O Figurino, a Narrativa, E Os Movimentos Artísticos Nos Filmes De Guel Arraes.Pdf

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O Figurino, a Narrativa, E Os Movimentos Artísticos Nos Filmes De Guel Arraes.Pdf REITORA Ângela Maria Paiva Cruz VICE-REITOR José Daniel Diniz Melo DIRETORIA ADMINISTRATIVA DA EDUFRN Luis Passeggi (Diretor) Wilson Fernandes (Diretor Adjunto) Judithe Albuquerque (Secretária) CONSELHO EDITORIAL Luis Álvaro Sgadari Passeggi (Presidente) Ana Karla Pessoa Peixoto Bezerra Anna Emanuella Nelson dos S. C. da Rocha Anne Cristine da Silva Dantas Christianne Medeiros Cavalcante Edna Maria Rangel de Sá Eliane Marinho Soriano Fábio Resende de Araújo Francisco Dutra de Macedo Filho Francisco Wildson Confessor George Dantas de Azevedo Maria Aniolly Queiroz Maia Maria da Conceição F. B. S. Passeggi Maurício Roberto Campelo de Macedo Nedja Suely Fernandes Paulo Ricardo Porfírio do Nascimento Paulo Roberto Medeiros de Azevedo Regina Simon da Silva Richardson Naves Leão Rosires Magali Bezerra de Barros Tânia Maria de Araújo Lima Tarcísio Gomes Filho Teodora de Araújo Alves EDITORAÇÃO Kamyla Alvares (Editora) Alva Medeiros da Costa (Supervisora Editorial) Natália Melão (Colaboradora) Emily Lima (Colaboradora) Suewellyn Cassimiro (Colaboradora) REVISÃO Wildson Confessor (Coordenador) Vitória Belo (Colaboradora) DESIGN EDITORIAL Michele Holanda (Coordenadora) Marcos Paulo do N. Pereira (Miolo e Capa) Carla Patrícia Oliveira de Souza O FIGURINO, A NARRATIVA E OS MOVIMENTOS ARTÍSTICOS NOS FILMES DE GUEL ARRAES 2017 Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede Souza, Carla Patrícia Oliveira de. O figurino, a narrativa e os movimentos artísticos nos filmes de Guel Arraes [recurso eletrônico] / Carla Patrícia Oliveira de Souza. – Natal, RN : EDUFRN, 2017. 156 p. : il. ; PDF ; 9.9 Mb Modo de acesso: <www.edufrn.ufrn.br> ISBN 978-85-425-0735-5 1. Arraes, Guel, 1953- 2. Cinema – Produção e direção. 3. Figurino no cinema. 4. Características nacionais brasileiras no cinema. I. Título RN/UF/BCZM 2017/46 CDD 791.43 CDU 791.62/63 Todos os direitos desta edição reservados à EDUFRN – Editora da UFRN Av. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN | Brasil e-mail: [email protected] | www.editora.ufrn.br Telefone: 84 3342 2221 “À primeira vista, o vestuário humano é um assunto muito bonito de pesquisa ou de reflexão: é um fato completo em cujo estudo se recorre ao mesmo tempo à história, à economia, à etnologia e à tecnologia, podendo até ser – como veremos em breve – uma linguística. Mas, sobretudo, como objeto do pare- cer, favorece a curiosidade moderna que temos de psicologia social, convida a transpor os limites superados entre indivíduos e sociedade: o que nos interessa nele é que ele parece ser simultaneamente da alçada da profundidade e da sociabilidade”. Roland Barthes A Deus, por me proporcionar saúde, sabedoria, paciência e determinação. À minha orientadora Profa. Dra. Maria Angela Pavan, pela excelente contribuição à minha pesquisa e pela maravilhosa companhia durante todo o mestrado. À Capes, pelo apoio financeiro a esta pesquisa através da bolsa de Demanda Social. A todos os professores e colegas do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Aos meus pais, Assis e Nadja, e ao meu esposo Renato, pela compreensão, paciência e incentivo aos estudos. ENTRE FIGURINOS QUE ATUAM E O CENÁRIO FRUTÍFERO E CRIATIVO DO NORDESTE BRASILEIRO Coube a mim a privilegiada tarefa de prefaciar a obra O figurino, a narrativa e os movimentos artísticos nos filmes de Guel Arraes: O Auto da Compadecida (2000) e O Bem Amado (2010) de Carla Patrícia Oliveira de Souza, mestra do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia do DECOM/CCHLA/UFRN, com quem tive o prazer de conviver nestes tempos de orientação e aprendizado. Carla é uma pesquisadora dedicada e competente. Lembro-me de nossa primeira orientação. Falei de alguns livros e filmes que poderiam ajudá-la na reflexão sobre a narrativa dos figurinos. Na semana seguinte, ela trouxe para nosso convívio os livros lidos e fichados e a reflexão calorosa dos filmes. Não me surpreendeu que em sua defesa da dissertação tenha recebido a indicação da banca examinadora para que sua pesquisa fosse publicada. E neste livro oferece o resultado de sua pesquisa, em que buscou a produção de sentido nos figurinos dos personagens do cineasta Guel Arraes. Ela foi além do seu objeto de estudo (os figurinos), buscou a compreensão da cena, do conjunto das imagens dentro do plano escolhido para analisar. Analisou, também, a fusão da trama no diálogo com o figurino. Nada ficou sem análise: os objetos de cena e de uso foram contemplados em sua ampla observação. Lançou seu olhar para a cultura nordestina e para a construção da história de vida do diretor Guel Arraes. Para Carla, nada pode ser construído sem amplidão. A própria história da moda nos coloca ao lado da vida cultural e social dos protagonistas (os criadores da moda). E nessa amplidão está a Comunicação Social. Não poderia ser diferente quando um diretor elenca sua equipe de direção de arte, da qual fazem parte os figurinistas, e traz para sua construção de cena tudo o que vivenciou na sua história de vida. É assim que podemos compreender o caminho da criação de Guel Arraes depois de ler a pesquisa de Carla. Este livro em formato digital poderá ajudar muitos pesqui- sadores de áreas diversas: da arte, do cinema, da comunicação, das ciências sociais, ou quem deseja trabalhar com designer de moda; Hoje, depois deste convívio com sua pesquisa, observo o figurino nas cenas das novelas e ficções com muito critério. Uma roupa não é somente uma roupa dentro da cena, ela contracena com toda a linguagem exposta na tela. Como a pesquisadora deseja sempre mais, realiza na construção de sua pesquisa toda a complexidade que esta Comunicação abarca. Na leitura do trabalho e em suas apresentações no ambiente acadêmico, percebemos que a autora busca compreender as impli- cações das representações nos filmes de Guel Arraes nos processos de significação que auxiliam, refletem e retratam estatutos da identidade do criador. E isso tudo através dos planos e construção da cena dentro de seus filmes. Para sua análise Carla usou o Sistema da moda, Elementos de Semiologia, Inéditos volume 3: imagem e moda e Análise estru- tural da narrativa de Barthes para analisar as narrativas dos personagens, usou Bakhtin, para compreender toda a dimensão do texto e a imaginação do autor; Buscou muitos livros que a fizeram compreender o caminho do imaginário do cineasta e suas escolhas para o figurino. Carla estudou com afinco o movimento Armorial, o kitsch e a narrativa cinematográfica. Antes da imagem na tela existe um caminho mental de quem escreveu o texto e pensou nas imagens. Toda imagem é uma narrativa construída primeiramente no imaterial e depois na forma de cena – que é material. O caminho desta construção é algo que exige uma séria constelação com todo o processo de viver. Neste livro Carla nos mostra que a moda, a escolha do figurino, a construção das cenas, longe de ser algo distante do que pensamos e sentimos, está aqui caminhando ao nosso lado, conjugando todas as vivências do cotidiano. Contribuir um pouco com este trabalho, que muito me ensinou, torna meu tempo aqui em algo bem mais digno. Professora Dra. Maria Angela Pavan SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................12 CAPÍTULO 1.................................................................................19 GUEL ARRAES, AS INFLUÊNCIAS PESSOAIS E PROFISSIONAIS DE UM DIRETOR E A REPERCUSSÃO EM SUAS PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS A Trajetória de Guel Arraes........................................................................20 As adaptações nas produções audiovisuais de Guel Arraes: O Auto da Compadecida (2000) e O Bem Amado (2010)............................23 O Auto da Compadecida e o Movimento Armorial......................................33 O Bem Amado e a estética Kitsch...................................................................41 CAPÍTULO 2.............................................................................................51 O SENTIDO DO FIGURINO NAS OBRAS CINEMATOGRÁFICAS DE GUEL ARRAES Decifrando o sentido do figurino.......................................................................52 O figurino visto como vestuário representado..................................................59 O figurino Armorial no filme O Auto da Compadecida..................................63 O figurino kitsch no filme O Bem Amado........................................................77 CAPÍTULO 3..............................................................................................88 O FIGURINO NA NARRATIVA DE GUEL ARRAES A narrativa cinematográfica..............................................................................89 O figurino na narrativa.......................................................................................94 A função do figurino...........................................................................................98 CAPÍTULO 4..............................................................................................110 NARRAÇÕES SOCIAIS DE GUEL ARRAES: IDENTIDADE CULTURAL, REPRESENTAÇÃO DO NORDESTINO E COMÉDIA POPULAR Identidade nordestina na narrativa de Guel Arraes........................................111 O Nordeste e o nordestino representado no filme O Auto da Compadecida (2000) e O Bem Amado (2010)..............................117 A comédia popular e a realidade social na narração de Guel Arraes...........132 CONCLUSÕES.............................................................................................142
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