Uma Análise Integrada Para O Parque Nacional Do Itatiaia

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Uma Análise Integrada Para O Parque Nacional Do Itatiaia ISSN 1984-9354 GESTÃO E USO PÚBLICO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: UMA ANÁLISE INTEGRADA PARA O PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade Lucas Padoan [email protected] Erick Faria [email protected] Natália Ramos [email protected] Resumo: O Parque Nacional do Itatiaia (PARNA do Itatiaia ou PNI) foi criado em 14 de janeiro de 1937, através do Decreto nº 1.713, situado nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, possuindo portarias de acesso em ambos os lados. Dessa forma, considerando as peculiaridades e atrativos do parque, pretende-se aqui nesse trabalho buscar um avanço para o entendimento acerca das relações uso-impacto. Realizamos também uma análise concisa da infraestrutura bem como sua capacidade de receber turistas/visitantes na UC, observando e refletindo acerca de pontos importantes no tocante a consequências advindas do uso público. Procuramos reforçar a ideia de que a visitação em unidades de conservação e educação ambiental tornam-se ferramentas imprescindíveis para auxiliar na proteção ambiental. Assim, objetivamos aqui identificar pontos que facilitem a tomada de decisão para a gestão e incentivar a visitação em áreas protegidas, destacando, sobretudo, sua importância em um contexto referente a conservação da biodiversidade. Palavras-chaves: Unidades de Conservação; Parque Nacional do Itatiaia; Uso Público. XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015 1. INTRODUÇÃO O Parque Nacional do Itatiaia (PARNA do Itatiaia ou PNI) foi criado em 14 de janeiro de 1937, através do Decreto nº 1.713, possuindo uma extensão territorial de aproximadamente 30.000 hectares. O limite territorial do parque abrange os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, possuindo portarias de acesso por ambos os lados (figura 01). Figura 1 – Localização geográfica do Parque Nacional do Itatiaia. IBGE (2010) As terras que hoje constituem o Parque Nacional do Itatiaia, segundo o Plano de Manejo (1982), pertenciam a Irineu Evangelista de Souza, conhecido como Conde de Mauá, sendo adquirida pela Fazenda Federal no ano de 1908. A ideia de transformar as terras em um Parque Nacional data de 1913, sugerido e aconselhado pelo botânico Alberto Lofgren, no entanto, apenas foi concretizado em 1937 pelo então presidente, Getúlio Vargas. 2 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015 Os Parques Nacionais, de maneira geral, são criados através de decretos federais específicos, promulgados exclusivamente pelo Presidente da República. No caso do PARNA do Itatiaia, ressaltamos sua importância devido ao fato de ser a primeira Unidade de Conservação (UC) legalmente estabelecida em território nacional, sendo considerada, assim, uma das unidades mais importantes sobre o contexto político da conservação ambiental no Brasil. Por ser um parque situado na região sudeste do país e localizado próximo à fronteira de três importantes estados, recebe um grande número de visitantes ao longo do ano. Um dos principais atrativos é a ascenção ao Pico das Agulhas Negras, considerado pelo IBGE (2012) o quinto pico mais alto em território brasileiro, possuindo uma altitude de 2.791,5 metros. Objetivo Este trabalho busca um avanço para o entendimento acerca das relações uso-impacto, relacionados ao uso público no PNI. Entre os objetivos viu-se a necessidade de auxiliar na caracterização da área de estudo com informações ainda pouco dispostas para a comunidade acadêmica. Sendo assim este estudo procura também difundir informações importantes no que se refere a visitação, visando potencializar as experiências do visitante e a identificação de pontos importantes para a gestão do parque. Materiais e métodos Em um primeiro momento realizamos uma pesquisa documental com a finalidade de subsidiar informações e dados iniciais para a pesquisa. A descrição do local se deu por um trabalho de campo de caráter exploratório, onde fez-se observações paisagísticas do parque e seu entorno. Em caráter complementar de informações foi realizado também uma revisão bibliográfica sobre o assunto, afim de auxiliar na caracterização física ambiental do local de estudo. Para a análise de hipsometria e confecção de mapas, foi utilizado o software QGIS versão 2.8.1 e os arquivos de modelos digitais de elevação do IBGE na escala de 1:250.000. O mapeamento das grutas e caminhos foi realizado com o QGIS juntamente com a plataforma Open Street Map, retiradas com auxílio do Open Layers plugin e as informações plotadas no mapa da figura 3 são de seu acervo. 3 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015 Buscamos compreender e interpretar a paisagem como ferramenta importante para se relacionar com o uso público e as consequências advindas do mesmo, utilizando, sobretudo, um olhar crítico e integrado. Discussão e resultados a) Dinâmica ambiental O parque Nacional do Itatiaia está localizado sobre um embasamento cristalino de datação do pré- cambriano de rochas intrusivas alcalinas pertencente aos maciços de Itatiaia e Passa Quatro (SANTOS; ZIKAN, 2000). A região do parque é composta pelas unidades morfoestruturais da Serra do Mar, Planalto Sul de Minas, Serra da Mantiqueira e do Vale da Paraíba. É atribuída a este tipo de litologia a principal causa da elevada altitude da região após anos de exposição a agentes intempéries. O relevo da região é resultado de movimento de epirogenéticos que originou um sistema de falhas o que resultou em um sistema orográfico que denominamos de Serra da Mantiqueira. O maciço do Itatiaia que tem como ponto culminante as agulhas negras, foram formadas pelas rochas intrusivas que geraram um imenso bloco montanhoso (SANTOS; ZIKAN, 2000). Na área interna do parque é comum encontrar grandes afloramentos rochosos expostos com fraturas de diaclases presentes nos grandes blocos rochosos aflorados, o que, juntamente com outros fatores, nos permitem levantar a teoria que um processo de erosão intensa ocorreu na região do parque do Itatiaia, com destino a bacia do Resende. Relevos coluvionares na região são resultados deste processo que juntamente com processos de soerguimento e abatimento tectônico que vem atuando na região desde o fim do Cretáceo (SANTOS; ZIKAN, 2000) e os depósitos de vertentes concentrou-se na bacia do ribeirão das Flores (MODENESI, 1992). A figura 2 trata-se de um mapa hipsométrico da região do parque, que nos mostra como característica principal regiões em sua maioria acima dos mil metros de altitude. Na parte sudeste do mapa, na parte externa da região limítrofe do mapa, podemos ver, representado por cores esverdeadas que significam um relevo mais baixo a bacia do Resende. Ao centro do mapa, região mais alta do parque, é onde se faz presente as Agulhas Negras, podendo ser localizada em comparação ao mapa na figura 3. 4 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015 Figura 2. Mapa Hipsométrico do Parque nacional do Itatiaia. IBGE (2012) O relevo dinâmico da região do parque culminou em grandes grupos de solos, sendo os solos dos grupos latossolo e litossolos o mais comum entre eles segundo (IBDF, 1982). As áreas mais altas, onde ocorreu um processo de sedimentação mais intenso, aflorando material litológico é a região onde encontra-se a maior parte dos solos do grupo litossolo. As regiões mais baixas, áreas de vales por exemplo, são as áreas mais propícias e mais comuns de encontrarmos os solos da classe dos latossolos. Por ser uma região com muitas rampas de colúvio, não podemos descartar a possibilidade de grandes incidências de solos da classe dos cambissolos, onde os materiais sedimentares se dão de forma irregular e ao fim do processo de sedimentação culminam em uma nova classe de solo, o que é muito comum nestas regiões. Por apresentar um clima – seguindo os padrões de Köppen – o clima da região é dividido em Cwb (mesotérmico com verão brando e estação chuvosa no verão) nas partes mais elevadas, e nas partes mais baixas é de Cpb (mesotérmico com verão brando sem estação seca), (SANTOS; ZIKAN, 2000) o acúmulo de material orgânico nos perfis de solo se dá de forma ativa na região, onde solos podozólicos com horizontes poucos espessos são encontrados na região. 5 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015 Figura 3. Mapa dos caminhos e trilhas do parque e a localização dos pontos turísticos Fonte: Open Sreet Map A influência antrópica dificulta determinar com precisão a origem ou a classificação da flora primitiva, fazendo-se presente uma flora secundária homogeneizada. A flora homogênea encontrada no parque é resultado principalmente do histórico de queimadas na região (AXIMOFF; RODRIGUES, 2011) e em parte pelo seu contexto clima-geomorfológico. A história de exploração e destruição da mata atlântica nos remete a história de ocupação do Brasil desde o século XVI até os dias atuais, com sucessivos modos de ocupação e motivos para a destruição na vegetação nativa. A mata atlântica foi explorada pelos portugueses para a extração de madeira, sendo o pau-brasil a espécie mais extraída. Posteriormente, observou-se os ciclos de exploração de minerais no século XVII/XVIII e o café foi a principal fonte da economia brasileira durante décadas. A região sudeste foi uma das principais áreas de plantio do café e onde hoje encontra-se o Parque Nacional do Itatiaia não foi diferente. Vários fazendeiros desmataram o local para o plantio de café o que culminou no desmatamento das espécies nativas e fixação de fazendeiros ao redor do parque. Após a criação do parque em 1937 estes fazendeiros fazem-se presentes até os dias atuais e pela sua falta de cuidado e de 6 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015 consciência nas suas queimadas anuais, para substituição de pasto ou plantação, dá-se um histórico de sucessivos incêndios florestais na área do parque (AXIMOFF; RODRIGUES, 2011).
Recommended publications
  • Plano Municipal De Desenvolvimento Turístico De Resende, RJ 2015
    Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico de Resende, RJ 2015 - 2016 Estado do Rio de Janeiro Prefeitura Municipal de Resende Secretaria Municipal de Turismo Resende, RJ Outubro de 2014 1 SUMÁRIO 1. Introdução ........................................................................................................................2 1.1. Resende, Região das Agulhas Negras .................................................................2 1.2. Resende e suas potencialidades .........................................................................4 1.3. Histórico de Resende .........................................................................................4 1.4. Patrimônio Histórico ..........................................................................................9 2. Atrativos turísticos de Resende ........................................................................................11 2.1. Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) ..................................................11 2.2. Engenheiro Passos ............................................................................................11 2.3. Garganta do Registro ........................................................................................12 2.4. Serrinha do Alambari ........................................................................................12 2.5. Capelinha do Pirapitinga ...................................................................................13 2.6. Visconde de Mauá ............................................................................................14
    [Show full text]
  • Encarte 3 - Análise Da Unidade De Conservação
    Plano de Manejo do Parque Nacional do Itatiaia Encarte 3 - Análise da Unidade de Conservação 3 - ENCARTE 3 - ANÁLISE DO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA Neste encarte encontram-se descritos os dados gerais do Parque Nacional do Itatiaia (PNI), bem como as análises dos fatores bióticos e abióticos e os fatores relativos às atividades humanas presentes ou não dentro do Parque. São apontadas as atividades que são desenvolvidas atualmente na UC e a infraestrutura disponível. 3.1 - INFORMAÇÕES GERAIS 3.1.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO O Parque localiza-se na Serra da Mantiqueira, entre os estados Minas Gerais (MG) e Rio de Janeiro (RJ), próximo da divisa com o Estado de São Paulo. Seus limites alcançam parte dos municípios de Itatiaia e Resende, no RJ, e de Itamonte e Bocaina de Minas, no MG (Figura 3-1). Figura 3-1 – Principais vias de acesso apartir das principais capitais para se chegar ao Parque Nacional do Itatiaia. A sede do PNI encontra-se no município de Itatiaia no RJ e distante aproximadamente 10 km da Prefeitura Municipal. Atualmente o ingresso ao PNI é feito por dois acessos principais, uma pela Parte Baixa1, caracterizada pela região de Itatiaia, e outra pela Parte Alta2 na região da Garganta do Registro entre os estados do RJ e MG (ver Figura 3-2). A principal via de acesso é a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra) para visitantes vindos do Rio de Janeiro e São Paulo. Partindo-se da capital do Estado do Rio de Janeiro o percurso 1 Parte Baixa: divisão utilizada atualmente pela gestão da Parque, porém sem delimitação específica, abrange as áreas do Posto 1, Centro de Visitantes, Mirante do Último Adeus, Serrinha, Três Picos, Abrigo Macieiras, Maromba.
    [Show full text]
  • Parque Nacional De Itatiaia Diferente Paisagem De Altitude, Que Poucos
    Parque Nacional de Itatiaia Diferente paisagem de altitude, que poucos brasileiros conhecem Paulo César Boggiani Por volta de 70 milhões de anos atrás, gigantesca massa de magma quente e fundente se instalava na crosta, comunicando-se com a superfície através de um vulcão de 4 a 5 km de altura, ou até mais. Na parte mais profunda, o resfriamento se dava de forma mais lenta, com tempo para formação de cristais com alguns milímetros. A placa da América do Sul se distanciava da África e o Oceano Atlântico se formava. Neste processo de separação de placas tectônicas, antes unidas, a borda da América do Sul se elevou e foi e vem sendo erodida até a situação atual, formando a Serra do Mar. No fundo do Oceano, na região costeira, formavam-se bacias sedimentares e suas imensas reservas de petróleo e gás dos campos do Pré-Sal. Continente adentro, o relaxamento da crosta provocou abatimento de blocos de rocha, limitados por falhas. Um desses, rebaixado, é serpenteado pelo Rio Paraiba do Sul, a caminho do Rio de Janeiro. A oeste deste rio, levantou-se outro bloco imenso, que veio formar a Serra da Mantiqueira, região elevada que tem os maciços do Passo Quatro e de Itatiaia, como suas maiores altitudes, entre as mais altas do Brasil, acima de 2 500m. Vista da Serra do Mar, mais elevada ao fundo, a partir do mirante no parque do Último Adeus. Abaixo da Serra do Mar, entre essa e a Serra da Mantiqueira, onde se encontra o Maciço de Itatiaia, nota-se a porção rebaixada, na forma de graben (bloco tectônico abatido e limitado por falhas), por onde passa o Rio Paraiba do Sul.
    [Show full text]
  • Plano Municipal De Desenvolvimento Turístico De Resende, RJ 2015
    Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico de Resende, RJ 2015 - 2016 Estado do Rio de Janeiro Prefeitura Municipal de Resende Secretaria Municipal de Turismo Resende, RJ Outubro de 2014 1 SUMÁRIO 1. Introdução ........................................................................................................................2 1.1. Resende, Região das Agulhas Negras .................................................................2 1.2. Resende e suas potencialidades .........................................................................4 1.3. Histórico de Resende .........................................................................................4 1.4. Patrimônio Histórico ..........................................................................................9 2. Atrativos turísticos de Resende ........................................................................................11 2.1. Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) ..................................................11 2.2. Engenheiro Passos ............................................................................................11 2.3. Garganta do Registro ........................................................................................12 2.4. Serrinha do Alambari ........................................................................................12 2.5. Capelinha do Pirapitinga ...................................................................................13 2.6. Visconde de Mauá ............................................................................................14
    [Show full text]
  • TRAVESSIA DA SERRA FINA – 23 a 26/08/2013
    Indiada Informada! Agosto/2013 RELATO: TRAVESSIA DA SERRA FINA – 23 a 26/08/2013 Há algum tempo já vinha pensando em fazer a travessia da Serra Fina, ouvia inúmeras histórias e a vontade de encarar o desafio era cada vez maior até que chegou a nossa hora. Desde 2012 estava juntando informações e estudando o percurso e em Agosto de 2013 o desafio foi superado. A travessia foi relizada nos dias 23, 24, 25 e 26/08/2013 debaixo de céu azul, noites frias e estreladas com os Amigos Paulo Adair Manjabosco de Garibaldi e Samuel Tolbach de Livramento. Todo conteúdo aqui descrito foi baseado nas informações levantadas e estudadas antes e durante o trajeto que realizamos na Serra da Mantiqueira. Quero agradecer antecipadamente ao amigo Tiago Korb de Santa Maria por ter nos fornecido cópia do Mapa e informações muito importantes sobre a Travessia. A Serra Fina é uma parte da Serra da Mantiqueira, por sua vez uma das mais importantes cadeias de montanhas do Brasil. Situa-se em sua quase totalidade na divisa entre os estados de Minas Gerais (município de Passa Quatro), São Paulo e Rio de Janeiro. É vizinha ao Maciço de Itatiaia, onde se situam o Parque Nacional de Itatiaia e o Pico das Agulhas Negras; os dois maciços são visíveis entre si. A Serra Fina tem um dos maiores desníveis topográficos do território brasileiro e a quinta mais alta montanha do Brasil: a Pedra da Mina (2.798 metros). Na extremidade leste da Serra Fina, também se destaca o Pico dos Três Estados (2.665 metros), em cujo topo está o ponto tríplice onde se unem as divisas dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
    [Show full text]
  • Parque Nacional Do Itatiaia
    Parque Nacional do Itatiaia Aspectos gerais* * Parte do documento “Plano de manejo Parque Nacional do Itatiaia - Resumo executivo- Barreto, C.G.; Campos, J.B.; Roberto, D.M.; Roberto,D.M.; Teixeira, N.; Alves, G.S.G. & Coelho, W. - 2013” 1 l 2 Para tanto, o PM do PNI foi elaborado de INTRODUÇÃO forma participativa, no intuito de gerar um O Sistema Nacional de Unidades de envolvimento maior com as comunidades Conservação (SNUC) tem como objetivo lindeiras, tornando o documento mais rico e estabelecer critérios e normas para a a sua implementação mais efetiva. A troca criação, implantação e gestão das unidades de experiência também aproxima os de conservação no Brasil, tal normatização gestores da realidade local, favorecendo a foi criado pela Lei № 9.985 de 18 de julho de proposição de metas e objetivos exequíveis. 2000. CONTEXTUALIZAÇÃO O SNUC determina que, para implantar as O Parque Nacional do Itatiaia se insere na Unidades de Conservação (UC), se faz Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da necessária a elaboração de uma ferramenta Mata Atlântica (RBMA), abrangendo em e que estabelece ações e prioridades para sua protegendo em seus limites importantes gestão. Para isso, as unidades devem dispor feições de ecossistemas associados à Mata de um instrumento específico de Atlântica. planejamento, intitulado Plano de Manejo (PM), para que possam atingir seus No RJ a RBMA abrange uma área total de objetivos. Isto significa que as UC precisam 2.765.373,3 ha (área terrestre e marinha) trabalhar com objetivos a serem alcançados, englobando diversas UC e abrigando os para que obtenham resultados definidos por principais remanescentes da Mata Atlântica indicadores e metas, e tenham atividades a e ecossistemas associados (Figura 2).
    [Show full text]
  • A Polêmica Hipótese Da Glaciação Do Maciço Do Itatiaia
    Universidade Federal do Rio de Janeiro A POLÊMICA HIPÓTESE DA GLACIAÇÃO DO MACIÇO DO ITATIAIA Roberto Pasquale C. Trotta 2018 MUSEU NACIONAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RO DE JANEIRO A POLÊMICA HIPÓTESE DA GLACIAÇÃO DO MACIÇO DO ITATIAIA Roberto Pasquale C. Trotta Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Geologia do Quaternário, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Especialista em Geologia do Quaternário. Orientador: Renato Rodriguez Cabral Ramos Rio de Janeiro Maio de 2018 A POLÊMICA HIPÓTESE DA GLACIAÇÃO DO MACIÇO DO ITATIAIA Roberto Pasquale C. Trotta Orientador: Renato Rodriguez Cabral Ramos Monografia submetida ao Programa de Especialização em Geologia do Quaternário, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, apresentado como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Especialista em Geologia do Quaternário. Aprovada em 23 de maio de 2018. Por: ______________________________________________ Presidente, Prof. Dr. Renato Rodriguez Cabral Ramos (Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro) _____________________________________ Prof. Dr. Claudio Limeira Mello (IGEO/ Universidade Federal do Rio de Janeiro) _____________________________________ M.Sc. Felipe Rodrigues Waldherr (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Rio de Janeiro Maio de 2018 FICHA CATALOGRÁFICA CIP – Catalogação na Publicação TROTTA, ROBERTO PASQUALE CRUZ T858p A POLÊMICA HIPÓTESE DA GLACIAÇÃO DO MACIÇO DO ITATIAIA / ROBERTO PASQUALE CRUZ TROTTA. -- Rio de Janeiro, 2018. 107 f. Orientador: RENATO RODRIGUEZ CABRAL RAMOS. Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Geologia do Quaternário, 2018. 1. ITATIAIA. 2. GLACIAÇÃO. 3. QUATERNÁRIO. 4. PLEISTOCENO. 5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
    [Show full text]
  • Species Composition and Biogeographic
    Revista Brasil. Bot., V.30, n.4, p.623-639, out.-dez. 2007 Species composition and biogeographic relations of the rock outcrop flora on the high plateau of Itatiaia, SE-Brazil KÁTIA TORRES RIBEIRO1,2,3, BRANCA MARIA OPAZO MEDINA1 and FABIO RUBIO SCARANO1 (received: March 18, 2005; accepted: September 18, 2007) ABSTRACT – (Species composition and biogeographic relations of the rock outcrop flora on the high plateau of Itatiaia, SE-Brazil). We studied the flora of vegetation islands on rock outcrops on the Itatiaia Plateau (22°21’S and 44°40’W), at 2,400 m.a.s.l. A total of 114 vascular plant species, which correspond to ca. 20%-25% of the currently inventoried flora of the plateau, were sampled in 197 small vegetation islands (total area of 0.034 ha). Xerophytes and hydrophytes were often found side by side due to environmental heterogeneity at a small scale, explaining in part the high species diversity. Rock outcrops may support floras quite distinct from those in neighbouring habitats, due to the action of strong environmental filters, but in Itatiaia the geographic distribution patterns among rupicolous plants appear to mimic those described for the whole flora around it, with 15.1% of narrow endemic species and six strictly rupicolous plants. Underlining the “temperate” nature of the high elevation climate in Itatiaia, the sampled flora was dominated by species of the families Asteraceae and Poaceae, and the number of CAM (crassulacean acid metabolism) species was very low. A few endemic species of tropical origin – Pleurostima gounelleana (Beauv.) Men. (Velloziaceae) and Fernseea itatiaiae (Wawra) Baker (Bromeliaceae) – play a crucial role in this vegetation, as pioneer mat-formers facilitating later establishment of numerous other species.
    [Show full text]
  • Graficos Do Artigo
    APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE INTERPOLAÇÃO FÍSICO-ESTATÍSTICO PARA A TEMPERATURA E PRESSÃO ATMOSFÉRICA SOBRE UMA REGIÃO DE TOPOGRÁFICA VARIÁVEL Clara M. CELESTINO12, Thaís G. ALVES1, Aline A. AMORIM1, Caroline S. COUTO1, Italo R. LOPES1, Juliana O. PAZ1, Milleny NUNES1, Rodrigo F. RADDE1, Santiago V. CUADRA1, Almir V. FERREIRA1. 1CEFET-RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Rio de Janeiro, RJ. [email protected]. RESUMO: No presente trabalho os dados observados durante a campanha de campo de observações meteorológicas, associado à base de dados topográficos 3s-SRTM, foram utilizados para extrapolar as observações de temperatura do ar e pressão atmosférica para a região do Parque Nacional de Itatiaia (PNI). Para interpolação dos dados de temperatura e pressão sobre a área do PNI foram utilizados princípios físicos e estatísticos de interpolação. O método de interpolação pelo quadrado da distância utilizado juntamente com as outras equações físicas para estimar a temperatura do ar e a pressão atmosférica, sobre região do PNI, apresentou valores consistentes com os observados. Logo, o método pode ser empregado para a geração de mapas destas variáveis meteorológicas para regiões onde há baixa densidade de estações meteorológicas, em particular onde há acentuada variação topográfica. ABSTRACT: In this study the meteorological observed data collected during a field campaign, along with the SRTM topographic data, were used to extrapolate the air temperature and atmospheric pressure observations over the Itatiaia National Park (PNI) region. For the air temperature and atmospheric pressure interpolations we have used physical principles and one statistical interpolation method. The interpolation method used, considering the square of the distance along with other physical equations for estimating the air temperature and atmospheric pressure, presented consistent results when compared with observations.
    [Show full text]
  • An Overview of the Systematics of Neotropical Tachinini (Diptera: Tachinidae)
    Messy but worthy! An overview of the systematics of Neotropical Tachinini (Diptera: Tachinidae) by Filipe Macedo Gudin Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, Laboratório de Sistemática e Biogeografia de Insecta, Rua do Matão, Travessa 14, nº 101, São Paulo, SP, CEP 005508-090, Brazil. E-mail: [email protected] ince I began my studies with tachinids Sas an undergrad student in 2010 at the Universidade de São Paulo, my attention was instantly drawn to the large, bristly and colorful specimens of the tribe Tachinini. Under the supervision of Dr. Silvio Nihei in the Departa- mento de Zoologia, I chose to revise the tax- onomy of a small genus of Tachinini, Xanthozo- na Townsend (Fig. 1). This was the beginning of my career in the taxonomy and systematics of Tachinidae. Although the task was initially small, I had no idea at the time of how challeng- ing the study of Neotropical tachinids would be, especially within this tribe. First of all, the tribe Tachinini is part of the controversial subfamily Tachininae, whose classification has been the subject of debate for many decades (Mesnil 1966, Crosskey 1973, 1976, 1980, O’Hara & Cerretti 2016). The Figure 1. Lateral view of a male Xanthozona melanopyga (Wiedemann) from São monophyly of Tachinini was confirmed by mor- Carlos, SP, Brazil. phological and molecular characters (Cerretti et al. 2014, Stireman et al. 2019), but the classification of the polyphyletic subfamily Tachininae and its tribes has still to be clearly defined. The classification of Tachinini, however, was subjected to considerable rearrangement during the last century.
    [Show full text]
  • Hepáticas Ameaçadas No Parque
    THREATENED LIVERWORTS of ITATIAIA NATIONAL PARK 1 RIO DE JANEIRO - BRAZIL Maria Alice de Rezende1 & Denise Pinheiro da Costa1 1Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Diretoria de Pesquisa Científica, Rua Pacheco Leão 915, 22460-030, Rio de Janeiro, RJ Photos by: Maria Alice de Rezende, Denise Pinheiro da Costa and RB, production by Maria Alice de Rezende and Denise Pinheiro da Costa with support from Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Escola Nacional de Botânica Tropical, CAPES, ICMBio, and Itatiaia Nacional Park. © M.A. Rezende [[email protected]] and D.P. Costa [[email protected]] [[email protected]] [803] version 1 11/2016 Itatiaia National Park was the first National Park established in Brazil, in a region of Atlantic Rainforest in the Serra da Mantiqueira, in Rio de Janeiro State. It is the most important bryoflora conservation area in Brazil, with high levels of diversity, endemism and threatened species. Itatiaia means ‘‘many-pointed-rock’’ in the Amerindian Tupi dialect. The park was created in 1937 to preserve part of the biological heritage of the Serra da Mantiqueira and covers an area of 30,000 hectares between Rio de Janeiro and Minas Gerais States. Itatiaia National Park harbors a unique bryoflora due to presence of different forest formations and well- defined climatic and vegetation bands: Montane Forest, Upper Montane Forest, and High-Altitude Fields (Campos de Altitude). The bryophyte diversity comprises 519 taxa in 213 genera and 81 families (57% of the total of the Brazilian bryoflora). Landscapes of Itatiaia National Park: Pico das Agulhas Negras; Maciço das Prateleiras; road of Brejo da Lapa; Brejo da Lapa; Poço Maromba; Véu de Noiva waterfall; and Três Picos forest.
    [Show full text]
  • 11 Picos Pdf.Pdf
    ESPECIAL 11 ANOS ESPECIALciclo TUR11 ANOSISMO 1. Pico da Neblina 2.993 m 2. Pico 31 de Março 2.972 m 3. Pico da Bandeira 2.891 m 4. Pico do Calçado 2.849 m 5. Pedra da Mina 2.798 m 6. Agulhas Negras 2.792 m 7. Pico do Cristal 2.769 m 8. Monte Roraima 2.734 m 9. Morro do Couto 2.680 m 10. Pedra do Sino 2.670 m 11. Pico dos 3 Estados 2.670 m NA EDIÇÃO EM QUE A AVENTURA&AÇÃO COMPLETA 11 ANOS, O MONTANHISTA ANDRÉ DIB NOS PRESENTEIA COM UMA COBERTURA DAS 11 MAIORES MONTANHAS BRASILEIRAS, QUE COM SUAS DIVERSIFicaDAS paisaGENS TÊM INSTIGADO AVENTUREIROS A PERCORREREM caMINHOS POR VEZES ADVERSOS, MAS RECOMpensaDORES Texto e fotos: André Dib PECIAL O ES • ED ÇÃ IÇ DI ÃO E E • S L P A E I C C I E A P L S • E E O D Ã I Ç Ç I Ã D O E E • S L P A I E C C E I A P L S • E E O D Ã I Ç Ç I Ã D O E E MAIORES • S L P A I E MC ONTANHAS DIB ANDRÉ ANDRÉ DIB ANDRÉ DIB : TEXTO E FOTOS E FOTOS TEXTO E FOTOS BRAS116 | AVENTURA & AÇÃO ILEIRAS AVENTURA & AÇÃO | 117 ESPECIAL 11 ANOS GUIANA ali imponentemente exposta, um momento de in- trospecção e a viagem se interioriza. O sentimento VENEZUELA Monte Roraima de subir é indizível, o silêncio só é rompido pela respiração ofegante. O cume se aproxima! BRASIL Por que o ser humano é tomado pela inquietu- de, por essa ânsia de buscar o encanto no desco- 11 MAIORES PICOS nhecido? O escritor Jon Krakauer, no excelente RORAIMA livro “Sobre Homens e Montanhas” cita a inter- pretação equivocada de alguns psicanalistas que nunca romperam os limites de um consultório Pico 31 de Março Pico da Neblina e as encenações clichês de alguns filmes sobre o tema.
    [Show full text]