Diretiva 2014/32/Ue Do Parlamento Europeu E Do Conselho
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29.3.2014 PT Jornal Oficial da União Europeia L 96/149 DIRETIVA 2014/32/UE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 26 de fevereiro de 2014 relativa à harmonização da legislação dos Estados-Membros respeitante à disponibilização no mercado de instrumentos de medição (reformulação) (Texto relevante para efeitos do EEE) O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, princípios comuns e disposições de referência destinados a ser aplicados transversalmente na legislação setorial, a fim de constituírem uma base coerente de revisão ou Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União reformulação dessa legislação. Em consequência, a Dire o tiva 2004/22/CE deverá ser adaptada a essa decisão. Europeia, nomeadamente o artigo 114. , (4) A presente diretiva cobre os instrumentos de medição Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia, que são novos para o mercado da União quando são colocados no mercado, ou seja, os instrumentos de me dição novos produzidos por um fabricante estabelecido Após transmissão do projeto de ato legislativo aos parlamentos na União ou os instrumentos de medição, novos ou em nacionais, segunda mão, importados de um país terceiro. Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social (5) Podem ser utilizados instrumentos de medição corretos e Europeu ( 1), rastreáveis para as mais variadas funções. As que respon dam a razões de interesse público, de saúde, ordem e segurança públicas, proteção do ambiente, defesa do con sumidor, cobrança de impostos e taxas, bem como de Deliberando de acordo com o processo legislativo ordinário ( 2), lealdade nas transações comerciais, que afetam, direta e indiretamente, o quotidiano dos cidadãos sob diversas formas, podem exigir que os instrumentos de medição Considerando o seguinte: sejam submetidos a controlo legal. (1) A Diretiva 2004/22/CE do Parlamento Europeu e do (6) A presente diretiva deverá aplicar-se a todas as formas de Conselho, de 31 de março de 2004, relativa aos instru fornecimento, incluindo a venda à distância. mentos de medição ( 3), foi substancialmente alterada ( 4). Uma vez que devem ser efetuadas alterações suplemen tares, é conveniente, por razões de clareza, proceder à (7) O controlo metrológico legal não deverá originar entra reformulação da referida diretiva. ves à livre circulação dos instrumentos de medição. As disposições aplicáveis deverão ser as mesmas em todos os Estados-Membros e a prova de conformidade deverá ser o (2) O Regulamento (CE) n. 765/2008 do Parlamento Euro aceite em toda a União. peu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, que estabe lece os requisitos de acreditação e fiscalização do mer cado relativos à comercialização de produtos ( 5), fixa re (8) O controlo metrológico legal exige a conformidade com gras de acreditação dos organismos de avaliação da con requisitos de desempenho específicos. Os requisitos de formidade, define um quadro para a fiscalização do mer desempenho a cumprir pelos instrumentos de medição cado de produtos e para o controlo dos produtos pro deverão proporcionar um elevado nível de proteção. A venientes de países terceiros, e estabelece os princípios avaliação da conformidade deverá proporcionar um ele gerais que regulam a marcação CE. vado nível de confiança. o (3) A Decisão n. 768/2008/CE do Parlamento Europeu e do (9) Os Estados-Membros deverão, regra geral, manter a op Conselho, de 9 de julho de 2008, relativa a um quadro ção de impor um controlo metrológico legal. Sempre que comum para a comercialização de produtos ( 6 ), estabelece se imponha um controlo metrológico legal, só deverão ser utilizados instrumentos de medição que cumpram os 1 requisitos de desempenho comuns. ( ) JO C 181 de 21.6.2012, p. 105. ( 2 ) Posição do Parlamento Europeu de 5 de fevereiro de 2014 (ainda não publicada no Jornal Oficial) e decisão do Conselho de 20 de fevereiro de 2014. (10) O princípio da opcionalidade introduzido pela Diretiva ( 3 ) JO L 135 de 30.4.2004, p. 1. ( 4 ) Ver Anexo XIV, Parte A. 2004/22/CE permite aos Estados-Membros exercerem o ( 5 ) JO C 218 de 13.8.2008, p. 30. seu direito de decidir se prescrevem a utilização dos ins ( 6 ) JO L 218 de 13.8.2008, p. 82. trumentos de medição por ela abrangidos. L 96/150 PT Jornal Oficial da União Europeia 29.3.2014 (11) As especificações nacionais referentes aos requisitos na (18) O fabricante, mais conhecedor do projeto e do processo cionais pertinentes a utilizar não deverão interferir com o de produção, encontra-se na melhor posição para efetuar disposto na presente diretiva relativamente à «colocação o procedimento de avaliação da conformidade. Por con em serviço». seguinte, a avaliação da conformidade deverá continuar a ser um dever exclusivo do fabricante. (12) O desempenho de certos instrumentos de medição é particularmente sensível ao ambiente, em especial ao am (19) É necessário assegurar que os instrumentos de medição biente eletromagnético. A imunidade dos instrumentos provenientes de países terceiros que entram no mercado de medição às interferências eletromagnéticas deverá fa da União estejam em conformidade com a presente di zer parte integrante da presente diretiva; consequente retiva, nomeadamente que os procedimentos adequados mente, deixam de se aplicar os requisitos em matéria de avaliação da conformidade desses instrumentos de de imunidade contidos na Diretiva 2004/108/CE do Par medição sejam respeitados pelos fabricantes. Importa, lamento Europeu e do Conselho, de 15 de dezembro de por conseguinte, prever que os importadores se certifi 2004, relativa à aproximação das legislações dos Estados- quem de que os instrumentos de medição que colocam -Membros respeitantes à compatibilidade eletromagnéti no mercado cumprem os requisitos da presente diretiva e ca ( 1). não coloquem no mercado instrumentos de medição que não cumpram esses requisitos ou que apresentem riscos. Importa igualmente prever que os importadores se certi fiquem de que os procedimentos de avaliação da confor (13) A fim de assegurar a livre circulação dos instrumentos de midade foram cumpridos e de que a marcação dos ins medição na União, os Estados-Membros não deverão im trumentos de medição e a documentação elaborada pelo pedir a colocação no mercado e em serviço de instru fabricante estão à disposição das autoridades nacionais mentos de medição que ostentem a marcação CE e a competentes para inspeção. marcação metrológica suplementar nos termos da pre sente diretiva. (20) Ao colocarem um instrumento de medição no mercado, os importadores deverão indicar nesse instrumento o seu (14) Os Estados-Membros deverão adotar medidas adequadas nome, o nome comercial registado ou a marca registada para impedir colocação no mercado e/ou em serviço de e o endereço postal no qual podem ser contactados. instrumentos de medição não conformes. É, pois, neces Deverão prever-se exceções, se a dimensão ou a natureza sária uma cooperação adequada entre as autoridades do instrumento de medição não o permitirem. Nestas competentes dos Estados-Membros, a fim de garantir exceções estão incluídos os casos em que o importador um efeito ao nível da União para este objetivo. seria obrigado a abrir a embalagem para colocar o seu nome e endereço no instrumento de medição. (15) Os operadores económicos deverão ser responsáveis pela (21) O distribuidor disponibiliza um instrumento de medição conformidade dos instrumentos de medição com a pre no mercado após a sua colocação no mercado pelo fa sente diretiva, de acordo com o seu respetivo papel no bricante ou pelo importador. O distribuidor deverá atuar circuito comercial, a fim de assegurar um elevado nível com a devida diligência para assegurar que o manusea de proteção dos aspetos do interesse público abrangidos mento que faz do instrumento de medição não afete pela presente diretiva, e igualmente de garantir uma con negativamente a sua conformidade com a presente dire corrência leal no mercado da União. tiva. (16) Os operadores económicos que intervenham no circuito (22) Um operador económico que coloque no mercado um comercial deverão tomar as medidas adequadas para ga instrumento de medição em seu próprio nome ou sob a rantir que apenas disponibilizem no mercado instrumen sua marca, ou que altere um instrumento de medição de tos de medição conformes com a presente diretiva. É tal modo que a conformidade com a presente diretiva necessário prever uma repartição clara e proporcionada possa ser afetada, deverá ser considerado como sendo o dos deveres de cada operador económico na cadeia de fabricante e deverá cumprir as suas obrigações enquanto abastecimento e distribuição. tal. (17) A fim de facilitar a comunicação entre os operadores (23) Os distribuidores e importadores, por estarem próximos económicos, as autoridades de fiscalização do mercado do mercado, deverão ser envolvidos nas atividades de e os consumidores, os Estados-Membros deverão encora fiscalização do mercado realizadas pelas autoridades na jar os operadores económicos a incluir, além do endereço cionais competentes, e deverão estar preparados para postal, um endereço de sítio Web. participar ativamente, facultando a essas autoridades toda a informação necessária relacionada com o instru ( 1 ) JO L 390 de 31.12.2004, p. 24. mento de medição em causa. 29.3.2014 PT Jornal Oficial da União Europeia L 96/151 (24) Ao garantir-se a rastreabilidade de um instrumento de coerência intersetorial e de evitar variantes ad hoc, os medição ao longo de todo o circuito comercial contri procedimentos de avaliação da conformidade deverão bui-se para simplificar e tornar mais eficiente a fiscaliza ser escolhidos de entre os referidos módulos. No entanto, ção do mercado. Um sistema eficaz de rastreabilidade é necessário adaptar esses módulos a fim de refletir as facilita a tarefa das autoridades de fiscalização relativa petos específicos do controlo metrológico. mente à identificação do operador económico responsá vel pela disponibilização no mercado de instrumentos de medição não conformes. Ao manterem a informação (30) A avaliação da conformidade dos subconjuntos deverá exigida pela presente diretiva para a identificação de ou ser realizada de acordo com o disposto na presente di tros operadores económicos, os operadores económicos retiva.