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ESPECIAL 11 ANOS

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e o d ã i ç T vezes adversos, masecopensadores a su maiores ont a d Presenteia comumabertur 11 anos,omont Na ediçãomquAventura&ção complet exto efotos: AndréDib ventureir as diversificad anhas os aper anhas brasileir,quecom anhis as paisa correrm caminhos por t a AndréDibnos gens têmins as 11 tigado a

TEXTO E FOTOS ANDRÉ DIB

textoTEXTO eE fotosFOTOS: andréANDRÉ dibDIB 11. Picodos3Estados 10. PedradoSino 9. MorrodoCouto 8. MonteRoraima 7. PicodoCristal 6. AgulhasNegras 5. PedradaMina 4. PicodoCalçado 3. PicodaBandeira 2. Pico31deMarço 1. PicodaNeblina ESPECIAL 11 ANOS Aventu ra &Ação cicloturismo 2.670 m 2.670 m 2.680 m 2.734 m 2.769 m 2.792 m 2.798 m 2.849 m 2.891 m 2.972 m 2.993 m | 117 ESPECIAL 11 ANOS

GUIANA ali imponentemente exposta, um momento de in- trospecção e a viagem se interioriza. O sentimento Monte Roraima de subir é indizível, o silêncio só é rompido pela respiração ofegante. O cume se aproxima! Brasil Por que o ser humano é tomado pela inquietu- de, por essa ânsia de buscar o encanto no desco- 11 MAIORES picos nhecido? O escritor Jon Krakauer, no excelente RORAIMA livro “Sobre Homens e Montanhas” cita a inter- pretação equivocada de alguns psicanalistas que nunca romperam os limites de um consultório Pico 31 de Março e as encenações clichês de alguns filmes sobre o tema. AMAZONAS Monte Kukenán esde os primórdios, os homens buscam o Graças a isso, a palavra “montanhismo”, na O Rio Tek, que na língua alto de uma montanha sem um motivo apa- concepção do público em geral, causa a mesma Monte Roraima Taurepang significa rio de pedras, serve como base rente. O que leva as pessoas às alturas de repulsa que a ideia de estar diante de tubarões ao 1° acampamento ao um pico? Superação da condição humana? ou abelhas assassinas. Porém, o êxtase das alturas Pico 31 de Março Monte Roraima Pico da Neblina ESPÍRITO Transcendência? Ou somente a sensação está ligado, incontestavelmente, à experiência de SANTO Dda conquista? Essas são questões tão antigas quanto algo sublime, que nos permite enxergar e sentir S a própria humanidade. A montanha sempre esteve que fazemos parte de um todo muito maior, que erra d Ca o paraó presente no imaginário das pessoas em todas as ci- nunca vamos compreender. Pico do Cristal vilizações, através da mitologia que fundamenta e O Brasil é um país extenso, conhecido por suas guia a história dos povos. belas praias e pela maior floresta tropical do mun- Pico do Calçado O Monte Olimpo era a residência dos deuses do. No entanto, além de dunas, ilhas, rios e flores- para os antigos gregos, e através da mitologia, in- tas, existe um País muito pouco conhecido que fluenciou diretamente toda a cultura ocidental. – mesmo com suas escassas altitudes - se impõe ALTITUDE 6000 Pico do Cristal MINAS No folclore japonês, as montanhas são sagradas em sua magnitude. Pico da Bandeira 4000 Pico do Calçado GERAIS e todas possuem uma atmosfera sobrenatural. O As montanhas brasileiras são excessivamente 2500 Morro do Couto ES Pedra do Sino Pico dos Três Estados 190 1500 Agulhas Negras Monte Fuji, por exemplo, seria a passagem para baixas, se comparadas aos grandes picos andinos 500 o outro mundo. Na mitologia taoísta, os imor- que ultrapassam os seis mil metros, ou os gigantes 50 N tais iam viver no cume dos grandes montes. O nevados do Himalaia, que se espicham a mais de Monte Roraima, sustenta a morada do deus Ma- oito mil metros de altitude. No entanto, elas têm MINAS cunaíma. suas peculiaridades. Em lugares distintos surgem GERAIS Onde existir um pico imponente, marcando a sob a forma de grandes muralhas, seja na Manti- s ira tique paisagem, pode-se saber que ali foi, ou é, para al- queira ou Caparaó, à espreita, margeando grandes an M Pedra do Sino da guns, um lugar sagrado ou a morada de um deus. centros ou nos confins do nosso território cercado Serra Morro do Couto Agulhas Negras O fato é que as montanhas causam no homem por matas densas e inacessíveis, sobre a Serra do

BR perplexidade diante de sua natureza descomunal. Imeri, no extremo norte do País. Sobressaem-se, ALTITUDE Pedra da Mina 485 Instigam a percepção de seu tamanho, insignifi- sempre, roubando a cena, rompendo as nuvens. 2500 Pico dos Três Estados cante, ínfimo diante da grandeza do mundo e da No texto que segue, escolhi 11 montanhas que 1500 RIO DE natureza que o cerca. A montanha simboliza a figuram entre as maiores do País. Na verdade, 500 JANEIRO BR ruptura entre os níveis, do racional para o imagi- fazem parte de listas que divergem uma das ou- 50 354 SÃO PAULO nário, e faz a ligação entre o céu e a terra. tras e instigam discussões sobre quais podem ser montanhas em parques Para a filósofa Zelita Seabra, o amor à montanha, consideradas realmente um pico e as que apenas

A maior parte dos picos culminantes do País está protegida por BR naqueles que o sentem, tem raízes profundas.O compõem cumes secundários de uma mesma unidades de conservação, em diferentes biomas brasileiros. 116 ritual de preparação, o ato da subida e a busca montanha. Existem estudos que elegem outros Conheça um pouco mais sobre estes parques pela imensidão fazem parte do íntimo de muitos dois picos sem nome, no grupo das grandes mon- indivíduos, que não se contentam apenas com a tanhas brasileiras. O Pico do Calçado, na Serra contemplação. Fazem do contato com a natureza do Caparaó, também fomenta discussão. Com o Parque Nacional do Pico da Neblina entre os estados do Espírito Santo com Minas o pinheiro-nacional. Acima dos dois mil passar dos anos, medições tê----m sido refeitas, Localizado próximo à fronteira com a Gerais e guarda ainda o Pico do Calçado e Pico metros de altitude, a paisagem é convertida especialmente a partir do projeto “Pontos Cul- Venezuela, no município de São Gabriel da do Cristal. Em sua área, predomina a floresta de florestas para campos de altitude. O fato é que as montanhas minantes” do Instituto Brasileiro de Geografia e Cachoeira, norte do estado do Amazonas, tropical pluvial que divide espaço com os Estatística – IBGE, voltado para a conferência e o parque possui uma área de 22.603 campos de altitude, com formações arbustivas, Parque Nacional do Monte Roraima causam no homem revisão das medidas, que começou, em 2001, um km², ostentando os dois maiores picos do e os campos limpos, incrustados entre os O parque ocupa uma área de 116 mil trabalho ainda em andamento. Com isso, listas se- Brasil, o Pico da Neblina e o 31 de Março. afloramentos rochosos acima dos 2.400 m. hectares, onde se encontra um dos lugares perplexidade diante de sua rão refeitas e classificações sobre as porções mais Sua área concentra quatro tipos de biomas, mais inóspitos do País, o Monte Roraima. altas do País serão retomadas, fazendo das medi- a Amazônia, a campinarana, a floresta Parque Nacional do Itatiaia Além disso, inclui a Serra de Pacaraima, o natureza descomunal. Instigam das existentes referências de uma verdade transi- ombrófila e a floresta ombrófila densa. A unidade leva o título de primeiro parque ponto tríplice da fronteira Brasil, Venezuela e nacional do Brasil e abriga o ponto Guiana. Nesse local, pouquíssimo conhecido a percepção de seu tamanho, tória e não absoluta. Nesse sentido, a seleção que Parque Nacional do Caparaó culminante da região, o Pico de Agulhas pela ciência, a vegetação se formou há segue é muito mais simbólica do que pautada por Criado com o principal objetivo de proteger Negras e outros dois cumes expressivos, cerca de 120 milhões de anos. Segundo insignificante, ínfimo diante um rigor científico e pretende se oferecer como o Pico da Bandeira, na Serra do Caparaó o Morro do Couto e a Pedra do Sino de estimativas, essa vegetação reúne mais de da grandeza do mundo e da um convite aos apaixonados pelos desafios, pela (ramificação da Serra da Mantiqueira), exibe Itatiaia. A flora da região apresenta plantas duas mil espécies diferentes, das quais 50% liberdade e pelas peculiares experiências propi-

uma grande faixa de Mata Atlântica na divisa de florestas tropicais e temperadas como são endêmicas. ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS natureza que o cerca ciadas pelos desejados cumes.

118 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 119 ESPECIALãVENTURA 11 EM ANOS FOCO ESPECIAL 11 ANOS

é fundamental conseguir uma autorização Os músculos tensos e a da Associação do Rio Cauaburís pele marcada pelas folhas e Afluentes – AYRCA, documento liberado pelo presidente da associação e amplamente cortantes fazem lembrar debatido com as lideranças indígenas, que questionam os motivos e intenções da expe- porque o Parque Nacional do dição. Pico da Neblina é considerado A área fica na tríplice fronteira (Brasil/ Venezuela/Colômbia) e, frequentemente, é um dos lugares mais inóspitos alvo de exploração clandestina de minérios, garimpo, biopirataria, além da iminente pro- e hostis do planeta ximidade dos vizinhos guerrilheiros das For- ças Armadas Revolucionárias da Colômbia – F.A.R.C. O Parque Nacional do Pico da Neblina foi criado na década de 70, sobre terras Yano- mami, que tiveram sua área recentemente demarcada. Com sua cultura milenar, os in- dígenas lutam bravamente para defender seu espaço sagrado e manter a soberania sobre seu território. Depois do percurso pelos rios da região, no terceiro dia de expedição rumo ao Pico, é hora de deixar o barco. Começa a caminhada por ladeiras sombreada s por mata primária, do Igarapé do Tucano em direção ao acam- pamento Bebedouro Velho, local do próximo pernoite. A umidade é um dos piores adver- sários, penetrando nas frestas mais protegidas dos equipamentos. No outro dia, segue-se ao acampamento do Bebedouro Novo e as pe- gadas de onça mostram que os felinos estão à espreita. O calor beira o insuportável e a NEBLINA chuva é presente em toda a caminhada. No À esquerda, o cume do Neblina, em uma rara dia seguinte, o terreno começa a se modificar cena em que é possível vagarosamente e o caminho de terra, folhas e avistar o horizonte; lama dá lugar a musgos e líquens, formando abaixo, o Pico envolto em sua neblina constante um tapete traiçoeiro e escorregadio pelo infin- dável aclive pedregoso. As árvores altas cedem espaço à vegetação de altitude. Bromélias e or- quídeas ornamentam o caminho e mostram as diferentes faces de uma Amazônia pouco co- nhecida. No dia do ataque ao cume, são cerca de mil metros a vencer. Os músculos tensos e a pele marcada pelas folhas cortantes fazem lembrar porque o Parque Nacional do Pico da Neblina é considerado um dos lugares mais inóspitos e hostis do planeta. A geografia se transforma abruptamente e o jardim jurássico de bromélias e raízes dá lugar ao caminho ro- Pico Da Neblina choso, abrasivo e firme. O auxílio de cordas Serra do Imeri (AM) – 2.993 m – Parque Nacional do Pico da Neblina é inevitável para romper os últimos abismos que separam o viajante do Pico da Neblina, A neblina ofusca a visão e oculta a paisagem. A caminhão pela barrenta BR-307, passando pela que resume-se a alguns metros quadrados, que probabilidade de vê-lo é pequena, já que o pico inspeção da FUNAI; a estrada segue pela reserva passam dias a fio sem um único raio de sol faz jus ao nome e se apresenta envolto em sua indígena do Balaio, região habitada por diferentes e ostentam uma bandeira do Brasil balançan- neblina quase eterna ao longo do ano. Para atingir etnias, entre elas Tukános, Desána, Yepamashã, do freneticamente aos caprichos do vento. É o ponto culminante do País, deve se ter em mente Kobéwa, Tuyúka, Pirá-Tapúya, Baníwa, Baré e bem provável enfrentar dias difíceis dentro da que a tarefa é árdua, afinal são cerca de dez dias, Tariáno, até atingir o Rio Ya-Mirim, para iniciar mata, para não se ver nada além da neblina. enfrentando batalhões de insetos, calor, frio, fome uma nova e extenuante jornada de dois dias sobre Entretanto, não é o cume o tempero principal e cansaço. A história começa em São Gabriel da uma voadeira vencendo rios traiçoeiros, que já dessa jornada. O caminho, enquanto desafio Cachoeira, cidade às margens do Rio Negro, perto vitimaram algumas embarcações tombadas pelas de vencer as limitações físicas e emocionais, da divisa com a Colômbia. De lá, são cerca de cin- pedras ocultas sob as águas barrentas. faz dessa empreitada algo para poucos. O topo

co horas chacoalhando sobre a carroceria de um Para evitar problemas sérios com os índios, : ANDRÉ DIB E FOTOS TEXTO ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS do Brasil está conquistado!

120 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 121 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS Pico 31 de Março Serra do Imeri (AM) – 2.972 m Parque Nacional do Pico da Neblina

A data é para ser esquecida! 31 de março de 1964 foi o dia em que culminou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart e deu início aos anos negros da ditadura no nosso País. O segundo cume mais alto do Brasil foi conquis- tado no mesmo ano negro, por uma expedição militar que, provavelmente, batizou assim o pico para homenagear o feito catastrófico... Bom, mas isso já é passado. O pico fica na Serra do Imeri, bem perto do Neblina e pode ser considerado um cume se- cundário da montanha mais alta do Brasil, pois se encontra no mesmo maciço. Mais aplainado que o vizinho gigante, o 31 de Março pode ser alcançado a partir do cume do próprio Neblina, através de uma crista que liga as montanhas em pouco mais de 600 metros. No entanto, vale lem- brar que após conquistar os dois cumes a missão ainda não estará cumprida. É preciso voltar, em extenuantes quatro dias pelo mesmo caminho, até São Gabriel da Cachoeira. Se não conseguir vislumbrar a paisagem lá do alto, ao menos, o perrengue estará garantido.

LABIRINTOS FLUVIAIS Caminhos intrincados e labirintos fluviais dificultam a navegação para se atingir o Pico da Pico da Bandeira Neblina e o 31 de Março Serra do Caparaó (MG/ES) – 2.891 m – Parque Nacional do Caparaó

A mais acessível entre as grandes montanhas brasilei- militar no final da década de 60, sendo desmantelada ras já foi considerada a maior do País. No século 19, no ano seguinte ao seu surgimento. Apesar do pas- D. Pedro II determinou que cravassem uma bandei- sado agitado, a calmaria é característica comum dos ra do império dando origem ao nome, onde seria, moradores mais próximos, que continuam à mercê supostamente, o ponto culminante do Brasil. Quase dos costumes do passado e da tranquilidade do in- dois séculos depois, essa marca foi desmistificada. terior. No entanto, ainda hoje, a imponência e grandiosida- A ascensão ao Pico da Bandeira é feita por trilha de das montanhas na divisa dos dois estados, Minas tecnicamente fácil, não sendo necessário o auxílio de Gerais e Espírito Santo, nos revelam um país em sua cordas, porém, o desnível é evidente. A trilha pode face menos conhecida. ser vencida no começo da madrugada, quando os Bem próximo ao litoral capixaba, a Serra do Capa- primeiros raios de sol atingem a cadeia montanhosa raó, que é uma ramificação da Serra da Mantiqueira, e justificam todo o esforço em um espetáculo único. inspira aventureiros a embrenhar-se pelos escarpa- A jornada começa a partir de Tronqueira, último dos e despenhadeiros na busca pela imensidão vista ponto de carro seguindo para o Terreirão, a 4,5 km do cume. O Parque Nacional do Caparaó, que foi de distância, onde se pode acampar. De lá, ataca-se criado no início da década de 60, é uma das áreas o cume por trilha bem marcada, sinalizada com setas AURORA mais representativas de Mata Atlântica do território amarelas pintadas na rocha que dão a direção. A trilha até o Pico da capixaba, formado também por campos de altitude. Para quem optar pela subida noturna, é indispen- Bandeira é feita à noite, para se alcançar o cume A região foi palco da guerrilha do Caparaó, um mo- sável o acompanhamento de guia, pois a sinalização é

com um belo nascer do sol : ANDRÉ DIB E FOTOS TEXTO vimento armado de esquerda que desafiou o regime ocultada pela escuridão.

122 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 123 ESPECIAL 11 ANOS

FORMAS PERFEITAS Do Pico do Calçado- avista-se o Pico do Cristal, uma montanha Pico do Calçado de formas perfeitas Serra do Caparaó (MG/ES) – 2.849 m Parque Nacional do Caparaó

No Maciço do Caparaó, em outro escarpado da mesma montanha do Pico da Bandeira, encontra- se o Pico do Calçado. Há quem diga que ele é um cume secundário da mesma montanha, se- parado por uma caminhada de 15 minutos sobre uma aresta que o liga ao pico principal. Do cume avista-se o Pico do Cristal, um dos mais belos do País. O parque é um dos mais visitados do Brasil, sendo cortado por trilhas que permeiam os gigan- tes de pedra. Até 2004, o Pico do Calçado não constava entre os dez maiores picos do País. Uma nova medição feita pelo IBGE, entretanto, colo- cou o Pico em 5° lugar. É claro que essas medidas serão refeitas e a nova lista provavelmente mudará a ordem das coisas. Já existem estudos que reme- tem outros cumes ainda não nomeados à lista das grandes montanhas brasileiras. Entretanto, inde- pendentemente da sua classificação, o Calçado já figura na extensa cadeia de montanhas, no ponto mais elevado do sudeste brasileiro, e, sem dúvida, é um dos mais belos. ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS

124 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 125 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS www.lojasmundoterra.com.br Higienópolis: Rua Maria Antônia, 80 - (11)3257-9520 Pinheiros: Av. Pedroso de Morais, 1085 - (11)3037-7195 Vale lembrar que as Sac: (11)3034-3440 previsões climáticas são Pedra Tudo para seu Esporte, imprecisas nas alturas, pois Lazer e Aventura! a montanha dita a lei que Escalada rege o tempo por ali da Mina Camping Serra Fina (MG/RJ/SP) - 2.798 m

Em uma trilha complicada, em um dos lugares mais inacessíveis da Mantiqueira, a Pedra da Mina Trekking integra o maciço da Serra Fina, que guarda em seus caminhos intrincados uma das travessias mais di- Montanha fíceis do Brasil. Existem algumas opções para se atingir o cume. O primeiro caminho aberto foi pela cidade de - MG, na fazenda Serra Fina, em um bairro conhecido como Paiolinho. Além dessa rota, existem outros três percursos pos- Mergulho síveis, um pela Toca do Lobo, saindo da mesma cidade, outro por , através da Fazenda Em Breve Engenho da Serra, e ainda, um menos conhecido saindo da cidade de Queluz. Optamos por fazer a Nova Loja trilha pioneira. Moema O caminho começa por entre árvores altas em meio à mata fechada, passando por alguns riachos, seguindo sempre para o alto. Vale lembrar que as Traga este anúncio e ganhe previsões climáticas são imprecisas nas alturas, pois Traga este anúncio e ganhe 10% de desconto à vista 10% de desconto à vista a montanha dita a lei que rege o tempo por ali. A subida se encorpa e aos poucos, afloram-se roche- dos que dominam a paisagem. Nesse momento, entra-se nos campos de altitude, onde o caminho não dá trégua. A escassez de água torna a jornada ainda mais extenuante. A vegetação é composta por florestas ombrófilas mistas, localizadas acima dos mil metros de altitude e vegetação de altitude. O clima se caracteriza por verões bastante úmidos e curtos períodos de seca. Mesmo para montanhistas experientes, um GPS é de grande valia, já que os nevoeiros são constan- tes e as referências visuais se perdem na atmosfera brumosa, atrapalhando a navegação. Seguindo os totens que marcam o caminho, e após vencer o aclive abrupto, avista-se o grande cume com seus 2.798 m. Até o ano 2000, a Pedra da Mina era considerada, oficialmente, mais baixa que o . Após nova medição, realizada através de uma expedição de dois dias, feita por pesquisadores do Departamento de Geografia da USP, a montanha passou a ser considerada a 4ª mais alta do País e a mais alta da Mantiqueira, su- SERRA FINA perando a vizinha Agulhas Negras. No cume da A Pedra da Mina montanha, a vegetação é formada unicamente por integra o maciço da Serra Fina. Uma boa espécies herbáceas e arbustivas, adaptadas às baixas opção é pernoitar no temperaturas e aos ventos constantes. cume para vislumbrar Uma boa opção é acampar no topo, apesar do a paisagem frio. Pela noite, a temperatura despenca com os ventos, mas nada que atrapalhe uma boa conversa ao redor das barracas. Uma dose de rum ou um gole de vinho são boas opções para espantar o frio. É possível avistar as luzes de dezenas de cidadezinhas ao redor. Pela manhã, o nascer do sol reflete nas pa- redes de pedra dos vizinhos gigantes do Itatiaia, uma

ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS das vistas mais impressionantes da Mantiqueira.

126 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 127 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS

AGULHAS É preciso muito equilíbrio, ousadia e força de vontade para se atingir o Pico das Agulhas Negras, Pico das Agulhas Negras ponto mais alto do Parque (RJ) – 2.792 m do Itatiaia Parque Nacional do Itatiaia

Grandes lanças sulcadas na pedra irrompem o horizonte na forma de agulhas negras apontando para o céu. A beleza de suas formas esculpidas pela ação dos ventos e a imponência de sua al- tura chamam a atenção de quem visita a parte alta do Parque Nacional do Itatiaia. Existem duas trilhas mais utilizadas para se chegar ao cume do Pico das Agulhas Negras. Uma, a “Via Pontão”, é mais fácil e usada pela maioria das pessoas – mas não deixa de exigir preparo físico, equilíbrio e uma boa porção de coragem, especialmente no último trecho. É preciso atravessar agachado por pequenos corredores espremidos entre as pedras e pendurar-se em agarras de rochas para vencer os últimos metros. Para assinar o livro que está em outra torre de pedra próximo ao cume, é preciso vencer um abismo que a separa do pico com o auxílio de corda, e escalar um trecho íngreme e escarpa- do para atingir a caixa metálica que resguarda o livro de assinaturas no cume oficial da monta- nha. A outra via, menos usual e mais técnica, é conhecida como “Via Útero”, subindo por uma grande fenda rumo ao cume. No entanto, a mon- tanha possui várias vias para os escaladores mais ousados e algumas rotas que nem foram ainda conquistadas. Do cume avista-se o Maciço das Prateleiras, o Morro do Couto, o Vale do Paraíba, o Vale do Aiuruoca e, mais à frente, a Serra Fina, que faz valer o esforço, numa visão de 360 graus. Foi ali, nos gigantes do Itatiaia que, supostamente, surgiu o montanhismo brasileiro e que ainda hoje tem a capacidade de nos revelar muitos segredos. Pico do Cristal Serra do Caparaó (MG) – 2.769 m Parque Nacional do Caparaó

“Uma montanha de formas perfeitas”, assim é de um guia, para quem não tem muita experiên- definida pela maioria dos montanhistas. A ori- cia, é indispensável. A maneira mais prática de gem do nome pode ser compreendida em noite se conhecer a montanha é na descida do Pico de lua cheia. Os cristais de quartzo que afloram da Bandeira. na superfície ganham brilho à luz da lua, em um A trilha é um pouco fechada no início, cla- fenômeno natural de rara beleza. A montanha reando na chegada de um grande platô mar- fica na mesma porção do Pico do Calçado e do cado por totens. Será preciso saltar por entre Pico da Bandeira, compondo o maciço do Capa- pedras soltas e usar as mãos para ascender na raó. Porém seu acesso é um pouco mais técnico, trilha. Existem duas rotas conhecidas para o passando por trechos expostos e exigindo algu- Cristal, para o Calçado e o Pico da Bandeira. CRISTAL Ponto culminante do mas “escalaminhadas” concluídas com alguma A trilha Capixaba é a mais usual, por Minas

ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS : ANDRÉ DIB E FOTOS TEXTO Estado de insistência e um pouco de ousadia. A presença Gerais.

Aventura & Ação | 129 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS Monte Roraima (RR) – 2.734 m Parque Nacional do Monte Roraima

Diante dos olhos, pairam soberanos os Tepuis, grandes montanhas com os topos aplainados em forma de platô. Composto por um dos cenários mais antigos e exóticos do planeta, o Roraima faz parte dessa cadeia de montanhas situada no ex- tremo norte, entre o Brasil, a Guiana e a Vene- zuela. Na realidade, do grande cume com cerca de 90 km², apenas 10% está do lado brasileiro. Para subi-lo, é preciso atravessar a fronteira para a Venezuela, já que os grandes paredões de arenito são inacessíveis para nós, simples mortais. Porém, há registros de escaladores que enfrentaram dias de expedição, escalando e dormindo pendura- dos nos rochedos para vencer a grande muralha vertical, de mil metros de altura em sua natureza friável. A jornada que começa a partir da aldeia indígena Parai-Tepui pode durar de cinco a oito dias, dependendo do roteiro. Para se alcançar a outra borda e conferir o lado brasileiro, é preci- so escolher o roteiro mais longo. Caminha-se no primeiro dia cerca de quatro horas até o acampa- mento do Rio Tek, aos pés do Monte Kukenán. O segundo dia de caminhada começa após a tra- vessia do Rio Kukenán. É uma ladeira interminável, que aos poucos vai se acentuando. A extensão a per- correr é menor, mas a subida dura é o único cami- nho a seguir, até se alcançar o sopé do monte. No terceiro dia, é preciso encarar a Rampa do Roraima, como é conhecida. É um aclive no sen- tido real da palavra, projetando-se sobre o flanco da escarpada parede alaranjada. Trata-se de um degrau formado pelo desmoronamento das cama- das mais superficiais de arenito, compondo uma grande escada de pedras soltas. A alternativa foi descoberta pelo botânico inglês Everard Im Thurn, consagrado como o primeiro a pisar no topo, em 1884, após muitas tentativas ao redor do Tepui. Os relatos de Im Thurn inspiraram o escritor Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, a es- crever O Mundo Perdido. Já no topo da montanha, a atmosfera misteriosa rouba a cena, estimulando a imaginação diante de tas carnívoras, orquídeas e bromélias, muitas delas MONTE RORAIMA visíveis até o “Hotel Coati”, no lado brasileiro. É quase um século até exploradores e aventureiros “gigantes de pedra” que se espicham até as nuvens. exclusivas daquele ambiente. O primitivo Tepui Ascensão ao Monte uma caverna singular, esculpida pela água e pelo atingirem tal ponto. A façanha foi realizada em Roraima, um dos lugares Como sentinelas metamórficos, aqueles mesmos nos leva, definitivamente, a outra dimensão. En- mais inóspitos do Brasil vento, que foram sulcando pacientemente as pare- 1973 por uma equipe de alpinistas britânicos, lide- rochedos testemunharam o Período Jurássico e tretanto, o caminho até o lado brasileiro é longo. des e compondo formas diversas na rocha. rados por Joe Brown. assistiram ao lento afastamento da América do Sul Passa-se por El Fosso, enigmática depressão sobre Em sua arquitetura excêntrica, forjada por mi- Hoje, o lugar é procurado intensamente por tu- em relação à África, após a cisão do antigo super- o platô, com um grande e profundo poço embuti- lhões de anos, o Tepui termina, ao norte, com uma ristas que buscam as antigas trilhas dos índios que continente denominado Gondwana. Os “hotéis”, do, onde o chão desaba subitamente. Mais adiante incrível saliência pontiaguda, semelhante à proa de reverenciavam o deus Macunaíma. Os mitos ain- como são chamados pelos índios, são abrigos ou chega-se à tríplice fronteira. O marco indica o lado um barco. Para se atingir o extremo norte do mon- da ecoam nos vales que entremeiam os Tepuis, cavernas de pedras que servem como proteção da brasileiro que se deve seguir. A partir dali, pisa-se te, é preciso vencer uma sequência impressionan- seja nas lendas vividas pelos pemons, ou na intros- chuva e dos ventos. As plantas formam pequenos em terreno pouco explorado, rumo ao desconhe- te de grandes rochas e algumas gretas profundas, pecção a que o monte nos remete, revelando-nos jardins, agarrados ao substrato pobre e ralo na su- cido, já que a maioria das pessoas voltam a partir em uma face quase inacessível. Mesmo depois da um encontro com o próprio ser e com a origem

perfície das rochas. São populações únicas de plan- do marco fronteiriço. Segue-se por trilhas pouco : ANDRÉ DIB E FOTOS TEXTO conquista do topo pelo escritor Im Turn, passou-se da vida.

130 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 131 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS

VISTA DO COUTO Do alto das Agulhas Negras avista-se o Morro do Couto, um dos mais acessíveis do Parque Morro Nacional do Itatiaia do Couto (MG/RJ) – 2.680 m Parque Nacional do Itatiaia

O Parque Nacional do Itatiaia possui duas por- tarias que separam a mesma área demarcada em dois ambientes distintos. Na parte baixa, árvores centenárias e vegetação típica de Mata Atlântica compõem a reserva repleta de cachoeiras e poços ideais para banho. É na parte alta, no entanto, que se concentram as atividades de aventura, a paisa- gem muda e as matas dão lugar aos campos rupes- tres compostos por rochedos de formas variadas e vegetação rasteira que espreitam as grandes monta- nhas dessa porção extremamente fria do País, que já esteve coberta de neve mais de uma vez. O Morro do Couto é a primeira montanha que se alcança a partir da portaria do Parque e pode ser ven- cido em duas horas de caminhada fácil. A montanha é frequentada por muitos escaladores em busca das diversas vias com variados graus de dificuldade. Outra rota para se atingir o cume, é a que sai do Pico das Prateleiras e segue pela crista da montanha até o alto. Do topo tem-se uma vista incrível do Pico das Agulhas Negras e da Serra Fina. Apesar de ser um dos parques mais visitados do País, o Itatiaia ainda guarda várias tri- lhas inexploradas e vias a serem conquistadas. Pedra do Sino (MG/RJ) – 2.670 m Parque Nacional do Itatiaia

Em meio à paisagem de formas exóticas, no Par- que Nacional do Itatiaia, que significa “Pedra Cheia de Pontas” em tupi, encontramos uma montanha pouco conhecida no cenário de um dos parques mais visitados do Brasil. Trata-se da Pedra do Sino, com seus 2.670 metros, que lhe conferem o status de terceiro ponto mais alto do Parque. Existem várias rotas para se atingir o cume, mas nenhuma delas está bem marcada, devido à pouca frequência de visitantes. A trilha mais conhecida se estende por 12 km, e é pre- ciso subir pela Pedra do Altar, bem próximo ao cume, e descer até a base da Pedra do Sino para, enfim, ascendê-la. Trata-se, portanto, de uma das ascensões mais difíceis da unidade, exigindo a transposição do grande desnível por duas vezes. Suas formas arredondadas no topo, fazem com que a montanha se assemelhe a um grande sino sobreposto ao platô. O desafio físico e a ausência

de turistas pelo caminho compensam. : ANDRÉ DIB E FOTOS TEXTO ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS

132 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 133 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS Pico dos 3 Estados Serra Fina (MG/RJ/SP) – 2.665 m A respiração ofegante dita o ritmo. Na Serra Fina mãos é inevitável projetando o corpo para cima não existe caminhada leve. Para se atingir o Pico das rochas e ajudando na ascensão. No cume, é dos 3 Estados, localizado exatamente no marco possível caminhar pelos três estados circundando o geográfico que divide Minas Gerais, São Pau- marco do topo. lo e , é preciso vencer o desnível A diversidade endêmica da vegetação encon- dessa porção extremamente irregular da Serra trada pelo caminho, o desafio físico, a vista pri- da Mantiqueira. vilegiada do cume e a possibilidade de estar nos A origem do nome, que em tupi significa “Mon- três estados brasileiros faz dessa caminhada uma tanha que Chora”, parece não fazer muito sentido aventura muito peculiar. Em cada cume e em cada nessa região, pois a ausência de água é evidente, montanha conquistada nos parece possível alcan- fazendo dessa jornada algo ainda mais compli- çar o céu e estar mais perto de algo maior, que nun- cado. Após caminhar horas pela crista da Serra ca conseguiremos mensurar, apenas sentir, ou seja, MANTIQUEIRA A Serra Fina, ramificação Fina, atinge-se a base da montanha em um tre- o vento, as nuvens, a natureza e a nossa presença da Serra da Mantiqueira cho muito íngreme que leva ao topo. O uso das diante dela.

A diversidade endêmica da vegetação encontrada pelo caminho, o desafio físico, a vista privilegiada do cume e a possibilidade de estar nos três estados brasileiros fazem dessa caminhada uma aventura muito peculiar : ANDRÉ DIB E FOTOS TEXTO ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS

134 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 135 ESPECIAL 11 ANOS ESPECIAL 11 ANOS 11 3675.5242

‡ Não requer treino ou preparo físico específico ‡ Aberto a qualquer pessoa acima de 12 anos 2009 ‡ Não exige equipamento especial 1º semestre 2º semestre 01 Fev 05 Jul ‡ Categorias Novatos e Over 50 08 Mar 09 Ago OPERADORAS DE TURISMO 11 PICOS ‡ Inscrições gratuitas para Cursos de navegação 04 Abr* 12 Set* 17 Mai 04 Out Pico da Neblina www.rotaturismo.com.br www.amadeusturismo.com.br Ecológico ‡ Reúna a galera e inscreva sua equipe 07 Jun 08 Nov wCia Eco (35) 3363-3207 (11) 3964-3328 www.rotaturismo.com.br www.ciaeco.tur.br wMountain Adventure (35) 3363-3207 *Noturna (11) 5571-2525 Pico das Agulhas www.mountainadventure.com.br wMountain Adventure Negras (11) 3717-3678 Serra do Caparaó Acesse o site, conheça o Regulamento www.mountainadventure.com.br wTrupe Turismo wRoraima Adventure (MG/ES) (11) 3717-3678 www.trupe.tur.br www.roraima-brasil.com.br wCia Eco e venha se divertir com a gente! wRoraima Adventure (21) 3866-4562 (95) 3624-9611 www.ciaeco.tur.br www.roraima-brasil.com.br wCia Eco (11) 5571-2525 (95) 3624-9611 www.ciaeco.tur.br Morro do Couto wAmadeus Viagens (11) 5571-2525 wTrupe Turismo e Turismo www.ironadventure.com.br Pico 31 de Março wMountain Adventure www.trupe.tur.br www.amadeusturismo.com.br wRoraima Adventure www.mountainadventure.com.br (21) 3866-4562 (11) 3964-3328 www.roraima-brasil.com.br (11) 3717-3678 wMountain Adventure (95) 3624-9611 www.mountainadventure.com.br Parque Nacional Pico do Cristal (11) 3717-3678 Itatiaia (RJ) Pico da Bandeira wCia Eco wTrupe Turismo wMF Turismo www.ciaeco.tur.br Pedra do Sino www.trupe.tur.br www.mftour.com.br (11) 5571-2525 wTrupe Turismo (21) 3866-4562 (27) 3071-4887 www.trupe.tur.br wCia Eco wCia Eco Monte Roraima (21) 3866-4562 www.ciaeco.tur.br www.ciaeco.tur.br wCia Eco (11) 5571-2525 (11) 5571-2525 www.ciaeco.tur.br Pico dos 3 Estados wMountain Adventure (11) 5571-2525 wHarpia Adventure www.mountainadventure.com.br Pedra da Mina wAmadeus Viagens (35) 3371-2616 (11) 3717-3678 wRota Turismo Ecológico e Turismo wRota Turismo : A ndré dib oto F ANDRÉ DIB TEXTO E FOTOS

138 | Aventura & Ação Aventura & Ação | 139

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