Revista De Guimarães Publicação Da Sociedade Martins Sarmento

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Revista De Guimarães Publicação Da Sociedade Martins Sarmento Revista de Guimarães Publicação da Sociedade Martins Sarmento PORTUGAL NO PERÍODO VIMARANENSE (868-1128). FERNANDES, A. de Almeida Ano: 1972 | Número: 82 Como citar este documento: FERNANDES, A. de Almeida, Portugal no Período Vimaranense (868-1128). Revista de Guimarães, 82 (1-2) Jan.-Jun. 1972, p. 37-90. Casa de Sarmento Largo Martins Sarmento, 51 Centro de Estudos do Património 4800-432 Guimarães Universidade do Minho E-mail: [email protected] URL: www.csarmento.uminho.pt Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ Portugal no Período Vimaranense (8684128) (Continuada da página 254 do rol. XXXI) POI A. DE ALMEIDA FERNANDES V Do FASTÍGIO ÀQUEDA E À RUÍNA a) O mais alto grau do Poder Portzggaleflse. Entretanto, pontificava no mosteiro vimaranense como principal no corpo dos «dornnos de Vimaranes›› uma nova e ilustre condessa Mumadona, neta e inteira- mente homónima da fundadora. Filha de Diogo Mendes e de Ildôncia (DC 77), devia Ser já então viúva, sem isso significar que no mosteiro vivesse quando se tornou nele a do/fiifza principal. No meu actual entender, havia casado com o conde Telo Alvites, ainda parente seu (um primo direito do pai da dona, como sabemos) e bisneto do duo Lucídio Vimarâniz (1). Seu marido vivia ainda em meados de 985, (1) Qualquer opinião minha anterior em total ou parcial discrepância com esta (AFI 136-138) deve corrigir-se pelo que agora digo. Do conde não há qualquer notícia posterior a 985, e de forma nenhuma será possível supor que se trata de Telo Aldiâniz (suges- tão em FCP 16, obra que eu só conheci quando o cap. IV deste trabalho estava na tipografia), que num dos primeiros anos do séc. XI assistiu ao julgamento de Eirigo Gonçalves (o traidor do castelo da Maia) presidido pelo duo magnos de Portugal. Não há confusão possível entre Alvito e Áldila e os respectivos patroní- micos. 38 REVISTA DE GUIMARÃES data em que ‹‹simul cu uxore me Mumrnadornna» doou ao mosteiro de Antealtares de Compostela certos haveres na margem sul do Lima (do. GA3 300-302). Casado com uma parente do rei, não admira que este, com seus magnates, entremos quais o nosso conde Gon- çalo Mendes, tio dela, haja dado a sua confirmação solene ao acto, mostrando bem a alta posição social dos doadores. Antes de entrar ‹‹deovota›› como sua avó homónima (DC 223) no seu mosteiro, a residência ou casa principal de Mumadona devia ser a actual Conde, perto de Vima- ranes. O local denominava-se nesse tempo ‹‹Sancto Mar- tino›› semente (DC 212) e por isso mesmo é que devia ter então principiado a chamar-se-lhe ‹<de Conde›› -_ topo- nimizando-se a pouco e pouco, porque, antes, não surge tal denominação e não houve, depois, por aí, conde algum a que ela pudesse dever-se. Tanto mais que o lugar veio a arcar ao mosteiro de Vímaranes sob regime dessa própria domina Mumadona, chamada «rnenor›› (DC 212 e 221) (1). Quando, certamente por morte de sua tia, condessa Oneca Mendes, a comunidade vimaranense, usando da faculdade decorrente do codicilo da doação de 959 de sua avó (DC 97), elegeu Mumadona para domina, deve esta ter saído daquele seu lugar e paço, se já não estava recolhida no mosteiro, para ingressar neste. Quem apro- veitou a ausência da dona para irregularidades em pro- veito próprio foi o seu administrador na actual Conde, do qual diz um documento da época ‹‹seve in vesta casa de Sancto Martim serviciale» (DC 212). Para compen- sação de tais danos, foi feita em 1009, o ano seguinte ao do assassinato do duo magna; portucalense, uma venda (1) Em concordância, há que foi conde o marido da dona - e por isso mesmo ela condessa. Mas não o digo por ela assim se titular, já viúva (DC 212): disso darei melhor explicação. Esta dona Mumadona tem sido até hoje confundida com a primeira, a ‹‹maior››, e, salvo um improvável erro, fui eu o primeiro a distin- gui-las- tarefa simples se atendermos a que os autores que agora tem a mesma opinião entendem escusado citar a minha precedên- cia. O conde Telo Alvites possuía grandes haveres entre O Ave e o Lima, pelo menos (doc. GA3 300-302, LF 825, etc.), e podia, pois, ter sido o dono do local. Quando não, possuiria aí de sua esposa ‹‹illo palacio obdonigo» de seus antepassados (DC 121). Entre estes, comum a ambos, pois que eram parentes, se nos apresenta logo o conde Lucídio (bisavô dele e trisavô dela), que após a presaria de Portugale por seu pai teve o cor isso de «Intel ambas Aves» (DC 5). I PORTUGAL NO PERÍODO VIMARANENSE 39 ‹‹vobis coMtissa mostra doma Mummadomna›› (expres- são cuja presumível importância veremos), constante de bens na vizinha Nespereira, os quais passaram ao cenóbio por morte da condessa, se lhos não doou antes (DC 212), o mais cível. A fidelidade destes administradores da casa condal vimaranense parece não poder resistir às ausências dos senhores. Veremos que um facto semelhante se deu na ‹‹casa de Nugaria» da comítessa magna Toda (LF 176). De acordo com a presumida posterioridade a 985 da entrada de Mumadona como domina de Vimaranes, é de Setembro de 992 a primeira notícia dessa sua pre- sença - - uma incomuniação «vobis me doma Mumma- domna prolix Didaci et ad fratres er sorores habitantes in cenobio Vimaranes››: di-Io o próprio incomuniador, um frade certamente deste mosteiro, que chama «donos mos›› em conjunto àqueles (DC 166). Terá aqui a expres- são um sentido diferente do domínio de Mumadona, qual- quer membro da comunidade se devendo considerar um servo dos demais, seus ‹‹donos» por isso P Neste tempo, as ameaças almançorianas mantinham o seu rugido constante desde a revolta galaico-portuga- lense sufocada em 986-987 por Vermudo II, sucesso faci- litado precisamente por aquele perigo iminente. já vimos ¡ que em 987 capitulou Conimbria, que foi abandonada Í r durante sete anos pelos seus habitantes, vindo os mouros a reedificá-la e repovoá-la em 994 (I). O conde Frota Gonçalves, que teria recebido de Almançor o governo do condado conimbricense, já então devia residir em Montemor (DC 242), a partir da conquista desta praça pelo hágibe cordovês em 990 (APV-E. H. 293-294), em meu entender; e aí se conservaria até à reconquista crista, pelo conde Mendo Lucídiz, no segundo decénio do séc. XI. gl Portugale estava perigosamente ameaçado. Como ele- mento dissuasor de resistência eventual à submissão, atra- (1) Suponho que esta destruição de Conimbria respeita à velha Conimbriga, por muito que se estranhe- . o que não inte- ressa, nem posso, desenvolver aqui. Quando as fontes dizem É «habitaverunt in illa anhos LXX**›› os mouros (APV~ E.H. 293), embora haja nisso acordo perfeito com a reconquista definitiva de Coimbra por Fernando Magno, em 1064, penso que se trata de uma confusão sobre as duas povoações- a nova Conimbria e a então definitivamente destruída, para sempre extinta. 40 REVISTA DE GUIMARÃES vessou Almançor o Douro em 995 para conquistar o castelo de Aguiar, na «província portucalensi», foz do Sousa (PMH-SS 19). A guarnição muçulmana passaria a constituir um espinho cravado no manco do condado, para eliminar O qual não mostrou poder o velho Gonçalo Mendes, duo mag/2ur, não pouco pela própria felonia de subalternos. De facto, o castelo da Maia (cerca de Erme- sinde) caiu, por traição, em poder do conde Veila Gon- çalves, talvez irmão do dux conimbricense almançoriano, e por esta perda e análogas _ pois não pode ter sido a única, tendo ela por si apenas uma recordação documental mais ou menos fortuita-, todo o entre Douro e Ave escapou à autoridade dO conde de Portugale antes de 997. Assim se.pode compreender que, quando estalou a tormenta esperada, o hágibe cordovês, passando por Viseo e La reco e atravessando o Douro, viesse esperar em Portugale cidade (se este nome se lhe pode dar então) a esquadra que lhe trará os reforços para a sua terrível invasão do Norte, passando para lá do Minho pelo vau de Valadares (cerca da actual Monção). Com ele, andam aque- les e outros condes cristãos, mas nada sabemos de positivo acerca da atitude tomada por Gonçalo Mendes. Ter-se- -lhe-ia também submetido P Os antigos autores noticiam precisamente para este ano de 997 um cerco de Portugale cidade por Almançor, defendendo-a um conde Gonçalo que nessa heróica defesa morreu (HGB III 3). Não há qualquer motivo para duvi- dar de que esses velhos autores possuíssem ainda notícias que não chegaram até hoje; mas parece-me havia-lo quanto à integridade no concernente a harmonia com as circuns_ tâncias documentadas expostas. A sua deturpação é natural, e parece mesmo evídenteno facto de se julgar que esse ‹‹conde Gonçalo» (como era designado em tais noticias, o que mostra a realidade delas) era Gonçalo Moniz- -no que se equivocam, porque este havia sido conde de Conimbria e morrera anteriormente a 984, como já sabemos. A única forma de se entenderem estes factos parece-me ser a resistência certamente fraca oposta pelo nosso duo magna à progressão de Almançor ao norte do Ave, sem ser impossível que Gonçalo Mendes houvesse conseguido contra os seus subalternos traidores (como O conde Veila) a posse de Portugale cidade até ao ataque de Almançor. PORTUGAL no PERÍODO VIMARANENSE 41 Tudo indica, de facto, tratar-se de Gonçalo Mendes, que ainda então era o conde de Portugale e, para mais, desaparece desde esta mesma ocasião. Mostra-se não só pela sua idade avançada mas também porque logo no ano seguinte (998) é já dz/x magmas de Portugale seu ilho Mendo Gonçalves (DC 183), o que não significa sucessão nessa precisa data.
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