Dissertação Raul S. Neto Alterações Aceitas 25 03 18
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL RAUL CELESTINO DE TOLEDO SOARES NETO Memória e história: os processos de institucionalização da música popular brasileira (1965-1986) São Paulo 2018 RAUL CELESTINO DE TOLEDO SOARES NETO Memória e história: os processos de institucionalização da música popular brasileira (1965-1986) Versão Original Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientador: Prof. Dr. José Geraldo Vinci de Moraes São Paulo 2018 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Soares Neto, Raul Celestino de Toledo S676m Memória e história: os processos de institucionalização da música popular brasileira (1965-1986) / Raul Celestino de Toledo Soares Neto ; orientador José Geraldo Vinci de Moraes. - São Paulo, 2018. 139 f. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de História. Área de concentração: História Social. 1. Música popular. 2. Historiografia. 3. Memória. 4. História institucional. 5. Preservação. I. Moraes, José Geraldo Vinci de, orient. II. Título. SOARES NETO, Raul Celestino de Toledo. Memória e história: os processos de institucionalização da música popular brasileira (1965-1986). 2018. 139 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Aprovado em: ___________________ Banca Examinadora Membro Prof. Dr. Cacá Machado Instituição Departamento de Música – IA/Universidade Estadual de Campinas Julgamento _________________________________________________ Membro Profa. Dra. Virgínia de Almeida Bessa Instituição Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) – Universidade de São Paulo Julgamento _________________________________________________ Membro Prof. Dr. Antonio Rago Filho Instituição Departamento de História – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Julgamento _________________________________________________ Dedico esta dissertação para três mulheres que organizaram minha vida. À minha mãe, exemplo de inocência, honestidade, amor e dedicação aos filhos. Sem toda sua ajuda, jamais teria chegado onde cheguei. À minha avó, Maria Luccas, pela simplicidade ao ensinar gestos simples, como lavar o rosto antes de sentar à mesa para o café da manhã. Pelo exemplo de força, garra e luta pela vida e pela família. À memória de minha avó, Olga Galante, por ter me ensinado o gosto pela leitura. Ao longo de sua vida, custeou todos os meus estudos e, por isso, devo a esta mulher grande parte desta dissertação. Sua luz guiou cada jornada enfrentada, conduzindo e inspirando o caminho da vitória. Cumpro a promessa de enviar a mais longa mensagem, desta vez, em forma de conhecimento. Nada pode ocupar o vazio, a saudade e a falta que me faz. AGRADECIMENTOS O tempo passa. O tempo passa e com ele a memória se esguia. Seria impossível lembrar de todos que, de algum modo, auxiliaram-me nesta caminhada. Ao meu orientador, Prof. Dr. José Geraldo Vinci de Moraes, a gratidão pela confiança em meu trabalho. Profissional iluminado, soube em todos os momentos estimular a pesquisa e encorajar a escrita. O tempo passa. Já se passaram dez anos desde o primeiro semestre. Com o tempo, veio outro semestre, a Iniciação Científica, os trabalhos técnicos e o artigo publicado. Vieram as dificuldades com a seleção do Mestrado, a aprovação, as disciplinas e, enfim, a realização de todo um trabalho. Por ser mais que um orientador, um exemplo de professor sempre presente, o meu singelo “muito obrigado”. Aos professores Cacá Machado e Virgínia Bessa, pelas valiosas contribuições e detalhadas observações durante o exame de Qualificação. Ao CNPQ, pela concessão da bolsa, sem a qual a pesquisa, talvez, não teria seguido. Aos funcionários das instituições que colaboraram com este trabalho, como o MIS-RJ, a Editora Abril e, em especial, aos colaboradores do Centro de Documentação (CEDOC) da Funarte, que foram muito atenciosos e solícitos em todas as visitas realizadas. Aos produtores e críticos Pedro Paulo Poppovic, Jairo Severiano, Miguel Ângelo Nirez, João Luís Ferreti e Paulo César Soares, que dedicaram parte de seu tempo em conceder contribuições de suas memórias para o preenchimento de lacunas do processo de investigação. À equipe diretiva do Colégio da Villa, de Jaguariúna, e do Centro Educacional Objetivo Campinas. Essas empresas jamais hesitaram em me conceder licença para que pudesse realizar determinadas atividades durante a trajetória de investigação. Agradeço à diretora pedagógica do Villa, a professora Lourdinha Cocozza, que sempre estimulou a pesquisa, confiou em meus trabalhos e abriu as portas para que eu entrasse em sala de aula, em sua escola, e na realização de seu sonho. Agradeço também a quatro historiadores e amigos que participaram ativamente desta história. Ao Bruno Sobrinho, minha gratidão por todos os momentos e pela leitura atenta de minha dissertação. Ao Rodrigo Refulia, pelas incríveis madrugadas assistindo aos ensaios técnicos das escolas de samba de São Paulo. Foram e continuarão sendo momentos de discussão acadêmica, de amor ao samba e de descontração. Agradeço o apoio e o estímulo de sempre e, no fundo, agradeço as broncas não só quando eu atrasava algo em meu cronograma, mas também quando segui por caminhos errados. Às amigas Elisa Azevedo e Manuela Freitas, que, além das broncas, sempre me acompanharam em todas as trajetórias que, mesmo à revelia de seus conselhos, resolvi seguir e precisei de ajuda para sair. À querida Manu, que me ensinou que é possível enxergar e ler o mundo de outras maneiras. O tempo passa. Por vezes, ficamos mais de um ano sem nos encontrarmos fisicamente. O tempo passa e a amizade não continua a mesma: torna-se cada vez mais forte. Não poderia deixar de agradecer à Fernanda Carone, a quem tenho gratidão eterna. Nesses quase dez anos em que trabalhamos juntos, foi mais que uma chefe. Foi amiga, protetora, deu sábios conselhos... Simplesmente, mãe! Agradeço a confiança e a oportunidade que me concedeu em aprender a trabalhar e crescer profissionalmente. Sua inabalável fé cristã me ensinou, por gestos e atitudes, quando a vida se colocou numa corda bamba, o verdadeiro sentido de um termo bastante genérico: amor ao próximo! À toda minha família, que me incentivou a estudar e conquistar voos mais altos. Nela, se incluem os pequenos Frank (que já se foi) e Luana, que aguardaram pacientemente ao meu lado as incontáveis horas à frente do computador mesmo sem compreender o grau da situação. Em especial, minha irmã, Beatriz Soares, a quem sempre tive como segunda mãe. Agradeço a ajuda ao desatar nós que eu mesmo criei e o exemplo de sucesso na vida acadêmica, igualmente compartilhado por seu marido, Pedro Augusto. À minha sobrinha Olívia, que com sua inocência e alegria de criança me animou em momentos difíceis. Sua vinda mudou radicalmente minha visão de mundo. À minha irmã Luciana, que sempre torceu pelo meu sucesso. Ao meu pai, Raul Celestino, que sempre demonstrou ter orgulho da minha profissão e não mediu esforços para deixar aos filhos os maiores patrimônios: a educação e o conhecimento. E, claro, à minha mãe, Neide: sempre preocupada, mulher de fibra que nunca descansou sem antes ter certeza de que eu não precisaria de algo, desde um simples colo de mãe até mesmo o conforto de casa. Às minhas avós, a quem também dedico esta dissertação. O tempo passa. Com ele, a gente aprende a agradecer às coisas mais simples e pequenas da vida. A todos que participaram desta jornada, meu sincero agradecimento. “Entre as espécies de samba, o samba de enredo é certamente a mais impressionante. Porque não é lírico – no que contraria uma tendência universal da música popular urbana.” (MUSSA, Alberto; SIMAS, Luiz Antônio. Samba de Enredo: história e arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, contracapa) RESUMO SOARES NETO, Raul Celestino de Toledo. Memória e história: os processos de institucionalização da música popular brasileira (1965-1986). 2018. 139 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Esta investigação tem como objetivo central discutir aspectos da historiografia da música popular brasileira na segunda metade do século XX, por meio da trajetória de instituições públicas e privadas voltadas à preservação da memória e ao estímulo e defesa da música popular. O engajamento na luta contra sua descaracterização ganhou força à medida que crescia a penetração da cultura estrangeira através dos meios de comunicação. O processo de institucionalização da história da música teve início com a fundação do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ), em 1965, a partir da aquisição de um vasto arquivo organizado pelo radialista Almirante nas décadas anteriores. A partir do MIS-RJ, um grupo de especialistas no tema passou a se reunir sob a guarda de um órgão público para propor medidas de proteção e zelo com relação a memória musical. Em 1975, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) iniciou seus trabalhos