Município de Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

Divisão Municipal de Urbanismo e Planeamento Serviço de Planeamento e SIG

Proposta de I alteração à planta da RAN de Salvaterra de Magos em simultâneo com a IV alteração e II correção material ao PDM.

Memória descritiva e justificativa (descrição da proposta de alteração e justificação das opções tomadas).

março de 2018

Município de Salvaterra de Magos Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

Divisão Municipal de Urbanismo e Planeamento Serviço de Planeamento e SIG

Proposta de I alteração à planta da RAN de Salvaterra de Magos em simultâneo com a IV alteração e II correção material ao PDM.

Memória descritiva e justificativa (descrição da proposta de alteração e justificação das opções tomadas).

Almeirim

Azambuja

Salvaterra de Magos

Benavente

março de 2018

Ficha Técnica

Informação do documento e revisões

Proposta de I alteração à planta da RAN de Salvaterra de Magos em simultâneo com a IV Título Alteração e II Correção Material ao PDM. Câmara Municipal de Salvaterra de Magos / Divisão Municipal de Urbanismo e Planeamento Autor / Serviço de Planeamento e SIG (CMSM / DMUP / SPSIG). Data de cria ção janeiro de 2016

Revisões do documento

Versão Data Autor Notas 1.0 janeiro de 2016 2.0 julho de 2016 CMSM / DMUP / SPSIG 3.0 março de 2017 4.0 março de 2018

Aprovação do documento

Responsável Data Chefe da DMUP/CMSM março de 2018

Índice Geral

Índice Geral ...... i Índice de Figuras ...... ii Índice de Tabelas ...... ii Índice de Anexos ...... iii 1. Introdução ...... 1 2. Descrição da proposta de alteração e justificação das opções tomadas ...... 2 2.1. Âmbito das áreas de exclusão à RAN...... 2 2.2. Alteração da delimitação da RAN em simultâneo com dinâmicas de IGT ...... 3 2.3. Indicação de fontes de informação utilizadas na proposta de alteração ...... 4 2.4. Demonstração de que a alteração salvaguarda a preservação dos valores e recursos naturais fundamentais que a RAN pretende proteger e que garante a integridade e a coerência sistémica da RAN...... 6 2.4.1 Caracterização geológica ...... 7 2.4.2 Caracterização geomorfológica ...... 8 2.4.3 Caracterização dos recursos hídricos ...... 14 2.4.3.1 Recursos hídricos superficiais ...... 14 2.4.3.2 Recursos hídricos subterrâneos ...... 16 2.4.4 Caracterização pedológica ...... 17 2.4.4.1 Tipo de solo e respetiva capacidade de uso ...... 18 2.4.5 Conservação da natureza e biodiversidade ...... 23 2.4.6 Síntese biogeográfica (fitogeográfica e fitossociológica) ...... 24 2.4.7 Síntese do perfil socioeconómico do concelho de Salvaterra de Magos ...... 26 2.4.7.1 Conclusão parcial ...... 33 2.4.8 Padrões de Ocupação do Solo ...... 33 2.4.8.1 Conclusão parcial ...... 36 2.5. Explicitação dos princípios e critérios utilizados para a identificação das áreas a excluir...... 36 2.6. Enquadramento das exclusões face aos instrumentos de gestão territorial (IGT) em vigor vinculativos dos particulares...... 41 i 2.7. Imagem aérea atualizada (indicando a respetiva data) com a representação das áreas a excluir...... 43 2.8. Fichas de áreas a excluir da RAN : fundamentação da alteração da RAN face à evolução das condições económicas, sociais, culturais e ambientais e justificação objetiva da necessidade das exclusões, incluindo a demonstração da inexistência de alternativa de localização...... 45 2.8.1 Ficha da área de solo/mancha E1 ...... 45 2.8.2 Ficha das áreas de solo C2 (ex-E2) e E3 ...... 54 2.8.3 Ficha da área de solo C6 (ex-E6) ...... 63 2.9. Sinopse de áreas a incluir em RAN ...... 73 2.10. Sinopse de áreas a excluir da RAN ...... 73 3. Referências bibliográficas ...... 75 3.1. Componente Escrita ...... 75 3.2. Componente Cartográfica ...... 77 3.3. Internet ...... 78 ANEXOS ...... A

Relatório – março de 2018

Índice de Figuras

Figura 1 – Áreas de solo objeto de exlusão à RAN...... 2 Figura 2 – Diagrama das etapas da alteração da delimitação da RAN do município de Salvaterra de Magos, vide DL n.º 73/2009, 31/03 (versão vigente) - aprova o regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional (RJRAN)...... 3 Figura 3 – Enquadramento cartográfico da área de estudo...... 5 Figura 4 – Área a excluir sobrejacente à litologia do concelho de Salvaterra de Magos...... 8 Figura 5 – Área a excluir sobrejacente ao Mapa geomorfológico com os principais níveis de terraços do baixo vale do Tejo. (Ext. de MARTINS, 1999, p. 300-A)...... 10 Figura 6 – Curva hipsométrica da área de estudo...... 11 Figura 7 – Retângulo equivalente do relevo do território do concelho de Salvaterra de Magos. 12 Figura 8 – Área a excluir sobrejacente à repartição geográfica das classes de altitude...... 12 Figura 9 – Área a excluir sobrejacente à repartição geográfica de classes de declive...... 13 Figura 10 – Área a excluir sobrejacente aos recursos hídricos superficiais - Estado ou Potencial Ecológico das Massas de Água – no âmbito do 2.º ciclo do PGRH5...... 15 Figura 11 – Área a excluir sobrejacente aos recursos hídricos superficiais - Estado Global das Massas de Água – no âmbito do 2.º ciclo do PGRH5...... 15 Figura 12 – Área a excluir sobrejacente aos recursos hídricos subterrâneos...... 16 Figura 13 – Áreas de solo a excluir à RAN, sobrejacentes à carta de solos, a), e respetiva capacidade de uso, b)...... 21 Figura 14 – Áreas de solo sobre a Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental - ERPVA (Ext. do PROT-OVT)...... 23 Figura 15 – Áreas de solo sobre a Rede Complementar da ERPVA (Ext. do PROT-OVT)...... 24 Figura 16 - Extrato do mapa das séries de vegetação do Ribatejo (Ext. de GASPAR, 2003, p. 297)...... 25 Figura 17 – Repartição da população residente, em número, por subseção estatística (vide INE, Censos 2011)...... 29 Figura 18 – Estabelecimentos (% de n.º), em Salvaterra de Magos, segundo a secção da CAE- Rev.3, 2013...... 30 Figura 19 – Pessoal ao serviço, (% de n.º) em Salvaterra de Magos, do estabelecimento ii segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013...... 31 Figura 20 – Volume de negócios (% de milhares de euros), em Salvaterra de Magos, do estabelecimento segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013...... 32 Figura 21 – Repartição do uso e ocupação do solo na área objeto de alteração (Ext. da COS2010v1, DGT)...... 34 Figura 22 – Repartição do uso e ocupação do solo na área do concelho de Salvaterra de Magos (POS2010, PROT-OVT, CCDR-LVT)...... 35 Figura 23 – Proposta de exclusão E1...... 44 Figura 24 – Proposta de exclusão C2 (ex-E2) e E3...... 44 Figura 25 – Proposta de exclusão C6 (ex-E6)...... 45

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Âmbito das áreas de solo a alterar...... 3 Tabela 2 – Relação da dinâmica de IGT (PDM), dinâmica de RAN e dinâmica de REN...... 4 Tabela 3 – Cartografia topográfica e temática utilizada...... 4 Tabela 4 – Características das formações litostratigráficas na área do concelho de Salvaterra de Magos...... 7 Tabela 5 – Litologia das áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN...... 8 Tabela 6 – Principais níveis embutidos a jusante de (Ext. de MARTINS, 1999, pp. 308-309)...... 9 Tabela 7 – Classes altimétricas do relevo do território do concelho de Salvaterra de Magos. .. 11 Tabela 8 – Geomorfologia das parcelas a submeter a proposta de exclusão à RAN...... 13 Tabela 9 – Tipos de solo (pédon): Família e capacidade de uso, das áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN...... 18

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Tabela 10 – Descrição das características morfológicas gerais das Famílias (Ext. de SROA, 1974, 1970; DGADR, 2015; ISA/UTL/SA, 2015) e GHS de acordo com OLIVEIRA (2004)...... 19 Tabela 11 – Classes de capacidade de uso do solo (Ext. de DGADR, 2015)...... 19 Tabela 12 – Subclasses de capacidade de uso do solo (Ext. de DGADR, 2015)...... 19 Tabela 13 – Níveis de exploração do solo (Ext. de SROA, 1972, pp. 6-7)...... 20 Tabela 14 – Dados analíticos de perfis de solo representativos (Ext. de CNROA, 1973)...... 21 Tabela 15 – Evolução da população residente segundo a dimensão dos lugares (%) (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015)...... 26 Tabela 16 – Evolução da população em lugares com mais de 300 habitantes no concelho de Salvaterra de Magos e variação 2001-11 (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015)...... 27 Tabela 17 – Evolução recente da população no concelho de Salvaterra de Magos e densidade populacional (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015)...... 27 Tabela 18 – Evolução das taxas de atividade e desemprego (%) (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015)...... 28 Tabela 19 – Evolução da estrutura da população ativa (%) (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015). .. 28 Tabela 20 – Estrutura da população ativa em 2011 por (%)(Ext. de CIMLT & CMSM, 2015)...... 29 Tabela 21 – Estabelecimentos (unidade: n.º) por município, segundo a CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015)...... 30 Tabela 22 – Pessoal ao serviço, (unidade: n.º) por município, do estabelecimento segundo a CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015)...... 31 Tabela 23 – Volume de negócios (unidade: milhares de euros) por município, do estabelecimento segundo a CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015)...... 32 Tabela 24 – Nomenclatura da Classificação das Atividades Económicas - CAE-Rev.3 (Ext. de INE, 2015)...... 33 Tabela 25 – Classes de uso e ocupação do território (COS2010v1, DGT)...... 34 Tabela 26 - Legenda da caracterização dos POS no PROT-OVT (Ext. do PROT-OVT, vide CCDR-LVT)...... 34 Tabela 27 – Integração de áreas em RAN (DL n.º 199/2015, 16/09)...... 37 Tabela 28 – Ações e critérios de delimitação da RAN (DRAP-LVT, 2014 (ANEXO I - Ações e iii Critérios))...... 38 Tabela 29 – Referência legal para efeitos de classificação do solo como urbano e rústico/rural (Ext. do Decreto Regulamentar n.º 15/2015, 19/08)...... 39 Tabela 30 – Identificação da ação e critério de exclusão à RAN...... 41 Tabela 31 - Dinâmicas da RAN, REN e PDM de Salvaterra de Magos (Ext. da DGT)...... 41 Tabela 32 – Extrato do regulamento do PDM de Salvaterra de Magos...... 42 Tabela 33 – Síntese das condições de OT&U e Ambientais, das áreas de solo a alterar a RAN e PDM...... 42 Tabela 34 – Ficha da área de solo/mancha n.º E1...... 46 Tabela 35 – Ficha das áreas de solo/mancha n.º C2 (ex-E2) e E3...... 55 Tabela 36 – Ficha da área de solo/mancha n.º C6 (ex-E6)...... 65 Tabela 37 – Síntese das áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN...... 74 Tabela 38 – Relação de áreas de RAN: RAN eficaz e RAN proposta...... 74

Índice de Anexos

Anexo 1 – Ata da reunião de 21/12/2016 no âmbito da IV Alteração ao PDM, nas instalações da CCDR-LVT, em Lisboa...... C Anexo 2 – Planta da alteração da delimitação da RAN do município de Salvaterra de Magos. .. E

Relatório – março de 2018

iv

Relatório – março de 2018 Proposta de II alteração à planta da RAN de Salvaterra de Magos em simultâneo com a IV alteração e II correção material ao PDM

1. Introdução

A presente proposta de alteração da delimitação da planta da reserva agrícola nacional - RAN, nos termos do artigo 14.º do regime jurídico da reserva agrícola nacional (RJRAN), ocorre em simultâneo com a elaboração da Quarta Alteração e Segunda Correção Material ao PDM de Salvaterra de Magos. A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos desencadeou o procedimento técnico de Quarta Alteração ao Plano Diretor Municipal (PDM) de Salvaterra de Magos conforme deliberação em reunião de Câmara Municipal do dia 04/03/2015, tendo o ato sido publicado em Diário da República pelo Aviso n.º 3009/2015, 20/03, onde foram fixados 15 dias para a participação preventiva, nos termos do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT). Sob o enquadramento do artigo 93.º/RJIGT e mais tarde com o artigo 115.º/DL n.º 80/2015, 14/05. Esta proposta beneficia das orientações recolhidas em sede de Conferência Procedimental da Quarta alteração ao PDM que se “desdobrou” na dinâmica de “Correção Material”, conforme indicado nos respetivos procedimentos. As alterações da delimitação da planta da RAN preconizadas correspondem a áreas a excluir, que compreendem 4 manchas/áreas de solo, que somam 2,5 ha. Como é sabido, a RAN é o conjunto das áreas que em termos agroclimáticos, geomorfológicos e pedológicos apresentam maior aptidão para a atividade agrícola. A RAN é uma restrição de 1 utilidade pública, à qual se aplica um regime territorial especial, que estabelece um conjunto de condicionamentos à utilização não agrícola do solo, identificando quais as permitidas tendo em conta os objetivos do presente regime nos vários tipos de terras e solos. Salienta-se que foi corrigido o prefixo das áreas de exclusão E2 e E6 que passam a C2 e C6 pois implicam territórios maioritariamente com compromissos urbanísticos. A proposta de alteração da RAN incide na planta da RAN publicada (A.7) e implica com as plantas de ordenamento com referência F.1.1, F.1.9 e planta de condicionantes (F.2.1) do PDM, por conseguinte, o presente relatório também é constituído pela planta da RAN alterada. O presente relatório apresenta uma estrutura assente em quatro capítulos: 1) Introdução; 2) Descrição da proposta de alteração e justificação das opções tomadas (incluindo a demonstração de que a alteração salvaguarda a preservação dos valores e recursos naturais fundamentais que a RAN pretende proteger e que garante a integridade e a coerência sistémica da RAN); e 3) Referências Bibliográficas e anexos. Os resultados são apresentados em duplicado (papel e suporte digital – CD-ROM), no formato de imagem “pdf” e geometria das áreas de solo a excluir em formato vetorial GIS shapefile da ESRI.

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2. Descrição da proposta de alteração e justificação das opções tomadas

2.1. Âmbito das áreas de exclusão à RAN

Conforme mencionado a presente alteração da delimitação da RAN implica exclusões que decorrem em simultâneo com as dinâmicas de Instrumentos de Gestão do Território (IGT) relacionadas com o PDM: IV Alteração e II Correção Material. As áreas de solo/manchas objeto de alteração da delimitação da RAN implicam a exlusão de pequenas superfícies integradas em RAN e que são servidas pelas seguintes rodovias: (i) Estrada dos Almocreves/CM 1413; (ii) Estrada das Malhadinhas e (iii) Estrada da Ponte de Pedra e Avenida José Luís Brito de Seabra (ver figura e tabela a seguir).

2

Figura 1 – Áreas de solo objeto de exlusão à RAN.

As manchas E1, C2 (ex-E2), E3 relacionam-se com a II Correção Material ao PDM (que visa a correção da classificação afeta ao espaço-canal de infraestrutura do ex-traçado do IC 3 que foi excecionada da ratificação do PDM) e a mancha C6 (ex-E6) relaciona-se com a IV Alteração ao PDM.

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Tabela 1 – Âmbito das áreas de solo a alterar. 1 2 3 4 5 6 Área Código Fundamentação m2 ha . % % (concelho) 1 E1 19679.6 1.97 78.6 0.008 Relacionado com a II Correção Material ao PDM, pretende o 2 C2 (ex-E2) 1557.2 0.16 6.2 0.001 ajustamento de limites de áreas, devidamente infraestruturadas, na área reservada ao antigo IC 3 (traçado revogado). Promove-se a colmatação e compactação de AUC. 3 E3 293.7 0.03 1.2 0.000 Acresce que correspondem a áreas de solo sem aptidão agrícola para estatuto de RAN (artigo 8.º/RJRAN) ou para integração específica (artigo 9.º/RJRAN). Classificação de mancha como solo urbano e exclusão à RAN. A área de solo possui compromissos urbanísticos e situa-se contígua à frente urbana de Salvaterra de Magos onde se corrige a cartografia por forma a eliminar conflitos de uso e a C6 4 3509.8 0.35 14.0 0.001 atualizar a extensão do perímetro com inclusão de uma faixa (ex-E6) contígua ao atual perímetro urbano. Assim promove-se a colmatação, compactação e contenção do edificado. Promove- se a colmatação, compactação e contenção do edificado em AUC. A área é servida por infraestruturas públicas essenciais. Soma 25040.2 2.50 100.0 0.010

2.2. Alteração da delimitação da RAN em simultâneo com dinâmicas de IGT

A alteração da delimitação da RAN suscita procedimentos autónomos e sincronizados com o procedimento de IV Alteração e II Correção Material do PDM, em conformidade com os respetivos regimes jurídicos em vigor. O diagrama infra esquemnatiza as 3 grandes etapas associadas à alteração da delimitação da RAN do município de Salvaterra de Magos.

3

Figura 2 – Diagrama das etapas da alteração da delimitação da RAN do município de Salvaterra de Magos, vide DL n.º 73/2009, 31/03 (versão vigente) - aprova o regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional (RJRAN).

Atendendo a que o projeto de IV Quarta Alteração ao PDM e II Correção Material envolvem a alteração da RAN considera-se a numeração das diversas áreas de forma semelhante nos 3 procedimentos, o que é feito através da seguinte tabela de codificação:

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Tabela 2 – Relação da dinâmica de IGT (PDM), dinâmica de RAN e dinâmica de REN. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Código Dinâmica Peças gráficas a Objetivo Procedimentos PDM RAN REN IGT RAN REN alterar/corrigir Exclusão da Condicionantes 1 1 N.A. E1 N.A. REN (F.2.1); REN (A.8) II Exclusão da Ordenamento (10k – C6 C10 I Alteração RAN e REN e F.1.9, 25k – F.1.1), 2 10 (ex- (ex- Alteração à REN classificação Condicionantes IV E6) E10) à RAN como solo (F.2.1); RAN (A.7); Em curso Alteração urbano REN (A.8) (PDM+RAN+REN) ao PDM Alteração por adaptação Ordenamento (25k – 3 15 N.A. N.A. N.A. N.A. (devido à Lei F.1.1), Condicionantes n.º 34/2005, (F.2.1) 28/01) 4 2 E1 E2 C2 I Exclusão da 5 3 (Ex- E3 Alteração RAN e REN E2) à RAN Ordenamento (10k – 6 4 E3 E4 II II F.1.10, 25k – F.1.1), Em curso 7 5 N.A. E5 Correção N.A. Alteração Condicionantes (PDM+RAN+REN) 8 6 N.A. E6 Material N.A. à REN (F.2.1); RAN (A.7); 9 8 N.A. C8 N.A. Exclusão da REN (A.8) C14 REN 10 9 N.A. (ex- N.A. E14) Legenda: N.A. - não aplicável.

2.3. Indicação de fontes de informação utilizadas na proposta de alteração

A realização do presente relatório envolveu a recolha e análise de cartografia topográfica e 4 temática de apoio conforme a seguinte tabela e mapa.

Tabela 3 – Cartografia topográfica e temática utilizada. Publ Sist. de Res Designaç Exacti- icaç Referên oluç ão Ano de dão Entidade ão cia ão da Folha Edição ou posicio- produtora na (Hayfor esp cartografi Voo nal/temátic esc d- acia a a ala Gauss) l1

Carta 2005 (4.ª ed.), 2004 Militar Instituto 364, 365, (3.ª ed.), 2007 (4.ª de Geográfico 1/25 Datum 2,5 377, 378, ed.), 2007 (3.ª ed.), ≥ 5 m do Exército K Lisboa m 391, 392 2007 (4.ª ed.), (Série (IGeoE) 2007 (3.ª ed.) M888)

Carta Geológica 1/50 Datum 364, 365 (31-A), 377, I.N.E.T.I., I. P. 2005 (2.ª ed.) ? ? de K 73 378, 391, 392 (31-C) Portugal IDRH - Carta de Instituto de Solos 1/25 Datum 364, 365 (31-A), 377, Desenvolvime 1999 ? ? Complem K Lisboa 378, 391, 392 (31-C) nto Rural e entar Hidráulica Carta de IDRH - capacidad Instituto de 1/25 Datum 364, 365 (31-A), 377, 1999 ? ? e de Uso Desenvolvime K Lisboa 378, 391, 392 (31-C) dos Solos nto Rural e

1 Ver DGT, 2013.

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Publ Sist. de Res Designaç Exacti- icaç Referên oluç ão Ano de dão Entidade ão cia ão da Folha Edição ou posicio- produtora na (Hayfor esp cartografi Voo nal/temátic esc d- acia a a ala Gauss) l1 Hidráulica

14002200, 14002250, 14002300, 14502200, - Posicional Instituto Ortofotoc 14502250, 14502300, = Geográfico artografia 14502350, 14502400, Planimetria: Português, da Série 15002200, 15002250, EMQ = 1,70 I.P./ 1/10 Datum 0,5 Nacional 15002300, 15002350, 2006 m; Comunidade K 73 m de 15002400, 15502200, Altimetria: Intermunicipal Ortofotom 15502250, 15502300, EMQ = 2 m; da Lezíria do apas 2 15502350, 15502400, - Temática = Tejo (CIMLT) 16002250, 16002300, 90 %. 16002350

Identificação da Modelo entidade produtora e - Posicional Instituto Numérico data de edição: = Geográfico 364-4, 365-3, 377-2, Topográfi - Nível, Lda., 1998; Planimetria: Português, 377-3, 377-4, 378-1, co da Municípia S.A., 2007 EMQ = 1,70 I.P./ 1/10 Datum 378-2, 378-3, 378-4, Série (atualização de - m; Comunidade K 73 391-1, 391-2, 391-3, Cartográfi planimetria); Municípia Altimetria: Intermunicipal 391-4, 392-1, 392-2, ca S.A., 2010 EMQ = 2 m; da Lezíria do 392-3 Nacional 3 (atualização de - Temática = Tejo (CIMLT) (SCN10k) altimetria e 90 %. hidrografia);

5

Figura 3 – Enquadramento cartográfico da área de estudo.

2 Vide Despacho n.º 23915/2005, de 23/11 (listagem onde constam as referências da cartografia oficial). O presente conjunto refere-se a um período temporal mais actual cuja listagem ainda não foi aprovada pelo ministério da tutela (actual MAOTDR) e publicada pelo IGP em Diário da República. 3 Vide Despacho n.º 23915/2005, de 23/11 (listagem onde consta a cartografia oficial).

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2.4. Demonstração de que a alteração salvaguarda a preservação dos valores e recursos naturais fundamentais que a RAN pretende proteger e que garante a integridade e a coerência sistémica da RAN.

Apresenta-se sinopse biofísica relativa ao contexto geofísico e de uso e ocupação do solo, conforme previsto no RJIGT, para efeitos de caracterização de elementos do objeto de estudo, com vista ao apoio à análise e diagnóstico em termos de OT&U. Ressalva-se que a indicação de informação de natureza biofísica, onde se inclui a geomorfológica e hidrológica, permite a ponderação dos interesses ambientais em questão, relativamente aos interesses económicos e sociais. No quadro do OT&U, nomeadamente dos IGT, encontra-se baseado em pressupostos de base física sustentados pelo artigo 4.º/n.º1/a)/RJIGT 4, que possibilitam o conhecimento aprofundado do território, permitindo, por exemplo, realizar uma análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças). A realização de estudos que envolvem estes domínios possibilita a caracterização do território e também a produção de estudos de definição de zonas protegidas (RAN, REN) e de Riscos ambientais (natural, tecnológico, misto), que ajudam a legitimar a tomada de decisão e a facilitar a gestão do território 5. O procedimento de IV Alteração ao PDM ao qual também se encontra associado o procedimento de I Alteração à RAN, foi qualificado como isento de Avaliação Ambiental Estratégica. Em face dos critérios estabelecidos no Anexo do DL n.º 232/2007, de 15/06, na redação atual, conclui-se que a IV Alteração do Plano Diretor Municipal de Salvaterra de 6 Magos, incide sobre a utilização de pequenas áreas a nível local e não é suscetível de gerar impactes significativos no Ambiente, pelo que deverá continuar isenta de Avaliação Ambiental. Em termos de recursos territoriais 6 (inclui recursos e valores naturais e áreas de risco) nos termos do RJIGT, não se observam impactes significativos negativos, decorrentes da alteração da RAN. As áreas de solo objeto de alteração também não são abrangidas por áreas sensíveis 7, conforme se verá mais à frente, nos termos da alínea a)/artigo 2.º do RJAIA, ou seja, sistemas

4 CAPÍTULO I / Disposições gerais / SECÇÃO I / Disposições gerais relativas ao planeamento territorial / Artigo 4.º (Fundamento técnico) 1 - Os programas e os planos territoriais devem explicitar, de forma clara, os fundamentos das respetivas previsões, indicações e determinações, a estabelecer com base no conhecimento sistematicamente adquirido: a) Das características físicas, morfológicas e ecológicas do território; b) Dos recursos naturais e do património arquitetónico e arqueológico; c) Da dinâmica demográfica natural e migratória; d) Das transformações ambientais, económicas, sociais e culturais; e) Das assimetrias regionais e das condições de acesso às infraestruturas, aos equipamentos, aos serviços e às funções urbanas. 2 - Os programas e os planos territoriais devem conter os indicadores qualitativos e quantitativos para efeitos da avaliação prevista no capítulo VIII. 5 Tal como destacado em CMS (2009). 6 Nos termos DL n.º 80/2015, 14/05/Artigo 10.º (Identificação dos recursos territoriais). Os programas e os planos territoriais identificam: a) As áreas afetas à defesa nacional, à segurança e à proteção civil; b) Os recursos e valores naturais; c) As áreas perigosas e as áreas de risco; d) As áreas agrícolas e florestais; e) As áreas de exploração de recursos energéticos e geológicos; f) A estrutura ecológica; g) O património arquitetónico, arqueológico e paisagístico; h) O sistema urbano; i) A localização e a distribuição das atividades económicas; j) As redes de transporte e mobilidade; k) As redes de infraestruturas e equipamentos coletivos. 7 a) «Áreas sensíveis»: i) Áreas protegidas, classificadas ao abrigo do DL n.º 142/2008, de 24/07; ii) Sítios da Rede Natura 2000, zonas especiais de conservação e zonas de proteção especial, classificadas nos termos do DL n.º 140/99, 24/04, no âmbito das Diretivas n. os 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril de 1979, relativa à conservação das aves selvagens, e 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens; iii) Zonas de proteção dos bens imóveis classificados ou em vias de classificação definidas nos termos da Lei n.º 107/2001, 08/09.

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ecológicos da Rede Natura 2000: Sítio de Importância Comunitária (SIC) ou da Zona de Proteção Especial (ZPE). Os solos objeto de proposta de exclusão e de maior qualidade agronómica situam-se na frente ribeirinha de Salvaterra de Magos, todavia, encontram-se integrados em AUC, frequentemente em situação de conflito do ponto de vista do regime de uso, ocupação e transformação do solo e correspondem a áreas de reduzida dimensão física. Ademais, conforme se constata no relatório, nas restantes áreas onde onde ocorrem manchas de RAN, estas referem-se a solos de reduzida qualidade agronómica, não só pelas características físicas, químicas e mineralógicas, mas também devido à reduzida dimensão técnica, ao que as limitações acentuadas patentes na carta de capacidade de uso (CCU) não deixam de demonstrar a reduzida aptidão agronómica.

2.4.1 Caracterização geológica A área objeto de estudo situa-se na Bacia Cenozóica do Baixo Tejo (BCBT), que constitui uma das unidades morfoestruturais da Península Ibérica. Nesta unidade, dominam as áreas planas, formadas por materiais arenosos e cascalhentos e por complexos areno-argilosos e algumas formações carbonatadas. A área do concelho de Salvaterra de Magos é abrangida pelas seguintes unidades litológicas conforme apresentadas na seguinte tabela e mapa a seguir. Tabela 4 – Características das formações litostratigráficas na área do concelho de Salvaterra de Magos. Alostratig Códi Geocronologia / Idade Litostratigrafia / Área rafia go 7 Formação E Litologia (BARBOS (INE Período Época (INETI) ra (ha) (%) A, 1995) TI) Areias, silte, Aluviões aluv Holocénico 3934,2 16,1 argilas Areias e cascalheiras Areias, Q 7726,9 31,7 de génese indiferenciada i fenoclastos Fenoclastos, ---- Cascalheiras de Qi' Areias, silte, 4842,9 19,9 génese indiferenciada Plistocénico argilas, Quaternário Quaternário Areias, silte, Depósitos de terraços Q argilas, 1637,8 6,7 fluviais f fenoclastos Formação de Ulme: Aloformaç PU Areias, arenitos 2203,4 9,0 areias e arenitos Cenozóico ão Formação da Serra de Pliocénico de Arenitos, : arenitos e P 2716,8 1,1 Almeirim SA conglomerados conglomerados Aloformaç Formações de Alcoentre e ão Neogénico Miocénico Areias, arenitos, de indiferenciadas: M 827,5 3,4 de AT indiferenciado argilitos areias, arenitos e argilitos Almoster Plano de Água 503,8 2,1 Totais 24393,4 100,0

As formações que ocupam maior extensão correspondem a areias e cascalheiras de génese indiferenciada (31,7%) e cascalheiras de génese indiferenciada (19,9%), ou seja, rochas detríticas características do setor intermédio da BCBT e depositadas por ação fluvial.

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Figura 4 – Área a excluir sobrejacente à litologia do concelho de Salvaterra de Magos.

Têm uma distribuição em arco a Oeste do alinhamento de relevos localmente conhecidos por 8 serras, como é o caso da Serra da Glória, Serra do Pessegueiro, Serra do Valão e Serra Galega, e de entre as quais, embora já fora da área de estudo, e para NE, a Serra de Almeirim é a mais proeminente. As áreas objeto de proposta de exclusão apresentam uma litologia conforme figura em cima e tabela seguinte.

Tabela 5 – Litologia das áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN. Área a alterar (n.º de ordem) Litologia E1 C2 (ex-E2) Areias e cascalheiras de génese indiferenciada E3 C6 (ex-E6) Aluviões (Areias, silte, argilas)

2.4.2 Caracterização geomorfológica A superfície do concelho de Salvaterra de Magos situa-se numa área abrangida pela investigação de MARTINS (1999), que identificou 4 níveis principais de embutimento (Tabela e figura seguintes). Em termos mais gerais, o terraço fluvial 8 tipo T1 corresponde ao terraço tipo de Ferrarias (terraços mais antigos). O seu estudo beneficiou de análise sedimentológica face à incerteza relativamente à posição morfoestratigráfica próxima do NML (Nível 1 (N1)) e que

8 Terraço fluvial: corresponde a uma superfície relativamente plana que permanece depois do rio, que o originou, ter entalhado o fundo de vale precedente. É um tipo de relevo que corresponde a canais fluviais e planícies de inundação abandonados. A sua presença em vales fluviais em todo o Mundo possibilita um registo de mudanças no escoamento líquido e sólido (sedimentos) do regime fluvial ao longo do tempo. Geneticamente podem ser considerados formas de relevo de deposição ou de erosão (GOUDIE, 2004, p. 1039).

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pode subdividir-se (com significado local), à semelhança do T2, com significados geomorfológicos diferentes.

Tabela 6 – Principais níveis embutidos a jusante de Chamusca (Ext. de MARTINS, 1999, pp. 308-309). Terraço Entre Alpiarça Área de Glória A jusante tipo e Almeirim do Ribatejo - serra de Almeirim da ribeira de Magos (T1 ) Terraços de acumulação na (T1 ) Terraços de acumulação extremidade ocidental do nível de Mora na extremidade ocidental do Lamarosa. (Ex.: Terraços de Ferrarias nível de Mora-Lamarosa, (T1 ) Terraços de acumulação na (100 m), Cocharro, Caniçais e serra da altitude 60-70 m (Ex.: extremidade ocidental do nível de Ferrarias Folga (90 m). Cascavel, Peso e Cascalho). Mora-Lamarosa a 100-110 m. Ex.: (T1a ) Subdivisão do terraço de serra da terraço de Ferrarias. Folga. Alt. 75-80 m a leste de Glória do Ribatejo. Possivelmente, terraço erosivo embutido na superfície do T1. (T2 ) Terraço de acumulação de (T2 ) Terraços de acumulação Convento da Serra com 75 m a oeste da de Bilrete e Carvoeira, com (T2 ) Patamar intermédio. Altitude de serra de Almeirim e com 60-65 m na altitude de 40-50 m e 35-40 Bilrete 70-80 m a leste de Alpiarça. Terraço área de Glória do Ribatejo. m, respetivamente. de acumulação. (T2a ) Terraço de acumulação de Chão da Murta (40-55 m). Terraço da estação

da RARET, truncado por um glacis . (T3 ) «Terraço médio» de Zbyszewski (T3 ) Rampa a leste de (1946). Alt. de 25-50 m em Almeirim. (T3 ) Terraço de Marinhais com altitude Salvaterra de Magos, Terraço de acumulação nos 2/3 de 20-35 m. Terraço de acumulação nos Benavente e Samora Alpiarça inferiores da superfície. A leste de 2/3 inferiores. Possivelmente um glacis - Correia. Possivelmente um Almeirim, possivelmente um glacis - terraço. glacis -terraço. Altitude de 15- terraço. 30 m. (T4 ) Rampa com altitude de 10-17 m (T4 ) Rampa com altitude de 10-17 m em Benfica do em Almeirim. Terraço de acumulação, Escaroupim. Terraço modelado em Ribatejo ou retoque erosivo no T3? glacis , ou terraço deformado?

Destaca-se a singularidade das áreas de solo E1, C2 (ex-E2) e E3 correspondentes ao ex- 9 traçado do IC3 situarem-se sobrejacentes a um glacis 9, conforme mapa geomorfológico de MARTINS (1999), cuja terminologia conexa se encontra em nota de rodapé. Em termos de análise hipsométrica (áreas), considerando a distribuição altitudimétrica da área de estudo, observa-se uma maior frequência de ocorrência relativa das classes hipsométricas dos 0 – 30 m concentrando-se cerca de 52% da área total. A curva hipsométrica também possibilita evidenciar, por exemplo, a ruptura de declive que acontece à cota dos 70 m, esclarecendo que acima deste limite situa-se uma percentagem de área acumulada equivalente a 11% do relevo e 27,35 km 2. A forma convexa do integral hipsométrico (área abaixo da curva) associa-se a áreas de drenagem dos troços superiores no contexto da área

9 Glacis de acumulação: corresponde a rampa sedimentar de fraco declive, de fácies distal, relativamente ao glacis de erosão, onde a gravidade e escorrência superficial são pouco significativos (COQUE, 1977, pp. 199-200). O termo glacis também se pode empregar com conotação puramente descritiva e não genética (natureza da rocha) para aplicação aos dois tipos de glacis (DERRUAU, 1956, p. 265). Glacis de erosão: é uma forma de relevo de erosão por acção fluvial, que corresponde a um tipo de pedimento, que se caracteriza por ser uma superfície de fraco declive, de transporte e/ou erosão, que trunca rocha e liga vertentes ou escarpas erodidas a áreas de deposição de sedimentos em níveis mais baixos. Existem dois tipos fundamentais de glacis, o que trunca rocha branda adjacente a rochas mais resistentes de superfícies altas, e outro (denominado verdadeiro), em que não existe mudança na litologia entre as superfícies altas e o pedimento (GOUDIE, 2004, p. 469). Pedimento: corresponde a uma superfície de fraco declive (2.º-10.º), de transporte e/ou erosão que trunca rocha e liga vertentes ou escarpas erodidas a áreas de deposição sedimentar em níveis mais baixos. Face à origem e afinidades climáticas tem-se dois tipos de pedimentos que são morfograficamente semelhantes, mas geneticamente diferentes, pois um é encimado por uma capa de rocha resistente sobrejacente a rochas moles/brandas (glacis de erosão verdadeiro) e outro é composto por rocha uniformemente dura (litologia rochosa consolidada), como por exemplo, uma rocha intrusiva de grão grosseiro como o granito. O abrupto que limita o pedimento a montante não é de origem estrutural, mas um rebordo de erosão na massa (DERRUAU, 1956, pp. 265, 768; SUMMERFIELD, 1991, pp. 346-348; ver também BABAR, 2005, p. 166).

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de estudo, enquanto nos troços intermédios e inferiores da curva hipsométrica, apresenta tendência para assumir uma forma côncava (Tabela e figura seguintes). Os índices de relevo, como por exemplo o índice de rugosidade e relação de relevo de Melton, encontram-se explanados em CHRISTOFOLETTI (1980, pp. 119-121); REIS (1996, pp. 169- 170); RAMOS (2009, pp. 38-39). O valor do indicador de rugosidade (adaptado de Melton, modificado) é dos mais baixos de Portugal continental e característico dos troços jusante dos vales do Tejo e Sado (de acordo com RAMOS PEREIRA; RAMOS, C. e Colaboradores (2000, pp. 18-20), em análise efetuada à escala nacional para todos os concelhos do Continente). Por outro lado, CHRISTOFOLETTI (1980, p. 118) refere que «Conhecendo-se a altura e a área de cada faixa altitudinal analisada, é fácil calcular o volume de cada faixa respectiva. A soma de todas representará o volume rochoso ainda existente na região. Se considerarmos o espaço total do quadrado como correspondente ao volume global, inicial e ideal da referida porção territorial, o espaço, situado entre a curva hipsométrica e as linhas inferior e lateral esquerda, representa o volume ainda existente.» (Tabela 7 e figura 5).

10

Figura 5 – Área a excluir sobrejacente ao Mapa geomorfológico com os principais níveis de terraços do baixo vale do Tejo. (Ext. de MARTINS, 1999, p. 300-A). Legenda: 1 – planície aluvial; 2 – terraços; 3 - glacis ; 4 - nível de Mora Lamarosa; 5 – alto e base de vertente, ou rebordo superior e inferior de terraço; 6 – superfície culminante da bacia; 7 – escarpa de falha; 8 – escarpa de falha provável; 9 – alinhamento de vale de fractura; 10 – curso de água.

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Tabela 7 – Classes altimétricas do relevo do território do concelho de Salvaterra de Magos. Altitude média Classe Superfície de cada Superfície acumulada entre curvas V=S*h altimétrica classe altimétrica de nível m km 2 (S) % km 2 % % m (h) km 3 > 100 0.09 0.0 243.9 0.0 100.00 97 8.9 90 - 100 2.30 0.9 243.8 1.0 99.96 95 218.9 80 - 90 9.93 4.1 241.5 5.1 99.02 85 844.0 70 - 80 15.03 6.2 231.6 11.2 94.95 75 1127.2 60 - 70 9.73 4.0 216.6 15.2 88.79 65 632.7 50 - 60 16.59 6.8 206.8 22.0 84.80 55 912.6 40 - 50 34.56 14.2 190.3 36.2 77.99 45 1555.1 30 - 40 29.56 12.1 155.7 48.3 63.83 35 1034.4 20 - 30 42.00 17.2 126.1 65.5 51.71 25 1050.0 10 - 20 39.42 16.2 84.1 81.7 34.49 15 591.3 < 10 44.72 18.3 44.7 100.0 18.33 5 223.6 ∑ 243.93 100.0 8198.6

Coeficiente de massividade Altitude máxima: 105 0.14 (Fourier): H/S Coeficiente orográfico Altitude mínima: 0 2 4.7 (Fourier): Co=H*tg a ou H /S Altitude média: Relação de relevo (Melton): 33.6 143.3 H = ∑P/∑S = Rr=H m/P*100 Altura média: onde Am (H - 33.6 Índice de rugosidade 407.2 Am) = (Melton): Ir=Hm*Dd Perímetro da Comprimento área de estudo 73.0 dos cursos 948.7 Dd 3.9 (km) de água (km) Nota: Onde, Am, é a altitude mínima da bacia; Hm, é a amplitude altimétrica; V, o volume abaixo da superfície; Dd, a densidade de drenagem.

REIS (1996, p. 164) refere que «Este espaço ainda existente (soma de todas as faixas) delimitado no gráfico pela curva hipsométrica e os eixos da abcissa e da ordenada, representa, 11 assim, o volume ainda por erodir através dos agentes de morfogénese (de forma a acabar com os desníveis existentes entre os diversos pontos da bacia de drenagem) e é chamado de integral hipsométrica)».

110 0.09 0.0 100 2.30 0.9 90 9.93 4.1 80 15.03 6.2 70 9.73 4.0 60 16.59 6.8 50 34.56 14.2 40 Altitude Altitude (m) altitude & altura média 29.56 12.1 30 42.00 17.2 20 39.42 16.2 10 44.72 18.3 Frequências altimétricas (%) 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Área (%) Figura 6 – Curva hipsométrica da área de estudo.

O retângulo equivalente permite visualizar melhor as percentagens de áreas altitudinais e calcula-se de acordo com, por exemplo, VILLELA & MATTOS (1975, pp. 25-26); LENCASTRE & FRANCO (2010, pp. 36-37); RAMOS (2009, pp. 39-40) (Figura infra).

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Le = 27,72 km Legenda: Le, comprimento do retângulo; le, largura do retângulo.

0.9

0.0 4.1 6.2 4.0 6.8 14.2 12.1 17.2 16.2 18.3 le le =8,80 km m 0 40 30 20 50 70 60 80 105 10 100

Figura 7 – Retângulo equivalente do relevo do território do concelho de Salvaterra de Magos.

Ainda relativamente à hipsometria, as classes altimétricas não têm sempre o mesmo intervalo porque se pretende por em evidência os valores extremos, permitindo individualizar os maiores relevos, mas também as áreas mais baixas. Salientam-se três grandes classes de relevo, do ponto de vista morfográfico e morfométrico: um sector elevado a Este da albufeira de Magos, denominado planáltico (nível erosivo), um sector intermédio, escalonado em patamares, de reduzida amplitude altimétrica (terraços fluviais), a Oeste da mesma linha e a Este do rio Tejo e por último, o sector de fundo de vale (planície de inundação), caracterizado por muito reduzidas amplitudes altimétricas, por onde se escoam os principais cursos de água, de direção Este – Oeste, Sudeste – Noroeste e Norte – Sul (Figura infra).

12

Figura 8 – Área a excluir sobrejacente à repartição geográfica das classes de altitude.

A divisão em classes de valor de declive baseia-se nos limiares definidos pelo RJREN. Para outras classificações veja-se por exemplo: MMA (2004, pp. 187-196); RAMOS PEREIRA &

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GOMES (1996, p. 137); CANGUEIRO (1991, p. 25); MARSH (1983, p. 207) e SROA (1972, pp. 25-28). Este parâmetro condiciona o escoamento superficial, hipodérmico e subterrâneo de determinado fluído, favorecendo ou dificultando a permanência à superfície ou infiltração e percolação/infiltração profunda, podendo funcionar como impedância ou atenuador ou acelerador, por exemplo à degradação de massas de água subsuperficiais ou superficiais. A inclinação do relevo com valor de declive superior ocorre no quadrante NE, no sector planáltico e degraus altitudinais dos terraços fluviais superiores na direcção N45ºE de Glória do Ribatejo, assim como nas margens de cursos de água, como por exemplo, secção Este da ribeira de Muge, secção transversal da ribeira da Lamarosa e ribeira de Magos e setor de margem direita do rio Sorraia. A área do concelho apresenta 54,3 % da sua superfície terrestre com declives inferiores a 2% e apenas 4,05 % da área com declives superiores a 18 % (Figura infra).

100 80

Área Área (%) 54.3 60 40 27.3 20 10.2 4.11 4.05 0 0 - 2 2 - 6 6 – 12 12 – 18 > 18 Classe declivimétrica (%) 13

Figura 9 – Área a excluir sobrejacente à repartição geográfica de classes de declive.

De forma concisa, as áreas objeto de proposta de exclusão à RAN, apresentam as seguintes características geomorfológicas (Tabela infra):

Tabela 8 – Geomorfologia das parcelas a submeter a proposta de exclusão à RAN.

Área a alterar Geomorfologia (n.º de ordem) E1 Pendente < 2%; aprox. 20-22 m; glacis-terraço fluvial? (T3?) C2 (ex-E2) Pendente < 2%; aprox. 21-24 m; glacis-terraço fluvial? (T3?) E3 Pendente < 2%; aprox. 22 m; glacis-terraço fluvial? (T3?) C6 (ex-E6) Pendente < 5 %; aprox. 5-8 m; terraço fluvial (T4?)

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2.4.3 Caracterização dos recursos hídricos Apresenta-se breve referência aos recursos hídricos na área que enquadra as áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN.

2.4.3.1 Recursos hídricos superficiais

Nos termos da Diretiva Quadro da Água (DQA) e da Lei da Água (LA), o planeamento de gestão das águas está estruturado em ciclos de 6 anos. Os primeiros Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH), elaborados no âmbito deste quadro legal, estiveram vigentes até ao final 2015. De acordo com o 2.º Ciclo de Planeamento do Plano de Gestão de Região Hidrográfica 10 - PGRH (Resolução do Conselho de Ministros n.º 16-F/2013, 22/03), relativamente às águas superficiais, as manchas a excluir da RAN localizam-se na margem esquerda da massa de água Vala de Salvaterra (HMWB 11 - Jusante B. Magos, código APA: PT05TEJ1025), afluente de margem esquerda do rio Tejo, classificada com estado “ mau ” em termos de Potencial Ecológico 12 de Massa de Água Fortemente Modificada e classificada como “inferior a bom” em termos de Estado Global da Massa de Água, vide 2.º ciclo do PGRH do Tejo e Ribeiras do Oeste (ver mapas das figuras a seguir). As áreas de solo objeto de proposta de exclusão da RAN não se encontram abrangidas por leito e margem de curso de água. 14

10 URL: https://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=7&sub2ref=9&sub3ref=848 11 Heavily Modified Water Body. 12 Sobre o estado das massas de água superficiais, consultou-se o WMS Service da APA: Estado ou Potencial Ecológico das Massas de Água - https://sniambgeoogc.apambiente.pt/getogc/services/PGRH/Magua_EstadoPotencial/MapServer/WMSServer ? e para o Estado Global das Massas de Água - https://sniambgeoogc.apambiente.pt/getogc/services/PGRH/Magua_EstadoGlobal/MapServer/WMSServer ?

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-60000 -50000 -40000

B.H. da Área B.H. da Vala 60000 - Ribeirinha do de Alpiarça Rio Tejo B.H.

e da Rib.ª de g u Muge C Vala do Ca A M salin A R e ho Z T d uge A A .ª de M M X la Rib B O Va U J A R R ib Leito do .ª ib d . a Rio Tejo ª L d a Estado ou Potencial Ecológico das Massas de Água o V m a a l e ro

Massas de Água Rios d sa

o R

T i

Estado Ecológico - Natural e b

x .

u ª g d o o V a R l o e Rib.ªd ib j S a Te s .ª o i i l Se d R h sm aria o ã s

o V Va a la le d d a inhais B.H. da Rib o G ar .ª d J olf b.ª de M o Potencial Ecológico - Fortemente Modificada eir i Rib.ª de u a R Va n Magos le c

70000 o - d o C6 Cava leir R o i b .

ª C de

Massas de Água Rios (Albufeiras) a Rib n . M ª d a a o l E1 g V o d o a r e B.H. s (V led eb S R a o Z alv i la ate do Rio b R rra .ª e Sorraia d al C2 e ) E3 C o r t e s Rib Proposta de exclusão à RAN .ªd e M a Leito de curso de água gos Sistema de Referência

EPSG: 3763 (ETRS89/ PT-TM06) 1:110 000

0 2 500 5 000m

Figura 10 – Área a excluir sobrejacente aos recursos hídricos superficiais - Estado ou Potencial Ecológico das Massas de Água – no âmbito do 2.º ciclo do PGRH5. 15

-60000 -50000 -40000

B.H. da Área B.H. da Vala 60000 - Ribeirinha do de Alpiarça Rio Tejo B.H.

e da Rib.ª de g u Muge C Vala do Ca A M salin A R e ho Z T d uge A A .ª d e M M X la Rib B O Va U J A R R ib Leito do .ª ib d . a Rio Tejo ª L d a oV m a a l e ro

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u ª g d o o V a R l o e Rib.ªd ib j S a Te s .ª o i i l Se d R h sm aria o Estado Global das Massas de Água ã s

o V Massas de Água Rios Va a la le d d a inhais B.H. da Rib o G ar .ª o .ª de M d J lf b Rib.ª de o u eir i V a R a n Magos le c

70000 o - d o C6 Cava leir R o ib

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a e Rib Massas de Água Rios (Albufeiras) n . M ª d a a o l E1 V o g a r de B.H. os ( led eb S R Va o Z al do Rio i la vate b R rra .ª e Sorraia d al C2 e ) E3 C o r t e s Rib Proposta de exclusão à RAN .ªd e M a Leito de curso de água gos Sistema de Referência

EPSG: 3763 (ETRS89/ PT-TM06) 1:110 000

0 2 500 5 000m

Figura 11 – Área a excluir sobrejacente aos recursos hídricos superficiais - Estado Global das Massas de Água – no âmbito do 2.º ciclo do PGRH5.

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2.4.3.2 Recursos hídricos subterrâneos

Em termos de recursos hídricos subterrâneos, o concelho de Salvaterra de Magos é abrangido por dois sistemas aquíferos, pertencentes à Unidade Hidrogeológica da Bacia do Tejo-Sado: Sistemas aquíferos de Margem Esquerda (T3) e das Aluviões do Tejo (T7), vide mapa a seguir.

16

Figura 12 – Área a excluir sobrejacente aos recursos hídricos subterrâneos.

Relativamente ao sistema aquífero T7, sobre o qual assentam diretamente as propostas de exclusão, as formações aquíferas dominantes são, aluviões (Holocénico) e terraços fluviais (Plistocénico), portanto, de génese fluvial. As litologias dominantes para as aluviões são: areias, lodos, argilas (interestratificadas) e na base seixos e calhaus, com uma espessura total de 40 m e máxima de 70 m (aumenta de montante para jusante). De acordo com MENDONÇA (1990, p. 30 e ZBYSZEWSKI & FERREIRA, 1968, p. 6), os seixos e/ou calhaus (camadas de fenoclastos) na base do complexo aluvial são contemporâneas do máximo de regressão marinha do Würm. Para os terraços as litologias dominantes são: depósitos basais com seixos e calhaus, seguidos de um complexo formado por areias e argilas (desempenham um papel importante na retenção da água face ao retardamento do escoamento superficial e hipodérmico; por vezes consubstanciam aquíferos suspensos). Estes encontram-se, em parte, fossilizados por areias superficiais de vales e terraços, isto é, depósitos superficiais de origens diversas acumuladas a partir do final do Plistocénico, nomeadamente: areias transportadas e depositadas pelas antigas cheias do rio Tejo e seus afluentes, areias provenientes do transporte lateral e areias com transporte eólico a partir das areias fluviais. De acordo com

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MARTINS (1999), estes sedimentos fossilizam o Terraço de Alpiarça (T3) na área de Marinhais. Observa-se que as áreas de proposta de exclusão à RAN são abrangidas por Zona protegida classificada como Zona Vulnerável do Tejo (n.º 5) . Relativamente a este tema, recorda-se que foi a Diretiva 91/676/CEE do Conselho, 12/12, relativa à proteção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola, que foi transposta para o direito nacional através do DL n.º 235/1997, 03/09, alterado pelo DL n.º 68/1999, 11/03. A Portaria n.º 164/2010, 16/03, define três zonas vulneráveis na RH5: Tejo (Portaria n.º 1100/2004, de 03/09 e Portaria n.º 164/2010, 16/03), Estremoz-Cano e Elvas-Vila Boim. A Portaria n.º 259/2012, 28/08, aprova o Programa de Ação para Várias Zonas Vulneráveis de Portugal Continental, incluindo do Tejo.

2.4.4 Caracterização pedológica O solo é geralmente definido como a camada superficial da crosta terrestre. É constituído por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos. De acordo com o regime jurídico da reserva agrícola nacional ( RJRAN ) «Solo» é a camada superficial da crosta terrestre situada entre a rocha subjacente e a superfície, sendo composta por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos e eventualmente materiais antropogénicos. Por outras palavras, o solo é a interface entre a terra (geosfera), o ar (atmosfera) e a água

(hidrosfera). Embora o solo seja a camada física superior daquilo que normalmente se designa 17 por “terra”, o conceito de “terra” é muito mais amplo, incluindo as dimensões territorial e espacial. Os tipos de solo encontram-se cartografados 13 , na escala 1:25000, e descritos em CARDOSO (1965), SROA (1970, 1974), CNROA (1973) e COSTA, 2004. A classificação dos solos é composta pelas categorias taxonómicas: Ordem (actualmente 10), Subordem, Grupo, Subgrupo, Família e Série. As Ordens são grandes agrupamentos de solos feitos com base em horizontes ou características cuja presença ou ausência são indicação essencial do desenvolvimento ou diferenciação do perfil ou da natureza dos processos dominantes de formação do solo. As Subordens são subdivisões das Ordens estabelecidas com base em características do solo que se julgam mais importantes sob o ponto de vista genético. Os Grupos são subdivisões das Subordens feitas com base em características indicadoras de processos geneticamente menos importantes ou, no caso dos solos menos evoluídos, em condições climáticas significativas para a evolução pedogenética. Os Subgrupos são subdivisões dos Grupos que indicam o conceito central do Grupo e as transições para outros Grupos. As Unidades Pedológicas / Famílias são subdivisões dos Subgrupos baseadas principalmente na natureza litológica da rocha mãe ou noutras características importantes comuns a várias Séries; podem também ser definidas como agrupamentos de Séries com características e qualidades bastante próximas. As Séries são subdivisões das Famílias

13 A cartografia das Unidades pedológicas (Famílias) na Carta de Solos de Portugal tem uma área mínima cartografável de 5 hm 2 SROA (1972, p. 188).

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definidas como agrupamentos de solos que apresentam horizontes ou camadas com características semelhantes que se distribuem igualmente ao longo do perfil e que se formaram a partir do mesmo material originário. Também se encontram cartografadas as Fases, que são subdivisões de quaisquer categorias taxonómicas estabelecidas com base em variações das características dos solos que, não sendo significativas para a sua classificação, o são no que se refere à utilização agrícola ou florestal. As Fases pedológicas são: delgada, espessa, inundável, mal drenada, pedregosa e agropédica. Porém, não se encontram registadas na cartografia de solos.

2.4.4.1 Tipo de solo e respetiva capacidade de uso Nas áreas a excluir da RAN, ocorrem tipos de solos associados conforme descrição na tabela infra e localização nas figuras seguintes. Por exemplo, os solos hidromórficos exibem características impressas pelos fenómenos de hidromorfismo (encharcamento temporário ou permanente, que provoca intensos fenómenos de redução 14 em parte ou em todo o seu perfil) com elevado peso taxonómico (que motiva a sua classe / Ordem pedológica) (SROA, 1974, p. 45). Formam-se sempre em relevo plano ou côncavo (CARDOSO, 1965, p. 268). «Os Solos Hidromórficos são solos sujeitos a encharcamento temporário ou permanente. A água, mais ou menos enriquecida em matéria orgânica, provoca intensos fenómenos de redução, sobretudo dos óxidos de ferro, em todo ou parte do seu perfil. O ferro ferroso, bastante solúvel, movimenta-se duns pontos para outros do 18 perfil do solo, podendo precipitar, sob a forma férrica, onde encontre condições favoráveis à oxidação (…) Os Solos Hidromórficos que em Portugal, a sul do Tejo, não apresentam um horizonte eluvial estão quase sempre sujeitos a encharcamento permanente em parte ou em todo o seu perfil por acção de uma toalha freática que sofre oscilações mais ou menos profundas com as estações. A migração do ferro ferroso é, na maioria dos casos, ascendente, formando-se manchas e concreções ferruginosas na zona de oscilação da toalha freática por precipitação dos óxidos férricos. A zona mais duradouramente encharcada, em que predominam os fenómenos de redução, apresenta cor cinzenta, por vezes esverdeada, devido à acumulação do ferro ferroso.» (CARDOSO, 1965, p. 276, 277). Nas áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN, ocorrem tipos de solos, e respetivas capacidades de uso, associados às Famílias de solo conforme identificação e descrição nas tabelas infra e localização nas figuras seguintes.

Tabela 9 – Tipos de solo (pédon): Família e capacidade de uso, das áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN.

Código Família de solo Capacidade de uso E1 Ap+Rg Ds+Cs C2 (ex-E2) Pag+Vt, Ap+Rg Dh+Ds, Ds+Cs E3 Ap+Rg Ds+Cs C6 (ex-E6) Rgc Cs+Bh

14 Ver VARENNES (2003, pp. 115-120).

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Os Grupos Hidrológicos de Solo (GHS) são uma classificação que varia de A a D, respetivamente, de baixo potencial de escoamento superficial e elevadas intensidades de infiltração mesmo quando completamente humedecidos para elevado potencial de escoamento superficial e muito baixas intensidades de infiltração quando completamente humedecidos. Tabela 10 – Descrição das características morfológicas gerais das Famílias (Ext. de SROA, 1974, 1970; DGADR, 2015; ISA/UTL/SA, 2015) e GHS de acordo com OLIVEIRA (2004). Ordem Grau de evolução Família Descrição GHS Solos não evoluídos (sem horizontes Solos Incipientes - Regossolos Rg A genéticos claramente diferenciados, Psamíticos, Normais, não húmidos praticamente reduzidos ao metarial Solos originário. O horizonte superficial é Solos Incipientes - Regossolos Incipientes frequentemente um Cp, podendo haver Rgc Psamíticos, Para-Hidromórficos, B um A ou Ap de espessura reduzida, húmidos cultivados caso em que existe pequena acumulação de matéria orgânica). Solos Litólicos Não Húmicos Pouco Solos Solos pouco evoluídos, de perfil A C ou Vt Insaturados, Normais, de arenitos B Litólicos A Bc C grosseiros Solos Podzolizados - Podzóis (Não Solos Solos evoluídos (de perfil A Bpz C) Ap Hidromórficos), Sem Surraipa, Normais, A Podzolizados de areias ou arenitos Solos Solos Argiluviados Pouco Insaturados, Argiluviados Para-hidromórficos, de arenitos ou Solos evoluídos de perfil A Ba C Pag D Pouco conglomerados argilosos ou argilas (de Insaturados textura arenosa ou franco-arenosa)

A cartografia da capacidade de uso dos solos, cuja área mínima cartografável varia entre 5 hm 2 e 25 hm 2, encontra-se explicada em SROA (1972, p. 188). As diferentes classes e subclasses 19 encontram-se nas seguintes tabelas.

Tabela 12 – Subclasses de Tabela 11 – Classes de capacidade de uso do solo (Ext. de DGADR, 2015). capacidade de uso do solo (Ext. de DGADR, 2015).

Classe Características principais Sub Descrição - poucas ou nenhumas limitações classes A - sem riscos de erosão ou com riscos ligeiros erosão e escoamento e - susceptível de utilização agrícola intensiva superficial - limitações moderadas h excesso de água B - riscos de erosão no máximo moderados limitações do solo na s - susceptível de utilização agrícola moderadamente intensiva zona radicular - limitações acentuadas C - riscos de erosão no máximo elevados - susceptível de utilização agrícola pouco intensiva - limitações severas - riscos de erosão no máximo elevados a muito elevados - não susceptível de utilização agrícola, salvo casos muito D especiais - poucas ou moderadas limitações para pastagens, exploração de matos e exploração florestal - limitações muito severas - riscos de erosão muito elevados - não susceptível de utilização agrícola - severas a muito severas limitações para pastagens, matos e E exploração florestal - ou servindo apenas para vegetação natural, floresta de protecção ou de recuperação - ou não susceptível de qualquer utilização

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Para efeitos de separação e definição das classes consideram-se diversos níveis de exploração (Tabela infra).

Tabela 13 – Níveis de exploração do solo (Ext. de SROA, 1972, pp. 6-7). Uso agrícola Uso não agrícola Cultura intensiva Pastagem permanente Cultura moderadamente intensiva Exploração de matos Cultura pouco intensiva Exploração florestal com poucas restrições Exploração florestal com muitas restrições Vegetação natural ou de protecção

Os solos das classes A, B e C são suscetíveis de utilização agrícola ou outra utilização, sendo que os solos das classes D e E não são, normalmente, suscetíveis de utilização agrícola (SROA, 1972, pp. 6-7). As principais limitações do solo referem-se à zona radicular 15 , associados à reduzida espessura efetiva, reduzida capacidade de água utilizável (secura) e elementos grosseiros, e ao excesso de água. Os seguintes conjuntos de mapas das seguintes figuras ilustram o tipo de solo e respetiva capacidade de uso.

a)

20

15 Limitações na zona radicular: podem ser originadas pela sua espessura efectiva, secura associada à baixa capacidade de água utilizável, a baixa fertilidade difícil de corrigir ou uma pouco favorável resposta aos fertilizantes, a salinidade e/ou alcalinidade, a quantidade e tamanho de elementos grosseiros, os afloramentos rochosos, etc. ( SROA , 1972, p. 16).

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b)

Figura 13 – Áreas de solo a excluir à RAN, sobrejacentes à carta de solos, a), e respetiva capacidade de uso, b).

Na seguinte tabela é apresentada informação analítica das unidades pedológicas (Famílias de 21 solo) presentes, que permitem ponderar os interesses sociais, económicos e ambientais, subjacentes à luz dos interesses de Ordenamento do Território.

Tabela 14 – Dados analíticos de perfis de solo representativos (Ext. de CNROA, 1973).

Dados analíticos do perfil representativo Unidade Pedológica Rg Rgc

Alcácer do Sal Local de amostra do perfil representativo Alcácer do Sal - Grândola - Grândola N.º do perfil 504 309 N.º da amostra 10378 10379 10380 10381 10382 Média 9478 9479 Média Horizonte Ap C1 C2 C3 C4 A1 Cg 80 - 53 - Profundidade (cm) 0 - 18 18 - 38 38 - 66 66 - 80 0 - 40 120 83 > 2 mm (%) (balastro) Areia grossa 90.8 89.4 82.4 82 91 87.1 84.2 65 74.6 Areia fina 7.4 9 12.8 14.8 6.1 10.0 8.1 31.6 19.9 < 2 mm (%) Limo (silte) 0.7 0.6 3 0.8 1.6 1.3 7 0.9 4.0 Argila 1.1 1 1.8 2.4 1.3 1.5 0.7 2.5 1.6 Matéria orgânica (%) 1.37 1.04 1.2 2.65 1.15 1.9 C/N (-) 13.3 13.3 17.1 17.1 Carbonatos (%) #DIV/0! #DIV/0! Densidade aparente (seco ao ar) #DIV/0! #DIV/0! Porosidade (%) #DIV/0! #DIV/0! Expansibilidade (%) #DIV/0! #DIV/0! Água disponível (%) (capacidade utilizável) #DIV/0! #DIV/0! (1) Permeabilidade constante (cm/h) #DIV/0! #DIV/0!

Dados analíticos do perfil representativo Unidade Pedológica Pag Vt

Canhest ros Local de amostra do perfil Méd Méd Ferreira do Alentejo Ferreira do Alentejo Benavente (Ferreira representativo ia i a do Alentejo

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Dados analíticos do perfil representativo Unidade Pedológica Pag Vt

)

N.º do perfil 289 293 61 284 74 74 74 74 74 71 71 71 71 68 68 N.º da amostra 7436 7437 7438 7444 39 40 41 42 43 58 59 60 61 07 08 Ap B2 B2 A3 A3 Horizonte Ap A3 B1 B2 Ap II C A1 C A1 B2 2 1 2 1 2 40 10 20 30 15 35 55 22 0 - 15 - 25 - - 0 - 50 - 0 - 0 - Profundidade (cm) ------15 25 40 10 10 ? 15 22 20 30 50 35 55 95 38 0 #DI #DI > 2 mm (%) (balastro) V/0! V/0! Areia 45. 56. 37. 20. 33. 51. 47. 57.8 31.6 48.1 45 23.5 40.7 52 35 31 41.8 grossa 3 4 8 8 9 3 7 14. 28. 31. 33. 47. 46. Areia fina 25.8 41.4 8.2 7.1 17 2.2 1.5 16.2 49 8.2 36.2 9 1 7 8 5 9 < 2 mm (%) 15. 16. 12. 10. 11. 10. 10. Limo (silte) 6 9.4 8.3 9 4.6 10.2 12 7.7 9.5 10.3 6 2 2 6 6 5 6 12. 14. 34. 32. 11. Argila 10.4 17.6 25.4 32 68 70.4 31.7 5.5 6.5 6.5 8 11.7 5 7 6 1 5 0.1 1.0 0.4 0.7 0.5 0.8 0.0 0.2 0.5 0.1 Matéria orgânica (%) 0.91 0.37 0.26 0.6 0.1 0.3 2 8 4 9 7 6 9 9 9 5 12. 11. C/N (-) 13.3 7.3 7.5 7 8.7 8.3 9.5 6.4 5.6 5.5 6.3 4.1 5.6 6 5 Ve #DI Carbonatos (%) 42.8 42.8 st. V/0! 1.3 1.3 1.2 1.1 1.4 1.5 1.5 1.2 1.4 Densidade aparente (seco ao ar) 1.03 1.2 1.5 1.5 4 4 9 4 5 9 9 4 6 23. 32. 44. 50. 33. 28. 24. 39. 35. Porosidade (%) 49.9 40.4 35 32.8 6 9 8 6 5 1 9 3 8 26. 2.8 Expansibilidade (%) 1 0 9.3 19.9 11.4 0 0 0 0 0 0.5 9 6 Água disponível (%) (capacidade para 8.7 10. 15. 8.9 10. 10. 25 20.6 15.9 8.7 7.2 7.5 8.8 água ou capacidade utilizável) 4 2 2 6 2 4 10. 2.0 0.2 4.4 2.8 1.6 4.7 6.3 5.4 Permeabilidade constante (cm/h) 7.8 1.7 4.5 4.3 87 4 7 5 7 3 3 5 7 22

Dados analíticos do perfil representativo Unidade Pedológica Ap Local de amostra do perfil representativo Odeceixe - Algarve Média N.º do perfil 311 N.º da amostra 7428 7429 7430 7431 Horizonte A1 A2 B2 C

Profundidade (cm) 0 - 20 20 - 60 60 - 120 120 - 150 > 2 mm (%) (balastro) Areia grossa Areia fina 82.1 85.6 63.8 86.2 79.4 < 2 mm (%) Limo (silte) 7.1 3.6 31.8 3.4 11.5 Argila 4.4 4.4 0.0 3.4 3.1 Matéria orgânica (%) 6.4 6.4 4.4 6.4 5.9 C/N 0.6 0.1 0.2 0.1 0.3 Carbonatos (%) 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Densidade aparente (seco ao ar) 1.7 1.7 1.7 1.7 1.7 Porosidade (%) 29.0 33.7 32.4 30.8 31.5 Expansibilidade (%) 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Água disponível (%) (capacidade utilizável) (1) 1.8 1.5 0.9 1.7 1.5 Permeabilidade constante (cm/h) 23.1 45.0 21.8 18.1 27.0 Nota: (1) diferença entre a capacidade de campo e o coeficiente de emurchecimento desse solo.

Considerando a tabela supra, podem retirar-se algumas ilações, porém, tendo em atenção que condições morfogenéticas, isto é, associadas à génese e evolução do relevo, que tomam em consideração a composição (natureza do substrato), processos (mofodinâmica) naturais ou antrópicos que afectam os depósitos superficiais onde ocorre diagénese ou pedogénese, em determinado contexto espaço-temporal, podem suscitar valores diversos daqueles apresentados. Por exemplo, a condutividade hidráulica saturada, será superior nas unidades de solo da Ordem Solos Incipientes do que naquela dos Solos Podzolizados, apesar da maior espessura e

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grau de evolução superior destes, mas inferior percentagem de matéria orgânica (OM) em Ap. Os Solos Argiluviados têm o teor em argila mais elevado, com repercussões na redução infiltração superficial e profunda. Com efeito, a OM é um constituinte da fase sólida do solo (matriz do solo) que potencia a melhoria da qualidade e resiliência do solo, e modera a infiltração, retenção e percolação da água (VARENNES, 2003, pp. 33, 47; COSTA, 2004, pp. 187-188; LEOPOLD et al. , 1964, p. 112). Segundo GUERRA & CUNHA (1994, p. 157), no que se refere à erodibilidade dos solos «… há um aumento da capacidade de infiltração, à medida que aumenta o teor de matéria orgânica e ocorre o aumento do teor de agregados, havendo, consequentemente, maior resistência desses agregados à dispersão.».

2.4.5 Conservação da natureza e biodiversidade Segundo o Sistema Ambiental do modelo territorial proposto pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo – PROT-OVT (RCM n.º 64-A/ 2009, 06/08 retificado pela Declaração de Rectificação n.º 71-A/2009, 02/10), a área em estudo não é abrangida pelos subsistemas estruturantes da Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental (ERPVA): Rede Primária: na proximidade de Corredor Ecológico Estruturante e Rede Secundária: na proximidade de Corredor Ecológico Secundário e Área Nuclear Secundária, porém, é abrangida pela Rede Complementar: Área Ecológica Complementar: Paisagem Notável do Vale do Sorraia e do Vale do Tejo (unidade territorial Lezíria do Tejo, com ponto de interesse “Escaroupim”) (excetuando o Sítio de Interesse Paisagístico (tramo jusante 23 da rib.ª de Muge)). Os mapas das figuras seguintes ilustram a extensão dos subsistemas ambientais subjacentes às manchas/áreas de solo objeto da I Alteração da RAN.

Figura 14 – Áreas de solo sobre a Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental - ERPVA (Ext. do PROT- OVT).

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Figura 15 – Áreas de solo sobre a Rede Complementar da ERPVA (Ext. do PROT-OVT).

24 2.4.6 Síntese biogeográfica (fitogeográfica e fitossociológica)

De acordo com a Carta Biogeográfica de Portugal Continental (COSTA et al. , 1999, 1998), a área de estudo está integrada no Superdistrito Ribatagano (código 4B1) e «…corresponde à área da Lezíria do Tejo e Sorraia onde os solos são maioritariamente de aluvião (terraços aluvionares), ocorrendo também areias podzodolizadas 16 e arenitos. O Ulex airensis é uma das plantas que melhor caracteriza o território, apesar de também se distribuir pelo Superdistrito Estremenho, assim como o Halimium verticillatum ter a sua maior área de distribuição nesta unidade biogeográfica». Armeria rouyana , A. pinifolia , Juniperus navicularis , Thymus capitellatus , Limonium daveaui , Serratula alcalae subsp. aristata e Halimium verticillatum são táxones endémicos deste Setor. Limonium lanceolatum tem também aqui o seu limite setentrional, Euphorbia transtagana , Serratula monardii e Narcissus fernandesii têm a sua maior área de ocorrência nesta unidade. A vegetação dominante é constituída por sobreirais (Oleo-Quercetum suberis e Asparago aphylli-Quercetum suberis ), as murteiras (Asparago aphylli-Myrtetum communis ), os matagais de carvalhiça (Erico-Quercetum lusitanicae ) e pelo mato psamofílico endémico deste Setor: Thymo capitellati-Stauracanthetum genistoidis .

16 Os solos podzois podem conter surraipa: um horizonte de acumulação endurecido que resulta da cimentação dos grãos de areia e de limo por coloides que formam uma película à volta daquelas partículas minerais e conduzem assim a um concrecionamento em massa. Os coloides cimentantes podem ser substâncias orgânicas, óxidos de ferro e sílica coloidal (CARDOSO, 1965, p. 251). Ocorre em Podzóis com surraipa, onde pode surgir surraipa dura ortstein (CARDOSO, 1965, p. 242) e/ou branda.

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O salgueiral Salicetum atrocinero-australis é comum no leito de cheias das linhas de água bacias do Sado e Tejo» (…) observa-se também o Thymo villosae-Ulicetum airensis, que é uma comunidade endémica do território, resultante da destruição dos sobreirais do Asparago aphylli-Quercetum suberis. De acordo com os mesmos autores «A geossérie ripícola lêntica da lezíria do Tejo , ocupa grandes extensões e é um elemento taxonómico da paisagem vegetal muito relevante para a caracterização do território. Esta encontra um grande desenvolvimento devido à morfologia muito aberta do vale do rio Tejo. A ordem das comunidades potenciais, do leito até ao contacto com a vegetação terrestre é normalmente a seguinte:  o salgueiral Polpulo nigrae-Salicetum neotrichae;  o ulmal Aro italici-Ulmetum minoris nos solos mais argilosos ;  o freixial Ficario-Fraxinetum angustifoliae . A maioria destes bosques com exceção do salgueiral, estão, em muitos locais, destruídos. O solo onde se encontravam está ocupado por culturas horto-industriais ou vinhas, podendo-se em alguns locais observar-se grande abundância da etapa regressiva dos bosques ripícolas: os silvados Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifoliae». De acordo com as comunidades vegetais, em GASPAR (2003), vide cartografia no mapa da figura infra, as manchas situam-se na área da série de vegetação Oleo Sylvestris-Querco suberis S.

25

Figura 16 - Extrato do mapa das séries de vegetação do Ribatejo (Ext. de GASPAR, 2003, p. 297).

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2.4.7 Síntese do perfil socioeconómico do concelho de Salvaterra de Magos O presente ponto apresenta conteúdos presentes no Relatório da autoria da CIMLT & CMSM (2015) e em INE (2015). As transformações económicas, sociais e culturais ocorridas nos últimos anos em Portugal introduziram, também, modificações relevantes na forma como as populações se distribuem pelo território. As linhas gerais do povoamento apontam para a concentração da população nos aglomerados de maior dimensão, em desfavor das áreas rurais de menor expressão demográfica . No caso concreto do município de Salvaterra de Magos, importa relevar, por um lado, o aumento da importância relativa do núcleo urbano de maior dimensão demográfica (Marinhais e Foros de Salvaterra) e, por outro, a diminuição do peso da população a residir em lugares “isolados” (ver tabelas seguintes).

Tabela 15 – Evolução da população residente segundo a dimensão dos lugares (%) (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015). Ano Unidade Territorial Isolados < 1999 2000 - 4999 5000 – 9999 >10000 Salvaterra de Magos 2,0 16,0 55,8 26,3 0,0 2001 Lezíria do Tejo 3,4 42,0 17,6 20,6 16,3 Continente 2,8 41,9 9,2 7,8 38,2 Salvaterra de Magos 0,7 16,8 54,5 28,0 0,0 2011 Lezíria do Tejo 3,0 39,7 13,7 18,2 25,4 Continente 1,7 36,9 9,1 9,0 43,3 Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011).

26 A análise da variação demográfica dos lugares com mais de 300 habitantes, permite evidenciar algumas características e transformações do sistema de povoamento concelhio:  A estrutura de povoamento é bipolarizada pelas vilas de Salvaterra de Magos e de Marinhais;  O sistema territorial e urbano do concelho é sustentado por um conjunto diversificado de núcleos de pequena e média dimensão;  O reforço da concentração fez-se, fundamentalmente, à custa da absorção de pequenos aglomerados pelo crescimento dos núcleos de Marinhais e de Foros de Salvaterra. Em face do exposto, pode hierarquizar-se a rede urbana do concelho de Salvaterra de Magos do seguinte modo:  Polo Urbano Principal – A vila de Salvaterra de Magos, pelo seu estatuto de sede de concelho, constitui o principal núcleo urbano concelhio, desempenhando funções urbanas de nível superior;  Núcleo Urbano Complementar – A dimensão demográfica de Marinhais e a sua centralidade no contexto concelhio faz desta vila um importante polo urbano, ainda que com menores funções de nível superior;  Polos Complementares de 1.º Nível – Foros de Salvaterra e Glória do Ribatejo constituem núcleos com uma dimensão demográfica relevante, estando a sua base económica associada ao sector agrícola;

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 Polos Complementares de 2.º Nível – Engloba os núcleos de Muge e do Granho, com um grau de irradiação territorial limitado.

Tabela 16 – Evolução da população em lugares com mais de 300 habitantes no concelho de Salvaterra de Magos e variação 2001-11 (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015).

Freguesia Lugar Pop. 2001 Pop. 2011 Var. (%) Marinhais Marinhais 5.293 6.194 17,0 Muge Muge 1.197 1.189 -0,7 Glória do Ribatejo 3.184 3.082 -3,2 Glória Ribatejo + Granho Granho 862 883 2,4 Salvaterra de Magos 4.611 4.679 1,5 Salvaterra de Magos + Foros Foros de Salvaterra 3.448 4.319 25,3 de Salvaterra Várzea Fresca 488 480 -1,6 Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

Outro indicador pertinente para a análise da evolução da população no concelho de Salvaterra de Magos prende-se com a densidade populacional. Deste modo, verifica-se que os níveis de densidade populacional do concelho (cerca de 90 habitantes por km 2) situam-se entre a média da sub-região da Lezíria do Tejo e do Continente. Contudo, estes valores escondem consideráveis assimetrias, constatando-se que a freguesia de Marinhais e a União das de Salvaterra Magos e Foros de Salvaterra apresentam valores mais elevados (superando mesmo a média nacional), enquanto as duas restantes freguesias apresentam densidades muito mais baixas (Tabela infra).

27 Tabela 17 – Evolução recente da população no concelho de Salvaterra de Magos e densidade populacional (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015).

Densidade Unidade População População Variação Área Km 2 Populacional Territorial (2001) (2011) 2001-2011 (%) (2011) (2011) Marinhais 5.469 6.336 15,9 37,9 167,3 Muge 1.261 1.270 0,7 49,6 25,6 Glória Ribatejo + Granho 4.291 4.107 -4,3 84,7 48,5 Salv.Magos + Foros Salv. 9.140 10.446 14,3 71,8 145,5 CONCELHO 20.161 22.159 9,9 243,9 90,8 Lezíria do Tejo 240.832 247.453 2,7 4.275,0 57,9 Continente 9.869.343 10.047.621 1,8 89.088,9 112,8 Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011).

Durante a primeira década do séc. XXI a taxa de atividade registou uma tendência para o decréscimo nas diversas unidades territoriais em análise, consequência, fundamentalmente, do envelhecimento demográfico. Já no que se refere à taxa de desemprego, constata-se um incremento considerável em todas as unidades territoriais, consequência do período de crise económica iniciado em meados da década passada. No concelho de Salvaterra de Magos a taxa de desemprego aumentou de 11,9% em 2001 para 17,5% em 2011; este valor é o maior de todos os municípios que constituem a Lezíria do Tejo (Tabela infra).

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Tabela 18 – Evolução das taxas de atividade e desemprego (%) (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015). Unidade Taxa de Atividade Taxa de Desemprego Territorial 2001 2011 2001 2011 Salvaterra de Magos 49,2 45,6 11,9 17,5 Lezíria do Tejo 48,1 46,6 8,1 12,7 Continente 48,4 47,6 6,9 13,2 Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011).

De facto, a subida no número de desempregados nas diversas unidades territoriais em análise é exponencial. A título exemplificativo, constata-se que no concelho de Salvaterra de Magos o valor passou de 1.177 em 2001 para 1.764 em 2011. Nos últimos anos alterou-se profundamente a estrutura do emprego nacional, regional e local. Efetivamente acelerou-se o processo de terciarização, tendo no concelho de Salvaterra de Magos aumentado o peso do sector de serviços. Com efeito, o peso do setor terciário no concelho aumentou de 48% em 2001 para 65% em 2011. Esta mudança faz-se sobretudo à custa de transferências do setor agrícola e, essencialmente, do setor industrial para o setor terciário. O valor percentual dos ativos no terciário de natureza económica é ainda dominante, mas tal como noutros concelhos da sub-região, o que se verificou foi essencialmente uma expansão do terciário de natureza social (Tabela infra).

Tabela 19 – Evolução da estrutura da população ativa (%) (Ext. de CIMLT & CMSM, 2015). 2001 2011 Unidade Setor Setor Setor Setor Setor Setor Setor Setor Territorial Terciário Terciário 28 Primário Secundário Terciário Primário Secundário Terciário Social Económico Salvaterra 12,1 39,8 48,1 7,5 27,5 65,0 22,9 42,1 Magos Lezíria do 10,0 31,8 58,2 7,3 24,2 68,5 26,7 41,9 Tejo Continente 4,8 35,5 59,7 2,9 26,9 70,2 28,4 41,8 Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011).

Uma análise mais fina permite concluir que nem todas as freguesias do concelho se comportam da mesma maneira, no que diz respeito à estrutura da população ativa sendo possível distinguir dois grupos no município. As duas principais freguesias do concelho, Marinhais e União das freguesias de Salvaterra Magos e Foros de Salvaterra, precisamente aquelas onde o desenvolvimento urbano e a localização de equipamentos sociais é maior, são as mais terciarizadas e de menor peso de população rural. A freguesia de Muge e a União das freguesias de Glória do Ribatejo e Granho possuem um maior peso do setor primário e uma menor incidência do setor terciário. A maior percentagem de ativos no sector secundário parece estar associada à proximidade dos principais núcleos industriais do concelho ou então a condições de acessibilidade preferencial a emprego secundário no exterior do concelho (Tabela infra).

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Tabela 20 – Estrutura da população ativa em 2011 por freguesia (%)(Ext. de CIMLT & CMSM, 2015). Setor Setor Setor Setor Terciário Unidade Territorial Primário Secundário Terciário Social Económico Marinhais 4,7 25,7 69,6 21,4 48,2 Muge 10,0 32,1 57,9 22,6 35,3 Glória Ribatejo + Granho 9,3 38,3 52,4 19,8 32,7 Salvaterra Magos + Foros 8,2 24,1 67,7 24,9 42,8 Salvaterra CONCELHO 7,5 27,5 65,0 22,9 42,1 Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011).

Por outro lado, o mapa da figura a seguir apresenta a distribuição populacional por subsecção estatística (Censos 2011), junto das áreas de solo de interesse, onde se constata que o sistema de povoamento se encontra relativamente compacto e/ou polarizado em “mancha de óleo” relativamente às principais redes de acessibilidade intra concelhias.

29

Figura 17 – Repartição da população residente, em número, por subseção estatística (vide INE, Censos 2011).

Em termos de estabelecimentos 17 , por CAE-Rev.3, observa-se ao nível mais agregado (Secção) da CAE-Rev.3, a dominância da secção G (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos) seguido pelo grupo de atividade económica A (Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca) (Tabela e figura infra).

17 Estabelecimento: Empresa ou parte de uma empresa (fábrica, oficina, mina, armazém, loja, entreposto, etc.) situada num local topograficamente identificado. Nesse local ou a partir dele exercem-se atividades económicas para as quais, regra geral, uma ou várias pessoas trabalham (eventualmente a tempo parcial), por conta de uma mesma empresa (INE, 2015).

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Tabela 21 – Estabelecimentos (unidade: n.º) por município, segundo a CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015).

Total A B C D E F G H Portugal 1 148 901 108 891 1 392 70 434 1 194 1 907 82 353 251 441 24 461 Continente 1 098 140 97 579 1 348 68 662 1 161 1 841 79 297 242 872 22 712 Alentejo 80 318 17 303 257 4 292 67 173 4 805 17 261 1 587 Lezíria do Tejo 24 057 3 821 116 1 402 18 58 1 503 5 827 587 Almeirim 2 656 788 0 110 2 2 170 628 24 Alpiarça 787 262 0 39 0 1 46 152 8 1 706 238 0 88 1 7 110 421 68 Benavente 2 779 214 0 163 0 8 173 788 94 Cartaxo 2 219 289 3 129 2 9 135 544 44 Chamusca 902 229 5 67 2 13 68 177 24 Coruche 1 886 498 5 94 0 3 127 426 53 Golegã 585 152 0 28 1 0 24 120 11 2 210 348 33 182 1 3 144 518 62 Salvaterra de 1 784 259 3 109 2 1 148 447 47 Magos Santarém 6 543 544 67 393 7 11 358 1 606 152

I J L M N P Q R S Portugal 90 493 15 538 28 835 111 707 138 052 55 927 83 538 28 303 54 435 Continente 86 344 15 016 27 914 108 206 131 834 53 643 80 588 26 855 52 268 Alentejo 7 421 595 1 103 5 415 7 264 3 638 4 097 1 509 3 531 Lezíria do Tejo 1 836 229 393 1 822 2 413 1 097 1 343 509 1 083 Almeirim 145 12 32 148 219 107 135 49 85 Alpiarça 49 1 8 43 53 40 33 14 38 Azambuja 146 15 24 122 158 64 82 32 130 Benavente 215 35 66 214 386 102 132 67 122 Cartaxo 175 21 42 195 238 98 116 64 115 Chamusca 73 8 12 49 59 24 35 18 39 Coruche 121 13 20 118 148 73 77 40 70 Golegã 50 6 9 40 57 21 22 15 29 Rio Maior 190 20 39 162 177 107 107 36 81 Salvaterra de 161 13 29 106 171 57 101 30 100 Magos Santarém 511 85 112 625 747 404 503 144 274 30

Estabelecimentos (% de n.º), em Salvaterra de Magos, segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015)

C; 6.110 M; 5.942 Q; 5.661 S; 5.605 F; 8.296 P; 3.195 R; 1.682 I; 9.025 H; 2.635 Outro; N; 9.585 4.372 L; 1.626

G; 25.056 J; 0.729 A; 14.518 B; 0.168 D;E; 0.0560.112

Figura 18 – Estabelecimentos (% de n.º), em Salvaterra de Magos, segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013.

Em termos de pessoal ao serviço também se observa a dominância da seção G seguida pela secção A (Tabela e figura infra).

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Tabela 22 – Pessoal ao serviço, (unidade: n.º) por município, do estabelecimento segundo a CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015).

Total A B C D E F G H Portugal 3 353 474 161 304 9 664 634 529 8 943 29 802 289 946 723 555 147 067 Continente 3 224 590 147 501 9 455 624 296 7 340 28 549 276 785 694 739 139 248 Alentejo 196 024 33 979 2 740 32 172 660 1 878 13 735 44 229 7 552 Lezíria do Tejo 68 672 9 073 429 13 680 145 859 4 349 16 535 3 614 Almeirim 6 294 1 903 0 718 ...... 525 1 539 75 Alpiarça 1 936 685 0 431 0 ...... 343 9 Azambuja 7 150 485 0 1 384 ... 98 332 1 659 1 042 Benavente 9 113 705 0 2 381 0 67 498 2 184 822 Cartaxo 5 212 517 8 1 042 ... 81 322 1 322 98 Chamusca 2 279 635 18 303 ... 127 242 433 65 Coruche 4 854 1 180 8 895 0 81 378 971 180 Golegã 1 301 325 0 256 ... 0 ... 265 25 Rio Maior 6 805 617 108 2 258 ... 27 528 1 453 354 Salvaterra de 4 404 690 6 542 ...... 418 1 390 221 Magos Santarém 19 324 1 331 281 3 470 89 347 900 4 976 723

I J L M N P Q R S Portugal 267 293 82 453 45 155 211 271 375 720 91 708 149 996 43 426 81 642 Continente 250 520 80 839 43 549 205 285 362 961 88 435 145 551 41 139 78 398 Alentejo 15 891 1 506 1 671 9 467 12 545 4 415 6 840 1 895 4 849 Lezíria do Tejo 4 335 594 606 3 653 4 730 1 522 2 435 609 1 504 Almeirim 344 27 40 237 343 125 226 51 113 Alpiarça 79 ... 8 55 71 46 38 15 39 Azambuja 348 46 ... 1 026 231 76 202 36 148 Benavente 448 82 109 373 809 136 201 108 190 Cartaxo 350 ... 65 267 489 102 258 77 143 Chamusca 103 ... 12 73 98 25 45 18 60 Coruche 201 60 34 174 205 141 126 51 169 Golegã 100 6 12 56 57 21 28 15 41 Rio Maior 371 35 ... 278 228 130 197 38 107 Salvaterra de 290 23 33 170 214 63 179 33 128 Magos 31 Santarém 1 701 269 183 944 1 985 657 935 167 366

Pessoal ao serviço (% de n.º), em Salvaterra de Magos, do estabelecimento segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015)

H; 5.018 N; 4.859 I; 6.585 Q; 4.064 F; 9.491 M; 3.860 L; 0.749 S; 2.906 C; 12.307 P; 1.431 R; 0.749

A; 15.668 J; 0.522 G; 31.562 B;E;D; 0.1360

Outro; 2.157129882 Figura 19 – Pessoal ao serviço, (% de n.º) em Salvaterra de Magos, do estabelecimento segundo a secção da CAE- Rev.3, 2013.

Em termos de volume de negócios 18 , do estabelecimento, também se observa a dominância da seção G seguida pela secção A, o que denota a importância significativa do peso do setor I no

18 Volume de Negócios: Quantia líquida das vendas e prestações de serviços (abrangendo as indemnizações compensatórias) respeitantes às actividades normais das entidades, consequentemente após as reduções em vendas e não incluindo nem o imposto sobre o valor acrescentado nem outros impostos directamente relacionados com as

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concelho de Salvaterra de Magos, no conjunto das secções de atividade económica (Tabelas seguintes e figura infra).

Tabela 23 – Volume de negócios (unidade: milhares de euros) por município, do estabelecimento segundo a CAE- Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015).

Total A B C D E F G H 312 967 21 592 3 169 16 941 116 635 15 900 Portugal 5 608 880 980 010 79 265 725 040 021 098 698 078 054 303 719 21 123 3 089 16 057 112 647 15 173 Continente 5 266 407 970 250 78 283 894 635 495 356 809 310 304 Alentejo 22 431 422 1 634 093 526 821 10 034 348 680 947 221 288 545 403 6 413 087 637 438 Lezíria do Tejo 6 916 948 568 786 48 578 1 835 821 86 802 122 368 168 271 3 156 136 273 443 Almeirim 385 431 76 344 0 37 930 ...... 18 436 219 518 2 965 Alpiarça 164 732 34 367 0 89 596 0 ...... 29 387 553 Azambuja 1 646 889 34 902 0 297 137 ... 35 888 12 356 963 895 101 708 Benavente 975 203 57 100 0 300 207 0 4 350 21 547 459 714 58 037 Cartaxo 403 119 26 113 379 146 201 ... 10 346 13 963 150 834 6 040 Chamusca 211 597 29 937 1 228 28 429 ... 27 909 10 203 90 575 2 890 Coruche 452 015 70 701 335 199 522 0 11 865 12 637 109 994 9 745 Golegã 89 358 16 696 0 24 791 ... 0 ... 38 244 1 116 Rio Maior 726 211 68 724 19 669 304 868 ... 1 664 19 519 252 763 24 609 Salvaterra de 344 109 46 095 551 44 259 ...... 15 294 199 719 15 007 Magos Santarém 1 518 282 107 808 26 416 362 883 65 510 26 790 38 217 641 494 50 773

I J L M N P Q R S 11 621 3 729 9 184 1 401 5 913 Portugal 8 522 470 9 648 982 1 505 957 1 346 379 486 753 375 793 280 11 354 3 617 8 848 1 375 5 775 Continente 7 892 018 9 490 419 1 457 119 1 296 409 769 368 947 680 081 Alentejo 455 453 234 615 94 237 361 306 235 481 37 081 193 507 40 561 85 754 Lezíria do Tejo 134 959 55 042 27 844 208 120 114 730 14 404 67 554 10 762 23 329 Almeirim 8 926 967 594 4 725 3 957 881 4 526 460 999 Alpiarça 2 413 ... 29 1 335 1 433 855 582 67 342 Azambuja 20 318 1 629 ... 145 573 25 311 725 2 750 295 1 677 32 Benavente 11 571 2 194 4 876 9 927 31 066 1 915 4 702 2 925 5 074 Cartaxo 8 362 ... 1 219 4 576 6 011 704 5 670 1 252 1 507 Chamusca 3 099 ... 6 995 2 094 2 837 193 1 096 100 1 268 Coruche 6 419 8 549 1 155 8 862 4 004 584 3 423 696 3 524 Golegã 2 730 65 125 1 152 397 126 795 89 493 Rio Maior 10 746 1 774 ... 7 204 4 068 1 032 4 746 761 1 175 Salvaterra de 6 805 664 1 121 2 802 5 357 517 3 630 411 1 652 Magos Santarém 53 570 36 624 6 209 19 870 30 288 6 874 35 634 3 705 5 618

Volume de negócios (% de milhares de euros), em Salvaterra de Magos, do estabelecimento segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013 (Ext. de INE, 2015) H; 4.361 N; 1.557 F; 4.445 C; 12.862 A; 13.395 I; 1.978 J; 0.193 Q; 1.055 M; 0.814 S; 0.480 B; 0.160 L; 0.32 P; 0.150 G; 58.039 6 R; 0.119 D;E; 0 Outro; 0.622767786

Figura 20 – Volume de negócios (% de milhares de euros), em Salvaterra de Magos, do estabelecimento segundo a secção da CAE-Rev.3, 2013.

vendas e prestações de serviços. Na prática, corresponde ao somatório das contas 71 e 72 do Plano Oficial de Contabilidade (INE, 2015).

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Tabela 24 – Nomenclatura da Classificação das Atividades Económicas - CAE-Rev.3 (Ext. de INE, 2015). Nomenclatura Classificação das Atividades Económicas - CAE -Rev.3 A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca B Indústrias extrativas C Indústrias transformadoras D Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio E Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição F Construção G Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos H Transportes e armazenagem I Alojamento, restauração e similares J Atividades de informação e de comunicação K Atividades financeiras e de seguros L Atividades imobiliárias M Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares N Atividades administrativas e dos serviços de apoio O Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória P Educação Q Atividades de saúde humana e apoio social R Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas S Outras atividades de serviços Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção das famílias para T uso próprio U Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

2.4.7.1 Conclusão parcial Em face dos elementos recolhidos, importa salientar que Foros de Salvaterra (previamente à reorganização administrativa) cresceu demograficamente 25,3 % (período 2001 – 2011), destacando-se de longe, das restantes freguesias do concelho. Marinhais cresceu 33 demograficamente 17,0 % (período 2001 – 2011), sendo o 2.º lugar que mais cresceu, o que num contexto de despovoamento, é de valorizar, maximizando os recursos territoriais (nomeadamente a rede de infraestruturas) e criando condições ao nível do Ordenamento do Território e Urbanismo (OT&U) para a fixação das pessoas. Salvaterra de Magos apresentou um crescimento positivo apesar de inferior (1,5 %). Acresce que, conforme atrás descrito, a base económica é fortemente ponderada pela elevada importância do setor-primário, devido à preponderância de solo rural e objeto de atividades agrícolas (salienta-se que ¼ da área do concelho é ocupada com regadio/horta), pecuárias e florestais.

2.4.8 Padrões de Ocupação do Solo Também se analisou o uso e ocupação do solo, incluindo os padrões de ocupação do solo (POS) segundo a estrutura do povoamento e as suas principais tipologias, bem como, as formas de apropriação e exploração do espaço decorrentes das suas características morfológicas e biofísicas (vide o PROT-OVT 19 ). O concelho de Salvaterra de Magos apresenta- se como sendo um território predominantemente rural, com cerca de 91% de solo associado a agricultura e florestas (Tabela e mapa da figura infra).

19 URL: http://www.ccdr-lvt.pt/pt/plano-regional-de-ordenamento-do-territorio-do-oeste-e-vale-do-tejo-/613.htm

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Tabela 25 – Classes de uso e ocupação do território (COS2010v1, DGT). Área Classe ha % Territórios artificializados 1577.9 6.5 Áreas agrícolas e agroflorestais 11368.7 46.6 Florestas e meios naturais e semi-naturais 10817.0 44.3 Zonas húmidas 49.9 0.2 Corpos de água 579.7 2.4 Soma 24393.2 100.0

34

Figura 21 – Repartição do uso e ocupação do solo na área objeto de alteração (Ext. da COS2010v1, DGT).

As áreas propostas a exclusão são abrangidas pelas seguintes classes: E1, C2 (ex-E2) e E3: Áreas agrícolas e agroflorestais + Territórios artificializados e C6 (ex-E6) : Territórios artificializados. Relativamente aos POS, a classificação adoptada no PROT-OVT divide-se em dois níveis - classes e subclasses - o que permite desagregar as realidades territoriais mais complexas e compreender a expressão territorial dos fenómenos em estudo e as suas dinâmicas (Tabela e figura infra).

Tabela 26 - Legenda da caracterização dos POS no PROT-OVT (Ext. do PROT-OVT, vide CCDR-LVT). Classe Subclasse AEC Áreas Edificadas Compactas AEF Áreas Edificadas Fragmentadas Áreas Edificadas Dispersas Tipo1 - ≤10 edif./25ha AED AE Áreas edificadas Tipo 2 - 10 a 50 edif./25ha Tipo 3 - ≥ 50 edif./25ha Áreas Edificadas em Espaço Rústico ERA Tipo1 - ≤10 edif./25ha Tipo 2 – 10 a 50 edif./25ha

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Classe Subclasse Tipo 3 - ≥ 50 edif./25ha Áreas Edificadas Lineares AEL Tipo 1 - Contínuas Tipo2 - Descontínuas EVC Espaços Vazios em Construção AEU Áreas Edificadas Unifamiliares AEG Áreas Edificadas com Golfe Associado EQP Parques de Campismo Infraestruturas e IFA Instalações Aeroportuárias e Marítimas IF Equipamentos IFE Parques Eólicos IFP Portos e Marinas IE Indústria Extrativa IEX Áreas de Indústria Extrativa IN Indústria, Comércio, Armazenagem e Logística IND Indústria, Comércio, Armazenagem e Logística AFO Povoamentos Florestais AF Áreas Florestais AFM Povoamentos de Sobreiros e / ou Azinheiras AFA Áreas Agroflorestais AAG Áreas Agrícolas AAE Áreas Agrícolas com Estufas AA Áreas Agrícolas AAV Áreas de Pomar, Vinhas, Hortofrutícolas e Olival AAP Áreas Agrícolas de Policultura AAA Áreas de Baixa Aluvionar ASM Matos ASA Matos com Afloramentos Rochosos AS Áreas Silvestres PRP Praias DNS Dunas AHS Áreas Húmidas AGR Cursos de Água AG Planos de Água AGA Albufeiras e Lagoas

As áreas propostas a exclusão são abrangidas pelas seguintes subclasses: E1: AEL2 - Áreas Edificadas Lineares Descontínuas tipo 2; C2 (ex-E2) e E3: AED3 - Áreas Edificadas Dispersas tipo 3 e C6 (ex-E6): AEC - Áreas Edificadas Compactas. 35

Figura 22 – Repartição do uso e ocupação do solo na área do concelho de Salvaterra de Magos (POS2010, PROT- OVT, CCDR-LVT).

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2.4.8.1 Conclusão parcial Considerando os POS do PROT-OVT, a mancha n.º E1 exibe um padrão de ocupação do solo classificado maioritariamente como pertencente à classe AE - Áreas Edificadas (Subclasse: AEL2 - Áreas Edificadas Lineares Descontínuas, Tipo 2), sendo que as manchas n.º C2 (ex- E2) e E3 se encontram classificadas como estando associadas à classe AE - Áreas Edificadas (Subclasse: AED3 - Áreas Edificadas Dispersas, Tipo 3) e a mancha n.º E6 encontra-se associada à classe AE (Subclasse: AEC - Áreas Edificadas Compactas). Salienta-se que o concelho é predominantemente rural, com cerca de 91% de solo associado a agricultura e florestas.

2.5. Explicitação dos princípios e critérios utilizados para a identificação das áreas a excluir.

Conforme mencionado, o presente procedimento apresenta a especificidade de decorrer em simultâneo com dinâmicas de IGT. As manchas a excluir E1, C2 (ex-E2) e E3 tiveram como critérios a correção de erro do PDM por força da revogação em sede de publicação do PDM do ex-traçado do IC 3. A mancha C6 (ex-E6) decorre da necessidade de alterar e corrigir a classificação associada a pequena área de solo na interface solo urbano – solo rústico/rural, não obstante se encontre em AUC.

Por outro lado, apresenta-se o quadro de referência relacionado com princípios e critérios para 36 considerar no âmbito da delimitação e também promoção de alterações à carta da RAN. Importa salientar que inicialmente, na sequência da reunião de acompanhamento realizada na CCDR-LVT, no dia 11 de fevereiro de 2016, onde se abordaram diversos assuntos e se transmitiu a apreciação prévia feita ao projeto de IV alteração ao PDM, cabe indicar que são salvaguardadas as orientações fornecidas pela CCDR-LVT, devendo destacar-se que: a) Considerando o disposto no novo RJIGT, a reclassificação de solo rural para urbano apenas será enquadrável no âmbito da presente alteração de PDM quando estejam em causa áreas destinadas a equipamentos ou infraestruturas ou caso esteja em causa a eliminação de erros e omissões de identificação ou o ajustamento de limites de áreas integradas em solo urbano em função da existência total ou parcial de infraestruturas públicas. Quando aplicável, a CM justifica as alterações apresentadas à luz destes conceitos. a.1) As infraestruturas públicas dizem respeito às seguintes: i) via pavimentada ou não; rede de abastecimento de água; iii) rede de drenagem de águas residuais domésticas; iv) rede de drenagem de águas pluviais; v) ETAR; vi) rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública. b) Implicando a Alteração ao PDM com a delimitação da RAN e da REN, considera-se a numeração das diversas áreas de forma semelhante nos 3 procedimentos, o que é feito através de tabela e código, vide ponto 2.2.

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Para a realização da fundamentação tem-se como referência: (i) RJRAN (regime jurídico da reserva agrícola nacional, publicado pelo DL n.º 73/2009, 31/03, alterado e republicado pelo DL n.º 199/2015, 16/09, articulado com a Portaria n.º 162/2011, 18/04, retificada pela Declaração de Retificação n.º 15/2011, 23/05); (ii) Guião de delimitação da RAN da DRAP-LVT (2012, 2014). Sobre a estratégia de delimitação poderá consultar-se a título exemplificativo a tabela infra, onde se encontram orientações pertinentes.

Tabela 27 – Integração de áreas em RAN (DL n.º 199/2015, 16/09). CAPÍTULO III Áreas integradas na RAN Artigo 8.º Áreas integradas na RAN 1 - Integram a RAN as unidades de terra que apresentam elevada ou moderada aptidão para a atividade agrícola, correspondendo às classes A1 e A2, previstas no artigo 6.º. 2 - Na ausência da classificação prevista no artigo 6.º, integram a RAN: a) As áreas com solos das classes de capacidade de uso A, B e Ch, previstas no n.º 2 do artigo 7.º; b) As áreas com unidades de solos classificados como baixas aluvionares e coluviais; c) As áreas em que as classes e unidades referidas nas alíneas a) e b) estejam maioritariamente representadas, quando em complexo com outras classes e unidades de solo. 3 - As áreas beneficiadas por obras de aproveitamento hidroagrícola não inseridas em solo urbano identificado nos planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal são classificadas como RAN. Artigo 9.º Integração específica 1 - Quando assumam relevância em termos de economia local ou regional, podem ainda ser integradas na RAN, após a audição dos titulares dos prédios e suas organizações específicas, as terras e os solos de outras classes quando: a) Tenham sido submetidas a importantes investimentos destinados a aumentar com caráter duradouro a capacidade produtiva dos solos ou a promover a sua sustentabilidade; b) O aproveitamento seja determinante para a viabilidade económica de explorações agrícolas existentes; 37 c) Assumam interesse estratégico, pedogenético ou patrimonial. 2 - A integração específica referida no número anterior pode ser efetuada no âmbito da elaboração, alteração ou revisão dos planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal. 3 - No caso referido no número anterior, o procedimento aplicável é o previsto nos artigos 13.º e seguintes. 4 - A integração específica também pode ser determinada por despacho do membro do Governo responsável pela área da agricultura, depois de ouvidas as entidades administrativas representativas de interesses a ponderar e após parecer favorável da entidade regional da RAN e da câmara municipal em causa. 5 - Nos casos previstos no número anterior, os planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal de ordenamento do território em vigor na área em causa são objeto de alteração por adaptação, nos termos previstos no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial. Artigo 10.º Solos não integrados na RAN 1 - Não integram a RAN as terras ou solos que integrem o solo urbano identificado nos planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal. 2 - Quando exista reclassificação de áreas integradas na RAN como solo urbano, aplica-se o procedimento previsto no artigo 14.º

Também se tem como princípios 20 para áreas a excluir, os seguintes:

i) Áreas efetivamente já comprometidas (legalmente construídas, licenciadas ou autorizadas) e/ou ii) Áreas que se pretenda excluir para satisfação de carências existentes em termos de habitação, atividades económicas, equipamentos e infraestruturas (cuja fundamentação deve ser demonstrada com base em indicadores quantitativos que justifiquem a necessidade de expansão e a inexistência de alternativas para zonas não abrangidas pelo regime da RAN).

20 Por analogia com princípios utilizados no âmbito de áreas a excluir à reserva ecológica nacional (REN).

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Conforme previsto no RJRAN, observa-se a existência do aproveitamento hidroagrícola (com regime jurídico no DL n.º 269/1982, 10/07, na versão atual, articulado com a RCM n.º 21/2014, 17/03). No âmbito das propostas de exclusão com redelimitação da RAN de nível municipal são ponderados aspetos como a coexistência em solo rústico , a garantia da continuidade da mancha , e a relevância no contexto local ou regional nos diferentes aspetos - económicos, pedogenéticos, estratégicos, patrimoniais, ordenamento agrícola, entre outros. Cada uma das áreas a excluir pode ser identificada com uma simbologia do tipo trama, própria sobre a trama de áreas RAN, de forma legível, e numerada com o prefixo “C” (C1, C2, …, Cn), nos casos da alínea i), e com o prefixo E (E1, E2, …, En), nos casos da alínea ii). O presente procedimento de alteração envolve apenas exclusões (não há lugar a integrações) e observa-se apenas a existência da situação em que existem compromissos urbanísticos, pelo que se opta apenas por grafar com o prefixo “E” de exclusão antes do número identificador. A seguinte tabela apresenta um conjunto de ações e critérios, da DRAP-LVT, que servem de apoio ao presente relatório.

Tabela 28 – Ações e critérios de delimitação da RAN (DRAP-LVT, 2014 (ANEXO I - Ações e Critérios)). Código 1 Ação Manutenção da mancha de RAN (ou de parte desta) para a qual não se encontram fundamentos para M manter ou tirar A Aumento da mancha da RAN em vigor numa determinada zona ou uma nova mancha R Redução da mancha de RAN em vigor numa determinada zona 38 T Deslocação da mancha (ou de parte desta) AI Áreas a integrar (dentro de solo urbano) D Dúvidas (critério de trabalho) Código 2 Critério 1 Ajuste da linha da RAN em vigor às linhas da CS ou de CCU. Ajustes da linha da RAN a situações evidenciadas por fotointerpretação quando se perceciona que era essa a intenção da carta RAN existente e/ou da CCU (pela forma da linha): a) a caminho, curso de água, base de uma encosta…; b) a linha diferenciadora de ocupações culturais ou de cadastro quando as mesmas coincidem com 2 alterações de declive; c) a linhas definidas pelos limites dos aglomerados urbanos consolidados e antigos que já eram visíveis nas cartas militares ou assinalados na carta da RAN base (a primeira da DGADR); d) A curvas de nível, eventualmente, conjugado com linhas de água e/ou imagem do orto ou da CM (máximo de 15% de declive). Ajuste à CCU, em manchas isoladas da RAN em vigor, quando esta é muito aproximada à mancha de 3 solos elegíveis e não existem outros dados que justifiquem correções de erros grosseiros ou de distorções 4 Acerto para continuidade da mancha RAN com o concelho vizinho 5 Acerto com o limite do Concelho Correção da distorção através de: a) translação 6 b) rotação c) georreferenciação local 20 Inclusão de terreno de vale e/ou dentro dos solos elegíveis pelas cartas oficiais. 21 Aumento para ligação de vales / continuidade da mancha, com condições de aproveitamento agrícola. 22 Inclusão dos cursos de água no interior da mancha da RAN (exceto rio Tejo) 23 Inclusão, na RAN, de área dos aproveitamentos hidroagrícolas e dos regadios tradicionais 24 Inclusão/ não exclusão de vias rodoviárias ou ferroviárias no interior de manchas de RAN Inclusão, na RAN, de corredores (excluídos da RAN para outras servidões, no PDM) que se mantenham 25 com condições de aproveitamento agrícola e estejam em solos elegíveis e/ou a cortar mancha de RAN em vigor e a manter. Inclusão, na RAN, dos solos elegíveis até cerca de 10 m da linha exterior das casas dos Aglomerados 26 Rurais. Exclusão de mancha de RAN em vigor localizada em encosta (mais de 15% de declive) e/ou fora 40 de solos elegíveis, sem condições de aproveitamento agrícola, excepto se se tratar de solos com interesse estratégico, pedogenético ou patrimonial 41 Exclusão de mancha de RAN em vigor, quando sobreposta a PU em vigor, densamente edificada

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e com limite coerente do perímetro urbano em vigor. Exclusão de áreas de RAN isoladas ou no final da mancha de RAN, em vales estreitos e encaixados, 42 com deficiente acessibilidade, sem condições de aproveitamento agrícola, sem continuidade para outras áreas de RAN, com larguras inferiores a 20 m para cada lado de um curso de água. Exclusão de pequenas manchas de RAN em zonas isoladas, sem condições de aproveitamento 43 agrícola e sem envolvente agrícola, de áreas inferiores a 2 ha, com tolerância de 10 % (atenção aos solos de valor pedogenético ou patrimonial, confrontar com carta de solos). 20 Inclusão de terreno de vale e/ou dentro dos solos elegíveis pelas cartas oficiais. 21 Aumento para ligação de vales / continuidade da mancha, com condições de aproveitamento agrícola.

Salienta-se a presente proposta de alteração tem em linha de conta o peso significativo das atividades económicas relacionadas com o setor primário no concelho de Salvaterra de Magos, conforme demonstrado nos dados apresentados.

Importa salientar que no que se refere à componente gráfica, as dinâmicas de IGT que decorrem em simultâneo, implicam no caso vertente do projeto de I alteração à RAN, a expressão técnica classificação do solo rural (rústico) para urbano, nos termos do Decreto Regulamentar n.º 15/2015, 19/08, vide tabela infra, mas também a correção material das peças gráficas do PDM e RAN.

Tabela 29 – Referência legal para efeitos de classificação do solo como urbano e rústico/rural (Ext. do Decreto Regulamentar n.º 15/2015, 19/08).

Classificação do solo Artigo 5.º Conceito 1 - A classificação do solo traduz uma opção de planeamento territorial que determina o destino básico do solo, assentando na distinção fundamental entre a classe de solo rústico e a classe de solo urbano. 2 - A classificação e a reclassificação do solo são estabelecidas em plano territorial de âmbito intermunicipal ou 39 municipal, nos termos do disposto no presente decreto regulamentar e no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial. Artigo 6.º Classificação do solo como rústico 1 - A classificação do solo como rústico visa proteger o solo como recurso natural escasso e não renovável, salvaguardar as áreas com reconhecida aptidão para usos agrícolas, pecuários e florestais, afetas à exploração de recursos geológicos e energéticos ou à conservação da natureza e da biodiversidade e enquadrar adequadamente outras ocupações e usos incompatíveis com a integração em espaço urbano ou que não confiram o estatuto de solo urbano. 2 - A classificação do solo como rústico obedece à verificação de um dos seguintes critérios: a) Reconhecida aptidão para aproveitamento agrícola, pecuário ou florestal; b) Reconhecida potencialidade para a exploração de recursos geológicos e energéticos; c) Conservação, valorização ou exploração de recursos e valores naturais, culturais ou paisagísticos, que justifiquem ou beneficiem de um estatuto de proteção, conservação ou valorização incompatível com o processo de urbanização e edificação; d) Prevenção e minimização de riscos naturais ou antrópicos ou de outros fatores de perturbação ambiental, de segurança ou de saúde públicas, incompatíveis com a integração em solo urbano; e) Afetação a espaços culturais, de turismo, de recreio ou de lazer que não seja classificado como solo urbano, ainda que ocupado por infraestruturas; f) Localização de equipamentos, infraestruturas e sistemas indispensáveis à defesa nacional, segurança e proteção civil, incompatíveis com a integração em solo urbano; g) Afetação a infraestruturas, equipamentos ou outros tipos de ocupação humana que não confiram o estatuto de solo urbano; h) Afetação a atividades industriais ligadas ao aproveitamento de produtos agrícolas, pecuários e florestais, ou à exploração de recursos geológicos e energéticos; i) Os solos que não sejam classificados como solo urbano, ainda que não preencham nenhum dos critérios anteriores. Artigo 7.º Classificação do solo como urbano 1 - A classificação do solo como urbano visa a sustentabilidade e a valorização das áreas urbanas, no respeito pelos imperativos de economia do solo e dos demais recursos territoriais. 2 - O solo urbano compreende: a) O solo total ou parcialmente urbanizado ou edificado e, como tal, afeto em plano intermunicipal ou municipal à urbanização e à edificação; b) Os solos urbanos afetos à estrutura ecológica necessários ao equilíbrio do sistema urbano.

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3 - A classificação do solo como urbano observa, cumulativamente, os seguintes critérios: a) Inserção no modelo de organização do sistema urbano municipal ou intermunicipal; b) Existência de aglomerados de edifícios, população e atividades geradoras de fluxos significativos de população, bens e informação; c) Existência de infraestruturas urbanas e de prestação dos serviços associados, compreendendo, no mínimo, os sistemas de transportes públicos, de abastecimento de água e saneamento, de distribuição de energia e de telecomunicações, ou garantia da sua provisão, no horizonte do plano territorial, mediante inscrição no respetivo programa de execução e as consequentes inscrições nos planos de atividades e nos orçamentos municipais; d) Garantia de acesso da população residente aos equipamentos de utilização coletiva que satisfaçam as suas necessidades coletivas fundamentais; e) Necessidade de garantir a coerência dos aglomerados urbanos existentes e a contenção da fragmentação territorial. 4 - Na aplicação dos critérios referidos nas alíneas c) e d) do número anterior devem ser adotadas soluções apropriadas às características e funções específicas de cada espaço urbano. 5 - Com base nos critérios fixados no presente artigo devem ser delimitadas as áreas de solo urbano, que correspondem aos perímetros urbanos.

Para a classificação do solo como urbano importa o significado da expressão de Área urbana consolidada 21 (AUC) em articulação com o significado da expressão de zona urbana consolidada (ZUC), vide APA (2014), que se caracteriza por:

(i) uma densidade de ocupação que permite identificar uma; (ii) malha ou estrutura urbana já definida; (iii) onde existem as infraestruturas essenciais; e (iv) onde se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edificações em continuidade.

As alterações regulamentares são pontuais e não implicam a reestruturação do regulamento do PDM. 40 Os locais em questão encontram-se servidos por redes de infraestruturas públicas, nomeadamente:

i) via pavimentada; ii) rede de abastecimento de água; iii) rede de drenagem de águas residuais domésticas; iv) rede de drenagem de águas pluviais; v) ETAR; vi) rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública.

Na tabela a seguir apresenta-se uma síntese da seleção utilizada sob a forma codificada da ação e critério por área de exclusão proposta. Não obstante, ressalva-se que a proposta de alteração decorre em simultâneo com a IV Alteração e II Correção Material ao PDM, pelo que a fundamentação das áreas a excluir deve ser entendida, sobretudo, à luz do conceito de pequeno ajustamento cartográfico e correção material, sem prejuízo da necessária fundamentação científico-técnica à luz dos conceitos a que se refere a tabela infra.

21 Segundo o Decreto Regulamentar n.º 9/2009, 29/05 (ficha 14), corresponde a uma área de solo urbanizado que se encontra estabilizada em termos de morfologia urbana e de infraestruturação e está edificada em, pelo menos, dois terços da área total do solo destinado a edificação.

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Tabela 30 – Identificação da ação e critério de exclusão à RAN. Área a excluir Código da ação (n.º de ordem) e critério de exclusão E1 R; 40 (e ~41) C2 (ex-E2) R; 40 (e ~41) E3 R; 40 (e ~41) C6 (ex-E6) R; 40 (e ~41)

2.6. Enquadramento das exclusões face aos instrumentos de gestão territorial (IGT) em vigor vinculativos dos particulares.

O PDM de Salvaterra de Magos encontra-se plenamente eficaz, cuja dinâmica se apresenta na tabela infra, por ser o único instrumento de gestão territorial (Plano Territorial de Âmbito Municipal – PTAM) com eficácia plurisubjetiva (para a componente cartográfica, vejam-se os mapas em anexo). Também se apresenta a dinâmica da RAN e REN.

Tabela 31 - Dinâmicas da RAN, REN e PDM de Salvaterra de Magos (Ext. da DGT). Temas objeto Instrumento vinculativo de análise Plano Diretor Municipal de Salvaterra de Magos Publicação DR Dinâmica Aviso n.º 12493/2015, 27/10 210 IIS 1.ª correção material Aviso n.º 8667/2015, 07/08 153 IIS 1.ª retificação/correção Aviso n.º 13435/2012, 09/10 195 IIS 3.ª alteração Aviso n.º 21122/2010, 21/10 205 IIS 2.ª alteração Rectificação n.º 648/2010, 63 IIS 1.ª retificação 31/03 Plano 41 Declaração n.º 548/2010, Territorial 55 IIS 1.ª alteração, por adaptação 19/03 Identificação dos artigos do PDm alvo de Aviso n.º 7164/2010, 09/04 69 IIS suspensão, nos termos da RCM n.º 674-A/2009, 06/08 Declaração de retificação n.º 1.º Suspensão da iniciativa do Governo - 192 IS 71-A/2009, 02/10 retificação RCM n.º 64-A/2009, 06/08 151 IS 1.ª Suspensão da iniciativa do Governo RCM n.º 145/2000, 27/10 249 IS-B 1.ª publicação

IGT Publicação DR Procedimento Eficácia Observações relacionado Reserva RCM n.º 227 POAAP de Atualiza parcialmente Ecológica Alteração Sim 169/2008, 21/10 IS Magos a carta municipal Nacional (REN) Delimitação concelhia RCM n.º 250 Delimitação # parcialmente 184/1997, 28/10 IS-B revogada

IGT Reserva Publicação DR Procedimento Eficácia Observações Agrícola relacionado Nacional (RAN) Portaria n.º 156 Delimitação # Sim Delimitação concelhia 535/1994, 08/07 IS-B

A tabela infra apresenta a informação disposta no PDM, associada ao traçado do espaço-canal do IC3, onde se confirma a revogação do ex-traçado do IC3 , o que constitui fundamentação bastante para consubstanciar a exclusão preconizada nas áreas de solo E1, E2 e E3. Ademais, não apresentam aptidão para adquirir estatuto RAN .

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Tabela 32 – Extrato do regulamento do PDM de Salvaterra de Magos. RCM n.º 145/2000, 27/10 (1.ª publicação do PDM) (Preâmbulo) A Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos aprovou, em 26 de Julho de 1996, o seu Plano Director Municipal. Na sequência desta aprovação, a Câmara Municipal submeteu a ratificação do Governo aquele instrumento de gestão territorial, conforme dispõe o artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro. A elaboração e aprovação deste Plano Director Municipal decorreu sob a vigência do Decreto-Lei n.º 69/90, de 2 de Março, tendo sido cumpridas todas as formalidades exigidas por aquele diploma legal, designadamente no que se refere ao inquérito público. Como o Decreto-Lei n.º 69/90, de 2 de Março, foi entretanto revogado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, que aprovou o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, tendo entrado em vigor em 22 de Novembro de 1999, a ratificação terá de ser feita ao abrigo deste diploma. Verifica-se a conformidade do Plano Director Municipal de Salvaterra de Magos com as disposições legais e regulamentares em vigor, com excepção : Do disposto no n.º 2 do artigo 47.º do Regulamento, por não estar de acordo com o estabelecido no artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 39 780, de 21 de Agosto de 1954, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 48 594, de 26 de Setembro de 1968; Do disposto nos n.º 2.2, 2.4, 2.5 e 2.6 do artigo 67.º do Regulamento, por violarem o regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, alterado pelos Decretos-Leis n. os 213/92 e 79/95, respectivamente de 12 de Outubro e de 20 de Abril; Da delimitação do traçado do IC 3 constante das plantas de ordenamento e de condicionantes, atendendo a que o mesmo mereceu parecer desfavorável no âmbito do procedimento de avaliação ambiental do respectivo projecto. De salientar ainda que a figura de «estudos de conjunto», referida no artigo 18.º do Regulamento, carece de existência legal como instrumento de planeamento, não substituindo, por isso, os instrumentos tipificados na lei de que o município dispõe para execução do Plano Director Municipal. O Plano Director Municipal de Salvaterra de Magos foi objecto de parecer favorável da comissão técnica que, nos termos do Decreto-Lei n.º 69/90, de 2 de Março, acompanhou a elaboração deste Plano. Este parecer favorável está consubstanciado no relatório final daquela comissão, subscrito por todos os representantes dos serviços da administração central que a compõem. Considerando o disposto na alínea a) do n.º 1 e no n.º 8 do artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro: Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve: 1 - Ratificar o Plano Director Municipal de Salvaterra de Magos, cujo Regulamento, plantas de ordenamento F.1.1 a F.1.15 e plantas de condicionantes F.2.1 e F.2.2 se publicam em anexo à presente resolução e que dela fazem parte integrante. 2 - Excluir de ratificação o n.º 2 do artigo 47.º, os n. os 2.2, 2.4, 2.5 e 2.6 do artigo 67.º do Regulamento e a delimitação do traçado do IC 3 constante das plantas de ordenamento e de condicionantes . 42 Ressalva-se que a geometria das áreas de solo/manchas sob proposta de exclusão à RAN e REN em curso, apresentam geometria ligeiramente distinta daquela presente na IV Alteração ao PDM devido à não sobreposição geográfica das manchas das classificações entre as diversas peças gráficas do PDM, RAN e REN. Procede-se à apresentação sob a forma alfanumérica do regime de uso do solo de cada uma das 4 manchas recorrendo a tabela de síntese/sinótica onde também consta resumo das condições biofísicas (tabela infra).

Tabela 33 – Síntese das condições de OT&U e Ambientais, das áreas de solo a alterar a RAN e PDM. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Uso do solo (Zonamento + SARUP) Enquadramento biofísico Área Có Acessi Pedologia Propost COS2010v1/ dig bilidad Geolo Geomorf Cap. Existente Ação o/mantid Fam POS (PROT- o ha % e gia ologia de o ília OVT) uso Espaço Espaço agrícola - Área urbano: Áreas Agrícola da Area Areias agrícolas e RAN; Espaço Urbaniza e Pendente Classificaç agroflorestais CM urbano: Area da cascal < 2%; ão como +Territórios 1413/E Urbanizada Habitacio heiras aprox. solo artificializado 1.9 78. strada Habitacional - nal - de 20-22 m; Ap+ Ds+C 1 E1 urbano + s/AEL2- 68 6 dos Zona a Zona a génes glacis- Rg s exclusão Áreas Almocr Reabilitar; Reabilita e terraço da RAN + Edificadas eves Espaço-canal r; indifer fluvial? REN Lineares de Espaço- enciad (T3?) Descontínua infraestrutura canal de a s tipo 2 + RAN; REN infraestru (AMI); tura +

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Uso do solo (Zonamento + SARUP) Enquadramento biofísico Área Có Acessi Pedologia Propost COS2010v1/ dig bilidad Geolo Geomorf Cap. Existente Ação o/mantid Fam POS (PROT- o ha % e gia ologia de o ília OVT) uso Servidão Servidão rodoviária rodoviári a Áreas Pendente agrícolas e < 2%; agroflorestais Espaço C2 aprox. Pag Dh+D +Territórios agrícola - Área (ex 0.1 21-24 m; +Vt, s, artificializado 2 6.2 Agrícola da - 56 glacis- Ap+ Ds+C s/AED3- RAN + RAN; E2) terraço Rg s Áreas REN (AMI) Classificaç Espaço CM fluvial? Edificadas ão como urbano: 1412/E (T3?) Dispersas solo Área strada tipo 3 urbano + Urbaniza das Áreas exclusão da Malhad agrícolas e da RAN e Habitacio Pendente inhas Espaço agroflorestais REN nal < 2%; Florestal: Área +Territórios aprox. 22 0.0 de floresta de Ap+ Ds+C artificializado 3 E3 1.2 m; glacis- 29 produção + Rg s s/AED3- terraço RAN; REN Áreas fluvial? (AMI) Edificadas (T3?) Dispersas tipo 3 Espaço Classificaç Agrícola: Área ão como agrícola não solo Estrad incluída na urbano + a da RAN; Espaço exclusão Espaço Ponte Aluviõ Pendente Agrícola - do Urbano: de es < 5 %; Territórios C6 Área agrícola Aproveita Á rea Pedra; (Areia aprox. 5- artificializado 43 (ex 0.3 14. da RAN + mento Urbaniza Cs+B 4 Avenid s, 8 m; Rgc s/AEC-Áreas - 51 0 Aproveitament hidroagríc da Mista h a José silte, terraço Edificadas E6) o ola do - Zona a Luís argilas fluvial Compactas hidroagrícola Vale do Preserva Brito ) (T4?) do Vale do Sorraia e r de Sorraia e Paúl Paúl de Seabra de Magos; Magos; RAN; REN RAN e (AMI+ZAC) REN 2.5 10 Soma 0 0

2.7. Imagem aérea atualizada (indicando a respetiva data) com a representação das áreas a excluir.

Os mapas das figuras a seguir ilustram a situação existente através de cartografia de imagem datada de 2015.

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Figura 23 – Proposta de exclusão E1.

44

Figura 24 – Proposta de exclusão C2 (ex-E2) e E3.

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Figura 25 – Proposta de exclusão C6 (ex-E6).

45 2.8. Fichas de áreas a excluir da RAN : fundamentação da alteração da RAN face à evolução das condições económicas, sociais, culturais e ambientais e justificação objetiva da necessidade das exclusões, incluindo a demonstração da inexistência de alternativa de localização.

Salienta-se que as plantas de ordenamento nas escalas 1 :25000 e 1 :10000 apresentam limites com localizações distintas, pelo que, o facto de não apresentarem contiguidade fica devidamente clarificado e solucionado vide artigos 11.º e 19.º do regulamento do PDM (refere- se que as categorias de espaço e zonas referidas são as que se encontram delimitadas pelo perímetro urbano que resulta da união dos perímetros urbanos estabelecidos nas plantas de ordenamento, à escala 1:10000 e 1:25000). Assim, ao projetar no mesmo plano as peças gráficas em causa não será motivo de má interpretação. Acresce que o limite da RAN também não é coincidente ao se justapor a cartografia que vale (a da Portaria) – A.7, com a Planta de Ordenamento (F.1.1) e de Condicionantes (F.2.1).

2.8.1 Ficha da área de solo/mancha E1

A mancha n.º 1 adquiriu o estatuto de faixa de terreno de reserva para o ex-traçado do IC 3, que por seu turno, foi revogado no próprio regulamento do PDM (preâmbulo da 1.ª publicação). Fica situada na Estrada dos Almocreves, área de Foros de Salvaterra, União das freguesias de

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Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra e apresenta a seguinte situação existente, vide fotos infra.

Área de solo/mancha n.º E1

Encontra-se associada ao traçado do espaço-canal do IC 3, revogado , e que deixou de existir, o que constitui fundamentação bastante para consubstanciar a exclusão preconizada. Atendendo à pedologia local, constata-se que a mesma não apresenta aptidão para adquirir estatuto RAN (não reúne requisitos pedológicos relativamente ao tipo de solo e respetiva capacidade de uso, nem reúne as condições para efeitos de integração específica), tendo somente adquirido esta classificação, para salvaguardar o antigo traçado rodoviário. Assim, pretende-se proceder ao ajuste cartográfico desta área, que se situam limitadas por solo urbano e servidas por infraestruturas, por forma a incluir em solo urbano, conforme 46 fundamentação na seguinte tabela síntese.

Tabela 34 – Ficha da área de solo/mancha n.º E1. União das freguesias de N.º da área Freguesia Salvaterra de Magos e E1 de solo Foros de Salvaterra Sim: i) via pavimentada; ii) rede de abastecimento de água; iii) rede de drenagem Áreas agrícolas e Infraestruturas de águas residuais domésticas; iv) não tem rede COS/POS agroflorestais+Territórios públicas de drenagem de águas pluviais; v) ETAR; vi) artificializados/AEL2 rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública. Superfície da SARUP RAN; REN (AMI) 2.16 área de solo (ha) Espaço agrícola: Área Espaço urbano: Área Urbanizada Habitacional - Zonament Zonamento Agrícola da RAN¸ Espaço- Zona a Reabilitar¸ Espaço-canal de o proposto canal de infraestrutura infraestrutura Tipo de Capacidade de Ap+Rg Ds+Cs solo uso do solo

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Planta de localização sobre ortofotomapa ( DGT, 201 5) e cartografia de referência (MNT2011))

Planta de condicionantes do PDM (F.2.1)

47

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Planta de condicionantes do PDM (F.2.2)

48

Legenda da Planta de Condicionantes (F.2.1) Legenda da Planta de Condicionantes (F.2.2)

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Planta da RAN eficaz (A.7)

Planta da REN eficaz (A.8)

49

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Legenda da Planta da RAN (A.7) Legenda da Planta da REN (A.8) Planta da REN com tipologias (A.8.2)

50

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Planta da REN com tipologias (A.8)

51

Legenda da planta da REN na escala 1/25000 (A.8 - Legenda da planta da REN na escala 1/25000 (A.8.2 - tipologias). tipologias).

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Planta de ordenamento do PDM (F.1.1)

Planta de ordenamento corrigida (F.1.1) - Procedimento de II Correção Material ao PDM

52

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Planta de ordenamento do PD M ( F.1.10 - folha 10k n .º 145/225 )

Planta de ordenamento corrigida (F.1.10 , n .º 145/225) - Procedimento de II Correção Material ao PDM

53

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Legenda da Planta de Ordenamento Legenda da Planta de Ordenamento F.1.1 F.1.10 54 Fundamentação da proposta de exclusão Pretende-se a correção da área destinada ao traçado do IC3 revogado, vide preâmbulo do regulamento do PDM (RCM n.º 145/2000, 27/10). Implica a classificação de solo rústico para solo urbano à luz do conceito de ajustamento de limites cartográficos. Considerando que se trata de uma área servida por infraestruturas públicas, adjacente a perímetro urbano, promove-se a contenção do edificado e colmatação e compactação de AUC. A área da mancha de RAN apresenta uma relevância local reduzida, atendendo à localização e forma, e acresce que não apresenta aptidão para obter o estatuto RAN.

2.8.2 Ficha das áreas de solo C2 (ex-E2) e E3

As áreas de solo C2 (ex-E2) e E3 situam-se na Estrada das Malhadinhas, área de Foros de Salvaterra, União das freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra e apresentam a seguinte situação existente, vide fotos infra. Encontram-se associadas ao ex-traçado do espaço-canal do IC3, revogado , e que deixou de existir, o que constitui fundamentação bastante para consubstanciar a exclusão preconizada. Atendendo à pedologia local, constata-se que a mesma não apresenta aptidão para adquirir estatuto RAN (não reúne requisitos pedológicos relativamente ao tipo de solo e respetiva capacidade de uso, nem reúne as condições para efeitos de integração específica), tendo somente adquirido esta classificação, para salvaguardar o antigo traçado rodoviário. Assim, pretende-se proceder ao ajuste cartográfico desta área, que se situam limitadas por solo urbano e servidas por infraestruturas, por forma a incluir em solo urbano, conforme fundamentação na seguinte tabela síntese.

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Área de solo/mancha n.º C2 (ex -E2) e E 3

A tabela infra apresenta a fundamentação para as propostas de exclusão.

55 Tabela 35 – Ficha das áreas de solo/mancha n.º C2 (ex-E2) e E3. União das freguesias de Salvaterra de N.º da área Freguesia C2 (ex-E2) e E3 Magos e Foros de Salvaterra de solo C2 (ex-E2): Áreas agrícolas e C2 (ex-E2), E3: Sim: i) via pavimentada; ii) agroflorestais+Territórios rede de abastecimento de água; iii) rede de artificializados/AED3; Infraestruturas drenagem de águas residuais domésticas; COS/POS E3: Áreas agrícolas e públicas iv) não tem rede de drenagem de águas agroflorestais+Territórios pluviais; v) ETAR; vi) rede de distribuição artificializados/AED3 de energia elétrica e iluminação pública. Superfície da SARUP C2 (ex-E2), E3: RAN; REN (AMI) área de solo C2 (ex-E2): 0,16; E3: 0,03 (ha) C2 (ex-E2): Espaço agrícola - Área Agrícola da RAN; Espaço urbano: Area Espaço urbano: Área Urbanizada Zonament Zonamento Urbanizada Habitacional - Zona a Habitacional - Zona a Reabilitar; Espaço- o proposto Reabilitar; E3: Espaço Florestal: Área canal de infraestrutura de floresta de produção Tipo de C2 (ex-E2): Pag+Vt, Ap+Rg; E3: Capacidade de C2 (ex-E2): Dh+Ds, Ds+Cs; E3: Ds+Cs solo Ap+Rg uso do solo

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Planta de localização sobre ortofotomapa ( DGT, 201 5) e cartografia de referência (MNT2011)

Planta de condicionantes do PDM (F.2.1)

56

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Planta de condicionantes do PDM (F.2.2)

57

Legenda da Planta de Condicionantes (F.2.1) Legenda da Planta de Condicionantes (F.2.2)

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Planta da RAN eficaz (A.7)

Planta da REN eficaz (A.8)

58

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Legenda da Planta da RAN (A.7) Legenda da Planta da REN (A.8) Planta da REN com tipologias (A.8.2)

59

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Planta da REN com tipologias (A.8)

60

Legenda da planta da REN na escala 1/25000 (A.8 - Legenda da planta da REN na escala 1/25000 (A.8.2 - tipologias). tipologias).

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Planta de ordenamento do PDM (F.1.1)

Planta de ordenamento corrigida (F.1.1) - Procedimento de II Correção Material ao PDM

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Planta de ordenamento do P DM (F.1.10, n .º 145/ 225)

Planta de ordenamento corrigida (F.1.10, n .º 145/225) - Procedimento de II Correção Material ao PDM

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Legenda da Planta de Legenda da Planta de Ordenamento F.1.1 Ordenamento F.1.10 63 Fundamentação da proposta de exclusão Pretende-se a classificação de solo rústico para urbano. É uma área que se pretende excluir para colmatar o perímetro urbano (correção do PDM na área do traçado do IC3 (revogado), vide preâmbulo do regulamento do PDM (RCM n.º 145/2000, 27/10)). Também se pretende a formatação do perímetro urbano, procurando assegurar coerência em termos de profundidade da mancha urbana e da estrutura fundiária existente. A área da mancha de RAN apresenta uma relevância local reduzida, atendendo à localização e forma, e acresce que não apresenta aptidão para obter o estatuto RAN.

2.8.3 Ficha da área de solo C6 (ex-E6)

A área de solo C6 situa-se junto à Rua 1 de Maio e Avenida José Luís Brito Seabra, na vila de Salvaterra de Magos, União das freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra. Localiza-se em área adjacente a solo urbano qualificado como Espaço urbano: Área Urbanizada Mista - Zona Consolidada e é servida por infraestruturas públicas. Pretende-se enquadrar a área de solo em questão em solo urbano associado Espaço urbano: Área Urbanizada Mista - Zona Consolidada, por analogia com a classificação e qualificação das áreas de solo adjacentes. Como consequência da situação existente nesta área de solo, que reúne requisitos de AUC, tem-se a potencial ocorrência de situações de conflito de usos do solo. A título exemplificativo tem-se a situação urbanística do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos. Salienta-se que tem a sua sede devidamente licenciada (com Alvará de Utilização n.º 319/2005), situada na Estrada da Ponte de Pedra, em Salvaterra de Magos, embora em solos abrangidos por restrições de utilidade pública. Foi uma operação

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urbanística apreciada antes da entrada em vigor do PDM. Foram reunidos elementos de apreciação favoráveis, nomeadamente: i. parecer favorável do Secretário de Estado do Ordenamento do Território - SEOT (Reconhecimento de Interesse Público - RIP no âmbito da REN, para construção, vide despacho do SEOT datado de 04/02/2004, e publicado em Diário da República, II Série, conforme Despacho n.º 3528/2004, 18/02); ii. parecer favorável (parecer n.º 146/DH/2004), datado de 14/05/2004, da CCDR-LVT, no âmbito do domínio hídrico; iii) Direção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste – DRARO, que refere em ofício com referência n.º 8330/734/000 (com data de entrada na Câmara Municipal em 07/11/2000), que o local se encontra fora da Reserva Agrícola Nacional – RAN. Atualmente, esta coletividade pretende ampliar a sua sede em 71 m 2, facto que é desconforme com o PDM, em vigor. Perante esta situação, e associado ao facto da restante área adjacente apresentar características de AUC, torna-se evidente o desajustamento da situação existente relativamente ao IGT, pelo que se propõe o necessário ajustamento cartográfico para a reclassificação do solo nesta zona e respetiva exclusão da REN.

Área de solo/mancha n.º C 6

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A ficha de caracterização infra localiza e apresenta, entre outros elementos, o regime de uso do solo vigente, e fundamentação da proposta de regime de uso do solo a adotar. Salienta-se que de acordo com a DGADR (vide parecer em Conferência Procedimental), o local não é abrangido por Aproveitamento Hidroagrícola).

Tabela 36 – Ficha da área de solo/mancha n.º C6 (ex-E6). União das freguesias de N.º da área Freguesia Salvaterra de Magos e Foros de C6 de solo Salvaterra Sim: i) via pavimentada; ii) rede de abastecimento de água; iii) rede de Infraestruturas drenagem de águas residuais domésticas; COS/POS Territórios artificializados/AEC públicas iv) rede de drenagem de águas pluviais; v) ETAR; vi) rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública. RAN; REN (AMI + ZAC (muito Superfície da 65 SARUP pequena parte) + EZHA 22 ); Zona 0.87 área de solo (ha) inundável - ZI Espaço agrícola: Área Agrícola Zonamento Espaço urbano: Área Urbanizada Mista - Zonamento da RAN; Espaço agrícola: Área proposto Zona a Preservar Agrícola não incluída na RAN Capacidade de Tipo de solo Rgc Cs+Bh uso do solo

22 Ficou demonstrado no âmbito do procedimento de delimitação da REN municipal em simultâneo com a revisão do PDM, que a tipologia de Estuário e zona húmida adjacente - EZHA (tipologia do DL n.º 93/1990, 23/03: Estuários, lagunas, lagoas costeiras e zonas húmidas adjacentes englobando uma faixa de proteção delimitada para além da linha de máxima preia-mar de águas vivas equinociais) não integra a REN municipal, conforme o RJREN vigente (tipologia do DL n.º 166/2008, 22/08, versão atual: Áreas de proteção do litoral: Águas de transição e respetivos leitos, margens e faixas de proteção). Com efeito, a onda salina está limitada a montante, pela latitude da Pte. Marechal Carmona, em VFX.

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Planta de localização sobre ortofotomapa ( DGT , 2015 ) e cartografia de referência (MNT2011)

Picadeiro da cavaleira tauromáquica Ana Batista

Sede de coletividade: Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos Edifício sede de Falcoaria: Património Imaterial da Unesco

Planta de condicionantes do PDM (F.2.1)

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Planta de condicionantes do PDM (F.2.2)

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Legenda da Planta de Condicionantes (F.2.1) Legenda da Planta de Condicionantes (F.2.2)

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Planta da RAN eficaz (A.7 )

Planta da R EN eficaz (A.8 )

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Legenda da Planta da RAN (A.7) Legenda da Planta da REN (A.8) Planta da REN com tipologias (A.8.2)

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Planta da REN com tipologias (A.8)

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Legenda da planta da REN na escala 1/25000 (A.8 - Legenda da planta da REN na escala 1/25000 (A.8.2 - tipologias). tipologias).

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Planta de ordenamento do PDM (F.1.1 )

Planta de ordenamento alterada (F.1.1) - Procedimento de I V Alteração ao PDM

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Planta de ordenamento do PDM (F.1.9 , n .º 140 /225 )

Planta de ordenamento alterada (F.1.9 , n .º 140 /225 ) - Procedimento de I V Alteração ao PDM

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73 Legenda da Planta de Legenda da Planta de Ordenamento F.1.1 Ordenamento F.1.9

Fundamentação para a proposta de alteração ao PDM A área de solo apresenta-se com compromissos urbanísticos e corresponde a área de aglomerado já consolidado. Em termos de POS (PROT-OVT) corresponde a AEC. A alteração implica a classificação de solo rústico para solo urbano à luz do conceito de ajustamento de limites cartográficos. Considerando que se trata de uma área servida por infraestruturas públicas, adjacente a perímetro urbano, promove-se a contenção do edificado e colmatação e compactação de AUC. Também se corrige a carta de condicionantes no que se refere ao limite do Aproveitamento Hidroagrícola. A extensão da zona risco natural de inundação não abrange a mancha com exceção de um setor de muito pequena dimensão.

2.9. Sinopse de áreas a incluir em RAN

Não existem áreas a incluir no âmbito do procedimento em curso.

2.10. Sinopse de áreas a excluir da RAN

Considerando que o concelho apresenta uma superfície com 24393,20 ha e uma área classificada como RAN de 4239,81 ha , são apresentados cálculos descritivos das áreas submetidas a propostas de exclusão à RAN, vide os seguintes mapas e tabelas. Também são apresentadas no presente capítulo, fichas de propostas de exclusão, com a respetiva fundamentação, por área de solo. A seguinte tabela apresenta uma síntese das condições biofísicas dos locais objeto de propostas de exclusão à RAN, a superfície e o zonamento e SARUP.

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As seguintes tabelas apresentam as áreas a submeter a proposta de exclusão da RAN, onde é possível obervar o peso relativo da presente proposta.

Tabela 37 – Síntese das áreas de solo a submeter a proposta de exclusão à RAN. Áreas a excluir para satisfação de Áreas efetivamente já comprometidas carências existentes NRJIGT Código % da % da % da % da Superfície Superfície superfície da superfície do superfície da superfície do (ha) (ha) RAN concelho RAN concelho II CM E1 N.A. N.A. N.A. 1,9680 0,0464 0,0081 II CM C2 (ex-E2) N.A. N.A. N.A. 0,1557 0,0037 0,0006 II CM E3 N.A. N.A. N.A. 0,0294 0,0007 0,0001 IV Alteração C6 (ex-E6) 0,3510 0,0083 0,0014 N.A. N.A. N.A. Total 0,3510 0,0083 0,0014 2,1530 0,0508 0,0088 N.A. – não aplicável.

Na tabela infra confirma-se que as exclusões à RAN têm um impacte muito pouco significativo, em termos de extensão a subtrair, além do facto de se tratarem de áreas sem aptidão agrícola para a obtenção do estatuto de RAN.

Tabela 38 – Relação de áreas de RAN: RAN eficaz e RAN proposta.

Área da RAN concelhia (ha) Área da RAN concelhia após exclusões (ha) Taxa de variação (%) 4239.81 4232.53 -0.059

Conforme mencionado na introdução, são apresentados em anexo, um mapa com a RAN eficaz e outro com a RAN e respetivas propostas de exclusão. 74

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3. Referências bibliográficas

3.1. Componente Escrita

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3.2. Componente Cartográfica

Cartografia de referência

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Cartografia de Apoio CMSM (várias datas). Planta de Condicionantes, Servidões e Restrições RAN + REN (F2.1), esc. 1:25 000. (PDMSM, 09/1998); Planta da Reserva Ecológica Nacional – Situação Existente (A8), escala 1:25 000, 10/1994; Planta da rede hidrográfica/ Regime hídrico (A2), escala 1:25 000, 02/1995.

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3.3. Internet

DGADR - Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural Nota explicativa da carta dos solos de Portugal e da carta de capacidade de uso do solo http://www.dgadr.mamaot.pt/nota-explicativa

Secção de Agricultura do ISA/UTL http://agricultura.isa.utl.pt/agribase_temp/solos/

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ANEXOS A

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B

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Proposta de II alteração à planta da RAN de Salvaterra de Magos em simultâneo com a IV alteração e II correção material ao PDM

Anexo 1 – Ata da reunião de 21/12/2016 no âmbito da IV Alteração ao PDM, nas instalações da C CCDR-LVT, em Lisboa.

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D

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Proposta de II alteração à planta da RAN de Salvaterra de Magos em simultâneo com a IV alteração e II correção material ao PDM

Anexo 2 – Planta da alteração da delimitação da RAN do município de Salvaterra de Magos. E

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F

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