Registro Do Patrimônio Imaterial: Dossiê Final Das Atividades Da Comissão E Do Grupo De Trabalho Patrimônio Imaterial
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MINISTÉRIO DA CULTURA INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE Brasília, dezembro de 2006. O REGISTRO DO P A TRIMÔNIO IMATERIAL Dossiê final das atividades da Comissão e do Grupo de Trabalho Patrimônio Imaterial PRESIDENTE DA REPÚBLICA GRUPO DE TRABALHO PATRIMÔNIO IMATERIAL Luiz Inácio Lula da Silva Ana Cláudia Lima e Alves Ana Gita de Oliveira MINISTRO DA CULTURA Célia Maria Corsino Gilberto Gil Moreira Cláudia Márcia Ferreira Márcia G. de Sant’Anna (coordenadora) SECRETÁRIO DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL Maria Cecília Londres Fonseca Márcio Augusto Freitas de Meira COMISSÃO PATRIMÔNIO IMATERIAL PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE Eduardo Mattos Portela Antonio Grassi Joaquim de Arruda Falcão Neto Marcos Vinícios Vilaça PRESIDENTE DO IPHAN Thomas Farkas Luiz Fernando de Almeida CONSULTOR JURÍDICO CHEFE DE GABINETE José Paulo Cavalcanti Filho Aloysio Guapindaia PROCURADORA-CHEFE Tereza Beatriz da Rosa Miguel CAPA Montada a partir da criação de Victor Burton para o convite do DIRETORA DO PATRIMÔNIO IMATERIAL Seminário Patrimônio Imaterial: Estratégias e Formas de Proteção, 1997. Márcia Sant’Anna Peça: Mestre Vitalino - Acervo do Museu Casa do Pontal DIRETOR DO PATRIMÔNIO MATERIAL E FISCALIZAÇÃO PROJETO GRÁFICO Dalmo Vieira Filho Cristiane Dias DIRETOR DE MUSEUS E CENTROS CULTURAIS REVISÃO GRÁFICA DA 4a EDIÇÃO José do Nascimento Junior Inara Vieira DIRETORA DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO ORGANIZAÇÃO Maria Emília Nascimento Santos Márcia G. de Sant’Anna COORDENADORA-GERAL DE PESQUISA, DOCUMENTAÇÃO E REVISÃO REFERÊNCIA Ana Cláudia de Lima e Alves Lia Motta Natália Guerra Brayner COORDENADOR-GERAL DE PROMOÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ARQUIVO João Tadeu Golçalves Érika Aparecida Caetano (assistente) GERENTE DE IDENTIFICAÇÃO DIGITAÇÃO Ana Gita de Oliveira Janete Raquel Moreno Silva Luciana Souza Roriz Pontes GERENTE DE SALVAGUARDA Teresa Maria Cotrim de Paiva Chaves 4a edição: 2006 GERENTE DE REGISTRO Ana Cláudia Lima e Alves COORDENADORA DO CENTRO NACIONAL DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR Cláudia Márcia Ferreira COMISSÃO PATRIMÔNIO IMATERIAL Eduardo Mattos Portela Joaquim de Arruda Falcão Neto Marcos Vinícios Vilaça Thomas Farkas CONSULTOR JURÍDICO José Paulo Cavalcanti Filho S UMÁRIO AGRADECIMENTOS 5 APRESENTAÇÃO 7 AVANÇOS DA POLÍTICA DE SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL 9 RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DA COMISSÃO E DO GRUPO TRABALHO PATRIMÔNIO IMATERIAL 13 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS E TEXTO FINAL DO DECRETO PRESIDENCIAL 23 RESOLUÇÃO N° 001, DE 03 DE AGOSTO DE 2006 33 ANEXOS ARTIGOS 215 E 216 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 43 CARTA DE FORTALEZA 47 MENSAGEM DO MINISTRO DA CULTURA AO CONSELHO CONSULTIVO DO PATRIMÔNIO CULTURAL 53 PORTARIAS MINISTERIAIS DE CRIAÇÃO DA COMISSÃO E DO GTPI 59 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA “Carta da Comissão do Patrimônio Imaterial Brasileiro” 71 Marcos Vilaça, Eduardo Portella, Joaquim Falcão e Thomas Farkas “Patrimônio Imaterial e Diversidade Cultural: o novo Decreto para a Proteção dos Bens Imateriais” Laurent Lévi-Strauss 77 “Referências Culturais: base para novas políticas de patrimônio” Maria Cecília Londres Fonseca 83 “A preservação dos processos culturais significativos para a sociedade brasileira” Sidney Fernandes Solis e Gilson Antunes da Silva 99 “A experiência brasileira no trato das questões relativas à proteção do patrimônio imaterial” GTPI 107 “Propostas, experiências e regulamentos internacionais sobre a proteção do patrimônio cultural imaterial” GTPI 119 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PESQUISADOS 133 Copyright by Minc/Iphan, 1ª edição, 2000 Patrimônio Imaterial: O Registro do Patrimônio Imaterial: Dossiê final das atividades da Comissão e do Grupo de Trabalho Patrimônio Imaterial. Brasília: Ministério da Cultura / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 4. ed, 2006. 140 páginas 1. Patrimônio Cultural Imaterial. I. Minc / Iphan CDU 316.7 A GRADECIMENTOS A Comissão e o Grupo de Trabalho Patrimônio Imaterial desejam registrar o seu agrade- cimento a todos os conselheiros, técnicos e especialistas que, das mais variadas formas, apoiaram e enriqueceram esse trabalho. Pelo especial interesse demonstrado e pela valiosa contribuição também agradecer a: Ana Maria Roland Arno Wehling Antônio Augusto Arantes Carlos Alberto C. Lemos Carlos Fernando de Moura Delphim Ciane Gualberto Feitosa Soares Cláudio Quoos Conte Francisco de Mello Franco Gilson Antunes da Silva Glauco de Oliveira Campello Guacina Waldeck Hélio Jaguaribe Isolda dos Anjos Honnen João Pontual de Arruda Falcão Jurema Kopke Eis Arnaut Laure Emperaire Laurent Lévi-Strauss Leandra B. S. Antunes Luís Fernando Duarte 5 Manuela Carneiro da Cunha Marcos Almir Madeira Marcus Tadeu Daniel Ribeiro Maria Augusta Lima Cordeiro Maria da Conceição Beltrão. Mário Brockmann Machado Marisa Veloso Mota Santos atrimônio Imaterial Olga Gomes de Paiva o do P Otávio Carlos M. A. dos Santos gistr Paulo Sérgio Duarte Romeu Duarte Junior O Re Sérgio Leitão Sérgio da Silva Abrahão Sidney Fernandes Solis Sista Souza dos Santos Stella Regina Soares Brito Suzanna Sampaio Tereza Cristina Frota de Abreu Vera de Alencar. A PRESENTAÇÃO Um decreto, datado de 4 de agosto de 2000, instituiu em nosso país o Registro dos Bens Culturais de Natureza Imaterial e criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. O objetivo da iniciativa foi ampliar o raio de proteção, preservação e valorização dos bens simbólicos de nosso povo – uma idéia que, na verdade, já havia sido sugerida por Mário de Andrade, nos tempos de Rodrigo Melo Franco de Andrade, no contexto do nascimento do Iphan, quando a consciência da preservação da memória nacional começou a se enraizar na sociedade brasileira. É evidente que conceituações e re-conceituações que visem à ampliação das visões da cultura, do fazer cultural, do patrimônio e de nossas heranças culturais serão, em princípio, sempre bem- vindas. Diante da extrema riqueza da criação cultural brasileira, da diversidade das matrizes antropológicas que convergiram historicamente para produzir a nossa configuração específica e da multiplicidade presente dos nossos focos de cultura, estendendo-se das terras gaúchas à região amazônica, a última coisa a fazer seria adotar modelos e concepções restritivos das coisas. Dos fenômenos e processos que se produzem e se reproduzem sem cessar em nosso colorido mosaico de cultura. A idéia, portanto, é ir adiante, construindo e cultivando uma noção sempre mais abrangente, mais realista, menos exclusivista e excludente do que sejam as nossas heranças culturais, de modo que possamos incluir, em seu universo, não apenas prédios, monumentos, marcos materiais. Mas, também, as inumeráveis formas expressivas que a nossa gente vem gerando ao longo do séculos – e prossegue produzindo rotineira e cotidianamente, nos dias de hoje. Daí a oportunidade (e a importância) da reedição deste dossiê. O eventual leitor vai encontrar, 7 aqui, textos e documentos fundamentais sobre a matéria em questão. Poderá ver o caminho que já foi percorrido – e o que ainda é preciso percorrer. Mas de forma crítica, sem paternalismos que criem confinamentos ou guetos. Gilberto Gil atrimônio Imaterial Ministro da Cultura o do P gistr O Re O Registro do Patrimônio Imaterial 8 AVANÇOS DA POLÍTICA DE SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL O Decreto 3.551/2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, acaba de completar seis anos, assim como a metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Não só pelo pouco tempo e pela novidade dos procedimentos aplicados no tratamento do tema, a salvaguarda desses bens constitui uma política pública em construção, especialmente em decorrência da opção de se estabelecer o conceito de patrimônio cultural imaterial a partir das práticas de reconhecimento e valorização que estão sendo levadas a efeito. A percepção de que conhecimentos e práticas culturais constituem bens de valor patrimonial e elementos fundamentais na construção de identidades não é nova no Brasil. Essa percepção, contudo, só ganhou consistência teórica e espaço institucional na década de 70, em torno da noção de “referência cultural’, que promoveu importante inflexão na prática preservacionista em curso, até então, e introduziu algo novo nesse campo: o entendimento de que a constituição de patrimônios culturais deve “fazer sentido” e “ter valor” para outros sujeitos sociais – especialmente os que produzem ou mantêm bens culturais – além dos representantes e especialistas do Estado aos quais essa constituição sempre esteve delegada. Ou seja, a construção do patrimônio cultural deve estar baseada em processo que inclua e considere a dinâmica de atribuição de valor e significado. 9 A noção de referência cultural implicou, ainda, uma nova visão de conservação e gestão do patrimônio. Nessa perspectiva, a participação das comunidades na definição e implementação das ações de preservação, é essencial. O princípio do trabalho de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial é compartilhar responsabilidades e informações. É desenvolver em estreito contato com os grupos sociais, que produzem, reproduzem e transmitem esse patrimônio, os projetos de mapeamento, atrimônio Imaterial identificação, registro e fomento à valorização e à continuidade de bens culturais. o do P Para a política de salvaguarda do patrimônio imaterial, preservar o patrimônio cultural brasileiro gistr significa fortalecer e dar visibilidade às referências culturais dos grupos sociais em sua heterogeneidade O Re e complexidade. Significa promover a apropriação