Hileia Amazonica
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, HILEIA A AMAZONICA * BIBLIOTECA PEDAGÓGICA BRASILEIRA BRASILIANA Série 5.ª (GRANDE FORMATO) Vol: 6 ILUSTRAÇÕES 48 pranchas fóra de texto, segundo aqua, relas originais de Hilda Velloso, Armando Pacheco e Georges J ulien Simoni. Culs de lampe de Luís Jardim. * 1955 Obra executada nas oficinas da São Paulo Editora S/A. - Rua Barão de Ladário, 226 Fones: 9-9087 e 9-9932 - São Paulo, Brasil. GASTÃO CRULS ,,,,, HILEIA AMAZO" ICA 2." EDIÇÃO COMPANHIA EDITORA NACIONAL SÃO PAULO J31v, 11! t.J// ~ e 1 s j- tx. t OBRAS DE GASTÃO CRULS Co1vARA - Contos. 3.• edição (Esgotado). Ao EMBALO DA RtDE - Contos (Esgotado). A AMAZÔNIA MISTERIOSA - Romance. 6.• edição. ELZA E HELENA - Romance. 2.• edição. A CRIAÇÃO E o CRIADOR - Romance (Esgotado). A AMAZÔNIA QuE Eu VI - Diário de Viagem. 4.ª edição. VERTIGEM - Romance. 2.• edição (Esgotado). HISTÓRIA PuxA HISTÓRIA - Contos (Esgotado). HILÉIA AMAZÔNICA - (Aspectos da Flora, Fauna, Arqueologia e Etnografia da Região). Edição de luxo, em grande formato, com 48 pranchas policrômicas. Af>ARtNCIA DO RIO DE JANEIRO - Noticia histórica e descritiva da cidade. (Prêmio Vieira Fazenda da Prefeitura do Distrito Federal). 2 volumes. 2.• edição. ANTÔNIO TôRRES E SEUS AMIGOS - Notas biobibliográficas seguidas de correspondência. CoNTos REUNIDOS - (Coivara - Ao embalo da rêde - Quatuor - História puxa história). DE PAI A FILHO - Romance. TRADUÇÕES DE GASTÃO CRULS T. S. Matthews - A CAMINHO DA FôRCA. Romance. Isadora Duncan - MINHA VmA. Memórias. 6.• edição. Rômola Nijinsky - NIJINSKY. Biografia. 2.• edição. J. Kessel - LuxúRIA. Romance. Charles Key -As GRANDES EXPEDIÇÕES CIENTfFICAS NO SÉCULO XX. UNIY:RSIOIDE ffDfRAl DO RIO OE JAIEJRO : CENTRO De FIL~\··Ll~t~CIAS ~ B~T-E~ N2 \ ..,...../'o~TA A RODRIGO M. F. DE ANDRADE, qu~, nas nossas quartas,feiras, teve ouvidos indulgentes para a leitura destas páginas, à medida que iam sendo escritas. G. C. Exemplar N9 0534 Reservados os direitos de reprodução, tradução e adaptação para todos os países. + Copyright de GASTÃO CRULS I'd be an Indian here, and live content To fish, and hunt, and paddle my canoe, And see my children grow, like young wild Jawns, I n healht of body and peace oj mind, Rich without wealth, and happy without gold. A. R. WALLACE: Trareis on the Amazon and Rio Negro. , SUMARIO PREFÁCIO..... • • . • . • . • • . • . XV FLORA ARQUEOLOGIA Aspecto geral ................ 3 Feição geral. 151 Vitória-régia ................. 31 Cerâmica.. 152 Uapé-das-cachoeiras ........... 35 Civilização marajoara .. ....... 163 Guaraná ..................... 37 Civilização tapajônica ........ 167 Palmeiras. 48 Civilizações menos conhecidas . 177 Árvores decorativas............ 56 Orquídeas..................... 60 ETNOGRAFIA INDÍGENA FAUNA Considerações gerais. 189 Peculiaridades. 69 Decoração das malocas. 205 Pavãozinho-do-Pará ............ 114 Complexo da mandioca ........ 212 Papagaios ..................... 116 Complexo do curare. 221 Surucuás e beija-flôres....... 120 Galo-da-serra........... 124 Cerâmica moderna. 238 Outras cotingas. 132 Trabalhos de miçanga. 242 Uirapurus e saís.......... 135 Colares ............... ... .. 247 Peixes de aquário. 142 Arte plumária. 250 Borboletas ......... .......... 146 Máscaras de dança. 256 ELUCIDÁRIO ...•..•.•.•.......•.•..... ............................... 269 BIBLIOGRAFIA GERAL •••..•...•....................................... 287 ÍNDICE REMISSIVO ...••.•.•.... ...........•..................•....... 317 ILUSTRAÇOES- Pranchas: VITÓRIA-RÉGIA. ' . ' . • . I UAPÉ•DAS-CACHOEIRAS •••.. • . .... II GUARANÁ .... .......... ... III PALMEIRA MIRITI ......... , ..•. IV ÁRVORES DECORATIVAS •• . ........ V, VI ÜRQUÍDEAS., ............. , , , , .. VII, VIII, IX, X, XI, XII PAVÃOZINHO-DO•PARÁ ....... , .. , . XIII PAPAGAIOS •................. , . XIV SURUCUÁ E BEIJA•FLOR .•.... .. XV GALO-DA•SERRA •.••..... ...... - XVI ÜUTRAS COTINGAS ......... XVII, XVIII UIRAPURUS E SAÍS ..•... ... XIX PEIXES DE AQUÁRIO ... .•.. .•. XX, XXI BORBOLETAS ............ _ XXII, XXIII, XXIV CIVILIZAÇÃO MARAJOARA... .. .. XXV, XXVI, XX.VII, XXVIII CIVILIZAÇÃO TAPAJÔNICA. XXIX, XXX, XXXI, XXXII CIVILIZAÇÕES MENOS CONHECIDAS, XXXIII, XXXIV, XXXV, XXXVI DECORAÇÃO DAS MALOCAS .. XXXVII, XXXVIII COMPLEXO DA MANDIOCA .. XXXIX COMPLEXO DO CURARE ...... XL CERÂMICA MODERNA . .. ... _ . XLI TRABALHOS DE MIÇANGA ...... XLII, XLIII COLARES ...... ........... ... XLIV ARTE PLUMÁRIA.. XLV, XLVI MÁSCARAS DE DANÇA ... • . .. XLVII, XLVIII ' ,.., NOTA A SEGUNDA EDIÇAO A O percorrer as provas da segunda edição dêste livro, temos a impressão que se trata de obra quase inédita. Inédita porque quando da sua pri, meira apresentação ao público, em 1944, numa tira, gem bastante restrita e de grande luxo, os poucos que a adquiriram dificilmente a terão lido, tais as dimensões do volume, incômodo de ser manuseado e a pedir atril de altar. Todavia, naquela ocasião, e ao menos uma vez que fôsse, era indispensável comprovar, por uma ico, nografia rica e policrômica, a curiosidade e a beleza do material que vinha sendo descrito e era o principal motivo dos quatro ensáios enfeixados no volume. Infelizmente, se ao leitor faltarei agora essa festa dos olhos, s6 permitida pela reprodução fiel de qua, renta e oito pranchas aquareladas, em compensação dá,se,lhe nesta oportunidade, além de um volume mais portátil e de preço mais accessível, uma série de acrés, cimos, como elucidário, bibliografia geral e completo índice remissivo que, por motivos independentes da nossa vontade, não puderam ser aditados à edição príncipe. G. C. , PREFACIO· , PREFACIO NQUANTO prepara obra de outro teor e com golpe de vista mais amplo sôbre a região amazônica, mas E· que lhe vem exigindo pacientes e demoradas pesqui, sas, pensou o autor realizar um álbum em que se assina- lassem alguns dos aspectos mais peculiares à flora, fauna, arqueologia e etnografia indígena da mesma região. Trabalho essencialmente iconográfico, acreditou--se, de início, que o seu texto, adstrito à explicação das estampas, não comportasse mais do que algumas linhas ou, quando muito, uma página, relativa ao material apresentado. Sôbre a Amazônia, entretanto, é quase impossível dizer pouco e, por maior que lhe f ôsse o desejo de concisão, viu--se o autor na contingência de escrever mais do que queria, à medida que, sob a sua orientação, iam sendo executadas as pranchas aquareladas. Por outro ú:ldo, seria muito difícil preferir esta ou aquela flôr, escolher uma ave entre centenas, ou admi- rar particularmente um vaso de cerdmica ou enfeite de plu, mária se, previamente, não se dissesse algo de mais geral, ainda que de maneira muito sucinta, sôbre cada um dos temas que constituem matéria para quatro capítulos dis- tintos. Não deixará de causar certa estranheza que num só e único tomo se compendiem assuntos tão diversos, ainda que nesse conjunto, ou melhor, variegado mostruário de curiosi, dades amazônicas, estefa, talvez, a sua principal originali- dade. É que até então - já se vê que no caso presente a referência visa apenas a trabalhos de igual escopo - não há contar senão com o ÁLBUM, de Goeldi, em relação às aves, e o ARs AMERICANA, de Nordenskiõld, que se cinge à arqueologia. Se muito breve será dado a público o ensaio de Eládio Lima, também copiosamente ilustrado, sôbre os macacos da região, muito ainda se fica a dever a outros XVIII HILÉIA AMAZÔNICA aspectos da Jauna e ainda nada se jez concernente à flora e à etnograjia. Mas que se torne à miscelânea em aprêço. Sabido que tanto maior é o recuo até o berço das civilizações -e tanto mais o homem surgirá na íntima dependência da natureza que o cerca, Já não pode causar tanto espanto que assuntos de ciências naturais e sociais se enfeixem num mesmo vo.. lume, quando nêle se tem também em mira ressaltar alguns traços da cultura material do aborígene habitante da Hiléia. E isso porque na flora e na fauna locais não só encontra o silvícola as suas fontes de alimentação, mas também os ele- mentas com que Jazer a sua. casa, tecer a sua rêde, trabalhar as suas armas e recamar os seus adornos. Sem o conheci.. mento de determinados côcos e sementes, não se identifica.. riam as contas e penduricalhos de seus colares. Quem nunca tivesse visto um surucuá ou um anambé azul, não saberia onde êle jôra buscar penas tão belas para os seus capacetes: Basta que se observe um besouro como a mãe--do--sol, para que logo se evidencie a procedência daquelas plaquinhas de brilho metálico e jurtacor que lhe cercam a testa de júlgido diadema. Hiléia amazônica, como se verá páginas adiante, não é apenas a Hiléia brasileira. Se bem que ao Brasil caiba a maior extensão dêsse imenso vale quase ininterruptamente revestido de espêssa floresta, nêle também se incluem boas faixas territoriais de várias repúblicas hispano--americanas e as três possessões européias situadas na Guiana. justa- mente devido a essa mesma vastidão e também a Jatores de ordem geográjica, torna..-se quase certo que em nenhuma outra parte da América, como aí, o elemento indígena ainda pode ser surpreendido a formar o lastro cultural e bem assente daquela Indo--América de que, ainda há pouco, em artigo de imprensa, jalava Gilberto Freyre, e no qual mergulha raízes, mais ou menos fundas, a grande comunidade ame.. ricana. Para o silvícola, tal como para a planta ou para o pássaro, não há fronteiras políticas e, seJa no Pará ou na Colômbia, no Peru ou na Guiana Inglêsa, na Bolívia ou na Guiana Francêsa, em qualquer ponto, desde que se esteJa na Hiléia, é o ameríndio quem dita os estilos de vida. PREFÁCIO XIX O Arecuna que habita nas faldas do Roroimã,