em- obstante, existem verdadeiras oportu- prossecução dos seus intuitos. As três presas, ou dos seus tradutores, é parte nidades para os operadores económi- representações da AICEP na China importante. Intérpretes de português- cos que demonstrem persistência, um são responsáveis por diferentes juris- -mandarim ou inglês-mandarim deve- elevado grau de preparação e que ofe- dições e a abertura, ainda em 2019, rão ser requisitados com frequência. reçam serviços ou produtos diversifica- de uma quarta delegação da AICEP dos, que respondam às necessidades na cidade de Cantão, revela a impor- O processo de identificação de eventuais dos consumidores locais, cada vez mais tância do mercado chinês para os in- clientes, representantes, distribuidores e interessados em produtos de grande teresses portugueses. parceiros chineses deve obedecer a uma valor acrescentado. escolha criteriosa, reunindo-se o máxi- Acresce, a abordagem ao mercado mo de informação sobre a sua idonei- passa ainda por uma presença assídua dade, peso no setor e dimensão. [email protected]

CULTURA DE NEGÓCIOS tura de negócios chinesa, as relações tados com todo o respeito. É expectá- profissionais e pessoais sobrepõem-se vel que o cartão apresente informação • A cultura corporativa das organiza- com frequência. Visitas mútuas entre em inglês, de um lado, e em chinês ções chinesas diferencia-se por apre- Portugal e a China, apresentação das do outro, e a troca de cartões deverá sentar estruturas hierárquicas rígidas. famílias, longas refeições, trocas de ser realizada com as duas mãos, com A tomada de decisão é mais lenta e presentes e entretenimento são de pri- o lado chinês virado para cima. normalmente efetuada com grande vilegiar. Aconselha-se aos empresários deferência em relação aos líderes. As portugueses, na abordagem ao merca- • Poderão ser necessários vários e de- decisões dos líderes e organismos po- do, o desenvolvimento de uma relação morados encontros para que progres- líticos são profundamente respeitadas. pessoal com os interlocutores, evitando sos tangíveis sejam observados entre A abordagem top-down das organiza- situações de constrangimento social. as partes; os chineses preferem esta- ções chinesas é, por norma, mais rápi- belecer relações próximas antes de fe- da e eficaz tanto a nível privado como • Muitas das empresas estrangeiras char acordos, visando compromissos institucional, criando dificuldades de que estabelecem operações na Chi- de médio e longo prazo. acompanhamento e adaptação acres- na, fazem-no sob a forma de joint- cidas às empresas estrangeiras. -venture, designadamente por exi- • Por vezes, os chineses têm alguma di- gências regulamentares. ficuldade em dizer que não: outra coisa • Os empresários chineses tendem a que não um “sim” direto poderá signi- valorizar mais as garantias pessoais • Os cartões-de-visita deverão ser for- ficar um “não”. A oferta de presentes na celebração de acordos do que as malmente trocados no início das reu- é comum na cultura de negócios chi- garantias legais dos contratos. Na cul- niões, ou em outros encontros, e tra- nesa, ajudando a cimentar relações. maio 2019 MERCADOS 37

China em ficha

Principais partidos políticos: Partido Comunista Chinês (PCC)

Capital: Beijing (Pequim) - 19,3 milhões de habitantes (estimativa 2016 da população desta área metropolitana)

Outras cidades importantes: Xangai; Guangzhou (Cantão); Tianjin; Chengdu; Shenzhen; Wuhan; Dongguan; Chongqinq; Nanjing; Foshan.

Religião: as principais religiões são o budismo e o daoismo. Existem mi- norias muçulmanas e cristãs.

Língua: a língua oficial é o putonghua, usualmente conhecido por man- darim. Existem também dialetos e línguas locais.

Unidade monetária: Yuan Renmimbi da China (CNY)

1 EUR = 358,108 AOA (março 2019 - BdP)

Risco do país: Risco geral - BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) - EIU Risco político – B Área: 9 561 000 km2 Risco de estrutura económica – A População: 1.385,1 milhões de habitantes (estimativa 2018) Risco de crédito*: 2 (1 = risco menor; 7 = risco maior) 2 Densidade populacional: 144 hab./km (estimativa 2018) *Mercado de diversificação de oportunidades ) Designação oficial: República Popular da China Política de cobertura de risco*: Operações de Curto prazo - Aberta Chefe de Estado: Presidente Xi Jinping sem condições restritivas; Médio/Longo prazo - Garantia bancária - *Mer- Primeiro-ministro: Li Keqiang cado prioritário Data da atual Constituição: 4 de dezembro de 1982, tendo sido introduzidas várias alterações. Fontes: Economist Intelligence Unit, COSEC, Banco de Portugal

Endereços úteis

Embaixada da República Tel.: +86 10 653 23220/42 AICEP Macau Popular da China em Portugal Fax: +86 10 653 24637 Consulado-Geral de Portugal Rua do Pau de Bandeira, 11-13 [email protected] Edifício S. Rafael 1200-756 Lisboa [email protected] Rua Pedro Nolasco da Silva, 45 - 2º Tel.: +351 213 928 430 Macau SAR – P. R. China Fax: +351 213 928 431 AICEP Pequim Tel.: +853 28 72 83 00/1 [email protected] Embassy of Portugal 8 San Li Tun Dong Wu Jie Fax: +853 28 72 83 03 Câmara de Comércio e Beijing 100600 - P.R.China [email protected] Indústria Luso-Chinesa Tel.: +86 10 653 20401/5 Av. da Liberdade, 227, 3º Fax: +86 10 653 26746 1250-142 Lisboa China Council for the [email protected] Tel.: +351 217 934 284 / 218 297 062 Promotion of International Fax: +351 217 934 316 AICEP Xangai Trade – CCPIT [email protected] 16th floor,Crystal Century Tower, 1 Fuxingmenwai Street, www.ccilc.pt Nº 567 Wei Hai Road Beijing 100860 - P.R.China Shanghai 200041 – P. R. China Embaixada de Portugal Tel.: +86 10 880 75000 em Pequim Tel.: +86 21 62886767 / 505 Fax: +86 10 680 11370 8 San Li Tun Dong Wu Jie Fax: +86 21 62886568 Beijing 100600 - P.R.China [email protected] http://en.ccpit.org/info/index.html 38 MERCADOS Portugalglobal nº120

RELACIONAMENTO COMERCIAL PORTUGAL – CHINA

O mercado da China assume uma posição com algum relevo no contexto do comércio internacional português de bens e serviços, mas o saldo da balança comercial é bastante desfavorável a Portugal. Em 2018, a quota da China foi de 1,01 por cento enquanto cliente e de 2,59 por cento como fornecedor.

No período de 2014-2018, as expor- contrário, aumentos de 9,9 por cento pelas exportações em 39,8 por cento tações portuguesas de bens e serviços no período em referência e de 14 por em 2018, sendo o menor valor do pe- para a China diminuíram 1,4 por cen- cento em 2018 em relação a 2017. ríodo em análise. to, sendo de salientar a quebra de me- nos 14,8 por cento registada em 2018 O saldo da balança comercial é desfa- No âmbito do comércio internacional face ao ano anterior. As importações vorável a Portugal, situando-se o coe- de bens, o mercado chinês tem maior portuguesas da China registaram, pelo ficiente de cobertura das importações relevância como fornecedor do que

BALANÇA COMERCIAL DE BENS DE PORTUGAL COM A CHINA

Var % 2018 2019 Var % 2014 2015 2016 2017 2018 18/14a jan/mar jan/mar 19/18b

Exportações 839,7 838,7 676,3 841,6 657,8 -4,2 154,3 147,3 -4,5 Importações 1.599,1 1.777,6 1.819,5 2.051,4 2.350,2 10,2 519,8 747,0 43,7 Saldo -759,3 -938,9 -1.143,1 -1.209,8 -1.692,4 -- -365,6 -599,7 -- Coef. Cob. % 52,5 47,2 37,2 41,0 28,0 -- 29,7 19,7 --

Fonte: Banco de Portugal Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2014-2018; (b) Taxa de variação homóloga 2018-2019; (2014 a 2017: resultados definitivos; 2018 e 2019: resultados preliminares). maio 2019 MERCADOS 39

como cliente de Portugal. Em 2018, cento do total em 2018. Seguiram-se montante global em 2018, seguindo- a China foi o 13º cliente de Portugal as pastas celulósicas e papel (11,9 por -se os metais comuns (8,9 por cento) a e o 6º fornecedor. Os dados do INE cento), os minerais e minérios (11,2 as matérias têxteis (8 por cento), totali- revelam uma quebra das exportações por cento), as máquinas e aparelhos zando no seu conjunto 52,4 por cento portuguesas de bens para o mercado (10,6 por cento) e os produtos alimen- das compras portuguesas à China. chinês de 4,2 por cento no período tares (9 por cento). Os cinco primeiros de 2014-2018, enquanto as impor- grupos de produtos representaram, As exportações portuguesas de servi- tações aumentaram 10,2 por cento, em conjunto, 65,8 por cento do va- ços para a China são pouco significa- situando-se o coeficiente de cobertura lor global das nossas vendas para esse tivas, mas aumentaram 15,5 por cento em 28 por cento. O saldo da balança mercado no último ano. no período de 2014-2018, enquanto comercial foi desfavorável a Portugal as importações cresceram 9,4 por cen- em menos 1.692,4 milhões de euros. O número de empresas portuguesas to. No ano passado, Portugal vendeu Nos primeiros três meses deste ano exportadoras de bens para a China serviços à China no valor de 245,3 mi- mantinha-se a tendência decrescente. tem vindo a aumentar, passando de lhões de euros, tendo as importações 1.113 em 2013 para 1.451 em 2017. ascendido a 342,3 milhões de euros. Relativamente à estrutura das expor- tações portuguesas para a China, e No que respeita às importações portu- A quota da China como cliente de segundo os dados do INE, surgem na guesas provenientes da China, na pri- serviços portugueses era de 0,76 por primeira posição os veículos e outro meira posição situaram-se as máqui- cento em 2018 e de 2,2 por cento material de transporte com 23,1 por nas e aparelhos com 35,5 por cento do como fornecedor. 40 MERCADOS Portugalglobal nº120

A CAIMA E O MERCADO CHINÊS

A CAIMA é uma das empresas portuguesas com uma sólida presença na China. O testemunho de A. Dolores Ferreira, administrador da CAIMA.

“A CAIMA, empresa do Grupo ALTRI com instalações industriais em Cons- tância, produz pasta solúvel, utilizada no fabrico de viscose, matéria-prima da indústria têxtil, tal como o algodão e o poliéster. É a única fábrica de pasta solúvel em Portugal já que todas as ou- tras produzem pasta papeleira, isto é, pasta para a produção de papel.

A transformação da fábrica da Caima de pasta papeleira para pasta solúvel é consequência de uma visão estratégica que permitiu à empresa reposicionar-se de forma muito competitiva num novo mercado, o da pasta solúvel.

O Projeto teve o apoio da AICEP e na componente comercial estava desde o início muito clara a aposta no merca- do chinês, por ser o maior mercado e ao mesmo tempo o mercado de maior crescimento. A nossa presença na Chi- na inicia-se de forma experimental em A dimensão do mercado chinês faz que tem mais de 100 anos de presen- 2012 e atinge o nível atual em 2016. com que não haja nenhuma limitação ça na China. Em 2017 e 2018 exportámos para a ao crescimento das nossas vendas. Pelo China mais de 80 milhões de dólares contrário, as limitações estão todas em A dimensão é outro fator a ter em americanos de pasta solúvel. Portugal, sendo que a maior é segura- conta. O mercado chinês é enorme e é preciso ter a dimensão adequada. Sem A nossa presença no mercado chinês mente a falta de matéria-prima para as dimensão talvez seja possível vender é muito sólida. Não vendemos para a fábricas de pasta, o eucalipto. China, pelo contrário, estamos no mer- para a China mas não é possível estar cado chinês, temos clientes regulares, Quando partilhamos a nossa expe- no mercado chinês. Em 2017, Portugal que visitamos pelo menos duas vezes riência com outras empresas portu- através da Caima, estava no Top 10 ao ano, e o nosso produto e o nosso guesas que querem exportar ou fazer dos fornecedores de pasta solúvel. serviço são conhecidos e apreciados. negócios com a China, é normal dar Tudo isto foi possível com uma presen- dois conselhos. De qualquer forma, não vá para a Chi- ça comercial forte, com um desempe- na porque está na moda. Vá para a Chi- nho de excelência da fábrica de Cons- A escolha do parceiro local é absolu- na se o seu plano de negócios mostrar tância e com uma logística que envolve tamente determinante e deve ser feita que o mercado chinês faz sentido.” a movimentação de cerca de 4.000 com todo o cuidado. No nosso caso contentores por ano. preferimos utilizar um trader europeu www.caima.pt maio 2019 MERCADOS 41

FILSTONE PRESENÇA SÓLIDA NUM MERCADO EXIGENTE

A Filstone, especializada em pedras calcárias e localizada em Fátima, iniciou a sua atividade em 2002, em simultâneo com a exportação de rocha ornamental para a China, inicialmente com rochas originárias de várias pedreiras portuguesas. A empresa considera haver muito potencial no mercado chinês dada a sua dimensão e crescimento económico.

Criada em 2002, a Filstone tem, porém, sário apostar numa melhor organiza- exportação de rocha ornamental, no- uma história que data de 1966 quando ção interna e numa cooperação mais meadamente calcário de Fátima, com Francisco dos Santos, juntamente com eficaz. Assim, e em resultado de uma a denominação dos produtos marca, os irmãos, fundou a Manuel Rafael Fi- nova estratégia competitiva, nasceu, Filstone Beije e Filstone Blue. lipe e Irmãos, Lda., também conhecida em 2002, a Filstone - Comércio de Ro- como Rafaéis, para se dedicar à ex- chas, Lda., que reúne as produções de De acordo com fonte da empresa, o ploração de várias pedreiras na região várias pedreiras com produtos similares mercado chinês tem “muito potencial, dos calcários. Na década de 80, era já num espírito de cooperativa, permitin- tratando-se de uma das maiores eco- uma das maiores referências na indús- do obter a dimensão e a capacidade nomias mundiais e com um crescimen- tria da pedra no Centro de Portugal e, adequadas para o mercado chinês. to constante, sendo que, o crescimento em 1987, Alfredo Filipe, filho, iniciou é acompanhado por um grau de exi- um projeto próprio para a exploração A Filstone abre, em 2004, um escritó- gência e compromisso proporcional”. de pedreiras de calcário – a Filipedra, rio em Xangai, para ter uma presença Indústria de Mármores, Lda. –, tendo permanente no mercado chinês. E em É também um mercado “muito tradi- sido uma das primeiras empresas na- 2008, comprou a primeira pedreira em cional e simultaneamente exigente, cionais a apostar na área da transfor- Casal Farto, em Fátima, unidade que sendo, por isso, essencial ter uma pos- mação do produto em mobiliário de mantém até aos dias de hoje, adquirin- tura frontal, honesta e muito cumpri- dora em termos de prazos de entrega pedra. Ainda nesse ano, a empresa do ao longo dos anos, várias pedreiras e qualidade dos produtos apresenta- exporta os primeiros blocos para a Ásia na mesma localidade. dos”, aponta a mesma fonte, acres- e, em 1998, chega ao mercado chinês. centando ainda que “este mercado Desde a sua fundação até aos dias valoriza permanentemente as parcerias A pedreira da Filipedra apresentava, de hoje, a Filstone tem registado um sólidas e contínuas”. contudo, uma reduzida dimensão para crescimento contínuo e sustentado no aquele mercado, pelo que foi neces- mercado chinês, exclusivamente na www.filstone.com 42 MERCADOS Portugalglobal nº120

SUPERBOCK QUALIDADE E INOVAÇÃO GARANTEM SUCESSO NO MERCADO CHINÊS

O Super Bock Group considera a China como uma geografia promissora, pelo que vai continuar a privilegiar este país na sua estratégia de internacionalização. Nesse sentido, a empresa procura consolidar a operação neste mercado, através do crescimento sustentado da sua principal marca de cerveja.

da Super Bock Original, a aposta está Quanto às relações bilaterais entre ainda assente na gama de cervejas es- Portugal e China, estas existem há vá- peciais Selecção 1927. A qualidade da rias décadas e são hoje mais fortes do cerveja e a inovação que está agregada nunca, em termos económicos, finan- à Super Bock são fatores chave à ope- ceiros e culturais, embora possam ser ração da empresa na China. gradualmente aprofundadas no futuro e é desejável que assim seja. Neste contexto, a presença do Super Bock Group neste mercado faz-se so- Embora a visita do Presidente da Re- >POR RUI LOPES FERREIRA, bretudo em pontos de venda do canal pública Portuguesa à China tenha tido CEO DO SUPER BOCK GROUP horeca e através da exploração de novos sobretudo um cariz diplomático e de canais de venda como o e-commerce. O manifestação do compromisso e da O Super Bock Group acredita na for- foco está em capitalizar as suas creden- cooperação atual entre os dois países, ça competitiva da Super Bock que, na ciais cervejeiras e em diversificar o porte- o Super Bock Group entende que foi China, está direcionada para um seg- fólio, sempre sob a chancela da principal também uma oportunidade do ponto mento que apresenta um crescimento marca. Continua a não estar nos planos de vista empresarial. Existe abertura significativo, o das cervejas premium a produção local, mas sim dar continui- por parte do Estado português em re- importadas. Isto significa que, além dade à estratégia de exportação. ceber investimento mais diversificado maio 2019 MERCADOS 43

oriundo da China e em que haja um tal como acontece noutros mercados, e colher resultados que vão beneficiar maior equilíbrio das trocas comerciais, pelo que é uma realidade que requer tanto as próprias organizações como a pendendo mais a favor de Portugal. tempo para se conhecer, descobrir, economia nacional. Será com empe- estabelecer relacionamentos institucio- nho, paciência, investimento de médio Globalmente, pela sua dimensão popu- nais e identificar os parceiros locais. prazo e interesse em criar massa crítica e com trabalho conjunto, que Portugal lacional e por existir uma maior aber- poderá vir a ter mais impacto e maior tura aos mercados externos, nomea- As empresas portuguesas com voca- presença na China, resultando em be- damente os europeus, o Super Bock ção internacional devem ter ambição nefícios e na geração de riqueza em Group considera a China como um país e mostrar o seu potencial além-frontei- ambos os países. promissor. Apresenta especificidades ras, pois só assim será possível existir próprias em termos sociais e culturais, crescimento, projetar Portugal lá fora www.superbock.pt 44 EMPRESAS Portugalglobal nº120

AMBAR Aposta forte na internacionalização e em novos segmentos de mercado

A celebrar este mês 80 anos de existência, a empresa de material escolar e de escritório AMBAR, quer aumentar dos atuais 40 por cento para 60 por cento o peso da faturação no exterior até 2021, apostando na Europa, PALOP e Emirados Árabes Unidos.

A empresa do Porto aposta também no mercado dos brinquedos científicos e pedagógicos e na produção de papel algodão para utilização nos produtos AMBAR.

A AMBAR foi fundada há 80 anos por Dos 80 anos de vida e de história da tente, este clássico é um dos produtos Américo Barbosa, no Porto, dedican- AMBAR fazem parte artigos tão icóni- mais vendidos da AMBAR. do-se então à encadernação. O nome cos como o caderno de capa preta, as – AMBAR – é resultado da junção de pastas de arquivo e as agendas. A empresa tem também apostado na AM (de Américo) e BAR (de Barbosa). exportação dos produtos AMBAR. Atualmente, a atividade da empre- O caderno agrafado de capa preta, sa engloba produtos para escritório, lançado pela Ambar em 1968, tor- Segundo José Ferreira, presidente da material escolar, gift e também a sua nou-se no produto mais reconhecido empresa, há atualmente “um muito mais recente área de negócio, brin- da marca, marcando uma geração de maior potencial de valorização dos quedos científicos e pedagógicos. estudantes. Bastante flexível e resis- produtos da AMBAR no mercado ex- maio 2019 EMPRESAS 45

terno, cuja dimensão e rendimento to venha a representar 25 por cento sustentáveis é muito elevada. Tal como ‘per capita’ em muito superam o mer- das vendas da AMBAR “dentro de nos brinquedos pedagógicos, a expec- cado português, que em 2015 repre- dois ou três anos”, acompanhando o tativa é que este novo segmento venha sentava 80 por cento a 90 por cento processo de internacionalização. a representar, “dentro de três ou quatro do volume de negócios da empresa”. anos”, uma fatia em torno dos 25 por Sendo uma empresa com um forte cento da faturação total da AMBAR. A aposta nas exportações foi, por isso, sentido de responsabilidade social e uma das estratégias desde logo assu- consciência ambiental, em 2018 a Com uma faturação de 8,5 milhões midas por José Ferreira e pelo sócio, marca assumiu um compromisso com de euros em 2018, mais do dobro José Costa, dois empresários de Bar- a implementação e manutenção dos dos 4 milhões de euros de 2015, a celos da área têxtil e automóvel que, requisitos do FSC e PEFC. AMBAR pretende continuar a crescer em 2014, adquiriram 70 por cento do a um ritmo percentual de dois dígitos capital da AMBAR. Outra das novas apostas é no segmento da sustentabilidade, com o lançamento nos próximos anos, apontando como Além da aposta no mercado externo, de uma nova gama de produtos com meta para 2019 os 10 milhões de eu- a diversificação dos segmentos de ne- pasta de papel feita com uma parte de ros e como alvo a cinco anos os 15 a gócio foi outra das opções estratégi- algodão, numa parceria com a empresa 20 milhões. cas da nova gestão da AMBAR, que têxtil de José Ferreira, a Valérius. detetou um défice de imagem da mar- A concretizar-se esta previsão, a em- ca nas gerações mais jovens e decidiu “No último ano andamos a ligar o se- presa – que emprega perto de cente- contorná-lo entrando num novo nicho tor têxtil ao setor do papel. Fizemos na e meia de trabalhadores – atingirá de mercado: os brinquedos científicos uma parceria entre a AMBAR e a Va- cerca de metade da faturação de 40 e pedagógicos, com a “Ambarscien- lérius — o projeto 360 — que passa milhões de euros que chegou a regis- ce”, lançada no final de 2017. por fazer papel algodão a partir dos tar no início do milénio, quando detin- desperdícios do têxtil (terceiro setor ha uma quota de mercado na ordem “Os novos compradores não vivem maior poluidor do mundo) e do papel dos 90 por cento, contra os 20 por muito da marca, mas sim do que veem e usá-lo em produtos AMBAR, desde cento que estima ter atualmente. nas redes sociais e tivemos de mudar ‘notebooks’ a caixas”, explica. um bocadinho o paradigma, porque as “Marcas com 80 anos em Portugal há pessoas com mais de 40 anos reconhe- Esta nova área de negócio está ainda poucas e neste setor é a única. Temos cem a marca, mas os mais novos não em fase inicial, prevendo-se que os é que trabalhar para o futuro e ter têm nenhuma afinidade. Daí este pro- primeiros produtos em papel algodão jeto, que tem a chancela da Faculdade totalmente reciclado da AMBAR che- produtos que vão apanhar as pessoas de Ciências da Universidade do Porto”, guem ao mercado no final de 2019. quando estão já em idade adulta, mas afirma o presidente da empresa. também fazer com que reconheçam José Ferreira destaca o potencial desta a marca ainda na infância”, conclui o Apesar de se encontrar ainda em fase nova área nos mercados externos, no- presidente da AMBAR. inicial de desenvolvimento, o objetivo meadamente nos países nórdicos, onde da empresa é que este novo segmen- a procura por produtos ambientalmente www.ambar.pt 46 EMPRESAS Portugalglobal nº120

LACS Promover a criatividade e a inovação

Comunidade, comunicação e criatividade são os três pilares que estão na base da criação do LACS - “Communitivity of Creators”, um projeto inovador criado há pouco mais de um ano e que procura incentivar a competitividade nacional através da criatividade e inovação nascidas da partilha de espaços de trabalho comuns. Um cluster criativo que permite criar redes de networking para as indústrias criativas. maio 2019 EMPRESAS 47

O LACS – Communitivity of Crea- tors nasceu de um projeto conjunto de quatro sócios (Miguel Chito Rodri- gues, Gustavo Brito, Filipe de Botton e João José Raimundo) com elevada experiência e percursos profissionais muito distintos, na área dos negócios, do imobiliário ao design, da banca aos plásticos, em Portugal e pelo mundo fora. Acreditando na importância da criatividade e da inovação no desen- volvimento da sociedade, partilharam o interesse em criar em Portugal espa- ços de trabalho que fomentem níveis de inovação e competitividade acres- cidos, fundamentais à competitivida- de nacional.

De acordo com Dulce Martinho, dire- de networking ligada às indústrias Atualmente, o LACS encontra nos tora-geral do LACS, os mentores do criativas em Portugal, com um poten- seus membros mais de 23 naciona- projeto acreditam que as indústrias cial total de 2.100 membros. lidades, números que confirmam o criativas são parte relevante nas cida- crescimento da entrada de empresas des mais modernas, gerando inovação “Com a abertura do novo espaço nos estrangeiras em Portugal e do aumen- e promovendo encontros inesperados Anjos, podemos orgulhosamente afir- to de estrangeiros a viver e trabalhar entre diferentes áreas de negócio, mar que somos a maior rede de ‘net- em Portugal. posicionando-se o LACS como um working’ ligada às indústrias criativas cluster criativo que faz uma curado- em Portugal. Para além disso, somos Da comunidade atual do LACS fazem ria muito cuidada das empresas que a única marca que oferece um serviço parte a EDP Starter, Techstars, Semapa recebe como membros. “Só assim é de curadoria de excelência aos nossos Next, Rock in Rio, VAKT, Cognizant, garantido que se tem a diversidade e membros, fazendo de nós o local ideal freiheit.com, Sportinvest, Knook, Sair complementaridade necessária para de promoção de inovação, criativida- da Casca, WeDoo, Huse, VAKT, Euro- criar sinergias entre as empresas e po- de e sinergias entre empresas”, expli- tencial o crescimento dos negócios”, ca Dulce Martinho. pean Tour, Kapten, ZOI entre outros. frisa a responsável. A diretora-geral do LACS adianta que Refira-se que o LACS distingue-se não Assim, em março de 2018 foi inaugura- o objetivo é alcançar, até ao final do só pela sua curadoria cuidada, como a do o primeiro LACS na Rocha Conde de ano, cinco mil membros e acrescenta: permanente promoção da Arte e Cul- Óbidos, nos antigos balneários da APL, “O novo LACS Anjos é um símbolo de tura com espaços próprios em cada em Lisboa, tendo o edifício sido recu- rejuvenescimento e acreditamos no LACS, mas também pela flexibilidade perado e aberto um espaço que tem enorme potencial que esta localização que oferece aos seus membros. Se- 33 estúdios e uma sala de cowork que irá trazer para os nossos membros. gundo a responsável, qualquer mem- acolhe mais de 750 membros que fa- Este tem sido um dos espaços mais bro de cada LACS pode usar as insta- çam do LACS o seu espaço de trabalho. procurados por grandes empresas na- lações dos outros LACS, seja nos espa- cionais e internacionais nas áreas do ços comuns, seja na utilização de salas O segundo LACS abriu em dezembro ‘design’, novas tecnologias e indús- de reunião e salas de eventos. Além em Cascais, com uma capacidade trias criativas, pelo que acreditamos disso é promovida a dinamização dos para mais 750 membros, situado num que os nossos estúdios serão o palco espaços através da realização de talks, emblemático edifício do arquiteto Fre- para mais empresas criarem uma am- workshops e eventos que ligam as derico Valsassina. pla rede de parceiros e sinergias. Com empresas entre si, fomentando siner- três espaços em que cada membro gias e níveis de inovação maiores que Com a abertura, no início do mês de tem acesso a todos os espaços co- maio, do terceiro LACS no antigo Tri- muns, salas de reunião e de eventos geram crescimento dos negócios. bunal do Trabalho nos Anjos, em Lis- de qualquer um deles, é uma mais- boa, o LACS passa a ser a maior rede -valia que muitos procuram”. www.lacs.pt 48 EMPRESAS Portugalglobal nº120

PPS - PILAR PAIVA DE SOUSA Arquitetura e ‘interior design’ de referência no mercado nacional e internacional

Fundada em 2004 e sediada no Porto, a PPS Pilar Paiva de Sousa é uma empresa de referência nos serviços de arquitetura e design de interiores para hotelaria e navios de cruzeiro, desenvolvendo a sua atividade nas áreas de conceção-construção, do conceito à chave-na-mão. maio 2019 EMPRESAS 49

A arquiteta que está na sua génese, A PPS destaca-se ainda por ser a única pectativas do nosso cliente, conse- Pilar Paiva de Sousa, formou-se na Fa- empresa de arquitetura de interiores guindo entregar dentro do prazo e culdade de Arquitectura da Universi- portuguesa especializada em navios do ‘budget’ estimado”, afirma Pilar dade do Porto e tem mais de 20 anos de cruzeiro fluviais e oceânicos, ope- Paiva de Sousa, acrescentando que de experiência na área da hospitalida- rando em Portugal e no estrangeiro. “a interpretação da realidade local, de. A arquiteta desenvolveu, geriu e num contexto de globalização per- implementou dezenas de projetos que Foco no cliente mite que cada decisão que tomamos cobrem as áreas de conceito, forneci- No desenvolvimento da sua atividade, nos nossos projetos seja baseada na mento de equipamento, arquitetura e a arquiteta Pilar Paiva de Sousa abor- constante evolução humana do uso design de interiores, construção, reno- da os projetos atendendo sempre ao do espaço”. vação e reabilitação de hotéis e navios objetivo e visão do cliente, aos quais de cruzeiro. aporta a sua experiência em gestão, A PPS conta como principais clientes a Douro Azul/Mystic Cruises, Viking No vasto portefólio da empresa con- arquitetura e design de interiores para River Cruises, Royal Caribbean, MSC tam-se algumas das maiores compa- a hospitalidade. O seu objetivo condu- Cruises, hoteleiros e outros investido- nhias internacionais de hotelaria – tor é interpretar a pretensão do cliente res portugueses e estrangeiros. Atual- Meridien, Marriott, Hilton e Accor – e implementando-a através das melho- de cruzeiros – Royal Caribbean, MSC res soluções e no tempo e orçamento mente tem em curso vários projetos, Cruises, Viking e Douro Azul. estipulados. Os projetos da PPS, de designadamente para navios de cru- inspiração cosmopolita contemporâ- zeiros oceânicos da RCCL e MSC, para A PPS é formada por uma equipa de nea, criam uma identidade espacial navios de cruzeiros de rio da Viking, experientes arquitetos, engenheiros, singular, que prima pelo conforto e da Amawaterways e da Arosa, e para designers e hoteleiros, num total de intemporalidade. espaços de hotéis em Gaia, no Sene- 14 pessoas, assegurando a competên- gal e no Porto. cia da empresa em diversas áreas de “Para a PPS cada projeto é único. O especialização capazes de responder nosso objetivo é a superação das ex- www.pps.pt a projetos de grande envergadura e complexidade, do segmento budget ao segmento de luxo.

A PPS distingue-se por atuar tanto na fase do conceito, como na da constru- ção (em projetos novos ou de renova- ção) no setor da hospitalidade. Além dos projetos de arquitetura e design de interiores, a empresa assume a contratação e o fornecimento de re- vestimentos, mobiliário, iluminação, têxteis, tapeçarias e todo o tipo de peças decorativas. Em parceria com a sua rede de fornecedores de elevada qualidade no Norte de Portugal, im- plementa as fases de finishing, fur- nishing & equipment.

O design de assinatura, a atenção ao detalhe e a qualidade dos materiais e acabamentos que são imagem de marca da PPS fazem com que seja, cada vez mais, requisitada pelo setor de luxo, em Portugal e no estrangei- ro, para criar e implementar os inte- riores de hotéis e navios de cruzeiro de referência. 50 FACTOS & TENDÊNCIAS Portugalglobal nº120

FACTOS & TENDÊNCIAS

OECD Economic políticos e económicos nesses merca- Agricultural Service, Outlook, May 2019 dos. Os EUA lideram o ranking, se- abril de 2019) guidos da Alemanha, Canadá, Reino (Organização para Os consumidores chineses estão cada Unido e França, o que revela a grande a Cooperação e vez mais interessados em alimentos atratividade destes países para o in- naturais e saudáveis, valorizando Desenvolvimento vestimento estrangeiro. De sublinhar a conveniência e as embalagens Económico - OCDE) que as cidades estão a desempenhar atraentes. O processamento de O recente relatório da OCDE indi- um papel cada vez mais importante alimentos responde por 60 por cento ca que a economia mundial deverá nas decisões de investimento. abrandar face ao cenário anterior, da indústria alimentar e de bebidas prevendo um crescimento de 3,2 CONSULTAR local, mas o crescimento está a ser por cento no corrente ano (3,4 por mais rápido no setor de bebidas, onde a tendência para produtos cento em 2020). Esta desaceleração Profil des é generalizada, existindo muitos ris- naturais, saudáveis, smoothies, cos que ensombram a economia glo- consommateurs – iogurtes e sumos é crescente. De bal, nomeadamente o aumento das Émirats Arabes Unis acordo com este relatório, as frutas tarifas no comércio entre os EUA e (Gouvernement du processadas e algumas frescas, os a China, a aplicação de outras me- Canada, maio 2019) laticínios, a carne de porco e as didas para criar novas barreiras co- A economia dos Emirados Árabes Uni- leguminosas têm grande potencial de merciais (entre os EUA e a UE, por dos continuará a crescer até 2030, vendas no mercado. exemplo) e o abrandamento mais dinamizada pelo aumento dos preços CONSULTAR acentuado da economia chinesa. das commodities, por novos projetos CONSULTAR de construção e pelo aumento do tu- rismo. Este crescimento terá reflexos The Global Use of Understandig the diretos nas despesas de consumo de Medicine in 2019 and Socioeconomic uma população culturalmente diversi- Outlook to 2023 (IQVIA Drivers of Megatrends ficada, criando novas oportunidades Institute for Human (Euromonitor para produtos alimentares. Data Science, janeiro Além da caracterização genérica do de 2019) International, abril 2019) mercado, no que respeita aos princi- Este relatório inclui previsões para o O estudo da Euromonitor Interna- pais indicadores demográficos e ao di- mercado farmacêutico global, por tional identifica os cinco fatores que namismo do contexto comercial, este área geográfica, área terapêutica e as geram e moldam as megatendências estudo quantifica de forma bastan- perspetivas da distribuição. Avalia o do consumidor. São eles: alteração do te detalhada as despesas per capita impacto do lançamento de novos me- poder económico; tecnologia; altera- com alimentos e bebidas entre 2014 dicamentos e o crescimento no uso ções populacionais; mudanças e pres- e 2018 e apresenta projeções para o de medicamentos especiais. Destaca, sões ambientais; alterações de valores. período 2019-2023, permitindo iden- também, dez áreas a serem observa- CONSULTAR tificar as preferências em matéria de alimentação e bebidas e as tendências das nos próximos anos com efeitos The 2019 A.T. Kearney de consumo. no uso e custo dos medicamentos, incluindo ferramentas de saúde digital Foreign Direct CONSULTAR e de prescrição e inteligência artificial. Investment Confidence Index CONSULTAR China - Food Os países desenvolvidos continuam a Processing Ingredients Will Free Trade Be dominar o índice da A.T. Kearney de 2019, apesar do aumento dos riscos (USDA Foreign ’s Economic maio 2019 FACTOS & TENDÊNCIAS 51

Game Changer? (23 Angola - Aprovação da As exportações May 2019, Institute for Lei n.º 7/2019, de 24 de portuguesas de bens e Security Studies) abril, que Cria o Código serviços aumentaram 4,8 O artigo do ISS aborda o African Conti- do Imposto sobre o por cento em 2019 nental Free Trade Agreement (AfCFTA) Valor Acrescentado - Em 2019 (janeiro a março), as exporta- do ponto de vista do papel vital que IVA (maio 2019, ADCA ções de bens e serviços cresceram 4,8 este instrumento de integração regio- Advogados Angola) por cento face a igual período de 2018, nal comercial pode vir a representar atingindo 21,2 mil milhões de euros. No No âmbito da reforma tributária que se para um maior crescimento da eco- mesmo período, as importações totali- encontra em curso, foi publicado o Có- nomia africana numa altura em que, zaram 22,9 mil milhões de euros, valor digo do Imposto sobre o Valor Acres- tendo sido ratificado formalmente, o que representa um aumento de 10,5 centado (em vigor a 1 de julho de 2019 Acordo irá entrar em vigor no dia 30 de por cento. Estes resultados determina- de forma faseada), imposto indireto fi- maio de 2019. Não obstante o grande ram um défice da balança comercial de xado à taxa única de 14 por cento, que desígnio subjacente, a criação de uma 1,7 mil milhões de euros e uma taxa de incide sobre as transmissões de bens zona de comércio livre intra-africano, a cobertura das Importações pelas expor- e as prestações de serviços efetuadas liberdade de circulação de mercadorias tações de 92,5 por cento. entre os Estados-membros não será no território nacional e as importações. CONSULTAR imediatamente assegurada. As nego- Com a criação desta nova tributação ciações ainda decorrem relativamente o Código do Imposto de Consumo é a matérias relevantes como calendários revogado, e o Código do Imposto de PIB aumentou 1,8 por de desmantelamento de tarifas adua- Selo derrogado (bem como a verba nº cento no 1º trimestre neiras, regras de origem e procedimen- 15 da tabela de Imposto de Selo, no de 2019 caso das operações aduaneiras). tos de resolução de conflitos. De acordo com a Estimativa Rápida do CONSULTAR CONSULTAR INE, o Produto Interno Bruto (PIB) aumen- tou, em termos homólogos, 1,8 por cen- Angola - Aprovação da China - 5 Big Changes to to em volume no 1º trimestre de 2019. Lei n.º 11/19, de 14 de China’s VAT in 2019 (18 O contributo da procura interna para a April 2019, China Briefing) variação homóloga do PIB aumentou, maio, sobre as Parcerias refletindo uma aceleração significativa Com vista a impulsionar a economia Público-Privadas – PPP do Investimento. Em sentido contrário, chinesa, o governo tem procedido nos (17 de maio de 2019, o contributo da procura externa líquida últimos anos a uma reforma/revisão Miranda & Associados, foi mais negativo que o observado no substancial do Sistema de IVA. As no- Publicações/Alertas, trimestre anterior, em resultado da ace- vas medidas, em vigor desde 1 de abril leração mais intensa das Importações de Angola) de 2019, têm como objetivo principal Bens e Serviços que das Exportações de O referido diploma legal substitui a Lei melhorar a atividade económica em Bens e Serviços. Comparativamente com n.º 2/2011 e procede a ajustamentos de determinados setores. Neste contexto, o 4º trimestre de 2018, o PIB aumentou, melhoria ao quadro legal existente, com o artigo da China Briefing destaca e em termos reais, 0,5 por cento (0,4 por vista à sua simplificação, nomeadamen- aborda de forma sucinta, cinco grandes cento no trimestre anterior). O contribu- te no que respeita ao procedimento de mudanças na política do IVA: redução to da procura interna para a variação em aprovação do lançamento das PPP. Com das taxas; alteração do resgate do cré- cadeia do PIB aumentou, enquanto o o novo regime jurídico o legislador pre- dito de imposto para imóveis e serviços contributo da procura externa líquida foi tende, igualmente, concretizar objetivos de construção; concessão de créditos de mais negativo que o registado no trimes- estabelecidos no Plano de Desenvolvi- IVA para serviços de transporte; atribui- tre precedente. mento Nacional 2018-2022. A Lei das ção de deduções adicionais para certas PPP entrou em vigor no dia da sua pu- indústrias; restituição do imposto em CONSULTAR blicação, a 14 de maio de 2019. determinadas condições. Direção de Produto CONSULTAR CONSULTAR [email protected] 52 NOTÍCIAS Portugalglobal nº120

AICEP distinguida pela Site Selection Magazine

A AICEP foi distinguida pela Site Selec- tion Magazine como uma das melhores notícias Agências de Promoção de Investimen- to do mundo, tendo sido reconhecida com o prémio Best to Invest Top IPA 2019 na região da Europa Ocidental. Para a definição e atribuição des- te prémio, a Site Selection Magazi- ne contactou mil especialistas a nível AICEP mundial, executivos e consultores de análise de localizações de investimen- to. Os prémios Best to Invest Top IPA reconhecem o profissionalismo e a capacitação, a liderança e a equipa de colaboradores, o sucesso global que as organizações vencedoras demonstram a cada dia. Entre os critérios de seleção encontram-se a capacidade de respos- ta profissional a pedidos de informa- ção; o conhecimento e diversidade linguística; o acesso a bases de dados de localizações e incentivos (gerais e setoriais) de fácil consulta e utilização, a informação disponível sobre prazos de licenciamentos e outros processos, Conferência o acesso a investidores recentes na re- AICEP.2019 – Exporta- gião que podem dar o seu testemu- ções & Investimento Na Conferência da AICEP 2019 foram nho quanto à localização e quanto à agência, a reputação na prote- Com o objetivo de apresentar e de- ainda atribuídos os Prémios AICEP ção da confidencialidade do in- bater os principais resultados alcan- “Exportação & Investimento” que vestidor e a reputação nos servi- distinguiram a “Melhor PME Exporta- çados a nível da exportação e da ços de after-care, entre outros. dora” e o “Melhor Investimento” em captação de investimento, os dois A Site Selection Magazine é uma 2017, no âmbito dos projetos finan- grandes vetores da missão da AICEP publicação do grupo norte-ame- ciados pelo Portugal2020, da respon- realizou, a 17 de maio, a sua primei- ricano Conway. Sediado nos sabilidade da AICEP. Miranda & Irmão ra conferência anual, subordinada ao EUA, o grupo Conway atua em e Simoldes Plásticos foram as vence- tema Exportações & Investimento. diferentes segmentos de mercado, António Horta Osório, CEO do Lloyds doras nas categorias de “Melhor PME desde consultadoria em investimen- Bank, foi o keynote speaker desta pri- Exportadora” e de “Melhor Investi- to direto estrangeiro (site location), na meira Conferência da AICEP, que con- mento”, respetivamente. Na primeira publicação da revista Site Selection Ma- tou também com as intervenções do categoria estavam também nomeadas gazine, na promoção de eventos sobre presidente da AICEP, Luís Castro Hen- as empresas Carmo Wood, a FAMO – IDE, RP & Marketing para o setor empre- riques, e de António Casanova, CEO Indústria de Mobiliário de Escritório e sarial e market research. da Unilever FIMA e presidente da Uni- a Sociedade Têxtil Vital Marques Rodri- O prémio foi entregue por Annika lever Espanha. Presentes igualmente gues, Filhos, SA.. A Amorim Florestal e Jostmeier, vice-presidente da Conway, o ministro dos Negócios Estrangeiros, a Gestamp Aveiro estavam nomeadas ao Conselho de Administração da AI- Augusto Santos Silva, e o secretário de para o prémio “Melhor Investimen- CEP no dia 17 de maio, por ocasião Estado da Internacionalização, Eurico to”. Reportagem completa na edição da Conferência AICEP.2019 – Expor- Brilhante Dias. de junho da revista Portugalglobal. tações & Investimento. maio 2019 NOTÍCIAS 53

Portugal mostra-se AICEP e Amazon em França encorajam empresas “Sous le Soleil du Portugal” é o tema portuguesas a da grande ação de promoção nacional exportar online em França, a decorrer em Paris, até 25 A AICEP trouxe a Portugal, no dia 9 de junho, no BHV Marais, a flagship de maio, a Amazon para a conferên- store do Grupo Galeries Lafayette, cia “Amazon – O seu parceiro para o numa iniciativa da AICEP e do Turismo negócio online na Europa”, onde as de Portugal. empresas portuguesas puderam co- Durante sete semanas, o público fran- nhecer o potencial de negócio online. cês do segmento médio-alto ficará a Na sessão, o Head of Marketplace da conhecer produtos e serviços portu- Amazon para Espanha, Ryan Frank, gueses de variados setores, disponí- explicou como funciona a platafor- veis em venda direta,­ desde acessórios ma, tornando mais fácil o acesso aos de moda, a produtos de casa e gifts, consumidores de diferentes merca- cerâmica decorativa, alimentação e dos europeus. Foram abordados te- bebidas, artesanato, produtos cultu- mas como as diferenças entre o re- rais e ainda pacotes de viagens que talho e outros canais de distribuição, abrangem o país de norte a sul in- ferramentas disponíveis para melho- cluindo as ilhas. rar as vendas e formas de alcançar os Esta operação comercial envolve a milhões de clientes da Amazon. participação de mais de meia centena Lugar ainda para ouvir o testemunho de empresas nacionais e de parceiros de algumas empresas nacionais com do BHV Marais, como a concept sto- presença na Amazon, que partilha- ram a sua experiência no desenvolvi- re parisiense “Lusa Luso”, a empresa mento de negócios nesta plataforma. “Comme à Lisbonne” e a ceramista A Amazon é uma porta de acesso a Anna Westerlund. Estão igualmente milhões de consumidores da Europa presentes marcas e empresas portu- através de cinco marketplaces – Espa- guesas do setor alimentar, com ações nha, Reino Unido, Alemanha, França de degustação de produtos alimenta- e Itália –, constituindo uma oportuni- res e vinhos portugueses, bem como dade para as empresas portuguesas, ações de show cooking apresentadas especialmente PME, em setores como pelo Chefe Rui Cardoso. moda e calçado, acessórios, casa, ele- Luís Castro Henriques, presidente da trónica & computadores, desporto, AICEP, afirma que esta ação irá “pro- saúde & beleza, jardinagem, brinque- mover a excelência do ‘design’, inova- dos e material de escritório. ção e qualidade da oferta portuguesa no exigente mercado francês”, sendo “uma proposta de valor forte e com- petitiva que encontra aqui o palco ideal para projetar a imagem do país, ao mesmo tempo que promove as empresas e produtos portugueses em França, um dos principais parceiros comerciais de Portugal”. Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, destaca a importância es- tratégica do mercado francês para o turismo em Portugal: “Em 2018, rece- bemos mais de 1,3 milhões de france- ses e este continua a ser um dos prin- cipais mercados para o nosso país”. 54 ANÁLISE DE RISCO-PAÍS Portugalglobal nº120

Políticas de cobertura para mercados COSEC de destino das exportações portuguesas

No âmbito de apólices individuais

África do Sul* China* Guiné Equatorial Lituânia C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas. C Caso a caso, numa base restritiva. C Carta de crédito irrevogável. M/L Garantia bancária (decisão M/L Garantia bancária. M/L Garantia bancária. casuística). M/L Clientes públicos e soberanos: Colômbia caso a caso, mediante análise das Macau Angola C Carta de crédito irrevogável. garantias oferecidas, desig- C Aberta sem condições restritivas. C Caso a caso. M/L Caso a caso, numa base restritiva. nadamente contrapartidas do M/L Não definida. M/L Garantia soberana. Limite total de petróleo. Clientes privados: caso Costa do Marfim responsabilidades. a caso, numa base muito restri- C Caso a caso, com eventual Malásia tiva, condicionada a eventuais exigência de garantia bancária ou Arábia Saudita contrapartidas (garantia de banco C Aberta sem condições restritivas. garantia soberana. Extensão do prazo C Carta de crédito irrevogável comercial aceite pela COSEC ou M/L Não definida. constitutivo de sinistro para 12 meses. (decisão casuística). contrapartidas do petróleo). M/L Exigência de garantia bancária M/L Caso a caso. Malawi ou garantia soberana. Extensão do C Caso a caso, numa base restritiva. prazo constitutivo de sinistro de 3 Hong-Kong Argélia M/L Clientes públicos: fora de co- para 12 meses. C Aberta sem condições restritivas. C Sector público: aberta sem res- M/L Não definida. bertura, excepto para operações trições. Sector privado: eventual de interesse nacional. Clientes exigência de carta de crédito Costa Rica privados: análise casuística, numa Iémen irrevogável. C Aberta sem condições restritivas. base muito restritiva. C Caso a caso, numa base restritiva. M/L Em princípio. exigência de garan- M/L Não definida. M/L Caso a caso, numa base muito tia bancária ou garantia soberana. restritiva. Marrocos* Cuba C Aberta sem condições restritivas. Argentina C Limite total por operação (1M€) M/L Garantia bancária ou garantia T Caso a caso. Índia enquadrável na Linha de Seguro soberana. de Créditos de Curto Prazo. Limite C Aberta sem condições restritivas. Barein M/L total de responsabilidades (10M€). Garantia bancária. C Martinica Aberta sem condições restritivas. M/L Fora de cobertura. M/L Garantia bancária. Indonésia C Aberta sem condições restritivas. M/L Não definida. C Caso a caso, com eventual Benim Egipto exigência de carta de crédito irre- C Carta de crédito irrevogável. C Caso a caso, numa base muito vogável ou garantia bancária. México* M/L Caso a caso. restritiva. C Aberta sem restrições. M/L M/L Caso a caso, numa base muito Caso a caso, com eventual exi- M/L Em princípio aberta sem restrições. Emirados Árabes Unidos restritiva, e com exigência de gência de garantia bancária ou A eventual exigência de garantia garantia soberana ou bancária. C Aberta sem condições restritivas. garantia soberana. bancária, para clientes privados, M/L Garantia bancária (decisão será decidida casuisticamente. Brasil* casuística). Irão Sanções em vigor. C Aberta sem condições restritivas. Moçambique Para mais informações, contactar a M/L Clientes soberanos: Aberta sem Etiópia C Caso a caso, numa base restritiva COSEC.  condições restritivas. Outros Clien- C Carta de crédito irrevogável. (eventualmente com a exigência de tes públicos e privados: Aberta, caso M/L Caso a caso numa base muito carta de crédito irrevogável, garan- Iraque a caso, com eventual exigência de restritiva. tia bancária emitida por um banco T Fora de cobertura. garantia soberana ou bancária. aceite pela COSEC e aumento do Filipinas prazo constitutivo de sinistro). Cabo Verde Jordânia C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas. C Caso a caso. M/L Não definida. M/L Aumento do prazo constitutivo M/L Caso a caso, numa base restritiva. M/L Eventual exigência de garantia de sinistro. Sector privado: caso a bancária ou de garantia soberana Gana caso numa base muito restritiva. (decisão casuística). Koweit C Caso a caso numa base muito Operações relativas a projectos C Aberta sem condições restritivas. restritiva. geradores de divisas e/ou que Camarões M/L Garantia bancária (decisão admitam a afectação prioritária T Caso a caso, numa base muito casuística). M/L Fora de cobertura. de receitas ao pagamento dos restritiva. créditos garantidos, terão uma Líbano ponderação positiva na análise do Cazaquistão Geórgia C Clientes públicos: caso a caso risco; sector público: caso a caso Temporariamente fora de cobertura. C Caso a caso numa base restritiva, numa base muito restritiva. numa base muito restritiva. privilegiando-se operações de Clientes privados: carta de crédito Chile pequeno montante. irrevogável ou garantia bancária. C Aberta sem condições restritivas. Montenegro C Caso a caso, numa base restritiva. M/L Caso a caso, numa base muito M/L Clientes públicos: fora de cober- M/L Clientes públicos: Aberta sem restritiva e com a exigência de privilegiando-se operações de condições restritivas. tura. Clientes privados: caso a contra garantias. pequeno montante. Clientes privados: Em princípio, caso numa base muito restritiva. aberta sem condições restritivas. M/L Caso a caso, com exigência de ga- Eventual exigência de garantia Guiné-Bissau Líbia rantia soberana ou bancária, para bancária numa base casuística. T Fora de cobertura. T Fora de cobertura. operações de pequeno montante. maio 2019 ANÁLISE DE RISCO-PAÍS 55

Políticas de cobertura para mercados de destino das exportações portuguesas

No âmbito de apólices globais

Nigéria Senegal Na apólice individual está em causa a cobertura de uma C Caso a caso, numa base restritiva C Em princípio. exigência de (designadamente em termos de garantia bancária emitida por única transação para um determinado mercado, enquanto alargamento do prazo consti- um banco aceite pela COSEC e a apólice global cobre todas as transações em todos os tutivo de sinistro e exigência de eventual alargamento do prazo países para onde o empresário exporta os seus produtos constitutivo de sinistro. garantia bancária). ou serviços. M/L Eventual alargamento do prazo M/L Caso a caso, numa base muito constitutivo de sinistro. Setor restritiva, condicionado a eventuais público: caso a caso, com exigên- As apólices globais são aplicáveis às empresas que vendem garantias (bancárias ou contraparti- cia de garantia de pagamento e das do petróleo) e ao alargamento bens de consumo e intermédio, cujas transações envolvem transferência emitida pela Auto- do prazo contitutivo de sinistro. ridade Monetária (BCEAO); setor créditos de curto prazo (média 60-90 dias), não excedendo privado: exigência de garantia um ano, e que se repetem com alguma frequência. Oman bancária ou garantia emitida pela C Aberta sem condições restritivas. Autoridade Monetária (preferência M/L Garantia bancária (decisão ca- a projetos que permitam a aloca- Tendo em conta a dispersão do risco neste tipo de apólices. -suística). ção prioritária dos cash-flows ao a política de cobertura é casuística e, em geral, mais reembolso do crédito). flexível do que a indicada para as transações no âmbito Panamá Singapura das apólices individuais. Encontram-se também fora de C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas. M/L Não definida. cobertura Cuba, Guiné-Bissau, Iraque e S. Tomé e Príncipe. M/L Não definida.

Paquistão Suazilândia Temporariamente fora de cobertura. C Carta de crédito irrevogável. M/L Garantia bancária ou garantia Paraguai soberana. Uruguai Advertência: C Carta de crédito irrevogável. Tailândia C Carta de crédito irrevogável M/L Caso a caso, numa base restritiva. A lista e as políticas de cobertura são C Carta de crédito irrevogável (decisão casuística). indicativas e podem ser alteradas (decisão casuística). sempre que se justifique. Os países Peru M/L Não definida. M/L Não definida. que constam da lista são os mais C Aberta sem condições restritivas. Venezuela representativos em termos de consultas M/L Clientes soberanos: aberta sem Taiwan C Clientes públicos: aberta caso e responsabilidades assumidas. Todas condições restritivas. Clientes C Aberta sem condições restritivas. a caso com eventual exigência as operações são objeto de análise e públicos e privados: aberta, caso M/L Não definida. de garantia de transferência ou decisão específicas. a caso, com eventual exigência de soberana. Clientes privados: aberta garantia soberana ou bancária. Tanzânia caso a caso com eventual exigência T Caso a caso, numa base muito Legenda: de carta de crédito irrevogável e/ou Qatar restritiva. C Curto Prazo C Aberta sem condições restritivas. garantia de transferência. M/L Garantia bancária (decisão Tunísia* M/L Aberta caso a caso com exigência M/L Médio / Longo Prazo casuística). C Aberta sem condições restritivas. de garantia soberana. T Todos os Prazos M/L Garantia bancária. Zâmbia Quénia Turquia C Carta de crédito irrevogável. C Caso a caso, numa base muito * Mercado prioritário. C Carta de crédito irrevogável. M/L Caso a caso, numa base restritiva. restritiva. M/L Garantia bancária ou garantia soberana. M/L Fora de cobertura. República Dominicana Zimbabwe C Aberta caso a caso, com eventual Ucrânia exigência de carta de crédito irrevo- C Clientes públicos: eventual C Caso a caso, numa base muito gável ou garantia bancária emitida exigência de garantia soberana. restritiva. Clientes privados: eventual por um banco aceite pela COSEC. M/L Fora de cobertura. exigência de carta de crédito M/L Aberta caso a caso com exigência irrevogável. de garantia soberana (emitida pela Secretaria de Finanzas ou pelo Ban- M/L Clientes públicos: eventual COSEC co Central) ou garantia bancária. exigência de garantia soberana. Companhia de Seguro Clientes privados: eventual de Créditos. S. A. exigência de garantia bancária. Rússia Direcção Internacional Para todas as operações, o prazo Sanções em vigor. constitutivo de sinistro é definido Avenida da Liberdade, 249 5º Piso Para mais informações, contactar a caso a caso. 1250-143 Lisboa COSEC. Tel.: +351 217 913 832 Uganda Fax: +351 217 913 839 S. Tomé e Príncipe C Caso a caso, numa base muito [email protected] restritiva. C Análise caso a caso, numa base www.cosec.pt muito restritiva. M/L Fora de cobertura. 56 TABELA CLASSIFICATIVA DE PAÍSES Portugalglobal nº120 COSEC

Tabela classificativa de países Para efeitos de Seguro de Crédito à exportação

A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas- pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento sificativa de Países com a graduação dos mercados em função e o grupo 7 à maior. do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas de a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres- prémio aplicáveis.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7

Singapura * Arábia Saudita Bahamas África do Sul • Albânia Angola Afeganistão Libéria Taiwan Botswana Barbados Argélia Azerbaijão Argentina Ant. e Barbuda Líbia Brunei Bulgária Aruba Bangladesh Arménia Belize Madagáscar China • Costa Rica Colômbia Barein Benim Bósnia e Herze- Malawi EAUa Dep/ter Austr.b Croácia Bolívia Bielorussia govina Mali Gibraltar Dep/ter Din.c Dominicana. Rep. Brasil • Butão Burkina Faso Mauritânia Hong-Kong Dep/ter Esp.d Guatemala Cazaquistão • Cabo Verde Burundi Moçambique Koweit Dep/ter EUAe Namíbia Curaçau Camarões Cent. Af. Rep. Moldávia Macau Dep/ter Fra.f Oman Egipto Camboja Chade Montenegro Malásia Dep/ter N. Z.g Rússia El Salvador Comores Cisjordânia / Gaza Nicarágua Dep/ter RUh Fidji C. do Marfim Congo Níger Filipinas Honduras Dominica Congo. Rep. Dem. Paquistão • Ilhas Marshall Jordânia Equador Coreia do Norte Quirguistão Índia Macedónia Gabão Cuba S. Crist. e Nevis Indonésia Paraguai Gana Djibuti S. Tomé e Príncipe Marrocos • S. Vic. e Gren. Geórgia Eritreia Salomão Maurícias Santa Lúcia Guiana Etiópia Serra Leoa México • Senegal Irão Gâmbia Síria Micronésia Sérvia Jamaica Grenada Somália Palau Tunísia • Kiribati Guiné Equatorial Sudão Panamá Turquia Lesoto Guiné. Rep. da Sudão do Sul Peru Uzbequistão Maldivas Guiné-Bissau • Tadjiquistão Qatar Vietname Mongólia Haiti Tonga Roménia Myanmar Iemen Ucrânia Tailândia Nigéria Iraque • Venezuela Trind. e Tobago Nauru Kosovo Zimbabué Nepal Uruguai Laos Papua–Nova Guiné Líbano Quénia Ruanda Samoa Oc. Seicheles Sri Lanka Suazilândia Suriname Tanzânia Timor-Leste Togo Turquemenistão Tuvalu Uganda Vanuatu Zâmbia

Fonte: COSEC - Companhia de Seguro de Créditos. S.A. * País pertencente ao grupo 0 da classificação risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema de prémios mínimos. • Mercado de diversificação de oportunidades • Fora de cobertura

NOTAS a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma f) Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia b) Ilhas Norfolk Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna c) Ilhas Faroe e Gronelândia g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Nive d) Ceuta e Melilha h) Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta. Hel- e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico ena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos maio 2019 ESTATÍSTICAS 57

INDICADORES MACROECONÓMICOS, INVESTIMENTO e COMÉRCIO EXTERNO

INDICADORES MACROECONÓMICOS E INVESTIMENTO DIRETO

PRODUTO INTERNO BRUTO 2013 2014 2015 2016 2017 2018

PIB (tvh %, real) -1,1% 0,9% 1,8% 1,9% 2,8% 2,1% Exportações de Bens e Serviços (% do PIB, preços correntes) 39,5% 40,1% 40,4% 40,0% 42,7% 43,6%

2017 2018 2019 (P) PREVISÕES MACROECONÓMICAS INE 02/19 INE 02/19 FMI 05/19 OCDE 11/18 CE 05/19 BP 03/19 MF 04/19 PIB 2,8% 2,1% 1,7% 2,1% 1,7% 1,7% 1,9% Consumo Privado 2,3% 2,5% 1,9% 1,8% 2,3% 2,7% 1,8% Consumo Público 0,2% 0,8% 1,6% 0,2% 0,8% 0,1% 0,2% Formação Bruta de Capital Fixo 9,2% 5,6% 6,2% 6,0% 4,6% 6,8% 5,3% Exportações de Bens e Serviços 7,8% 3,7% 4,1% 4,3% 3,2% 3,8% 3,8% Importações de Bens e Serviços 8,1% 4,9% 5,2% 4,8% 4,9% 6,3% 3,9% Unidade: tvh % (em volume) Balança Corrente (% PIB) 0,5% -0,6% -0,3% -0,4% -1,0% 0,6% (a) 0,4% Taxa de Desemprego (%) 8,9% 6,7% 6,2% 6,4% 6,2% 6,1% 6,6% Taxa de Inflação (%) 1,6% 1,2% 1,1% 1,5% 1,1% 0,8% 1,3% Dívida Pública (% PIB) 124,8% 121,5% 119,3% 118,4% 119,5% n.d. 118,6% Saldo Sector Público (% PIB) -3,0% -0,5% -0,2% -0,2% -0,4% n.d. -0,2% Fontes: BP - Banco de Portugal CE - Comissão Europeia FMI - Fundo Monetário Internacional INE - Instituto Nacional de Estatística MF - Ministério das Finanças OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico Siglas: M€ - Milhões de euros n,d, - não disponível P - Previsão da Comissão Europeia (Ameco) PPC - Paridade de Poder de Compra

2018 jan- 2019 jan- vh M€ ID DE PORTUGAL COM O EXTERIOR 2014 2015 2016 2017 2018 (FLUXOS) mar mar 19/18 ID de Portugal no Exterior (IDPE) -391 5.025 2.455 -2 137 229 328 -173 -501 ID do Exterior em Portugal (IDE) 2.260 6.245 5.704 6.164 4.147 1.088 1.509 421 Saldo -2.652 -1.220 -3.249 -8.301 -3.917 -760 -1.682 -922

IDPE IDE ID POR SETOR DE ATIVIDADE 2018 2018 jan/mar 2019 jan/mar vh M€ 19/18 jan/mar 2019 jan/mar vh M€ 19/18 Indústrias transformadoras 79 20 -59 -184 -216 -32 Eletricidade, gás e água 718 -321 -1.038 24 -13 -37 Construção -132 -38 93 -33 36 69 Serviços -327 155 483 695 1.016 321 Outros setores de atividade -10 11 20 587 687 100

IDPE POR PAÍS DE DESTINO 2018 jan/mar 2019 jan/mar vh M€ 19/18 IDPE POR PAÍS DE ORIGEM 2018 jan/mar 2019 jan/mar vh M€ 19/18

Espanha -48 435 483 França -81 308 390 França 2 77 75 Países Baixos 157 116 -41 Itália 18 58 40 Brasil 38 106 68 Suíça -42 51 93 Suíça 9 95 86 Irlanda -58 24 82 China 215 91 -124

União Europeia 636 -113 -749 União Europeia 220 434 214 Extra UE -308 -60 248 Extra UE 868 1.075 207

vh M€ 19/18 ID DE PORTUGAL COM O EXTERIOR 2014 dez 2015 dez 2016 dez 2017 dez 2018 dez 2018 mar 2019 mar (STOCK) mar/mar ID de Portugal no Exterior (IDPE) 45.142 52.434 53.103 50.843 48.099 49.139 49.172 33 ID do Exterior em Portugal (IDE) 99.024 108.454 110.633 119.768 118.582 116.830 121.542 4.712 Saldo -53.881 -56.021 -57.530 -68.925 -70.483 -67.691 -72.370 -4.679

Unidade: Milhões de euros (M€) Fonte: Banco de Portugal 58 ESTATÍSTICAS Portugalglobal nº120

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE BENS

2018 2018 2019 tvh % 19/18 tvc % 19/19 tvh % 18/17 tvh % 19/18 BENS (Exportação) jan/dez jan/mar jan/mar mar/mar fev/mar Exportações bens 57.963 5,3% 14.332 14.902 4,0% 3,8% 6,4% Exportações bens UE 44.104 8,2% 11.060 11.636 5,2% 4,5% 7,2% Exportações bens Extra UE 13.859 -2,9% 3.271 3.266 -0,2% 1,3% 3,8% Unidade: Milhões de euros

Exportações bens UE 76,1% -- 77,2% 78,1% ------Exportações bens Extra UE 23,9% -- 22,8% 21,9% ------Unidade: Milhões de euros

% Total Exp. Bens - Clientes 2019 (jan/mar) tvh % 19/18 Exp. Bens - Var. Valor M€ Cont. p. p. 2019 Espanha 24,9% 2,6% Alemanha 149 1,0 França 13,1% 2,3% Itália 147 1,0 Alemanha 12,4% 8,8% Espanha 95 0,7 Reino Unido 6,4% 1,7% Finlândia 53 0,4 Itália 4,8% 25,8% Turquia 50 0,4 EUA 4,8% 4,0% Angola -60 -0,4 Países Baixos 3,7% -1,5% Tunísia -78 -0,5

% Total Exp. Bens - Produtos 2019 (jan/mar) tvh 19/18 Exp. Bens - Var. Valor M€ Cont. p.p. 2018 Veículos e outro material de transporte 17,1% 19,7% Veículos, out. mat. transporte 421 19,7 Máquinas e aparelhos 13,8% -0,8% Químicos 145 21,9 Metais Comuns 7,8% 3,4% Ótica e Precisão 97 29,5 Plásticos e borracha 7,1% -2,9% Pastas Celulósicas, Papel 64 10,3 Agrícolas 6,3% 2,3% Combustíveis minerais -191 -19,8

2018 2018 2019 tvh % 19/18 tvc % 19/19 BENS (Importação) tvh % 18/17 tvh % 19/18 jan/dez jan/mar jan/mar mar/mar fev/mar Importações bens 75.019 8,0% 17.855 20.252 13,4% 12,1% 11,3% Importações bens UE 56.803 7,0% 13.741 15.480 12,7% 12,5% 14,9% Importações bens Extra UE 18.216 11,2% 4.114 4.772 16,0% 10,8% -0,2% Unidade: Milhões de euros

Importações bens UE 75,7% -- 77,0% 76,4% ------Importações bens Extra UE 24,3% -- 23,0% 23,6% ------Unidade: % do total

% Total Imp. Bens - Fornecedores 2019 (jan/mar) tvh 19/18 Imp. Bens - Var. Valor M€ Cont. p. p. 2019 Espanha 30,4% 8,4% França 618 3,5 Alemanha 13,7% 10,4% Espanha 474 2,7 França 10,2% 42,9% Alemanha 262 1,5 Países Baixos 4,9% 5,5% China 227 1,3 Itália 4,7% 0,2% Nigéria 181 1,0 China 3,7% 43,7% Angola 110 0,6 Bélgica 3,0% 19,5% Brasil -110 -0,6

% Total Imp. Bens - Produtos 2019 (jan/mar) tvh 19/18 Imp. Bens - Var. Valor M€ Cont. p. p. 2019 Máquinas e aparelhos 18,0% 18,6% Veículos, outro mat. transporte 712 4,0 Veículos e outro material de transporte 16,3% 27,5% Químicos 572 3,2 Combustíveis minerais 11,1% 5,0% Ótica e Precisão 313 1,8 Químicos 10,5% 17,3% Pastas Celulósicas, Papel 134 0,7 Agrícolas 9,3% 3,9% Combustíveis minerais 107 0,6

Unidade: Milhões de euros (M€) Fonte: INE maio 2019 ESTATÍSTICAS 59

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS

2018 2018 2019 tvh % 19/18 tvc % 19/19 tvh % 18/17 tvh % 19/18 SERVIÇOS (Exportação) jan/dez jan/mar jan/mar mar/mar fev/mar Exportações totais serviços 32.249 6,5% 6.134 6.529 6,4% 9,2% 18,5% Exportações serviços UE 23.396 8,4% 4.367 4.583 4,9% 4,4% 11,9% Exportações serviços Extra UE 8.852 1,9% 1.767 1.946 10,2% 21,9% 36,4% Unidade: Milhões de euros

Exportações serviços UE 72,5% -- 71,2% 70,2% ------Exportações serviços Extra UE 27,5% -- 28,8% 29,8% ------Unidade: Milhões de euros

% Total Exp. Serviços - Clientes 2019 (jan/mar) tvh 19/18 Exp. Serviços - Var. Valor Meur Cont. p. p. 2019 Reino Unido 14,6% 12,2% Reino Unido 104 1,7 França 13,5% -1,1% EUA 88 1,4 Espanha 13,0% -1,1% Alemanha 53 0,9 Alemanha 10,3% 8,6% Bélgica 28 0,5 EUA 7,0% 23,9% Irlanda 25 0,4 Brasil 5,5% -1,5% Itália 19 0,3 Suíça 3,8% 6,6% Países Baixos -16 -0,3

% Total Exp. Serviços - Tipo 2019 (jan/mar) tvh 19/18 Exp. Bens - Var. Valor M€ Cont. p.p. 2019 Viagens e turismo 41,9% 5,3% Outros serv. Forn. por empresas 236 3,8 Transportes 25,5% 0,2% Viagens e turismo 137 2,2 Outros serviços fornecidos por empresas 17,9% 25,2% Manutenção e reparação 29 0,5 Telecomunicações, informação e informática 5,5% 5,1% Transf. de rec.mat. de terceiros -18 -0,3 Manutenção e reparação 2,4% 22,6% Direitos de utilização de propriedade -39 -0,6

2018 2018 2019 tvh % 19/18 tvc % 19/19 tvh % 18/17 tvh % 19/18 SERVIÇOS (Importação) jan/dez jan/mar jan/mar mar/mar jan/mar Importações totais serviços 15.530 6,0% 3.570 3.933 10,2% 7,4% 10,8% Importações serviços UE 10.509 8,4% 2.451 2.715 10,8% 6,8% 11,6% Importações serviços Extra UE 5.021 1,4% 1.120 1.219 8,8% 8,6% 9,1% Unidade: Milhões de euros

Importações serviços UE 67,7% -- 68,6% 69,0% ------Importações serviços Extra UE 32,3% -- 31,4% 31,0% ------Unidade: % do total

% Total Imp. Serviços - Fornecedores 2019 (jan/mar) tvh 19/18 Imp. Serviços - Var. Valor M€ Cont. p. p. 2019 Espanha 19,5% 5,0% Reino Unido 79 2,2 Reino Unido 10,5% 23,6% Espanha 37 1,0 França 9,2% 2,5% Itália 33 0,9 Alemanha 8,9% 6,8% Alemanha 22 0,6 EUA 6,5% 3,2% Irlanda 18 0,5 Países Baixos 4,1% 12,6% Países Baixos 18 0,5 Irlanda 3,5% 15,1% Bélgica 16 0,4

% Total Imp. Serviços - Tipo 2019 (jan/fev) tvh 19/18 Imp. Serviços - Var. Valor M€ Cont. p. p. 2019 Viagens e turismo 28,3% 9,8% Outros serv. forn. por empresas 131 3,7 Outros serviços fornecidos por empresas 24,8% 15,6% Viagens e turismo 99 2,8 Transportes 24,3% 9,5% Transportes 83 2,3 Telecomunicações, informação e informática 5,1% -17,5% Manutenção e reparação 42 1,2 Dir. de utilização de propriedade intelectual 4,8% -1,9% Telecom, inf. e informática -42 -1,2

Unidade: Milhões de euros (M€) Fonte: Banco de Portugal Miguel Crespo ALEMANHA [email protected]

Miguel Porfírio Carlos Moura HOLANDA SUÉCIA [email protected] [email protected]

Maria Manuel Branco Joaquim Pimpão BÉLGICA HUNGRIA [email protected] [email protected]

Inês Pacheco Pedro Macedo Leão FDI SCOUT EUROPA POLÓNIA [email protected] [email protected]

Pedro Sousa Maria José Rézio FDI SCOUT EUROPA RÚSSIA REDE [email protected] [email protected] Rui Almas Luísa Lino SUIÇA ÍNDIA FRANÇA [email protected] [email protected] [email protected] Finlândia

EXTERNA Noruega João Mota Pinto Rui Boavista Marques Estocolmo João Falardo CHINA EUA REINO UNIDO Moscovo [email protected] [email protected] [email protected] Dinamarca Haia Raul Travado Varsóvia Irlanda Berlim CANADÁ Manuel Martinez Patrícia Conceição Londres Bruxelas FDI SCOUT CHINA [email protected] ESPANHA República Checa [email protected] [email protected] Paris Berna Eslováquia Olga Benquerença Milão Budapeste FDI SCOUT EUA E CANADÁ Luís Moura Áustria Miguel Garcia Roménia FDI SCOUT JAPÃO E COREIA DO SUL [email protected] Toronto ESPANHA Barcelona Azerbaijão Celeste Mota [email protected] Nova Iorque [email protected] Ancara TURQUIA Pequim Teresa Fernandes Madrid [email protected] Argel Seul EUA S. Francisco Tunes Atenas Teerão José Joaquim Fernandes [email protected] Tóquio JAPÃO Rabat [email protected] Líbia Jorge Salvador Xangai CUBA Kuwait CABO VERDE Praia Joana Neves [email protected] Doha [email protected] Nova Deli COREIA DO SUL Riade [email protected] Álvaro Cunha Havana Rui Cordovil Macau Hong Kong Eduardo Souto Moura Abu Vietname MÉXICO MARROCOS Dhabi ITÁLIA Myanmar Laos Mário Quina [email protected] Cidade do México [email protected] [email protected] CHINA [email protected] Francisco Costa Gonçalo Homem de Mello Senegal Banguecoque ARGÉLIA Nuno Várzea VENEZUELA Caracas TUNISIA Cambodja Bissau IRÃO Maria Carolina Lousinha [email protected] [email protected] [email protected] Panamá [email protected] CHINA Kuala Lumpur [email protected] Bogotá António Aroso Tiago Bastos GUINÉ BISSAU Laurent Armaos COLÔMBIA ARÁBIA SAUDITA [email protected] GRÉCIA Pedro Aires de Abreu [email protected] Guiné Equatorial [email protected] [email protected] Singapura TAILÂNDIA Equador São Tomé [email protected] Fernando Carvalho SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Manuel Couto Miranda BRASIL [email protected] EAU QATAR Jacarta Nuno Mendes [email protected] [email protected] TIMOR-LESTE Dili [email protected] Peru José Junqueiro Luanda ANGOLA [email protected] Mariana Oom INDONÉSIA [email protected] Rio de Janeiro Namíbia São Paulo Pretória Carlos Pacheco Botswana AUSTRÁLIA Sérgio Espadas Maputo Maria João Liew [email protected] Luís Sequeira Santiago do Chile ÁFRICA DO SUL MALÁSIA CHILE [email protected] [email protected] Sydney [email protected] Buenos Aires Uruguai Ana Rosas Rui Pereira MOÇAMBIQUE ARGENTINA [email protected] [email protected] AO SERVIÇO DAS EMPRESAS Miguel Crespo ALEMANHA [email protected]

Miguel Porfírio Carlos Moura HOLANDA SUÉCIA [email protected] [email protected]

Maria Manuel Branco Joaquim Pimpão BÉLGICA HUNGRIA [email protected] [email protected]

Inês Pacheco Pedro Macedo Leão FDI SCOUT EUROPA POLÓNIA [email protected] [email protected]

Pedro Sousa Maria José Rézio FDI SCOUT EUROPA RÚSSIA REDE [email protected] [email protected] Rui Almas Luísa Lino SUIÇA ÍNDIA FRANÇA [email protected] [email protected] [email protected] Finlândia

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Gestão do Talento em Organizações da Península Ibérica

O debate da gestão de pessoas a cultura organizacional e compe- nas organizações do século XXI titividade do negócio. tem sido dominado pela gestão Este livro realça ainda a importân- do talento. No sentido de ajudar cia de olhar para as pessoas como a preparar os novos desafios da o eixo principal da estratégia das gestão de talento, a obra “Ges- organizações e de um estilo de tão do Talento em Organizações liderança adaptado para a diver- da Península Ibérica” conjuga um sidade global de talentos. enquadramento reflexivo do ciclo Com um PhD em Ciências Empre- de gestão de talento com teste- sariais - Organização e Recursos munhos de 15 empresas ligadas Humanos pela Faculdade de Eco- à indústria e consultoria, assim nomia da Universidade do Porto, Autoras: Dora Martins como organizações de economia Dora Martins é professora adjunta e Rita Moreira da Cruz social com atuação no domínio no Instituto Politécnico do Porto. Editora: RH da ação social, saúde e bem-estar. Licenciada em Recursos Huma- Ano: 2019 Com uma abordagem atual sobre nos pelo Instituto Politécnico do Nº de páginas: 316 pp. o contexto organizacional ibéri- Porto e Master em Dirección de co, este livro valoriza o conteúdo RH y Gestión del Talento pela abrangente − atração, retenção e EAE Business School/Universidad desenvolvimento do talento, atra- Rey Juan Carlos, em Madrid, vés de uma gestão integrada de Rita Moreira da Cruz coordena práticas de gestão e desenvolvi- a área de compensação e bene- mento de pessoas, alinhada com fícios da BorgWarner.

A Natureza Jurídica do Contrato de Investimento

A obra “A natureza jurídica do regimes jurídicos implicam novas Contrato de Investimento: Sub- soluções jurídicas como conse- sídios para uma construção a quência de um processo de glo- partir da influência do direito balização e europeização jurídica. do investimento estrangeiro” Quanto à conceptualização da pretende expor as forças que natureza jurídica do contrato de convergem na construção de investimento, o autor aborda a um regime jurídico internacio- dualidade entre a mobilização nal de Investimento Estrangeiro, do direito interno (público e pri- designadamente através da arbi- vado) de um país anfitrião para tragem do Centro Internacional a conformação jurídica de um para a Arbitragem de Disputas contrato intrinsecamente inter- Autor: João Filipe Graça sobre Investimentos - ICSID. nacionalizado no seu conteúdo Editora: Almedina Desta forma, esta abordagem Ano: 2018 implica compreender os desafios e a compreensão da influência Nº de páginas: 146 pp. que o regime jurídico do Inves- do plano internacional na apli- timento Estrangeiro impõe no cação efetiva daquele direito, atual contexto de destatalização, atribuindo especial destaque à ou seja, da existência de proces- arbitragem internacional e ao sos liberalizantes e de privatiza- seu condicionamento na prosse- ções de serviços públicos, cujos cução de políticas públicas. QUER CHEGAR A MAIS CLIENTES INTERNACIONAIS? Inscreva-se no Buy from Portugal Catálogo de Fornecedores Portugueses e a AICEP promove a sua empresa junto de Compradores, Importadores e Distribuidores Estrangeiros.

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