Sete Pecados

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Sete Pecados coleção aplauso 2008 cocoleçãole çãaplausoo 2008ap CORREIO BRAZILIENSE CORREIO BRAZILIENSE | Domingo,13/01/2008 13 de janeiroDOMINGO de 2008 Sete pecados Mariana Trigo Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias descrever o personagem, que tem TV Press como meta aproveitar a vida. “Dois terços da minha vida já se foram. Paulo Betti é um idealista. Aco- Não tenho mais afobamentos. modado no sofá de sua casa no Assim como Flávio, quero viver Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, com o pé no chão e realizar meus ele fala praticamente com a mesma sonhos possíveis”, diz. emoção da infância pobre, com 14 Na tevê, um dos sonhos do irmãos, e de seu personagem em ator é assistir a um campeonato Sete pecados, na Globo. Nascido na de novelas. Para ele, o ideal seria pequena Rafard, no interior de São cada estado produzir uma trama Paulo, há 55 anos, o ator se identifi - sobre seus costumes regionais ca com o arqueólogo Flávio. Pai da para exibir às 18h. “A que tivesse diabólica Beatriz (Priscila Fantin), melhor audiência poderia entrar o milionário sofreu um grave aci- em rede nacional às 19h. Seria dente e fi cou meses desaparecido uma bela forma de dar um gás e até surgir na história para dar uma renovar a teledramaturgia com lição na fi lha. Paulo empolga-se ao outras temáticas”, acredita. Fotos: Arquivo / TV Globo E com Lavínia Vlasak, como o vilão de Força de um desejo Na pele de seu personagem mais popular, em Tieta Com Otávio Augusto e Ariel Coelho, em Engraçadinha Betti em sua segunda novela na Globo, Vereda tropical clipping 21 coleção aplauso 2008 cocoleçãole çãaplausoo 2008ap CORREIO BRAZILIENSE CORREIO BRAZILIENSE | Domingo,13/01/2008 13 de janeiroDOMINGO de 2008 Paulo está envolvido em vários projetos. Além novela com Walcyr Carrasco, que geral- de transformar a opereta A canção brasileira em mente escreve comédias, você faz um tipo fi lme, dirige a peça Sonhos de uma noite de São dramático, que corre risco de morte… João, prevista para estrear neste ano, e dedica-se a Sempre tive uma queda por comédia em nove- dois documentários. Um deles, sobre o Fespaco, o las. O que me atrai no Flávio é que ele tem uma maior festival de cinema africano, será exibido em alma muito iluminada. É uma pessoa absolutamen- três capítulos no Canal Brasil. O outro é sobre o te do bem. A relação dele com Clarice (Giovanna cururu, música e dança do interior paulista – mais Antonelli) é amorosa, compreensiva. Acredito especifi camente, sobre o cururueiro Parafuso. que é o personagem com quem as pessoas mais “Não sou workaholic, mas são projetos que me gostariam de conviver. As mulheres apreciam um interessam muito e importantes para a cultura homem como Flávio. Ele é bem-nascido, rico, tem popular”, explica. fortuna, mas é generoso, simpático, carinhoso. Há tempos você não atua com persona- Mas tantas qualidades podem também gens de destaque em novelas. transformar o personagem num tipo O que o fez retornar agora? chato, previsível. Como você foge desse Não queria ter fi cado distante de grandes per- lugar-comum? sonagens, mas estava dedicado a projetos como Ele lida muito bem com a possibilidade de mor- meu fi lme, Cafundó. Fiz Malhação, participei de A rer, sem autopiedade. Como sofreu um acidente grande família e especiais. Não planejei isso. De- grave e fi cou muito tempo sem memória, virou cidi voltar quando recebi o convite do (diretor) um cara desprendido. Tem muito dinheiro, mas Jorge Fernando. Encontrei ele no aeroporto e ele está mais preocupado com outros valores, em parecia ter me “redescoberto”. Não nos falávamos aproveitar a vida e se dar bem com as pessoas. desde que fi z A próxima vítima. Ele comentou com Quer que a fi lha seja uma pessoa legal. Ele convi- Walcyr Carrasco e decidiram me escalar. Mas o ve bem com a perspectiva de morrer a qualquer que me fez voltar mesmo foi o fato de começar a momento por uma doença misteriosa e não per- gravar a novela no Piauí. Tinha muita curiosidade de a tranqüilidade. É um papel bem diferente na de conhecer a região de Sete Cidades, onde gra- minha história. vamos. Que papéis mais marcaram sua car- Flávio é um arqueólogo, mas a profi s- reira na tevê? são não é tão relevante na história. Por Timóteo, de Tieta, é meu personagem mais po- onde você começou essa composição? pular, com muitos bordões. Quem não se lembra Como ele fi cou muito tempo perdido, pensei dele falando “Sum Paulo, “nus trinques”, “di jeito em deixá-lo barbudo. Comecei a gravar com bar- ninhum”? Até hoje, nas ruas, as pessoas lembram ba desleixada e cabelo grande. Depois, acharam dele. O detetive Olavo, de A próxima vítima, tam- melhor tirar a barba. Mas mantive o cabelo de al- bém me traz boas recordações, assim como André guém que não se arruma muito. Uso também uma Amadeu, de Os imigrantes, na Band. Outro tipo joelheira e uma cotoveleira por baixo do fi gurino. inesquecível foi Carlão Batista, de Pedra sobre Como ele teve uma lesão na perna e no braço, pre- pedra, e Odorico, de Engraçadinha... seus amores ciso me lembrar onde é para ele mancar do lado e seus pecados. certo. Senão, na hora de fazer a cena, saio andando normalmente. O fato de ser arqueólogo realmente Personagens de cidades pequenas não pediu composição. Minha inspiração básica trazem lembranças de sua infância no foi o contato com a natureza do Piauí. interior de São Paulo? Eles têm o gosto da minha terra. Nasci em Ra- Muitos de seus personagens na tevê fard, perto de Campinas, e fui criado por ali, entre foram cômicos, como Timóteo, de Tieta, Sorocaba e Piracicaba, nesse meio. Morei em So- policiais e políticos. E em sua primeira rocaba dos 3 aos 20 anos. Saí em 1972 para fazer clipping 22 coleção aplauso 2008 cocoleçãole çãaplausoo 2008ap CORREIO BRAZILIENSE CORREIO BRAZILIENSE | Domingo,13/01/2008 13 de janeiroDOMINGO de 2008 Escola de Arte Dramática na Universidade de São Juliana e Mariana serem felizes. Não sonho com Paulo. Desde que estreei na tevê, em 1981, com absurdos. Melhorei muito. Antes tinha muitas cer- Os imigrantes, esses personagens populares tra- tezas. Atualmente, tenho cada vez mais dúvidas. çam minha história. Tive uma carreira de sucesso Amadureci sabendo qual é o meu tamanho na com eles. Tive sorte também de ter saído da USP carreira. E estou feliz e tranqüilo com a minha direto para a Unicamp para dar aulas de teatro dimensão (risos). por sete anos. Trajetória na tevê Desde a faculdade, você segue na mili- Como salvar meu casamento (Tupi, 1979) tância política. Isso teve infl uência na Os imigrantes (Band, 1981) – André sua carreira? Transas e caretas (Globo, 1984) – Dirceu Nunca vou conseguir ter uma atitude neutra. Vereda tropical (Globo, 1984) – Marco Sempre acho que há uma escolha melhor para ser De quina para a Lua (Globo, 1985) – Bruno feita e vou alardear sobre o caminho que acredito. Scapelli Gosto de política, sou interessado no assunto e Hipertensão (Globo, 1986) – Laerte acho que posso dar palpite. Não sou político pro- Carmem (Manchete, 1987) – Ciro fi ssional e nunca serei. Minha sede política está Colônia Cecília (Band, 1989) – Giovani relacionada com a minha infância. Fui um menino Tieta (Globo, 1989) – Timóteo que estudou em escola pública. Sou o 15º fi lho de Pedra sobre pedra (Globo, 1992) – Carlão Ba- uma família de camponeses, de lavradores. Meus tista pais eram analfabetos. Freqüentei a roça dos meus Mulheres de areia (Globo, 1993) – Wanderley pais, do meu avô. Meu comprometimento político Incidente em Antares (Globo, 1994) – Cícero está relacionado com a vivência de ter sido um Engraçadinha...seus amores e seus pecados menino pobre, mas que teve um estado presente, (Globo, 1995) – um governo que oferecia educação pública boa. Dr. Odorico Tento me posicionar a partir desse olhar, sobre A próxima vítima (Globo, 1995) – Detetive o que seria melhor para os pobres. Penso nisso Olavo antes de escolher o político que vou apoiar. Sem- O fi m do mundo (Globo, 1996) – Joãozinho de pre vou apoiar alguém que acho que vai fazer Dagmar coisas melhores no sentido da redistribuição de A indomada (Globo, 1997) – Ypiranga renda e do favorecimento dos mais pobres. E não Chiquinha Gonzaga (Globo, 1999) – Carlos acho que isso tenha infl uenciado diretamente na Gomes minha carreira. Força de um desejo (Globo, 1999) – Higino Ventura Sua biografi a lançada pela Coleção Luna caliente (Globo, 1999) – Ramiro Aplauso,Aplauso, assinada por TetéTeté Ribeiro, Os Maias (Globo, 2001) – Joaquim chama-se Na carreira de um sonhador. O clone (Globo, 2001) – Armando Por que “sonhador”? Porque sonho com Desejos de mulher (Globo, 2002) – Alex Miller muitas coisas e batalho muito para que elas acon- Kubanacan (Globo, 2003) – Chacon teçam. Sou um sonhador que tenta botar sempre Metamorphoses (Record, 2004) – Marcos Ventura o pé no chão. Hoje em dia, sonho fazer vários Malhação (Globo, 2005) – Miguel fi lmes. A canção brasileira, que fi lmo neste ano, JK (Globo, 2006) – José Maria Alkmin por exemplo. Mas tenho sonhos bem objetivos. Paraíso tropical (Globo, 2007) – Lucena Quero ver meu fi lho João crescer e minhas fi lhas Sete pecados (Globo, 2007) – Flávio clipping 23.
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