Pedro S. Malan

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Pedro S. Malan XIX Pedro S. Malan Brasília 2019 História Contada do Banco Central do Brasil XIX Pedro S. Malan Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca do Banco Central do Brasil – v. 19 Banco Central do Brasil Pedro S. Malan / Banco Central do Brasil – Brasília : Banco Central do Brasil, 2019. 124 p. ; 23 cm – (Coleção História Contada do Banco Central do Brasil; v. 19) I. Banco Central do Brasil – História. II. Entrevista. III. Malan, Pedro S. IV. Título. V. Coleção. CDU 336.711(81)(091) Apresentação O Banco Central do Brasil tem mais de 50 anos. A realização de entrevistas orais com personalidades que contribuíram para a sua construção faz parte da memória dessa Instituição, que tão intimamente se vincula à trajetória econômica do país. Essas entrevistas são apresentadas nesta Coleção História Contada do Banco Central do Brasil, que complementa iniciativas anteriores. É um privilégio poder apresentar esta Coleção. As entrevistas realizadas permitem não apenas um passeio pela história, mas também vivenciar as crises, os conflitos, as escolhas realizadas e as opiniões daqueles que deram um período de suas vidas pela construção do Brasil. Ao mesmo tempo, constituem material complementar às fontes históricas tradicionais. O conjunto de depoimentos demonstra claramente o processo de construção do Banco Central como instituição de Estado, persistente no cumprimento de sua missão. A preocupação com a edificação de uma organização com perfil técnico perpassa a todos os entrevistados. Ao mesmo tempo em que erguiam a estrutura, buscavam adotar as medidas de política econômica necessárias ao atingimento de sua missão. É evidente, também, a continuidade de projetos entre as diversas gestões, viabilizando construções que transcendem os mandatos de seus dirigentes. Nossa expectativa com a publicação dessas entrevistas é contribuir com uma melhor compreensão acerca da evolução da Instituição e de sua atuação. Queremos estimular a busca por conhecimentos sobre a história econômica do país e sobre como o Banco Central busca seus objetivos de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez e eficiência do sistema financeiro. Ilan Goldfajn Presidente do Banco Central do Brasil Introdução Pedro Malan, servidor público de carreira, era, desde junho de 1991, o negociador-chefe da dívida externa brasileira, quando foi convidado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, para assumir a presidência do Banco Central do Brasil (BCB) em agosto de 1993. Pedro nasceu em Petrópolis, em 1943. Completou o curso científico no Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro e ingressou no curso de Engenharia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1961, concluindo-o em 1965, aos 22 anos. Os ambientes econômico e político do país estimulavam a participação no Diretório Acadêmico e os debates sobre desenvolvimento no Brasil e no resto do mundo, levando-o gradualmente a desenvolver maior interesse em Economia. Assim, em 1964, iniciou a Faculdade de Economia na Universidade do Estado da Guanabara, atual UERJ, que, no entanto, não foi concluído, em favor de 18º Curso Intensivo em Problemas do Desenvolvimento Econômico, patrocinado pela Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ministrado em Vitória, Espírito Santo. Ao retornar ao Rio de Janeiro, sua classificação no curso favoreceu sua candidatura a uma posição no Escritório de Pesquisa de Economia Aplicada (Epea), posteriormente transformado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), iniciando carreira de planejador e pesquisador que lhe assegurou reconhecimento acadêmico nacional e internacional. No Epea, a qualidade e a experiência dos quadros, com participação de pesquisadores estrangeiros, permitiam a formação de uma visão crítica do desenvolvimento econômico em curso e a realização de estudos de diagnóstico setoriais da economia brasileira. Assim, iniciou seus trabalhos com Arthur Candal – Industrialização brasileira: diagnóstico e perspectivas –, mas ficou conhecido pelos Pedro S. Malan 9 estudos pioneiros com Joel Bergsman sobre a estrutura de proteção industrial efetiva no Brasil.1 Em 1967, participou do programa de desenvolvimento econômico oferecido pelo Centro de Treinamento para o Desenvolvimento Econômico e Social (Cendec), instituição educacional vinculada ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao mesmo tempo em que liderava o grupo que trabalhava no projeto do livro Política econômica externa e industrialização no Brasil – 1939-1952, que, por seu pioneirismo e qualidade, recebeu o prêmio Visconde de Cairu, em 1978. Aprovado na seleção para cursos de doutorado em universidades nos Estados Unidos e na Inglaterra em 1968, optou por realizá-lo na Universidade da Califórnia em Berkeley, especializando-se em economia monetária e economia internacional, concluindo sua tese – Restrições cambiais ao crescimento em economias semi-industrializadas: a experiência brasileira, 1946-1976 – em 1977 sob orientação de Albert Fishlow. Suas pesquisas nos anos seguintes, quando retornou ao Ipea, foram orientadas por seu interesse em macroeconomia, economia internacional e interações entre a economia brasileira e a economia internacional, bem como pela crise internacional decorrente do choque do petróleo, seus impactos e as respostas de política econômica. Já nessa época, os principais centros de estudos e de pesquisas em economia no país elaboravam suas publicações de modo a divulgarem sua produção. Nesse contexto, o Instituto de Pesquisas Econômicas da FEA-USP publicava a Estudos Econômicos; a Fundação Getulio Vargas no Rio (FGV-Rio), a Revista Brasileira de Economia; e o Ipea, a Pesquisa e Planejamento Econômico, revista da qual Pedro Malan foi editor, após longo período como membro do corpo editorial. 1 Os resultados dos estudos com Bergsman foram publicados em Joel Bergsman e Pedro Malan. A estrutura de proteção industrial no Brasil. Revista Brasileira de Economia, v.24, n.2, p.97-144, abr./ jun.1970; e em BALASSA, Bela (ed). The structure of protection in developing countries. London, Johns Hopkins, 1971. 10 Introdução Em 1979, após ser reeleito presidente do Instituto dos Economistas do Rio de Janeiro, licenciou-se do Ipea e passou a integrar o grupo que criou o programa de mestrado em economia da PUC do Rio de Janeiro. A criação desse programa deveu-se principalmente a Francisco [Lafaiete de Pádua] Lopes, Dionísio Dias Carneiro e Rogério Werneck, que emigraram da EPGE, mas foi enriquecida com a participação também de Edmar [Lisboa] Bacha, André [Pinheiro de] Lara Resende, Persio Arida, Eduardo Modiano, José Marcio Camargo, além de professores visitantes e alunos que seguiram carreira e contribuíram imensamente para o debate de política econômica do país. Após retornar ao Ipea, no início de 1983, Pedro Malan foi convidado a assumir a divisão de análise e pesquisa do Centro de Empresas Transnacionais da ONU, em Nova Iorque, sendo promovido, em 1985, a responsável pelo Departamento de Economia Internacional e Assuntos Internacionais. Em setembro de 1986, recebeu o convite da Área Econômica do governo brasileiro para representar o país como diretor- -executivo junto ao Banco Mundial, posição que o país ainda não exercera desde a criação da instituição. Em 1990, o governo brasileiro elegeu-o diretor executivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mas já no ano seguinte foi convocado pelo ministro da Economia, Fazenda e Planejamento, Marcílio Marques Moreira, para assumir a posição de negociador da dívida externa brasileira. Permaneceu como negociador da dívida brasileira e representante do Brasil na diretoria do BID até outubro de 1992, quando retornou à diretoria do Banco Mundial eleito por oito países, por indicação do Brasil. Foi com essa bagagem que Pedro Malan retornou ao Brasil, em agosto de 1993, para assumir a presidência do Banco Central e participar da elaboração do plano de estabilização que buscava eliminar um processo inflacionário que levara a taxa de inflação anualizada a níveis acima de 2.000%. A experiência com a renegociação da dívida externa brasileira, a necessária perseverança, os cuidados e as conquistas são apresentados na entrevista concedida à equipe do Centro de Pesquisa e Documentação Pedro S. Malan 11 de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV), em 16 de outubro de 2016, no âmbito do Projeto Memória do Banco Central do Brasil. Na sequência, Pedro abordou sua atuação como presidente do BCB e membro ativo da equipe econômica formada para elaborar o programa de estabilização econômica. O depoente trata em especial dos principais focos de atenção e dos avanços dessa iniciativa relativamente às tentativas de estabilização anteriores. As entrevistas realizadas com ex-presidentes e ex-diretores do Banco Central em 2016 e em 2017 resultam da retomada do Projeto Memória do BCB. Em 1989, o BCB e o CPDOC/FGV firmaram convênio para desenvolver o projeto A Criação do Banco Central: primeiros momentos, com o objetivo de estudar, por meio da realização de entrevistas de história oral, a criação e a organização da Instituição, que no ano seguinte completaria 25 anos. No início da década de 1990, foram lançados os livros com os depoimentos de Octavio Gouvêa de Bulhões, duas vezes diretor-executivo da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) e ministro da Fazenda entre 1964 e 1967, e de Denio Nogueira, primeiro presidente do Banco Central. Em um segundo momento, foi colhido o depoimento de Alexandre Kafka, diretor-executivo
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