2 a TV Na Era Da Interatividade. O Início De Um Novo Discurso
2 A TV na era da interatividade. O início de um novo discurso Segundo o escritor e técnico em comunicação Marshall McLuhan (1972), os meios de comunicação atuam como extensões das capacidades neurais dos seres humanos. A televisão mostra aquilo que não podemos ver fisicamente, mas através dela, como uma extensão dos nossos olhos. O rádio trouxe as notícias das quais não tínhamos conhecimento, como uma extensão dos nossos ouvidos. O telefone nos permitiu levar a voz a uma distância infinitamente maior do que jamais se havia pensado. A internet, no entanto, através da comunicação mediada por computadores, proporcionou a extensão de várias capacidades naturais. Não apenas podemos ver as coisas que nossos olhos naturalmente não vêem. Podemos interagir com elas, tocá-las em sua realidade virtual, construir nosso próprio raciocínio não linear em cima da informação, ouvir aquilo que desejamos, conversar com quem não conhecemos. Enfim, podemos interagir com o quê e quem quisermos, pois cada indivíduo é um emissor e um receptor simultaneamente na rede. No entanto, apesar do telefone também ser um meio essencialmente interativo, é com o ambiente do ciberespaço que a palavra interatividade se disseminou. Esta abordagem pode ser vista nos trabalhos do filósofo Pierre Lévy e do sociólogo Manuel Castells, autores com os quais escolhi trabalhar. Desta forma, irei apresentar neste capítulo um breve histórico da televisão e da internet e explicar como as informações transitam nestes dois meios e de que forma os usuários e telespectadores se relacionam com essas mídias. No final, irei comparar a televisão e a internet, uma com a outra, para entender como a TV está se adequando à nova realidade instaurada pela rede mundial de computadores.
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