Parque Nacional de Itatiaia

Diferente paisagem de altitude, que poucos brasileiros conhecem

Paulo César Boggiani

Por volta de 70 milhões de anos atrás, gigantesca massa de magma quente e fundente se instalava na crosta, comunicando-se com a superfície através de um vulcão de 4 a 5 km de altura, ou até mais. Na parte mais profunda, o resfriamento se dava de forma mais lenta, com tempo para formação de cristais com alguns milímetros. A placa da América do Sul se distanciava da África e o Oceano Atlântico se formava.

Neste processo de separação de placas tectônicas, antes unidas, a borda da América do Sul se elevou e foi e vem sendo erodida até a situação atual, formando a Serra do Mar. No fundo do Oceano, na região costeira, formavam-se bacias sedimentares e suas imensas reservas de petróleo e gás dos campos do Pré-Sal. Continente adentro, o relaxamento da crosta provocou abatimento de blocos de rocha, limitados por falhas. Um desses, rebaixado, é serpenteado pelo Rio Paraiba do Sul, a caminho do . A oeste deste rio, levantou-se outro bloco imenso, que veio formar a Serra da Mantiqueira, região elevada que tem os maciços do Passo Quatro e de Itatiaia, como suas maiores altitudes, entre as mais altas do Brasil, acima de 2 500m.

Vista da Serra do Mar, mais elevada ao fundo, a partir do mirante no parque do Último Adeus. Abaixo da Serra do Mar, entre essa e a Serra da Mantiqueira, onde se encontra o Maciço de Itatiaia, nota-se a porção rebaixada, na forma de graben (bloco tectônico abatido e limitado por falhas), por onde passa o Rio Paraiba do Sul. Na foto dá para ver seu barramento na Represa do

Fu nil.

Esquema Geológico do livro clássico Geologia Geral de Leinz & Amaral.

As rochas alcalinas que formam os maciços mais altos não seriam mais resistentes do que as que as envolvem, os gnaisses da Serra da Mantiqueira, até porque o provável vulcão que ali existia, tenha sido bem mais elevado e desgastado intensa e rapidamente pela erosão. Isso faz pensar que os maciços são assim tão altos por terem se formado há pouco tempo, em termos do tempo geológico, uma vez que as rochas que o circundam tem mais de 600 milhões de anos e as do maciço apenas 60 a 70 milhões de anos.

As rochas alcalinas que formam o maciço de Itatiaia são chamadas de sienito e nefelina-sienitos e se diferem dos granitos por apresentarem pouco ou nenhum quartzo, mineral resistente ao desgaste físico (devido à dureza) e ao intemperismo químico. Devido à grande quantidade de feldspato, são rochas propícias à formação de bauxita, minério de alumínio, através da ação do intemperismo, por isso rochas de interesse econômico. Nefelina é um tipo específico de feldspato. No maciço, observam-se variações quanto à quantidade entre os minerais e no tamanho dos cristais (granulações).

A parte central do maciço tem mais quartzo e granulação mais grossa devido, provavelmente, se encontrar no centro da antiga câmara magmática, rochas essas que formam as partes mais altas do e Prateleiras. Nesse local da câmara magmática, antes em profundidade, o magma se resfriava mais lentamente, dando tempo para formação de cristais maiores, ao contrário da borda, onde o resfriamento rápido solidificou o magma e, por isso, a rocha tem cristais menores.

As rochas acima da câmara magmática foram, ao longo de dezena de milhões de anos, sendo desgastadas pela erosão, acelerada pelos processos tectônicos de soerguimento da Serra da Mantiqueira, associados à separação continental. Desta forma, as rochas formadas na parte mais profunda da crosta, afloraram na superfície e passaram a compor o relevo da região moldados pela ação integrada entre vegetação e clima, numa interação sistêmica – é o Sistema Terra em funcionamento. Essa interação funciona de forma distinta entre a parte alta e baixa do maciço, e é possível ver essa transição, por volta de 1 800 m, no Hotel do Ypê, um pouco abaixo do complexo das cachoeiras, ao final da estrada interna da parte baixa do parque. A ação do intemperismo sobre as rochas, cujos corpos sólidos foram previamente fraturados pelos movimentos da crosta, formando blocos geométricos, de faces planas, posteriormente arredondados, deve-se a um processo chamado de esfoliação esferoidal. Esse processo pode ser visto no caminho para as prateleiras, onde o intemperismo é mais acentuado nos vértices dos blocos, de forma intermediária nas arestas e menor nas faces, justamente devido à dimuição da área de exposição da rocha frente ao ataque químico.

Processo do intemperismo nas rochas de Itatiaia, na estrada para as Prateleiras, agindo com mais intensidade nas fraturas.

Processo de formação de blocos arredondados pelo intemperismo em rochas previamente fraturas, denominado “esfoliação esferoidal”, que dá o aspecto de cebola se desfazendo em camadas concêntricas. Extraído de https://www.geocaching.com/play

Na parte baixa do parque, podemos ver a exuberância da Mata Atlântica, na parte alta, chamada de planalto, a incrível e diferente paisagem, distintas das que predominam no Brasil, conhecida como campo de altitude. Na parte baixa, repleta de palmeiras de palmito Jussara, o clima mais quente proporciona maior alteração das rochas e solos mais espessos, o que proporciona o desenvolvimento da mata fechada, com algumas araucárias. No alto, sob clima mais frio, a alteração das rochas e formação de solo é mais lenta, mas suficiente para, através da dissolução da água que escorre pelas rochas, formar caneluras, muitas delas que dão o nome ao pico de Agulhas Negras, dada a quantidade das ranhuras na rocha. A vegetação, de campo de altitude, é bem diferente do que se conhece pela região e abriga espécies vegetais raras e endêmicas (só encontrada ali), além do famoso flamenguinho, anfíbio que é o símbolo do parque.

Entre os animais no parque, as cobras são raras e a região é muito procurada pelos observadores de aves, com lista de observação de 384 espécies, com abundância dos tico-ticos, antes frequentes nas cidades, segundo texto do plano de manejo do parque. Consta que a trilha dos Três Picos, na parte baixa, é muito boa para observação de aves. É muito comum ver jacuaçus, circulando pelas estradas, com seu característico papo vermelho. Esses, em quantidade, são tratados como animais de estimação no Hotel do Ypê. A região apresenta jaguatiricas, raposas e lobo-guará e facilmente se observa bandos de macacos pregos.

Não se imagina paisagem tão distinta em região tão próxima ao eixo São Paulo – Rio de Janeiro, paisagem que lembra, com seus campos entre rochas expostas, às das Highlands da Escócia. Toda essa diferença, em espaço relativamente curto, deve-se à altitute, proporcionada por rochas ainda jovens, geologicamente falando, ainda não totalmente erodidas, como as demais ao redor do maciço.

O que chama a atenção, na parte alta, são as exposições rochosas com suas ranhuras e caneluras. Essas ranhuras são chamadas de lapiás, e muito comuns em rochas calcárias, devido à dissolução da rocha pela percolação da água, cuja acidez é acentuada pela matéria orgânica, mais comum na parte alta, preservada pelo frio, formando depósitos de argila preta, conhecidos como turfa. Nota-se, também, na subida para o Pico das Agulhas Negras, inúmeras “bacias” na pedra, denominadas marmitas, também devido à dissolução.

Ranhuras ou caneluras (lapiás) na rocha alcalina (nefelina sienito), originadas pela dissolução da rocha pelas águas.

As caneluras, ou lapiás (termo mais técnico), proporcionam as escaladas nas faces das rochas.

As depressões circulares, mais frequentes nas partes menos inclinadas da rocha são denominadas kamenitzas, e as caneluras lapiás, segundo Talim & Bueno (2014, Revista Brasileira de Geomorfologia, 15(3):327-338), em estudo dessas feições cársticas (nome dado ao relevo de rochas dissolvidas pelas águas, mais usualmente empregado para regiões calcárias, com cavernas).

Depressões circulares (kamenitzas) frequentes nas partes mais planas, nas porções mais inclinadas, (parte superior da foto), evoluem para as caneluras (lapiás), e formam degraus naturais, que auxiliam muito as escaladas. (foto extraída de Talim & Bueno, 2014, Revista Brasileira de Geomorfologia, 15(3):327-338).

A parte alta do Planalto, que tem como referência o abrigo Rebouças, casa rústica de pedra, referência para muitos excursionistas e alpinistas, ao lado do qual se pode acampar, recebeu esse nome em homenagem ao engenheiro e Abolicionista André Rebouças, o mesmo homenageado como nome de importante avenida em São Paulo, que desce outro planalto, no sentido do Rio Pinheiros e região do Butantan. André Rebouças participou da expedição para a região, juntamente com a Princesa Isabel e seu marido Conde D´Eu e foi um dos primeiros a propor a preservação da região, seguido de outros, como Santos Dumont, até que o parque foi sido criado, por Decreto do Getúlio Vargas, em 1937. André Rebouças fez essa proposta em 1876, quatro anos após a criação do Parque de Yellowstone nos EUA, o primeiro dessa categoria no mundo.

André Rebouças pode ser considerado como um dos primeiros a ter o raciocínio do desenvolvimento sustentável, hoje tão propagado, ao se pronunciar pela criação de parques nacionais em 1876 - pois “a geração atual não pode fazer melhor doação às gerações vindouras do que reservar intactas, livres do ferro e do fogo, as belas ilhas do Araguaia e do Paraná”, ao propor outras áreas para preservação, além de Itatiaia.

André Rebouças, juntamente como outro abolicionista – Joaquim Nabuco atribuía o descaso com a natureza à escravidão. “Eles procuraram estabelecer uma relação causal entre escravismo e práticas predatórias. A combinação entre a abundância de trabalho cativo, barato, e uma fronteira aberta para a ocupação de novas terras teria estimulado uma ação extensiva e descuidada na produção rural, baseada no avanço das queimadas, deixando terras degradadas e abandonadas”, segundo o historiador José Augusto Pádua, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (Zahar).

Já no início dos anos 1900, áreas da parte baixa foram adquiridas pelo Estado do filho do empreendedor Visconde de Mauá, para estruturação de colônia agrícola, onde a com a vinda de europeus, se pensava em cultivar frutas europeias, de custo elevado ainda pelas importações.

A Colônia de Itatiaia, junto com a de Visconde Mauá – hoje importante região turística – não tiveram progresso e, na região de Itatiaia, lotes foram vendidos para estrangeiros que, ao invés da empresa agrícola, optaram pelo turismo, montando hotéis, alguns ainda hoje em atividade, como o Hotel do Ypê (mais alto a 1 250m), o do Donati e o Aldeia dos Pássaros. O Hotel Simon, tradicional na região, foi desapropriado pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBio, órgão federal que administra o parque, onde se pretende criar uma instituição de ensino.

Foto antiga do atual abrigo Macieiras, que recebe esse nome em referência às frutíferas ali plantadas pelos europeus da antiga Colônia Itatiaia, com mudas trazidas da Europa. Esse foi o caminho original para a parte alta, antes da estrada, hoje conhecido como trilha Ruy Braga. Foto extraída de http://ruicamejo.blogspot.com.br/2008/06/hoje-4-de-junho-o-ncleo-colonial-de.html

Usina hidrelétrica de 1939 às margens do Rio Campo Belo para a Colônia Agrícola. A casa, em ruínas, pode ser vista ainda na Pousada Aldeia dos Pássaros.

Certamente, a exemplo de demais áreas preservadas no sudeste do Brasil, a preservação da área se deu em função dos desníveis e declividades altas. Visconde de Mauá pouco investiu na região, apesar da proliferação do café nos arredores e, depois, a preservação se deve ao insucesso dos empreendimentos agrícolas governamentais. Antes da criação do parque, a área foi uma reserva biológica, instituída em 1927, vinculada ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, até que, por pressão do Botânico Loefgren e de manifesto em Congresso de Geografia,no Rio de Janeiro, Getúlio Vargas criou o primeiro parque nacional no Brasil, em 1937, com área aproximada de 13 000 hectares, categoria criada com a instituição do Código Florestal em 1934. Na verdade, não foi a primeira unidade de conservação criada no Brasil, já que reserva ambiental havia sido criada antes, no Acre, em 1911, ao longo do Rio Purus, exclusivamente para preservação da floresta, mas totalmente esquecida. Por esse motivo, o Parque Nacional de Itatiaia é considerado o primeiro parque realmente criado no Brasil, e sua criação visava, além da preservação, a visitação turística, como os demais parques criados no mundo, tanto que o decreto de criação previa, para os colonos da parte baixa, o arrendamento de suas terras para hotéis e hospedagem o que explica, em parte, a complexa situação fundiária que ali se encontra. A ampliação da área do parque se deu em 1982, para a área atual de por volta 28 000 hectares.

Portão de entrada da Reserva Florestal do Itatiaia, vinculada ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, antes da criação do parque. http://jbrj.gov.br/jardim/historia

Nos seus primórdios, o acesso ao parque se dava apenas pela parte baixa, passando pela cidade de Itaiaia, até uma boa estrutura da sede, que virou museu e hoje é o centro de visitante, onde foi recentemente inaugurada interessante e bela exposição sobre o parque.

Os interessados na região acessavam a parte alta por trilha, que quase virou estrada contínua para cortar o parque, de sudeste a nordeste, ligando a parte baixa à parte alta. Por essa trilha que deve ter subido as primeiras expedições, entre elas a da Princesa Isabel, que certamente chegou na base do Pico das Agulhas Negras, mas sem informações precisas se teria ou não atingido seu cume. Demais personalidades também estiveram na região como Burle Marx, Vinicius de Moraes e o pintor pintor Alberto da Veiga Guignard, que se hospedavam no Hotel Donati . É de se imaginar a surpresa de, ao subirem pela mata fechada, através de onde hoje é a trilha Ruy Braga, observarem a transição para os campos e – de repente – se depararem com os imponentes maciços de pedra sulcadas das Agulhas Negras e Prateleiras, meio a um campo, que dizem, intensamente florido na primavera e, no verão, pontuado por pereças pretas, com o ventre vermelho, cujas cores remetem ao time Flamengo de Futebol. Espécie endêmica ao Planalto, e símbolo do parque.

Detalhe do anfíbio “flamenguinho”, visto apenas no verão. No inverno, hibernam, enterrado no solo e sedimento e, por esse motivo, vistos apenas no verão. Foto extraída de http://www.itamonte.net/portal/curiosidades-sobre-o-sapinho-flamenguinho/

A parte alta do Parque passa a ter acesso com a construção da BR 485, que tem início na Garganta do Registro, no alto da estrada que liga Engenheiro Passos a . Essa garganta, cujo nome se deve ao fechamento dos morros, no alto do divisor de águas, foi escolhida para ser um posto de fiscalização, nos tempos do Brasil Colônia, dos que transportavam ouro para a baixada, na região de Parati, rumo à Portugal, depois de conferido o pagamento dos quintos (imposto de 20% de todo ouro extraído, pago para a Coroa Portuguesa). Daí teria vindo a expressão tão comumente usada “quintos dos infernos”, além de outra, que aprendi com o condutor ambiental que nos conduziu ao cume das Agulhas Negras – “lavar a égua”. Essa, é usada ainda hoje com forma de expressar alguém que se deu bem financeiramente. Sonegadores espalhavam o ouro em pó fino pelo couro dos muares, usado no transporte, deviam passar com as barras fundidas nos postos oficiais, com o carimbo colonial atestando o pagamento do “quinto”, e depois do registro, lavavam os animais sobre um pano estendido, para coletar o ouro não taxado, mostrando, assim, que a prática de sonegação já vem de longa data.

A abertura dessa nova estrada, BR- 485, hoje chamada Rodovia das Flores, que se planejava cortar o parque, inaugura nova fase do parque, recheada de fatos históricos. A intenção dessa estrada, considerada como a em maior altitude do Brasil, era cortar o parque, passando pelo hoje abrigo Rebouças e descendo pela parte sudeste. A estrada não foi terminada, mas tem trechos ainda asfaltados, no caminho para as Prateleiras e, na parte baixa, guarda-corpos de concreto, demonstrando que carros subiam até onde hoje há construções abandonadas, como a do antigo hotel Macieira. A estrada é transitável apenas da Garganta do Registro até o abrigo Rebouças, passando pelo Posto 3, entrada do Parque, de onde a estrada é bem pedregosa e, no verão, fechada para carros, devido a reprodução das pererecas “flamenguinho”. Esse trecho é também limitado ao trânsito de 12 carros por dia. Passado esse limite, o carro tem que ser deixado no estacionamento ao lado e o trajeto até o abrigo Rebouças, de 2,5km, tem que ser feito a pé, num passeio agradável, em declive negativo suave, de 40 minutos, que permite conhecer bem a paisagem de campo de altitude.

Vista do alto do Pico das Agulhas Negras para o abrigo Rebouças, com a estrada para o Posto 3 (Posto “Marcão”), à direita da foto. Ao fundo, vista do Maciço do , onde se localiza a (2798 m de altitude), considerada, recentemente, 7 m mais alta do que o Pico das Agulhas Negras (2791 m), através de reavaliações feitas pelo IBGE e IME (Instituto Militar de Enghenharia) em 2004 e 2015. (sobre essa questão ver https://pt.wikipedia.org/wiki/Pico_das_Agulhas_Negras).

A parte alta do parque, considerada uma das mais frias do Brasil, é sujeita à queda de neve, sendo frequente as geadas e água congelada pela madrugada e manhã. A foto acima, da nevasca de 1985, da estrada para o abrigo Rebouças é de http://www.itamonte.net/portal/agulhas-negras-sera-que-este-ano-neva-no-pico/ O Posto 3, recentemente chamado de Posto “Marcão”, é homenagem póstuma ao funcionário Marco Antônio Moura Botelho, naturalista auto didata, que auxiliou em inúmeras pesquisas na região, serviço exemplar e combatente do Previ Fogo, quando teve seu braço seriamente ferido, gerando sequelas para o resto da vida, constando dos agradecimentos em inúmeras teses e dissertações. Boa iniciativa do ICMBio ao valorizar seus funcionários.

Posto 3, no interior do parque, recentemente batizado de Posto “Marcão”, onde é feito o registro e controle de entrada de veículos e visitantes e, também, pagamento do ingresso (o ingresso pago na portaria 1, na parte baixa, vale para todo o parque e vice-versa). Ponto de encontro dos condutores ambientais para visitação. Sobre os valores dos ingressos, variável conforme o dia da semana, ver site do ICMBio. Há preço diferenciado para os moradores dos arredores, reduzido a R$ 3,00 por pessoa.

A estrada da parte alta foi construída antes da criação do parque em 1937, provavelmente para instalação das antenas com múltiplas funções, devido à altitude. Os abrigos Rebouças e Massena foram construídos em 1950, homenageados como o nome do engenheiro baiano abolicionista e o segundo, também engenheiro, que teria tentado subir o Pico das Agulhas Negras, em 1856, sem sucesso. E, na mesma época a construção da “Casa de Pedra”, ao lado da represa do Brejo da Lapa, hoje colmatada com a vegetação. A Casa de Pedra foi construída para hospedagem e usada por Getúlio Vargas como refúgio, dizem alguns, influência do “Ninho da Águia”, casa na Bavária, usada pelo Hitler, mas há poucas constatações de que Getúlio tenha estado lá mais do que duas vezes, sendo uma na inauguração do parque, e até mesmo se, algum dia, um hidroavião tenha pousado na represa próxima, construída para gerar energia para a casa. Matérias em jornais mencionam que Getúlio teria ali se refugiado na revolução de 1932, mas também não há comprovações disso, já que, durante o conflito, não teve essa necessidade. De sua primeira visita, em 1931, teria registrado “A minha visita a Estação Biológica de Itatiaia fez-me amar ainda mais a natureza de minha terra, a mais bela e opulenta do mundo ” (http://acidhis1992.blogspot.com.br/2013/06/historia-militar-de- itatiaia.html).

O frio da região e dificuldade de acesso, proporciona especulações sobre a região ter sido esconderijo de nazistas, fugidos com a derrota na guerra e ao fato, também, de se ter, na região, muitos colonos europeus. Dizem alguns, que nazistas se refugiaram no antigo hotel Alsene, hoje abandonado, próximo ao Brejo da Lapa, onde dizem, sem comprovação, ter sido usado para pouso de hidroavião. O uso desse tipo de aeronave, por outro lado, traz a lembrança do uso deste na represa Guarapiranga, em São Paulo, pilotado pelo filho do aviador,nascido na Letônia, Herbert Cukurs que, em 1965, foi levado para uma emboscada e executado no Uruguai pelo Mossad – serviço secreto israelense, acusado de ter colaborado com o regime nazista, quando da invasão da Letônia.

A história de nazistas na região, tem também como marco a celebração, póstuma, dos setenta anos do ditador nazista, em hotel na parte baixa, em Itatiaia, no Hotel Tyll, em 20 de abril de 1978. Essa festa, teria sido usada, como armadilha, para prender o carrasco Gustav Franz Wagner, conhecido como “a Besta de Sobibor”, que, depois de solto, teria se suicidado, ou assassinado como pensam outros em Atibaia.

Outro presidente que frequentava a região era Juscelino Kubitschek, primeiro, como tenente- médico das tropos legalistas, contra os revoltosos paulistas em 1932 , depois, já como presidente, frequentava um sitio na região, não no parque, e depois morto, em suspeito acidente, na Rodovia Dutra em trecho próximo a cidade de Resende, no km 165, em 1976. O opalava onde viajava, no banco de trás, teria batido de frente num caminhão que vinha no sentido contrário, depois de perde o controle, em frente a um ônibus da Cometa. Fato pouco noticiado, na época, sob restrição da censura da Ditadura Militar, que proibia mencionar que tivera os direitos cassados e sobre seus anos de presidência. O caso voltou, recentemente, aos noticiários, durantes os trabalhos da Comissão da Verdade, devido à suposição de um possível tiro no motorista, revelado pela autópsia póstuma, mas depois constatado ser um cravo do próprio caixão.

Outro fato histórico na região são as construções no parque, projetadas pelo arquiteto Angelo Alberto Murgel (1907-1978), responsável também por edificações nos Parques Nacionais da Serra dos Órgãos e do Iguaçu, criados logo depois, em 1939. Sua visão paisagística previa a harmonia com a paisagem, daí o uso de pedras da região, e era conhecido por procurar a opinião de outros profissionais como zoólogos, botânicos e demais arquitetos e engenheiros e paisagistas no planejamento dos prédios e vias de locomoção, para que fossem funcionais. O arquiteto Murgel foi responsável, também, pelo campus Universidade Rural do Rio de Janeiro (Seropédica), em 1938, considerado um dos mais harmoniosos do Brasil.

De Princesa Isabel, abolicionistas, presidentes e demais personalidades artísticas e intelectuais, a parte alta passou a ser dominada por alpinistas e excursionistas, quando a administração do parque, inicialmente como IBDF – Instituto Brasileiro da Defesa Florestal, depois IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, ainda era pouco efetiva, passando a ser na última década, já como ICMBio – Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, quando vieram as proibições de travessias, recentemente reabertas e com mais controle.

Para melhor se situar no parque, e entender melhor sobre as travessias, pode-se baixar a Folha Topográfica na escala 1:50 000 Agulhas Negras do IBGE. Recomenda-se, também, ver as informações e condições de reserva para o camping e abrigo Rebouça e autorizações para as travessias no site do ICMBio, que tem relação dos contudores ambientais locais para serem contactados - http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/guia-do-visitante.html. Um bom folheto do ICMBio, com relação de todas trilhas e atrativos, pode ser baixado do endereço ttp://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/images/stories/78_Anos/O_Primeiro_Parque_do_Brasil.pdf

O uso de mapa (Folha 1: 50 000 Agulhas Negras do IBG), ajuda entender a geografia da região. Vejam a atenção das meninas....

O que chama a atenção no parque, em sua parte baixa, é a presença de hotéis e casas de veraneios. Alguns dos hotéis são anteriores ao decreto de criação do Parque, como o Hotel Donati, fundado em 1931, com o nome original de Repouso de Itatiaia. A presença dessas casas se deve à instituição da colônia agrícola Itatiaia e muitos dos lotes foram comprados posteriormente. Por isso, pode se encontrar a contradição de se ver placas, nessa parte do parque com os dizeres “Proibido a entrada”, “Propriedade Particular” ou até mesmo “Cachoeira Privada”!. O Hotel Simon foi recentemente desapropriado e há intenção de estruturar ali uma instituição de ensino e a questão fundiária encontra-se em processo de estudo mais intenso, sob pressão do Ministério Público, mas são dezenas de casas nessa parte. Mapa com os limites originais do Parque de 1937 e a ampliação, com aumento da área para noroeste e nordeste e retirada de parte da parte baixa, onde hoje situa-se o Sanatório do Exército. Note as delimitações dos lotes da antiga Colônia Agrícola, alguns adquiridos para instalação de hotel e outros para casa de veraneio. Fonte https://pnitatiaia.files.wordpress.com/2009/03/clip_image001.jpg. As porções em verde, indicando serem vegetadas, a leste, foram incorporadas ao Parque Estadual Pedra Selada.

Vista do alto do planaldo (parte alta) com o vale do Rio Campo Belo, passando entre o Pico das Agulhas Negras e Prateleiras, para descer, em maior declive (parte superior da imagem), pela trilha Ruy Braga, no sentido da cidade de Itaiaia. Extraído de http://www.abaixodezero.com

Vista do Córrego Campo Belo, que corta o parque de noroeste para sudeste, no sentido da cidade de Itaiaia. Suas nascentes encontram-se próxima do Posto 3 (Posto “Marcão) e é acompanhada pela Trilha Ruy Braga. Acima, na foto, no início da parte mais inclinada, encontram-se as cachoeiras da parte baixa do parque.

O parque é cortado por dois rios principais, ambos com nascente ao redor do Pico das Agulhas Negras, seu ponto mais elevado. O Rio Campo Belo, que forma o complexo de cachoeiras da parte alta, de nome Maromba (mesmo nome da localidade da cachoeira do Escorrega, na região de Visconde de Mauá, do lado oposto), tem sua nascente próxima ao posto 3, e desce em vale plano, até próximo às Prateleiras, até cair em desnível mais abrupto. Através desse vale que se encontra parte da antiga estrada, hoje trilha Ruy Braga, de 22 km, que alguns fazem sem pernoite, em 10h de caminhada, descendo, outra opção é acampar no abrigo Massena, ou Macieiras, ambos em ruína, ou seguindo por ramal secundário à trilha, no sentido de antiga antena repetidora da TV Globo, em alojamento do parque (Casa Água Branca).

Trajeto das trilhas que dão acesso às cachoeiras da parte baixa, da região da Maromba, fim da trilha Ruy Braga, na parte baixa.Foto da placa no núcleo Maromba.

Outro rio que corta o parque, e marca outra travessia, é o Rio Preto, que passa por Maringá e Visconde de Mauá, divisa dos estados do Rio de Janeiro e . Pelo Rio Preto, passando pela cachoeira do Rio Airuoca, seu afluente, temos a trilha do Rancho Caído, também com início no Abrigo Rebouças, com 27 km, onde se faz em dois dias, com pernoite na Pousada da Dna Sônia. Paralelo à essa trilha, mas pegando a outra margem do Rio Preto, praticamente uma grande volta ao norte, passando pelo vilarejo de , em trajeto mais longo, tem-se a opção da trilha da Serra Negra, com 32 km.

As travessias exigem logística de condução. Um taxi da rodoviária de Itatiaia ao posto 3, na parte alta do parque, fica ao redor de R$ 200,00. O condutor Evandro Azevedo (contatos no final do texto), organiza um pacote para fim-de-semana, para a mais longa (a da Serra Negra, de 32 km), ainda ativa rota de tropoeiros, com condução, pernoite e refeições e o serviço de condução por R$ 450,00 por pessoa, com saída de Resende ou Itatiaia, onde se pode deixar o carro.

Além dessas três travessias, sendo a do Racho Caído, entre o Abrigo Rebouças e Mauá, a mais frequentada, o parque tem trilhas que podem ser feitas em um dia, algumas conjugadas com pequenas escaladas. É possível atingir a base do Pico das Agulhas Negras, Prateleiras e Couto sem guia, mas para as escaladas, recomenda-se ir com um condutor preparado e equipado. Mas a atividade fica mais rica com o condutor, que nos fornece boas dicas, além de informações e histórias da região, como a sugestão de fazer a travessia, de um dia, entre Couto, perto do posto 3, e prateleiras, acompanhando a borda do maciço de rochas alcalinas. Ainda na parte alta, há a opção da trilha dos cinco lagos.

Um bom mapa com as trilhas pode ser obtido no endereço http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/guia-do-visitante.html

As escaladas têm limite de visita por dia. Aos fins-de-sema e feriados, são muito concorridas, o que faz alguns condutores dormirem no carro, para bem cedo, fazerem a reserva, que é feita diariamente.

Atrativos do parque na parte alta, em mapa no centro de visitantes.

Atrativos do parque na parte baixa, em mapa no centro de visitantes.

Na parte baixa, procurada pelas cachoeiras, há pequenas trilhas, inferiores a mil metros, às piscinas e cachoeiras e a trilha mais longa, dos três picos, com início próximo à Pousada do Ypê. Há condutores ambientais que acompanham as observações de aves.

Informações sobre a trilha dos Três Picos, na parte baixa, indicada para observação de aves.

Recentemente, uma opção a mais de visita ao parque, para cadeirantes e pessoas com dificuldade para andar, foi proporcionada pela iniciativa da “montanha para todos”, com a criação da cadeira adaptada, chamada carinhosamente de “Juliete”, a qual se pretende espalhar pelas trilhas e montanhas do Brasil.

Cadeira adaptada para trilha da iniciativa de WWW.montanhaparatodos.com.br

Foto de divulgação do trabalho, extraído do site http://montanhaparatodos.com.br/

O Parque Nacional de Itatiaia, apesar do reduzido número de funcionários, por volta de duas dezenas apenas, mais os funcionários terceirizados, tem se mostrado em boas condições, trilhas limpas e bem cuidadas e sinalizadas, apesar do número relativamente alto de visitantes, principalmente na parte baixa, a procura das cachoeiras. É um dos parques no Brasil mais preparado para visitação, comparado aos demais, e demonstra a iniciativa do ICMBio de proporcionar o acesso público às áreas naturais, além de reforçar o trabalho dos condutores ambientais locais.

O trabalho dos condutor ambiental local (CAL), valorizado pelo ICMBio, é fundamental para enriquecimento e segurança da visita, além de colaborar com o parque e proporcionar emprego e renda para a comunidade local.

Integrado, mas separado do parque, temos a região de Visconde de Mauá, onde se encontram três pequenos lugarejos, bem turísticos, pertencentes a três municípios diferentes: Maromba, onde se localiza a Cachoeira do Escorrega, pertencente ao Município de Itatiaia, Maringá, cortada pelo Rio Preto, metade pertencente ao mesmo município do Rio de Janeiro e outra ao de Bocaina de Minas, já em Minas Gerais, e Visconde de Mauá, pertencente à Resende. Essas localidades passaram a ser mais conhecidas na década de 1970, ocupadas por Hippies, que acabaram por promover o turismo na região. Foi cenário do romance “O Coiote”, famoso entre os jovens na época, do psiquiatra Roberto Freire e suas teses, não ortodoxas, que levaram a criação da Somaterapia, definida como uma terapia pedagógica libertária, de fundamentos anarquistas. Nessa região, nos limites do Parque Nacional de Itatiaia, foi criado o Parque Estadual da Serra Selada, em junho de 2012, com sede em Visconde de Mauá, o que pode incrementar ainda mais o turismo de natureza na região.

Dois mundos diferentes, paisagens e interações distintas em espaço tão pequenos. Conjunções de acasos, desde um projeto agrícola com europeus, fugindo da miséria, até intentos preservacionistas. O Parque Nacional de Itatiaia é marcado pelos constrastes, separados apenas pelas altitudes, palco de fatos históricos, proporcionados por uma intrusão alcalina em passado geológico nem tão remoto assim.

Autor e revisora (Ana Lúcia Desenzi Gesicki) do texto, foto de Camila Gesicki Boggiani.

- Opções de hospedagem

Dessa vez, não ficamos acampados, receosos do frio. Alugamos uma excelente casa pelo Airbnb – que fica como dica (fotos abaixo). https://www.airbnb.com.br/rooms/902094?location=Itatiaia%2C%20RJ&s=eM7vwf0E

Casa alugada pelo Airbnb – Sítio Córrego Alegre. https://www.airbnb.com.br/rooms/902094?location=Itatiaia

Interior da casa do Sítio Córrego Alegre.

Outra boa opção de hospedagem, na parte baixa, é o Hotel Donati, antigo hotel, onde Vinicius de Moraes se hospedava.

Foto da inauguração do Hotel Repouso de Itatiaia em 1931, hoje Hotel Donati, frequentado por artistas.

Biblioteca do Hotel Donati, em parte reservada à memória dos primórdios do turismo na região, antes da criação do parque, quando tinha o nome de “Recanto de Itaiaia”, hoje nome de seu fundador.

É possível acampar na parte alta- no camping do parque, ao lado do Abrigo Rebouças. Outra opção, na parte alta, é acampar no Camping e Pousada dos Lirios em Vargem Grande, mas tem que pegar um desvio, perto da Casa de Pedra, e descer 4 km em estrada ruim, até Vargem Grande.

Área de camping próxima ao abrigo Rebouças, com reservas pelo site do ICMBio.

Vista da estrutura de apoio ao camping, com banheiro e refeitório. O camping está estruturado para barracas pequenas, do tipo iglu, não as grandes com cozinha, não tendo nem espaço para esse tipo de barraca.

Em Maringá, perto da cidade de Visconde de Mauá, vimos uma boa opção de camping, o Santa Clara, cujo dono – Sr. Eurico Muniz - mora no local – e é quem geralmente recebe os campistas. Camping bem sossegado, a R$ 35,00 o valor por pessoa.

Vista do gramado do Camping Santa Clara, em Maringá (Visconde de Mauá), com banheiros com água quente (aquecimento central), mas sem cozinha e geladeira, mas o vilarejo é próximo para compras.

Registro de nossa chegada ao cume do Pico das Agulhas Negras, juntamente com o condutor Evandro com imagem, ao fundo, das Prateleiras.

Nosso condutor ambiental local e guia de Montanha Evandro Azevedo. A placa de alerta, deveria incluir a recomendação de apenas seguir, a partir desse ponto, acompanhado de um condutor cadastrado.

Referências sobre determinadas informações no texto e fontes de informações adicionais

- Informações sobre trilhas e escaladas no Parque Nacional de Itatiaia (baixar folder) http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/images/stories/78_Anos/O_Primeiro_Parque_do_Bra sil.pdf http://partiucidades.blogspot.com.br/2016/07/itatiaia.html (blog bem completo com fotos e videos das montanhas e cachoeiras)

- Contato do Condutor Ambiental Local e guia de escalada Evandro Azevedo

(24) 9812-7873 Face 0 fmontanhasdoitatiaia

WWW.montanhasdoitatiaia [email protected]

- Informações gerais sobre o PNI (plano de manejo) http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de- manejo/pm_parna_itatiaia_enc3.pdf

Corrêa, M.S. Itatiaia: o caminho das pedras.São Paulo: Metalivros, 2003. 240 p. Leite, Elton Perillo Ferreira. 2007. O Planalto de Itatiaia. Publit, Rio de Janeiro, 234 p.

- Vídeo editado do parque, com efeitos, mas que mostra bem a paisagem local, da parte alta http://www.extremos.com.br/noticia/2015/0618_parque_nacional_do_itatiaia_making_of/

- decreto de 1911 – de criação da primeira reserva no Acre https://uc.socioambiental.org/sites/uc.socioambiental.org/files/Reserva%20Florestal%20AC_D ecreto8843_1911.pdf

- Informações sobre a geologia

Ribeiro Filho, E. 1963. Geologia e petrologia dos maciços alcalinos do Itatiaia e Passa Quatro. Boletim FFCL-USP(302). Geologia (22):5-93.

Penalva, F. 1963. Geologia e tectônica da região do Itatiaia (sudeste do Brasil). Boletim FFCL-USP (302). Geologia (22):95-106

Teixeira, Wilson e Linsker, Roberto (Coordenação). 2007. Itatiaia: Sentinela das Alturas. São Paulo:Terra Virgem.

- Sobre o funcionário “Marcão” – homenageado como o nome do Posto 3, da parte alta http://gvces.com.br/a-volta-do-guarda-parque-e-do-geraiseiro?locale=pt-br

- Sobre a presença de nazistas em Itatiaia http://rollingstone.uol.com.br/edicao/51/nazismo-tropical#imagem0 https://hinouye.wordpress.com/2014/03/02/a-historia-dos-seabees-da-guarapiranga/

- Sobre a morte de Juscelino Kubitschek na Via Dutra

https://serqueira.com.br/mapas/itat.htm - sobr JK http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/06/03/interna_politica,298041/motorista- do-onibus-que-teria-fechado-o-carro-de-jk-fala-pela-primeira-vez.shtml sobre o acidente ou não com JK

- Sobre a Somaterapia do “anarquista, escritor e terapeuta” Roberto Freire http://www.somaterapia.com.br/soma/a-somaterapia/

- Sobre a complexa situação fundiária do Parque, desde os lotes da colônia agrícola e novo limite de 1982 – https://pnitatiaia.wordpress.com/category/mapas/ e texto do plano de manejo do parque http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de- manejo/pm_parna_itatiaia_enc3.pdf

- sobre o Arquiteto Angelo Alberto Murgel (1907-1978), autor dos projetos do centro de visitantes e demais edificações no parque https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/viewFile/1420/pdf

LIMA, F. J. M. de. 2003. Tradição e Modernidade no percurso do arquiteto Ângelo Murgel:Parque Nacional do Itatiaia e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, dois projetos urbanísticos. Publicado no Boletim do Parque Nacional do Itatiaia, vol. 11.

- Sobre o artista Guinard e sua passagem por Itatiaia http://minhaaldeiaglobal.blogspot.com.br/2008/03/itatiaia-histrica-reliquias-de-guignard.html http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141996000300014

- Sobre a História do Hotel Donati, antigo Repouso de Itatiaia http://minhaaldeiaglobal.blogspot.com.br/2009/11/roberto-donati-um-resumo- biografico.html

- sobre a história das pesquisas na região http://minhaaldeiaglobal.blogspot.com.br/search/label/ITATIAIA%20HIST%C3%93RICA

- O Parque Nacional de Itatiaia criou e mantém um boletim específico para divulgar os resultados das pesquisas ali realizadas, disponível no endereço abaixo http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/o-que-fazemos/pesquisa/boletins.html