Ahmtem 1 9 7 5 1 1

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Ahmtem 1 9 7 5 1 1 o o %A 8 llý,.1-Hllll - 1 1 . 1 1lý1111lýlljli 11 l'ý 10 anos aterlizados ii1esforço. 6 de Novembro de 1975 y ~ ~77 ,~I. ó e.ra d e e Noemboee e. e e e m no. do~ povenolne de doeoiei t Poe*açã e Angla oe*A rcaiýoprneaAfiaeom de~~~. edí deAgoa e o Comité Ce P um miut de siêni e deemia qu via par sempre o heri tombados e pe independêci da P à era orespne aos e e seio maee w do - e e e e dec re e e e e0!e4e et Oe e. e e - edeiire ::ed * e e.ecor oe, e - e e3e1 nãeo* rdo ass e a e - -t Sob a correcta direcção do MPLA, Movimento Popular de Libertação de Angola, e depois de 14 anos de Luta Armada de Libertação Nacional, o Povo angolano fez cair estilhaçado o último baluarte do colonial-fascismo português. No mastro onde, num último insulto aos Povos angolano e português, o Comissário português havia surripiado horas antes a bandeira portuguesa, foi erguida às zero horas do dia 11 a Bandeira Nacional da República Popular de Angola. Angola é Independente. Embora ainda com parte do território ocupado por forças imperialistas empenhadas num voo cego ao nada - pois, como disse o Camarada Presidente Neto, essas forças nunca conseguirão «convencer» o Povo angolano - Angola é Independente, o Poder instaurado é o Poder Popular, o Povo angolano iniciou a construção de mais uma República Popular, foi estabelecida mais uma base revolucionâria, mais uma chama libertada que com as já existentes levará a fogueira da Revolução a incendiar todo o nosso Continente, alargará a Zona Libertada da Humanidade, até à Vitória Final, que é certa. Na República Popular de Moçambique, onde sob a direcção da FRELIMO, nos engajamos desde o início na mesma Luta, com quem o MPLA, _o PAIGC e o MLSTP, definiram desde 1961 estratégia comum, com quem encontraram princípios comuns, a Independência da República Popular, de Angola foi largamente comemorada. Do Rovuma ao Maputo o Povo moçambicano, enquadrado pelos Grupos Dinamizadores, estruturas bases do Partido, festejou o 11 de Novembro com o mesmo calor com que festejara o 25 de Junho, data da nossa Independência. Lançada pelo Camarada Presidente Samora no Comício de apoio ao MPLA realizado no Estádio da Machava a iniciativa de uma campa~ de solidariedade para com o Povo irmão de Angola, todos os moçambicanos se disposeram de imediato a contribuir com um dia de trabalho para a campanha. Numa recolha extra feita ali no próprio momento foram depositados sobre uma bandeira do MPLA mais de trinta e cinco mil escudos. Integrada na delegação da Informação moçambicana presente às celebrações da Independência Nacional da República Popular de Angola. «Tempo» fez deslocar aquele pais uma equipa de reportagem. Os textos que publicamos hoje enquadram-se e foram recolhidos nos dias que antecederam o acto. Grande parte da nossa próxima edição gerá dedicada à reportagem das celebrações e a outros aspectos ligados ao momento, ao clima vivido em Angola neste decisivo facto da suahistórià. à Luta do Povo angolano, que continua. «TEMPO» n.- 267- pág. 2 As mentiras que a boateira Internacional lança contra o Povo Angolano e sua vanguarda política, o Movimento Popular para a Libertaeã,o de Angola (MLA) mentiras e boatos sustentados por jorna, listas apressados na busca da sensação não resistem quando, sem preconceitos e dentro do território angolano, contactamos com o Povo, em busca da verdade. O que as agências noticiosas capitalistas têm transmitido nos seus telexes é um crime porque deforma toda uma realidade de luta organizada, toda uma realidade de mobilização, toda uma realidade de resistência activa contra a agressão imperialista que as FAPLA travam heroicamente nas picadas e nas matas contra as forças da UPA-FNI e seus mercenários sul-africanos, zairenses, portugueses m uitos outros dc várias nacionalidades. Uma delegaçião de jornalistas moçambicanos, em que «TEMPO» esteve integrada, deslocou-se a Angola, para fazer a cobertura da declaração de Independência e para tomar conhecimento de perto com a verdade sobre a terra angolana Dos contactos com os combatentes das linhas avançadas e da rectaguarda, dos contactos com as Comissões de Bairro da cidade de Luanda, das conversas com aqueles que acompanham de perto a situaÇão político-militar do país, podemos, sernamente, desmentir tudo o que se tem dito sobre a luta do Cabinda ao Cunene. Moçambique J& tem uma larga experiSnea do que 6 o boato. Pois essa erva daninha esce e floresce na cidade de Lud capital e sede Iadministrativa de Angola Já a~'uf estávamos quando à boca pequena ouvimos falar do avanço das forças mercen4rias a ciíco -quil6metiros da cidade. Já aqui estávamos quando lrnaltas hospedados 0* mes- mo hotér que n6, mandaram telex para as suas agências a falar do bombardeamento de Luanda .o de fortes combates no aeroporto. Jã aqui estávamos quando se fez circular que Kifangondo. a poucas dezenas de quilómetros, ti n h a sido tomado pela UPA.FNLA. Já aquí estávamos quando ouvimo dizer que Benguela já estava nas mos dos invasores, para cinco minutos depois desta afirmaçao escutarmos a Emissora Oficial de Luanda a transmitir uma importante entrevista captada da emissora de Benguela, com a qual entrára em cadeia. Os factos são muitos e encheriam uma longa lista. Por exemplo, mal chegámos individuos mal intencionados informaram-nos que era altamieSte perigoso circular pelas ruas. que sem mais nem porquê uma pessoa era detida peia, FAPLA ou pelo CPA (Comando de Polícia de Angola) que «a gente está a ser k a n g a n d a assim mesmoa. prender diz-se kangar por aqui. O que acontece é que vigilMncia não é palavra vã nesta cidade que sofreu brutalmente com os assassinos da UPA-FNLA e com as forças da «pomba branca», expressão popular inventada para designarmos Jonas Savimbi e que, contrariariamt*e ao que pode parecer,. v.m carregada de um p r o f u ndo desepero. O mesmo como se pomba significasse abutre* e branca significas9 sangrento. O que acont«ce 6 que há ia-. filtrações akdui e essas infiltra- Ções t6m de ser detectadas apesar de, não se fazerem parar as pessoas que circulam para lhes pedir identificação quando o individuo não chama atenção por qualquer atitude. De automóvel e a pé circulamos por Luanda, toda a gente circula, sem que nada lhe aconteça. O essencial 6 ter identificação. Peirgoso é entrar nos mus'seques à noite e vamos explicar porquê. LUANDA É UMA FORTALEZA Multa coisa dura teriam que passar as forças invasoras sul-africanas e seus mauionetes da FNLA para tomarem a cidade de Luanda por terra. Esta fortaleza ntão 6 de manteiga mas feita de Povo, Mobilização. Vigiláncia. R ê s i stôncia Activa. ódio contra a UNITA o contra a UPA-FNLA tudoistopaipáve1 materializado, concreto. Se viessem pelo Norte, encontrariam barreiras militares do Povo Angolano fardado, as FAPLA que, como se diz por aqui numa maneira de falar tipica «náo estao para brincadeiTas». E não estão estes jovens endurecidos pela longa luta, que vimos bem firmes nos seus postos à beira da estrada, que vimos de longe (muito mal vistos .diga-se a verdade) emboscados nas suan armadilhas. Jovens 'brancos, negros, mulatos, toda a realidade do Povo Angolano. Mulheres tam«TEMPO» n.0 267- pdg. .3 Antiga casa onde se acoitavam os traidores e os,, bém. Moças que trocaram os musseques e os apartamentos pela dura vida militar, esbeltas nos seus camuflados, elegantes com as suas espiiýgardas, decididas nas suas atitudes, tudo isto numa opção em que o amor pela terra, a vontade de acabar com a expioração do Povo, comanda as vontades e toma sublime o combate em Angola. No momento em que redigimos este texto (9-11-75), as forças imperialistas debatem-se para conquistar mais uns quilómetros na sua tentativa de avanço em direcção a Benguela. Esta é a Frente Centro em que os revezes sofridos pelos inimigos do Povo Angolcmo de toda a África progressista. tomam-nos mais assanhados. A tomada de Benguela mesmo que venha a verificar-se, será apenas um pormenor na história da resistência angola«TEMPO» n.o 267 - pdg. 4 na. Porque enquanto que as forças sul-africanas e da UPA-FNLA estão empenhadas 'êim travar uma guerra clássica~ conquista de terreno, conquiista de cidades e vilas mesmo quando na sua entrada não encontram um único membro da população que avança para o mato - as FAPLA aplicam com inteligência a táctica da guerrilha: quando o inimigo avança recuam, deixam-no tomar algumas iniciativas para estudar os seus movimentos. Na região de Benguela empurram-no para o deserto próximo, a deserto de Moçamedes, onde foi encurralada a primeira coluna de dezasseis blindados que tentou abrir caminho para o Norte. Nesta tentativa de a t i n gi r Luanda pelo Sul as forças imperialistas terão que vencer a resistência do Povo em Benguela, depois no Lobito, de- pois em Novo Redondo - onde a populaçao toda armada se treina na guerrilha podendo ver-se mulheres com filhos ás costas com uma espingarda metralhadora a tiracolo. E admitindo que por terra estas forças atingiam Novo Redondo e por ali passavam em direcção a Luanda, antes de atingirem a cidade de pedra tinham que enfrentar os musseques e os bairros populares onde as massas organizadas - homens, mulheres (Organização da Mulher Angolana), jovens (Juventude do MPLA), crianças (Pioneiros), fãriam o mesmo qu'e fizeram quando a UNITA e a UPA-FNLA ocupavam a capital: resistiram heroicamente, perderam-se milhares de vi d as, é verdade. mas o inimigo não durou. Os pioneiros dos Musseques e as milícias, todas as organizações de massas mobilizaram o Po- vo p o r q u e Organizaçao nos musseques e bairros populares é qualquer coisa sólida, palpável, materializada.
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