Universidade Federal De Pernambuco Centro De Artes E Comunicação Programa De Pós-Graduação Em Comunicação
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO INSERÇÃO DA REDE GLOBO NO MERCADO DE TELEVISÃO PERNAMBUCANO RUDSON PINHEIRO SOARES Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco, sob a orientação do Prof. Dr. José Edgard Rebouças Recife, junho de 2007 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO Inserção da Rede Globo no mercado de televisão pernambucano Rudson Pinheiro Soares Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre, sob a orientação do Prof. Dr. José Edgard Rebouças. Recife 2007 Soares, Rudson Pinheiro Inserção da Rede Globo no mercado de televisão pernambucano / Rudson Pinheiro Soares. – Recife : O Autor, 2007. 247 folhas Dissertação (mestrado) – Universidade Feder al de Pernambuco. CAC. Comunicação, 2007. Inclui bibliografia. 1. Comunicação – Economia política. 2. Comunicação - Pernambuco . 3. Televisão. I. Rede Globo. II. Título. 659.3 CDU (2.ed.) UFPE 302.23 CDD (22.ed.) CAC2007 - 49 Aos meus filhos, quando eles chegarem. Agradecimentos A Deus. Ao povo brasileiro, pelo custeio dos meus estudos de pós-graduação, através da Universidade Federal de Pernambuco. A minha família-torcida – de sangue ou não - pela força necessária, pelo incentivo constante, imenso amor e o rigor ético que me ensinou a ter: meu pai, Batista, assim como eu, um adulto com alma de menino; minha mãe, Inácia, que não dorme quando eu estou com dor de cabeça; Paquinha, que me ensinou a “ganhar o mundo”; Mamãe Alba, que não me esquece e que me fez perceber o fantástico mundo da comunicação; Maria, protetora de todas as horas; Robson e Watson, irmãos pra valer; Vovó Luiza, bela como o próprio nome e que vai pôr mais uma foto de um dos seus 26 netos em sua estante, se couber. A Mylena, em razão da permanente, e bem-sucedida, disposição em me fazer feliz, cumprindo, para isso, o mais belo dos ofícios, o de palhaça, no sentido original (e único) do termo, capaz de conseguir me fazer rir, mesmo ela estando triste, só para me deixar bem. Se preciso for, em pernas-de-pau, alcança as estrelas, para fazer meus olhos brilharem, meu sorriso se abrir. A Edgard Rebouças, meu orientador, pela presença firme e os comentários bem-humorados, o que só me encorajavam a reconstruir os textos, bem como pela confiança e a liberdade a mim concedida. Aos meus amigos-colegas do mestrado, pelo incentivo e pela amizade de todas as horas, aqui legitimamente representados por Chico Sá Barreto, sempre trazendo suas bem-humoradas mensagens de tranqüilidade. Aos meus alunos da turma de estágio-docência, aqui representados por Danilo e Taís, pelo conhecimento que compartilhamos e pela amizade que ficou. Aos professores do PPGCOM, pelo conhecimento compartilhado, dentro ou fora da sala-de- aula, aqui representados por Isaltina Melo e Cristina de Melo. Aos professores que participaram de minha banca de qualificação, aqui representados por Maria Eduarda Rocha, pelas importantes contribuições a esta pesquisa. Aos funcionários do PPGCOM, aqui representados por José Carlos, pela eficiência, rapidez e, principalmente, pelo cuidado no encaminhamento de trâmites importantes a nós, os alunos. Aos 13 funcionários da TV Globo Nordeste que me concederam entrevistas, aqui personalizados em Jô Mazzarolo e Valter Panunzio. Aos demais 21 entrevistados, representados em Aldo Paes Barreto, Cléo Nicéas, Paulo Cunha e Yvana Fechine. Aos funcionários da Fundação Joaquim Nabuco, pelo auxílio nas horas em que precisei, aqui representados por Aidigi e por Aluízio Oliveira. A todas as pessoas – dentre as quais, algumas eu sequer conheci pessoalmente – que, de alguma forma, me ajudaram na pesquisa, fosse me recebendo para uma conversa informal, dando dicas, respondendo uma correspondência eletrônica e/ou conversando ao telefone, aqui representados por Evaldo Costa, Dirceu Tavares, Luiz Lourenço, Aline Grego Lins, Stella Maris, Olbiano Silveira, Ítalo Rocha e Rembrandt Jr. Ao meu amigo André Galindo - extensivo a toda sua família - pela força, quando de minha chegada ao Recife, bem como em outros momentos da vida. A Maria do Rosário, revisora, que, cumprindo a sina do nome que carrega, abençoou a redação final, não sem antes aplicar-me algumas penitências das letras. A Luiz Momesso, Dacier Barros, César Bolaño e Valério Brittos - pesquisadores com os quais mantive permanente e afetuoso diálogo - pela disposição em ajudar e pelas importantes contribuições. A Mozart Neto, amigo presente em horas difíceis. Aos moradores da Várzea, com os quais eu convivi nestes dois anos de Recife, cruzando nas ruas, sentando nos bares, olhando nos olhos, ajudando e sendo ajudado, aqui representadas por Dona Percides, que comigo manteve cuidados de mãe. Pessoas com as quais, por vezes, fui “arrastado” pelo batuque encantado do Maracatu Várzea do Capibaribe, para celebrar a simplicidade e a vida. Aos meus amigos-irmãos de Açu, de Natal, e de muitos lugares onde os deixei, pela certeza do abraço forte, mesmo eu não dando, para muitos deles, notícias há anos. Aos militantes anônimos – lutadores e lutadoras - dos movimentos sociais brasileiros, com muitos dos quais eu convivi em ambientes nos quais tive parte de minha consciência e de meu caráter forjados. A estes agradeço pelo alimento de minha alma, que é a insistência em construir o belo, ainda que seja para as próximas gerações. Às vezes eu saia em carro de aluguel, porque não existia ainda a figura do táxi, passeando pela cidade e admirando cada novo prédio erguido. Recordo que quando vi pela primeira vez o edifício da Embratel, na Avenida Agamenon Magalhães, disse para mim mesmo: “Puxa, a cidade está crescendo. Quantas antenas tem esse prédio... É o progresso chegando”. 1 Ednaldo Lucena 1 Ator. Trabalhou na teledramaturgia pernambucana, na década de 60. Resumo O propósito do presente trabalho é analisar as estratégias da Rede Globo para a sua inserção no mercado de televisão pernambucano. Fez-se um resgate histórico da emissora e também do mercado de televisão do Brasil e de Pernambuco, nos quais ela está inserida, enquanto rede e emissora local, respectivamente. A hipótese é que a Rede Globo entendia/pretendia um mercado nacional, unificado e homogêneo e, nesse sentido, não desenvolveu ações específicas para a praça pernambucana. Para tentar “localizar” uma resposta à indagação proposta e confirmar a hipótese, fez-se necessário, principalmente, interpretar a história da emissora. Periodizar tal história foi, então, necessário, inserindo-a na periodização da televisão brasileira proposta por Bolaño (2004). A história da TV Globo Nordeste foi dividida em três fases. A primeira traz os “movimentos” feitos pela emissora, chancelados pelas barreiras à entrada já estabelecidas pela Rede Globo, em um mercado em processo de nacionalização, de unificação e de oligopolização. A segunda fase é marcada pela (tentativa de) construção de uma identidade local como ação estratégica, a partir do diálogo com o mito da pernambucanidade. A terceira é caracterizada pelos efeitos da reengenharia das Organizações Globo, inserida na reordenação mundial das comunicações. Quanto à metodologia, optou-se por pesquisas bibliográficas, levantamento de documentos, observação indireta e, predominantemente, história oral. Todas as “visões” foram agrupadas de forma a encontrar pontos conectivos entre elas e colocá-las sob a “concepção de mundo” deste pesquisador, na ótica da Economia Política da Comunicação. Palavras-chave: barreira à entrada, comunicações, pernambucanidade, Rede Globo, reengenharia e televisão. Abstract The purpose of this work is to analyse the Rede Globo´s strategies to include itself in the state of Pernambuco´s television market. A historical study was done of the broadcasting station and of Brazil and Pernambuco´s television market, in which it is localized, as a local network and broadcasting station, respectively. The hypothesis is that the Rede Globo wanted a national, unified and homogeneous market and didn´t develop specific actions towards Pernambuco. In order to “find” an answer to the given indagation and confirm the hypothesis, it is necessary, mainly, to interpret the station´s history. To divide this history into periods was a solution, also inserting the station in different Brazilian television periods proposed by Bolaño (2004). TV Globo Nordeste´s history was divided into three phases. The first phase brings the “actions”, done by the station, marked by the barrier to the entrance already established by the Rede Globo in a market already nationalized, unified and monopolized. The second phase is marked by the (attempt of) construction of a local identity as a strategy, parting from the dialog with the mito da pernambucanidade (or the myth of pernambucanicity). The third one is characterized by the effects of reengineering of Organizações Globo, inserted in a worldwide communication rearrangement. As for the methodology, bibliographical research was done, documents were gathered, indirect observations were made and, mainly, oral history was learned. All of the “visions” were grouped in order to find a connection between them and place them under the “world concept” of this researcher, in the point of view of Political Economy of Communication. Keywords: barrier to the entrance, communications, pernambucanidade, Rede Globo,